4 minute read
ANOS 1950
Criando escolas, incentivando estudantes
Aconstrução – ou a reforma – de Escolas Rotary em áreas urbanas e rurais do país foi uma das principais contribuições dos clubes brasileiros no período. Já teria sido uma iniciativa e tanto, mas os rotarianos ainda incentivaram a educação de outras formas: com premiações para estudantes e patrocínio de bolsistas. A saúde não ficou de lado, com a aquisição de ambulâncias, campanhas de doação de sangue e investimentos em hospitais.
Os anos 1950 também marcaram o lançamento da pedra fundamental do Edifício Rotary, construído pela Fundação de Rotarianos de São Paulo para abrigar o Colégio Rio Branco, e a aquisição, pelo Rotary Club do Rio de Janeiro, de sua sede própria.
Uma curiosidade: até os anos iniciais dessa década, o escritor Malba Tahan (pseudônimo de Júlio César de Mello e Sousa), que era rotariano, foi um dos redatores da revista.
Visita ilustre no Rotary Club de Copacabana: então governador de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek faz palestra no clube carioca
Figuras públicas no Rotary: em 1953, um associado ao Rotary Club do Rio foi eleito campeão de frequência no Brasil e ganhou um perfil na revista. Tratava-se de Frederico de Barros Barreto, então ministro do Supremo Tribunal Federal. Quem também teve um perfil publicado na revista foi o advogado, escritor e imortal da Academia Brasileira de Letras Rodrigo Octavio de Langgaard Meneses Filho. Foi em 1956, ano em que completou três décadas como associado ao Rotary Club do Rio. No ano anterior, o mesmo clube teve um de seus associados assumindo a presidência da República por um breve período. Foi Carlos Coimbra da Luz, que aparece de pé na foto, fazendo um pronunciamento, e era então presidente da Câmara dos Deputados
Para os jovens: as fotos registram a fundação do Interact Club de Copacabana, no Rio de Janeiro, em meados dos anos 1960, e do Rotaract Club de Taubaté, em São Paulo, entre o final da década e o início dos anos 1970
Anos 1960
Portas abertas para a juventude
Em 1962, o Conselho Diretor do Rotary International aprovou a criação do Interact. No ano seguinte, o movimento interactiano começou no país, com a instalação de um clube para alunos do ensino médio em São Luís, capital maranhense. Já o Rotaract foi aprovado pelo Rotary em 1968, e naquele mesmo ano, em 28 de agosto, surgiu o Rotaract Club de São Cristóvão.
Patrocinados por Rotary Clubs, os clubes para a juventude foram progressivamente se espalhando pelas cidades brasileiras, sem que os rotarianos descuidassem de um propósito mais antigo: o combate ao analfabetismo com a criação das Escolas Rotary, que foi intensificada. Em 1960, 39,6% da população brasileira formada por jovens e adultos era analfabeta. Além de construir escolas de ensino fundamental, os clubes se empenhavam na doação de bibliotecas.
No campo da saúde, as páginas da revista registram que os rotarianos realizaram campanhas de vacinação contra o tifo e a varíola e também de vacinação tríplice. E a edição de janeiro de 1964 noticiou o falecimento de Jean Harris, viúva de Paul Harris.
O empresário
José Ermírio de Moraes, que foi associado ao Rotary Club de São Paulo (o filho Antônio Ermírio de Moraes também seria), discursa na inauguração do Edifício Rotary, em São Paulo, no ano de 1960. Na outra foto, Adolpho Bloch, então diretor-presidente da revista Manchete, recebe o título de associado honorário do Rotary Club de Copacabana, em 1964
Tony e Celly Campello, já consagrados como artistas de rádio e TV, visitam a sede da revista em 1960 na companhia do pai, Nelson Campello, associado fundador do Rotary Club de Taubaté. Na foto menor, detalhe da sede da revista em 1964, então localizada na avenida Nilo Peçanha, no Centro do Rio
A instalação de monumentos com relógios públicos, como este inaugurado pelo Rotary Club de Ponta Grossa, do Paraná, na praça Barão de Guaraúna em setembro de 1968, é uma tendência dos clubes brasileiros no período
Por intermédio do Rotary Club de Rondonópolis, no Mato Grosso, a Santa Casa de Misericórdia da cidade recebeu uma ambulância doada pelo Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural. Tendo a ambulância à frente, um desfile com mais de 60 veículos comemorou a entrega. A outra foto mostra a construção de um orfanato patrocinada pelo Rotary Club de Telêmaco Borba, no Paraná, com a parceria da comunidade
Anos 1970
Ampliando fronteiras e preparando o futuro
ORotary seguia crescendo e trabalhando pela comunidade nos quatro cantos do Brasil. Nas páginas da revista daquela época, o número crescente de notícias mostrando a atuação das Casas da Amizade e dos clubes de Interact e Rotaract evidencia a importância desses parceiros históricos, antecipando a renovação do quadro associativo que eles ajudariam a promover na década seguinte com o ingresso das mulheres nos Rotary Clubs (muitas delas integrantes dos clubes femininos) e a chegada de uma nova geração de rotarianos egressa dos clubes de jovens.
Em julho de 1975, com o lema Dignificar o Ser Humano, Ernesto Imabassahy de Mello, do Rotary Club de Niterói, no Rio de Janeiro, tornava-se o segundo brasileiro a presidir o Rotary International.
O período marca também a realização do Instituto Rotário de Campos do Jordão, em setembro de 1978. A reunião de atuais, ex e futuros governadores de distritos brasileiros dava início ao maior encontro anual do Rotary em nosso país. Realizado ininterruptamente desde então, mais tarde o evento foi rebatizado como Instituto Rotary do Brasil.
Juventude em ação: na primeira foto, do começo da década, integrantes do Interact Club de Guaratinguetá, em São Paulo, posam com aparelhos doados à Apae local, iniciativa desenvolvida com o apoio do Rotary Club de Denver, dos Estados Unidos. Na outra imagem, vemos um registro do 3º Ciclo-Passeio, feito em dezembro de 1977 pelo Rotaract Club de Taubaté. Com entrega de troféus, bicicletas e camisetas, o evento levou 3.000 ciclistas às ruas da cidade paulista