Revista Segurador Brasil - Edição 131

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Ano 15 | NĂşmero 131 | 2017

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Mercado reclama coberturas mais abrangentes Especialistas identificam pontos-chaves para o crescimento e as assimetrias do mercado que precisam ser corrigidas



Carta ao leitor Tradição, mas com capacidade de inovação

No ano em que completa 25 anos de atividades, a Brasil Notícias, responsável pela Revista Segurador Brasil, está de cara e conceito novos. Mas a essência da empresa, que prima pela excelência editorial, prestação de serviços e ética no relacionamento com o segmento, com todos os parceiros e o público em geral, continua a mesma. As transformações são fruto de um plano de reposicionamento de mercado e concebido para oferecer mais e melhores soluções de comunicação. Desde abril, a Editora Brasil Notícias também passa a atender pelo nome de Agência Brasil Notícias, sempre pronta e com todo o gás para resolver qualquer demanda relacionada à comunicação corporativa, on e off line, de clientes que atuam dentro e fora do mercado de seguros. A primeira etapa desta transformação é a identidade visual das logomarcas: Brasil Notícias, Revista Segurador Brasil e Prêmio Segurador Brasil. Elas transmitem a essência da empresa: Solidez, Segurança e Credibilidade. “A reinvenção da marca reflete o compromisso da Brasil Notícias com o futuro e a preocupação com a constante atualização da nossa atuação, tendo como referência tudo aquilo que fizemos, com o compromisso junto ao mercado de seguros”, diz João Carlos Labruna, diretor geral da Brasil Notícias.

Expediente Editor-Executivo: João Carlos Labruna labruna@revistaseguradorbrasil.com.br brasilempresarial@uol.com.br Comercial: Mauricio Dias (mauricio@revistaseguradorbrasil.com.br), Paula Merigo (paula@revistaseguradorbrasil.com.br) Dagoberto Orelhana (dagoberto@revistaseguradorbrasil.com.br) Reportagem: Carlos Alberto Pacheco (pacheco@revistaseguradorbrasil.com.br) Diagramação: Propósitto Soluções Visuais (rodrigo@propositto.com.br)

Ano 15 | Número 131 | 2017

Publicidade/Administração/Redação Rua Sete de Abril, 277 – 7o A – Centro - 01043-000 - São Paulo - SP Tels. (11) 5594-3902/4072 | 3562-5661/62 comercial@revistaseguradorbrasil.com.br redacao@revistaseguradorbrasil.com.br Colaboração nas fotos – Equipe Antranik Os artigos e/e ou matérias assinadas não correspondem, necessariamente, a opinião da revista. Foto capa: CNseg

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CNseg

Sumário O resseguro ontem, hoje e amanhã

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Uma imersão de dois dias, feita por executivos de seguros, resseguros, brokers, autoridades de supervisão do mercado, identificou os pontos-chaves para a continuidade do crescimento do resseguro no País, durante o 6º Encontro de Resseguro, no Rio de Janeiro. Eles discutiram diversos aspectos para ampliar a taxa de penetração do segmento, incluindo-se a criação de produtos para áreas específicas de seguros, como Saúde Suplementar, as assimetrias dos mercados que precisam ser corrigidas, além do balanço de 10 anos do fim do monopólio. Especial, a partir da Pág. 5

Perspectiva positiva Em pronunciamento no 6º Encontro de Resseguro, no Rio de Janeiro, o presidente da CNseg, Marcio Coriolano (foto), assinalou que o mercado de seguro demonstrou resiliência mesmo com o agravamento da crise econômica. E a perspectiva, segundo ele, é positiva, porque existe a previsão de lançamento de produtos que já tiveram a regulamentação aprovada ou em via de ser, ampliando o mercado potencial. Pág. 11

Prêmio Segurador Brasil A reportagem da Segurador Brasil ouviu alguns dos principais homenageados, os quais foram unânimes em destacar a importância da premiação, e como conseguiram chegar a este relevante objetivo. Nesta edição, como primeira parte da cobertura do evento, a relação completa dos classificados. Págs. 16 a 23

Articulistas

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Ponto de Vista - “Cada apólice é um contrato”, pelo advogado Antonio Penteado Mendonça; Análise - “Perda da cobertura no Seguro de Pessoa”, de autoria de Dilmo Bantim Moreira (foto); Internacional - “1861 está cada vez mais distante”, escrito pelo expertise em seguros, Carlos Barros de Moura; e Ponto Final - “Empreendedorismo sob nova perspectiva de carreira”, pela colunista Leila Navarro, são os temas e artigos desta edição. Respectivamente nas Págs. 12, 24, 26 e 30.


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CNseg

Mercado reclama coberturas mais abrangentes de resseguro

Uma exortação pública para que as resseguradoras lancem planos mais abrangentes para as operadoras de Saúde Suplementar não deixa dúvidas de quanto esta ampliação de oferta é necessária e estratégica para o setor. O apelo partiu da presidente da FenaSaúde, Solange Beatriz Palheiro Mendes, ao participar dos debates que sucederam justamente a palestra sobre lacunas e perspectivas de oferta de proteção mais efetiva aos riscos severos das operadoras de saúde, no 6º Encontro de Resseguro, realiza-

do em abril no Rio de Janeiro e promovido pela CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização), Escola Nacional de Seguros e Fenaber (Federação Nacional das Empresas de Resseguros). “Senhores sejam mais criativos e ampliem a oferta de produtos. Contamos com a criatividade, solidariedade e parceria das resseguradoras”, assinalou Solange Beatriz, destacando a importância do resseguro para blindar o

risco severo das operadoras de Saúde Suplementar. Embora raros (ou seja, de baixa frequência, no jargão do mercado segurador), os sinistros atípicos podem resultar em valores astronômicos. “Já pagamos uma conta de quatro milhões por um sinistro severo”, contou o executivo Valter Hime, diretor da Sompo Saúde Seguros, durante a palestra “Solução para a transferência de risco em saúde”. Os sinistros severos são aqueles que se iniciam, aleatoriamente, du5


rante um procedimento de baixa complexidade, como a realização de uma ressonância ou tomografia, provocam mal-estar nos pacientes, exigindo tratamentos urgentes (ou intensivos) e, sobretudo, caros. Algo difícil de ser precificado e desestabilizador das finanças das operadoras, sobretudo das pequenas e de médio portes, lembrou Hime. “Não há modelos matemáticos capazes de prever que um paciente vá passar mal durante o uso de contraste em sua tomografia, entrar em coma e precisar de tratamento emergencial para salvar sua vida. Mas ocorre e é extremamente oneroso”, destacou ele.

Pleito histórico A participação mais ativa das resseguradoras é um pleito histórico do mercado de Saúde Suplementar e, na verdade, já existem alguns planos

disponíveis, como o stop loss. Trata-se de um mercado de grande porte para prospecção de resseguros, considerando-se os números da Saúde Suplementar - que movimentou R$ 160 bilhões no ano passado e representou 40% do faturamento do mercado de seguros ampliado (inclui também ramos elementares, previdência e vida e capitalização). “Mas os resseguradores não devem esperar encontrar demanda para toda a carteira, pelo menos no caso das grandes operadoras. Na verdade, a demanda mais frequente deve ser por seguros de stop loss, geralmente associados a grupos de empresas empregadoras contratantes”, adiantou Solange Beatriz. Mas uma restrição regulatória ainda impede a aquisição de planos de resseguro por todos os atores de

cadeia. Desde 2009, a proposta de incluir o resseguro para afastar o risco de despesas vultosas e inesperadas é discutida. Naquele ano, um parecer da Procuradoria da Susep disse que a contratação de resseguro só poderia ser realizada por operadora constituída como sociedade seguradora. Um ano depois, um projeto de lei do Senado (PLS 259) propôs a contratação para as demais operadoras de saúde, mas acabou arquivado após as discussões. Em 2013, a Susep revisou o parecer, admitindo a compra direta de resseguros por todas as operadoras. A autarquia, contudo, voltou atrás em 2016, com a publicação de parecer que ratifica o entendimento de 2009, inviabilizando assim a compra irrestrita. (Fonte – CNseg)

A história e os caminhos do setor A história do resseguro tem início na Europa, no Século 18, com as seguradoras buscando outras seguradoras locais para se protegerem de riscos elevados. Esse modelo, entretanto, potencializava uma aspiral de risco, razão pela qual elas logo começaram a buscar resseguradoras fora de seus países de origem. Isso, porém, gerava um problema de evasão de divisas, razão pela qual foram criadas resseguradoras locais com obrigação de investir o capital nos países de origem. O movimento seguinte foi a busca das resseguradoras pela internacionalização, sendo a Munich RE a primeira a fazer isso. 6

No fim do Século 19, os Estados Unidos transformam-se no maior mercado de resseguro do mundo. As décadas de 1970 e 1980 foram, então, a época de ouro do resseguro, mas a década de 1980 trouxe uma grave crise, ocorrendo uma ainda maior internacionalização e o surgimento dos centros regionais de resseguro. Assim começou a apresentação de Rodrigo Botti, da Terra Brasis Resseguros, durante painel do 6º Encontro de Resseguro, que debateu os 10 anos do mercado local do segmento. No Brasil, prosseguiu Botti, o Instituto Brasileiro de Resseguro (IRB) foi criado em 1939 para

O mercado brasileiro de resseguros pode dobrar apenas com a oferta de novos produtos do setor evitar a evasão de dividas, contribuindo para o fortalecimento do mercado de seguro brasileiro. Em 2007, dá-se, então, a abertura do mercado de resseguro brasileiro, com o fim do monopólio do IRB. Em 2017, enfim, chegamos a uma


Arquivo

estabilidade regulatória com cenário bastante positivo. Mas como a história é um processo em constante construção, além de observar o passado, é necessário pensar o futuro e os próximos passos, segundo o executivo da Terra Brasis, devem estar focados na busca por uma melhora da eficiência do mercado, alcançando o mesmo nível de qualidade do internacional. Para isso, segundo ele, é preciso que novos produtos de resseguro sejam criados, mas não só para grandes riscos. “Por aqui, 39% são grandes riscos, enquanto, nos EUA, são apenas 8%”, afirmou. “E o mercado brasileiro de resseguros pode dobrar apenas com a oferta de novos produtos de resseguro”, concluiu. Outro caminho que pode levar à duplicação do mercado é a conquista de 25% do mercado da América Latina, que faria os prêmios brasileiros passarem de R$ 10 bilhões para R$ 23 bi-

lhões. A boa notícia é que o Brasil está muito bem posicionado para oferecer resseguro aos vizinhos, sendo ainda menos afetado por catástrofes naturais que outros. Mas para que isso ocorra, o mercado brasileiro precisa se internacionalizar, o que já vem ocorrendo. Entretanto, ainda precisamos fortalecer esse movimento, segundo Rodrigo Botti, com algumas importantes medidas. Em primeiro lugar, precisamos realizar uma isonomia tributária para reduzir o gap em relação a outros países com menor carga tributária. Além disso, também é necessário desenvolvermos as regras de transferência de risco para o mercado de capitais, as regras de investimento e as regras de aceitação de risco no exterior e ainda melhorar a legislação trabalhista.

Colômbia Também participou do painel, Carlos Varela, vice-presidente Técnico da Fasecolda que, em suas palavras, trata-se da equivalente à

CNseg na Colômbia - país que, ao lado do Peru, apresenta o maior índice de crescimento na América Latina, mantido ao longo de vários anos, mas que, como lembrou, interage pouco com o Brasil. Para as resseguradoras brasileiras interessadas em investir no país de Gabriel Garcia Marques, Varela deu o caminho das pedras. Antes de mais nada é necessário obter registro que requer qualificação e patrimônio mínimos, além de classificação mínima das agências de rating internacionais, como Standard & Poor’s. Quanto maior essa classificação, menor o capital de solvência necessário. Vencidas essas etapas, de acordo com o executivo da confederação das seguradoras colombianas, os resseguradores estrangeiros encontrarão um mercado competitivo, em um ambiente regulatório equilibrado, entrosado com o mercado e preocupado com a proteção do consumidor. (Fonte – CNseg) 7


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Marco regulatório do Brasil e de demais países é confrontado Dois olhares sobre o mesmo objeto - no caso o mercado de resseguros brasileiro - despertam percepções diametralmente distintas entre stakeholders locais e estrangeiros. No Brasil, o resseguro livre ganha cada vez mais musculatura, ao pular da casa de R$ 3,8 bilhões para R$ 10 bilhões nos 10 primeiros anos de mercado livre; ou seja, mais que dobrou de tamanho. Além disso, é altamente competitivo, porque reúne 128 players em seu território, inclusive alguns dos maiores do mundo, um sinal, entre as autoridades, de que seu marco regulatório satisfaz. Será? Lá fora, o tom é menos róseo: a começar pela receita do mercado de resseguros trazida a valor presente. Comparando-se os R$ 6,1 bilhões (VPL) gerados em prêmios de resseguro em 2008 aos R$10 bi (VPL) de 2016, o crescimento alcançou exatos 67%. Em dólar, este mercado avançou de US$ 2,1 bi para US$ 2,9 bi, expansão ainda menor, de 39%. A taxa de penetração do resseguro, ainda pelo olhar dos gringos, subiu dois pontos percentuais, de 11% para 13% no período de dez anos. Os dados foram alguns dos apresentados por Marcos Castro, do Lloyd’s, na palestra sobre “Assimetria entre os mercados local e internacional de resseguro”, realizada durante o 6º Encontro de Resseguro. Um número, em especial, chamou a atenção: o da capacidade oferecida pelos players globais. Na casa dos bilhões de dólares nas respectivas 8

matrizes, no Brasil os capitais oferecidos são classificados de quase simbólicos algumas vezes pelo especialista. No grupo das 51 ressegurados com presença local (16 locais e 35 admitidas), os números são os seguintes: entre as 11 estrangeiras que operam como empresa local, o maior capital individual, de US$102 milhões, não representa capacidade local significativa; entre quatro brasileiras, o maior capital registrado é de US$ 188 milhões, o que torna o grupo dependente de retrocessão ao mercado internacional. Mesmo o IRB, com capital de US$ 776 milhões, o maior ressegurador local. Resultado: cerca de 50% do resseguro brasileiro continua sendo repassado aos resseguradores internacionais.

Relatório O último relatório do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP parece passar ao largo dessa questão. “Inquestionavelmente, a transição do monopólio para um regime saudável e muito competitivo, com empresas locais, regionais e globais atuando conjuntamente, só pode ser considerada uma grande conquista”, diz um trecho do material do colegiado, citado pelo palestrante. Para os estrangeiros, “o avanço mais relevante com o fim do monopólio foi o balizamento de preço pelo mercado internacional. Mas a cadeia de resseguro e retrocessão no Brasil se tornou mais complexa e onerosa”.

Ainda segundo o relatório do CNSP, reconhece-se que a criação de um mercado local de resseguro forte foi um dos propósitos da regulamentação que flexibilizou tais operações, tendo como objetivo reter prêmios e reservas no País. Para os estrangeiros, há alguns nós no modelo nacional de regulação. A retenção mínima de seguros e resseguros, por exemplo, só existe na Argentina, China, Equador, Nepal e Vietnam; a cessão obrigatória de resseguros, em alguns países da África, China, Indonésia e Malásia; e a restrição intra-grupo, até há pouco na Argentina, que revê o regulamento para abrandá-lo, e na China.

Cerca de 50% do resseguro brasileiro continua sendo repassado aos resseguradores internacionais No período de 10 anos de abertura, Marcos Castro lembra que 11 intervenções importantes ocorreram no marco regulatório, despertando insegurança entre os players. E lembra a Federação Europeia de Seguros e Resseguros, “resseguro é uma das indústrias mais globalizadas do mundo atualmente. A habilidade singular dos resseguradores de agrupar riscos e pagar sinistros em escala global tem, para empresas e consumidores, os mesmos efeitos de prosperidade do livre comércio; ajuda a estimular o crescimento econômico, empregos e fomenta a estabilidade”. Uma reflexão sobre isso precisa estar no radar de todos para um mercado cada vez mais próspero. (Fonte - CNseg)


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Antes, apenas empresas de grande porte contratavam o produto, agora já é procurado por empresas de pequeno e médio portes Freepik

Riscos cibernéticos são uma ameaça global

“Os riscos cibernéticos são uma ameaça global, que não respeitam fronteiras geográficas”, afirmou Kara Owens, da TransRe, logo no início de sua apresentação no 6º Encontro de Resseguro do Rio de Janeiro, sobre a evolução do risco cibernético, assunto de interesse das seguradoras e resseguradoras, tanto pelas oportunidades de negócio quanto pelos riscos assumidos. Segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento, assinalou Karen, esses riscos geram perdas de US$ 90 bilhões anualmente em todo o planeta. E não coincidentemente, o seguro contra riscos cibernéticos é um dos produtos que mais crescem no mundo. Em 2016, os prêmios 10

arrecadados ficaram entre US$ 3,5 bilhões e US$ 4 bilhões, devendo alcançar US$ 20 bilhões até 2025. E se, antes, apenas empresas de grande porte o contratavam, agora ele já é procurado por empresas de pequeno e médio portes. Mais tarde, até mesmo pessoas físicas vão procurar a cobertura nas gôndolas das seguradoras, acrescenta. Mas essa é uma realidade para os Estados Unidos, onde mais de 60 seguradoras já oferecem tal proteção. Na América Latina, porém, a realidade é outra, com a modalidade ainda engatinhando, segundo a executiva da TransRe, particularmente, no Brasil, devido ao baixo nível de litigiosidade de nosso mercado.

Ataques Só em 2015, o Brasil registrou aumento de 200% no número de ataques. E mesmo os casos ocorridos lá fora repercutem por aqui, como foi o caso do Yahoo, que teve os dados de milhares de clientes expostos por hackers no período em que sua venda estava sendo negociada, resultando em uma enorme perda de valor de mercado. Outro golpe cibernético que tem crescido muito, segundo Karen, é o de sequestro de dados, pessoais ou empresariais, que só são liberados mediante pagamento de resgate. E há ainda aqueles que ocorrem e surpreendem a todos, como o caso citado de um navio de carga cujo hacker identificou que levava uma


remessa de diamantes. Já em alto mar, o criminoso assumiu remotamente o controle da embarcação e a conduziu para o local onde piratas o aguardavam tranquilamente. E se um hacker tomasse o controle da rede elétrica? Pois até isso já aconteceu, nos EUA, há alguns anos. E além dos evidentes prejuízos para as empresas atacadas, esses ataques também podem impactar fortemente suas seguradoras, podendo gerar sinistros em apólices de lucro cessante, de perda de propriedade intelectual e outras. Mas se cresce a demanda por seguros

contra riscos cibernéticos, sua oferta enfrenta alguns desafios. Em primeiro lugar, sua precificação é complicada, sobretudo devido à falta de dados suficientes para os cálculos atuariais. Além disso, a tecnologia, em constante evolução, abre, a cada dia, mais e mais possibilidades para os criminosos. “Há 10 anos, ninguém pensava em dispositivos médicos ou TVs sendo hackeadas”, disse Karen, referindo-se a algo que já é realidade hoje. E com o desenvolvimento da internet das coisas, dos carros autônomos, dos monitores de bebês, entre outros objetos

conectados à internet, os riscos crescem exponencialmente. E sendo os ataques cibernéticos um risco ao qual todos estão expostos, da grande empresa ao simples cidadão, o mínimo que podemos fazer é adotar medidas básicas de segurança. E algumas apresentadas pela coordenadora de mesa, Thisiani Martins, da seguradora XL Catlin, já ao final do painel, são: criar senhas diferentes para cada site em que se precise registrar, gerar senhas mais difíceis, evitar wi-fi públicos, evitar o uso de bluetooth e ter cuidado com sites falsos. - (Fonte – CNseg)

Perspectiva é positiva, destaca Coriolano queno numero de modalidades, com destaque para os planos de previdência (VGBL, principalmente), seguro de vida individual e apólices de Garantia e Rural, uma concentração que também indica que o mercado foi mais duramente afetado pela crise. Mas Coriolano acredita que o mercado segurador já superou o pior momento da recessão de 2016. Não só porque a taxa de expansão ter se ampliado trimestre a trimestre, depois do susto causado pela forte desaceleração no começo do ano passado. Mas também porque o resultado do primeiro bimestre do ano já O presidente da CNseg, Marcio Coriolano, assina- é representativo, ao voltar à casa dos dois dígitos. lou – durante discurso no 6º Encontro de Resseguro Mercado potencial que o mercado de seguro demonstrou resiliência mesE a perspectiva é positiva, porque existe a previmo com o agravamento da crise econômica, ao exibir expansão nominal bastante razoável. No ano passado, são de lançamento de produtos que já tiveram a reo mercado cresceu 9,2%, alcançando, sem contar com gulamentação aprovada ou em via de ser, ampliando saúde suplementar, R$ 239 bilhões em 2016. Com a o mercado potencial. Marcio Coriolano se refere ao inclusão do faturamento estimado das operadoras de Universal Life, à modalidade de capitalização para os saúde, na casa de R$ 160 bilhões, a chamada recei- planos e seguros de saúde; à nova lei de licitações púta do mercado ampliado de seguros atingiu quase R$ blicas que amplia a participação do seguro garantia; ou 400 bilhões. “Em 2016, ano crítico para o País, depois ao fim do monopólio no seguro de Acidentes do Trade um 1º trimestre decepcionante, as taxas se recu- balho. Nichos de grandes riscos ou massificados que peraram gradativamente e, ao final do ano, obtivemos exigem a parceria com as empresas de resseguros, crescimento de 9,2%, portanto apenas um ponto per- para que o mercado possa demonstrar ter capacidade de ampliar a proteção de patrimônios, saúde e rendas, centual abaixo do ano anterior”, destacou Coriolano. No caso do mercado supervisionado pela Susep, e, em consequência, contribuir para o desenvolvimento reconheceu que a expansão foi liderada por um pe- do país em bases sustentáveis. (Fonte - CNseg) 11


Ponto de Vista | antonio penteado mendonça

Cada apólice é um contrato O contrato de seguro é um contrato de adesão relativa, o que impede o segurado de invocar em sua defesa, dependendo do objeto da controvérsia, as regras dos contratos de adesão integral. Algumas ações do negócio de seguro são de responsabilidade exclusiva do segurado. É ele quem determina as importâncias máximas seguradas. Consequentemente, ele não pode pretender receber valor mais alto do que estes, em caso de sinistro. Da mesma forma, é ele quem define as cláusulas a serem adotadas. A seguradora disponibiliza, dentro de uma mesma apólice, diferentes modelos de garantia para cobrir um determinado risco. Cabe ao segurado escolher quais as que ele deseja. É o caso, por exemplo, da garantia de casco no seguro de automóveis. O segurado tem à sua disposição a garantia compreensiva e a garantia de incêndio e roubo. É ele quem determina qual a que será contratada. Da mesma forma, ainda no seguro de veículos, a seguradora pode oferecer mais de uma franquia. Também é o segurado quem determina qual deve ser incluída na apólice. Estas escolhas afetam tanto a garantia oferecida como a franquia que o segurado terá que assumir. Assim, quanto maior o rol de coberturas e menor a franquia, mais caro o seguro e vice-versa. Definidas as garantias e os valores, a seguradora oferece cláusulas padrão, que não podem ser modificadas pelo segurado, exceto se incluir no contrato uma terceira modalidade de cláusulas, as Cláusulas Especiais, que, em determinadas circunstâncias, modificam as demais condições do seguro, tanto para mais como para menos, o que, mais uma vez, interfere na abrangência das garantias e no preço da apólice. De qualquer forma, tanto faz a cláusula escolhida, sua redação é imposta pela seguradora, tornando o contrato, a partir desse ponto, um contrato de adesão. O segurado não tem o poder de alterar o clausulado, ele tem apenas o poder de escolher as cláusulas e garantias que melhor lhe convenham, dentre as disponibilizadas pela seguradora. As garantias oferecidas pelas seguradoras para os diferentes tipos de seguros não são iguais e, muitas vezes, sequer semelhantes. Podem acontecer variações muito grandes nas garantias oferecidas para cobrir um mesmo risco. Elas são consequência dos produtos de seguros não serem padronizados, podendo a seguradora, dentro de seu limite técnico, fazer o que melhor lhe aprouver, inclusive oferecer garantias diferentes das mais utiliza12

das para determinados tipos de risco. Estas soluções nem sempre funcionam e costumam custar caro, num primeiro momento, para a seguradora e, num segundo momento, para o segurado. Invariavelmente, ao assim proceder, a seguradora assume prejuízos que não estariam cobertos nos seguros padrões para o risco. O maior número de indenizações pode impactar também o segurado, que corre o risco de ter dificuldades para recebê-las, apesar de ter direito a elas. A cenoura deste tipo de negócio, sistematicamente ruim para o segurado, costuma ser o preço menor cobrado pela seguradora. Existem dois tipos de seguros. Os seguros proporcionais e os seguros não proporcionais. A diferença entre eles é que os seguros proporcionais exigem uma relação entre o valor do bem e a importância segurada, ao passo que os seguros não proporcionais não exigem esta relação. Nos seguros proporcionais, se o segurado contratar a apólice com valores abaixo do valor correto do bem segurado ele é penalizado, em caso de sinistro parcial, tornando-se sócio da seguradora pela diferença a menos entre o valor correto e o valor segurado. Grosso modo, se o seguro é contratado por 80% do valor do bem, a indenização será reduzida proporcionalmente, de acordo com a fórmula prevista na apólice. Nos seguros não proporcionais não há esta penalização e, no caso de um sinistro parcial, o segurado receberá integralmente a importância do prejuízo. Importante salientar que nos dois casos, acontecendo uma perda total, a seguradora indeniza o valor constante da apólice, limitado ao valor real do bem segurado. Como as apólices para riscos patrimoniais costumam ser pacotes com várias possibilidades de garantias, algumas podem ser seguros proporcionais e outras, seguros não proporcionais, o que cria indenizações diferentes dentro de uma mesma apólice. Por exemplo, um sinistro de incêndio (que é um seguro proporcional) e um sinistro de roubo (que é um seguro não proporcional) têm processos de regulação e indenização que não se confundem. Artigo publicado no jornal “Tribuna do Direito” Antonio Penteado Mendonça é sócio de Penteado Mendonça e Char Advocacia, secretário-geral da Academia Paulista de Letras, comentarista da Rádio Estadão e da Band News TV


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Visã Brasil Posição sobre transparência em saúde Freepik

Roubo de celulares segurados no país

O Brasil aparece na 12ª posição em um levantamento global realizado pela KPMG que examina como os sistemas de saúde estão abordando a transparência nos serviços prestados. A pesquisa “Uma abordagem inovadora: um caminho prático para aprimorar o setor de serviços de saúde por meio da transparência” avaliou 32 nações e colocou quatro países nórdicos (Dinamarca, Finlândia, Suécia e Noruega) no topo das classificações de transparência. A KPMG fez a classificação com base na disponibilidade de dados públicos em seis categorias: atendimento de qualidade, desempenho financeiro, governança, qualidade dos serviços, experiência do paciente e comunicação dos dados. “A lei de acesso à informação, publicada em 2011, promoveu um grande passo também na saúde. Com base nela qualquer cidadão pode tomar conhecimento de dados públicos relativos à saúde, como infecção hospitalar, taxas de mortalidade, reclamações e opiniões relatadas por paciente. No entanto, o levantamento apontou que existe uma variação considerável na forma como o Brasil se posicionou nos seis níveis de transparência avaliados. O país obteve boas pontuações nos quesitos governança (81%), experiência dos pacientes (69%), finanças (67%) e dados pessoais de saúde (64%), ao passo que os resultados foram inferiores em comunicação de dados (43%) e qualidade dos serviços (48%)”, explica o sócio da KPMG para o setor de saúde, Marcos Boscolo.

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Os roubos e furtos de celulares segurados em todo o país tiveram um aumento de 64,6% entre 2015 e 2016. Os dados foram levantados pela Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) com base nas informações fornecidas por sua filiadas. De acordo com os dados das seguradoras, a região que apresentou maior aumento de ocorrências no período foi o Nordeste com 106,8%, seguida da Região Sul, com 73,6% e a Região Sudeste, em terceiro, com aumento de 63%. A região Nordeste foi também a que apresentou maior aumento no número de aparelhos segurados passando de 265.415 celulares, em 2015, para 480.237, em 2016, representando um crescimento de 81%. Esse aumento explica, em parte, o maior crescimento de roubo e furto de celulares na região. O segundo maior aumento de apólices foi registrado na região Sudeste, que passou de 1.056.044 aparelhos, em 2015, para 1.456.059, em 2016, com aumento de 37,8%. O terceiro maior crescimento de aparelhos segurados foi na região Sul, com 161.996 celulares, em 2015, contra 220.577, em 2016. A FenSeg ressalta que o levantamento feito leva em conta apenas celulares que tinham seguro contra roubo e furto. A amostragem, no entanto, serve como parâmetro para o crescimento desses crimes em todo o país. Os roubos e furtos de celulares segurados em 2015 totalizou 118.135 aparelhos e em 2016 foram 194.523 aparelhos. O total de aparelhos segurados nos dois períodos são 1.964.406 e 2.558.713, respectivamente.


Visã Brasil

Sistema de gerenciamento: cenário preocupante De acordo com pesquisa sobre Comitês de Auditoria, realizada pelo ACI Institute em parceria com o Board Leadership Center da KPMG, apenas 9% dos Comitês de Auditoria no Brasil consideram o seu sistema de gerenciamento de riscos maduro e robusto. Quando observamos os dados globalmente, há um aumento no percentual, chegando a 38%. Este cenário se torna mais preocupante quando 42% informam que o sistema de gerenciamento de riscos existe, mas requer melhorias substanciais (48% no Brasil), 15% afirmam que ele ainda se encontra numa fase de implantação ou desenvolvimento (37% no Brasil) e para 5% o sistema não existe (6% no Brasil). O levantamento envolveu mais de 800 membros e coordenadores de comitês de auditoria e conselheiros de administração em 42 países pesquisados, incluindo o Brasil. De modo geral, os comitês de auditoria mostraram-se satisfeitos com o espaço dedicado na pauta a temas como o compliance regulatório, monitoramento dos controles

internos sobre divulgações financeiras ao mercado e as premissas que suportam as estimativas contábeis críticas das demonstrações financeiras. Entretanto, percebem a necessidade de dar maior atenção ao plano de sucessão do CFO - entre os respondentes brasileiros que citaram este como principal ponto de atenção, 100% informou estar insatisfeito com o peso dado ao tema nas discussões do comitê de auditoria. Outro item em destaque é o tone at the top e a cultura organizacional: globalmente, somente 23% estão satisfeitos com o foco dado ao assunto, enquanto no Brasil, 78% dizem estar insatisfeitos. A pesquisa também constatou que 40% dos respondentes acreditam que o comitê de auditoria em que atuam seria mais efetivo a partir de um “melhor entendimento dos negócios e dos principais riscos envolvidos”. No Brasil, os participantes também citaram “maior disposição e capacidade para desafiar a gestão” (30%) e “conhecimento adicional relacionado a tecnologia/cyber security” (25%).

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Imagens meramente ilustrativas. Informações reduzidas. Consulte o regulamento e os rankings da campanha no Corretor Online: Gestão e Marketing / Campanhas e Marketing / Campanhas. * Regiões de Abrangência 1: Norte e Nordeste; Região 2: Rio de Janeiro e Espírito Santo; Região 3: Centro-oeste e Minas Gerais; Região 4: São Paulo (capital e metropolitana); Região 5: Interior e Litoral Paulista; Região 6: Sul. Porto Seguro Cia de Seguros Gerais. ** Valor bruto creditado em comissão. CNPJ 61.198.164/000-60 - Processo SUSEP: Porto Seguro Empresa - 15414.002287/2005-31, Lucros Cessantes - 15414.004453/2006-14, Responsabilidade Civil - 15414.900596/2013-88. O registro deste plano na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização.


Classificações

Todos os vencedores, por modalidade e categoria, da 14ª Edição da premiação A 14ª Edição do Prêmio Segurador Brasil reuniu 350 convidados, entre presidentes de seguradoras e prestadoras de serviços, executivos, corretores, líderes de entidades e autoridades do setor. Organizado pela Brasil Notícias, responsável pela Revista Segurador Brasil, o evento aconteceu em São Paulo, 30 de março, no salão nobre do cinquentenário Edifício Itália. O Prêmio Segurador Brasil 2017 continuou com o propósito de classificar as empresas do segmento de seguros nas Categorias “Melhor Desempenho” (conglomerados de médio e grande porte, respectivamente com faturamento abaixo e acima de R$ 2,5 bilhões), “Liderança de Mercado” e “Maior Crescimento de Vendas”. Na 14ª Edição da premiação, a elaboração das análises e estudos ficou sob responsabilidade dos economistas da Silcon Estudos Econômicos, com base no Rio de Janeiro, e responsável pela prestação de serviços na área de estudos e planejamento econômico-financeiro, estratégico e tático-operacional de empresas de diversos setores.

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Antranik

Balanço 2017 do Segurador Brasil


Os vencedores Eis a relação de todas as empresas vencedoras e suas penho”, além das “Líderes de Mercado” e com “Maior respectivas categorias na 14ª Edição do Prêmio Segura- Crescimento de Vendas”, por modalidades. dor Brasil. Acompanhe pelos asteriscos as seguradoras de grande e médio porte classificadas pelos economistas (*) Melhor Desempenho acima de R$ 2,5 bilhões da Silcon Estudos Econômicos com o “Melhor Desem(**) Melhor Desempenho abaixo de R$ 2,5 bilhões Previsul – “Maior Crescimento de Vendas” – Crédito Interno; San-

Riscos de Petróleo/Riscos Nomeados e Operacionais/ Riscos Rurais/

cor - “Melhor Desempenho Global” (**) – Seguradoras; “Melhor

Vida em Grupo e “Maior Crescimento de Vendas” – Aeronáuticos/

Desempenho”(**) – Condomínio; CESCEBrasil – “Melhor Desem-

Garantias; Tokio Marine – “Melhor Desempenho” (*) – Educacional/

penho” (**) – Crédito à Exportação/Crédito Interno e “Maior Cres-

Residencial, “Maior Crescimento de Vendas” - Educacional e “Líder

cimento de Vendas” – Crédito à Exportação; Usebens Seguradora

de Mercado” – RC Geral.

– “Maior Crescimento de Vendas” – Auto; Argo Seguros – “Melhor

Em Resseguros - Munich RE – “Melhor Desempenho” (PL-Patrimô-

Desempenho” (**) e “Maior Crescimento de Vendas” – RC-D&O;

nio Líquido menor de R$ 500 milhões); IRB Brasil RE – “Líder de

Berkley – “Melhor Desempenho” (**) e “Maior Crescimento de Ven-

Mercado”.

das” – RC-E&O; SURA – “Melhor Desempenho” (**) – Afinidade e “Maior Crescimento de Vendas” – Garantia Estendida; Essor – “Me-

Demais premiados (avaliados pelo Comitê de Organização do Prê-

lhor Desempenho” (**)– Automóveis e RC/RCF Ônibus e “Líder de

mio Segurador Brasil 2017):

Mercado” – RC/RCF Ônibus; BNP Paribas Cardif do Brasil – “Melhor Desempenho” (**) - Garantia Estendida e “Líder de Merca-

Previsul - “Destaque do Mercado” – Seguro de Vida e “Marketing

do” – Riscos Diversos; XL Seguros Brasil – “Melhor Desempenho”

10”(rejuvenescimento e visibilidade da marca); AIG – “Empreende-

(**) – RC-Ambiental e RC-Geral e “Maior Crescimento de Vendas

dor Brasil” - Seguro Ambiental e “Destaque do Mercado” – Seguro de

– Riscos Marítimos, RC-Ambiental e Riscos de Engenharia; MetLife

Crédito (Trade Credit); Tokio Marine – “Grande Destaque do Mer-

– “Melhor Desempenho” (**) – Vida (Doenças Graves e Terminais) e

cado”; Brasilprev – “Empreendedor Brasil”- “Destaque do Mercado

“Melhor Plataforma de Cotação”; Fairfax Brasil – “Melhor Desempe-

em Previdência Privada”; Companhia Excelsior de Seguros – “Des-

nho”( **) – Riscos de Petróleo/Riscos Rurais e “Maior Crescimento de

taque do Mercado” - Seguros RC Geral/RD; Capemisa – “Destaque

Vendas” – Residencial; Icatu Seguros – “Melhor Desempenho” (**) e

do Mercado” – Especialista em Vida; Alfa – “Empreendedor Brasil”

“Maior Crescimento de Vendas” - Auxílio Funeral; Rio Grande Se-

(pela atuação e conjunto de produtos); GBOEX – “Empreendedor

guros e Previdência – “Maior Crescimento de Vendas” – Seguros e

Brasil” – “Destaque do Mercado” – Segmento das EAPPs; SAT Com-

“Melhor Desempenho” (**) - Acidentes Pessoais.

pany – “Inovação e Tecnologia em Rastreamento; I4PRO – “Destaque Tecnologia da Informação” (Consolidação da marca e liderança

Allianz – “Melhor Desempenho” (*) – Condomínio, Habitacional,

no mercado segurador); Delphos (50 Anos) - “Empreendedor Bra-

Lucros Cessantes, RC-E&O, Riscos de Engenharia, Riscos Rurais,

sil” – “Mérito na Prestação de Serviços; SAS – “Destaque do Mercado

Vida Individual; Grupo Bradesco Seguros – “Líder Global de Mer-

em Analytics”; HapVida – “Destaque Operadora de Saúde” – Norte/

cado” – Seguros/Previdência Privada/Capitalização e “Melhor De-

Nordeste; Engeval – “Mérito na Prestação de Serviços em Avaliações

sempenho” (*) – Auxílio Funeral, Crédito Interno, Doenças Graves

Patrimoniais” – Referência no Continente Sulamericano; M-Camilo

ou Terminais e “Maior Crescimento de Vendas” – Doenças Graves

– “Melhor Empresa de Consultoria no Mercado”; Paso Treinamentos

ou Terminais; CAIXA Seguradora – “Melhor Desempenho Global”

– “Mérito em Treinamentos Corporativos”; IKÊ Assistência – “Mé-

(*) – Previdência Privada, “Melhor Desempenho”(*) – Perda de Ren-

rito na Prestação de Serviços em Assistência 24 Horas”; Clube dos

da e “Líder de Mercado” – Prestamista/Habitacional; Porto Seguro

Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP) – 45 Anos.

– “Melhor Desempenho” (*) – Auto/Prestamista, “Líder de Mercado” – Auto/Empresarial/Fiança Locatícia/Residencial (modalidade

A premiação ainda homenageou, na “Categoria Executivo de Se-

em parceria com a Itaú Seguros); Grupo BB-Mapfre – “Melhor De-

guros”, José Marcelino Risden (presidente da Berkley), Thomas Batt

sempenho Global” (*) - Seguros; “Melhor Desempenho” (*) – Aero-

(CEO da SURA), Milca Pereira Zambrini (diretora da Alfa), Thier-

náuticos/EventosAleatórios/Fiança Locatícia/Garantias/Marítimos/

ry Marc Claudon (CEO da Holding do Grupo Caixa Seguradora) e

RC-D&O/Seguro Viagem; “Líder de Mercado” – Aeronáuticos/Cré-

Renato Pedroso (presidente da Previsul), na Categoria “Destaque do

dito Interno/Doenças Graves ou Terminais/Educacional/Marítimos/

Mercado” – “Líderes Empresariais”.

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Prêmio Segurador Brasil 2017

Homenageados ressaltam importância da premiação Fotos Antranik

Depoimentos a Carlos Alberto Pacheco

A reportagem da Segurador Brasil ouviu alguns dos principais homenageados, os quais foram unânimes em destacar a importância do Prêmio Segurador Brasil, e como conseguiram chegar a este relevante objetivo. Para o presidente José Adalberto Ferrara, da Tokio Marine - premiada nas Categorias de “Melhor Desempenho” (conglomerados com faturamento acima de R$ 2,5 bilhões) das modalidades Educacional e Residencial, “Líder de Mercado” em Responsabilidade Civil Geral e “Maior Crescimento em Vendas” em Educacional -, “os prêmios são uma demonstração 18

de que estamos no caminho certo”. Ferrara e equipe também receberam o troféu “Grande Destaque do Mercado” (pelos resultados obtidos pela Companhia - crescimento de 7,5% em 2016). “Investimos continuamente no aprimoramento dos nossos produtos e serviços”, justificou. Homenageada pelo terceiro ano consecutivo, a Previsul Seguradora venceu na Categoria “Maior Crescimento em Vendas” em Crédito Interno, “Destaque do Mercado” em Seguro de Vida e “Marketing 10” (campanha de rejuvenescimento da marca). Ao receber o prêmio individual como

“Líder Empresarial”, o presidente da Previsul, Renato Pedroso, atribuiu a distinção ao “reconhecimento de um trabalho desenvolvido nos últimos anos, voltado à melhoria de processos e produtos, cujo foco principal são corretores e segurados”. Presente no Brasil há mais de cem anos, a Allianz Seguros obteve sete classificações. Na Categoria “Melhor Desempenho” (faturamento acima de R$ 2,5 bilhões), o segmento de Riscos Rurais foi um dos destaques. Segundo o superintendente de Agronegócios da seguradora, Joaquim Francisco, o objetivo da Companhia é “pulverizar os riscos geograficamente, entre as safras, para promover melhores condições comerciais”. Afirmou que o prêmio é importante para a Companhia e para o setor. A Allianz recebeu troféu em outros seis segmentos: Condomínio, Habitacional, Lucros Cessantes, RC-E&O, Riscos de Engenharia e Vida Individual. Já a CesceBrasil foi triplamente premiada em 2017. A empresa venceu nas Categorias “Melhor Desempenho” (conglomerados com faturamento abaixo de R$ 2,5 bilhões) - modalidades Crédito à Exportação (pelo segundo ano consecutivo) e Crédito Interno – e “Maior Crescimento de Vendas”, no segmento Crédito à Exportação. A country manager da CesceBrasil, Cristina Salazar, também enfatizou a importância da premiação para a Companhia. “Esta homenagem demonstra que estamos focados numa estratégia correta. É um reconhecimento ao nosso trabalho e dedicação constante junto aos clientes, corretores e parceiros, além de ser um incentivo para continuar no caminho do crescimento”. “Para o Grupo Bradesco Seguros sempre é motivo de satisfação receber um prêmio dessa expressão. Oferecer


produtos e serviços que atendam às necessidades de nossos clientes é fator determinante para o sucesso”, enfatizou o superintendente-executivo Matriz, DuilioVarnier. O Grupo foi agraciado nas categorias “Líder Global de Mercado”- Seguros/Previdência Privada/Capitalização, “Melhor Desempenho” (Conglomerados com faturamento acima de R$ 2,5 bilhões) – Auxílio Funeral, Crédito Interno, Doenças Graves ou Terminais e “Maior Crescimento de Vendas” Doenças Graves ou Terminais. O ano de 2106 foi extraordinário para a Seguros Sura, que venceu em duas modalidades: “Melhor Desempenho” (grupo abaixo de R$ 2,5 bilhões) - Afinidade e “Maior Crescimento de Vendas” – Garantia Estendida . Na ocasião, o CEO da Seguros Sura Brasil, Thomas Batt, reforçou o trabalho da Companhia na carteira de Afinidade, focando, por exemplo, na área operacional. Este empenho propiciou vários negócios e a satisfação dos clientes, fidelizados ao longo do tempo. Batt recebeu o troféu “Executivo de Seguros”. Para ele, “a homenagem foi uma grande surpresa”. E emendou: “Sempre trabalho com afinco num mercado apaixonante para todos nós”.

Receita para o sucesso Com “Melhor Desempenho” conglomerados com faturamento até R$ 2,5 bilhões) - e “Maior Crescimento de Vendas” no produto RC Profissional (E&O), conforme análise de dados da Silcon Estudos Econômicos, a Berkley esteve entre as Companhias homenageadas na 14ª Edição do Prêmio Segurador Brasil. O presidente da seguradora, José Marcelino Risden, também foi distinguido com o troféu “Empreendedor Brasil”, como “Executivo de Seguros”. Com 42 19


anos de atuação no mercado, Risden exerceu importantes cargos em renomadas seguradoras no País. “Quero compartilhar esta homenagem com a minha equipe, sempre engajada e comprometida com os resultados”, exclamou o dirigente. Meio século de existência não deixa de ser um feito para uma empresa brasileira. Em meio a um cenário político-econômico turbulento, a Delphos completa agora em maio 50 anos de atividades no setor. E qual é a receita para o sucesso? “O aspecto mais importante é a credibilidade no mercado, que nos garantirá completar mais 50 anos. E fomos pioneiros em muitas ações e procedimentos”, emenda o presidente da Companhia, Eduardo Menezes, presente na premiação. A Delphos recebeu o troféu na categoria especial “Empreendedor Brasil” - “Mérito na Prestação de Serviços”. Na 14ª Edição do Prêmio Segurador Brasil, a Companhia Excelsior de Seguros, com sede em Recife, se destacou em Seguros RC/RD. A empresa dispõe de amplas modalidades em seu portfólio (Operações, Eventos, Congressos e Obras Civis), além de atuar em outros ramos. O diretor comercial José Carlos Inojosa revelou que a empresa investiu no rejuvenescimento da marca e lançamentos de novos produtos, além do mercado de RC profissional. Segundo ele, a Excelsior prioriza a ampliação da base de corretores e parcerias com assessorias. Com participação inédita na premiação, a Usebens Seguradora foi a empresa classificada na Categoria “Maior Crescimento de Vendas” – Auto. “Detectamos um nicho específico. Cuidamos bem da rentabilidade da carteira e da sinistralidade. E por meio deste nicho diferenciado, conquistamos um valor maior de vendas”, 20


ressaltou a vice-presidente Marcella Verdi. A Usebens dispõe de vários produtos aos clientes, entre eles Seguro Auto Rastreado e Seguro Garantia Estendida Auto. “A conquista deste prêmio deve-se muito à parceria de longa data que temos com os corretores. Estes, e mais os prestadores de serviço e os funcionários, formam o alicerce do nosso sucesso no mercado”, afirmou o superintendente da Porto Seguro Auto, Jaime Soares. A companhia recebeu o Prêmio Segurador Brasil nas categorias “Melhor Desempenho” (faturamento acima de R$ 2,5 bilhões) - modalidades Auto e Prestamista - e

“Líder de Mercado” (Auto, Empresarial, Fiança Locatícia e Residencial, esta em parceira com a Itaú Seguros). “Este importante prêmio é uma honra para nós”, finalizou Soares. Pela primeira vez no Prêmio Segurador Brasil, a Fairfax Brasil foi classificada pelos economistas, com base nos números da Susep, nas Categorias “Melhor Desempenho” (no grupo de empresas na classificação com desempenho abaixo de R$ 2,5 bilhões), nas Categorias Riscos de Petróleo/Riscos Rurais, e “Maior Crescimento de Vendas” – Residencial. “Recebemos a notícia do prêmio com grande alegria. E agora

conseguimos nos consagrar entre os players no mercado na área de grandes riscos no Brasil”, pontuou o diretor comercial Carlos Eduardo Silvestre. A Fairfax está presente no Brasil desde 2010, atuando, sobretudo, em linhas corporativas. Em 2016, a Icatu Seguros iniciou a operação da controlada Rio Grande Seguros e Previdência, fruto da união com o Banrisul. A Icatu obteve o “Melhor Desempenho” (empresas com faturamento abaixo de R$ 2,5 bilhões) e o “Maior Crescimento de Vendas” na categoria Auxílio Funeral, enquanto a Rio Grande, associada à Icatu, conquistou prêmios com o “Maior Cresci-

Na Edição 132 da Revista Segurador Brasil a cobertura completa da 14ª Edição do Prêmio Segurador Brasil

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mento de Vendas” em Seguros e “Melhor Desempenho” (faturamento até R$ 2,5 bilhões) em Acidentes Pessoais. “A Icatu é especializada em seguros de pessoas e isso tem feito a diferença no mercado. Temos muito que crescer”, lembrou o superintendente da Companhia, Silas Kasahaya. Por sua vez, o gerente comercial da Rio Grande, Coriolano Teixeira de Oliveira, complementou: “Esse prêmio coroou o fato de sermos uma das maiores seguradoras do Rio Grande do Sul”. Oriunda do Paraná e pela segunda vez na premiação, a Sancor Seguros foi classificada pelos economistas da Silcon Estudos Econômicos para receber o Prêmio Segurador Brasil nas Categorias “Melhor Desempenho Global” – Seguradoras e “Melhor Desempenho”, na modalidade Condomínio (ambas para Conglomerados com faturamento abaixo de R$ 2,5 bilhões). Para o diretor-geral da Companhia, Leandro Poretti, “foi uma honra 22


receber esta homenagem”. Ele credita em Rastreamento”. a distinção ao seu “corpo de vendas”, Outro setor contemplado na preque sempre apostou nos desafios de miação foi o de serviços 24 horas. uma seguradora nova no Brasil. Fundada há 25 anos, a Ikê Assistência ganhou o troféu na categoria de “MéConquista de visibilidade rito na Prestação de Serviços em AsFundada em 2004 em São Paulo, sistência 24 Horas”. Para a CEO Maa M-Camilo é uma empresa que atua rusia Gomez, a Ikê é uma empresa “de nas áreas de Consultoria, Outsour- pessoas para pessoas”. Orgulhosa com cing, BPO e Educação Corporativa. o Prêmio Segurador Brasil, Marusia Na avaliação do diretor e “destaque ressaltou: “Nos diferenciamos dos empresarial” em 2016 no Prêmio Se- concorrentes em função de valorizar gurador Brasil, Maurício Gonçalves o capital humano. O atendimento é Camilo Pinto, a homenagem é de uma de qualidade e humanizado e sempre importância “impar” devido a dois a Ikê se coloca no lugar do cliente”. fatores: conquistar visibilidade junA Paso Treinamento é uma empreto aos principais players do setor e a sa especializada em desenvolvimento demonstração da qualidade dos ser- humano e dedicada a treinamentos, viços, principalmente como uma con- workshops, coach ao setor de segusultoria. Tanto é que a M-Camilo foi ros, entre outras ações. Ao receber o distinguida em 2017 como “Melhor prêmio em “Mérito em Treinamentos Empresa de Consultoria no Mercado”. Corporativos”, a fundadora e CEO A I4PRO - Insurance for Profes- Paula Souza, que milita no setor há sionals é detentora de 45% de market mais de 15 anos, disse que o prêmio share no mercado segurador. O diretor foi decorrente da “total dedicação e comercial Maurício Ghetler atribuiu a entrega da equipe da Paso, ao perhomenagem aos investimentos cons- correr mais de 14 Estados brasileiros, tantes em inovação, produção de sof- desenvolvendo treinamentos a vários twares e o acompanhamento preciso profissionais do setor de seguros”. das necessidades do cliente. “O ano de Tradicionalmente indicada para 2016 foi muito bom e a nossa expec- o Prêmio Segurador Brasil, a Alfa tativa é crescer 20% em 2017”, revelou Seguradora foi desta vez contemplada Ghetler. A I4PRO foi homenageada na categoria especial “Empreendecomo “Destaque em Tecnologia da dor Brasil” pela atuação no mercado Informação” (consolidação da marca e liderança no mercado segurador). “A importância do prêmio é muito grande para nós, justamente quando lançamos o primeiro rastreador híbrido, com GPS mais radiofrequência e telemetria embarcada. Uma das vantagens é garantir maior efetividade na recuperação de veículos rastreados e melhorar a tarifação para o usuário”, salientou o CEO da Sat Company, Marco Puerta. A empresa recebeu o prêmio em “Inovação e Tecnologia

nacional e conjunto de produtos. Já a diretora-executiva da Companhia, Milca Pereira Zambrini, foi a única na ala feminina a receber a homenagem como “Executiva de Seguros”. Ela ressaltou estar honrada com a homenagem: “Sinto-me como uma representante de outros tantos profissionais que se esforçam neste segmento. Eu compartilho o prêmio com eles”.

Quase meio século Um dos momentos singulares da 14ª Edição do Prêmio Segurador Brasil foi a homenagem ao Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP) por seus 45 anos de vida. Durante a cerimônia, a origem do Clube serviu de pano de fundo para a apresentação de uma história de lutas e conquistas dos corretores de seguros paulistas. “Em seus 45 anos, o CCS-SP encabeçou discussões importantes da categoria, como a criação da Fenacor, em 1975”, afirmou o mentor Adevaldo Calegari. Na visão do mentor, o prêmio é um reconhecimento ao “trabalho sério e competente” desenvolvido pelo CCS-SP ao longo de quase meio século. “Desde a sua fundação, o Clube reúne as melhores cabeças pensantes e os grandes nomes da corretagem de seguros”, considerou Calegari.

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Análise | dilmo bantim moreira

Tão importante quanto entender os direitos ligados ao seguro é saber das obrigações que esse tipo de contrato exige, tanto para quem garante quanto para quem é segurado. Sem prejuízo de outras situações passíveis de gerar a interrupção da vigência do seguro, duas chamam especial atenção: a fraude e a inadimplência. A principal base do seguro é a manutenção da clara e explícita relação de boa-fé entre as partes envolvidas, sendo a fraude a mais agravante situação pela qual esse pilar é abalado. A fraude é a materialização da má-fé que de forma intencional oculta a verdade e causa, de modo premeditado, dano ou prejuízo. Há previsão no Direito Penal que caracteriza esse ato como Estelionato, com pena de reclusão de 1 e 5 anos e aplicação de multa. No seguro, esse crime pode ocorrer de várias formas, como nos exemplos a seguir: - prática de auto mutilação; - ocultação ou dissimulação das circunstâncias que levaram ao sinistro, cuja origem seja resultante de participação em atividades ilegais; - omissão de invalidez preexistente, seja pela perda e/ou redução funcional de membros e/ou órgãos. As consequências ligadas à falta da boa-fé são, também, tratadas de forma bastante objetiva na legislação securitária: - se o segurado, prepostos ou beneficiários agirem com dolo, fraude ou simulação na contratação, vigência, ou ainda para obter ou majorar a indenização, ocorrerá automaticamente o cancelamento sem restituição 24

dos prêmios, ficando a seguradora isenta de qualquer responsabilidade. - nos seguros contratados por pessoas jurídicas, como por exemplo no caso do seguro prestamista, o item anterior aplica-se também aos sócios controladores, dirigentes e administradores legais, aos beneficiários e aos seus respectivos representantes. Outra situação que pode gerar o cancelamento do contrato é a falta de pagamento dos prêmios do seguro à seguradora. Os tratamentos aplicáveis à inadimplência são os que seguem: - cancelamento imediato a partir do primeiro dia da vigência relativa ao pagamento não realizado; - caso não seja definido o cancelamento imediato nas condições do seguro, deverá ser adotada pela seguradora uma das ações a seguir: – cobertura dos sinistros ocorridos durante o período de inadimplência, com a cobrança do prêmio, ou, efetuar seu abatimento da indenização paga ao(s) beneficiário(s). A cobertura poderá ser reabilitada a partir das 24 (vinte e quatro) horas da data em que for retomado o pagamento do prêmio, devendo a seguradora garantir os sinistros ocorridos a partir daí. Observadas as condições do seguro, no caso de cobrança postecipada de prêmio, a cobertura pode ser reabilitada com seu pagamento. – não cobertura dos sinistros ocorridos na vigência de cobertura a que se referir o(s) prêmio(s) inadimplente(s), nesse caso sendo proibida a cobrança desse(s) prêmio(s). O conhecimento e compreensão destas situações podem evitar desgastes no relacionamento entre as partes no contrato, reforçando princípios fundamentais ligados à atividade do seguro. Dilmo Bantim Moreira Presidente do Conselho Consultivo do CVG/SP, Diretor de Relacionamento com o segmento de Pessoas da ANSP, administrador pós-graduado em Gestão de Seguros e Previdência Privada, atuário, membro da Comissão Técnica de Produtos de Risco da FenaPrevi e de Seguro Habitacional da FenSeg, docente em Seguros de Pessoas, Previdência Complementar, Saúde, Capitalização, Atendimento ao Público e colunista em mídias de seguros

Freepik

Perda da cobertura no Seguro de Pessoas


Fraudes

Fraudes corporativas podem comprometer até 6% do faturamento anual de uma empresa Para fiscalizar e reparar esses prejuízos, há cerca de três anos, o Brasil regulamentou o Seguro Contra Fraudes Corporativas. O objetivo deste produto é proteger o patrimônio, a base de dados, a documentação e os bens de uma empresa contra eventuais fraudes cometidas por seus próprios colaboradores ou terceiros. De acordo com dados de pesquisas da consultoria KPMG, 47% dos envolvidos em fraudes corporativas ocupam cargos de gestão: presidência, diretoria, gerência ou cargos de chefia. Os outros 53% englobam o staff geral. Além de afetar diretamente

a vida financeira de uma empresa, as fraudes podem atingir a reputação da companhia. Por isso, a contratação do Seguro Contra Fraudes Corporativas ajuda na revisão dos processos e das áreas mais suscetíveis. Com valores que superam R$ 10 milhões em desvios, grande parte das fraudes ocorrem por meio da falsificação de documentos e balanços, roubo de ativos, notais fiscais frias e propinas. O objetivo é gerar ganhos financeiros. E, ainda de acordo com estudos, a detecção acontece no controle interno, com informação de funcionários, cliente e fornecedores e até

por contato anônimo. Atendendo a sofisticação do mercado brasileiro, a procura por esse produto vem crescendo. “As empresas precisam se conscientizar e entender o próprio risco, acreditando que estão vulneráveis a ações de terceiros. É se prevenir para não precisar de uma ação corretiva após a identificação da fraude, quando o dano já existiu. A reparação da imagem e a recuperação de prejuízos e até de dados, às vezes, não é possível”, afirma o superintendente de Riscos Patrimoniais e Financeiros da TRR Securitas, Jeferson Bem.

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Internacional | Carlos barros de moura

1861 está cada vez mais distante

O negócio de seguros gerais – avaliar riscos, cobrar prêmios e pagar indenizações - não mudou muito desde 1861, quando um grupo de underwriters britânicos vendeu as primeiras apólices residenciais em Londres, cobrindo perdas por incêndios. Recentemente, a indústria do seguro embarcou numa transformação radical, graças as esporas de uma série de inovações digitais que se espalharam rapidamente. Essas novas tecnologias parecem ser uma benção para os consumidores, trazendo mais escolha, melhor serviço e preços menores. Para aqueles seguradores prontos para agarrar a iniciativa, a digitalização traz imensa oportunidade. As companhias, que têm mais condição de ganhar, são aquelas que usam o ímpeto da digitalização para repensar todas as suas operações, desde o underwriting, passando pelos serviços para os segurados e chegando à gestão dos sinistros. O impacto tanto nas receitas como nos custos pode ser enorme. Os pioneiros da tecnologia digital podem ganhar uma vantagem sobre os rivais, tornando-se mais eficazes e eficientes, e serão capazes de cortar seus custos e passar essa economia para seus clientes, ganhando assim mais clientes e market share. Por outro lado, quem ficar fora da digitalização, estará na guerra de preços sem fim e fazendo de tudo para proteger suas posições competitivas. Os clientes pressionam por mudanças. Agora querem que seus seguradores apresentem ofertas simples, transparentes e flexíveis de produtos e serviço, e querem isso online. Já há seguradoras começando a responder a essa demanda. Na Austrália, por exemplo, as pessoas podem usar seu 26

smartphone para fotografar algum bem que gostaria de segurar, tais como bikes, subindo a foto para um aplicativo chamado TROV; pedindo a apólice e definir o período de cobertura, que pode ser um mês. O TROV usa dados disponíveis do proponente sobre a pessoa e a bike, e em poucos segundos retorna com a cotação. Se gostar das condições, o proponente pressiona o botão “Eu aceito”, e pronto já coberto. Sinistros também são geridos online, com rápidas trocas de fotos e textos. É óbvio que essas transformações digitais vão impactar os atuais canais de distribuição: • Venda Direta • Agentes de Seguradoras • Corretores de Seguros A questão dos canais de distribuição merece toda a atenção. As coberturas oferecidas pelas seguradoras não são padronizadas, logo é necessário trabalhar, no mínimo, quase como “sob medida”, na maioria dos casos. Pelos meios digitais é possível fazer comparações das coberturas e outros benefícios entre os produtos das seguradoras? Isso pode ser feito via redes sociais, pedindo a opinião dos “amigos”. Todos têm que se preparar para a nova vida na oferta e distribuição na indústria do seguro! Aliás, recentemente em São Paulo houve um ENCONTRO DAS ENTIDADES DO MERCADO DE SEGUROS, sob a coordenação do Sincor-SP, para planejar como superar esse novo desafio. Carlos Barros de Moura, EXPERTISE EM SEGUROS


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SEU TEMP

O Ministério da Cultura e a Brasilprev apresentam por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura uma exposição que já foi sucesso em diversos países da Europa e da América Latina, sendo visitada por mais de 230 mil pessoas. Trata-se da mostra interativa “Frida e eu”, que ficará aberta para visitação até 30 de junho na Unibes Cultural, localizada na Rua Oscar Freire, 2.500 (ao lado da estação Sumaré do Metrô, em São Paulo). Os ingressos custam entre R$ 12 e R$ 30. A exposição é dividida em seis temas: Frida e o autorretrato; Frida e a família; Frida e a dor; Frida e Diego; Frida e a natureza; e Frida e Paris. Cada qual conta um pouco da história da artista, apresentando muitas possibilidades de interação com o ambiente. Com peças de quebra-cabeças, identificação de sons e inúmeras experiências que poderão ser vivenciadas, a ideia é surpreender os visitantes. O que “Frida e eu” promove é a brincadeira aliada ao encantamento. A pintora Frida Kahlo, cujo nome completo é Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon, foi uma das personagens mais marcantes da história do México. Hoje conhecida mundialmente, teve uma história marcada por superações e sofrimentos, que são refletidas nas suas obras. Mas a ideia do evento, direcionado para crianças, é apresentar a vida e a obra da artista mexicana de maneira delicada, prazerosa e instigante.

Caixa Seguradora leva cinema a 35 cidades do Centro-Oeste A Caixa Seguradora promove a segunda edição do projeto Cinema é pra Você, Sim! A iniciativa levará um cinema itinerante a 35 cidades do Centro-Oeste. A carreta customizada pela seguradora e transformada em sala de projeção percorrerá os três estados da região e o Distrito Federal nos próximos seis meses. Segundo a Pesquisa de Informações Básicas Municipais do IBGE, apenas 10% dos municípios brasileiros têm salas de cinema. A iniciativa proporcionará a milhares de moradores da região a oportunidade de assistir a um filme nas telonas pela primeira vez. O cinema itinerante tem 79 assentos e é adaptado para receber portadores de necessidades especiais. Os ingressos serão distribuídos gratuitamente. A programação inclui sucessos nacionais e internacionais, além de filmes infantis, sempre com cinco sessões por dia. O projeto realizou sua primeira sessão em Morrinhos-GO, e serão seis meses na estrada, até setembro. Sucesso de público e crítica, a primeira edição do projeto foi realizada no Nordeste , no ano passado. Foram 13 mil quilômetros percorridos. Quarenta mil ingressos foram distribuídos gratuitamente nas 32 cidades pelas quais a carreta passou. Todas as sessões tiveram lotação máxima.

A GRANDE JORNADA PELO MUNDO DOS SEGUROS Patrocinadores: Escola Nacional de Seguros, Sincor-SP, Bradesco Seguros, HDI, Icatu, Porto Seguro, Tokio Marine, Sompo Seguros, Sindseg-SP

Toda segunda-feira, das 7hs às 8hs Apresentação – Pedro Barbato Filho Rádio Imprensa FM 102,5 O programa pode ser ouvido em tempo real, pelo portal www.pbfproducoes.com.br

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Reprodução

SEU TEMP A Seguros Unimed reafirma o seu apoio à cultura ao anunciar patrocínio à peça “Num Lago Dourado”, encenada por Ary Fontoura e Ana Lucia Torre. A comédia romântica está em cartaz no Teatro Renaissance, na capital paulista (Alameda Santos, 2.233). As apresentações acontecem às sextas e aos sábados, às 21h30, e aos domingos, às 18 horas. Ingressos – R$ 80,00. Em cartaz até 2 de julho. Com direção de Elias Andreato, a peça traz a possibilidade de comover e fazer rir qualquer espectador ávido por um bom texto. Clássico do cinema internacional, com Katharine Hepburn, Henry Fonda e Jane Fonda, “Num Lago Dourado” conta a história de Norman Thayer (Ary Fontoura), um professor aposentado que, prestes a completar 80 anos, vai com sua esposa Ethel Thayer (Ana Lucia Torre) passar as férias em sua casa de verão às margens do paradisíaco “Lago Dourado”. Em seguida, chega Chelsea (Tatiana de Marca), a filha do casal, que sempre manteve uma relação muito tensa com o pai, em companhia de seu futuro marido Bill Ray (André Garolli) e de seu enteado Billy Ray Jr (Lucas Abdo). O casal espera que os idosos cuidem do adolescente enquanto viajam para a Europa. Inicialmente, Norman se incomoda com a presença do jovem, mas, em pouco tempo, o garoto se torna o filho que ele nunca teve. A redescoberta do amor entre pai e filha, a busca incessante pelo diálogo e pelo entendimento, o saber ouvir e ser ouvido. No meio desse turbilhão de sentimentos e emoções, um garoto ensina a todos o valor de uma grande amizade.

SEU TEMP

Canal de músicas na Deezer, para melhorar a saúde e o bem-estar A Unimed do Brasil lançou um canal na Deezer, o serviço global de streaming de música mais diverso, dinâmico e personalizado. “Investimos nesta parceria porque acreditamos que a música é fundamental para ajudar as pessoas a desenvolver suas atividades de modo mais prazeroso; seja no trabalho, em casa, ou em uma atividade física. É uma ferramenta que melhora o humor, a emoção e o comportamento das pessoas”, afirma a consultora de Marketing da Unimed do Brasil, Ana Patrícia Lima. Ela explica que a cada dia há mais entendimento de que a saúde vai além de tratamentos em momentos específicos, mas sim de uma atenção integral que envolve cuidados com o corpo, a mente e o ambiente. A parceria da Unimed do Brasil com a Deezer oferece cinco playlists. As músicas estão disponíveis em unimed.me/deezer.

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ponto final Leila naVarro

Empreendedorimo sob nova perspectiva de carreira Busque no Google e verá que as palavras empreender e empreendedorismo estão entre as mais acessadas. Talvez você pergunte qual a relevância dessa informação. Então vamos lá! Que o mundo e o mercado de trabalho estão em constante mudança já não é novidade para ninguém. Agora, esteja você empregado, desempregado ou investindo no próprio negócio vale enxergar o termo empreender sob outra perspectiva. Resolvi escrever sobre este assunto ao perceber muitos profissionais com a sensação de desempregados. Autônomos, se sentem inseguros como se não tivessem mais espaço para desenvolver seu trabalho. É uma sensação de frustração, de impotência, de medo, de angústia, quase desespero... Mas, ao tratar o empreendedorismo como algo que faz parte da vida, a visão pode mudar. Sou profissional liberal desde a minha colação de grau em 1976. Estive poucas vezes empregada em minha vida e, portanto, nunca senti esta sensação de desemprego que vejo angustiar muitos profissionais.A educação da minha geração foi muito paternalista, a grande maioria das pessoas foi preparada para um emprego com garantias e segurança até que a aposentadoria chegasse. Há vinte anos era quase que natural sair da faculdade e estar empregado. Comecei a falar com alguns microempresários que diziam: “sou um desempregado que abriu a própria empresa para poder prestar serviço, mas me sinto ainda desempregado”.Tudo isso chegou ao ápice quando falei com uma amiga que presta serviço de auditoria para um hospital como contratada e ela me disse: “...estou down hoje, pois o diretor do hospital ‘caiu’ por problemas políticos e eu não sei se estarei empregada na segunda-feira”. Cheguei à conclusão de que o que precisamos mudar é o conceito. O paradigma já é outro, o mundo atravessa uma grande reformulação de todo seu contexto, os referenciais são outros, mas nós ainda estamos pós-revolução industrial, discutindo politicamente o emprego, a escravização assalariada, como diziam os pensadores da época. Você já se perguntou como era antes de existir emprego? Antes da revolução industrial? Para resolver os problemas de hoje, precisamos de uma sociedade civil organizada, e para isso eu acredito em um novo homem, íntegro, com a consciência ampliada. A ideia de estar empregado, a necessidade de estar seguro e ter garan30

tias é que nós devemos repensar, e perceber que hoje precisamos estar soltos para podermos aproveitar as oportunidades e ocupar os espaços que nos aparecem, como na história de Richard Bach: Era uma vez uma civilização que vivia submersa no mar e, de geração em geração, seu povo aprendeu que a única forma de sobreviver erasegurando em arbustos, pedras, ao solo do oceano. Até que um dia, um jovem começou a questionar o porquê de terem que viver sempre se segurando, se rastejando no oceano. Seus companheiros diziam: “se aquiete, nossos avós viveram assim, nossos pais nos criaram assim, há gerações que o nosso povo vive desta maneira. Isto não é o suficiente para você entender que não deve se soltar?”. Mas o jovem inconformado não queria passar a sua vida inteira preso como musgo às pedras sendo que ele tinha braços para nadar. E, num momento de grande coragem ele se soltou. A correnteza o jogou contra as pedras e eis que todos gritaram: “Não dissemos, ele morreu”. Mas não, ele começou a nadar e aproveitar o movimento e as forças do mar para poder se locomover cada vez com mais prazer e eficiência. Sentia uma leveza fantástica, era como se estivesse no colo de Deus e chamava seus amigos para fazer o mesmo, pois era muito bom. Mas o pessoal lá embaixo se agarrava cada vez mais aos arbustos com muito medo, enquanto o jovem ia feliz ganhando espaço e caminhando em direção a uma magnífica luz que jamais imaginou existir. Quanto mais se soltava mais cambalhotas e leveza se proporcionava e mais longe ia ficando do seu povo. Até que ele sumiu e se tornou uma lenda, a lenda de que um dia um jovem inconformado com a vida que lhe ofereciam se soltou e foi realizar um sonho. Com isso, a minha ideia é tranquilizar e minimizar as expectativas e ansiedade dos profissionais em geral, convidando todos ao empreendedorismo. Empreender é viver! Aproveite as oportunidades, livre-se dos conceitos e formatos prontos, confie em você mesmo e viva suas próprias experiências.

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