Ragga Drops #125

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>> quinta-feira, 15 de julho de 2010

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Alexsandra Nonaka e as filhas Juliana e Débora: debutantes em diferentes épocas

CARLOS HAUCK/ESP. EM

Salomão (o chorão da Copa) >> Paris >> Jesus Luz >> Alta fidelidade

Dos tradicionais bailes de antigamente às baladas cinematográficas de hoje Páginas 4 e 5


Ragga agência de comunicação integrada

POP STAR Ou, mas está maravilhosa a matéria q o @raggadrops fez da @LuAlone -> migre. me/VkQD AMEI. Marlon Costa Souza, @Marloncs, pelo Twitter

Ficou muuuuito legal a entrevista da Lu Alone! E ela tá linda nas fotos =) Marina Rodrigues (16), de BH, pelo MSN Que bom que vocês gostaram! Não deixem de conferir no nosso blog os bastidores da entrevista.

SUPER COOL Super cool mesmo é a seção HYPERS do @raggadrops!! Adorandoo o dessa semana! *---*. Rúbia Gonçalves, @rubi_a, pelo Twitter

Realmente a ideia da Jamie foi muito boa. Já pensou em fazer o mesmo com alguma revista nacional?

DEMAIS Oiê! Parabéns pelo jornal! Vocês são demais! Fernanda de Aquino Faria (16), de BH, pelo MSN

Que isso, Fernanda! Nossos leitores que são demais!

O que você está achando do Ragga Drops? Não quer sugerir alguma matéria pra gente? Escreva! Nosso e-mail é raggadrops@hotmail.com

Da revolta à fama PROTAGONISTA DO VIDEO HIT DO MOMENTO, SALOMÃO E SUA IRMÃ VICTORIA CONVERSAM COM O RAGGA DROPS O YouTube, site de compartilhamento de vídeos mais famoso do mundo, vem cumprindo uma função um tanto curiosa: a de catapultar anônimos à fama do dia para a noite. Pedro do Chip, Georgia Massa (a decepcionada fã da banda Restart) e David (o pequeno garoto que fica bem louco depois de uma anestesia no dentista) são alguns exemplos de figuras despretensiosas que atingiram popularidade depois de protagonizar cenas espontâneas e que acabaram caindo na rede – e no gosto do público. No quesito “web celebrities”, a bola da vez é Salomão Coura. Com apenas 12 anos, o garoto transformou o vídeo que mostra sua revolta com a eliminação da Seleção Brasileira na Copa de 2010 em hit, com mais de 1 milhão de exibições em pouco mais de uma semana. Filmado por uma amiga da família, o menino chora, esperneia, cogita estar morto na próxima Copa do Mundo e lamenta profundamente o fato de ”ter aula segunda-feira”. Exagero ou não, quem viu gostou. Torcedor do Fluminense e apaixonado por futebol, Salomão parece não dar a mínima para a superexposição. Muito pelo contrário, o capixaba está até gostando. “No

dia seguinte, meus colegas de escola começaram a me pedir autógrafos, tirar fotos e gritar que eu era famoso”, diverte-se. Colhendo os louros da fama, hoje Salomão tem até assessora de imprensa. Quem cuida das entrevistas e sessões de foto da minicelebridade é sua irmã coruja, Victoria Coura, 16. “Meu irmão está sendo muito procurado, apesar do pouco tempo que o vídeo foi postado. Tenho que estar ligada o tempo todo”, diz. Victoria foi vítima das mais diversas

— Pai, um homem está à porta pedindo uma doação para a piscina pública. O pai responde: — Então, dá-lhe um copo de água. Como se pode matar facilmente um avestruz? Envergonhando-o sobre um chão de cimento. Após a cirurgia: — Doutor, entendo que vocês médicos se vistam de branco. Mas por que essa luz tão forte? — Meu filho, eu sou São Pedro. AÊ, AÊ, AÊ, Ô, Ô, Ô. O que seria da música baiana se não fossem as vogais?

reações depois de postar o vídeo do irmão. “Uma pessoa que eu nem conhecia me puxou pelo braço e condenou minha atitude”, relata. Reações como essa e críticas maldosas Victoria dispensa. “Encaro os comentários negativos como falta de maturidade das pessoas. É difícil entender que é só para ser engraçado?”, impõe. Responsável por um dos momentos mais engraçados do vídeo, quando esquece a idade do garoto, a mãe de Salomão, Sônia Coura, explica a gafe. “Tinha uma filha fazendo 14 anos naquele dia, por isso confundi. Ela, sim, terá 18 anos na próxima Copa”, ri. Sônia com o filho, que agora é só sorrisos

ANTÔNIO MOREIRA

(31) 3225-4400

DIRETOR GERAL Lucas Fonda . DIRETOR DE MARKETING E PROJETOS ESPECIAIS Bruno Dib . DIRETOR FINANCEIRO J. Antônio Toledo Pinto . GERENTE DE COMERCIALIZAÇÃO E MARKETING Rodrigo Fonseca . JORNALISMO Bernardo Biagioni, Sabrina Abreu, Bruno Mateus, Izabella Figueiredo e Lucas Oliveira DESIGN Marina Teixeira, Anne Pattrice e Isabela Daguer . FOTÓGRAFOS Bruno Senna e Carlos Hauck . ARTICULISTA Lucas Machado COLABORADORES Pílula Pop (pilulapop.com.br), Tomaz de Alvarenga, Júlia Andrade, Marcella Brafman e Brenda Linhares

Twitter: @raggadrops raggadrops@hotmail.com

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FOTOS: CARLOS HAUCK/ESP. EM

NO SHOW DA MARIA GADÚ

.............................. Natalie Christine (17) e Matheus Ligeiro (19)

................................ Viviane Lemes (25) e José Luis Costa (24)

........................ Laura Quintino (16) e Ludmila Marques (17)

.................................. Tiago Chavier (16) e Bernardo Caetano (17)

.............................................. Gabi Mello (23) e Nathália Almeida (21)

.................... Vitório Fernandes (21) e Amanda Furbino (20)

..................................................... Laura Lortela (13) e Aida Lage (29)

............... Catarina Queiroz (17) e Ana Tereza Moreira (17)

................................ Hugo Coimbra (21) e Rhayana Cristina (18)

...................... Rafael Campos (18) e Angélica Moraes (18)

....................................... Laura Bicalho (23) e Marina Araújo (22)

Karla Paiva (20), Fernanda Paiva (19) e Leonardo Mendes (22)


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AOS 15 O COSTUME DE APRESENTAR UMA GAROTA À SOCIEDADE COM UM BAILE POMPOSO CONTINUA. COM MUITAS ADAPTAÇÕES

Seja você garoto ou garota, a ideia de poder sair à noite, namorar e vestir trajes que não sejam infantis só após os 15 anos não deve agradar nem um pouco. Pois saiba que em um passado não muito distante as regras eram exatamente essas, e é bem capaz de que sua mãe ou avó tenham sido tratadas como crianças até debutarem, ou seja, completarem 15 anos. A expressão “debutar” vem do francês début e significa estrear. No caso dos 15 anos, “estrear” para a sociedade. Por mais antiquado que pareça, era com essa idade que as garotas de antigamente passavam a frequentar reuniões sociais, usar roupas menos comportadas e ter permissão para namorar. Essa transição na vida da garota era considerada tão importante que um baile de gala era preparado, com direito a vestido de princesa e valsa com o pai à meia-noite. Atualmente, meninas e meninos namoram, saem e se vestem como adultos antes de

FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

Leca em sua festa de 15 anos e, anos depois, debutando suas filhas Débora e Juliana

completarem 15 anos, mas a tradição das festas continua. Com algumas adaptações, claro. O figurino ficou menos formal: garotos se valem do combinado terno + tênis e, de vez em quando, até boné, enquanto os vestidos das convidadas ficam mais curtos a cada dia. A debutante ainda troca de roupa para receber os convidados e curtir a festa, mas o modelo “bolo de noiva” cheio de babados já foi extinto há tempos. Convites, decoração e buffet são um caso à parte: caixas personalizadas, festas temáticas de acordo com a preferência da debutante e petiscos como hambúrguer, batata frita e milk-shake são apenas exemplos desta nova geração de festas que surpreende e promete ir até onde a imaginação das aniversariantes é capaz de chegar.

TRÊS VEZES DEBUTANTE Aos 15 anos, a empresária Alexsandra Nonaka não ligava muito para formalidades, por isso achava completamente dispensável

ter um baile de debutantes. Apesar da resistência e com a metade do cabelo raspado, Leca, como é chamada, acabou cedendo e integrando o time das debutantes de 1981 do Barroca Tênis Clube, em Belo Horizonte. “Eram 15 garotas que dividiam a festa e tinham direito a um determinado número de convites”, lembra. Hoje, mãe de Juliana, Débora e João, Leca parece ter deixado para trás a resistência aos bailes de debutante quando se orgulha de ter participado ativamente das festas das duas filhas. “Cheguei a oferecer viagens em troca da festa, mas elas insistiram e decidimos fazer”, conta. Ela se diverte ao comparar sua festa com a das suas filhas: “Na minha época, as debutantes usavam vestidos enormes, dançávamos a valsa com 15 cadetes (jovens militares em formação) e o bufê se resumia a coxinhas e empadinhas. Na festa da Débora até um crepe cor-de-rosa foi servido”. “Acho que antigamente debutar era sinônimo de ter um baile, hoje em dia fazer 15 anos virou uma balada particular”, complementa Juliana, que comemorou seus 15 anos com direito a máquina de sorvete no Salão do Minas II, em 2008. Donas de personalidades diferentes, as irmãs Nonaka optaram por festas temáticas e com estilos completamente diferentes. A festa de Juliana foi mais romântica, com direito a muitas borboletas e flores na decoração, enquanto a de Débora contou com muitos globos espelhados e ornamentos cor-de-rosa choque, que iam de acordo com a preferência da garota pela música eletrônica. A trilha sonora das festas de mãe e filhas também serve como indicador da época em


1. IMAGENS: DIVULGAÇÃO

que foram realizadas. Enquanto artistas do pop rock nacional oitentista como Kid Abelha, Léo Jaime e Barão Vermelho bombavam nas pistas na festa de Leca, anos mais tarde os ritmos que levaram a galera ao delírio nas festas de Juliana e Débora foram o funk e o eletrônico. Apesar de achar válida a ideia de comemorar os 15 anos em alto estilo, Leca condena o gasto de valores exorbitantes com a ocasião. “Nas festas de minhas filhas fiz uma planilha de custos e desde o início mostrei a elas que tínhamos um valor limite a ser gasto. Nada que ultrapassasse aquela quantia seria aceito.” E foi por bem pouco que Débora não realizou um dos seus grandes sonhos: o de colocar os carismáticos bonecões de posto de gasolina em plena pista de dança. “O valor dos tais bonecos era altíssimo e ultrapassava nosso orçamento. Até que encontrei uma costureira que se dispôs a fazer”, completa Leca. Além da aniversariante, quem comemorou foram os convidados, que se divertiram a noite toda por conta da simpática figura de braços esvoaçantes. Passados dois anos da festa de Juliana e quase dois meses da festa de Débora, mãe e filhas ainda vibram ao rever fotos e contar casos de antes e durante os eventos. Apesar do nervosismo que sentiram, ambas garantem ter aproveitado a festa e são eternamente gratas aos pais pelo momento inesquecível proporcionado. Juliana e Débora celebram com alegria a boa repercussão de suas festas. “Na escola, todos comentaram. Foi muito bom”, dizem. Pela expressão satisfatória de Leca, não é exagero dizer que a mãe teve o privilégio de debutar três vezes.

RAFAEL MOTTA/DIVULGAÇÃO

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“O CÉU É O LIMITE”

2.

3.

4. 1. A Fantástica Festa de Chocolate de Aline Rocha 2. Festa Pop de Joana Mattos 3. Festa Terra do Nunca de Júlia Drummond 4. O passaporte-convite de Raquel Mattar

Foi-se o tempo em que prata, dourado e flores decoravam os bailes de debutantes. Hoje, para algumas sortudas, basta imaginar um tema e encontrar um profissional que ajude a tornar palpável o sonho. Do convite à cenografia, tudo é válido. Pioneira no desenvolvimento de convites personalizados e cenários elaborados, a Lab Design tem trabalhos para empresas como Doce Cacau, L’acqua di Fiori e também para debutantes exigentes. “Costumo dizer para as meninas que elas são um produto que tem uma noite para ser lançado”, diz o designer Alencar Ferreira, responsável pelo desenvolvimento do conceito cênico da festa a partir da ideia inicial da aniversariante. Juntamente com a sócia Mariana Misk e uma equipe especializada, Alencar já elaborou convites e cenários inimagináveis. Passaportes que falam ao serem abertos, garrafas recheadas com confeitos e discos de vinil são apenas alguns dos trabalhos criados para gerar bastante expectativa. “Cada evento é um filho e me emociono quando vejo que consegui captar exatamente o que a cliente queria”, diz. Para a Lab Design, o conceito de impossível não existe. Em 2009, a debutante Aline Rocha procurou Alencar quando tinha apenas o tema A fantástica fábrica de chocolate em mente. Meses depois, o que se viu foi uma festa cinematográfica: grama sintética, rio de chocolate em movimento, árvores comestíveis, mesa de guloseimas com balas importadas. “Foi uma superprodução”, conta o profissional. Responsável pelos doces da festa de Aline, a proprietária de bufê Juliana Bhering revela sua preferência pelas festas temáticas: “Esse tipo de evento permite que exploremos a criatividade”. E para a noite de Aline, Juliana caprichou nas delícias criativas que casaram perfeitamente com o tema: árvores decoradas com trufas coloridas, doces tradicionais em potinhos de vidro, vasinhos de flor recheados de mousse de chocolate, entre outros. Dentre suas criações quase hollywoodianas, Alencar já reconstruiu a Terra do Nunca, reproduziu aeroportos e até ergueu um enorme navio cor-de-rosa para o baile de debutantes das filhas dos funcionários da Fiat, projeto filantrópico anual pelo qual o designer tem um carinho especial. “São cerca de 250 meninas realizando um sonho. O prazer é indescritível”, emociona-se.


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PARIS EST INDESCRIPTIBLE PODE EXISTIR UMA DESCRIÇÃO PARA TUDO. MAS NÃO PARA A CAPITAL DA FRANÇA truíram o mito do amor parisiense, das músicas apaixonadas que foram rabiscadas nos cafés perdidos em cada esquina, ou por culpa dos romances inacabados que tiveram um primeiro encontro nas ruelas iluminadas do Bairro de Montmartre, o mesmo do filme Amelié Poulain. Paris é irresistível porque Paris existe de verdade, irretocável, dissimulada e confortavelmente silenciosa. E é ainda mais apaixonada, impulsiva e conquistadora do que alguém, um dia, ousou transcrever em um pedaço de papel para o resto do mundo poder ler e entender. Paris é indescritível por culpa da sua sinceridade em ser Paris. É uma cidade que não precisa mais daquilo que já tem – as catedrais, os monumentos, as praças, os beijos e as poses eternizadas nas fotografias perdidas nos outros quatro continentes. Todas as manhãs, quando o sol está aparecendo no horizonte, colorindo apenas a Igreja de Sacré-Coeur e a Torre Eiffel, é como se as ruas, os becos e os bares estivessem respondendo, agradecendo, mostrando-se satisfeitos com aquilo que inspiraram por mais uma noite, mais uma madrugada. Tudo isso em silêncio, em silêncio profundo. Porque qualquer palavra soa um tanto importuna quando o assunto é Paris.

TERENCE MACHADO/DIVULGAÇÃO

Nenhuma palavra consegue descrever Paris. Cada uma das letras destas palavras estampadas na camisa de uma francesa morena, de 20 e poucos anos, está iluminada pelos últimos filetes de sol que mergulham pela grade de ferro da Pont des Artes, erguida sobre o Sena, a leste da Avenida Champs-Élyssés. Ela está segurando um violão em seu colo há algum tempo, tocando e cantando para si mesma, e só agora conseguiu arranhar os primeiros acordes de Lisztomania, da banda local Phoenix. Fica treinando em silêncio por mais três ou quatro minutos. Então, para os seis amigos sentados à sua frente, escondidos atrás de queijos, vinhos e frutas frescas, a garota começa a cantar, sem se preocupar em quem poderia ouvir, não permitir ou reclamar. Ela sabe que Phoenix é irresistível. Ainda mais em Paris. Dá para sentir isso cruzando a Pont des Artes uma única vez. Nestes dias quentes de verão em que o sol começa a descer depois das nove da noite, todos os parisienses que não viajaram para longe se encontram para esperar a noite em uma das extremidades da ponte, de onde ainda dá para ver quem caminha pelo calçadão da rua. Em cada grupo existe um diferente tipo de violão, instrumento de sopro ou mesmo um caderninho próprio para textos, versos ou desenhos, o mesmo que Picasso e Hemingway usavam para liberar suas angústias. Ninguém parece fingir o que não é, e talvez ninguém se defina como artista. Eles só querem desenhar ou escrever o que sentem. Nenhuma pessoa resiste a Paris. E não é por conta da altura da Torre Eiffel, dos contornos góticos da Catedral de Notre Dame ou das obras fantásticas escondidas dentro do Louvre, o maior e mais procurado museu do mundo. Também não é por culpa dos filmes que cons-

Então, se liga neste vídeo que o blog francês Blogotheque gravou com a banda em Paris, no ano passado: migre.me/WcTP. E, se gostar, dá para assistir a muitas outras gravações do tipo no lablogotheque.net. Pode ir decorando as letras porque eles tocam no festival Planeta Terra, em São Paulo, em novembro.

LUIZA FERRAZ/ESP. EM

Não conhece Phoenix?

Rodas de música e anotações despretensiosas no caderno de bolso: a Pont des Artes torna Paris ainda mais inesquecível


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Oito perguntas para

Jesus Luz

NA VÉSPERA DO PRIMEIRO SHOW DO NAMORADO DA MADONNA EM BH, O RAGGA DROPS REVELA UM POUQUINHO MAIS SOBRE A VIDA DO RAPAZ e Thomas Gold vai ser ótima. Muitos amigos DJs me falaram que o público de Minas é pura energia. E o que o público deve esperar da sua participação? Vou tocar muito electro house e progressive house. Quais músicos influenciam seu som? Minha inspiração vem da música em geral, não só eletrônica. Sempre gostei muito de rock. Admiro muito o trabalho dos DJs Paul Oakenfold, Deadmau5 e Wolfgang Gartner.

IPANEMA MUSIC FESTIVAL/DIVULGAÇÃO

Conte-nos um pouco sobre o disco From Light. O disco vai ser uma grande oportunidade de mostrar para o público minha personalidade na cena eletrônica. Vai ser no estilo electro house e progressive house, com músicas de Felguk, Twice Nice e Tim Healey. Apenas três produções minhas estarão neste primeiro disco.

Você ficou famoso de repente ou houve muito trabalho duro anterior ao sucesso? Na verdade, grande parte das pessoas já conhecem a minha história. Sempre trabalhei muito com coisas diferentes, desde os 16 anos.

É difícil dizer qual foi o mais especial, mas um que me marcou muito foi São Petersburgo, na Rússia, em um show da Madonna em que estive no palco com [o DJ londrino] Paul Oakenfold.

Uma das carreiras com as quais você tem ganhado notoriedade é a de DJ. Nessa área, qual nota você se dá, de um a 10? Essa eu deixo para o público do Ipanema Music Festival, no dia 16.

O que faz para matar as saudades do Brasil? Tenho sempre que resolver negócios no Brasil. Então, posso estar com minha família e amigos quase todo mês.

Você está rodando o mundo. Dos lugares que visitou, algum foi mais especial? Por quê?

Qual a expectativa para o show desta sexta? Estou bem ansioso. Sei que vai ser um evento muito bom. A combinação de Felguk

Oportunidade para quem sonha em ser modelo

A agência de modelos HOUSE, de Belo Horizonte, juntamente com a CLICK, do Rio de Janeiro, está com uma novidade para meninos e meninas que sonham em ingressar no mundo da moda. Neste sábado, dia 17, haverá uma seleção para escolha de novos mode-

Para conferir o som, acesse: myspace.com/djjesusluz >>> IPANEMA MUSIC FESTIVAL >>> EDIÇÃO EMOTION Só para maiores de 18 anos Quando: Amanhã, a partir das 23h Line-up: Jesus Luz, Felguk, Tomas Gold, VJ 1MPAR e Nedu Lope Onde: Mix Garden (Rua Projetada, 65, Jardim Canadá, Nova Lima – MG. Em frente ao Posto Chefão) Outras informações: ipanemamf.com.br

los, que vão formar um time de talentos para trabalhos internacionais e em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Os interessados devem comparecer ao Hotel Mercure, na Rua Guajajaras, 885, Centro, das 11h às 16h. O teste é gratuito. Outras informações no 3564-6416.


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Vinilândia A prateleira mais alta do cômodo de iluminação baixa abriga uma pilha empoeirada, encoberta de finos plásticos consumidos pelo tempo e entregues à ação de insetos que fizeram dali seu hábitat. Perfilados estrategicamente, o dono ainda alcança com facilidade um clássico setentista para degustar no gira-bolachas, enquanto passeia os olhos pelo encarte colorido. “É tempo de reviver”, uns vão dizer. “O vinil não morreu!”, defenderão os mais apaixonados. Em tempos de download gratuito, terabytes e iPods, uma cena paralela promove e consome os LPs (long plays) freneticamente na capital mineira, com direito a festa underground e lançamento de banda independente no formato analógico dos anos 1950.

REPRODUÇÃO

FESTA ALTERNATIVA COM GENTE FISSURADA EM LP, MÚSICA INDEPENDENTE E NOVAS BOLACHAS CIRCULANDO PELA CIDADE

CEM POR CENTO VINIL

JULIANO JJBZ/DIVULGAÇÃO

Há um ano, Rafael Avelar, o DJ Fael, decidiu organizar um projeto de férias para as quartas-feiras do Cineclube Savassi, onde as únicas leis eram “tocar coisas que as pessoas não estavam acostumadas a ouvir, e em vinil”. A festa ganhou nome de filme – Alta fidelidade, fazendo jus também à lealdade de um público que respira música em sua mais pura essência – e a companhia de outros quatro DJs: Deivid, Garrell, JJBZ e Kowalsky. A liberdade marcou presença desde o início do evento: “No começo era mais uma festa antifesta. O que você acordava com vontade de tocar, você tocava”, lembra Fael.

Casa lotada em todas as edições, filas enormes, muita gente do lado de fora. A diversão então mudou de endereço, passando a ocupar o Studio Bar. E foi nele que, na última sexta-feira, a galera se divertiu ao som dos mais imprevisíveis estilos em vinil, celebrando um ano de um evento que marca definitivamente as noites alternativas de Belo Horizonte.

PARCERIA PRENSADA Promovendo a inusitada combinação de folk, punk e música dançante, a banda mineira Dead Lover’s Twisted Heart já conquistava admiradores em seus shows antes de colocar nas ruas o primeiro trabalho, DLTH, lançado este ano e concebido em vinil, assim como o próprio EP. “Nosso álbum foi todo pensado em vinil. Tanto que ele é claramente dividido em lado A e B, tem toda uma arquitetura que, inclusive, esteticamente, tem muito a ver com a proposta da banda”, explica o guitarrista Guto. Lançado em junho pela Vinyl Land, a ideia do LP foi percebida por Luiz Valente, responsável pelo selo. “Ouvi o som deles no início de 2008 e gostei muito. Apresentei a ideia, eles toparam de cara”. Ao contrário do que parece, prensar um vinil nos dias de hoje não é tão difícil assim. Luiz afirma que, apesar de o custo no Brasil ser bem mais alto que no exterior, é viável produzir uma tiragem baixa de discos para experimentar o retorno de público e crítica. E garante: “Meu interesse é ver o maior número de discos na praça”. Na festa Alta fidelidade, os DJs se alternam durante a noite sem se preocupar com gênero ou década do vinil – o que reina é a boa música nas bolachas pretas


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