Ragga Campeonato de Wakeboard 2011

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REVISTA

ESPECIAL

ESTE SUPLEMENTO ACOMPANHA A EDIÇÃO #50 , JUNHO , 11 , ANO 6

NÃO TEM PREÇO

Trevor Hansen, um dos Top 10 na etapa de Nova Lima

E mais: Confira o vídeo do evento no vimeo.com/ 24336443


/quiksilverbr


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EDITORIAL

Juntos

< Expediente >

A história da Ragga com o wakeboard passa por campeonatos estaduais e nacionais, por cidades como Itaúna, Brasília e Florianópolis. Mas é em Nova Lima, com a realização do Campeonato Mundial nos últimos três anos, que ela encontrou sua verdadeira vocação. Mais do que a idealização e organização de uma das melhores etapas do mundo: o encontro perfeito entre o esporte e um estilo de vida saudável, jovem e livre. Neste ano, a parceria com a Quiksilver, por seu alcance e posicionamento global, chamou, mais do que nunca, atenção para o evento e para o esporte, em todo o Brasil. Enquanto isso, no entorno de Nova Lima, crianças e pré-adolescentes que assistiram as etapas anteriores reconheciam top atletas, como Harley Clifford e Phillip Soven, dentro e fora da água — quando não perdiam a oportunidade de pedir autógrafo para os ídolos. A consolidação de uma cena de wakeboard em Minas é nosso orgulho e compromisso. Queremos contribuir para isso, mais e mais, a cada ano. E, até hoje, temos conseguido graças ao envolvimento de todos os colaboradores da Ragga no evento — mesmo aqueles que não estão diretamente envolvidos em sua realização. É o que chamamos de “família Ragga”. Como o wake, que, apesar de esporte individual, é indissociável da ideia de coletividade — afinal, é preciso, pelo menos, mais alguém para pilotar a lancha —, nós só concretizamos nossos sonhos juntos.

DIRETOR GERAL lucas fonda [lucasfonda.mg@diariosassociados.com.br] DIRETOR DE COMERCIALIZAÇÃO E MARKETING bruno dib [brunodib.mg@diariosassociados.com.br] DIRETOR FINANCEIRO josé a. toledo [antoniotoledo.mg@diariosassociados.com.br] ASSISTENTE FINANCEIRO nathalia wenchenck GERENTE DE COMERCIALIZAÇÃO E MARKETING rodrigo fonseca PROMOÇÃO E EVENTOS ludmilla dourado EDITORA sabrina abreu [sabrinaabreu.mg@diariosassociados.com.br] SUBEDITOR bruno mateus REPÓRTERES bernardo biagioni. flávia denise de magalhães JORNALISTA RESPONSÁVEL sabrina abreu - mg09852jp NÚCLEO WEB damiany coelho [damianycoelho.mg@diariosassociados.com.br] DESIGNERS anne pattrice [annepattrice.mg@diariosassociados.com.br] marina teixeira [marinateixeira.mg@diariosassociados.com.br] bruno teodoro. marcelo andrade FOTOGRAFIA ana slika . bruno senna . carlos hauck juliano sacramento . rodrigo bueno ESTAGIÁRIOS DE REDAÇÃO diego suriadakis. izabella figueiredo CAPA bruno senna REVISÃO DE TEXTO vigilantes do texto IMPRESSÃO rona editora REVISTA DIGITAL [www.revistaragga.com.br] REDAÇÃO rua do ouro, 136/ 7º andar serra. belo horizonte. mg. cep 30220-000 55 (31) 3225 4400

Bruno Dib — Diretor de comercialização e marketing

< Índice >

Na terra da tequila Confira o que rolou na etapa mexicana do Mundial

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Wake fashion Show de estilo fora da água

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Saiba mais sobre as próximas paradas, no Canadá e nos EUA

Quem se deu bem no Top 10 da etapa brasileira

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Guia mostra opções da cidade — para casais ou não

História e evolução do esporte na Lagoa dos Ingleses

O que vem por aí

Nova Lima

Os caras

Das antigas

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Cliques

Melhores momentos, além das manobras

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No lugar dos melhores

Lojistas da Quiksilver experimentam um dia de wake

B RUNO SENNA

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WWA NO MUNDO

Riders en

Mexico OSCAR SOLORZANO

OSCAR SOLORZANO

Com realização da Ragga, país do guacamole recebeu sua primeira etapa mundial de wakeboard meira etapa mundial de wakeboard

Em março, o México foi palco, pela primeira vez, de uma etapa do Campeonato Mundial de Wakeboard. E a assinatura foi da Ragga — também pela primeira vez realizando um evento fora do Brasil. Numa competição sem brasileiros e num pódio sem mexicanos, levou a melhor o australiano Harley Clifford, em primeiro. O canadense Rusty Malinoski ficou com a prata e o americano Adam Errington, com o bronze. A cidade-sede, Valle del Bravo, a duas horas da Cidade do México, é dividida entre montanhas que circundam uma lagoa perfeita e vilas coloniais, com restaurantes, galerias de arte, hospedagens e outros empreendimentos de alto padrão, como o Clube Izar, palco das manobras dos maiores riders do mundo.

CANADÁ

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leva você a todos os países do WWS.


EUA

BRASIL

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Mテ年ICA BENINI

Mテ年ICA BENINI

OSCAR SOLORZANO

OSCAR SOLORZANO


ETAPA CANADÁ

Esporte e música de qualidade se reúnem em um dos eventos mais aguardados pelos canadenses

A charmosa e fria Collingwood é conhecida por reunir a maior concentração de água doce do mundo. Entre 5 e 7 de agosto, pela terceira vez, o balneário se transformará no paraíso do wakeboard, em mais uma etapa do Wake World Series, que também inclui o wakeskate. O campeonato é atrelado a um festival de música sempre muito esperado pelos canadenses. Chamado de Wakestock, o evento é um dos maiores festivais anuais de verão no país e encontro de wakeboarders, wakeskaters, bandas renomadas e DJs. Nos palcos, o politizado grupo de hip hop Public Enemy, o post-hardcore do Alexisonfire e a batida do DJ Illo são algumas das atrações que prometem levar os gringos ao delírio.

ETAPA EUA

FOTOS: WWA/DIVULGAÇÃO

Entre 18 e 22 de agosto, Indianápolis, capital do estado de Indiana, nos EUA, recebe a quarta e última etapa do Wake World Series 2011. O Rockstar Wakeboard World Championships (WWA) contará com 21 categorias de divisão, além do Pro masculino e feminino, separadas por idade, sexo, esporte e nível de habilidade. A novidade dessa edição é que duas novas categorias foram adicionadas para atletas especiais: limb loss (para atletas que perderam algum membro do corpo) e limb difference (para atletas que possuem má formação dos braços ou pernas). Como em todos os outros países onde são realizadas as baterias, a celebração do wakeboard não acontece apenas sobre a água — em terra, o evento integra boa comida, boa música, sessões de autógrafos com os atletas da categoria Pro, várias lojas para quem quer adquirir equipamentos desportivos, incluindo barcos, wakeboard, wakeskates, óculos de sol e também distribuição de brindes.

Terra do Tio Sam sedia a fase final do Wake World Series

Ao todo, são 56 destinos em 27 países. copaair.com



NOVA LIMA

Breve guia de NOVA LIMA Para antes, durante e depois que o campeonato terminar

Com pouco mais de 80 mil habitantes, e o nível de qualidade de vida mais alto do estado, Nova Lima é o tipo de destino para se conhecer aos poucos, sem pressa. E sem medo de variar as atividades e companhias. Para boêmios ou atletas, casais, turmas de amigos e famílias: as estradas de terra, cachoeiras, pousadas românticas e festas fervidas garantem o “volte sempre” de quem visita.

CAROL VARGAS

Logo ali, ao lado de Belo Horizonte. Mas não um lado qualquer: Nova Lima começa onde termina a parte mais nobre da capital mineira, a Região Sul. Isso explica os condomínios de alto padrão que, ano após ano, atraem mais moradores vindos da cidade vizinha. As opções de lazer e cultura, a cada final de semana, recebem a peregrinação de apaixonados pela boa mesa, pelo esporte, pela natureza e pela noite, vindos de todo canto.

,Ação!

Do golfe ao voo livre: a prática de esportes está garantida. Hipismo Chevals Centro Hípico Vale do Sol Rua Atlas, 464 – Vale do Sol (31) 3541 8989 Golfe Morro do Chapéu Golfe Clube Avenida das Azaléas, 265 Cond. Morro do Chapéu – (31) 3547 4111 Corrida noturna Ragga Night Run Alphaville Lagoa dos Ingleses (31) 3225 4400 Parapente e asa-delta O lugar certo para praticar é na rampa em frente ao restaurante Topo do Mundo Estrada da Serra, 10 – Piedade do Paraopeba (31) 3575 5545 / 8771 2884 Motocross e off road O bar do Marcinho congrega motoqueiros e jipeiros – Rua Gorduras, 0 – Macacos (31) 3581 3736


DIVULGAÇÃO

,Juntinho

Os casais já sabem: a altura da cidade aliada ao friozinho do outono/inverno faz um convite ao romance. E ele ganha contornos bucólicos, nas pousadinhas de Macacos – Distrito de São Sebastião das Águas Claras. Pousada Pico do Sol Rua Campo do Costa, 75 (31) 3547 7538

Maria Bonita Rua Dona Maria da Glória, 460 (31) 3547 7422

Vila Solaris Rua Dona Maria da Glória, 300 (31) 3547 7615 / (31) 9974 1230

Chalés do Sítio Rua Doze de Outubro, 51 (31) 3547 7162 / 3547 7585

,Boa mesa

Ainda no clima romântico, restaurantes para ir “de casalzinho” ou para aproveitar dia e noite com a família e os amigos. diVino Quinta Avenida, 144 - Vale do Sol (31) 3541 4272

FOTOS: PAULO CUNHA/DIVULGAÇÃO

Jerimum Rua São Sebastião 709 – Macacos (31) 3547 7365 La Victoria Rua Hudson, 675 – Jardim Canadá (31) 3581 3200

LUIZA FERRAZ/DIVULGAÇÃO

Sebastião Rua Dona Maria da Glória, 836 – Macacos (31) 3547 7203

,No escuro

Quando a noite cai, a tranquilidade típica da cidade dá lugar a festas e ritmos, do velho rock ‘n’ roll ao que há de mais novo na música eletrônica. Para não deixar ninguém parado. Garagem D’Casa Alameda do Ingá, 121 – Vale do Sereno (31) 9192-2716 / 9192-2354 Cinco Club Shopping Serena Mall, BR MG30, 8.625, loja 16 – Vale do Sereno (31) 3223 3274 // cincoclub.com.br

Far East Rua Kennedy, 47 – Jardim Canadá (31) 3581 8646

Niágara Rua Douglas, 142 – Jardim Canadá (31) 3581 2122

Mix Garden Rua Projetada, 65 – Jardim Canadá (31) 3581 3722 / 8748 5731

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ESTILO

Patrulha da moda Enquanto os atletas faziam piruetas na água, a gente virou os olhos para o estilo do público, que provou que moda e wakeboard têm tudo a ver fotos Juliano Sacramento

Marina Ballesteros

ÓCULOS ray-ban COLAR do méxico SHORT h&m santa bárbara – eua RELÓGIO vans TÊNIS nike 6.0

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Fernanda Lopes

ร CULOS ray-ban PASHMINA presente que amiga trouxe do chile VESTIDO osklen CAMISA E BOTA espaรงo fashion


Thaiz Schmitt

coelhinha da Playboy

Mariana Giordani

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Raul Souza Gustavo Carneiro

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PREFEITURA DE

NOVA LIMA

PARCEIRA GOVERNAMENTAL DO

CAMPEONATO MUNDIAL DE WAKEBOARD 2011


CARLOS HAUCK

TOP 10

É TUDO DELES Vale a pena saber mais dos riders que se deram bem na etapa de Nova Lima por Izabella Figueiredo

Eis os doze primeiros colocados no campeonato. Como apenas quatro atletas disputam as finais, o ranking é dividido de 1 a 4. A partir da quinta colocação, os atletas têm os pontos distribuídos de acordo com o desempenho nas baterias que pararam. Os brasileiros e Austin ganham igualmente 51 pontos, pois todos pararam nas quartas de final. Na semifinais, os dois melhores — Adam e Dean — ganham 70 pontos e os outros dois — Andrew e Danny —, 60 pontos. Como os pontos são iguais a partir da quinta colocação, há quatro atletas em nono.

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PHILLIP

SOVEN Pela terceira vez no Brasil, o americano, conhecido como “Iceman”, estreou no wakeboard aos 11 anos. Acostumado a subir ao pódio em toda competição que participa, Soven não escondeu sua animação por competir no Brasil. “Embora tecnicamente não existam muitas diferenças entre a etapa brasileira e a de outros países, competir aqui é mais divertido. A equipe é maravilhosa e fica mais fácil para que eu dê o melhor de mim”, declarou um dos riders mais técnicos do mundo.


B RUNO SENNA FOTOS: CARLOS HAUCK

2 3 4 HARLEY N I C K TREVOR CLIFFORD JONES HANSEN Com apenas 16 anos, o australiano não se intimida perante os atletas mais experientes. Isso porque, apesar da pouca idade, Harley já é detentor de grandes títulos e a cada ano que passa torna-se uma ameaça maior aos demais profissionais. “Estava na Flórida e não me canso de competir. O wakeboard é minha paixão, e o fato de estar no Brasil é um combustível para eu melhorar ainda mais minha apresentação. Pena o Brasil ser longe da Austrália, caso contrário, viria sempre para cá.”

O americano de Seattle teve seu primeiro contato com o wakeboard através de uma revista sobre o esporte. Foi paixão à primeira vista. Devido a uma lesão sofrida em 2002, tratou logo de comprar uma prancha de wake para se dedicar integralmente ao esporte. Acertou em cheio, já que, desde então, engrossa a categoria Pro. “Adoro vir ao Brasil porque posso passar bons momentos com meus colegas de wake e também com os atletas locais, que são muito legais. Também adoro as festas.”

Também conhecido como Trev, esse americano tem os esportes aquáticos na veia. Seu irmão mais novo, Reed, é bicampeão mundial de wakeskate e toda a família é apaixonada por esportes na água. “Me sinto em casa quando estou no Brasil, é impressionante. Foco sempre nos resultados e venho treinando para dar o meu melhor. Os progressos que venho atingindo se dão principalmente pela minha paixão pelo esporte. Tudo fica mais fácil quando faz o que se gosta.”

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FOTOS: CARLOS HAUCK

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DEAN ADAM ERRINGTON Nascido em uma família de pescadores, basta ver a performance de Adam na água para sacar que ali é seu habitat natural. Há apenas quatro anos na categoria profissional, o escocês já mostrou a que veio, alcançando altos resultados nas baterias mundiais. Para A-Train (como é chamado), competir no Brasil é diferente. “A atmosfera aqui é tranquila, me sinto mais relaxado e animado pelo simples fato de estar no Brasil. Apesar de ter vindo aqui poucas vezes, me sinto em casa.”

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SMITH

O australiano Dean Smith fez da sua ousadia nas águas sua marca registrada. Depois de dominar a Austrália, Dean vai ganhando espaço nos EUA. O primeiro rider a executar um Indy Moby Dick é conhecido pelo seu estilo destemido e agressivo nas águas. Para ele, a etapa brasileira se consolidou como uma das mais importantes do circuito. “Adoro vir ao Brasil. Aqui posso competir e festejar ao mesmo tempo. Isso é formidável. Muito obrigado ao Brasil por nos receber mais uma vez.”

ANDREW ADKISON Também conhecido como “AA”, o americano sempre foi fã de wakeboard, mesmo antes de se tornar um atleta da categoria Pro. “O processo de amador a profissional foi uma aventura incrível e que estabeleceu uma base sólida para minha carreira”, disse. Para ele, “estar no Brasil é sinônimo de estar em contato com a energia mais positiva que pode existir. Por isso, a competição se torna divertida, mesmo que não perca o ar desafiador”.


FOTOS: CARLOS HAUCK

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AUSTIN MARIO 7 MANZOLI HAIR DANNY THOLLANDER Nas águas, Danny é visivelmente suave e poderoso. Quando está em ação, o atleta parece ter vários truques na manga que só complementam sua performance e surpreendem os que assistem. “Cada etapa tem um sabor diferente. Gosto de competir no Brasil porque aqui a água é plana, o circuito é divertido e os atletas sempre estão com fome de competição. É desafiador e motivador ao mesmo tempo”, declarou o americano.

LUCIANO MARCELO

RONDI GIARDI

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HISTĂ“RIA

ONTEM

E HOJE

Como as manobras experimentais dos anos 1980 transformaram a Lagoa dos Ingleses num dos melhores picos de wake no mundo texto Diego Suriadakis foto Rodrigo Bueno

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FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

Em sentido horário, a partir do alto à esquerda: Luciano Ballesteros na prancha de surfe; barefoot ou sola, por Marco Paulo; começando a voar: Skurfer; e um dos primeiros 360° do Brasil

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ARQUIVO PESSOAL

Luciano Ballesteros, o Calango, ganha em casa a etapa do Brasileiro em 2000 ,Riders com história

Na ativa ou aposentados ou os que foram lembrados pelo Calango: diVino USANDO PRANCHAS DE SURFE: Calango, Marco Paulo Mascarenhas, Nelo Falci SKURFER `88: Marco Paulo, Calango, Mateus e Flávio Carneiro, Eduardo Wanderley e Gustavo Nascimento SKIBOARD ‘90/’96: Marco Paulo, Eduardo, Bernardo e Leandro Lobato, Léo Moreira, Henrique Cardinalli, Frederico Quintino WAKEBOARD/ PRANCHA SIMÉTRICA: Gustavo e Felipe Pena, Cláudio Guimarães, Léo Lobato

É claro que outras lagoas do estado já viram flips, slides e vacas históricas. Mas é na Lagoa dos Ingleses — antigamente conhecida como Lagoa Grande, onde pessoas ligadas ao Banco da Inglaterra construíram o Clube Serra da Moeda para recreação, leituras e “chás das cinco” — que o wakeboard brasileiro vai deslizando para o futuro. A evolução do esporte na técnica, nas manobras, na agressividade e na radicalidade está intimamente ligada às modificações que foram sendo feitas nas pranchas com passar dos anos. Mas como se esquecer do resto do material? Os cabos, as sapatas — hoje botas, que prendem o rider na prancha — e, claro, as lanchas. “O esqui já era um esporte de elite, como o tênis ou o hipismo. Conseguir material não era para qualquer um”, conta Marco Paulo Marcarenhas, integrante de uma turma pioneira de riders do Serra da Moeda. Falando sobre o passado do wake, Marco Paulo lembra que sobre a água limpa da La-

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goa da Pampulha das décadas de 1940 e 1950 uma moçada já buscava algum tipo de emoção. Era puro lazer. Hoje avós e sentados perto da piscina do clube, os praticantes do esqui aquático — que tinha no slalon (deslizar em ziguezague) herdado do esqui na neve um dos movimentos mais radicais — podem ver no que se transformou a ideia de ser rebocado por uma lancha. “O Serra da Moeda nunca foi forte na vela aqui nos Ingleses. Sempre tivemos uma tradição náutica”, lembra Eduardo de Lima Fernandes, ex-presidente do clube e membro do conselho deliberativo desde 1979. Enquanto ele falava sobre a modernização náutica a que o local vem se propondo desde a sua fundação, o que isso gerou e pode ser visto hoje em eventos desse porte, sem esquecer dos goles em seu drink, passou apressado Alberto Carlos Soares, atual presidente, e soltou: “Hoje o wake é que manda, estou ensinando minha filha a andar”. O material que foi surgindo, primeiro nos Estados Unidos, principalmente na Califórnia e na Flórida, não demorou muito tempo para chegar ao Brasil. E quando não chegava por encomenda, a galera ia buscar. Marco Paulo e Luciano Ballesteros, o Calango, foram à gringa inclusive para fazer cursos de manobras, aprender técnicas. Calango é outro integrante do primeiro


Beleza, Marco Paulo, Dudu e Calango numa boa no Mundial desse ano

time de mineiros que viveu a evolução do esporte. E, à beira da Lagoa, em tarde da 2ª Etapa do Campeonato Mundial de Wakeboard, essa turma pioneira ia contando passo a passo, entre a família e piadas, o que aconteceu desde que se rebelaram contra o estilo “monosunga” (?) do esqui aquático. O primeiro passo foi botar dentro da água uma prancha com quilha. Em 1988, usaram prancha de surfe. Os riders eram rebocados por lanchas Cracker impulsionadas por motores V8 de Dodge ou os V6 do Opala brasileiro. O motor tinha um sistema de injeção que transformava o rider em mecânico, pelo tanto que dava de trabalho. Apareceram, então, as pranchas Skurfer Blast e Skurfer Rage, que tinham sapatas para a fixação dos pés. A galera começou a voar. Tem até filme clássico da época. De Thomas Rorell, The Decline of the Water Ski Monopoly. O esporte foi evoluindo na gringa e isso pôde ser visto nos fins de semana do Serra. Depois, veio a Skiboard Compressed Moder, primeira de madeira prensada, e com ela a coisa acelerou de vez. No Serra da Moeda faz frio, mas o sol está de olho nas manobras que não param. À beira da lagoa, centenas de bags de pranchas, atletas ouvem tranquilamente seu MP3 antes de cair na água, tantas e lindas mulheres que parecem brotar da grama e uma roda da “velha-guarda” de olho no visual lem-

brando de história. Eduardo Lobato pegou o cabo, era sua vez de falar. Com mais estabilidade e o surgimento da bota para os pés, com o POP (movimento de corpo do rider, como o do skate ou o da BMX, e que tira a prancha da superfície) e a troca do bico assimétrico, o wakeboard aconteceu de fato. “Foi um divisor de águas. Quando a prancha ficou simétrica, em 1995, 1996, o esporte se afastou do surfe e se aproximou do skate”, lembra Eduardo. O primeiro campeonato no Serra foi feito no começo dos anos 2000 e em caráter experimental. Trinta convites foram disponibilizados. Aí vieram etapas do Campeonato Mineiro, do Brasileiro, a estrutura do clube foi sendo implementada. “Hoje é a etapa do Mundial de Wakeboard mais respeitada do circuito, por conta da organização e do público. Os gringos não acreditam no astral que tem aqui, no tanto de gatas”, fala Ronaldo Mascarenhas, o Beleza, 27, da novíssima escola. Ele é wakeskatista — outra evolução ainda mais recente do wake e que já se tornou outra modalidade esportiva —, está entre os três melhores do mundo em sua categoria e hoje vive exclusivamente do esporte. Voar sobre a água, em bela paisagem e boa companhia nunca deixou de ser um lazer. Mas é também um modo de vida, um contest de habilidade e muita entrega, profissão.

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B RUNO SENNA

FOTOS

MOMENTS

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ANA SLIKA

CARLOS HAUCK

fotos Ana Slika, Bruno Senna, Carlos Hauck, Gisele Sanfelice e Juliano Sacramento

Dia e noite, na terra e na รกgua


FOTOS: ANA SLIKA

CARLOS HAUCK


CARLOS HAUCK

B RUNO SENNA

ANA SLIKA

ANA SLIKA

CARLOS HAUCK

ANA SLIKA

CARLOS HAUCK


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CARLOS HAUCK

GISELE SANFELICE

FOTOS: ANA SLIKA


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ANA SLIKA

CARLOS HAUCK

JULIANO SACRAMENTO

ANA SLIKA

CARLOS HAUCK

ANA SLIKA

ANA SLIKA ANA SLIKA

CARLOS HAUCK


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JULIANO SACRAMENTO

JULIANO SACRAMENTO

ANA SLIKA

B RUNO SENNA ANA SLIKA

CARLOS HAUCK

CARLOS HAUCK


JULIANO SACRAMENTO ANA SLIKA

FOTOS: CARLOS HAUCK


ANA SLIKA JULIANO SACRAMENTO

CARLOS HAUCK

CARLOS HAUCK

CARLOS HAUCK


CARLOS HAUCK

CARLOS HAUCK

GISELE SANFELICE

CARLOS HAUCK

CARLOS HAUCK

ANA SLIKA

JULIANO SACRAMENTO

CARLOS HAUCK

B RUNO SENNA


Um dia de

CARLOS HAUCK

MERCADO

profissional Ação da Quiksilver na Lagoa dos Ingleses aproxima lojistas e funcionários da marca ao wakeboard

Às vésperas da etapa brasileira do Mundial de Wake, a Lagoa dos Ingleses foi o cenário para quem não está acostumado com as manobras do esporte. Quinze pessoas, entre lojistas, gerentes e vendedores das lojas Quiksilver de Minas Gerais, foram apresentadas ao wakeboard numa clínica promovida pela marca de surfwear. Elas passaram uma manhã aprendendo de perto com dois atletas profissionais e recebendo dicas sobre o wake. Fiore Delmazo, representante comercial da Quiksilver em Minas Gerais, diz que, além do contato com o esporte, a clínica também serviu para apresentar a parceria da marca com a Ragga no Mundial e mostrar a preocupação com a imagem dos produtos. “Foi um grande passo em direção ao consumidor do estado. Isso fortalece nosso produto e a parceria com os lojistas.” Para o gerente de marketing da Quiksilver no Brasil, Rogério Boccuzzi, aliar a marca a um evento como o Mundial de Wake “cumpre com parte da nossa missão de incentivar esportes praticados com prancha. E estar ao lado da Ragga, que é uma

grande geradora de conteúdo para o público jovem, também é muito importante”. O argentino Juan Martín, único rider patrocinado pela Quiksilver na América do Sul, foi um dos profissionais, ao lado de Felipe Penna, o Cabecinha, que passou a experiência de atleta aos amadores. Juan elogiou as condições da Lagoa dos Ingleses e a estrutura do Mundial: “É o maior evento que a América do Sul recebe, a estrutura é de primeiro nível. Aqui se tem boa indústria de barco, de mídia, de patrocinadores. Acho que é possível chegar ao nível dos melhores. Toda a base está construída e agora só depende dos atletas”. José Célio Ramos Júnior, o Juninho, é proprietário de uma loja Quiksilver em Ipatinga, no Vale do Aço. Ele participou da clínica e saiu de lá entusiasmado com o esporte. “Achei muito legal, aprendi técnicas que eu não sabia. Todos que foram voltaram mais empolgados”, disse Juninho, que agora pensa em se dedicar mais ao wakeboard.

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