Segurador 138

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Ano 17 | Número 138 | 2018

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FUTURO DO SEGURO Indústria dos seguros, que movimenta US$ 5 trilhões em prêmios no mundo inteiro, passa por transformações trazidas pela tecnologia e inovação de startups conhecidas como insurtechs


VOCÊ RESOLVEU


Carta ao Leitor Ciclos econômicos e os reflexos positivos e negativos para o seguro

Os principais aliados da atividade seguradora são a taxa de emprego e o rendimento médio das famílias, segundo o presidente da CNseg, Marcio Coriolano. “É a produção que alavanca parte dos seguros, principalmente os de ramos elementares, mas todos, e também os seguro saúde e os seguros de vida contratados por empresas dependem de renda e emprego”, afirmou durante almoço do Clube Vida em Grupo São Paulo (CVG-SP), durante palestra para importantes lideranças do mercado de seguros brasileiro. Segundo Coriolano, entre 2008 e 2010, a economia, a produção e a renda registraram bons desempenhos, com políticas econômicas baseadas no consumo, e o mercado segurador obteve índices superiores ao do PIB nacional. A partir de 2011, porém, esse ciclo positivo, baseado no consumo, começou a dar sinais de esgotamento, com o PIB registrando aumentos menores, acompanhado de maiores taxas de inflação. Já no período de 2015 a 2017, estendendo-se neste início de 2018, a recessão econômica afetou também o mercado segurador, que continuou a contribuir para a economia, mas sem o mesmo dinamismo. Apesar de todos os desafios enfrentados, Marcio Coriolano afirmou que tal cenário não desanima os profissionais do setor, estimulando-os a desenvolverem produtos para uma população que perdeu renda e buscando destravar produtos mais flexíveis. O Editor

EXPEDIENTE Editor-Executivo: João Carlos Labruna labruna@revistaseguradorbrasil.com.br brasilempresarial@uol.com.br Comercial: Mauricio Dias (mauricio@revistaseguradorbrasil.com.br) Paula Merigo (paula@revistaseguradorbrasil.com.br) Diagramação: Propósitto Soluções Visuais (rodrigo@propositto.com.br)

ANO 17 | NÚMERO 138 | 2018

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Fotos Arquivo SB

Sumário Capa As insurtechs - forma que os consumidores contratam seguros - são o futuro do setor, dizem empreendedores, investidores e especialistas do mercado. Com elas, a maioria dedicadas a plataformas de vendas, o público tem em mãos ferramentas de comparação de preços, entre outras facilidades. Estudo aponta que as insurtechs serão um facilitador para o segmento, e não um obstáculo. Matéria de Capa - Págs. 6 a 8

Premiação A 15ª Edição do Prêmio Segurador Brasil 2018 aconteceu em São Paulo em 5 de abril. Pelo segundo ano, com a análise da equipe de economistas da Silcon Estudos Econômicos, liderada por Claudio Contador (foto). Nesta edição, uma prévia da premiação, com a lista de classificados. Em maio, a REVISTA SEGURADOR BRASIL apresentará edição especial do evento, considerado termômetro para o setor. Págs. 12 e 13

Seguro Incêndio Embora a contratação do seguro incêndio tenha previsão legal, apenas 25% das pessoas jurídicas no País têm o seguro. De acordo com o Empresômetro, existem mais de nove milhões de empresas ativas no Brasil, isso sem considerar os mais de seis milhões de microempreendedores individuais. Desse total, estima-se que apenas 10% possuem seguro empresarial contratado, envolvendo o patrimônio geral. Págs. 16 a 18

SEU TEMP Desde que estreou na Broadway, em 1959, ‘A Noviça Rebelde’ se tornou um fenômeno à parte. Nenhum outro espetáculo conquistou uma trajetória de sucesso tão duradoura como a deste musical. E para matar a saudade dos fãs e também apresentar a história para os mais novos, uma nova versão deste clássico está em cartaz em São Paulo, com patrocínio da Brasilprev. Págs. 28 e 29 4



Capa

Divulgação

O futuro dos seguros

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Keyton Pedreira: “caminho sem volta e bem segmentado” Conexão Fintech

A indústria dos seguros, que movimenta US$ 5 trilhões em prêmios no mundo inteiro, está passando por transformações trazidas pela tecnologia e inovação de startups conhecidas como insurtechs. Os investimentos no setor de insurtech já acumularam US$ 5 bilhões no mundo, neste ano, com um crescimento de 156%, segundo monitoramento do Conexão Fintech, organizador do Insurtech Brasil 2018, realizado recentemente em São Paulo. Segundo José Prado, idealizador do Insurtech Brasil, a segunda edição do evento contou com 700 pessoas, acima dos 300 inscritos na edição de 2017. Já o número de novatas de seguros mapeadas saltou de 25 para 57. Para Keyton Pedreira, CEO da startup Segurize, participante do evento, “o futuro já desembarcou no

setor de seguros. Sem tecnologia, um contingente enorme de consumidores não seria atendido adequadamente”. Ele comenta que “no Brasil, as insurtechs estão promovendo a modernização no setor de seguros, desburocratizando os processos e deixando o

seguro mais acessível ao cliente”. Pedreira conta que no congresso de insurtech realizado em Las Vegas em 2017, um dos principais sobre o tema no mundo, teve a oportunidade de conhecer algumas startups que já se preparavam para


virar seguradora, mesmo diante das dificuldades impostas pela regulamentação diferenciada para cada um dos 50 Estados que compõem os Estados Unidos. “Na Europa elas estão ainda mais desenvolvidas. É um caminho sem volta e já bem segmentado para atender um consumidor que quer comodidade, serviços personalizados, preços acessíveis e variedade de oferta”, afirma Pedreira. Tal revolução é determinada pelo uso da tecnologia que mudou o hábito de consumo do público, que resolve quase tudo na palma da mão, como pagar contas, fazer investimentos, reservar carros e hotéis, solicitar um guincho, marcar consultas entre outras centenas de facilidades já consolidadas no mundo. Com as insurtechs, sendo a maioria delas dedicadas a plataformas de vendas, o consumidor tem em mãos ferramentas de comparação de preços. “Começamos a ver clientes exigindo preços menores, coberturas mais amplas, o que gera a redução das margens das seguradoras por meio da competição. Outra vantagem gerada pelas inovações trazidas pelas insurtechs está no campo da precificação do seguro. “Ter a permissão do cliente para monitorar itens como modo de dirigir ou frequência de prática esportiva, por exemplo, muda a forma de se calcular e de se vender seguro e serviços. Ao mesmo tempo em que as seguradoras vão beneficiar os bons riscos com descontos, os clientes que se mostraram imprudentes certamente adotarão hábitos mais saudáveis para ter acesso ao seguro por preços mais acessíveis. E isso é um cenário muito positivo para todos”, explica Pedreira.

“Insurtechs serão um facilitador para o setor, e não um obstáculo”, diz estudo A consultoria e corretora de seguros Aon elaborou o relatório global -Oportunidades do Mercado de Seguros (GIMO) lançado globalmente. O estudo é direcionado ao mercado segurador e tem como objetivo incentivar e direcionar novos produtos e serviços através do apontamento de tendências. Realizado anualmente, o levantamento é um cruzamento de dados de setores importantes da economia, áreas de crescimento e tendências de inovação para as seguradoras. O estudo apontou que as insurtechs, tecnologias que mudam a forma que os consumidores contratam seguros, serão um facilitador para o setor, e não um obstáculo, como muitas empresas temiam. Esse segmento está crescendo rapidamente, já tendo recebido aproximadamente US$ 14 bilhões em investimentos até novembro passado, época do lançamento do relatório, em mais de 550 startups de todo o mundo. O seu papel pode ser mais relevante do que as seguradoras imaginavam anteriormente, graças à inovação em arquitetura aberta. “Por meio de uma estrutura que oferece os padrões de soluções e a flexibilidade necessária à inovação empresarial, as grandes organizações podem ajudar a potencializar essas inovações”, diz Yves Lima, diretor de Resseguros da Aon Brasil. O relatório mostrou também que três modalidades de seguro têm um potencial de crescimento maior nos próximos anos: risco cibernético, de catástrofes e doenças infecciosas. Esses segmentos podem se tornar cada vez mais seguráveis com a cooperação das insurtechs e de outras empresas de tecnologia e análise. O estudo também aborda as oportunidades de quebras de paradigmas da economia colaborativa. O aumento da utilização de serviços como o Uber e o Airbnb obriga o setor de seguros tradicional a reconhecer que itens como veículos e residências cada vez mais são utilizados tanto no âmbito comercial quanto pessoal. Em termos de ruptura de negócios, o relatório destaca que o volume de prêmio oriundo de seguros tradicionais para veículos nos EUA deve cair mais de 40% entre 2015 e 2050, quando veículos autônomos deverão estar totalmente desenvolvidos. Esse processo vai gerar uma nova discussão no mercado segurador. Ao mesmo tempo em que se prevê que menos acidentes ocorram, o estudo adverte que a gravidade de eventuais acidentes poderia aumentar, com uma transferência de responsabilidade, anteriormente dos condutores passando às montadoras e aos fornecedores de software. “Sabemos que o mercado de seguros está enfrentando dificuldades no ambiente macroeconômico atual, assim, devemos esperar que as líderes do setor promovam mudanças. Já estamos aplicando novas ferramentas tecnológicas para aumentar nossa eficiência em consultoria e corretagem e expandir a participação nos mercados de risco emergentes. Por outro lado, a verdadeira transformação só vai acontecer quando reinventarmos completamente o modelo de gerenciamento de riscos. Nesse novo ambiente, todas as contribuições, ou aquilo que chamamos de inovação em arquitetura aberta, serão fundamentais para nosso real ganho líquido”, afirma Yves Lima.

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Insurtechs vieram para melhorar a experiência do consumidor (*) por Henrique Mazieiro No embalo do sucesso das chamadas fintechs, startups que aliam serviços financeiros e tecnologia, nasceram as insurtechs, empresas que também utilizam ferramentas digitais, porém são voltadas ao mercado de seguros. As insurtechs começaram a ganhar força principalmente no ano de 2016 e têm como foco buscar inovações constantes que melhorem a experiência do cliente. Diante de um novo cenário, totalmente digital, os consumidores buscam cada vez mais soluções práticas e ágeis que facilitem processos com o uso da tecnologia. As insurtechs chegaram ao mercado justamente para suprir essa necessidade, desenvolvendo soluções disruptivas a partir de algo que precisa ser melhorado. E ainda oferecem benefícios também para as empresas, com um modelo de negócios inovador, repetível e escalável, em que é possível obter mais ganhos com menos custos. Hoje, o setor de seguros é o que mais investe em desenvolvimento de tecnologia, de acordo com um estudo realizado pela empresa de TI e consultoria de dados Tata Consultancy Services (TCS). Na pesquisa, após analisarem 835 executivos de 13 setores da indústria global em quatro regiões do mundo, a indústria de seguros ultrapassou os outros segmentos pesquisados, investindo, em média, US$ 124 milhões em inteligência artificial. A expectativa é que esse panorama continue crescendo cada vez mais, graças a alta demanda dos consumidores por digitalização, o 8

que também gera uma grande oportunidade para as empresas do setor de seguros que tenham como foco trazer melhorias atreladas às novas tecnologias aos seus clientes. Apenas para falarmos do que estamos desenvolvendo com foco no relacionamento com o cliente, temos os produtos de Auto Inspeção, Vistoria e Sinistros. Por exemplo, imagine que o segurado detecta que depois de uma forte descarga de energia ocorreu a queima de sua geladeira. Neste momento, após o contato prévio com a seguradora, o próprio cliente, através de um aplicativo web, que não requer qualquer instalação no celular, pode abrir um sinistro, realizar as fotos, áudio e vídeo dos danos, e inserir toda a documentação necessária para que o processo possa ser analisado e aprovado de forma segura, transparente, ágil e com um custo infinitamente menor. Hoje, isso já é uma realidade para os ramos de seguro auto, equipamentos, residência e empresarial. Por vivermos em uma era cada vez mais tecnológica e ágil, é necessário que as empresas se moldem a esse novo tipo de consumidor, que está cada vez mais conectado e buscando por produtos novos que conversem com o modo atual de viver da era digital. Nesse momento, acredito que a tecnologia é uma grande aliada às empresas, que têm a oportunidade de oferecer ao cliente uma experiência que ele procura: rápida, prática e com maior autonomia. Sem dúvida que existem riscos em todo esse processo, já que nem

sempre as inovações são vistas em um primeiro momento como algo bem-vindo. Quando trabalhamos em parceria com as grandes seguradoras, também precisamos encontrar profissionais e estruturas visionárias que acreditem e queiram inovar e mudar a forma com que se relacionam com seus clientes, porque, sem o apoio deles, nada disso poderia ocorrer. Eu vejo que esse processo irá beneficiar a todos, sem exceção. Com estas novas plataformas, traremos maior agilidade e facilidade na relação seguradora, corretor e segurado. Inclusive, o maior ganho com todas estas mudanças é, com certeza, do consumidor. Se antes ele enfrentava diversas burocracias ao, por exemplo, bater o carro, hoje ele não tem mais essa dor de cabeça, pois o processo ficou mais simples de ser realizado. Fazendo uso da tecnologia, é possível realizar os processos no dia e hora que forem mais adequados ao segurado, de forma ainda mais rápida, evitando perda de tempo ou interrupções no trabalho. Agora, acionar o seguro deixou de ser um problema, graças ao advento do atendimento digital. E o segurado pode receber e pagar por um serviço que tem a sua cara e que lhe oferece exatamente aquilo que procura de forma muito mais objetiva e inovadora. (*) Henrique Mazieiro é diretor executivo e sócio fundador da Planetun, insurtech que desenvolve soluções disruptivas para o mercado de seguros e automotivo


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Tecnologia

Big Data Analytics

Divulgação

Seis maneiras de melhorar o processamento de sinistros em seguradoras

(*) por Ricardo Saponara Big Data, Big Data e Big Data! Certo, mas o que Big Data tem a ver com companhias de seguro? Pense um pouco mais sobre isso. Você filtra, procura e coordena incríveis quantidades de dados: anotações de avaliadores escritas à mão, dados de apólices, cotações, informações de sistemas de gerenciamento de sinistros, entre outros. Você está utilizando todo o potencial desses dados? Com tantas solicitações de sinistros para lidar, os analistas não têm tempo de filtrar todos esses dados para julgar cada pedido e eles podem não tomar a melhor decisão se perderem alguma informação importante. 10

Isso significa que muitas de suas decisões são baseadas em experiências prévias, instinto e a informação limitada que está prontamente à mão. Por esta e muitas outras razões o Big Data Analytics está se tornando cada vez mais protagonista na área de Seguros. Ao trabalhar em conjunto com os analistas, a Inteligência Analítica pode sinalizar quais sinistros precisam de uma avaliação mais detalhadas, tratamento prioritário, sindicância etc. Seis áreas onde inteligência analítica pode fazer uma enorme diferença:

pagamentos de seguros é fraudulento. Como você os identifica antes de um pagamento de alto valor ser feito? A maioria das soluções de fraude no mercado hoje é baseada em regras. Infelizmente, é muito fácil para os fraudadores manipularem e burlarem as regras. Análises preventivas, por outro lado, usam uma combinação de regras, modelos, análises de textos, buscas em bases de dados e identificação de anomalias para identificar fraudes o quanto antes e mais efetivamente a cada estágio do ciclo de sinistros.

Sub-Rogação – Oportunidades para Fraude – Um em cada 10 pedidos de sub-rogações, geralmente, ficam


perdidas na grande quantidade de dados – a maioria delas na forma de registros policiais, anotações de avaliadores e outros registros. A análise de textos busca, através desses dados não estruturados, encontrar frases que tipicamente indicam um caso de sub-rogação. E quanto mais cedo localizado, maiores as chances de recuperação e redução de perdas. Liquidação (de pagamentos) – Para reduzir custos e assegurar equidade, as seguradoras implementam com frequência processos rápidos que liquidam os pagamentos instantaneamente. Mas liquidar um pedido de pagamento “na hora” pode custar muito se você pagar em excesso. Qualquer seguradora que tenha visto um surto de pagamentos domiciliares em uma área atingida por um desastre natural sabe como isso funciona. Analisando os sinistros e seus históricos você pode otimizar os limites para pagamentos instantâneos. O Analytics também pode reduzir o tempo do ciclo de sinistro para maior satisfação do cliente e custos menores de mão de obra. Ele também assegura economia significativa em ocorrências como, por exemplo, carros alugados em sinistros de conserto de automóveis.

Reserva de Sinistros – Assim que uma abertura de sinistro é feita, é quase impossível prever seu tamanho e duração. Entretanto, é essencial haver uma reserva precisa e previsões de sinistros, especialmente em pedidos longos, como em casos de seguros de vida. A Inteligência Analítica pode calcular mais precisamente a reserva de sinistros ao comparar os valores em casos similares. Então, quando os dados do sinistro for atualizado, o Analytics pode reavaliar a reserva de sinistro, para que você saiba exatamente quanto dinheiro você precisa ter em mãos para atender sinistros futuros. Atividade – Faz sentido colocar avaliadores mais experientes nos pedidos de pagamento mais complexos. Mas os casos de sinistros são, geralmente, atribuídos com base em dados limitados, resultando em altas taxas de reaberturas que acabam afetando a duração do sinistro, a liquidação de quantias e, por fim, a experiência do consumidor. Técnicas de exploração de dados agrupam características de sinistros para pontuar, priorizar e atribuir casos para o avaliador mais apropriado baseado em experiência e tipo de sinistro. Em

alguns casos, os sinistros podem até ser automaticamente avaliados e liquidados. Litígio – Uma parte significativa da média de gastos de uma empresa com ajustes de sinistros vão para as ações judiciais. Seguradoras podem usar Analytics para calcular uma pontuação de probabilidade para determinar quais sinistros têm maior chance de resultar em litígio. Você pode atribuir esses sinistros para avaliadores de nível sênior que são mais capazes de liquidá-los de forma rápida e por quantias menores. Por que fazer da Inteligência Analítica parte do seu processo de sinistros? Porque enquanto fazer um seguro torna-se mais e mais um serviço essencial, o Analytics é fundamental para as empresas se diferenciarem. Ter essa tecnologia no ciclo de sinistros pode entregar um ROI mensurável com economia de custos. Uma melhora de apenas 1% na média de perdas para uma empresa de R$ 1 bilhão pode significar mais de R$ 7 milhões no lucro. (*) especialista em Prevenção a Fraudes do SAS Brasil

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Evento

Prêmio Segurador termômetro e referência para o Brasil 2018 Considerado mercado nacional de seguros, a premiação reuniu grandes e médios conglomerados do mercado nacional de seguros

Fotos Antranik/ Douglas

A 15ª Edição do Prêmio Segurador Brasil reuniu 350 convidados, entre presidentes de seguradoras e prestadoras de serviços, executivos, corretores, líderes de

A indicação técnica dos premiados (melhor desempenho, liderança e maior crescimento de vendas) é baseada na análise elaborada pela equipe de economistas da Silcon Estudos Econômicos, comandada por Claudio Contador (destaque na foto)

entidades e autoridades do setor. Organizado pela Brasil Notícias, responsável pela Revista Segurador Brasil, o evento aconteceu em São Paulo, em 5 de abril. O Prêmio Segurador Brasil 2018 tem o propósito de classificar as empresas do segmento de seguros nas Categorias “Melhor Desempenho” (conglomerados de médio e grande porte, respectivamente com faturamento abaixo e acima de R$ 2,5 bilhões), “Liderança” (evolução do market share 2016/2017) e “Maior Crescimento de Vendas” (comparação do faturamento nos dois últimos anos. Pelo segundo ano, a elaboração das análises e estudos da premiação ficou sob responsabilidade da renomada empresa Silcon Estudos Econômicos.

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Acompanhe a cobertura completa da premiação na próxima edição da Segurador Brasil


Os classificados Eis a relação das empresas classificadas e suas respectivas categorias na 15ª Edição do Prêmio Segurador Brasil. EQUATORIAL MICROSSEGUROS – Categorias “Pionei- lhor Desempenho” (acima de R$ 2,5 bilhões) - Acidentes rismo e Empreendedorismo” e “Melhores Desempenhos” Pessoais, Aeronáuticos, RC-E&O; “Maior Crescimento de (abaixo de R$ 2,5 bilhões) – Seguradora. ALM Segurado- Vendas” – Aeronáuticos. AMERICAN LIFE - “Maior Crescira - “Melhor Desempenho” ( abaixo de R$ 2,5 bilhões) e mento de Vendas” - Auxílio Funeral. GRUPO BB-MAPFRE “Maior Crescimento de Vendas” – Seguradoras. PREVISUL - “Melhor Desempenho” (acima de R$ 2,5 bilhões) - Eventos – “Melhor Desempenho” (acima de R$ 2,5 bilhões) e “Lide- Aleatórios; “Liderança” – Vida Individual e Eventos Alearança” – Crédito Interno. BRADESCO SEGUROS – “Melhor tórios. SOMPO - “Melhor Desempenho” (acima de R$ 2,5 Desempenho Global” (acima de R$ 2,5 bilhões) e “Melhor bilhões) – Fiança Locatícia, Riscos Nomeados e OperaEvolução Global” (market share) – Capitalização; “Melhor cionais, Transportes Nacionais; “Liderança” - Transportes Desempenho”(acima de R$ 2,5 bilhões) - Auxílio Funeral, Nacionais. Habitacional, Lucros Cessantes; “Liderança” (evolução do market share 2016/2017) – Habitacional. TOKIO MARINE

Demais premiados (avaliados pelo Comitê de

- “Melhor Desempenho” (acima de R$ 2,5 bilhões) – Auto-

Organização do Prêmio Segurador Brasil 2018):

móvel, RC-D&O, RC-Geral, Transportes Internacionais, Vida Individual; Liderança”- Automóveis, RC-Geral e Transportes BRASILPREV – Categoria “Empreendedor Brasil” – DestaInternacionais; “Maior Crescimento de Vendas”- Riscos de que do Mercado em Previdência Privada. IRB BRASIL RE Petróleo. SURA - “Melhor Desempenho” (abaixo R$ 2,5 bi- – “Empreendedor Brasil”. ALFA – “Destaque em Seguros lhões) – Transportes Nacionais. SULAMÉRICA - “Melhor Patrimoniais”. XL SEGUROS BRASIL – “Excelência em SoDesempenho” (acima de R$ 2,5 bilhões), “Liderança” e luções de Seguros”; GBOEX – “Destaque do Mercado, 105 “Maior Crescimento de Vendas” – Condomínio; POTTEN- Anos” – Segmento EAPPS. PREVISUL – “Destaque CoCIAL - “Melhor Desempenho” (abaixo de R$ 2,5 bilhões) – mercial” e “Marketing 10” (Campanha de Marketing 2017). Garantia. PORTO SEGURO - “Melhor Desempenho” (acima TOKIO MARINE – “Grande Destaque do Mercado de Segude R$ 2,5 bilhões) – Empresarial, Perda de Renda, RC/RCF ros”. METLIFE – “Mérito na Prestação de Serviços” – PorÔnibus; “Liderança”– Empresarial; “Maior Crescimento de tal Corretor. SANCOR – “Empreendedor Brasil” – Seguros Vendas” - RC/RCF Ônibus. LIBERTY - “Melhor Desempe- Empresariais, Pessoais e Agropecuários. GRUPO NEGRINI nho” (acima de R$ 2,5 bilhões) e “Maior Crescimento de – “Mérito na Prestação de Serviços de Controle e Gestão Vendas” - Educacional; “Melhor Desempenho” (acima de para o Mercado Segurador”. PASO TREINAMENTO – “Mé2,5 bilhões) e “Liderança” - Marítimos; “Melhor Desempe- rito em Treinamentos Corporativos. COMPLEXO HOSPInho” (acima de R$ 2,5 bilhões) - RC Ambiental e Riscos TALAR EDMUNDO VASCONCELOS – “Excelência na PresRurais. ICATU - “Maior Crescimento de Vendas” - Doenças tação de Serviços Hospitalares”. ENGEVAL – “Mérito na Graves e Terminais. FAIRFAX - “Melhor Desempenho” (abai- Prestação de Serviços” – Engenharia de Avaliações. I4PRO xo de R$ 2,5 bilhões) - Riscos Aeronáuticos. BNP PARIBAS – “Empreendedor Brasil” – Líder na Automação de ProcesCARDIF DO BRASIL - “Melhor Desempenho” (abaixo de R$ sos de Seguros”. IKÊ – “Melhor Empresa na América Lati2,5 bilhões) – Fiança Locatícia, Perda de Renda; “Lideran- na de Serviços de Assistência e Soluções Integradas”. SAS ça” - Fiança Locatícia, Garantia Estendida, Perda de Renda; –“Líder em Análise Avançada de Dados”. “Maior Crescimento De Vendas” – Fiança Locatícia, Perda de Renda. BERKLEY BRASIL - “Liderança” – RC-E&O;

Profissionais e Dirigentes

“Maior Crescimento de Vendas” – RC-D&O; ARGO - “Melhor

(trajetória profissional):

Desempenho” (abaixo de R$ 2,5 bilhões), “Liderança” e “Maior Crescimento de Vendas” - RC-Ambiental. MUNICH MAURO CÉSAR BATISTA – “Destaque do Mercado/DiriRE - Destaques de “Melhor Desempenho” (patrimônio líqui- gente de Seguros”. ALEXANDRE CAMILLO – “Profissional do maior de R$ 500 milhões– Resseguros. ALLIANZ - “Me- Corretor”. ANDREIA ARAÚJO - “Destaque de Seguros”.

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7º Encontro de Resseguro

Um projeto que pretende revolucionar o modo como as pessoas se locomovem. Os detalhes foram apresentados por Rodrigo Freire de Sá (foto), diretor Global de Desenvolvimento de Negócios para a Hyperloop Transportation, durante o 7° Encontro de Resseguro, realizado pela Federação Nacional das Empresas de Resseguros (Fenaber), com apoio da CNseg, no Rio de Janeiro. Trata-se de um trem que utiliza levitação passiva magnética para percorrer, sem atrito, o trajeto por um túnel fechado a vácuo, em até 1.200 Km/h. O primeiro trajeto a sair do papel deverá ser o entre as cidades de Abu Dhabi e Al Ain, nos Emirados Árabes Unidos, mas a construção de uma ligação entre São Paulo e Campinas (SP) também está em estudo pela empresa, que já conta com um centro de inovação e logística em Minas Gerais. 14

O projeto também tem o seu viés de sustentabilidade, visto que utilizará painéis solares para gerar mais energia do que necessita para a operação. Além disso, como os túneis ficam acima da terra, em pistas semelhantes às dos monotrilhos, a estrutura terá pouco contato com o solo, gerando menos impactos. Em relação aos custos, Rodrigo afirmou que é o equivalente a um terço do custo de um trem de alta velocidade, custando cerca de US$ 15 milhões por quilômetro. Mas, de acordo com o diretor da Hyperloop, mais revolucionária que a tecnologia empregada (que na verdade não conta com nenhuma desenvolvida exclusivamente para o sistema) é o modelo de negócio utilizado. Tudo começou com um paper produzido pelo dono da Tesla Motors, Elon

Reprodução

Reprodução Hyperloop Transportation

Inovação e tendência no trajeto do seguro

Se há 40 anos, 83% dos seguros eram relativos a bens físicos, atualmente, representam apenas cerca de 13% Musk, propondo a idéia. Desde então, ela já conta com a adesão voluntária de mais de 900 cientistas e executivos de alto gabarito e 40 empresas, que só terão retorno financeiro quando o


Reprodução

sistema começar a dar lucro. E entre as empresas envolvidas, a Munich Re, responsável por avaliar os riscos envolvidos no projeto. Também presente no painel, o presidente da Swiss Re Brasil Mathias Jungen (foto), utilizou o exemplo da Hyperloop para demonstrar as profundas transformações pelas quais o mundo e o seguro atravessam. Enquanto a empresa de Rodrigo tem cerca de quatro anos de existência, a Swiss Re tem mais de 150 e, tanto ela, quanto as demais seguradoras e resseguradoras, afirmou Mathias,

Cenário mundial do Resseguro Hoje, o mercado mundial de Resseguros, que movimenta cerca de 230 bilhões de dólares, está distribuído da seguinte forma: a América do Norte detém 48%; a Ásia, 15%; a América Latina e Caribe, 10%, e a Ásia, apenas 2%. Segundo Paulo Eduardo de Freitas Botti - membro do Conselho de Administração da Terra Brasis e participante do 7º Encontro de Resseguro no Rio de Janeiro -, há espaço para que o Brasil amplie a participação continental: “O País tem uma economia forte, apesar de todos os problemas, com uma baixa exposição a catástrofes e um grande e forte mercado

mudaram muito pouco no período. O que mudou foram os bens segurados. Se há 40 anos, como disse, 83% dos seguros eram relativos a bens físicos, atualmente, estes representam apenas cerca de 13%, havendo um peso bem maior na cobertura de bens intangíveis, como dados e propriedades intelectuais. Não surpreendentemente, em 1980, as empresas mais valiosas do mundo eram as indústrias de bens tangíveis, enquanto hoje, Google e Facebook, que não produzem nenhum bem físico, estão entre as de maior valor. Tais transformações geram demandas por novos tipos de cobertura e enormes desafios para a indústria seguradora que precisam ser encarados. Com o advento dos carros autônomos e a redução no número de acidente que devem acarretar, por exemplo, os valores dos prêmios do seguro de automóvel devem ser reduzidos pela metade.

Por outro lado, novas ameaças surgem, como a possibilidade de uma inovação hacker nesses veículos, que precisarão ser seguradas. A grande dificuldade nesses casos é fazer uma correta avaliação de riscos ao se lidar com situações totalmente novas. Para Mathias Jungen, entretanto, as seguradoras não podem recusar esses riscos, pois isso permitiria, simplesmente, que eles fossem assumidos por novos entrantes. E, se não bastasse, além das novas tecnologias, as mudanças climáticas também pressionam as empresas do setor. Como fica o Brasil, indagou o executivo da Swiss Re, que tem 80% de sua energia gerada por hidrelétricas, quando a água começar a faltar? Como as seguradoras podem prever essas variáveis para não comprometerem suas empresas, tanto em relação à questão financeira quanto a reputacional? Esta é uma pergunta que ele deixou em aberto. Fonte –Portal CNseg

segurador, que representa metade dos prêmios de seguro no continente, mas apenas um sexto dos prêmios de resseguros gerados na América Latina”. A América do Norte gera em torno de 111 bilhões de dólares no setor de resseguros. Para o exterior, o continente envia cerca de 30% a 34% em prêmios, o equivalente a 37 bilhões de dólares, e recebe de volta um montante próximo a 20 bilhões de dólares. “Ele acaba com cerca de 84% (líquido local de 94 bilhões de dólares) de um mercado que ele próprio gera”, explicou Botti. Enquanto isso, a Europa cede ao exterior apenas cerca de 10% a 11% (aproximadamente 7 bilhões de dólares), mas retorna para o continente o expressivo volume de 76

bilhões de dólares, com um valor liquido local de 128 bilhões de dólares, correspondente a 220%. A América Latina é um exemplo oposto. O continente movimenta localmente aproximadamente 20 bilhões de dólares e termina com 3 bilhões de dólares (13%). O Brasil representa 3 bilhões de dólares dos 20 bi latino-americanos, retendo localmente um volume líquido de 2 bilhões de dólares (55%). “Se conseguirmos atrair em torno de 25% do mercado latino-americano, mais que dobramos o mercado de resseguros no Brasil. Aprimoramos a capacitação dos nossos profissionais, envolvendo mais tecnologia. É uma exportação de serviços que já começamos”, projetou Botti. 15


Produto

Fotos: arquivo

Apenas 25% das empresas contratam Seguro Incêndio

Embora a contratação do seguro incêndio tenha previsão legal (Decreto Lei 73/66 e Artigo 20 do Decreto 61.687/67), apenas 25% das pessoas jurídicas no País têm o seguro. “A não contratação desse produto pode ser pelo desconhecimento da lei, pela falta da cultura do seguro ou por falha na divulgação e oferta”, diz trecho da Carta de Conjuntura do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo). O coordenador da Comissão de Riscos Patrimoniais da entidade, Ezaqueu Antonio Bueno, explica que, embora haja um Decreto Federal estabelecendo a obrigatoriedade da contratação do seguro incêndio 16

para todas as pessoas jurídicas, não existe uma fiscalização de cobrança. “A possível punição para o descumprimento ao Decreto, em geral, vem através da Responsabilidade Civil do causador. Se um imóvel sofre um incêndio, o proprietário arcará com as custas dos danos sofridos no seu bem e poderá responder juridicamente por possíveis danos causados a terceiros”, diz Bueno. Segundo dados divulgados, 30 seguradoras faturam R$ 1 milhão ao ano com esse tipo de seguro, mas cinco delas concentram 60% da receita do setor. Os valores pagos pelos segurados garantem um mercado que movimenta cerca de R$ 2 bilhões ao

Trinta seguradoras faturam R$ 1 milhão ao ano com seguro incêndio, mas cinco delas concentram 60% da receita do setor ano, e o crescimento do nicho acompanha a inflação. “O custo do seguro está atrelado ao tamanho da ocupação/atividade do local segurado e a taxa do prêmio a ser aplicada sobre as importâncias seguradas poderão ser majoradas ou reduzidas”, comenta Bueno.


Brasil não divulga dados oficiais de casos “estruturais” Segundo reprodução do site do Instituto Sprinkler Brasil, desde 2012 a entidade monitora diariamente as notícias sobre os chamados “incêndios estruturais” no Brasil, ou seja, aqueles que ocorreram em diversos tipos de locais construídos e que poderiam ter sido contornados com o uso de sprinklers. É o caso de instalações industriais e comerciais, depósitos, bibliotecas, escolas, hospitais e hotéis, entre outros. Estima-se, contudo, que os números apurados representem menos que 3% da quantidade real de ocorrências. O ISB acredita que muitos desses sinistros poderiam ser evitados caso houvesse um sistema eficaz de

segurança contra incêndio No Brasil, não há divulgação de dados oficiais de casos de incêndio, o que impacta e restringe sobremaneira a discussão e a elaboração de políticas públicas para enfrentamento do problema. Ainda segundo o Instituto, em 2017 foram contabilizadas 724 ocorrências de incêndio estruturais noticiadas pela imprensa. Dentre as diferentes categorias de estruturas, a que registrou o maior número de notícias na imprensa foram os estabelecimentos comerciais (lojas, shopping centers e supermercados), com 286 registros, seguida por indústria, com 153 reportes.

Ocorrências de incêndios estruturais noticiados em 2017 – por mês (exceto residências)

Fonte: ISB

Terceiro país com o maior número de mortes O Brasil está em terceiro lugar no ranking mundial de mortes por incêndio, conforme informações divulgadas em 2015. A constatação se baseia no cruzamento de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) com uma pesquisa realizada pela Geneva Association. Em 2011, o Sistema de Informações sobre Mortalidade do SUS registrou 1.051 mortes por incêndio ou por exposição a fumaça, enquanto que os Estados Unidos tiveram 3.192 óbitos e o Japão teve 1.750 mortes pelo mesmo motivo, de acordo com a pesquisa World Fire Statistics da entidade internacional.

17


Meio Ambiente

Ação humana é responsável por mais de 90% das ocorrências florestais Anualmente, em meados do ano, o Governo Federal alerta para o alto risco de queimadas e incêndios florestais no período, com pico em setembro. Devido a uma estiagem prolongada provocada pelo El Niño nos últimos anos, as áreas ficaram mais suscetíveis aos incêndios, que causam prejuízos à fauna e à flora brasileiras, além de danos à saúde do homem. Entretanto, “mais de 90% dos incêndios têm ação humana”, destaca o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo). “Temos o caso do produtor que vai fazer uma queimada no

fundo o quintal e perde o controle do fogo, provocando um incêndio gigantesco. E existem os incêndios dolosos, em áreas de conflito ou em florestas sendo transformadas em pasto”, informa a entidade. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em

2016 houve um aumento de 65% nos focos de queimadas e incêndios florestais em relação ao mesmo período do ano anterior. Até agosto daquele ano, foram registrados mais de 53 mil focos. Fonte: Ministério do Meio Ambiente

Aumentam incêndios gerados por curtos circuitos Com dados relativos a 2014/2015, a Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), entidade nacional que levanta dados estatísticos sobre acidentes com eletricidade, divulgou na ocasião que, no que se refere especificamente aos incêndios gerados por curtos circuitos, os dados mostram que em relação a 2014 o ano de

Apenas 10% das empresas têm seguro no Brasil De acordo com o Empresômetro, existem mais de nove milhões de empresas ativas no Brasil, isso sem considerar os mais de seis milhões de microempreendedores individuais. Desse total, estima-se que apenas 10% possuem seguro empresarial contratado. Segundo Jarbas Medeiros, superintendente de Ramos Elementares da Porto Seguro, os dados mostram que a penetração do seguro empresarial é tímida, pois depende da percepção de 18

2015 apresentou um aumento superior – de 295 incêndios originados por um curto circuito ou sobrecarga, este número subiu para 441 em 2015. No que se refere à porcentagem por região, o Sudeste (28%) continuou sendo o campeão neste tipo de acidente, acompanhado de perto pelo Nordeste (25%).

valor dos empresários, ou seja, quanto maior a conscientização, mais o mercado tende a crescer. Independente do segmento de atuação, proteger o patrimônio tem se tornado uma preocupação constante tanto de PMEs, quanto de grandes empresas, principalmente em tempos de crise econômica. “Durante os momentos de instabilidade de mercado e margens de lucros mais enxutas, em que é mais difícil manter reserva financeira para imprevistos, contar com a proteção do seguro pode ser imprescindível para manter as suas operações”, explica Jarbas. Existem no mercado seguros flexíveis e podem ser personalizados de acordo

com a necessidade do segurado. Oferecem além da cobertura básica, que garante incêndio, explosão, implosão e fumaça, várias opções de coberturas adicionais para garantir riscos como: subtração de bens, mercadorias, valores, danos por vendaval, danos elétricos em equipamentos ou instalações, quebra de vidros e anúncios luminosos. Também oferecem coberturas de responsabilidade civil, que garantem danos causados a terceiros e funcionários, e as coberturas de despesas fixas e lucros cessantes, permitindo que em caso de um incêndio, por exemplo, a empresa possa honrar com compromissos assumidos com funcionários e fornecedores, até que a empresa volte a operar normalmente.



Visã Brasil Para superar escassez de talentos, empresas brasileiras visam melhor experiência no local de trabalho

Com objetivo de aumentar os esforços para melhorar

isso, para encontrar o melhor candidato para cada vaga,

a experiência no local de trabalho, 94% dos empregadores

as empresas têm adotado ferramentas tecnológicas para

brasileiros acreditam que uma experiência positiva é

a realização do processo de recrutamento. Para 94% dos

fundamental para atrair e engajar talentos. De acordo com

líderes de RH brasileiros, a tecnologia aumenta a atração,

o relatório anual Talent Trends, da Randstad Sourceright,

o engajamento e a retenção de talentos – e 78% também

realizado com mais de 800 executivos sêniores e líderes

percebem que a tecnologia tornou o recrutamento mais

de recursos humanos no mundo, 51% dos líderes de

simples e eficiente. Em relação ao uso na tomada de decisões

talentos do Brasil planejam aumentar a verba destinada à

mais inteligentes, 90% afirmam que a tecnologia ajuda e que

melhoria da experiência do local de trabalho. Além disso,

os dados preditivos são os que mais recebem investimentos.

62% aumentarão o orçamento destinado à melhoria da experiência do candidato. Para 86% dos líderes do país, o objetivo da estratégia de

ser alguém, não só com as capacitações necessárias, mas

talento é ter impacto mensurável e, para 78%, a estratégia

alinhado à cultura e estratégia de negócio da empresa. Nesse

de aquisição de talento está mais relacionada à criação de

sentido, a inteligência artificial permite coleta de novas

valor total para a companhia do que à economia de custos.

informações que afinam a busca pela pessoa certa”, explica.

“As empresas brasileiras perceberam que o candidato

Porém, o benefício não é só da empresa. “Os profissionais

qualificado não avalia mais uma proposta somente pelo

que estão passando pelo processo seletivo também ganham,

cargo ou salário. O talento atual, que é disputado pelas

já que para a empresa encontrar o candidato ideal, ela precisa

empresas, quer se identificar com a cultura de empresa que

transmitir o máximo de seus valores. Esse é o momento que

trabalha, ter equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e quer

o candidato pode colher informações e avaliar se ele combina

um ambiente que o desafie”, explica Pavel Kerkis, diretor

com aquele empregador”, orienta.

da Randstad Sourceright, empresa líder global em soluções

Para enfrentar um mercado de trabalho acirrado, as

de talento que impulsiona as estratégias de aquisição de

empresas precisarão seguir uma estratégia diversificada

talentos e gerenciamento de capital humano de alguns dos

de contratação, que incentive os funcionários com melhor

empregadores mais bem-sucedidos do mundo.

desempenho, enquanto atrai os talentos difíceis de serem

Novas demandas exigem novas abordagens. Por

20

Para Pavel, a lógica é simples. “As empresas querem escolher o melhor talento para compor seu time. Isso inclui

encontrados de forma eficiente.


Visã Brasil

Mais de 90% das companhias nacionais consideram dados na definição da estratégia de negócios Noventa e um por cento das empresas brasileiras consideram dados na definição da estratégia de negócios, número maior que o apresentado em 2017 (86%). O percentual também é maior do que o número identificado globalmente, que foi de 83%. A pesquisa, chamada “The 2018 Global Data Management Benchmark Report”, consultou mil pessoas de companhias com mais de 250 funcionários de diversos setores. Os resultados retratam que a preocupação com a utilização dos dados vem crescendo ano a ano nas empresa e, hoje, está no centro das decisões. “Cada vez mais as empresas estão percebendo que os dados não são mais apenas uma informação administrada

informações confiáveis.

pela área de TI. Dados com qualidade devem permear toda a com-

Reduzir o erro humano é outra necessidade apontada na pes-

panhia para que possam ser adequadamente analisados e, assim,

quisa para que o mercado atinja a maturidade e melhor aprovei-

utilizados nas decisões estratégicas”, avalia Fernando Rosolem, ge-

tamento de dados. Globalmente, o erro humano foi o fator mais

rente sênior de soluções da Serasa Experian.

apontado pelos entrevistados entre os que mais contribuem pela

Um dos pontos que tem impulsionado este movimento é o imprecisão dos dados. Na pesquisa divulgada em 2017, o erro processo de transformação digital pelo qual muitas empresas estão humano também aparecia como sendo a maior causa dos dados passando, que vem modificando os modelos de negócios existen- imprecisos. tes. Além disso, a necessidade de melhorar eficiência para obter

Comparando os resultados de 2016 com 2017, houve uma

vantagem competitiva também tem influenciado o crescimento

queda de 23 pontos percentuais na indicação deste fator pelos

da importância dos dados na estratégia.

entrevistados. Mesmo assim, o erro humano continuou como pri-

Mesmo com essa evolução mostrada pela pesquisa, as orga-

meiro da lista de fatores de imprecisão. “O principal motivo da

nizações ainda têm muito trabalho a fazer para alcançar um nível

queda, no ano passado, está relacionado a investimentos que as

ideal de maturidade do gerenciamento de dados. Rosolem indica

organizações fizeram em treinamentos, profissionais e tecnologia que, para atingir essa maturidade, é preciso construir confiança adequadas para prevenir esse tipo de erro. No entanto, o percennos dados, pois a capacidade de tomar decisões estratégicas, redu- tual voltou a crescer neste ano por conta do aumento do volume e zir riscos e até trazer produtos inovadores para o mercado exige

variedade de dados disponíveis”, explica Rosolem.

A GRANDE JORNADA PELO MUNDO DOS SEGUROS Patrocinadores: Escola Nacional de Seguros, Sincor-SP, Bradesco Seguros, HDI, Icatu, Porto Seguro, Tokio Marine, Sompo Seguros, Sindseg-SP

Toda segunda-feira, das 7hs às 8hs Apresentação – Pedro Barbato Filho Rádio Imprensa FM 102,5 O programa pode ser ouvido em tempo real, pelo portal www.pbfproducoes.com.br


Ponto de Vista | ANTONIO PENTEADO MENDONÇA

A Judicialização dos Planos de Saúde Uma pesquisa recentemente publicada dá

tema deve levar em conta que é justamente no Esta-

conta do aumento expressivo das ações envol-

do de São Paulo que está a grande maioria dos titu-

vendo planos de saúde privados. É verdade, en-

lares dos planos de saúde privados. Isto quer dizer

tre 2016 e 2017 houve o crescimento da judicia-

alguns milhões de pessoas. É neste contexto que as

lização do tema. Mas a questão deve ser tratada

trinta mil ações de 2017 precisam ser analisadas.

com cuidado para não passar a impressão de

Trinta mil ações para mais de dez milhões de

que os planos de saúde privados são bandidos

pessoas é um número baixo. Absoluta e relativamen-

ou coisa parecida.

te baixo. E a ordem de grandeza fica mais clara quan-

Em primeiro lugar é importante destacar que os planos de saúde privados são o terceiro sonho de consumo dos brasileiros. Se eles fossem um

de vinte e dois milhões de ações em andamento. Destes dados pode-se extrair que os planos de

desastre ou não atendessem

saúde privados atendem satis-

a maioria dos segurados, com

fatoriamente a massa de seus

certeza não estariam nesta posição. Afinal, quem vai querer pagar caro por algo que não funciona? Atualmente, o Brasil tem pouco mais de 47 milhões de pessoas atendidas pelos planos de saúde privados. É o menor número em vários anos. As razões para isso são a crise econômica e o desemprego gerado por ela. Quem saiu dos planos – e foram mais de três

Os planos de saúde privados são o terceiro sonho de consumo dos brasileiros. Se eles fossem um desastre ou não atendessem a maioria dos segurados, com certeza não estariam nesta posição

milhões de pessoas - com cer-

consumidores. O número de ações é baixo na relação processos versus segurados e é mais baixo ainda no percentual da totalidade das ações em curso na Justiça paulista. Então, por que o destaque dado pela imprensa em geral sobre o aumento da judicialização do tema?A primeira razão é que o que está em jogo é a saúde das pessoas. Autorizar ou não autorizar um determinado procedimento pode ser a diferença

teza não o fez por vontade própria, e sim, porque

entre a vida e a morte e é humano que alguém tente

perdeu o ganha-pão, tanto faz se por demissão

tudo que estiver ao seu alcance para ser atendido,

ou por redução do mercado de prestação de ser-

ainda que as condições do plano não contemplem

viços.

aquele determinado atendimento.

Os planos de saúde privados autorizam anual-

Parte importante das ações diz respeito a pedi-

mente mais de um bilhão e meio de procedimen-

dos de liminares para que o plano arque com aten-

tos, desde os mais simples atendimentos ambula-

dimentos que por alguma razão são ou foram nega-

toriais até complexas cirurgias de transplante de

dos. Sem dúvida, várias destas situações envolvem

órgãos ou caros tratamentos de câncer e outras

negativas indevidas, sendo um percentual decor-

doenças.

rente de erro de avaliação do caso; outro, de falta

Em 2016 havia perto de dezenove mil ações ju-

de caixa da operadora para fazer frente aos custos

diciais sobre o tema. Este número saltou, em São

num determinado período; e outro, porque aquela

Paulo, para perto de trinta mil em 2017. É um au-

determinada operadora não é séria.

mento importante e que deve ser criteriosamente

Mas existem também situações em que o pro-

analisado para impedir que ele continue se repe-

cedimento não está coberto. Nestes casos, quem

tindo nos próximos anos.

arca com o pagamento fruto da liminar não é a ope-

Por outro lado, qualquer discussão sobre o

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do se leva em conta que a Justiça paulista tem mais

radora, mas todos os outros segurados, já que, no


final do exercício, a operadora fará a soma das despesas e rateará os pa-

Número de beneficiários volta a crescer

gamentos indevidos no preço cobra-

rede privada de assistência à saúde

do de todos os participantes.

– saldo positivo de 54.041 novos pla-

Ninguém discute, recorrer ao Ju-

nos, na comparação com janeiro des-

diciário é um direito constitucional.

te ano. Essa alta é alavancada, mais

E o brasileiro tem se valido dele com

uma vez, pelo crescimento do seg-

fartura, tanto que hoje temos mais de

mento empresarial, com mais 72.989

cem milhões de processos correndo

vidas. Além dele, o plano coletivo por

no país. É justamente por isso que os

adesão registrou leve aumento de

trinta mil processos distribuídos em

3.046 vínculos. Na contramão dessa

São Paulo ao longo de 2017 mostram

tendência, no mesmo período, a seg-

que, entre secos e molhados, com cri-

mentação individual perdeu 21.647

se para agravar a situação, pedidos indevidos e pedidos com cobertura, os planos de saúde privados, com todas as críticas que lhes são feitas, prestam um serviço inestimável à saúde do brasileiro. Publicado no jornal “O Estado de S.Paulo” em 5/3/2018

Solange Beatriz: reflexo da recuperação inicial da economia

consumidores. “O segmento de planos de saúde

está intrinsecamente associado ao Pelo terceiro mês seguido, o nú- desempenho econômico, com a criamero de beneficiários de planos de ção formal de vagas de emprego e saúde cresceu no Brasil, após certa incremento da renda. Esse resultado irregularidade desse indicador no é mais um reflexo da recuperação iniano passado. Em fevereiro, segun- cial das atividades econômicas”, explido a Agência Nacional de Saúde Su- ca Solange Beatriz Palheiro Mendes, plementar (ANS), 47,4 milhões de presidente da Federação Nacional de consumidores foram atendidos na Saúde Suplementar (FenaSaúde).

Recorrer ao Judiciário é um direito constitucional. E o brasileiro tem se valido dele com fartura, tanto que hoje temos mais de cem milhões de processos correndo no País Antonio Penteado Mendonça é sócio da Penteado Mendonça e Char Advocacia

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Análise | DILMO BANTIM MOREIRA

A Herança e o Seguro de Pessoas

Os Seguros de Pessoas, em especial o de Vida beneficiários desses tipos de seguro. e o de Acidentes Pessoais, além de servirem ao

Legalmente falando, o Artigo 794 do Código Civil

seu objetivo principal como apoio financeiro às determina que no seguro de Vida ou Acidentes Pespessoas e famílias, também podem ser contrata- soais que contenha a garantia de Morte, o capital sedos para suprir as despesas que se impõe nos pro- gurado pago através da indenização não está sujeito cessos de herança.

às dívidas do segurado nem é considerado herança.

Como todos sabemos, por ocasião do faleci- De fato, trata-se de um apoio monetário pago em curmento de uma pessoa que deixa valores e bens, to prazo e de liquidez integral. deverá ser realizada a partilha da herança.

Além do que, a contratação de uma apólice de

Assim, o patrimônio da pessoa falecida passa seguro de Vida é bastante simples, com um procea compor seu espólio, o qual será distribuído entre dimento de indenização de pouca burocracia e paos herdeiros por meio do inventário. E isto pode ter um custo alto ...

gamento rápido, o qual é executado em até 30 dias a partir da entrega da documentação completa solici-

Especialistas estimam que valores gastos com tada pela seguradora. processos que envolvem o inventário podem variar até 20% do montante do espólio.

Apesar de sempre necessários, é em períodos de maior necessidade financeira que os contratos de se-

Esses gastos abrangem itens como taxas pro- guro são mais relevantes e, sua utilização de forma cessuais, Imposto sobre Transmissão Causa Mor- adequada, tem o poder de facilitar o atingimento de tis e Doação (ITCMD), emolumentos e honorários objetivos especificos, como o caso aqui tratado, gaadvocatícios.

rantindo tranquilidade econômica e social.

Muitas vezes, por não haver disponibilidade financeira para cobrir os gastos ligados ao processo de herança, dívidas e multas são geradas, as quais Dilmo Bantim Moreira poderiam ser evitadas com a ajuda de uma apólice Presidente do Conselho Consultivo do CVG/SP, Direde seguro.

tor de Relacionamento com o segmento de Pessoas

Sempre é importante destacar que os Seguros da ANSP, administrador pós-graduado em Gestão de de Pessoas, incluindo-se os tradicionais seguros Seguros e Previdência Privada, atuário, membro da de Vida e de Acidentes Pessoais, não são enqua- Comissão Técnica de Produtos de Risco da Fenadráveis como herança e não entram no inventário. Previ e de Seguro Habitacional da FenSeg, docente Assim, é importante que no caso de se precisar em Seguros de Pessoas, Previdência Complemengarantir o custeio das despesas com o acesso à tar, Saúde, Capitalização, Atendimento ao Público e herança, que os herdeiros sejam indicados como colunista em mídias de seguros.

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O que vai pelo mundo dos seguros 2016. Os bônus pagos sobre 2016 foram de CHF Arquivo

Internacional | CARLOS BARROS DE MOURA

51,5 milhões e para 2017, CHF 45 milhões. Voltando para a América. As seguradoras de Property/Casualty apresentaram em 2017 um prejuízo operacional líquido de US$ 23,5 bilhões, segundo dados divulgados recentemente pela organização A.M. Best. Esse prejuízo tem origem nas estimativas de perdas de US$ 52,9 bilhões resultantes de riscos de catástrofes naturais, mais que o dobro do ano anterior. Vale anotar que o lucro líquido ficou relativaVamos passear por novidades e contrastes da in- mente estável em US$ 40,8 bilhões, cerca de 1,7% dústria do seguro. Começamos por um acidente de automóvel, lem-

menor que o ano anterior. Ficamos sabendo que cerca de 1 entre 8 moto-

brando recente ocorrência com a Uber, que suspen- ristas nos EUA estão rodando sem seguros contradeu os testes com veículos autônomos, depois que

tados, pondo os condutores segurados em situação

um deles atropelou e matou uma mulher em Tempe,

de mais risco, no caso de ocorrência de evento en-

Arizona. Tudo indica que esse é o primeiro caso de

volvendo veículos.

fatalidade envolvendo essa tecnologia.

Essas informações são de estudo comandado

A mulher atravessava a rua, fora da faixa de pe- pelo Insurance Research Council (IRC) e apoiado destres, quando o veículo, operando no módulo autônomo, sob supervisão de condutor de segurança hu-

pelo Hanover Insurance Group. O estudo constatou que 13% de todos os condu-

mano, atingiu a mulher, que foi atendida pela polícia e tores dos EUA estavam sem seguro em 2015, mais levada para o hospital, onde morreu. A Uber prometeu dar total cooperação, mas continuou alvo de uma investigação em andamento, informou a porta-voz da Polícia de Tempe. Enquanto isso, vamos para a Arábia Saudita, que

que os 12,3% de 2010, depois de um período de sete anos, seguindo queda para 14,9% em 2003. Mais novidades: Blockchain pode “revolucionar” seguros, pois já há esforços das seguradoras para implementar a tecnologia, pois isso pode produzir

foi alvo de uma tentativa de ataque por hackers. O um aumento significativo de eficiência na compra de objetivo era provocar explosão mortal de uma plan- seguros e nos processos de regulação de sinistros. ta petroquímica em 2017, que falhou por problemas com a senha. Da pacata Suíça, recebemos notícias sobre perdas por acidentes da natureza.

Vale a pena dar atenção à essa nova tecnologia. Vamos prestar atenção no andamento do BREXIT, pois há detalhes legais muito importantes a serem considerados, envolvendo coberturas de

O Instituto Federal Suíço para Florestas, Nevadas seguros. Por essa e por outras razões, as autoridae Áreas de Preservação informou que enchentes, ava- des reguladoras do Reino Unido estão alertando as lanches e deslizamentos causaram cerca de CHF 170 seguradoras para que informem, bem claramente, milhões de prejuízos durante 2017. Por outro lado, o grupo Swiss Re decidiu cortar os

seus clientes sobre as mudanças em suas apólices. O fascinante é o envolvimento dos seguros na

bônus de seus executivos em razão da sinistralidade vida das pessoas! gerada pelas perdas causadas por catástrofes naturais. O corte foi na faixa de 16,5% para 2017, sobre Carlos Barros de Moura, corretor de Seguros

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PubliEditorial

Som.us prepara novos produtos para o mercado Levar a máxima proteção que o seguro pode oferecer onde quer que haja paixão. Esse é o propósito da empresa Visitando São Paulo pela primei- ele revelou que a empresa pretende CEO de Resseguros Marine e Non- ra vez, o colombiano Mauricio Rodri- oferecer um seguro relacionado a -Marine para a América Latina, e o guez revelou que a companhia tem riscos no trabalho. Todo projeto ou oferta de producolombiano Mauricio Rodriguez, CEO projetos diferenciados, como o seO mexicano Alejandro Padilla,

de Benefícios América Latina, vieram guro para esportistas . “Queremos to criado pela Som.us está ligado a ao Brasil em março colocar em práti- oferecer um produto que se conecta um objetivo único: oferecer a melhor ca a estratégia da companhia de ter às necessidades específicas dessas experiência aos clientes entregando uma atuação regionalizada, atenden- pessoas”, afirmou. Um outro projeto uma solução para cada necessidade do os aspectos e as necessidades que já está em desenvolvimento na específica. Presente em cinco países - Brade cada país. “Podemos trabalhar Colômbia, e em breve deve ser aprecompletando um ao outro, construin- sentado no Brasil e México, é o segu- sil, Equador, México, Paraguai e do um ecossistema de valor”, disse ro para complicações decorrentesde Uruguai -, a Som.us atua nas áreas Padilla. “Nosso intuito é formar um cirurgias estéticas. “Cirurgias esté- de assessoria e distribuição de setime diverso e inovador, promovendo ticas apresentam coberturas limi- guros e resseguros em toda a Améa troca de experiências e inspirações tadas e queremos levar às pessoas rica Latina. Acompanhe a empresa em busca das melhores soluções proteção mais ampla e que melhor pelo Facebook, facebook.com/ para os nossos clientes”, continua o atendam às suas necessidades”, som.us.br e fique por dentro do que ressaltou o executivo. Além disso, acontece. executivo.

Com alto índice de riscos, seguros Auto no Rio de Janeiro aumentam expressivamente Renovar o seguro auto no Rio de Janeiro pode ser uma experiência não muito agradável. Isso porque um levantamento da ComparaOnline, marketplace de comparação de seguros e produtos financeiros, revelou um crescimento significativo nos valores de seguros para 2018. De acordo com a empresa, cidades ca-

riocas tiveram um aumento médio de 11% no preço do seguro auto em relação ao ano anterior. Considerando o preço médio, os valores subiram de R$ 1.920 em 2017, para R$ 2.131 em 2018, enquanto a média nacional manteve estabilidade de preços durante o mesmo período, ficando em R$1.839,32. Esse crescimento foi impulsionado pelo aumento nos valores dos veículos mais populares, que ficou em torno de 14,6%. Carros de montadoras como Toyota, Honda e Citroen não apresentaram mudanças significativas. Os principais bairros que sofreram alta acima da média foram Pechincha (31%), Penha (27%), Vila Isabel (26%), Taquara (23%) e Freguesia/Jacarepa-

guá (16%). Bairros nobres como Copacabana, Tijuca, Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes renovaram com valores acima do ano passado, entre 9 e 14%. Já nos bairros Leblon e Botafogo não foram notados acréscimos. De acordo com especialistas, o crescimento constante no valor dos seguros se deve ao fato da capital carioca ter mais sinistros que ocasionam a perda total do veículo, além de ser a cidade com maior dificuldade para recuperar os carros roubados. Segundo o Instituto de Segurança Pública, Duque de Caxias e Nova Iguaçu são cidades do Estado com maior aumento na violência. Com isso, o preço dos seguros aumentaram em 27% e 31%, respectivamente. 27


SEU TEMP

Fotos reprodução

Seguradora patrocina musical que valoriza a força feminina

Desde que estreou na Broadway, em 1959, ‘A Noviça Rebelde’ se tornou um fenômeno à parte. Nenhum outro espetáculo conquistou uma trajetória de sucesso tão duradoura como a des-

Elenco da nova montagem. Gabriel Braga Nunes interpreta o Capitão Von Trapp, herói da resistência à ocupação nazista sob a Áustria

te musical, inspirado na real história de amor entre uma jovem prêmios Tony, a montagem gerou o famoso longa-metragem (1965) vencedor de cinco Oscars – incluindo o de Melhor Filme – e se instalou para sempre na memória afetiva das gerações que vieram a seguir. Para matar a saudade dos fãs e também apresentar a história para os mais novos, uma nova versão deste clássico está em cartaz no Teatro Renault, em São Paulo. Com direção de Charles Möeller e Claudio Botelho e produção do Atelier de Cultura em parceria com a M&B, o musical é apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Brasilprev. À frente de 45 atores e 18 músicos, Malu Rodrigues tem o desafio de viver a protagonista eternizada por Julie Andrews no cinema. Gabriel Braga Nunes interpreta o Capitão Von Trapp, herói da resistência à ocupação nazista sob a Áustria. A superstar Larissa Manoela, que viveu a filha mais nova dos Von Trapp

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Reprodução

noviça e um capitão viúvo, pai de sete filhos. Após ganhar oito

“Patrocinar a realização dessa montagem é motivo de muito orgulho para a Brasilprev, que tem como diretriz apoiar projetos culturais e esportivos voltados ao entretenimento de toda a família. A história é um clássico que traz mensagens valiosas e, com certeza, irá encantar o público”, afirma Ângela Beatriz de Assis, (foto) diretora Comercial e de Marketing da seguradora


na versão de 2008, retorna ao elenco no papel de Leisel, filha técnicos e profissionais especializados. mais velha da família austríaca. Marcelo Serrado e Adriana Ga-

“É algo realmente novo, tanto na concepção artística como

rambone vivem o casal Tio Max e Baronesa Von Schrader, no na realização. O mais interessante é observar como a história contraponto entre o conformismo e a resistência e convenções está ainda mais atual e que os valores passados pela Noviça, sociais e o amor. Todos foram selecionados após uma maratona como lealdade, verdade e bondade, são mais necessários do de audições com mais de três mil inscritos.

que nunca. Maria Von Trapp é uma das mulheres mais em-

Tal grandiosidade não fica restrita apenas ao elenco e se poderadas de seu tempo. Ela consegue, sempre com amor e estende por todo o projeto, que conta com cenografia de Da- música, amolecer corações e enfrentar inimigos tão desumavid Harris e figurinos de Simon Wells. Os britânicos Harris e nos embrutecidos pelo nazismo ascendente da época”, observa Wells são colaboradores de Cameron Mackintosh e passaram Charles Möeller. uma temporada no Brasil especialmente para a empreitada.

Criado a partir do livro de memórias de Maria Augusta Tra-

Alguns efeitos especiais inéditos em palcos nacionais, como pp (‘The Trapp Family Singers’), ‘A Noviça Rebelde’ imortalizou projeções e um sofisticado design de som, também marcam definitivamente as canções da dupla Rodgers e Hammerstein, a superprodução.

papas do Teatro Musical. Compostas para o musical de 1959,

Möeller & Botelho, que assinaram uma elogiada montagem canções como ‘The Sound of Music’, ‘Do-Re-Mi’, ‘My Favorite de ‘A Noviça Rebelde’ em 2008, planejaram um trabalho absolu- Things’ e ‘So Long, Farewell’ serão cantadas nas versões em por-

Divulgação

Reprodução

Divulgação

tamente diferente do passado, com uma gama maior de recursos tuguês de Claudio Botelho.

Malu Rodrigues tem o desafio de viver a protagonista eternizada por Julie Andrews no cinema

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PONTO FINAL LEILA NAVARRO

No mundo corporativo é preciso confiar para aprender

E preciso confiar para aprender! Se

simples para as pessoas abrirem mão de

situações que não ofereçam grandes ris-

você está em dia com as tendências do

suas barreiras. Não é tão simples colocar

cos. Conforme você vai repetindo esse

mercado de trabalho, sabe a importância

recursos à disposição do outro e acredi-

comportamento e tem bons resultados,

que o aprendizado contínuo tem para a

tar que ele não se aproveitará disso para

vai se tornando mais e mais confiante.

sua carreira. Você procura atualizar co-

nos prejudicar. Fazer isso é como entre-

Você também é fortalecido pelo efeito-

nhecimentos, desenvolver novas com-

gar munição ao inimigo!

-reflexo da confiança. Porque ao confiar

petências e habilidades, não é? Ótimo!

Compreendo que confiar quanto todo

no outro, você o inspira a confiar em

Só que para isso não basta fazer cursos,

mundo desconfia é como nadar contra a

você também. Cria-se uma relação de re-

especializações e treinamentos.

corrente. Mas é justamente aí que está

ciprocidade que alimenta a confiança em seus relacionamentos.

Você também precisa participar da

o motivo para adotar comportamentos

espiral do aprendizado contínuo de sua

baseados na confiança. Num mundo em

Procure também conhecer melhor

empresa. Isso significa compartilhar o que

que desconfiar é a rega geral, quem confia

seus companheiros de trabalho e permi-

sabe com os colegas e assimilar o que eles

se diferencia. Quem confia se integra me-

ta-se deixar conhecer. Abra-se para com-

sabem. A questão é: você está aberto para

lhor, se mostra mais disposto a colaborar,

partilhar o que sabe e aprender o que não

isso? Como estudiosa comportamental,

mais aberto. E essas atitudes são muito

sabe. Lembre-se de que relacionamentos

eu percebo que essa troca de conheci-

valorizadas pelas empresas. Pense nisso.

de confiança são relacionamentos de tro-

mento e experiências entre profissionais

É claro que não se espera que você se tor-

ca. E com essa troca você também será

é uma questão delicada, pois está ligada

ne altamente confiante de um dia para o

muito enriquecido, com toda certeza.

ao sentimento de confiança. E confiança,

outro. Confiança é um comportamento

infelizmente, é uma raridade no ambiente

que pode ser pra-

competitivo das empresas. Na verdade,

ticado e aprendido

o que reina é a desconfiança. As pessoas

aos poucos, no dia

colocam barreiras na interação com os

a dia.

outros, para preservar o que sabem. Porque para elas a posse de certas in-

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Comece a praticar a confiança

formações e conhecimentos é estratégia

com

na competição por melhores cargos. Nes-

mais próximas e

as

pessoas

se contexto de desconfiança, não é tão

conhecidas, ou em

Leila Navarro é palestrante motivacional, estudiosa comportamental e autora de 15 livros, entre eles, Talento para ser feliz, Talento a prova de crise, Autocoaching de carreira e de vida, O poder da superação. www.leilanavarro.com.br



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