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MensageM do presidente da rotary Brasil

REPENSAR

“Só as sociedades que acreditam em si próprias podem desenvolver-se.” — Arnold Toynbee

Difícil acreditar na hipótese de que uma economia planificada ou intervencionista, com muita regulação e burocracia, possa acelerar o progresso do país, sobretudo com os partidos e governantes que temos, improváveis de operar tal milagre, jamais visto em qualquer outro lugar.

Melhor seria preparar o Brasil para abrir-se à livre iniciativa, vocação que tem se revelado crescente entre nós, prometendo diminuir o intervalo entre o subdesenvolvimento atual e a plena modernização.

Nesse particular, nossa instituição, o Rotary International, uma sociedade independente que se mantém com recursos próprios, sempre ostentando forte predominância nas atividades de serviços à comunidade, pode e deve se perguntar que papel tem ou poderá ter nesse contexto.

Temos empregado considerável tempo em atividades que não produzem resultados substanciais. São seminários, definições de Imagem Pública, Desenvolvimento do Quadro Associativo e outras do tipo. Encontros que têm atestado reduzido interesse dos participantes, quase sempre os mesmos, ouvindo as mesmas pregações, mas sem, em tempo algum, levar as importantes ações de nossa instituição, seus projetos e ideias, para gente de fora dela. Sem informar, propagar, motivar e incentivar a sociedade em relação ao nosso trabalho.

A par de sua ação humanitária e dos inúmeros projetos que o Rotary desenvolve nas áreas de saúde, educação, meio ambiente e cultura, quem sabe não é chegada a hora de nossa organização inaugurar um novo serviço, alocando recursos, prestígio e sua grande influência em grandes encontros e debates sobre temas relevantes para a sociedade, mas agora abertos e até mesmo voltados ao público externo, com ampla divulgação?

É sempre bom lembrar que, em 4 de maio de 1948, o Rotary foi destaque na primeira página do jornal O Globo, que estampou a manchete “A 39ª Convenção do Rotary Internacional, uma grande oportunidade para o Brasil”, ressaltando assim a importância e a então fantástica influência de nossa instituição.

Não é de modo algum estranho ao Rotary esse relevante papel de debater os grandes temas do nosso tempo, contribuindo para a formação da sociedade, inclusive com a participação de outras organizações não governamentais.

Mas antes é indispensável atentar para o “mal do século”, a expressão do psiquiatra e escritor Augusto Cury para caracterizar a ansiedade, a depressão e o desinteresse pelas coisas, lembrando-nos de que estamos na era do conhecimento, da democratização, da informação, embora nunca tenhamos produzido tantos repetidores de informações – os supostos “influenciadores” – em vez de pensadores. No livro Ansiedade: como enfrentar o mal do século, ele afirma: “Por não termos investigado o fenômeno fundamental que nos torna seres pensantes, vivenciamos ainda hoje erros grosseiros e gravíssimos para a sustentabilidade das relações humanas, inclusive na inserção social”.

Tal missão não é para qualquer um, requer rotarianos e rotarianas preparados, com coragem e decisão, e ainda os jovens do Rotaract e do Interact, cuja capacidade e dinamismo têm se revelado com grande destaque, e que não cederão à ingenuidade, pois sabem que vivemos um tempo complexo, difícil e desafiador, como alertou o sociólogo e filósofo polonês Zygmunt Bauman em sua obra Modernidade líquida: “Enfrentamos o pressentimento de um mundo totalmente

Jorge Bragança

controlado, com certos limites à liberdade e à criatividade, tentando preparar pessoas para tornar-se obedientes e servir rotinas estabelecidas”.

Felizmente, somos uma instituição que interage com a sociedade e se envolve com seus problemas e aflições na busca de soluções e colaboração. Fazemos como ensinava Winston Churchill: “Nunca se perca a oportunidade de uma boa crise”. Desafios têm essa função.

Finalmente, é possível demonstrar até cientificamente que a qualidade do governo, em qualquer jurisdição, depende estritamente do grau de engajamento cívico dos cidadãos – ou, em outras palavras, do grau de capacidade social existente numa dada comunidade.

Ao Rotary cabe transmitir o bom exemplo, promovendo a discussão das grandes e boas ideias. RB

Não é de modo algum estranho ao Rotary esse relevante papel de debater os grandes temas do nosso tempo

Brastock Images/iStock.com O RIO DE JANEIRO CONVIDA PARA A FESTA

Em fevereiro, uma programação especial vai comemorar 100 anos da atuação do Rotary no Brasil

Ao ser contada, a história das organizações não governamentais (ONGs) em nosso país costuma realçar a década de 1950. Naquele período, surgiam entidades de voluntariado, normalmente de cunho religioso, dedicadas à educação de base. Nos anos 1970, o número de ONGs experimentaria um primeiro grande impulso. No início da década de 1990 elas se popularizariam e se multiplicariam.

Nesse panorama, no entanto, um acontecimento se distinguiu entre todos. Fundada por Paul Harris em 1905, nos Estados Unidos, e inspirada no companheirismo e na solidariedade, a nossa organização fincou bandeira em solo brasileiro há quase 100 anos. Em 28 de fevereiro de 1923, no então Distrito Federal, o Rotary Club do Rio de Janeiro, o primeiro do país e o primeiro em língua portuguesa, recebia sua carta de admissão. Desembarcava aqui um tipo de associação que rapidamente alcançaria escala nacional, por meio de uma capilaridade ímpar, voltada não a uma, mas a todas as causas humanitárias. Por isso, esse aniversário é a oportunidade para uma grande confraternização. Nas próximas páginas, trazemos a programação do Centenário do Rotary no Brasil, uma data que comprova o poder e o alcance do bem graças à união de milhares de brasileiros em torno de um ideal.

NÃO PERCA ESTES EVENTOS HISTÓRICOS

Não deixe de fazer a sua inscrição para essa comemoração que reunirá rotarianas e rotarianos de todo o Brasil na capital fluminense. A Comissão Organizadora do Centenário do Rotary Club do Rio de Janeiro anuncia uma programação que, a partir do dia 26 do próximo mês, prevê visitas técnicas aos projetos socioculturais apoiados pelo clube; encontros com autoridades locais, relevantes líderes das comunidades brasileiras e representantes de vários países; e plantio de nova árvore da amizade no Jardim Botânico em memória de Paul Harris; além de atrações opcionais, como passeios turísticos pela Cidade Maravilhosa, e experiências locais inesquecíveis, como assistir ao desfile das escolas de samba campeãs do Carnaval de 2023. A celebração do centenário contará ainda com a Fique atualizado sobre os detalhes da programação do Centenário e garanta o seu lugar nos diversos presença da presidente do Rotary International, Jennifer Jones, primeira mulher a ocupar o cargo máximo da nossa organização.

eventos acessando rotaryrio100.com.br

Eventos principais

rlomeu/iStock.com

TÍQUETES INCLUÍDOS DATA PREÇO

INSCRIÇÃO PARA O EVENTO

Atenção: Para efetuar a compra de qualquer um dos tíquetes disponíveis em nosso site é necessária a adesão ao Seminário Próximos 100 anos. Inscreva-se em: rotaryrio100.com.br/inscricao (Para consultar as demais opções de ingresso, acesse a aba Valores) Capacidade: 700 participantes l Kit do participante; l Seminário Próximos 100 anos (28/02); l Quatro breakout rooms temáticos; l Coffee break; l Tradução simultânea; l Visita ao Jardim Botânico para plantio de árvore junto à árvore plantada por Paul Harris (26/02).

SOLENIDADE DE ABERTURA

Local: Sheraton Grand Rio Hotel & Resort, no Leblon Horário: 18h Tema do evento: Tropical Capacidade: 700 participantes l Espaço privativo; l Coquetel com canapés frios e quentes; l Bebidas: água mineral, suco de laranja, refrigerante, cerveja e estação de caipirinhas (vodca e cachaça nacionais, e três tipos de fruta da estação). R$ 250,00

Para rotaractianos, interactianos e intercambistas:

R$ 150,00

26/02 R$ 275,00

FAÇA LOGO A SUA INSCRIÇÃO E APROVEITE

Fique atento ao calendário: l Pagando a sua inscrição e os tíquetes do centenário até 25 de janeiro, você pode parcelar o valor em 4 VEZES SEM JUROS. l Após essa data, em 3 VEZES SEM JUROS.

luoman/iStock.com

TÍQUETES

ALMOÇO DOS GOVERNADORES 2023-24 COM A PRESIDENTE JENNIFER JONES

Local: A ser confirmado Horário: 13h Capacidade: 90 participantes O evento terá a presença da presidente do Rotary International, Jennifer Jones, de governadores distritais, diretores e coordenadores regionais do Rotary International. Neste mesmo dia, está planejada a foto oficial dos governadores distritais 2023-24 com a presidente Jennifer Jones.

CULTO ECUMÊNICO (EVENTO PRIVATIVO)

Local: Corcovado Horário: 18h Capacidade: 200 participantes

SEMINÁRIO PRÓXIMOS 100 ANOS

Local: Sheraton Grand Rio Hotel & Resort Horário: das 9h às 16h Capacidade: 700 participantes

SOLENIDADE E JANTAR DE GALA

Local: Sheraton Grand Rio Hotel & Resort Horário: 20h Capacidade: 500 participantes

ALMOÇO DO ROTARY CLUB DO RIO DE JANEIRO

Local: Iate Clube do Rio de Janeiro, em Botafogo Horário: 12h Capacidade: 300 pessoas

INCLUÍDOS DATA PREÇO

l Espaço privativo;

l Transfer hotel-Corcovadohotel em ônibus; l Tíquete de trem para acesso ao topo do Corcovado; l Culto ecumênico em frente ao Cristo Redentor

27/02 A confirmar

(evento por adesão)

Veja as atrações opcionais e os tíquetes nas próximas páginas

Temas da programação:

l Diversidade e empoderamento; l Educação; l Saúde; l Meio Ambiente.

l Jantar de Gala; l Bufê; l Open bar completo; l Solenidade de encerramento; l Banda.

Outros eventos podem ser confirmados para este dia. Não deixe de acompanhar a programação e as novidades pelo site do Centenário 27/02 R$ 200,00

28/02

28/02 R$ 300,00

01/03

Valor por adesão

R.M. Nunes/iStock.com

No Pão de Açúcar, em 1928: rotarianos do Rotary Club do Rio de Janeiro e esposas em momento de companheirismo por ocasião da visita do governador distrital Cupertino Del Campo e família

QUANDO TUDO COMEÇOU

Estamos chegando a um marco histórico. Em 28 de fevereiro de 1923, há quase 100 anos, o Rotary International admitia oficialmente o Rotary Club do Rio de Janeiro, o primeiro do Brasil – o país se tornava o 24º entre as nações e regiões geográficas a integrar a constelação do Rotary. O clube carioca nascia ainda como o primeiro em língua portuguesa e o quarto da América do Sul – o primeiro havia sido o seu padrinho, o Rotary Club de Montevidéu, no Uruguai, fundado em 1918.

A ideia de fincar a bandeira da nossa organização em solo brasileiro era acalentada havia alguns anos, mas a decisão ganhou força em 5 de dezembro de 1922. Nessa data, 18 interessados na fundação do Rotary Club do Rio de Janeiro se reuniram pela primeira vez em um almoço na sede do Jockey Club Brasileiro. João Thomé de Saboya e Silva, engenheiro, senador e governador do Ceará, viria ser o primeiro presidente do clube pioneiro. Era um sonho que se realizava, o primeiro de muitos dessa organização feita de ideias e ideais postos em prática. RB

Para mais informações, ou em caso de dúvida, entre em contato pelo 31 99149-3143

Este WhatsApp está disponível de segunda a sexta, das 9h às 18h. E, para acompanhar os eventos que estão sendo preparados pelo Rotary Club do Rio de Janeiro, anote aí:

Site: rotaryrio100.com.br Facebook: facebook.com/rotaryrio100 Instagram: @rotaryrio100 Hashtags oficiais: #RotaryBrasil100 #CentenarioRotaryBrasil Baixe o logo oficial: cutt.ly/5FP7Toy

Do inteRcâmBio Do RotaRy paRa a soRBonne

ex-intercambista do rotary Club de Santo andréCampestre é aceita no curso de medicina de uma das universidades mais prestigiadas do mundo

Angélica Kenes Nicoletti*

Há três anos, encaminhada pelo Rotary Club de Santo André-Campestre, no distrito paulista 4420, Anna Luisa Silva Martins deu os primeiros passos no programa de Intercâmbio de Jovens do Rotary International. Agora, para dar continuidade aos estudos, desta vez no curso de medicina da Sorbonne, a andreense fixou residência em Paris. Aos 20 anos de idade, ela chegou a uma das universidades mais prestigiadas do mundo, em cujos corredores já circularam como alunos o padre e teólogo São Tomás de Aquino, os escritores Honoré de Balzac e Simone de Beauvoir e, entre tantos outros, o casal Marie e Pierre Curie – ela, Prêmio Nobel de Química e Física, ele, de Física. As aulas da futura médica estão em curso desde setembro, quando tem início o período letivo no Hemisfério Norte. Anna Luisa teve certeza de que gostaria de ampliar os horizontes geográficos em paralelo aos estudos e carreira desde os tempos do Colégio Eduardo Gomes, instituição criada pela Fundação de Rotarianos de São Caetano. “Estudei lá desde os 11 anos. A escola recebia com frequência jovens do intercâmbio. No nono ano, minha classe recebeu um equatoriano. Como eu me comunicava bem em inglês, foi natural nos comunicarmos e, com a convivência, passei a me interessar pelo programa”, Anna recorda.

A fluência em inglês foi aperfeiçoada desde a infância. “Eu me dedicava com mais ênfase a estudar o idioma desde que fui aos Estados Unidos para gravar um comercial na Disney. Foi uma viagem de trabalho com meu irmão, Murillo, que, aliás, está na Suíça como intercambista”, lembra, contando que foram acompanhados pela mãe, Luciana Deria da Silva, associada ao Rotary Satélite Flor de Lis. O pai, Ricardo César Martins, faz parte do Santo AndréCampestre.

ACOLHIMENTO

Na reta final do ensino médio, com apoio dos pais, Anna se inscreveu no programa de bolsas do Rotary e, após cumprir todas as etapas, foi selecionada para um período de um ano na bucólica cidade francesa de Alès, onde concluiu os estudos escolares. “Foi muito importante esse período. Convivi com três famílias diferentes e fui bem-recebida por todos das famílias. Com elas, tive uma oportunidade muito grande de aprender a me adaptar, além de ganhar conhecimento da cultura e do modo de vida em outro país.”

Já proficiente em francês, e com interesse em comunicação e marketing, Anna vislumbrou continuar os estudos no país. Passado o período de intercâmbio, foi aceita na faculdade IFC Groupe d’enseignement supérieur, em Alès, e estagiou em uma agência de comunicação.

Durante a pandemia, a jovem retornou ao Brasil, não sem antes se inscrever para um novo curso, desta vez na área de saúde, apontada por um teste vocacional. “Parecia algo distante, afinal, medicina, Sorbonne, mas, para minha surpresa e alegria, fui aceita.” Anna ainda não sabe ao certo qual especialidade seguirá. “Tenho um bom tempo pela frente para definir, mas, atualmente, acredito que será dermatologia”, sugere, e reforça a importância do Intercâmbio de Jovens: “Fez toda a diferença para eu estar onde estou”. RB

anna luisa silva martins com a presidente do rotary Satélite Flor de Lis, Fidalma Guarini

*A autora é jornalista e associada ao Rotary Satélite Flor de Lis, que integra o Rotary Club de Santo AndréCampestre, SP (distrito 4420).

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