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Os monumentos do Rotary Como surgiram e o que comunicam os nossos marcos rotários
V
Paulo Cesar Maia da Cruz*
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ários são os monumentos em pedra espalhados por todo o mundo. O motivo e o registro de suas construções acabaram se perdendo ao longo do tempo, mas uma coisa é fato: todas as civilizações se preocuparam em erguer monumentos. As razões são as mais diversas: religiosas, ritualísticas, astronômicas, para marcar alguma localização, tumbas de reis etc. Têm-se registros de marcos e monumentos com mais de 7.000 anos de idade, justamente quando o homem deixou de ser nômade e começou a conviver em sociedade, apropriando-se de territórios e dedicando-se à agricultura, além de desenvolver ferramentas que o auxiliaram nesse trabalho. O marco, na maioria das vezes, visa registrar as coordenadas de um determinado lugar, servindo inclusive como demarcação de território, indicando o início ou fim de um lugar ou até mesmo servindo como referência de direções, como é o marco zero de uma cidade. A partir dele são definidas as zonas da cidade (norte, sul, leste e oeste), as numerações dos prédios e até o sentido das ruas. O marco rotário surge a partir da tradição de se plantar árvores da amizade, iniciada pelo fundador do Rotary, Paul Harris. Como presidente emérito da organização, ele viajou bastante nas décadas de 1920 e 1930 e, nessas viagens, plantou árvores para simbolizar o valor da amizade e da boa vontade. Outros presidentes do Rotary International seguiram essa tradição, como Sydney Pascall, que esteve à frente da organização em 1931-32 e sempre plantava árvores nas visitas a Rotary Clubs. Em uma dessas ocasiões, o patrocinador do evento era um clube que tinha o costume de fazer, próximo à árvore, um marco alusivo à iniciativa. Os marcos rotários foram tomando dimensões cada vez maiores e acabaram por assumir as formas que conhecemos atualmente.
Rotary Brasil ABRIL de 2021