Ano 16 | Número 135 | 2017
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Novas Tecnologias De mãos dadas há anos, setor de seguros acompanhará tendências da indústria automobilística mundial se adaptando a uma nova realidade
A TOKIO AGRADECE
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PA R A B É N S , C O R R E T O R .
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12 de outubro: Dia do Corretor de Seguros.
Este Seguro é garantido pela Tokio Marine Seguradora S.A. – CNPJ 33.164.021/0001-00 – Código SUSEP nº 06190. Consulte as Condições Gerais do produto ou serviço disponíveis em www.tokiomarine.com.br. Central de Atendimento, para tirar dúvidas, consultas e informações adicionais: 0300 338 6546. Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 horas. Ouvidoria, para reclamações: 0800 449 0000. Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30.
Foto CNseg
Carta ao Leitor Maior apoio do Governo ao Seguro
A adoção de políticas nacionais que envolvam o mercado segurador para incentivar a retomada da atividade econômica está sendo defendida. Afinal, o setor tem hoje ativos de cerca de R$ 1 trilhão e uma receita da ordem de R$ 460 bilhões. Resultados que superam, por exemplo, os das indústrias da construção civil, automobilística e farmacêutica, que normalmente são objeto de políticas para incentivar a recuperação econômica. “Esses são segmentos sempre lembrados pelo governo para contribuir com a retomada. Esperamos que o mercado de seguros também seja chamado”, ressaltou Marcio Coriolano, presidente da CNseg durante a abertura da 8ª Conseguro, recentemente no Rio de Janeiro. Coriolano argumentou que as reservas do setor, em ativos financeiros, representam recursos que retornam ao país e à nação sob a forma de financiamento da dívida pública e de lastro para investimentos produtivos. Também lembrou que o País passou por dificuldades titânicas, mas o setor mostrou resiliência. Dessa forma, segundo ele, podemos contribuir de modo importante para a reversão cíclica porque o setor responde positivamente aos estímulos da estabilização econômica. Ele ainda acrescentou: “Ouso afirmar que a nova fronteira civilizatória brasileira terá, como paradigma, uma maior inclusão social apoiada pelo seguro”. Assim, caro Leitor, integrante desse contexto, fizemos para você uma edição especial da Segurador Brasil. Em especial aos Corretores, no período em que se comemora a data especifica da categoria. Sucesso a todos e boa leitura! O Editor
EXPEDIENTE Editor-Executivo: João Carlos Labruna labruna@revistaseguradorbrasil.com.br brasilempresarial@uol.com.br Comercial: Mauricio Dias (mauricio@revistaseguradorbrasil.com.br) Paula Merigo (paula@revistaseguradorbrasil.com.br) Dagoberto Orelhana (dagoberto@revistaseguradorbrasil.com.br) Diagramação: Propósitto Soluções Visuais (rodrigo@propositto.com.br)
ANO 16 | NÚMERO 135 | 2017
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Divulgação
Sumário Seguro e o futuro do automóvel
Ajuste na regulamentação
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O ajuste fino da regulamentação é o principal desafio para um avanço efetivo do mercado segurador brasileiro. Na 8ª Conseguro, promovida pela CNseg no Rio de Janeiro, participantes da plenária apontaram alguns dos caminhos para azeitar a regulamentação, tornando-a pró-mercado sem negligenciar a proteção do consumidor ao mesmo tempo. Cobertura Especial – Págs. 14 e 15
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Carros elétricos, autônomos e semiautônomos, entre outras tendências, até já existem. Para se tornar uma realidade de mercado, o consumidor terá que esperar. O mercado de seguros acompanhará essas novas tecnologias? Matéria de CAPA – Págs. 6 a 8
Perspectivas do Brasil no mundo Apesar da crise política, investidores mantêm interesse pelo Brasil. “ O apetite pelo Brasil é muito grande”, foi tido no painel “Brasil: uma perspectiva Global”, na 8ª Conseguro, diante de uma platéia lotada. Há abundância de capital no mundo. É certo que o crescimento mundial virá de países como o Brasil. Mas é importante que as reformas transformadoras aconteçam. E mais: O crescimento do mercado de seguros este ano deverá ficar na faixa de 6% a 7,5%, abaixo do previsto. Economia - Págs. 18 e 19
Valorização do corretor A Susep alterou os prazos de recadastramento para os corretores de seguros pessoas físicas e para as sociedades corretoras. E, ao mesmo tempo, iniciou a emissão da carteira profissional. Trata-se de um passo importante para o fortalecimento da profissão de corretor, indo ao encontro das ações em prol da proteção do consumidor. E ainda, matéria sobre a união da categoria diante das ameaças. Corretores - Págs. 26 a 28 4
Empresa
Grupo Bradesco Seguros lança Portal de Negócios voltado para Corretores, Assessorias e Produtores
Marco Antonio Gonçalves, Diretor-Geral da Organização de Vendas
Agora, os usuários poderão se logar em um mesmo ambiente, por meio do endereço bradescoseguros.com.br/portaldenegocios ou pelo acesso direto ao portal do Grupo Bradesco Seguros. O Portal de Negócios identificará os dados de cadastro de corretores, assessorias ou produtores e direcionará o usuário para o ambiente personalizado correspondente. O layout do Portal de Negócios facilita a navegação do usuário que, de forma intuitiva, encontrará todas as informações necessárias para o seu trabalho. O ambiente do Portal se assemelha ao portal do Grupo Bradesco Seguros, criando uma unidade em termos de linguagem e identificação. Para usufruir de todas as facilidades que o Portal de Negócios oferece, é importante que os usuários tenham seus dados sempre atualizados. Sobre o Grupo Bradesco Seguros O Grupo Bradesco Seguros, conglomerado segurador da Organização Bradesco, lidera o mercado de seguros brasileiro, com atuação multilinha em âmbito nacional. No primeiro semestre de 2017, o Grupo Segurador registrou faturamento de R$ 36,5 bilhões, evolução de 12,4% sobre os primeiros seis meses de 2016, mantendo market share em torno de 25%. Nesse período, seus ativos financeiros somaram R$ 256 bilhões e o volume de provisões técnicas atingiu R$ 233,6 bilhões. Há 15 anos consecutivos, o Grupo é apontado como Top of Mind pelo Instituto Data Folha.
Reprodução
Buscando levar aos seus parceiros uma experiência cada vez mais prática e produtiva, o Grupo Bradesco Seguros lança, no 20º Congresso Nacional de Corretores de Seguros, em Goiânia/GO, o Portal de Negócios (bradescoseguros.com.br/portaldenegocios), que substituirá o atual site. Atualmente, os canais on-line de vendas do Grupo Segurador recebem mensalmente mais de 1,5 milhão de acessos, de mais de 40 mil corretores cadastrados. Com novas páginas e layout mais arrojado, o Portal conta com ícones específicos que ajudam a diferenciar as funcionalidades de cada negócio oferecido pelo Grupo Bradesco Seguros. Criado com base em pesquisa realizada com os corretores, o Portal de Negócios é ainda mais moderno e dinâmico, e segue a atuação multirramo do Grupo Bradesco Seguros, especializado em oferecer soluções completas em seguros em um só lugar. “Com base na pesquisa, implementamos mudanças para tornar a operação dos corretores mais ágil e agradável. O Portal de Negócios é mais uma entrega do Grupo Bradesco Seguros para melhorar o dia a dia desses parceiros comerciais tão importantes para o nosso negócio. Essa mudança está alinhada à visão multirramo adotada pelos corretores, que cada vez mais se especializam para oferecer todas as soluções em seguros, em sintonia com o posicionamento de disponibilizar várias soluções em um único local”, explica Marco Antonio Gonçalves, Diretor-Geral da Organização de Vendas. Outro destaque do Portal, que irá facilitar a navegação no novo ambiente, é a divisão do menu principal, que, agora, passa a ser organizado por serviços: Produtos, Cotação, Sinistros, Apoio à Venda, Oportunidades, Campanhas e Demais Serviços.
Capa
Setor de seguros acompanhará as novas tendências da indústria automobilística
A indústria automobilística brasileira e o setor de seguros caminham juntos há um bom tempo e deverão permanecer de mãos dadas, apesar das previsões sobre o que pode acontecer em relação ao automóvel. Carros elétricos, autônomos e semiautônomos, entre outras tendências, até já existem, mas para se tornar uma realidade de mercado o consumidor terá que esperar. Para o diretor de Assuntos Institucionais da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores 6
(Anfavea), Fred Carvalho, há uma série de verdades e inverdades no que estamos vendo, lendo e ouvindo sobre o futuro do automóvel. Durante a palestra “O Futuro da Indústria Automobilística do Brasil”, proferida no 2º Seminário de Riscos e Oportunidades Emergentes, que ocorreu em paralelo à 8ª Conseguro, ele ressaltou que uma série de tendências para o carro do futuro já está em pleno desenvolvimento, mas será necessário amadurecer esses projetos e encontrar soluções que ainda não estão disponíveis.
Foto: Pixabay
Reação da indústria automobilística deverá impactar positivamente no setor de seguros, que tem no segmento auto um de seus principais produtos
Montadoras reagem Com relação à produção brasileira, Fred Carvalho destacou que, após três anos de queda significativa, as montadoras começam a dar sinais de que estão reagindo. Houve um aumento de 25,5% da produção entre janeiro e agosto deste ano em relação à igual período do ano passado. Esse resultado foi puxado principalmente pelas exportações, que já chegaram a 745 mil veículos comercializados no exterior, um recorde na indústria brasileira automotiva em todos os
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Fred Carvalho citou alguns problemas ainda não resolvidos, como, por exemplo, as baterias de lítio em quantidade suficientes para atender a demanda dos carros elétricos. Segundo ele, não existe no mundo reservas do metal suficientes para produção em série desses equipamentos. Além disso, o descarte dessas peças se configura em outro problema, já que uma bateria de lítio para carro pesa em torno de 600 kg e necessitaria de uma logística cara para seu descarte. O diretor da Anfavea destacou ainda que alguns sistemas não podem simplesmente ser encerrados por conta das novas tecnologias, como o Programa do Álcool brasileiro, responsável por combustível não fóssil e muito menos poluente que os derivados de petróleo. Ele citou ainda o diesel como combustível que será usado ainda por um longo período antes de se chegar a uma produção significativa de carros com outras fontes de energia. Fred Carvalho destacou também em sua palestra que o carro tradicional, com motor movido por combustível a explosão, ainda vai durar por muito tempo, apesar dos avanços das pesquisas.
João Francisco Borges da Costa: invenções surgem ameaçando produtos e sistemas existentes
tempos. Essa reação, disse ele, deverá impactar positivamente no setor de seguros que tem no segmento auto um de seus principais produtos, respondendo por cerca de 50% do faturamento no âmbito da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg).
Invenções ameaçadoras O moderador do Painel, João Francisco Borges da Costa, presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), afirmou no debate que muitas invenções surgiram ameaçando produtos e sistemas existentes. Ele citou como exemplo a Internet que, em seu início, havia previsões do fim da TV, dos jornais e revistas e outros meios de comunicação, e isso não aconteceu. Houve na verdade uma acomodação, ao invés da substituição.
“Não é verdade que o carro elétrico se tornará um padrão de mercado de uma hora para outra”, afirmou João Francisco ressaltando as dificuldades que esses veículos ainda enfrentam para entrar numa produção em série. O vice-presidente executivo da Porto Seguro, Roberto Santos, também presente ao debate, afirmou que o setor de seguros deverá acompanhar as novas tendências da indústria automobilística mundial se adaptando a uma nova realidade conforme forem surgindo. Para o diretor geral da Bradesco Seguros, Marco Antonio Gonçalves, a produção de automóveis no Brasil terá uma recuperação rápida diante da demanda reprimida e isso terá um impacto positivo no segmento de seguros em breve. (Fonte CNseg) 7
Carro que dirige sozinho A disputa do pioneirismo no Exterior petência e qualificação suficientes para desenvolvê-los aqui, mas falta investimentos e apoio governamental”, ressalta. Segundo o doutor, os carros autônomos devem mudar a forma que o transporte individual é feito. Em vez de ter um veículo na garagem e arcar com todos os seus custos, uma pessoa poderá, no futuro, pagar uma taxa mensal para poder usar livremente veículos controlados por computadores que trafegam sem parar pelas cidades. “Isso mudaria a forma do transporte individual, reduzindo os custos e amenizando demanA busca pelo carro que dirige sozinho está aconte- das desagradáveis como a de procurar vagas e estaciocendo em diversas empresas e países, sendo que uma namentos”, completa ele. das iniciativas mais notórias é a Waymo, uma divisão da Alphabet (holding da Google) que, em parceria Como funciona o carro autônomo com a Fiat Chrysler Automobiles, espera levar a noviAlgumas pessoas nutrem desconfiança em relação dade às ruas em breve. a segurança dos carros autônomos, inclusive no Brasil. Outras empresas como Uber também investem na Mas na prática, o sistema de direção controlado pela novidade e existem projetos avançados em testes em máquina é muito mais seguro do que o manual. países da Ásia, com destaque para Cingapura e Japão. A divisão de carros autônomos da Alphabet, a Mas, apesar de não entrar na disputa pelo pionei- Waymo, acredita que o carro autônomo pode evitar rismo, o Brasil também possui seus avanços no desen- boa parte dos acidentes fatais no trânsito: segundo os volvimento dessa tecnologia: na Universidade Federal dados apresentados, 94% destes acidentes são causados do Espírito Santo (UFES), está sendo criado o projeto por falha humana. No Brasil, a taxa é de 23,4 mortes a Iara: carro autônomo que pode ser testado ainda neste cada 100 mil habitantes por ano, segundo a OMS. ano em uma estrada. Mas como um veículo sem motorista pode ser mais No campus da USP de São Carlos também há pes- seguro? Existem muitas variações dependendo do proquisadores envolvidos na concepção de um carro autô- jeto e do desenvolvedor, mas na essência, o automóvel nomo: o projeto Carina. Mas se a tecnologia já está em autônomo conta com uma série de sensores, câmeras e testes, porque pode demorar mais de uma década para radares, além de um GPS para orientação. vermos esse tipo de veículo nas ruas? Essas tecnologias permitem que o carro “enxergue” Segundo Helio Perroni Filho, que participa do pro- outros veículos, sinalizações, cruzamentos, animais, jeto Iara, da UFES, os principais desafios são a legisla- pedestres e ciclistas, tomando ações controladas para ção insuficiente, a infraestrutura ruim e, claro, a falta evitar acidentes. Como em um avião, alguns desses de interesse e investimento de grandes empresas e do equipamentos contam com redundâncias em caso de governo: “Acredito que só devem chegar ao Brasil da- falhas e é possível sempre transferir o controle para o qui uma década ainda. E quando chegar, será alheio ao manual caso aconteça algo inesperado. esforço do governo e das empresas automobilísticas”, As tecnologias dos carros autônomos passam por avalia o pesquisador. testes exaustivos para comprovar sua eficácia e, com Para Helio, que é doutor em Ciência da Computa- cada vez mais pesquisas nessa área, é bem provável que ção pela Universidade de Tsukuba, Japão, a tecnologia o sistema evolua nos próximos anos e se torne ainda não é o principal problema: “Temos pessoas com com- mais seguro. Fonte e Reprodução – Udacity Brasil Alphabet
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Entrevista | Rogério Menezes
REFERÊNCIA NACIONAL
Infraestrutura ultramoderna e resultados acima da média colocam leilão carioca Rogério Menezes na vanguarda da indústria do seguro
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Fotos Divulgação
Próximo de completar 30 anos de atuação, o Leilão Rogério Menezes atingiu o status de referência para a indústria nacional de seguros. Determinado a oferecer modernidade, eficiência, rapidez e resultados acima do padrão no Brasil, o leiloeiro Rogério Menezes Nunes investiu pesado na nova casa, instalada em sede própria na zona Oeste do Rio de Janeiro, em Campo Grande. Os números impressionam! O pátio, 100% pavimentado, ocupa uma área de 70 mil metros quadrados, dos quais 10 mil são cobertos. Um sistema de prateleiras triplas garante a acomodação segura e organizada de mais de 12 mil veículos. Treinamento e capacitação constante dos colaboradores, sistemas modernos de segurança, monitoramento e logística, cuidados com o meio-ambiente e, ainda, um auditório climatizado com capacidade para 1.200 pessoas são diferencias que também chamam a atenção e merecem destaque. Para entender o mundo da leiloaria, o relacionamento com seguradoras, bancos e financeiras, Segurador Brasil entrevistou Rogério Menezes Nunes, responsável por capitanear o leilão que está revolucionando o segmento Em que cenário se enquadram a leiloaria carioca e nacional? Rogério Menezes: O momento tem sido muito promissor, temos alcançado resultados excelentes nas vendas dos salvados. Nos últimos anos, o mercado segurador voltou a acreditar no Rio. Antigamente, boa parte dos salvados do nosso estado era levada e leiloada em São Paulo. Entretanto, algumas seguradoras como Porto, Azul, Itaú, Liberty e outras, acreditaram no mercado do Rio e no nosso trabalho que, indiscutivelmente, tem alcançado médias de vendas acima dos outros estados. Justamente por acreditar no mercado do Rio de Janeiro, investi pesado na nova estrutura. Antes de comprar essa área, tive o cuidado de ouvir nossos parceiros para identificar, de fato, o que era necessário para trazer excelência no atendimento. Localização e estrutura foram meticulosamente planejadas. Eu e minha equipe temos trabalhado muito para mostrar a algumas seguradoras que ainda levam seus salvados
cariocas para São Paulo como nosso resultado tem sido acima da média. Isso sem falar na agilidade de indenizações aos segurados, custo de transporte, agilidade na retirada de pertences acessórios pelos segurados etc. Como o Leilão Rogério Menezes atua diante desta realidade? RM: A rotina diária é buscar constantemente nos superar na execução das atividades e trazer novas ferramentas que reforcem nossa forma de gestão administrativa. Já passou a época em que o leiloeiro era apenas um “batedor de martelo”. Hoje, o profissional que não busca aperfeiçoar a prestação de serviço e não investe em tecnologia e em seus colaboradores, está fadado a parar. A cada evento percebe-se uma grande procura pelos leilões organizados no RM. O que explica essa preferência do público? RM: Temos muito respeito pelos arrematantes. Mantemos uma relação
de extrema confiança com eles. Prova disso é que muitos frequentam nossos pregões há mais de 20 anos. São lojistas, revendedores e consumidores finais que buscam preço e qualidade. Oferecemos segurança, solidez, agilidade e transparência em todo o processo. Praticamos um atendimento diferenciado. Cuidamos da conservação, da integridade e da apresentação do bem leiloado, e ainda temos atenção especial no pós-leilão. Creio que a soma de tudo isso nos dá credibilidade e nos credencia como referência no setor. Fale sobre os diferencias da infraestrutura e do modelo de gestão do RM. RM: Temos uma área própria com 70 mil metros quadrados, dos quais 10 mil são cobertos para armazenamento de salvados em melhor estado e de veículos de bancos e financeiras. Um sistema de prateleiras triplas acomoda com segurança e organização mais de 12 mil veículos de seguradoras, facili11
Entrevista | Rogério Menezes
tando conferências de estoque e agilizando a localização dos salvados, o que resulta em respostas rápidas a qualquer solicitação. Contamos, ainda, com um prédio de escritórios de 800 metros quadrados e auditório climatizado com capacidade para 1.200 pessoas. O que você pensar em termos de modernidade em segurança, monitoramento, logística e cuidados com o meio-ambiente vai encontrar em nosso pátio. Preocupava-me muito a questão dos salvados que chegavam vazando combustível e óleo lubrificante. Com a ajuda de um engenheiro ambiental, instalamos um conjunto separador desses resíduos, que são armazenados para posterior coleta e reciclagem por empresa credenciada. Outra preocupação eram os focos de mosquitos nos salvados parados por longo tempo. Através de empresa especializada, efetuamos duas vezes por semana inspeção e prevenção, visando proteção contra pragas em nosso estabelecimento. O modelo de gestão que adotamos valoriza o recurso humano como nossa principal ferramenta. Em todas as ações você pode perceber a preocupação com a seleção, valorização e desenvolvimento dos nossos profissionais. Um exemplo disso é a parceria que temos com a FGV para constante treinamento e capacitação da nossa equipe. Somos uma família integrada e afinada com os mesmos objetivos. Buscamos a ex12
celência. E, modéstia à parte, estamos Algumas seguradoras no Rio de Janeiro ainda encaminham seus veconseguindo. ículos para serem leiloados em ouQuantos negócios são efetivados a tros Estados. Qual o motivo e como reverter essa questão? cada pregão? RM: Nos pregões tradicionais realiza- RM: Na realidade, não é necessário dos semanalmente, às quartas-feiras, fazer mais nada! As poucas emdisponibilizamos cerca de 400 lotes presas que ainda levam os veículos entre carros, caminhões, motos e su- para São Paulo o fazem por consercatas. Em média, 88 % desses lotes são vadorismo ou por desconhecerem os detalhes envolvidos nesta operaarrematados por leilão. ção, pois problemas que ocorriam Além de automóveis e motocicletas no DETRAN do Rio há dez anos oriundos de financeiras e segurado- não existem mais. Hoje há uma afiras, o pátio do RM abriga outros ti- nada parceria do DETRAN RJ copos de lotes? Alguma peculiaridade? nosco, que se traduz em grande agiRM: A variedade é enorme. Cami- lidade na transferência de proprienhões, tratores, máquinas agrícolas dade dos veículos. Isso sem falar no e de terraplanagem, barcos e lanchas, custo de transferência do DETRAN aeronaves, equipamentos médico- do Rio, que é mais baixo do que a -hospitalares, móveis e equipamen- maioria dos outros estados. A verdade é que os despachantos, plotadoras, equipamentos de gites de outros estados estão ternástica, sucata etc. ceirizando as transferências com Explique a relação do RM com o despachantes do Rio, o que acaba mercado segurador local e nacional? gerando custos adicionais para as RM: É a melhor possível. Os resulta- seguradoras e financeiras. O cenário já vem mudando há dos alcançados são excelentes. Prova disso é que o nosso leilão serve, atu- tempos. Devido aos nossos resultaalmente, como referência para o mer- dos, seguradoras e bancos parceiros cado local e nacional. A cada pregão, solicitaram atendimento também recebemos representantes das segu- na remoção e venda de veículos do radoras parceiras, que acompanham Espírito Santo. Mantemos um granin-loco todo o processo. Isso é muito de pátio de apoio nesse estado, sem importante, pois gera confiança, agili- qualquer custo adicional para os dade e praticidade. O mesmo vale em nossos parceiros. Até o final desse relação aos representantes dos bancos ano vamos inaugurar a mesma estrutura em Minas Gerais. e financeiras parceiros.
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Especial
Painel na 8ª Conseguro contou com representantes da ANS, Susep, CNseg e Ministério da Fazenda Foto CNseg
Avanço do mercado depende de ajuste da regulamentação
Marcio Coriolano destacou que a flexibilização regulatória é bem-vinda
O ajuste fino da regulamentação é o principal desafio para um avanço efetivo do mercado segurador brasileiro. Sabe-se que uma regulamentação excessiva eleva custos das empresas, encarece serviços e, no final das contas, limita o crescimento e afeta o acesso do consumidor final, sobretudo em dias de renda reduzida das famílias e de desemprego elevado. O diagnóstico parece ser um consenso do painel que discutiu a regulação e o desenvolvimento do mercado segurador, na 8ª Conseguro, promovida pela CNseg no Rio de Janeiro. Cinco participantes, entre debatedores, palestrante e moderador, apontaram alguns dos caminhos para azeitar 14
a regulamentação, tornando-a pró-mercado sem negligenciar a proteção do consumidor ao mesmo tempo. Ficou claro que os espíritos estão desarmados para discutir ajustes e introduzi-los para fomentar o crescimento. Até porque o setor de seguros pode ser um parceiro de primeira hora para manter a estabilidade da renda das famílias em situação de vulnerabilidade, assegurar o retorno à atividade econômica ou a não interrupção dos serviços de empresas afetadas por algum infortúnio, oferecer funding para investimentos de longo prazo (infraestrutura ou logística), além de ser uma fonte de complementação da renda de aposentados,
enumerou a secretária-adjunta de Políticas Microeconômicas do Ministério da Fazenda, Priscila Grecov, ao reconhecer excessos no marco regulatório que precisam ser revistos, ainda que, no passado, tenham cumprido objetivos relevantes em termos prudenciais. Ela deixou claro ainda que as barreiras à participação externa devem ser reduzidas gradualmente, como no caso do resseguro, devendo ser criadas também normas para acelerar a incorporação de avanços tecnológicos, voltadas para agilizar a autorização de funcionamento de novos players, com benefício para o consumidor.
Fotos reprodução
Priscila Grecov, do Ministério da Fazenda: excessos no marco regulatório precisam ser revistos
“Reguladores devem ser protegidos de pressões políticas ou de grupos de interesse, porque a regulação deve ser de Estado e não de governos” Gustavo Binenbojm
Instabilidade institucional Em sua palestra, o professor titular da UFRJ, Gustavo Binenbojm, admitiu que a regulação brasileira de seguros não alcançou seu estado de arte. Destacou a instabilidade institucional da Susep, tendo em vista que seus dirigentes não têm mandato fixo (ao contrário da ANS, que cuida da Saúde Suplementar) e podem ser alçados dos cargos por pressão ou interesses políticos ou de governo, e a falta de autonomia financeira dos dois órgãos de supervisão do mercado, como gargalos importantes. “Os reguladores devem ser protegidos de pressões políticas ou de grupos de interesse, porque a regulação deve ser de Estado e não de governos”, disse ele, sugerindo que a Susep, a exemplo do que foi realizado com a CVM, crie mandatos para seus dirigentes.
Ele lembra que a regulação é pouco estável no Brasil, gera custos elevados e não está em linha com práticas comuns nos EUA ou UE, como “A Análise de Impacto Regulatório” (AIR), ou seja, análise prévia de custos e benefícios sociais e econômicos de cada medida regulatória proposta. A judicialização e dissimetria das penas administrativas são duas outras questões destacadas pelo especialista. Os reguladores, para ele, devem participar mais ativamente da defesa das normas de mercado perante o Judiciário, no sentido de enriquecer o debate e o conhecimento dos magistrados, impedindo que as regras do jogo sejam afetadas a todo instante por decisões judiciais. Já as sanções administrativas devem ser usadas com mais parcimônia, podendo, quando
possível, ser trocadas por mecanismos de ajuste de conduta. Os representantes da Susep, Paulo dos Santos, e da ANS, Leandro Fonseca, destacaram algumas das iniciativas em cursos nos respectivos órgãos, visando mudanças no marco regulatório previamente discutidas com o mercado. Ambos consideram o diálogo com o mercado um passo importante para a efetividade das normas. No fim, Marcio Coriolano destacou que a flexibilização regulatória é bem-vinda, precisa ser feita com bastante responsabilidade para ampliar o acesso aos consumidores , que hoje estão não só mais empoderados, conscientes de seus direitos, mas também machucados pela crise, afetados pelo desemprego, descrentes com autoridades e com mercados. (Fonte – CNseg)
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Ponto de Vista | ANTONIO PENTEADO MENDONÇA
O que isso tem a ver com seguro?
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É apavorante, mas o Brasil fecha o primeiro semestre com 28 mil assassinatos. A se manter as expectativas dos especialistas, o País acaba o ano com 60 mil homicídios, número para ninguém colocar defeito, mais ou menos 10 mil mortos a mais do que no ano passado. O dado interessante é que Pernambuco contribuiu para quase metade do aumento em relação a 2016. E a razão principal é o crescimento acelerado do crime organizado em toda a Região Nordeste. Mas não é só o Nordeste que enfrenta a crise decorrente da incapacidade do Estado brasileiro suprir minimamente as necessidades da população. A saúde pública é uma vergonha de Norte a Sul do País. Raro o dia em que os noticiários das TVs não mostrem o estado lastimável de alguma unidade de saúde em todos os Estados da Federação, do mais pobre ao mais rico. Para quem imagina que o quadro mais degradado é o de São Paulo, as coisas ainda funcionam de forma organizada e a população tem um mínimo de atendimento eficiente, que dá conta das necessidades mais urgentes, ainda que em situação muito pior do que há alguns anos. No resto do País, a saúde pública naufragou. O descontrole é geral. Hospitais prontos e equipados estão fechados. Não têm funcionários. A politicagem gasta sem qualquer planejamento. Não há política de atendimento às comunidades mais carentes, o Estado é omisso nas periferias e o crime ocupa o espaço deixado vazio. A escola pública está completamente sucateada. A droga corre solta, alunos desafiam professores e diretores, chegam mesmo a agredi-los e ameaçá-los, sem que ninguém faça nada para mudar o quadro. O trânsito mata outros 60 mil brasileiros por ano. E, de quebra, deixa mais 600 mil inválidos, onerando as famílias seriamente afetadas pela crise e a previdência social, que, se não for reformada, quebra o País. Em bom português, a ordem de grandeza das mortes violentas no Brasil é equiparável ao que acontece nos países em guerra, como a Síria e o Afeganistão. Nenhum país civilizado tem alguma coisa próxima de 1/10 dos números nacionais.
Entrar no Rio de Janeiro pela Avenida Brasil é uma verdadeira roleta russa. As chances de arrastões e assaltos são altas. Seguir as informações dos aplicativos de trânsito pode acabar com um tiro na cabeça, porque o cidadão desavisado entra numa comunidade dominada por bandidos, que atiram primeiro e perguntam depois. A impunidade vem da certeza de que o crime compensa. Menos de 15% dos processos envolvendo homicídios são julgados, anualmente. Mais apavorante, o número de assassinatos investigados é muito baixo e mais baixo ainda o dos casos que evoluem até se transformar em processo. Como se não bastasse, a Justiça premia os criminosos, com a revisão e atenuação das sentenças, progressão de penas, prisões domiciliares, além dos exemplos que vêm de cima, envolvendo criminosos confessos que não são presos porque são amigos ou fazem acordos com alguém que manda. Grande parte dos crimes de menor gravidade não são inseridos nas estatísticas porque o cidadão tem mais o que fazer do que perder tempo e ser maltratado numa delegacia, para depois ver o seu processo não dar em nada. Para quê fazer o Boletim de Ocorrência, se não vai resolver? O resultado da descrença generalizada nas instituições; da omissão do Estado, em todos os seus níveis; da corrupção e da bandalheira dos políticos; da ineficiência do Judiciário; do despreparo e sucateamento da dignidade do policial só poderia resultar no número do começo do artigo. Não tem como a violência não crescer. Não tem como a vida humana valer alguma coisa. Não tem como querer que cumpram a lei ou respeitem as regras mínimas de convivência em sociedade. Que não furem fila de cinema. Que não usem a pista da esquerda para virar à direita. Que não emprestem a carteirinha do plano de saúde para o amigo ir ao médico. Que respeitem as vagas de deficientes e idosos. Que deem lugar para as grávidas nos ônibus e metrôs. O que isso tem a ver com seguro? Tudo. Todos os pontos levantados aumentam a sinistralidade e encarecem as apólices. Publicado no jornal “O Estado de S.Paulo” em 28/8/2017 Antonio Penteado Mendonça é sócio da Penteado Mendonça e Char Advocacia
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Arrecadação
Mercado de seguros crescerá entre 6% e 7,5%
Segs.com.br
Em previdência, a projeção é de crescimento de 6,3% ante a previsão do início de ano de 11%, segundo Edson Franco, da Fenaprevi
O crescimento do mercado de seguros este ano deverá ficar na faixa de 6% a 7,5%, segundo informações da CNseg, durante a 8ª Conseguro. Apesar da revisão para baixo (dos 9% previstos no início do ano), Marcio Coriolano, presidente da entidade, ressaltou que as perspectivas ainda são positivas para 2017, considerando os sinais de melhora dos principais indicadores econômicos no segundo trimestre, como avanço de 0,2% do 18
Produto Interno Bruto (PIB) e o recuo da inflação que, em 12 meses, acumulou 2,46%. O mercado segurador encerrou julho com expansão nominal de 3,5%. Os dados oficiais ainda serão, contudo, confirmados pela Susep. “Pode ser considerado decréscimo, mas reforça a resiliência do mercado”, assinalou o executivo. Os destaques foram os segmentos de crédito e garantias, com expansão de 29,3%; vida individual
(26%), vida risco tradicional (19,1%), rural (17,7%) e PGBL (12,7%). Coriolano destacou, no entanto, que as provisões técnicas continuaram superando o crescimento da arrecadação, com 17,3%, encerrando a primeira metade do ano em R$ 840,8 bilhões. O setor tem atualmente quase R$ 1 trilhão em ativos financeiros. No segmento de seguros gerais, o presidente da Fenseg, João Francisco Borges, previu crescimento de 1,4% em função da queda na arrecadação do DPVAT. Sem esse impacto, ressaltou, a expansão seria de 6,9%. Já em previdência, a projeção é de crescimento de 6,3% ante a previsão do início de ano de 11%. Isso porque, segundo o presidente da Fenaprevi, Edson Franco, além de a base de comparação ser 2016, ano em que a arrecadação de previdência tomou fôlego no segundo semestre, com a recuperação da confiança de retomada econômica e queda de juros, começa haver uma reorganização dos fluxos de capitais em direção à Caderneta de Poupança e ativos de renda variável, que se tornam mais atrativos em ambiente econômico mais estável. No segmento de Saúde Suplemen-
tar, a expectativa da Fenasaúde, presidida por Solange Beatriz Palheiro Mendes, é de crescimento na faixa de 9,9%, numa expectativa mais pessimistas, e de 11,3% para um cenário mais otimista – a relação anterior era de 11,4% e 12,8%, respectivamente.
Já na área de Capitalização, o otimismo é maior, de acordo com o presidente da Fenacap, Marco Antônio da Silva Barros, apesar da queda de quase 3% no primeiro semestre, justamente em função da melhora dos indicadores econômicos, reforçados
pela liberação do saldo do FGTS que, de acordo com o executivo, fez com que as pessoas deixassem de lançar mão de suas respectivas poupanças. “Melhoramos a performance, com queda de 8,13% nos resgates no semestre”, assinalou.
O posicionamento do Brasil perante o investidor estrangeiro foi tema da palestra “Brasil: uma perspectiva Global”, na 8ª Conseguro, no Rio de Janeiro. “O apetite pelo Brasil é muito grande”, disse Christopher Garman, diretor do Eurasia Group, consultoria que avalia riscos políticos para investidores. Há abundância de capital no mundo. Muitos apostaram que boa parte desses recursos iriam ser direcionados para o crescimento americano. “O fracasso de Donald Trump ajudou o Brasil”, comentou. É certo que o crescimento mundial virá de países como o Brasil, mas é importante que as reformas transformadoras aconteçam. Ele pontua que as micro reformas são tão importantes como as grandes reformas para atrair o capital externo. Para o analista, o atual governo conseguiu avanços com a reforma trabalhista, tem na agenda as microrreformas e conseguiu uma abertura do pré-sal para rodadas de petróleo e gás. Mas o ponto chave, no entanto, é sobre 2018: quem vai encaminhar essa agenda ambiciosa de reformas? Para ele, o grande obstáculo para a agenda econômica no Brasil é a ausência de um candidato competitivo pró-reformas em 2018 e que, ao mesmo tempo, se descole do quadro político de corrupção.
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Investidores mantêm interesse pelo Brasil
Propósitos Apesar de toda a crise política, as empresas seguem em seus propósitos. “Conseguimos fazer um IPO de sucesso no final de agosto mesmo diante de uma crise como essa que se arrasta no Brasil desde 2014”, comentou José Cardoso, presidente do IRB Brasil Re. Segundo ele, o processo de transformação apoiado em três pilares – gestão de pessoas, gestão operacional e gestão financeira – fez o IRB sair do monopólio de quase 70 anos, mantido até 2007, para figurar entre os principais resseguradores do mundo, ocupando a nona colocação em valor de mercado, com US$ 3,1 bilhões em setembro deste ano, quando passou a
É certo que o crescimento mundial virá de países como o Brasil, mas é importante que as reformas transformadoras aconteçam ser negociado na B3, no mais elevado padrão de governança. Cardoso afirmou durante o debate que o ressegurador é favorável à desregulamentação do setor de resseguros brasileiro, apesar de ainda existir reserva de mercado para agentes locais, que começou a reduzir de forma gradual. “Estamos preparados para competir com quaisquer outros players”. (Fonte CNseg) 19
Internacional | CARLOS BARROS DE MOURA
O que vai pelo mundo dos seguros
A indústria do seguro vive momentos desafiantes, gerados pelas novas tecnologias e novas situações de maior complexidade de riscos. Por isso, começo este artigo lembrando um slogan comercial de uma transportadora que marcou época. Refiro-me ao “O Mundo gira e a Lusitana roda”. Vejamos a contradição entre tempos desafiadores com a realidade da vida. Um joalheiro da Madison Avenue, Nova York, foi trapaceado. Emprestou joias no valor de US$ 3,2 milhões. Ele tenta cobrar indenização de sua seguradora, Lloyd´s of London. As joias em questão, tanto vintage como contemporâneas, foram fotografadas para as revistas Vogue e W, segundo informações veiculadas no New York Post. Em março passado, um homem que dizia ser Paul Castellana, apresentando-se como represen-
tante da Sony, contatou o sr. Russel, da joalheria, sobre a cessão provisória de duas peças. Esse empréstimo foi “produzido” por um presidiário, alegando que Jennifer Lopez, famosa atriz, precisava das joias para um ensaio fotográfico, segundo ação civil em Manhattan, divulgou o jornal. Duas pessoas retiraram as peças, que nunca mais foram devolvidas. Com a ajuda da policia federal, o joalheiro descobriu que o mentor do golpe foi o presidiário James Sabatino. Este, que confessou ser culpado agora em setembro, admitiu que telefonou para várias lojas de artigos de luxo, dizendo ser representante de artistas famosos. Ocorrências como essa, quando o mundo discute ataques terroristas, grandes golpes cibernéticos, mal uso de tecnologias, mostram que ainda temos uma longa caminhada e muito trabalho na gestão de riscos e seguros. Mesmo assim, vale registrar informações do Relatório do World Economic Forum, publicado recentemente. Vejamos: 249 executivos americanos e 79 canadenses, que responderam a uma pesquisa, entendem que os riscos tecnológicos, geopolíticos, econômicos e ambientais são os perigos maiores para seus negócios nos próximos dez anos. A próxima edição do Global Risks Report ainda será publicada . Carlos Barros de Moura, corretor de seguros
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Atendimento
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Clareza na informação ao consumidor
No universo dos produtos de seguros, o de garantia estendida e os voltados a aparelhos celulares foram citados como líderes de dúvidas e reclamações dos consumidores
“A informação é a base de tudo. É a troca. Quando é oferecido ao consumidor um produto ou um serviço é importante que ele seja informado sobre quais são os seus direitos, ou seja, sobre todas as informações que estão envolvidas na relação de compra e venda. E a informação tem que ser clara, precisa e em língua nacional como orienta o Código de Defesa do Consumidor”. Com essas palavras, a coordenadora de Atendimento do Procon-RJ, Soraia Panella, marcou participação no 2º Encontro com os Ouvidores dos Mercados Supervisionados, na sede da Superintendência de Seguros Privados (Susep), no Rio de Janeiro. O titular da Diretoria de Supervi-
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são de Conduta da autarquia (Dicon), Carlos de Paula, enalteceu a importância da participação do mercado segurador no constante processo de aprimoramento das relações diretas com o consumidor. Ele também abordou o fato de muitas das reclamações e denúncias que chegam à Susep serem consideradas inadequadas. “Em um período de um ano, 1.178 processos chegaram à Susep, dos quais 64% foram considerados improcedentes. Quando estratificamos esses dados, é notório que uma comunicação com transparência voltada a todas as classes sociais é um desafio que precisa ser enfrentado constantemente. A ausência de uma boa comunicação causa efeitos colaterais que acabam
onerando muito mais todos os envolvidos nas relações de consumo”, avaliou De Paula. Soraia Panella explicou o porquê de um consumidor bem informado ter um nível de aceitação bem mais alto, mesmo quando realiza uma consulta ou registra uma reclamação no órgão. “O consumidor bem informado é o consumidor mais paciente do mundo. Ele vai buscar ajuda no Procon? Vai, mas ele chega de forma mais branda. Lidamos no dia a dia com pessoas que não cogitam a possibilidade de receber um não como resposta já que estão querendo resolver os seus problemas”, ponderou, reafirmando que um dos principais problemas que chegam ao Procon é a falta de informação.
Direitos do cliente Ainda de acordo com a coordenadora do Procon-RJ, a maioria dos transtornos começa na ponta, no início, com os vendedores e com os pontos de Serviço de Atendimento ao Consumidor (Sac) e acaba explodindo nas ouvidorias e nos órgãos de defesa do consumidor. “Faltam equipes capacitadas para o atendimento. E quem está atendendo o cliente precisa saber quais são os direitos dele e o seu, enquanto fornecedor do serviço ou do produto. Eu digo sempre que o Procon é um órgão de defesa ao direito do consumidor e não do consumidor propriamente dito”, concluiu. No universo dos produtos de seguros, ela citou o seguro de garantia estendida e os seguros voltados a aparelhos celulares como líderes de dúvidas e reclamações dos consumidores. Nessa mesma linha, a coordenadora-geral de Fiscalização de Conduta da
Soraia Panella: consumidor bem informado é o consumidor mais paciente do mundo
Susep, Cidice Hasselmann, pontuou que este tema é tão importante para o desenvolvimento sustentável do setor de seguros que não será esgotado em um único encontro. “É necessário que vocês, ouvidores, pensem em como influenciar as empresas a melhorarem a
informação que chega ao consumidor. Não basta que as condições gerais de produtos e serviços estejam disponíveis nas páginas das companhias na internet, por exemplo. A informação está, de fato, sendo vista pelo consumidor?”, indagou.
Reformas
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Colapso previdenciário grego serve de alerta para o Brasil
O economista grego Platon Tinios (fotos) foi assessor do ministro da Fazenda de seu país entre 1996 e 2004. Nessa época acompanhou as recorrentes discussões sobre reforma da previdência que não foram capazes de evitar que o país quebrasse em 2010. Em palestra na 8ª Conseguro, promovida pela CNseg, no Rio de Janeiro, destacou a ineficiência das reformas realizadas até agora – já foram mais de 12 cortes de benefícios. Afirmou, porém, que o país - e toda a Europa - não conseguirá fugir de um modelo com maior participação da previdência privada, o que não foi feito até agora. “O sistema ainda é melhor que o de 2010, mas não é suficiente. É muito ambicioso. Tudo é fornecido pelo Estado, com pouco papel para fundos privados. Há uma promessa de reposição de 80% (do salário da ativa), então, as pessoas não precisam procurar outras alternativas de previdência complementar”, resumiu Tinios. Na avaliação do economista, um dos problemas é que a reforma acabou acontecendo no meio da crise, com o país pressionado por uma comissão de credores. “Antes, a Grécia tinha dis24
cussões sem mudanças. Depois, passou a ter mudanças sem discussões. E as pessoas diziam que a reforma fazia parte de uma agenda liberal, mas na verdade o sistema continua 100% responsabilidade do Estado”, contou. Só em 2016, quando recebeu o terceiro pacote de ajuda, a questão da previdência foi atacada de verdade. Mesmo assim, ele aposta que novos ajustes serão necessários. “Precisamos restabelecer o elo entre poupança das famílias, previdência e crescimento. Foi graças a isso que o país cresceu nas décadas de 50 e 60, depois que implantou a previdência, porque o sistema gerava poupança”, explicou, mostrando que o sistema ainda trabalha no sentido contrário, ou seja, drena poupança e gera problemas fiscais. Participando do mesmo painel, o economista Paulo Tafner disse que o Brasil enfrenta problema semelhante. Segundo ele, a reforma paramétrica, que altera a idade mínima de aposentadoria e está em discussão no Congresso, ataca a maior parte do problema previdenciário, mas é necessário um modelo multidisciplinar com incentivos aos participantes para
que façam outros tipos de poupança. Ele teme, porém, que o atual momento de recuperação da economia diminua o sentido de urgência da reforma. “Estava convencido de que teríamos reforma em maio. Agora, tenho certeza que não teremos mais este ano. O risco agora é que os congressistas, vendo a economia crescer, não votem a reforma”, disse Tafner. “O problema é que a população não entende o sistema previdenciário e os políticos também não. Há um analfabetismo dos números”, completou o economista grego. Também na mesa de debate, Edson Franco, presidente da FenaPrevi, citou alguns números sobre idade de aposentadoria, média de benefícios pagos, estrutura da previdência oficial, que pareciam ser do Brasil. Mas não. Eram da Grécia, antes do colapso do país que começou em 2010 e se agravou em 2015 com o atraso de pagamento da dívida. Franco perguntou a Tinios se era melhor realizar a reforma da Previdência aos poucos ou de uma vez somente. O economista grego foi pontual: “Fazer reforminhas aos poucos é pior”.
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Corretores
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Susep prorroga prazo para recadastramento
A Superintendência de Seguros Privados alterou os prazos de recadastramento para os corretores de seguros pessoas físicas e para as sociedades corretoras. Com isso, os profissionais terão até o dia 15 de dezembro de 2017 para realizar o processo de recadastramento e manter seus registros ativos. Já para as pessoas jurídicas, o processo terá início no dia 1º de março de 2018 com data limite estipulada em 30 de agosto do mesmo ano. O não recadastramento no prazo estabelecido implica na suspensão do registro. De acordo com o titular da autarquia, Joaquim Mendanha de Ataídes (foto), a medida foi tomada porque a Susep precisa manter a sua base de dados organizada e segura. “Há nove anos esse processo não era realizado e já
contamos com a adesão de mais de 35 mil corretores, entre os que estão com seus pedidos deferidos, com solicitação de exigências ou em análise. Outros profissionais não concluíram a solicitação e seus pedidos constam como não-finalizados. Ou seja, eles acessaram o site da Susep, mas não clicaram no link que receberam por e-mail. Com a ampliação do prazo, os corretores terão mais uma oportunidade para atender ao processo e manter seus registros ativos”, explicou. Um outro ponto importante envolve os corretores de seguros que são os responsáveis técnicos em sociedades corretoras. Caso o corretor pessoa física não realize o processo de recadastramento este ano, o mesmo ficará impedido de atuar como corretor responsável.
Passo a passo Ao dar entrada com o pedido de recadastramento no portal da Susep (http://www.susep.gov.br), o corretor precisa estar atento a todos os passos do processo: preencher seus dados nos campos indicados, salvar o cadastro e verificar o recebimento de dois e-mails da Susep. O primeiro e-mail informará o número do seu pedido e o segundo e-mail trará um link, no qual o solicitante deverá clicar para realizar a confirmação do seu pedido e poder continuar com o processo. A Susep esclarece que os corretores que finalizarem o pedido de recadastramento dentro do prazo e o mesmo permanecer em análise por parte da autarquia, não serão prejudicados e os seus registros continuarão ativos até a conclusão da análise. Em caso de dúvidas, o site do Instituto Brasileiro de Autorregulação do Mercado de Corretagem de Seguros, 26
de Resseguros, de Capitalização e de Previdência Complementar Aberta (Ibracor) (http://www.ibracor.org.br) possui um passo a passo detalhado sobre o recadastramento e há linhas diretas para os corretores nos telefones (21) 3233-4146 e (21) 3233-4045, da Susep, e (21) 35097070, do Ibracor.
A Susep também iniciou a emissão da carteira profissional do corretor de seguros. A requisição do documento deve ser realizada pelo portal da autarquia (http://www. susep.gov.br/) e para solicitá-lo o profissional precisa ter tido o seu pedido de recadastramento deferido. A distribuição da carteira ficará a cargo do Instituto Brasileiro de Autorregulação do Mercado de Corretagem de Seguros, de Resseguros, de Capitalização e de Previdência Complementar Aberta (Ibracor), órgão auxiliar da Susep. Para o superintendente da autarquia, Joaquim Mendanha de Ataídes, a carteira profissional do corretor de seguros significa a valorização da categoria. “Esse é mais um passo importante para o fortalecimento da profissão de corretor e também vai ao encontro de todas as ações que a Susep realiza em prol da proteção do consumidor”, ressaltou, salientando que os novos documentos emitidos em formato smart card permitirão que os corretores realizem a certificação digital e tenham mais segurança no relacionamento com as empresas do setor e com outros órgãos do Governo Federal, como a Receita Federal. As carteiras profissionais serão produzidas em lotes,
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Carteira profissional do corretor
inicialmente de 500 unidades, e possuem o custo unitário de R$ 41,16. A Susep esclarece que a responsabilidade da conferência dos dados cadastrais para a emissão das mesmas é do próprio corretor de seguros. A entrega das carteiras será realizada nos sindicatos estaduais (Sincors) ou nas delegacias regionais sob a supervisão do Ibracor. Para a retirada da carteira o corretor precisará apresentar o comprovante do pagamento de emissão e um documento de identificação original com foto. O corretor de seguros que não apresentar interesse em obter a carteira de identidade profissional poderá comprovar a sua habilitação por meio de certidão extraída no portal da Susep.
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Centro automotivo
Corretores
A união da categoria diante das ameaças Divulgação
Durante o 7º Trocando Ideias, realizado pela União dos Corretores de Seguros (UCS), o presidente do Sincor-SP e vice-presidente Sudeste da Fenacor, Alexandre Camillo, respondeu aos questionamentos e anseios apontados pelos corretores de seguros. Mara Borges Sutto, presidente da UCS, explicou o interesse dos associados em aprimorar o setor e o processo de levantamento dos pontos a serem discutidos. “Nossa carta é extensa, pois listamos todas as manifestações dos associados. Foram 26 pontos identificados como ameaças à profissão e 20 sugestões de pleitos para melhorias”. Entre as ameaças apontadas pelos associados estão as corretoras que praticam a venda na internet, o novo perfil do cliente que busca soluções rápidas e preço baixo, a venda de seguro em canais bancários, a venda direta por parte das seguradoras, as associações de proteção veicular e a diferença de condições comerciais oferecidas aos corretores. Para Alexandre Camillo, a grande maioria dos desafios apresentados acontece pelo potencial de desenvolvimento do mercado de seguros. “Por estarmos em destaque de crescimento, investidores e profissionais que estão 28
em outros setores vão olhar para o nosso mercado e criar novidades. A cada dia recebo no Sincor-SP uma pessoa com ideia de tecnologia ou de como vender mais. Foi com essa percepção que montei no Sindicato o Comitê de Inovação, para dar mais atenção às ideias”. Entre as sugestões, estava a criação de um canal de venda online para os sites das corretoras - o que Camillo adiantou que já está sendo desenvolvido pelo Comitê de Inovação, ações institucionais para coibir as práticas de vendas sem a presença do corretor de seguros e de seguros marginais, que também vem sendo trabalhado pela Fenacor -, e o apoio de modelos de negócios que privilegiem o corretor de seguros. Como solução para grande parte dos pleitos, Camillo apontou o empreendedorismo, bandeira que defende desde o início de sua gestão no Sincor-SP. “Quando advogamos a questão do empreendedorismo é justamente para deixarmos de ser dependentes e passarmos a ser realizadores. Desde o início busco contribuir com que os corretores sejam fortes e autônomos, que venha a inovação que vier, que eles possam agregar e se desenvolver de forma independente”.
Talvez eles nem saibam...
...mas existe uma indústria protegendo seus passeios.
12 de outubro
16 de outubro
Dia do Corretor de Seguros
Dia do Securitário
Homenagem da Escola Nacional de Seguros aos principais atores desta indústria que, em parceria, trabalham em prol de um mercado fundamental para o País.
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Resseguros
Fotos Divulgação
Munich Re completa 20 anos no Brasil com foco no futuro
Entrada principal do novo escritório da Munich Re em São Paulo
Em 2017, a resseguradora Munich Re, com sede em Munique, na Alemanha, completa 20 anos de operação no Brasil. De fato, a parceria com o mercado brasileiro teve início nos anos 80, ainda em tempos de monopólio de resseguro, quando profissionais da Alemanha vinham constantemente ao Brasil para colaborar com o desenvolvimento do mercado de seguros e de resseguros nacional. No ano de 1997 a Munich Re decidiu abrir seu escritório em São Paulo e, desde então, vem investindo em sua operação brasileira. Atravessou períodos de crises e de grandes incertezas, mas nunca deixou de acreditar no
nich Re está atenta, buscando antecipar-se aos riscos e oportunidades do amanhã. A partir de investimentos robustos, a empresa vem dedicando-se à pesquisa e à criação de produtos, plataformas e soluções inovadoras dos mais variados tipos que proporcionem aos seus clientes uma ponte para o futuro. O Brasil não está para trás e caminha atento às mudanças. Hoje, por exemplo, a cobertura para riscos e ameaças cibernéticas já é uma realidade e a Munich Re do Brasil está pronta para apoiar e contribuir com Oportunidades do amanhã o desenvolvimento do mercado braA economia e o mercado têm se sileiro. O grupo Munich Re investe transformado rapidamente e a Mu- neste segmento de mercado há mais
país e em seu potencial de geração de negócios. Uma prova contundente de seu comprometimento aconteceu em 2007, quando da abertura do mercado de resseguros, sendo a primeira companhia internacional a registrar-se no país com o propósito de se tornar uma resseguradora local, “genuinamente” brasileira. Assim nasceu a Munich Re do Brasil. Contudo, apesar do longo histórico de atuação do grupo no Brasil e no mundo, o foco da Munich Re está no futuro.
de uma década com uma atuação internacional de destaque. Uma tendência é inequívoca: clientes cada vez mais sofisticados e exigentes com desafios cada vez mais complexos. As demandas são variadas: maior conectividade e eficiência ao longo da cadeia de valor, produtos com soluções específicas para determinados nichos de mercado, soluções visando a otimização do capital das seguradoras, seguros para ameaças cibernéticas, seguros paramétricos para eventos climáticos, processamento e análise de grandes quantidades de dados, incluindo a adoção de modelos computacionais de inteligência artificial, são alguns dos exemplos atuais. E a inovação não fica restrita apenas ao desenvolvimento de novos produtos e soluções, a inovação está também relacionada à criação de novas abordagens e soluções voltadas ao negócio tradicional. Falando ainda de inovação, o grupo Munich Re criou um ecossistema de aceleração de startups voltadas ao mercado de seguros, o MundiLab, localizado na Espanha. Recentemente ocorreu a segunda edição do MundiLab, contando com empresas de todo o mundo, inclusive brasileiras. Para lidar com todos estes desafios, a Munich Re não poderia deixar de mencionar a importância do capital humano.
Principal pilar A Munich Re do Brasil possui a equipe mais numerosa dentre as resseguradoras internacionais instaladas no Brasil, tendo como foco principal a qualidade e desenvolvimento de seus profissionais. Além disso, a equipe conta com o apoio da estrutura internacional do grupo, tendo acesso à vasta experiência da matriz em outros mercados, incluindo o acesso aos es-
Maria Luisa Nickel, Diretora de Recursos Humanos
pecialistas nos mais variados nichos de negócio. Este apoio e amplo domínio das características do mercado brasileiro são fundamentais para o desenvolvimento e implantação de soluções locais. Maria Luisa Kober Nickel, diretora de Recursos Humanos da Munich Re do Brasil, destaca que o capital humano é o principal pilar da resseguradora: “Para acompanhar as rápidas transformações do mercado e ser capaz de antecipar as necessidades dos clientes, o investimento no capital humano é uma prioridade para a Munich Re”. A empresa investe em programas de desenvolvimento diversificados, que tem como objetivos principais manter o conhecimento da equipe atualizado, manter profissionais preparados para viabilizar soluções e oferecer experiências valiosas em cada interação com seus clientes. “Acreditamos que o desenvolvimento está diretamente atrelado a um melhor desempenho da equipe e aqui ele é olhado de maneira holística, desde a atração de jovens talentos, com o objetivo de desenvolver novos profissionais qualificados em nosso mercado e criar uma linha saudável de sucessão; passando pelo treinamento e desenvolvimento da equipe,
com programas que promovem a troca de conhecimento, intercâmbio com outros escritórios, projetos internacionais e desenvolvimento de liderança até a retenção, com um programa de remuneração e benefícios atrativos e ambiente de trabalho estimulante”, diz a executiva, acrescentando: “Através de programas específicos, trazemos para o ambiente do escritório experts em temas como Inovação e Digitalização, com o objetivo de promover reflexão e discussão sobre assuntos relevantes para o desenvolvimento de novos negócios e questionamento do status quo”. O grupo também conta com uma excelente infraestrutura de treinamento em Munique. Ao assumir uma nova posição dentro da organização, o colaborador passa por um treinamento detalhado sobre suas novas responsabilidades, com a oportunidade de criar uma rede de relacionamento que o apoiará em seus desafios futuros. Maria Luiza conclui: “Todos os colaboradores têm espaço para aprender e se desenvolver e contam também com o suporte específico de uma área de Talent Management”.
Aprendizado e desenvolvimento Os 20 anos de Brasil constituíram uma importante curva de aprendizado para a operação da Munich Re do Brasil. Durante esse período, a Munich Re aprofundou-se nas peculiaridades do mercado brasileiro, na cultura de seguro do país, nos produtos comercializados e nas crescentes demandas para entender o foco e modo de operação de cada cliente. A criatividade nata do brasileiro inspirou e impulsionou a Munich Re do Brasil a criar soluções diferenciadas, que posteriormente foram
Salas de Convivência e Inovação, onde são realizados pequenos eventos, reuniões e treinamentos
exportadas para outros mercados ao redor do mundo. A experiência de quase dez anos de mercado aberto, o envolvimento em indenizações significativas e o monitoramento constante do desenvolvimento de cada setor corroboraram para que a empresa buscasse e atingisse uma diversificação saudável e estável de seu portfólio. Internamente, a empresa também vem passando por constantes mudanças. Seu atual escritório é moderno, com cores vibrantes e ambientes descontraídos. Trata-se de uma amostra da renovação por que passa a empresa. O foco hoje está em processos eficientes, desburocratizados e informatizados e em uma comunicação interna integrada e efetiva. No que diz respeito à qualidade dos serviços oferecidos, a empresa se orgulha de ser constantemente elogiada em pesquisas com clientes como a resseguradora com melhor serviço relacionado a pagamento de sinistros, a atividade fim de qualquer seguradora ou resseguradora. Ao tornar-se uma resseguradora local, a Munich Re do Brasil também demandou um importante investimento na área de apoio ao negócio, mais popularmente conhecida como backoffice. Para garantir o atendimento às exigências regulatórias e con-
tábeis brasileiras e, principalmente, para oferecer serviços ágeis e de alta qualidade para os clientes, Benjamin Asche, atual CFO da resseguradora no Brasil, diz o seguinte: “Quando se trata de fazer negócios, raramente se pensa no backoffice. Contudo, para a Munich Re a função do backoffice não é apenas cumprir os requisitos regulatórios externos, mas tem também uma função muito importante de suporte empresarial e assume essa responsabilidade através de atividades atuariais, de controladoria e contábeis. Afinal, um bom relatório automatizado, de alta qualidade, atualizado, de fácil acesso e, principalmente, confiável, é essencial para toda e qualquer companhia de seguros”. A empresa também está ciente que com as iminentes mudanças do IFRS 9 e especialmente do IFRS 17, as companhias de seguros, em particular o backoffice, precisam preparar-se desde já. “Novos padrões com uma abordagem mais eficiente irão melhorar a importância e a confiabilidade dos balanços das seguradoras, tanto externamente como internamente. Como com qualquer outra mudança importante, estes novos padrões impactarão significativamente os processos atuais e por isso já estamos concentrando
esforços em automatização de grande parte dos processos relacionados e dedicando um tempo valioso na análise do desenvolvimento das nossas carteiras de negócios”, diz Benjamin. E ainda acrescenta: “Estamos convencidos de que nossas ações terão um impacto positivo em nossos clientes. Do nosso lado, estamos preparados para apoiar nossos clientes nesse caminho de melhorias dos processos internos de backoffice, para que estejam prontos para a chegada desse futuro bem próximo”. Em relação às oportunidades de negócio relacionadas com inovação, para cada nova iniciativa identificada, uma equipe multidisciplinar é imediatamente constituída para focar no desenvolvimento de uma solução de vanguarda, como é o caso do time da Munich Re do Brasil focado em Soluções de Capital para as Seguradoras, liderado por Simon Sachs (ver boxe). A Munich Re do Brasil completa os seus 20 anos certa de seu papel de protagonista no desenvolvimento do mercado segurador brasileiro e com a certeza da necessidade de se reinventar constantemente para lidar com os desafios do presente e do futuro.
Simon Sachs, Head of Structured Solutions
Otimização de capital é uma das soluções que mais tem atraído clientes Nos últimos 20 anos, as mudanças em relação ao capital em seguros têm sido imensas em todo o mundo e não está sendo diferente no Brasil. Essas mudanças podem ser essencialmente classificadas em duas categorias, uma externa e outra interna. Do ponto de vista externo, representado não somente pelas agências reguladoras, mas também por elementos específicos, como, por exemplo, as agências de rating, credores ou parceiros, o foco atual está na suficiência de capital. No passado, a questão de quanto capital uma seguradora deveria ter era, geralmente, respondida de forma muito simplista: as empresas costumavam manter um capital mínimo calculado como um percentual do prêmio subscrito ou dos sinistros incorridos. Diversas crises eclodiram envolvendo determinadas companhias de seguros ou mesmo mercados inteiros, nos quais essas regras eram devidamente cumpridas. Estas crises mostraram que havia uma falha importante nas regras e nos modelos utilizados, que não conseguiram capturar uma parcela importante dos riscos existentes. Consequentemente, os mercados e os reguladores desenvolveram novas métricas, geralmente derivadas de modelos similares, oriundos do mercado bancário. Hoje em dia, o capital mínimo é geralmente baseado nos diversos riscos aos quais as seguradoras estão expostas, em vários pilares e em suas interdependências. No Brasil, o capital regulatório leva em conta não só os prêmios retidos e as perdas por linha de negócios
e por região, além da diversificação deles, mas também o risco operacional risca de mercado e risco de crédito. Além disso, as seguradoras devem ter certeza de que possuem recursos líquidos suficientes para cobrir suas reservas técnicas. Do ponto de vista interno das mudanças sobre capital, assumido pela administração das empresas e sócios acionistas, destaca-se a eficiência do capital. Perguntas típicas que são realizadas neste universo são “Que retorno eu quero ter com meu capi-
Os mercados e os reguladores desenvolveram novas métricas, geralmente derivadas de modelos similares, oriundos do mercado bancário tal? Quanto eu ganho hoje e quais as decisões estratégicas necessárias para otimizar o meu retorno? No passado essas considerações sobre capital eram, na melhor das hipóteses, uma condição de menor importância no processo de planejamento estratégico das empresas: a rentabilidade técnica (perda ou índice combinado) ou os lucros absolutos de produtos / linhas de negócios / mercados eram os KPIs dominantes. Com a pressão de requisitos de capital externos mais rigorosos por um lado e com mais exigentes acionistas e mercados de capitais, por outro lado, esta visão está mudando: hoje, os administradores preocupam-se cada
vez mais com o retorno do capital ao decidir seus orçamentos, investimentos e gestão de desempenho. Em resumo, tanto do ponto de vista externo como do interno, o capital passou dos bastidores, para protagonista da estratégia da maioria das companhias de seguros. O grupo Munich Re está levando essa nova realidade muito a sério. Já há muitos anos, a companhia está adaptando seus processos e estratégias internas – foi uma das primeiras entidades do mundo a cumprir integralmente o novo padrão de capital externo da Europa, Solvência II, realizando a gestão dos negócios através de um modelo interno de risco bastante abrangente e robusto. De uns anos para cá, a Munich Re está aproveitando a experiência adquirida em seu próprio processo de transformação, para por sua vez beneficiar seus clientes: tanto do ponto de vista regulatório quanto do econômico, o uso inteligente do resseguro é a peça chave do quebra-cabeça que pode ser decisiva para tornar rentável um produto ou uma linha de negócios e concomitantemente contribuir para o atingimento dos requerimentos regulatórios ou cumprimento das expectativas dos acionistas em relação ao retorno sobre o capital. O resseguro, usado dessa maneira, funciona economicamente como uma fonte adicional de capital e não como uma simples ferramenta de transferência de risco. O custo desse capital adicional pode ser muito atraente se comparado com alternativas disponíveis no mercado financeiro, como ações e debêntures. 33
Empresa
Previsul Seguradora chega aos 111 anos com foco no digital Uma seguradora voltada para o futuro, que facilita a vida dos corretores e oferece soluções completas para seus segurados. Assim é a Previsul, que completou 111 anos no dia 1º de agosto. Com 4.484 corretores cadastrados, a Companhia, que é referência em seguro de pessoas no Brasil, está presente em 12 Estados brasileiros, oito sucursais e 11 escritórios, além da matriz em Porto Alegre (RS). O principal desafio da empresa, segundo o presidente Renato Pedroso, é ser uma Companhia moderna que acompanha os movimentos do mercado e busca oferecer, cada vez mais, soluções que possibilitem que as pessoas vivam o hoje de forma mais leve, com a tranquilidade de que o futuro está garantido. “Para isso, investimos cada vez mais em tecnologias que oportunizem mais acesso a informações e que agilizem o contato do corretor com o segurado. Prova disso, é que chegamos aos 111 anos, com muitas novidades”, diz Pedroso. Uma delas é o Portal do Corretor, canal exclusivo e totalmente digital para que o corretor possa ter acesso às informações sobre cotações e propostas, de uma maneira simples e fácil. O portal permite consultar todo o relacionamento do corretor com a Previsul, como movimentação financeira, pagamento de seguros por apólice e por segurado, além de emitir segunda via de pagamento, de certificado, de boleto registrado. Para o segurado, está sendo disponibilizado um novo canal que permite acesso completo às informações
Divulgação
Seguradora está alinhada com o novo perfil do mercado, que busca cada vez mais meios digitais e um relacionamento mais próximo
“Ultrapassar os 100 anos no Brasil é muito raro. Por isso, chegar aos 111 anos representa um marco. A Previsul passou por diversos desafios econômicos e de mercado, e sua capacidade de evolução em todo esse tempo possibilitou que chegássemos até aqui, sempre buscando garantir as melhores coberturas para as pessoas. Por isso, podemos dizer que a palavra que resume os 111 anos é orgulho”. Renato Pedroso, presidente do seu seguro, tais como faturas, coberturas e assistências além de consultas aos mais diversos serviços. Outra novidade é o investimento focado no atendimento ao cliente. Visando disponibilizar uma experiência multicanais, a Previsul aposta no atendimento online pelo WhatsApp, no atendimento virtual no site e no Portal do Segurado. “Acreditamos que essas ferramentas digitais possibilitarão ao cliente acesso a diversas informações de seu seguro sem a necessidade de atendimento no 0800.
Além destas novidades, lançamos no mês de junho a nova célula de Retenção de Clientes, reforçando com os segurados os benefícios que o seguro proporciona”, afirma Pedroso. A Previsul Seguradora foi fundada em 1906 como Companhia de Seguros Previdência do Sul, na cidade de Porto Alegre. Em 2013, teve suas ações adquiridas pela Caixa Seguradora, quando adotou um novo posicionamento de mercado, com foco em flexibilidade, simplicidade, inovação e modernidade.
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Giro
A recolocação no mercado de trabalho não é simples, principalmente para as pessoas que têm acima de 50 anos. Mas a Tokio Marine valoriza e está em busca de profissionais com esse perfil. Inicialmente, a Companhia está disponibilizando vagas temporárias para atuação na área de Atendimento – Contact Center. Para concorrer, os candidatos devem ter concluído o ensino médio e ter conhecimento básico do pacote Office. As vagas serão divulgadas na área “Trabalhe Conosco” no site da Tokio Marine e no LinkedIn, além dos canais oficiais de comunicação da seguradora. Os aprovados no processo seletivo terão como responsabilidades atender clientes e corretores para escla-
recer dúvidas e executar solicitações; registrar reclamações, sugestões e elogios; prestar informações diversas e realizar aviso de sinistro para o ramo de automóvel, incluindo consulta de processo e agendamento de vistoria. A iniciativa faz parte do Programa ‘Toque de Vivência’, cujo mote é “Um emprego que valoriza a melhor experiência. A de vida”, e visa garantir ainda mais inclusão e diversidade entre os colaboradores da Companhia, além de oferecer a oportunidade de trabalho a profissionais da melhor idade. “Hoje, a expectativa de vida no Brasil está cada vez maior e as pessoas estão mais ativas e em plena capacidade de exercer as mais diversas atividades. A Tokio Marine entende que profissionais acima de 50 anos podem
Fotos Divulgação
Profissionais acima de 50 anos
retomar suas carreiras e continuar realizando seus sonhos”, afirma a gerente de Recursos Humanos, Juliana Zan (foto).
Primeiro MBA em seguros a distância A Escola Nacional de Seguros recebeu o último aval necessário para o lançamento do MBA Gestão de Seguros e Resseguro, o primeiro na modalidade a distância (EAD) oferecido pela Instituição. A autorização do Ministério da Educação (MEC) para a realização do curso foi publicada no Diário Oficial da União no dia 30 de agosto. A Instituição obteve nota máxima em todos os quesitos avaliados pelo MEC, o que comprova qualidade equivalente à do programa presencial – que já é reconhecido pelos profissionais do setor. Como diferencial, o EAD garante aos alunos mais flexibilidade de horário e local de estudo, e autonomia para conduzir o ritmo do aprendizado. Com início das aulas previsto para março de 2018, o curso foi desenvolvido com o objetivo de atender a uma grande demanda por formação especializada em diversas cidades e regiões do País, e 36
visa alcançar aqueles que não têm acesso às unidades físicas da Escola. “Organizar um MBA fora do eixo Rio-São Paulo não é algo simples, mas o mercado de seguros tem atuação em praças como Belém, Manaus, Salvador, Fortaleza e Recife, por exemplo, que demandam este tipo de oferta. Dessa forma, o MBA a distância inaugura uma nova era na Escola”, afirma o diretor de Ensino Superior da instituição, Mario Pin-
to (foto). O programa terá conteúdo e carga horária equivalentes aos do MBA presencial – 480 horas/aula que serão cursadas em cerca de dois anos – e será composto por 26 disciplinas. O curso a distância oferece como vantagem adicional o investimento um terço menor do que o presencial, no valor total de R$ 15.260,00, parcelável em 24 vezes. As empresas conveniadas à Escola têm acesso a condições especiais.
PONTO FINAL LEILA NAVARRO
Autoconhecimento gera motivação para virar o jogo na vida!
As pessoas não estão habituadas a medirem o nível de motivação em suas vidas e com isso perdem valiosas oportunidades. Embora a motivação não tenha câmbio expresso na Bolsa de Valores, gestores de instituições bancárias não levem em consideração esse perfil, equipes de Recursos Humanos valorizem mais as competências técnicas que a habilidade do candidato, motivar a si mesmo, saber sobre motivação e colocar em prática algumas técnicas é um grande investimento. Motivação é coisa séria. Mas não acontece de qualquer forma. Você sabe que a falta de motivação pode ser única e exclusivamente porque não se conhece suficientemente bem? Quando uma pessoa tem claro quais são seus traços de personalidade mais marcantes, o que tem mais habilidade para desenvolver, o que a deixa entusiasmada e, principalmente, quais são seus sonhos, consegue fazer escolhas mais conscientes. Agora, para fazer essas escolhas é precisa ter claro aonde quer chegar. E quando não sabemos para onde vamos, 38
por que achamos que deveríamos ter motivação para avançar? Esse é um paradoxo maluco, mas com absoluto sentido. O retorno que se tem a partir do momento que se entende essas questões é imensurável. Muitas pessoas ainda não têm conhecimento do seu poder transformador e encaram questões relacionadas à motivação de forma superficial. Pessoas que sabem aonde querem chegar e reconhecem seus próprios potenciais são automotivadas e sabem se adaptar às circunstâncias, além disso, apontam cinco características relevantes e diferenciadas:
que no cenário que estiverem podem agregar positivamente aos seus pares, sejam deles de ordem profissional, social e pessoal. 3. Tem melhor desempenho e produtividade. Sabem que o equilíbrio e satisfação internos remetem ao empenho de dar o melhor de si mesmo no que se propõem fazer. 4. São otimistas. Elas observam oportunidades nas dificuldades. A cada obstáculo procuram encontrar soluções para se superarem e sempre enxergam o lado bom das coisas. 5. Geram bons relacionamentos. Apontam engajamentos significativos, são capazes de tomar as próprias decisões e sabem como o seu empenho pode transformar cenários.
Agora, como é possível tornar-se uma pessoa automotivada? Aí está o “pulo do gato”. Enquanto muita gente gasta valores estratosféricos para manter o seu nível de capacitação profissional, outras utilizam recursos acessíveis para atingir altos níveis de realizações e equilíbrio na vida. É preciso estar atento aos sinais e buscar conhecer-se cada vez melhor. É o autoconhecimento que gera motivação para novos caminhos. 1. Tem motivacional para a carreira/ Pense nisso! emprego. Pessoas automotivadas tomam decisões mais rápidas, procuLeila Navarro é palestranram desenvolte motivacional, estudiosa ver habilidades comportamental e autora de necessárias e 15 livros, entre eles, Talento aproveitam as para ser feliz, Talento a prooportunidades va de crise, Autocoaching de que surgem. carreira e de vida, O poder 2. São confianda superação. tes. Entendem www.leilanavarro.com.br
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PROCESSO SUSEP: Empresarial Taxa Média – 1514.004594/2005-56 e Empresarial Faixa Etária – 15414.004322/2005-91. O registro deste plano na SUSEP não implica, por parte da autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização. CNPJ 61.383.493/0001-80.