Ano 17 | Número 140 | 2018
Versão online: www.revistaseguradorbrasil.com.br
50+
Mercado de trabalho para público maduro é promissor, porém demonstra um grande desafio. No Brasil, movimento é lento, mas empresas – incluindo seguradoras – começam a testar o mix de gerações, colhendo bons frutos
Juliana Zan, superintendente de Recursos Humanos da Tokio Marine, fala do programa criado para fomentar iniciativas que promovam a diversidade dentro da companhia
Reprodução
Carta ao Leitor Crescimento e pessimismo
O editor
Dados consolidados em estudo do Sincor-SP mostram que as seguradoras aumentaram em 9% seus rendimentos em 2017. Segundo dados do Ranking das Seguradoras, relatório que consolida dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados) e da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), as empresas registraram um faturamento de R$ 144 bilhões. O carro-chefe do mercado, o ramo de Saúde, teve receita de R$ 39,4 bilhões, com variação de, aproximadamente, 10%. Em 2016, o faturamento ficou em pouco mais de R$ 36 bilhões. Os principais ramos de seguros tiveram crescimento superior à inflação. Destacam-se os seguros de Pessoas, que, sistematicamente, nos últimos três ou quatro anos, têm crescido a uma taxa superior ao de outros ramos. No ano passado, as cifras ficaram em pouco mais de R$ 38 bilhões em faturamento. Separado por ramos, o Automóvel (sem considerar o seguro DPVAT), teve um faturamento total de R$ 34,7 bilhões, com aumento de quase 7% em relação ao mesmo período do ano anterior. No ramo Patrimonial, a receita total foi de quase R$ 14 bilhões, com alta de 5%. Em Riscos Financeiros, a receita foi de quase R$ 4 bilhões, com variação expressiva em relação aos valores de 2016, quando o faturamento ficou em R$ 3 bilhões. Já no ramo de Transportes, a receita foi de R$ 3,1 bilhões, com alta de 4%. O seguro obrigatório DPVAT, que sofreu redução pelo governo, registrou faturamento bruto de R$ 5,9 bilhões, com uma queda de 32% em relação ao ano anterior. Já a Fenacor divulgou recentemente nova pesquisa do ICSS, que apura o grau de confiança de corretores, seguradores e resseguradores. Segundo o consultor Francisco Galiza, responsável pelo estudo, em junho de 2018, pelo segundo mês seguido, o setor de seguros continuou pessimista em termos econômicos. “Esse resultado ainda é reflexo de um mês de maio muito ruim (greve dos caminhoneiros, subida do dólar, guerra comercial internacional, incerteza eleitoral etc)”, comenta Galiza. Ele acrescenta que, de um modo geral, as empresas continuam preocupadas. “Mesmo o segmento progredindo em seus aspectos internos e organizacionais, os fatores externos estão prevalecendo”, observa.
3
Fotos Arquivo SB
Sumário Desafio O mercado de trabalho para o público 50+ é promissor, porém relutante. Trata-se de uma tendência mundial, mas no Brasil a maioria prefere jovens a profissionais maduros na hora da contratação. Mas agora, especialistas afirmam que, na esteira do envelhecimento da população, essa visão começa a mudar. Matéria Especial Capa – Págs. 6 a 11.
Proativo SEGURADOR BRASIL ouviu o presidente do maior sindicato das seguradoras do país, Mauro César Batista, um dos mais expressivos e atuantes profissionais do setor brasileiro de seguros, com uma visão institucional bastante forte: “Queremos estar atentos para todas as oportunidades para interagir com o nosso sistema, com a sociedade e o Estado de uma forma geral. O seguro precisa disso, por ser uma instituição do bem, que tem que se reinventar a cada dia”. Págs. 12 a 14
Futuro O Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada incluiu em sua pauta de debates duas questões principais que interessam de perto não apenas ao mercado de seguros, mas a toda a sociedade: o cenário econômico atual e suas fragilidades e os desafios a serem enfrentados pelo novo governo. “O Brasil tem grande potencial e não está condenado à sina de baixo crescimento econômico. Temos um mercado segurador sólido, que pode contribuir na construção de um País melhor”, disse Edson Franco, presidente da FenaPrevi. Págs. 16 e 17
SEU TEMP O Barômetro de Férias, pesquisa anual e global, revela que 68% dos brasileiros já possuem planos para as férias até setembro, 2% a mais que em 2017. Entre os pesquisados, 51% afirmaram que planejam as viagens com mais de quatro meses de antecedência, e permanecem mais tempo em férias que os demais cidadãos dos outros países, uma média de 15 dias contra 12 na Europa. Pág. 28 4
INFLUENCIADORES
Seja mais que um
CORRETOR Seja um Influenciador PASI
PROMOVER O BEM PODE TE RENDER MUITO MAIS! 4000-1989 www.pasi.com.br | www.portalpasi.com.br Descubra como ser um Influenciador PASI Produto registrado na SUSEP sob nº 15414.003220/2010-81 e sob responsabilidade da Metropolitan Life Seguros e Previdência Privada S.A., código SUSEP 0635-1, CNPJ 02.102.498/0001-29. O registro deste plano na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação a sua comercialização.
Capa
Mercado de trabalho para o público 50+
Freepik
Relutante. Mas promissor
Produção editorial João Carlos Labruna Como as organizações lidam com a longevidade das pessoas na força de trabalho? O mercado - diante do impacto demográfico - é promissor, porém demonstra um grande desafio. Trata-se de uma tendência mundial, mas no Brasil o movimento de empresas buscando incluir - tanto contratar quanto manter e atualizar - os profissionais 50+ segue de forma lenta. A maioria prefere jovens a profissionais maduros na hora da contratação. Até o início dos anos 2000, existia certo tabu em relação à contratação de pessoas com mais de 40 anos. Mas agora, especialistas afirmam que, na esteira do envelhecimento da po6
pulação, essa visão começa a mudar. Algumas companhias já começam a pensar nisso e a testar o mix de gerações, colhendo bons frutos. O reconhecimento de que os mais velhos têm habilidades que os diferenciam dos demais – como melhor trato com clientes e menores taxas de absenteísmo e rotatividade – tem contribuído para a contratação da mão de obra com mais de 50 anos. A seguradora Tokio Marine (ver páginas 10 e 11), o grupo DPSP (que controla as drogarias Pacheco e São Paulo), a companhia aérea Gol e a prestadora de serviços Telehelp são exemplos de empresas que implantaram programas para a contratação de profissionais com mais de 50 anos.
Essas iniciativas têm em comum tanto o foco em uma faixa etária mais avançada quanto o fato de serem muito recentes. Todas foram lançadas em 2017 e marcam o início de uma mudança de mentalidade das empresas em relação aos maduros. Também recente, a Totvs, desenvolvedora de software, onde 70% dos colaboradores são da geração “Y” (média de idade de 28 anos), lançou o programa de contratação Geração Sênior. Outra companhia, a administradora de consórcios Embracon, o programa Embracon 50+, com o objetivo de estimular a contratação desses profissionais para as áreas de estatística, gerências de grupos e comercial e consultoria de vendas.
As organizações estão preparadas para lidar com os impactos demográficos na força de trabalho?
Fotos: Divulgação
Vanessa Cepello (esquerda) alerta: empresas têm baixo grau de adoção de práticas voltadas aos profissionais mais velhos Katia Ikeda adverte: companhias precisam contar com programas estruturados, tendo em vista a qualidade de vida A maioria das empresas no Brasil ainda prefere contratar jovens ao se depararem com profissionais com 50 anos ou mais de idade nas mesmas condições técnicas. Mas, comparando ao entendimento que tinham há cinco anos, têm melhora na percepção positiva com relação a esses profissionais. Realizada pelo Núcleo de Estudos em Organizações e Pessoas da Escola de Administração Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP) e Aging Free Fair, plataforma dedicada ao tema longevidade, entre fevereiro e março deste ano com apoio da Brasilprev e da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), a pesquisa ouviu 140 empresas e teve três objetivos. O primeiro foi identificar as percepções dos gestores com relação aos profissionais com 50 anos ou mais de idade. O segundo, apontar como estão se posicionando estrategicamente em relação ao envelhecimento da força de trabalho no país. O terceiro propósito foi analisar a evolução, entre as
organizações, da visão e práticas de gestão em relação ao estudo anterior, feito em 2013, com o mesmo público-alvo. Das companhias ouvidas, a maioria (72,14%) é brasileira; capital fechado (77,86%), com origem do capital nacional (64%). Entre os setores de atuação, destaque para serviços e saúde, 35,71% e 10,71%, respectivamente. Mas cerca de 20% afirmaram atuar em setores diversos não especificados. Praticamente a metade delas (48,57%) possui receita bruta anual de R$ 99 milhões, 16,43% entre R$ 100 e R$ 299 milhões e 20,72% acima de R$ 1 bilhão. Com relação aos respondentes, 62,86% possuem 46 anos ou mais de idade e a maioria ocupa cargos de gestão, entre gerentes (39,29%), diretores (25,71%), sócios (12,14%) e vice-presidentes (3,57%).
Organizações e Pessoas da FGV, Vanessa Cepellos, entre os profissionais que participaram da pesquisa, grande parte possui uma percepção positiva em relação aos colegas de trabalho com 50 anos ou mais, com média de 4,03, na metodologia que vai de 1 a 6, na qual 1 significa “discordo completamente” e 6 representa “concordo totalmente”. Ela explica: “Essas percepções estão associadas, principalmente, à fidelidade a empresa (95%), comprometimento no trabalho (89%) e maior equilíbrio emocional em comparação aos jovens (88%). Em contrapartida, os pontos negativos estão associados à falta de criatividade (31%), de má adaptação às novas tecnologias introduzidas (31%) e por esses profissionais sêniores serem responsáveis pelos custos maiores com planos odontológicos e de saúde (30%)”. Baixa adoção de práticas Vanessa Cepellos alerta ainda voltadas aos mais velhos para o fato de as empresas particiSegundo análise da autora do es- pantes terem baixo grau de adoção tudo, a professora e pesquisadora de de práticas voltadas aos profissionais Continua >
7
mais velhos. “A adoção está bem abaixo da média”, diz. “A única prática de gestão direcionada a esse público diz respeito à possibilidade de prestarem serviço mais flexível às companhias após a aposentadoria (45%). Além disso, muitas ações não fazem parte do repertório das companhias, como: planos de carreira para os mais velhos, programa de preparação para aposentadoria e modelos de carreira diferenciados para os já aposentados ou em vias de se aposentar, como por exemplo, deixar uma posição gerencial para se dedicar a projetos e atividades consultivas”. Ela chama atenção, ainda, para uma contradição: “Em comparação à pesquisa de 2013, nota-se a melhora da percepção dos gestores com relação às
pessoas com 50 anos ou mais. Porém, números denotam o envelhecimento diminuiu o grau de adoção de práticas da força de trabalho no país, um fenômeno que só vai se intensificar”, diz de gestão voltadas a esse público”. Katia Ikeda. E ela adverte: “Se hoje as comAdvertência panhias contam com a interação de A superintendente de Pessoas e Processos da Brasilprev, Katia Ikeda, diferentes gerações no ambiente de fala da importância e da necessidade trabalho e fomentam a diversidade, de as empresas incluírem os mais ve- inclusive etária, precisam contar lhos nas equipes, principalmente num com programas estruturados não cenário de aumento da longevidade só para lidar com profissionais mais da população pelo qual o Brasil passa. velhos, mas também, e principalDe acordo com dados de dezem- mente, ajudá-los a ter qualidade de bro de 2017 do IBGE, a expectativa vida, do ponto de vista financeiro, de vida do brasileiro é de 75,8 anos. no período pós-laboral. E isso não Some-se a isso o fato de a população significa que pararão de trabalhar; ocupada com mais de 50 anos ter au- mas que poderão dedicar-se ao inímentado mais de 38% entre dezem- cio de novos projetos de vida num bro de 2006 e fevereiro de 2016, che- momento em que gerações anteriogando a 5,9 milhões de pessoas. “Os res literalmente paravam”.
Envelhecimento da força de trabalho: uma pauta mundial De acordo com relatório sobre emprego nos Estados Em setembro do ano passado, cerca de 50 países que faUnidos, divulgado no primeiro trimestre de 2017, pra- zem parte da Comissão Econômica das Nações Unidas ticamente 19% das pessoas acima de 65 anos estavam para a Europa (Unece) tornaram-se signatários da Detrabalhando pelo menos meio período no período. A claração de Lisboa, na qual comprometeram-se a desenvolver estratégias que valorizem proporção emprego/população a experiência das pessoas mais nessa faixa etária naquele país só foi tão alta na década de 1960, anNos EUA, os mais velhos velhas, bem como a promoverem tes de os aposentados americanos estão trabalhando mais esquemas flexíveis de reforma que conquistarem benefícios melholhes permitam permanecer mais enquanto os que têm res de assistência médica e Segutempo no mercado de trabalho. abaixo de 65, menos. No Na Declaração, os países recoridade Social. Continente europeu, o nhecem que as políticas relacioÀ época de divulgação do documento, 32% das pessoas com nadas com o envelhecimento são cenário não é diferente idade entre 65 e 69 anos tinham uma “responsabilidade partilhada um emprego e mesmo depois dos 70 não queriam ou e devem envolver os governos, o setor privado, os parnão podiam se aposentar, e 18% entre 70 e 74 ainda ceiros sociais, a comunidade científica e, em particular, as organizações não-governamentais de e para idosos”. estavam na ativa. Nos EUA, os mais velhos estão trabalhando mais enquanto os que têm abaixo de 65, menos, de acordo com A SEGUIR: projeções do Escritório de Estatísticas dos Estados UniCresce busca de vagas. Muitos partem para o dos (BLS na sigla em inglês). empreendedorismo No Continente europeu, o cenário não é diferente. 8
9
Cresce busca de vagas. Muitos partem para o empreendedorismo Os efeitos da transformação demográfica que fará com que em menos de uma década o Brasil deixe de ser um país predominantemente jovem já despontam no mercado de trabalho. Segundo pesquisa do Datafolha que mapeou as características dos idosos em todo o país, a fatia de brasileiros com 60 anos ou mais empregados ou em busca de vaga passou de 20% para 26% do total entre 2007 e 2017. No mercado formal, a parcela de profissionais de 50 a 64 anos saltou de 10,5% para 16,5% do total, segundo a Rais (Relação Anual de Informações Sociais). No mesmo período, a fatia que mais encolheu foi a de jovens de 18 a 24 anos, de 19% para 13,8%. O número ainda relativamente baixo de posições para
profissionais mais velhos tem levado muitos a buscar o caminho do negócio próprio. É entre as faixas mais maduras que o empreendedorismo mais cresce no país. De acordo com dados do IBGE, o número de empreeendedores brasileiros de 50 a 59 anos saltou de 3,5 milhões em 2002 para 5,5 milhões em 2014. O aumento de 57% foi o maior entre as setes faixas etárias pesquisadas. Colocado em segundo lugar veio o crescimento de 56% entre as pessoas de 60 anos ou mais. Dados mais recentes do Sebrae indicam que essa tendência continua. Em 2012, a fatia de novos empreendedores com mais de 55 anos era de 7% do total. Em 2016, essa parcela atingiu 10%, maior nível da série.
Freepik
Diversidade em seguradora torna o negócio mais rentável “Postura serena acaba sendo contagiante!”, diz superintendente de RH
10
“O ‘Toque de Vivência’ foi um programa criado dentro do ‘Tokio com Todos’, guarda-chuva que desenvolvemos para fomentar iniciativas que promovam a diversidade dentro da Companhia. Graças a ele, contratamos sete profissionais com 50 anos ou mais para vagas de atendimento em nossos calls centers, e tivemos experiências tão positivas que optamos por inserir essas contratações em todos os nossos processos seletivos – ou seja, não precisamos mais fazer um programa específico para estimular essas contratações, pois já acontecem de forma mais natural”. A declaração é de Juliana Zan, superintendente de Recursos Humanos da Tokio Marine. Nos postos de trabalho, o atendimento é junto a clientes e corretores para esclarecer dúvidas e executar solicitações. Segundo Juliana, esses profissionais têm muito a oferecer,” tanto no sentido de manter o clima leve dentro da Companhia quanto no de criarem relacionamentos de confiança com os clientes, já que a experiência desses colaboradores sêniores traz consigo uma postura serena que acaba sendo contagiante!”
Divulgação
Outros números também destacam-se: • A seguradora quase triplicou o número de contratados com mais de 50 anos, após o lançamento do ‘Toque de Vivência’ (em 2017); • Após o lançamento do ‘Toque de Vivência’, a companhia cresceu 270% a quantidade de contratados com mais de 50 anos; • Nos últimos três anos, aumentou em 45% a quantidade de contratados com mais de 50 anos.
“Atualmente contamos com 1.830 colaboradores – 10% do quadro tem mais de 50 anos. Uma representatividade que aumenta e que queremos ampliar cada vez mais, pois acreditamos que essa diversidade torna o nosso negócio mais rentável” Juliana Zan, superintendente de RH
Aplicativo Trânsito+gentil: seu cliente pode ganhar prêmios e desconto de até 35% no seguro auto. Faça como o Guga e espalhe gentileza por aí.
Chegou o Aplicativo Trânsito+gentil, que mostra o desempenho do seu cliente no trânsito, como aceleração, velocidade, frenagem e curvas. E ainda dá pontos que valem prêmios e desconto no seguro auto, podendo chegar até 35% de desconto¹ para quem tem entre 18 e 24 anos. Ele vai transformar o seu cliente em uma pessoa ainda mais queridona no trânsito. Todo mundo pode baixar e usar. Para mais informações, consulte seu Gerente Comercial ou acesse transitomaisgentil.com.br. Dirigibilidade
Dicas
Prêmios
Descontos
Dúvidas e reclamações, envie um e-mail para apptransito.maisgentil@portoseguro.com.br. Aplicativo disponível para uso de segurados e não segurados auto. Para o registro das viagens, a funcionalidade de geolocalização precisa estar ativada no celular. 1 – O desconto de até 35% poderá ser concedido apenas para segurados de 18 a 24 anos, válido para o principal condutor. Consulte os descontos disponíveis e a região de abrangência no site transitomaisgentil.com.br. Para o desconto ser válido, é necessário realizar, no mínimo, 20 (vinte) viagens até o momento da contratação ou renovação do seguro. “Concurso Trânsito+gentil”, Certificado de Autorização SEAE n.o 03.000405/2018; para regras de participação e elegibilidade, consulte transitomaisgentil.com.br. Automóvel – CNPJ: 61.198.164/0001-60. Processo Susep: 15414.100233/2004-59. Valor de Mercado e Valor Determinado. O registro deste plano na Susep não implica, por parte da autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização. 333-PORTO (333-76786 – Grande São Paulo e Rio de Janeiro) | 4004-PORTO (4004-76786 – capitais e grandes centros) | 0800 727 0800 (demais localidades) | 0800 727 2766 (SAC – atendimento e reclamações) | 0800 727 8736 (atendimento exclusivo para deficientes auditivos) | 0800 727 1184 ou (11) 3366-3184 (Ouvidoria). Porto Seguro Cia. de Seguros Gerais: Av. Rio Branco, 1.489; Rua Guaianases, 1.238 – Campos Elíseos – CEP 01205-001 São Paulo/SP – www.portoseguro.com.br.
Entrevista
Mauro César Batista
Uma forte visão institucional do seguro Proativo, o Sindseg SP tem por meta garantir os direitos do segurador, agir como legítimo defensor em sua rede de relacionamento (empresas, agentes e consumidores), colaborar com o Poder Público e contribuir para a expansão do mercado. No quarto mandato, SEGURADOR BRASIL ouviu o presidente do maior sindicato das seguradoras do país, Mauro César Batista, um dos mais expressivos e atuantes profissionais do setor
SEGURADOR
BRASIL - Quais as
características que um dirigente do segmento segurador necessita para se
diretor da antiga Fenaseg. É a instituição
manter à frente do Sindseg SP por tan-
que antecedeu a CNseg e que continua
tos mandatos?
num novo formato e que mantém o vín-
MAURO CÉSAR BATISTA - Estou no
culo institucional legal com os sindicatos
quarto mandato no Sindseg SP. Embo-
das seguradoras, sendo, portanto, o bra-
ra pareça pouco comum, não é o único
ço sindical do sistema segurador. Passei
caso no setor: há sindicatos de segura-
três mandatos na diretoria da Fenaseg, na
doras que tiveram grandes líderes, como
época em que o João Elísio presidiu a Fe-
Miguel Junqueira, João Possiede (ainda
deração. Isso tudo é aquilo da vida huma-
presidindo o Sindseg PR) e Alberto Con-
na que vai trazendo conquistas, vitórias,
tinentino, que passaram de seis, sete, e
bem-estar e, às vezes, um pouco de abor-
até mais mandatos. Isso quem decide são
recimentos, visto que o aborrecimento é
as lideranças do segmento, que obvia-
pertinente à vida humana.
mente apóiam ou não. Mas acho funda-
Quando o lado positivo supera - e
mental que a pessoa tem de gostar desse
tem que superar muito o lado negativo -,
trabalho institucional. Se não tiver pra-
vem o entusiasmo e você tem prazer em
zer, uma visão institucional, em prol de
fazer. E é isso que temos feito no Sindi-
todos, acho que está fadada ao insucesso
cato das Seguradoras, Resseguradoras,
e aborrecimentos.
Previdência e Capitalização do Estado de
Cheguei ao Sindicato por gostar
12
Divulgação
brasileiro de seguros.
São Paulo.
disso. Comecei a atuar nessa área insti-
Outra passagem institucional forte
tucional quando, ainda presidindo a se-
em minha carreira, à qual me entreguei
guradora Roma, fui convidado para ser
muito, foi na ANSP, a Academia Nacio-
“Estamos sempre preocupados em mostrar ao Estado brasileiro e à sociedade em geral toda a positividade do seguro. Para isso, estamos sempre em busca de novos projetos” nal de Seguros e Previdência. Fui presidente da Academia por 15 anos, sendo antes, como diretor, um fiel parceiro de um grande líder que transformou a instituição. Estou falando do saudoso Manoel Sebastião Soares Póvoas. Ele é muito reconhecido em nosso meio, por ter sido um grande líder, uma pessoa muito comedida, muito determinada e muito sábia. Ele teve a ideia de transformar a Aca-
demia, a convite do fundador da institui- um ano como diretor da Vera Cruz, vol- sempre dentro do setor de seguros. O ção, Fernando Silveira, numa instituição tando à Roma em 1994, onde acabei pre- fato é que a razão da dedicação é a minha altamente comprometida com as raízes sidente da seguradora, permanecendo até disposição. Sempre fui uma pessoa muito acadêmicas. E me levou nessa caminhada. 2008, quando a companhia foi vendida disposta, muito comprometida, sem neFui presidente da ANSP até o ano passado para a Mapfre, que já havia comprado a nhum desatino de levantar de madrugae acho que ali ficou muito marcada essa Vera Cruz. Na Mapfre, fiquei dois anos da, e ir dormir de madrugada. Dentro de minha ideia de trabalhar o institucional, como vice-presidente executivo e, ao uma certa normalidade, sempre consegui contribuir para o desenvolvimento do completar 60 anos, fui para o Conselho de cumprir a contento meus compromissos, seguro, passar a ter uma visão institucio- Administração. Estou ligado à Mapfre até com muita disciplina, consigo participar nal do seguro muito forte, comprometida hoje, participando de um dos Conselhos das coisas. Hoje a era digital facilita muito com cidadania, ética, transparência.
do grupo segurador BB Mapfre.
a vida de todos nós e oferece um suporte
Também presidi o Cesvi, um grande grande para essa interação. SEGURADOR BRASIL - Antes de enve- laboratório do setor automobilístico e redar pela área institucional, como foi
SEGURADOR BRASIL - O Sindseg SP
sua trajetória profissional?
está sempre em busca de novos projetos.
MAURO CÉSAR BATISTA - Nasci em Minas Gerais, mas me considero goiano, pois fui para Goiás ainda bebê. Concluí meu curso universitário em Brasília, na antiga Universidade do Distrito Federal. Meu primeiro vínculo de emprego foi em uma empresa da minha família que estava se desenvolvendo muito. Era uma fábrica de borracha para recuperação e comercialização de pneus. Tornei-me diretor da empresa aos 23 anos e fiquei na
O ser humano está estendendo sua caminhada terrena e precisa cada vez mais de proteção, apoio naquilo em que o Estado brasileiro não tem capacidade para suportar
mesma até 1977, quando fui convidado
Fale um pouco sobre isso. MAURO CÉSAR BATISTA - Falando especificamente do Sindseg SP, trata-se do maior sindicato das seguradoras do país. Somos um sindicato muito proativo. Não esperamos as demandas aportarem em nossas portas para reagir. O sindicato está sempre buscando oportunidades para agir, além obviamente de ter reação imediata quando as demandas chegam. Estamos sempre preocupados em mostrar ao Estado brasileiro e à sociedade
por um ex-presidente do Banco do Esta- segurança viária. Atualmente, desempe- em geral toda a positividade do seguro. do de Goiás (BEG), Wagner de Barros, nho algumas funções além de presidir o Para isso, estamos sempre em busca de que tinha sido colega na Escola Nacional Sindseg SP. Sou membro do Conselho de novos projetos. O último, que tem tudo de Direito, no Rio, de Leonídio Ribeiro Administração da Funenseg, membro do a ver com a sociedade que precisa desenFilho, então presidente da SulAmérica, Conselho Superior da CNseg. Presidente volver-se, é o “Vida Segura”, um projeto que o convidou para ser diretor da segu- do Conselho Superior da ANSP, membro educacional, desenvolvido por meio de radora em Brasília e Goiás. Wagner me do Conselho de Administração da Brasil uma parceria firmada com o Sincor-SP e levou para trabalhar com ele.
Insurance. Também faço parte dos Con- com a Secretaria de Educação do Estado
Fiquei na SulAmérica até 1988 selhos do Cedat; e do Instituto São Paulo de São Paulo. quando, a convite de um grande ícone contra a Violência. No passado, depois do nosso setor, Mário Petrelli, fui para da criação das federações, fui diretor da SEGURADOR BRASIL - O Governo de o projeto de uma nova seguradora que Fenseg e conselheiro da Seguradora Líder São Paulo tem sido um aliado frequente surgia, que ele chamava de seguradora DPVAT. Enfim, tenho uma vasta folha de do Sindseg SP. Comente essa parceria. do “plimplim”. Era a seguradora Roma, serviços dedicados ao setor de seguros.
MAURO CÉSAR BATISTA - Temos bus-
das Organizações Roberto Marinho, que
cado ter uma relação contributiva com o
tinha parceria societária e operacional SEGURADOR BRASIL - São muitas Governo, principalmente na área de secom a antiga Vera Cruz, da Moinhos ocupações. E o senhor consegue dar gurança pública, com o combate ao crime Santista. Fui para desenvolver um proje- conta de tudo? to denominado “Afiliadas”.
organizado. Uma das grandes conquistas
MAURO CÉSAR BATISTA - As minhas do Sindseg SP nos últimos anos foi ter
O tal projeto não vingou e eu passei demandas estão ligadas entre si. Estou trabalhado em parceria com o Governo;
13
e diretamente com a Secretaria de Segu- do nosso setor, com posição estratégica Passamos a conviver com diversos fatores rança Pública, no desenvolvimento da Lei em São Paulo. O fato do grande contin- que implicam em reação dos seguradores, do Desmonte. Hoje existe uma lei federal gente do seguro estar aqui, provoca um como, por exemplo, a longevidade. nessa área, mas São Paulo saiu na frente permanente vai e vem de pessoas dentro O ser humano está estendendo sua camicom uma lei estadual. O sindicato tem do sindicato, sempre a serviço das fede- nhada terrena e precisa cada vez mais de tudo a ver com isso. Fomos muito parti- rações e das seguradoras e resseguradoras proteção, apoio naquilo em que o Estado cipativos e conquistamos a confiança do associadas. Damos apoio a tudo isso, in- brasileiro não tem capacidade para suGoverno paulista. O Sindseg SP quer a teragindo, facilitando e colaborando com portar, como a própria Previdência Socada dia buscar novos horizontes nessa todos. Queremos estar atentos a todas cial. Como na saúde, uma vez que a saúde linha. O principal objetivo do Sindseg SP oportunidades para interagir com o nos- pública é ineficaz e insuficiente e a popué demonstrar a positividade do seguro e so sistema, com a sociedade e o Estado de lação precisa de apoio para viver com um mínimo de qualidade.
isso tem de ser de todas as formas possí- uma forma geral. veis e viáveis.
O seguro precisa disso, por ser uma
Os riscos que aportam a cada dia,
instituição do bem, que tem que se rein- dado o desenvolvimento tecnológico, SEGURADOR BRASIL - Qual é a im- ventar a cada dia. A evolução da socieda- como os riscos cibernéticos e ambienportância institucional do Sindseg SP de de forma geral passa por se reinventar tais. O segurador tem desafios a toda em relação ao sistema segurador?
sempre. Vivenciamos a cada dia o desen- hora e necessita do apoio institucional
MAURO CÉSAR BATISTA - O Sindseg volvimento de novas tecnologias de pon- de suas organizações, e o Sindseg-SP SP tornou-se uma caixa de ressonância ta, que agregam valores a todo o sistema. está para isso.
A GRANDE JORNADA PELO MUNDO DOS SEGUROS Patrocinadores: Escola Nacional de Seguros, Sincor-SP, Bradesco Seguros, HDI, Icatu, Porto Seguro, Tokio Marine, Sompo Seguros, Sindseg-SP
Toda segunda-feira, das 7hs às 8hs Apresentação – Pedro Barbato Filho Rádio Imprensa FM 102,5 O programa pode ser ouvido em tempo real, pelo portal www.pbfproducoes.com.br
Sites para Corretores de Seguros SITES RESPONSIVOS
«Jesus Cristo, fonte de alegria -
Abre em todos os tamanhos de tela, inclusive Smartphone, Notebook, Tablet, etc.
Aqui na NetArts, basta escolher o pacote de Site que melhor lhe atende e o resto é conosco. Venha ser nosso cliente, faça com quem te entende!
Acesse agora: www.netarts.com.br Ou ligue: 21 9.8171-6735
Futuro do Setor de Seguros
Reprodução
A necessidade de “conhecer bem o cliente” Marco Antunes: tecnologia e risco são integrados
Uma série de casos do dia a dia sobre a importância de conhecer bem o cliente para fazer uma oferta assertiva e, assim, ampliar a base atual, além de estar preparado para conquistar os jovens conectados que ingressam no mercado de consumo. “O dia a dia nos mostra que o consumidor valoriza seguradoras que criam novos produtos e reduzem o período entre a cotação e a contratação do serviço. Os jovens odeiam perder tempo com burocracia e desistem se o processo de compra ultrapassa minutos”, disse Tony Almeida, presidente da Wipro Technologies - no painel “O futuro do setor de seguros” -, uma das palestras da Trilha de Seguros realizada no CIAB Febraban 2018, realizado em São Paulo. Todas as discussões destacaram a necessidade de “conhecer bem o cliente”. O debate foi conduzido por Marco Antunes, vice-presidente de Operações e Tecnologia da SulAmérica, e moderado por Alexan-
dre Leal, diretor Técnico da CNSeg. Antunes contou aos presentes que muito já foi feito no backoffice das companhias e, desde o ano passado, boa parte dos projetos já chegaram ao consumidor final, como é o caso dos reembolsos digitais, abertura de pedido de serviços via smartphone e atendimento por robôs via facebook e aplicativos. “O problema é que ninguém celebra a compra de um seguro, seja qual for ele. Já quando se compra um carro, todo mundo posta foto com aquele sorriso de felicidade”, comentou. Ciente disso, a estratégia das companhias é se relacionar com o cliente no dia a dia e não apenas no sinistro, com programas de qualidade de vida e de prevenção de riscos, oferta de benefícios diferenciados e aposta na agilidade do atendimento de pedidos de indenizações, enumera. Segundo ele, essas novas soluções dependem da tecnologia. “Tecnologia
e risco hoje são integrados. Um não existe sem o outro”, disse Antunes. Alexandre Leal, da CNseg, indagou os participantes sobre como as seguradoras podem conviver com sistemas legados, que são os sistemas de informática antigos, mas ainda em funcionamento, transformando dados não estruturados em estruturados. Marco Antunes afirmou que a convivência de sistemas legados com sistemas abertos tem sido o desafio da SulAmérica no último ano. “Um projeto que antes a gente levava três anos para executar, hoje não pode passar de seis meses”, calculou. Ele também afirmou que não acredita em uma empresa 100% digital e tem a firme convicção de que os corretores ganham um papel ainda mais importante para aconselhar os consumidores a escolherem as melhores propostas, além de trazerem para as companhias as necessidades de seus clientes, que eles bem conhecem. O executivo da CNseg finalizou o painel afirmando que e a discussão trouxe muitos aspectos interessantes de controle de custos, crescimento de receitas e a importância de haver canais de atendimento para as cinco gerações de clientes que as companhias têm de atender hoje em dia. “A cadeia de valor do seguro tem muitos desafios e todos nós estamos envolvidos nesta jornada”, disse. Fonte - CNseg 15
Desafios
Fórum da FenaPrevi discute propostas para melhorar o futuro das pessoas Fotos Arquivo SB
Com foco em economia e novo governo, evento expõe capacidade do setor de seguros e previdência de suprir as lacunas de proteção social da população
Edson Franco: mercado sólido A nona edição do Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada, realizado pela FenaPrevi em São Paulo, incluiu em sua pauta de debates duas questões principais que interessam de perto não apenas ao mercado de seguros, mas a toda a sociedade: o cenário econômico atual e suas fragilidades e os desafios a serem enfrentados pelo novo governo. “O Brasil tem grande potencial e não está condenado à sina de baixo crescimento econômico. Temos um 16
mercado segurador sólido, que pode contribuir na construção de um País melhor”, disse Edson Franco, presidente da FenaPrevi. Marcelo Picanço, diretor Geral da Porto Seguro, destacou que a essência dos debates do Fórum foi discutir propostas para melhorar o futuro das pessoas. “Tem uma natureza nobre”, reforçou. O presidente do Sindicato das Seguradoras de São Paulo (Sindseg-SP), Mauro Batista, acrescentou que a longevidade e o rápido envelhecimento da população trazem desafios ao Brasil que os seguros de pessoas e os planos de previdência privada podem ajudar a superar. “A CNseg e suas Federações estão alinhadas no propósito de fazer o seguro ser reconhecido como instrumento insubstituível de política macroeconômica para a ampliação da proteção às empresas e à população”, afirmou o vice-presidente da CNseg, Jayme Garfinkel. Já o presidente da Escola Nacional de Seguros, Robert Bittar, elencou os números positivos dos seguros de pessoas. “O principal aspecto desse resultado é a inserção social”, disse. “Perdemos o bonde da história” Antes de entrar na crise econômica que hoje vivemos, o Brasil comemorava a melhoria de diversos indi-
cadores sociais, como a redução da desigualdade, o aumento de renda e emprego, mobilidade social etc. Mas, além de muitas dessas conquistas não terem resistido à crise, o que parecia ser mérito do País, era, na verdade, uma onda de crescimento mundial nos últimos 24 anos, até 2015, que muitos outros países emergentes, como China, Índia e Indonésia, souberam aproveitar bem mais. Este esclarecimento foi prestado pelo economista Marcos Lisboa, diretor do Insper (instituição de ensino e pesquisa sem fins lucrativos). “O nosso desenvolvimento social, ao contrário do que se diz, não dependeu de nenhuma política social”, disse. Para ele, o fato de o Brasil crescer bem menos que os outros países significa que tem algo de errado, até porque, o mundo todo melhorou nessas mais de duas décadas. “Crescemos menos que os emergentes. Desperdiçamos a oportunidade”, ressaltou. Revolução tecnológica Nos planos de coberturas de risco, tendências internacionais indicam que não há alterações significativas nas taxas de mortalidade e que a expectativa de vida não irá diminuir. Mas, fora essas duas questões, todo o resto nesse segmento está mudando significativamente com a aplicação de novas tecnologias. Chris Madsen, CEO da Aegon Blue Square Re N. V., trouxe exemplos da revolução que as insurtechs e tecnologias como data e analytics, blockchain e outras estão provocando nos planos de coberturas de riscos. Com todos os dados gerados, a tendência, segundo ele, é o tratamento personalizado, a exemplo do que faz a Amazon, quando recomenda produtos, ou o Google, que recomenda conteúdo. “Temos visto startups focadas em
Robert Bittar: inserção social ajudar o órgão regulador”, disse o mediador do painel, Luciano Snel, presidente da Icatu Seguros. César Neves, coordenador geral de Monitoramento de Conduta da Susep, confirmou que a autarquia criou um grupo de trabalho nessa área. “Sou atuário e vejo que a minha profissão irá mudar”, disse. Para Caio Henrique Cunha, diretor Institucional do Rumo Consultório Financeiro, o seguro está deixando de ser intangível. “Estamos tangibilizando o seguro por meio de aplicativos”, afirmou. Experiências da OCDE Jessica Mosher, analista de Políticas na Unidade de Previdência Privada da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), informou que a recomendação aos países membros em relação ao regime de previdência é diversificar as fontes de financiamento. “Os planos devem complementar o sistema público”, disse. Segundo ela, essa diversificação pode ser realizada por meio de vários tipos de planos, como os não contributários e os de contribuição definida. Segundo Jessica, muitos países apresentam uma combinação de planos de previdência para reduzir a pobreza e melhorar a distribuição de renda. “O ideal é constituir um sistema em que público e privado se
complementem”, afirmou. Jorge Pohlmann Nasser, diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência, observou que um dos pontos em comum dos países da OCDE é o aumento da expectativa de vida. “Hoje, temos menos pessoas entrando no mercado de trabalho e mais pessoas vivendo mais. Não existe milagre”, ressaltou. José Cechin, diretor Executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) e ex-ministro da Previdência, afirmou que algumas opções apresentadas pela palestrante Jessica Mosher já foram aplicadas no Brasil, mas descontinuadas após a troca de governos. “A reforma é inadiável. Será que caminhamos para um pilar capitalizado?”, indagou. Priscila Grecov, secretária adjunta de Política Microeconômica do Ministério da Fazenda, se referiu ao modelo da complementariedade, apresentado por Jessica, como o ideal. “Temos de aproximar a pública da privada”, disse. Reforma da previdência Em sua manifestação no painel que abordou os desafios econômicos do novo governo, o presidente da Fundação Perseu Abramo, Marcio Pochmann, vinculado ao Partido dos
Trabalhadores, falou sobre a necessidade de reverter a polarização no País para, somente então, implementar programas realistas na eleição. “O Brasil tem perdido posições no PIB mundial. Não é possível pensar em trabalho sem que o País esteja capitalizado”, ressaltou. Sobre ajuste fiscal, Gustavo H. B. Franco, sócio da Rio Bravo Investimentos e assessor econômico do Partido Novo, respondeu que o problema sempre é resolvido a custa da penalização do consumidor. “O desafio é fazer diferente”, concluiu. Hélio Zylberstajn, professor da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (FEA/USP) e coordenador do Projeto Salariômetro da Fipe, encerrou o último painel com a apresentação de uma proposta para reforma paramétrica do atual sistema de previdência, e a criação de um sistema para novos trabalhadores, baseado em quatro pilares, visando, entre várias medidas, garantir um teto para um benefício mínimo universal, além de utilização dos recursos do FGTS para acelerar a formação de reservas do trabalhador, em regime de capitalização em contas individualizadas.
Jayme Garfinkel: instrumento insubstituível
Ponto de Vista | ANTONIO PENTEADO MENDONÇA
A importância do Corretor de Seguros Quem é o corretor de seguros? Entre as profis-
corretor de seguros estar ao lado do segurado no
sões menos conhecidas pelo cidadão brasileiro, o
momento da renovação dos seus seguros. Informar
corretor de seguros tem lugar de destaque. Este
a data do vencimento da apólice e, no momento
desconhecimento é de tal ordem que vários Tri-
oportuno, apresentar as melhores alternativas para
bunais de Justiça Estaduais têm posições direta-
manter a proteção adequada para aquele determi-
mente opostas uns dos outros.
nado risco. Definida a melhor alternativa, cabe a ele
Para alguns, o corretor de seguros é o repre-
negociar com a seguradora de forma a proteger os
sentante da seguradora; para outros, é um mero
interesses do segurado, evitando que, por desco-
vendedor; para outros, sua função é similar à dos
nhecimento, ele contrate algo que não é o ideal.
corretores de imóveis; e para outros, é o representante do segurado perante a seguradora.
Sob este aspecto, pode-se dizer que o corretor de seguros é tão essencial quanto o médico ou o advo-
Esta situação causa problemas de todas as
gado. Enquanto o médico trata da saúde e o advoga-
ordens, inclusive no que tange a imagem do pro-
do zela pelos direitos do cidadão, o corretor de segu-
fissional, muitas vezes incompreendida até por
ros é quem garante o acesso à saúde, à proteção do
quem trata com o setor de seguros.
patrimônio, ao complemento da aposentadoria e aos
A verdade é que o corretor de seguros, pela própria essência de sua atividade, é um cidadão
recursos necessários para a família seguir em frente após a morte de um de seus integrantes.
com papel chave no bem-estar da sociedade. Ele
É ele quem conhece as seguradoras e por isso sabe
é responsável pela proteção do patrimônio das
em que ramos esta ou aquela atua com mais eficiên-
pessoas, da mesma forma que é responsável pela
cia, quais as regiões que uma ou outra preferem, que
garantia do futuro de gente que, por uma razão ou
tipo de segurados são mais bem atendidos por cada
outra, perde o arrimo da família.
uma delas, quais as vantagens de preço e cobertura
Cabe ao corretor de seguros oferecer as me-
que elas oferecem, como cada uma se comporta dian-
lhores soluções para estas situações, entenden-
te de determinadas situações, como elas procedem na
do-se como melhores não apenas as mais bara-
regulação e liquidação dos sinistros etc.
tas, mas principalmente as que blindem da forma
O negócio de seguro é extremamente específico
mais hermética possível os danos decorrentes de
e técnico. Não é para amadores ou diletantes. A apó-
eventos que atinjam os seus segurados.
lice é um contrato complexo, sofisticado, com variá-
O corretor de seguros é um especialista. Al-
veis determinadas por pequenos detalhes incluídos
guém treinado para entender a dinâmica da vida,
em cláusulas que podem fazer toda a diferença no
avaliar os diferentes tipos de risco, conhecer os
momento do pagamento de uma indenização.
danos possíveis e os produtos desenhados para
Quem conhece este universo por dever de pro-
minimizá-los. Mas sua atuação vai muito além.
fissão é o corretor de seguros. As seguradoras não
Cabe a ele assessorar o segurado durante toda a
vendem seguros diretamente porque não saibam ou
vigência do contrato de seguro.
não possam fazê-lo. A razão para não fazerem isto
Ao contrário do corretor de imóveis, que, termi-
num país como o Brasil é meramente pragmática.
nada a transação, encerra seu trabalho, o corretor
As seguradoras preferem comercializar suas
de seguros começa a trabalhar na prospecção dos
apólices através de corretores de seguros porque
segurados, passa por todos os momentos da con-
sabem que é a melhor forma de reduzirem ao mí-
tratação da apólice, tem o dever de assessorar o
nimo a possibilidade de problemas. Ora, se as se-
segurado quando da ocorrência do evento coberto,
guradoras agem assim, qual o sentido do segurado
durante todo o processo de regulação e liquidação
pretender fazer de outro jeito?
do sinistro até o recebimento da indenização. Seu trabalho vai ainda mais além. Cabe ao
18
Publicado no jornal “O Estado de S.Paulo” em 9/4/2018
19
Visã Brasil Pedestres receberam mais de 1 milhão de indenizações
Acidentes de trânsito são facilmente associados à imprudência ao volante. Mas engana-se quem pensa que apenas os motoristas devem estar atentos quando o assunto é acidentes de trânsito. De acordo com os dados do Boletim Estatístico Especial “Dez anos de trânsito”, divulgado pela Seguradora Líder – responsável pela gestão do Seguro DPVAT, a segunda categoria mais atingida é a de pedestres. Em 10 anos, mais de 4,5 milhões de indenizações do Seguro DPVAT foram pagas para vítimas de acidentes de trânsito. Nesse período, foram 1.068.996 indenizações pagas a pedestres nos três tipos de cobertura: morte, invalidez permanente e despesas médicas e hospitalares.
As vítimas também ocupam o segundo lugar nas indenizações pagas por acidentes fatais, num total de 167.290. Mais de 757 mil pessoas foram indenizadas por invalidez permanente. Em relação ao perfil dos indenizados, os números mostram que, de 2008 a 2017, a maior incidência de indenizações pagas foi para vítimas da faixa considerada economicamente ativa, de 18 a 34 anos, que representam 33% dos indenizados pelo Seguro DPVAT (cerca de 359 mil). Entre os principais motivos da falta de atenção do pedestre ao caminhar nas ruas está o uso do celular. Para se ter ideia, o uso do celular é considerado um problema tão grande que alguns países adotaram medidas para reduzir o número de acidentes. Em Augsburg, na Alemanha, a prefeitura adotou um semáforo específico, fixado no chão, para que o pedestre com os olhos fixados no celular perceba os sinais da rua. Já no Japão foram criadas calçadas específicas para pedestres que não abandonam o aparelho. No ano passado, a cidade de Honolulu, no Havaí, aprovou uma lei municipal proibindo os pedestres de usarem aparelhos eletrônicos durante a travessia de ruas e avenidas.
Índice de obesidade cresceu 60% nos últimos 10 anos Dados do Ministério da Saúde revelam: nos últimos 10 anos no Brasil a taxa de obesidade aumentou 60% e a de sobrepeso 26%. Em pesquisas recentes, também foi possível observar que estar acima do peso pode aumentar o risco de desenvolver diversos tipos de câncer, além do Diabetes Mellitus. “A obesidade é uma das doenças mais estudadas hoje em dia, pois é um problema mundial que está piorando a cada dia, não somente por afetar a qualidade de vida de modo geral, mas por contribuir com diversos outros problemas de saúde, entre eles o Diabetes Mellitus, doença que traz muitas complicações e de difícil controle medicamentoso”, afirma Ivan Sandoval de Vasconcellos, cirurgião bariátrico da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. 20
Visã Brasil
Doação de órgãos: Brasil salva número recorde de vidas Levantamento do portal Governo do Brasil revela que o número de doações de órgão disparou e bateu recorde. Os dados foram coletados junto à Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) e mostram que o País vive o melhor cenário de doações em 20 anos. Em 2016, foram aproximadamente 25 mil transplantes e, em 2017, cerca de 27 mil, recordes que representam a retomada após alguns anos de retração e avanços pequenos. Em relação à taxa de doadores efetivos — aqueles que tiveram órgãos transplantados em outras pessoas — até 2017 foram sete trimestres seguidos de crescimento do indicador — algo inédito desde 2009, quando a ABTO começou a publicar balanços trimestrais. Com essa evolução, o País alcançou, no último trimestre do ano passado, uma taxa de 16,6 doadores efetivos por milhão de pessoas (pmp). O Brasil aumentou muito as ações de treinamento das equipes de doação. “Evidências concretas, dados do mundo inteiro, apontam que os aumentos nas taxas de doação variam de 40% a 500% quando se comparam equipes treinadas e não treinadas”, afirma o presidente da Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos (Adote), Rafael Paim. Dois decretos assinados pelo presidente da República, Michel Temer, um em 2016 e outro em 2017, também foram essenciais para o aumento na taxa de doadores efetivos. Um deles determina que uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) permaneça em solo exclusivamente para transporte de órgãos para transplante. Desde a assinatura do decreto, em junho de 2016, a FAB transportou 512 órgãos: 235 fígados; 143 corações; 76 rins; 21 pâncreas; 27 pulmões; 6 tecidos ósseos; e 4 baços. Apesar dos avanços, o trabalho está longe de terminar. No fim do ano passado, mais de 32,4 mil pacientes adultos estavam na fila de espera por um órgão, além de outras mil crianças que também aguardam um transplante. A grande maioria deles (30 mil adultos e 785 crianças) aguardavam rins ou córnea.
75% dos brasileiros ainda não têm flexibilidade no trabalho O Brasil ainda não se adaptou às novas formas de trabalho. É o que aponta pesquisa da Randstad (empresa em soluções de recursos humanos), em que 75% dos brasileiros afirmaram ainda trabalhar no formato tradicional: no escritório e no horário comercial. De acordo com o estudo realizado em 33 países, os mais desenvolvidos parecem mais avançados no que diz respeito à adoção de formatos flexíveis: na Suécia, apenas 51% dos entrevistados afirmaram trabalhar segundo o modo convencional, o menor percentual dentro deste cenário, enquanto a Índia registra o maior índice, com 85% dos profissionais atuando dentro da sede da empresa e em período comercial. Por outro lado, para quem torce pela mudança nos padrões de trabalho, a notícia é boa: 69% dos indianos acreditam que a maneira de trabalhar está mudando no país; no Brasil, esse percentual é de 45%. “O país está passando por um processo de reformulação das relações de trabalho. As empresas estão adotando gradativamente políticas de home office, horário flexível, trabalho remoto e outras opções que desconstroem o modelo tradicional da década de 80”, explica Jorge Vazquez, presidente da Randstad no Brasil. Para 90% dos brasileiros, o trabalho flexível permite melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal e para 86% deles, isso aumenta a produtividade, criatividade e satisfação. Mas nem tudo é positivo: 38% dos entrevistados sentem que essa flexibilidade também causa grande pressão na vida pessoal, já que nunca conseguem se desconectar completamente do trabalho. Ainda assim, 76% dos brasileiros preferem trabalhar de casa ou de outros lugares que não o escritório, mas apenas 58% afirmam que as empresas fornecem recursos e equipamentos suficientes para que isso seja viável. Esse pode ser um dos motivos pelos quais 57% dos profissionais afirmaram preferir trabalhar no escritório.
Seguro de Pessoas como Instrumento Financeiro Análise | DILMO BANTIM MOREIRA
Os seguros de Pessoas são compostos de di- de necessidade, contudo, é importante que a contraversos ramos, alguns deles mais conhecidos que tação desses seguros seja precedida de alguns cuioutros, como, por exemplo, o seguro Prestamista, dados. o Viagem, o de Vida e o de Acidentes Pessoais e, ainda, os do tipo VGBL ou os seguros Dotais.
Talvez, uma das primeiras coisas a ser observada seja a consciência efetiva da necessidade de prote-
Esses tipos de seguros têm como foco de cober- ção que cada um deva ter, seja em relação às prótura as situações que envolvem a morte, invalidez, prias necessidades de segurança econômica como perda de emprego ou de renda, despesas médicas, às daqueles que dependem de nós. diárias hospitalares e doenças graves, não nos es-
Desta forma, contratar um seguro adequado,
quecendo de que, ainda, alguns deles são destina- mantê-lo ajustado e vigente é essencial, pois que dos às situações de pagamento por sobrevivência. os imperativos de proteção variam com o passar do Todas estas situações, naturalmente, têm im- tempo, mas de uma forma ou outra, perduram por pacto nas vidas das pessoas e necessitam que haja toda a vida. um apoio para que possam ser contrabalanceadas.
Tão importante quanto ter um seguro de Pesso-
É interessante observar que, em outros lugares as é compreender suas regras, desde o momento de do mundo, como nos EUA, os seguros de Pesso- sua contratação, eliminando todas as dúvidas a resas e em especial no mais conhecido deles, como peito de sua abrangência, seja pelos riscos cobertos o seguro de Vida, as indenizações recebidas não como pelos excluídos, obtendo-se assim segurança integram o patrimônio das pessoas físicas, ou seja, e tranquilidade no contrato. não entram em inventário e sobre estas não inci-
Por todos esses motivos, é essencial que se co-
dem impostos. Então, seguros deste tipo podem nheça as opções de produtos de seguros de Pessoser bastante úteis para atender despesas emergen- as disponíveis no mercado. E recomendável que se tes relacionadas a procedimentos com heranças.
contate um especialista que é o corretor de seguros,
É importante ressaltar que os seguros destina- profissional que dará ao proponente segurável as indos às situações relacionadas à morte e invalidez, formações necessárias para contratar, manter e utiliessencialmente, têm valor de prêmio comparativa- zar adequadamente as coberturas do seguro. mente baixo em relação ao seu custo x benefício,
Contratos de seguro, apesar do que se eventual-
sendo conhecidos por serem baratos quando com- mente comente, são instrumentos jurídicos simples parados a outros tipos de seguro. Em especial, as e objetivos, nos quais uma leitura atenta normalmenempresas são grandes contratantes desses tipos te traz as respostas para todas as perguntas de suas de seguros em nome de seus empregados, justa- regras de funcionamento, sendo sua principal base a mente em função dessa relação de grande benefí- boa-fé, de parte a parte, permitindo assim o cumpricio que, em especial, os seguros de Vida e de Aci- mento de suas cláusulas e o atendimento das necesdentes Pessoais são capazes de propiciar. De toda forma, todos esses seguros têm uma
sidades de todos os envolvidos. Boas escolhas são feitas pelo encontro da neces-
característica comum: a de buscar restaurar o sidade com o conhecimento e, no caso do seguro, equilíbrio econômico perturbado, causado pela esse interessante, antigo e confiável instrumento fiocorrência de um evento garantido pelas condi- nanceiro garante a oportunidade às pessoas e à soções do seguro, ou seja, os seguros de Pessoas ciedade para obterem proteção e estabilidade. são efetivamente um importante, útil e eficiente instrumento de proteção financeira.
DilmoBantim Moreira
Muitas são as opções de seguros disponíveis Presidente do Conselho Consultivo do CVG/SP, diretor de Relacionamento com o segmento de Pessoas da ANSP, ad-
e capazes de auxiliar as pessoas nos momentos ministrador pós-graduado em Gestão de Seguros e Previdência Privada
22
REPARO DE ARRANHÕES
MARTELINHO PARA PEQUENOS AMASSADOS Antes
Depois
Mais rápido do mercado
É mais barato e mais fácil
Mais pontos de atendimento
Mantém a originalidade
De 30 minutos a 1 hora para realização.
Valores de franquia por menos de 100 reais.
65 lojas próprias e a maior Rede de Credenciados no Brasil.
Não requer a pintura tradicional.
Consulte seu corretor para saber se a sua apólice possui esta cobertura.
O SRA Plus é muito mais! Mais para você, mais para o Segurado.
Giro
Arquivo
Brasesul 2018, debate entre corretores e seguradoras
Presidentes dos Sincors SC-Auri Bertelli, RS-Ricardo Pansera e PR-José Antônio de Castro A proximidade entre corretores de seguros e seguradores é um dos principais atrativos do Congresso Sul Brasileiro de Corretores de Seguros – Brasesul, que acontece nos dias 19 e 20 de julho, em Florianópolis. Para enfatizar esse relacionamento, o Sincor-SC, Sincor-PR e Sincor-RS, entidades idealizadoras do congresso, prepararam um painel especial para abrir o segundo dia do evento. Intitulado “Panel das Seguradoras e Corretores de Seguros”, terá como mediador convidado o presidente da Fenacor, Robert Bit-
tar, e contará com as apresentações dos dirigentes de grandes companhias, falando sobre os planos de suas empresas para aprimorar a parceria com os profissionais da corretagem nos próximos anos. Sob o tema “O que podemos esperar do futuro caminhos, alternativas e soluções”, as apresentações serão focadas em como a relação com o corretor, peça-chave para o desenvolvimento do mercado, é vista pelas principais seguradoras. Após a exposição, o painel terá espaço para perguntas do público, que serão feitas via whatsapp.
O Protector, plataforma de vendas online da Argo Seguros, aproveitou o período da Copa do Mundo para premiar todos os corretores parceiros que forem bons de negócios e de palpite. Por isso, lançou a campanha “Bolão Campeão Protector”, que dobrará a pontuação de todos que comercializarem novos contratos e acertarem a seleção que será campeã mundial. Além disso, os três corretores que mais trouxerem negócios para a seguradora ao longo de toda a campanha também receberão pontos. O primeiro lugar receberá 10 mil; o segundo colocado ganhará 5 mil; enquanto o terceiro ficará com 2,5 mil pontos. Cada 24
ponto equivale a um real. A campanha, que começou oficialmente com as vendas realizadas a partir de 1º de maio, vai até 15 de julho e é direcionada para todos os corretores que estão cadastrados no Clube Protector, que é justamente o programa de incentivo às vendas aos corretores de seguros. “Além do objetivo de premiar nossos principais corretores parceiros, esta campanha não deixa de ser uma forma de agradecer a todos os corretores parceiros pela confiança em nosso trabalho. Focamos em uma campanha de formato simples e lúdico, que permita a todos condições de ganhar.É importante frisar que o
Divulgação
“Bolão Campeão Protector”
Clube Protector também é bastante fácil de utilizar, inclusive com a possibilidade de pagamento de boletos com os pontos” explica Roberto Uhl (foto), gerente de Canais Digitais da Argo Seguros.
CâmaraSin, especializada em seguros, chega para solucionar conflitos
Com o intuito de auxiliar a sociedade no acesso à justiça para resolução de conflitos, o Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo) lançou a CâmaraSIN – Câmara de Mediação e Conciliação Sincor-SP. Atuando em todo o Estado de São Paulo, a CâmaraSIN chega para solucionar conflitos em todas as áreas de maneira consensual, com o diferencial de ser especializada em seguros e contar com mediadores e conciliadores capacitados, que podem também serem habilitados na corretagem de seguros.
A mediação e a conciliação vêm para solucionar problemas, a custos mais acessíveis em relação a um processo judicial convencional, além de favorecer ambas as partes, já que os acordos são estabelecidos pelos envolvidos em cada caso. “O mercado de seguros tem como base a conciliação e a CâmaraSIN vem para tratar os casos e resolver as questões em poucos meses. Além disso, ela contribui para reduzir a judicialização no setor, trazendo rapidez às soluções de conflitos,” comenta o advogado do Sincor-SP, Antônio Penteado Mendonça (foto). De acordo com a presidente da Comissão de Direito Securitário da OAB-SP (Ordem dos Advogados de São Paulo), Débora Schalch, a criação da CâmaraSIN vai ao encontro do acesso à Justiça previsto na Constituição. “Através de uma Câmara, facilitamos o acesso à justiça. Não interessa a ninguém – cliente, advogado ou ao poder judiciário – ficar anos mitigando determinada causa. O tempo de espera chega a ser frustrante para os profissionais envolvidos. Por isso, o nosso atual código de processo privilegia e fomenta a mediação e a conciliação”, destaca a especialista. “Em pesquisa recente com 300 departamentos jurídicos de empresas nos Estados Unidos, 53% dos advogados afirmaram que tiveram economia ao escolher a mediação e conciliação como opção de solução de conflitos e 17% afirmaram ser significante a economia em seus passivos”, comenta a advogada responsável pela CâmaraSIN, Vivien Lys.
O seu problema
move a sua satisfação nos
inspira! nos
Por ano, mais de 2,5 milhões de serviços especializados em toda a América Latina.
AUTO E MOTO
BPO
VIDA
PET
VIAGEM
RESIDÊNCIA
CONCIERGE
Só quem trabalha com pessoas e para pessoas sabe o quanto é importante estar presente quando um cliente precisa, atendendo de forma tranquila, eficiente e humanizada. As nossas pessoas são assim, cuidam das outras. E podem tomar conta das suas também.
(11) 2101-2800 25 www.ikeassistencia.com.br
O que vai pelo mundo dos seguros pouco de realidade que seja, teremos seres humanos vivendo mais e melhor. Ao final das contas, SEGUROS são investimen-
Internacional | CARLOS BARROS DE MOURA
tos no bem-estar e na geração de riquezas. Agora vamos ver como anda o mundo da RESPONSABILIDADE CIVIL. Nenhuma entidade pode funcionar como um ilha. Nosso ecossistema alarga sua atuação com mais interessados. Quando essas entidades são organizadas e unidas, formando o que se chama ”empreendimento expandido”, isso as leva a estar mais próximas do “core business”, como nunca na vida. O gerenciamento dos RISCOS DE RESPONSABILIDADE CIVIL tem que se tornar fundamental Voando pela Internet, encontramos notícias interessantes sobre SEGUROS e a vida das pessoas.
para as empresas. Empresas modernas têm que saber confiar em
No Japão, animais domésticos estão vivendo relacionamentos produtivos. Acompanhando o mais tempo, graças aos avanços da ciência médica
movimento do percentual de participação de im-
e o medo de contas salgadas cobradas pelos ve- portantes fornecedores. Maior participação dos terinários. Resultado: um boom para o mercado de Conselhos de Administração e ação dos executiseguros para pets, informou o “Japan Times” em 12 vos chefes das áreas das empresas. de junho.
Sobre plataformas tecnológicas. Vejamos:
O mercado de seguro para pets - que cobre ga-
manter atenção sobre a necessidade de coman-
tos e cachorros - vem crescendo quase 20% ao ano,
dar, centralizando informações e controle das de-
atingindo US$ 450 milhões no final de março do ano
cisões.
passado. A ASSOCIAÇÃO JAPONESA DE ALIMENTOS PARA PETS estima que haja 8.92 milhões de cachorros e 9,52 milhões de gatos em 2017, segundo artigo que aponta para os “posts” de pets na mídia social. Fica claro que os “pets” são bebês peludos. Considerando que os “pets” são membros da fa-
Há riscos importantes de Responsabilidade Civil nas relações com subcontratados. Notar que essas disputas causam atrasos no desenvolvimento dos países. Em resumo: na maior parte dos países do PLANETA TERRA, há poucos que realmente estejam adiantados nesses processos, que são a capilari-
mília, seus donos procuram tratamentos de qualida- dade de ocorrências e situações, que podem abade e custos razoáveis. Isso vem promovendo cres-
lar a estrutura financeira das empresas ou outras
cimento do mercado. Um executivo da ipetInsuran- entidades. ceCo. Ltd., em Tóquio, comentou com um jornalista:
O mais preocupante é ver que a falta de ações
“A existência de muitas pessoas que têm seus estatais e privadas, para ter controle eficaz dos “pets” protegidos por seguros indica haver recursos processos, traz enormes prejuízos, infelizmente para isso, mas principalmente a necessidade de “ter nos países menos desenvolvidos. uma companhia em casa”. A solidão na multidão. Será que os “pets” ajudam Carlos Barros de Moura, corretor de Seguros e conos seres humanos a viver melhor? Se isso tiver um selheiro da Associação Comercial de São Paulo
26
MBA em
GESTÃO DE SEGUROS E RESSEGURO
Faça o primeiro MBA EaD em Seguros do Brasil!
Com o MBA Gestão de Seguros e Resseguro EaD você estará preparado para assumir cargos de gestão em diferentes segmentos de seguro, resseguro, previdência privada aberta e saúde suplementar.
10% DE DESCONTO para matrículas até 21/6/18 VAGAS LIMITADAS!
Para mais informações, acesse:
ens.edu.br/mbas 27
SEU TEMP
Mesmo com crise, planos de viagem nas férias crescem no Brasil Pesquisa indica que o brasileiro aumentou orçamento para viagem e tem preferência por destinos internacionais (35% contra 33% para nacionais)
ano. Além dos países da Europa (Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Polônia, Portugal e Suíça) e o Continente americano (Brasil e Estados Unidos), a novidade é a inclusão da China e da Índia. O estudo da Ipsos tem como objetivo fazer uma estimativa anual dos planos de férias dos moradores nos países pesquisados, identificando, além de destinos preferidos, critérios de escolhas, motivações, tipos de deslocamentos, atividades preferidas e outros indicadores. O Barômetro de Férias, pesquisa anual e global realizada pela Ipsos, consultoria de inteligência de mercado, a pedido da Europ Assistance, revela que 68% dos brasileiros possuem planos para as férias no período de junho a setembro, 2% a mais que em 2017. A maioria optou por destinos internacionais. Os destinos mais procurados fora do país são Argentina (11%) e Itália (6%). Chile, Portugal e França ficam com 5%. Já entre os nacionais, os brasileiros desejam conhecer o Rio de Janeiro (9%), Fernando de Noronha (8%) e Fortaleza (7%). Entre os pesquisados no Brasil, 51% afirmaram que planejam as viagens com mais de quatro meses de antecedência, e permanecem mais tempo em férias que os demais cidadãos dos outros países, uma média de 15 dias contra 12 na Europa. 28
Para compensar a queda no orçamento do ano passado, quem fechou alguma viagem para o período aumentou sua previsão de despesa em 18% (cerca de R$ 5.209 por pessoa). O Barômetro também indica o papel dos millennials (geração de consumidores entre 23 a 38 anos) na definição de suas viagens de férias. Esse grupo tende a mudar – e baratear – os meios de turismo com procura por hospedagens alternativas, como alugar uma casa ou apartamento (58% millennials, contra 52% da população geral); alugar um quarto (43% contra 38%) e trocar casas com outras pessoas (23% contra 19%). No entanto, 61% (população geral) ainda preferem se hospedar em hotéis. A 18ª edição da pesquisa foi online e aplicada em 16 mil pessoas em 14 países, entre março e abril deste
Demais dados do Brasil Localizações
preferidas:
litoral
(50%), centros urbanos (44%); Férias dos sonhos: Paris, Nova Iorque, Londres e Rio de Janeiro; país mais romântico: França; mais exótico, Índia; Motivação: visitar familiares e amigos (21%), o clima (15%), atividades (14%); Avaliação de riscos na escolha: clima (10%), qualidade da infraestrutura turística (7%), infecção do vírus da Zika (6%), assalto, furto (5%); Atividades planejadas: descansar a mente (43%), viajar com a família (42%), descobrir novas culturas (33%); Não conectados com o trabalho: 66% (mais do que em alguns países da Europa, como Espanha e Portugal).
PONTO FINAL LEILA NAVARRO
A crise chegou!? Esse é o seu momento de evoluir!
“Decidimos formar um grupo de motivação, que nos estimule a sair da crise, mas estamos sem rumo”. Foi assim que começou um e-mail que recebi, enviado pelo gestor de uma empresa tradicional, centenária, que se via forçado a fechar uma de suas unidades. “Mas, se a motivação está em cada um de nós, o que devemos fazer para motivar 200 pessoas que não têm destino certo e seguro?” Situações como essa são cada dia mais comuns, ainda mais em circunstâncias iminentes da Quarta Revolução Industrial, com forte presença de tecnologias digitais, mobilidade e conectividade de pessoas. As diferenças entre homens e máquinas se dissolvem, o valor central é a informação e as transformações empresariais são inevitáveis. Sobreviver a elas, melhor, ganhar com elas é o grande desafio, pois exige mudança de postura e de crença. A palavra motivação é derivada do latim movere, que significa mover para a ação. Pensar em motivação no auge de uma crise, e com pessoas sem rumo, não é a forma mais inteligente de conduzir a situação. É desperdício de energia discutir possibilidades em um momento em que a ação é a atitude recomendada. Quando um barco afunda, é a ação que levará a pessoa à terra firme com os recursos disponíveis. Quando alguém se sente mal, é a ação de socorrê-la que pode salvá-la. Quando o calo aperta, é o movimento, a atitude, o confronto que fazem a diferença. Em resposta ao e-mail que recebi, é recomendável esquecer os grupos de motivação e fazer um mutirão de ação que estabeleça rapidamente novas metas, fixe estratégias criativas e efetivas para atingi-las e faça todos os
envolvidos chegarem lá, sãos, salvos e motivados! Quando a questão é pessoal, e nem sempre encontramos a compaixão que gostaríamos para enfrentar as provocações da vida, a orientação é a mesma. Desafios existem para serem superados. Um ensinamento oriental diz que, “se um problema tem solução, deixa de ser problema; se não tem solução, também não constitui problema”. Também podemos tirar proveito da sabedoria das águas. Ela nunca discute com os obstáculos: contorna-os e encontra uma saída. Isso já define um posicionamento. Perder energia com soluções impossíveis não é saudável nem inteligente. Importa saber distinguir duas atitudes bem diferentes: perseverança, que nasce da confiança nas próprias metas; e teimosia, que se agarra ao impossível porque não acredita em outra possibilidade ou simplesmente porque se recusa a largar o osso. Desistir não é sinal de covardia, e sim de maturidade e sabedoria! Discernir quando é o momento de convergir ou descartar de vez uma rota é fundamental. Crise é crise. Na sua definição literal, é uma mudança brusca ou uma alteração indesejada que pode acontecer no âmbito pessoal ou profissional. O momento de crise vivido por um indivíduo pode ser apenas um evento desagradável ou ainda uma oportunidade de evoluir e dar uma guinada na vida. A forma de encarar fatos e circunstâncias está intimamente ligada à trajetória de vida da pessoa, ao seu repertório comportamental. Conheci duas pessoas com diferença de apenas dois meses de idade. Ao contrário do que normalmente se vê, 29
Joana estava muito bem resolvida com a proximidade da sua fase balzaquiana. Com a carreira em ascensão e a vida particular num momento especial, sentia-se cada vez mais madura e capaz para conquistar territórios e ultrapassar suas próprias fronteiras. Já com o seu amigo, poucos meses mais novo, arredondar três décadas de vida gerou angústia, medo e insatisfação. Casado há cerca de cinco anos, cismou que estava “atrasado” para ter um filho. Embora tentasse levar os sentimentos naturalmente, seus comentários e brincadeiras denunciavam os fantasmas emocionais que o atormentavam. Seus amigos da mesma faixa etária não entendiam o seu processo; aliás, nem mesmo ele se compreendia. Ao comparar a vida de um homem e de uma mulher, a dele parece sempre linear. As opções parecem simples: escolher uma profissão, destacar-se no trabalho, encontrar uma companheira e juntar as escovas. Tudo muito prático. As crises masculinas, em geral, são externas, induzidas pela falta de estabilidade financeira, doença ou fim de um relacionamento. As mulheres têm crises autônomas, geradas por suas próprias aspirações. Quando essa mesma dupla chegou aos quarenta, o homem quase pirou, e, pelas minhas contas, os dois agora estão à beira de atingir meio século de vida. Mantenho contato com Joana e percebo que ela mantém o vigor, está sempre se reinventando e vivendo novas experiências. Ele, pelo que sei, ficou tão preocupado com a contabilidade dos anos que deixou de desbravar seus caminhos e viver plenamente. Crise não tem padrão nem avisa quando vai chegar, mas dá sinais. E o que fazer com tudo isso? Conseguem virar o jogo com mais facilidade (mesmo que isso não elimine o sofrimento) as pessoas que se questionam e encaram seus próprios fantasmas. A maturidade
não se percebe pelos anos de vida, e sim pelas experiências vividas. Segundo Jalalad-Din Muhammad Rumi, mestre espiritual do século XIII, o medo é a não aceitação da incerteza. Se aceitamos a incerteza, ela se torna aventura. Já a raiva, ele define como a não aceitação do que está além do controle. Quando a pessoa aceita, se torna tolerância. Para evoluir no momento de crise, a saída é encarar os desafios como uma preciosa aventura — aceitar que determinadas situações estão além do controle, que a vida é um mar de possibilidades, um oceano de possibilidades. Em vez de permitir que a vida seja uma reprodução de acontecimentos, ouse criar uma história fascinante. Isso implica sair dos modelos automáticos e enxergar através das lentes turvas dos próprios condicionamentos. Cada experiência é rica e transformadora quando vivida com atenção. Quando passamos por ela inconscientes da própria realidade, torna-se irrelevante e, com isso, deixamos de evoluir. *Capítulo extraído do 16º livro de Leila Navarro - “Virar o Jogo” (recém-lançado e disponível nas livrarias)
Leila Navarro www.leilanavarro.com.br
EXPEDIENTE Editor-Executivo: João Carlos Labruna labruna@revistaseguradorbrasil.com.br brasilempresarial@uol.com.br Comercial: Mauricio Dias (mauricio@revistaseguradorbrasil.com.br) Paula Merigo (paula@revistaseguradorbrasil.com.br) Diagramação: Propósitto Soluções Visuais (rodrigo@propositto.com.br)
ANO 17 | NÚMERO 140 | 2018
Publicidade/Administração/Redação Rua Sete de Abril, 277 – 7o A Centro - 01043-000 - São Paulo - SP Tels. (11) 5594-3902/4072 comercial@revistaseguradorbrasil.com.br redacao@revistaseguradorbrasil.com.br Os artigos e/ou matérias assinadas não correspondem, necessariamente, a opinião da revista.
Versão online: www.revistaseguradorbrasil.com.br
30
32