Ano 18 | Número 142 | 2018
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Infraestrutura ultramoderna e resultados acima da média colocam leilão carioca Rogério Menezes na vanguarda da indústria do seguro
REFERÊNCIA NACIONAL
/TokioMarineSeguradora @tokiomarine_cor tokiomarine.com.br
Uma Seguradora completa pra vocĂŞ ir mais longe.
Carta ao Leitor
Reprodução
TRABALHO Homens X Mulheres
Há diferenças importantes na forma que homens e mulheres vivenciam a experiência de trabalho. Apesar de os dois gêneros possuírem níveis de engajamento semelhantes (63% para homens e 62% para mulheres), suas percepções sobre oportunidades de carreira, remuneração, confiança na liderança e influência na tomada de decisão são significativamente desiguais. A revelação é do estudo elaborado pela consultoria de benefícios e capital humano Aon com mais de 400 mil colaboradores de empresas em todo o mundo. Em sua maioria, as trabalhadoras do sexo feminino não sentem que os resultados que elas obtêm no trabalho estão diretamente ligados ao valor dos seus salários (apenas 47% concordam com essa afirmação, contra 52% dos homens). Elas também se sentem menos desafiadas (66%, versus 71%) e acreditam possuir menos influência nas tomadas de decisão do que seus colegas do sexo masculino (57%, ante 62%). Além disso, as mulheres estão menos propensas a acreditar que as empresas tomarão alguma ação diante de problemas de desigualdade no local de trabalho (apenas 57% concordam com essa afirmação, contra 62% dos homens). Elas também acreditam menos que a liderança da organização é digna de confiança (61%, versus 66%). A diferença de homens e mulheres com o passar do tempo também é marcante. Nos primeiros dois anos depois de assumir um novo emprego, o engajamento diminui 9% para os homens e 13% para as mulheres. Uma das principais lacunas no engajamento entre mulheres e homens está na intenção de permanecer na empresa. O percentual de mulheres que concordam com a afirmação de que “seria preciso muito para me fazer sair da organização” cai 12% nos dois primeiros anos. Entre os homens, a queda é de 4%. Além disso, também é apontada uma diferença significativa nas percepções de salário para os empregados mais jovens: 46% dos homens dizem que são pagos de forma justa pelas contribuições que fazem para o sucesso da organização, enquanto apenas 37% das mulheres afirmam o mesmo. O Editor
EXPEDIENTE Editor-Executivo: João Carlos Labruna labruna@revistaseguradorbrasil.com.br brasilempresarial@uol.com.br Comercial: Mauricio Dias (mauricio@revistaseguradorbrasil.com.br) Paula Merigo (paula@revistaseguradorbrasil.com.br) Diagramação: Propósitto Soluções Visuais (rodrigo@propositto.com.br)
ANO 18 | NÚMERO 142 | 2018
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Fotos Arquivo SB
Sumário Capa O Leilão Rogério Menezes atingiu o status de referência para a indústria nacional de seguros próximo de completar 30 anos de atuação. Para entender o mundo da leiloaria, o relacionamento com seguradoras, bancos e financeiras, Segurador Brasil entrevistou Rogério Menezes Nunes (foto), responsável por capitanear o leilão que está revolucionando o segmento. MATÉRIA ESPECIAL. Págs. 6 a 9
Economia O crescimento da atividade econômica de 2,2-3 % que se esperava na virada do ano pode se tornar menos de 1%. A falta de sintonia entre o governo – em todas as suas esferas – e a sociedade gera uma incerteza e desesperança não vista há muitas décadas. Executivo, Legislativo e Judiciário travam uma briga que deteriora o quadro econômico – com a retração dos investimentos – e cria um ambiente intranquilo para as eleições de outubro. Acompanhe a análise - “O panorama dos mercados de seguros numa visão ampliada”, do economista Cláudio Contador (foto), especial para Segurador Brasil. Págs. 10 a 13
Previdência “Ouvimos discursos enfatizando que se resolvermos questões relacionadas ao déficit do setor público, resolve-se automaticamente o problema da previdência. E não é verdade. Ainda que exista injustiça social na diferença de modelos entre o INSS e a previdência dos servidores públicos, o real problema está na projeção do déficit futuro do INSS dada a tendência de envelhecimento da população”, declara Edson Franco (foto), presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi). Mitos e Verdades da Previdência - Pág. 22
Mão de obra Uma das organizações mais tradicionais do mercado - criadora do primeiro “Centro de Ensino” no Brasil dedicado à formação de profissionais do setor de Seguros -, a Sociedade Brasileira de Ciências do Seguro está completando 65 anos de atividades. A SBCS gerou mão de obra altamente qualificada para seguradoras, corretoras de seguros e para o exercício de atividades profissionais autônomas. Págs. 32 e 33 4
Capa
Instalado em sede própria na Zona Oeste do Rio de Janeiro, em Campo Grande, e com bases nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, o Leilão Rogério Menezes atingiu o status de referência para a indústria nacional de seguros próximo de completar 30 anos de atuação. Determinado a oferecer modernidade, eficiência, rapidez e resultados acima do padrão no Brasil, o leiloeiro Rogério Menezes Nunes investiu pesado na nova casa. Os números impressionam! O pátio, 100% pavimentado, ocupa uma área de 70 mil metros quadrados, dos quais 10 mil são cobertos. Um sistema de prateleiras triplas garante a acomodação segura e organizada de mais de 12 mil veículos. Treinamento e capacitação constantes dos colaboradores, sistemas modernos de 6
Fotos Divulgação
Referência Nacional
segurança, monitoramento e logística, cuidados com o meio-ambiente e, ainda, um auditório climatizado com capacidade para 1.200 pessoas são diferenciais que também chamam a atenção e merecem destaque. Para entender o mundo da leiloaria, o relacionamento com seguradoras, bancos e financeiras, Segurador Brasil entrevistou Rogério Menezes Nunes, responsável por capitanear o leilão que está revolucionando o segmento. SB - Em que cenário se enquadram a leiloaria carioca e nacional? Rogério Menezes - O momento tem sido muito promissor, temos alcançado resultados excelentes nas vendas dos salvados. Nos últimos anos, o mercado segurador voltou a acreditar no Rio. Antigamente, boa parte dos salvados do nosso Estado eram
levados e leiloados em São Paulo. Entretanto, algumas seguradoras como Porto, Azul, Itaú, Liberty, entre outras, acreditaram no mercado do Rio e no nosso trabalho, que indiscutivelmente tem alcançado médias de vendas acima dos outros Estados. Justamente por acreditar no mercado do Rio de Janeiro, investi pesado na nova estrutura. Antes de comprar essa área, tive o cuidado de ouvir nossos parceiros para identificar, de fato, o que era necessário para trazer excelência no atendimento. Localização e estrutura foram meticulosamente planejadas. Nos últimos dois anos, adquirimos duas novas áreas ao lado do pátio principal, tamanho crescimento do volume de veículos. Eu e minha equipe temos trabalhado muito para mostrar a algumas seguradoras que ainda levam seus salvados cariocas para São Paulo como
nosso resultado tem sido acima da média. Isso sem falar na agilidade de indenizações aos segurados, custo de transporte, agilidade na retirada de pertences e acessórios pelos segurados. E muito mais. SB - Como o Leilão Rogério Menezes atua diante desta realidade? Rogério Menezes: A rotina diária é buscar constantemente nos superar na execução das atividades e trazer novas ferramentas que reforcem nossa forma de gestão administrativa. Já passou a época em que o leiloeiro era apenas um ‘batedor de martelo’. Hoje, o profissional que não busca aperfeiçoar a prestação de serviço e não investe em tecnologia e em seus colaboradores, está fadado a parar. SB - A cada evento percebe-se uma grande procura pelos leilões orga-
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nizados no RM. O que explica essa preferência do público? Rogério Menezes: Temos muito respeito pelos arrematantes. Mantemos uma relação de extrema confiança com eles. Prova disso é que muitos frequentam nossos pregões há mais de 20 anos. São lojistas, revendedores e consumidores finais que buscam preço e confiança. Oferecemos segurança, solidez, agilidade e transparência em todo o processo. Praticamos um atendimento diferenciado. Cuidamos da conservação, da integridade e da apresentação do bem leiloado, e
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ainda temos atenção especial no pós-leilão. Creio que a soma de tudo isso nos dá credibilidade e nos credencia como referência no setor. SB - Fale sobre os diferencias da infraestrutura e do modelo de gestão do RM. Rogério Menezes: Temos uma área própria com 70 mil metros quadrados, dos quais 10 mil são cobertos, para armazenamento de salvados em melhor estado e de veículos de bancos e financeiras. Um sistema de prateleiras triplas acomoda com segurança e
organização mais de 12 mil veículos de seguradoras, facilitando conferências de estoque e agilizando a localização dos salvados, o que resulta em respostas rápidas a qualquer solicitação. Contamos, ainda, com um prédio de escritórios de 800 metros quadrados e auditório climatizado com capacidade para 1.200 pessoas. O que você pensar em termos de modernidade em segurança, monitoramento, logística e cuidados com o meio-ambiente, vai encontrar em nosso pátio. Preocupava-me muito a questão dos salvados que chegavam
vazando combustível e óleo lubrificante. Com a ajuda de um engenheiro ambiental, instalamos um conjunto separador desses resíduos, que são armazenados para posterior coleta e reciclagem por empresa credenciada. Outra preocupação eram os focos de mosquitos nos salvados parados por longo tempo. Através de empresa especializada, efetuamos duas vezes por semana inspeção e prevenção, visando proteção contra pragas em nosso estabelecimento. O modelo de gestão que adotamos valoriza o recurso humano como nossa principal ferramenta. Em todas as ações você pode perceber a preocupação com a seleção, valorização e desenvolvimento dos nossos profissionais. Um exemplo disso é a parceria que temos com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para constante treinamento e capacitação da nossa equipe. Somos uma família integrada e afinada com os mesmos objetivos. Buscamos a excelência. E, modéstia à parte, estamos conseguindo.
SB - Hoje temos visto um número crescente de leilões online, principalmente por empresas do setor. Como são os seus leilões? Rogério Menezes: Noventa por cento dos meus leilões são presenciais e online ao mesmo tempo. É claro que os leilões online têm crescido muito, mas ainda acredito no calor da disputa presencial, coisa que se perde um pouco nos leilões online. Agora, quanto às empresas de leilões, à luz da legislação brasileira nenhuma delas poderia existir. O Decreto-lei 21.981/32 que rege a profissão do leiloeiro, no seu artigo 36o, determina: “É proibido ao leiloeiro: a) sob pena de destituição: 1º, exercer o comércio direta ou indiretamente no seu ou alheio nome; 2º, constituir sociedade de qualquer espécie ou denominação;”
SB - Além de automóveis e motocicletas oriundos de financeiras e seguradoras, o pátio do RM abriga outros tipos de lotes? Alguma peculiaridade? Rogério Menezes: A variedade é SB - Quantos negócios são efetiva- enorme. Caminhões, tratores, máquinas agrícolas e de terraplanagem, dos a cada pregão? Rogério Menezes: Nos pregões tra- barcos e lanchas, aeronaves e equipadicionais realizados semanalmente, às mentos diversos. quartas-feiras, disponibilizamos cerca de 400 lotes entre carros, caminhões, SB - Explique a relação do RM com o motos e sucata. Em média, 88 % des- mercado segurador local e nacional. Rogério Menezes: É a melhor posses lotes são arrematados por leilão.
sível. Os resultados alcançados são excelentes. Prova disso é que o nosso leilão serve, atualmente, como referência para o mercado local e nacional. A cada pregão, os representantes das seguradoras parceiras acompanham todo o processo. SB – Algumas seguradoras no Rio de Janeiro ainda encaminham seus veículos para serem leiloados em outros Estados? Rogério Menezes: As companhias seguradoras que ainda levam os veículos para outros Estados o fazem por conservadorismo ou por desconhecerem os detalhes envolvidos nesta operação, pois problemas que ocorriam no DETRAN do Rio há dez anos não existem mais. Hoje há uma afinada parceria do DETRAN/RJ conosco, que se traduz em grande agilidade na transferência de propriedade dos veículos. Isso sem falar no custo de transferência do DETRAN do Rio, que é mais baixo do que a maioria dos outros Estados. Mas, infelizmente, existe um lobby muito forte por parte dos despachantes de outros Estados, que por não poderem atuar junto ao Detran do RJ terceirizam esse serviço com despachantes daqui, gerando um custo adicional para as seguradoras. Então colocam dificuldades na regularização de veículos pelo RJ, insistindo para centralizar tudo nos seus próprios Estados. 9
Análise
O panorama dos mercados de seguros numa visão ampliada Claudio Contador SILCON Estudos Econômicos (1) O alivio no ambiente macroeconômico que era prenunciado no início do ano se dissipou e a economia mergulhou em nova fase de pouco de queda no ritmo da atividade. No segundo trimestre de 2018, o crescimento do PIB real foi de apenas 0,2 % em comparação com o trimestre anterior. Se nos próximos dois trimestres o produto ficar estagnado – uma hipótese que pode ser até otimista – o ano fecha com crescimento pífio de 0,7 %. Ou seja, o crescimento da atividade econômica de 2,2-3 % que se esperava na virada do ano pode se tornar menos de 1%. A falta de sintonia entre o governo – em todas as suas esferas – e a sociedade gera uma incerteza e desesperança não vista há muitas décadas. Nem mesmo o governo se entende. Executivo, Legislativo e Judiciário travam uma briga que deteriora o quadro econômico – com a retração dos investimentos – e cria um ambiente intranquilo para as eleições de outubro. As incertezas sobre o comportamento do Judiciário perante questões críticas, as dúvidas sobre a elegibilidade e as suspeitas de novos escândalos envolvendo os candidatos a presidência e ao governo de Estados importantes desorganizam o quadro eleitoral. Num quadro crítico, não será estranho que os resultados das urnas em outubro estejam aquém do que seria 10
desejado, o que vai manter acirradas as disputas e conflitos no início do próximo governo – independente do matiz ideológico e da base de apoio do próximo presidente. O Judiciário e seus ministros – STF, STE, TCU e tribunais regionais - disputam os holofotes da mídia e travam embates de competência e de ideologia que não ajudam a tranquilizar a sociedade. Por sua vez, o Congresso Nacional cria obstáculos a aprovação de medidas e reformas importantes. Como reflexo dos desmandos e da falta de políticas claras, em maio ocorreu a greve dos caminhoneiros, gestada e sinalizada desde 2017. O motivo foi a tabela dos fretes, mal negociada pelo governo, que minimizou o impacto da paralisação e a capacidade de contágio para outras
categorias profissionais organizadas. Teve sorte o governo! O resultado seria catastró-fico – principalmente num ano eleitoral – se a greve atingisse outros serviços essenciais. Se a oposição e os movimentos não estivessem tão desgastados e sem liderança, a crise seria grave até o extremo de ruptura institucional. Os efeitos da paralisação foram diretos e indiretos. Os diretos decorreram da restrição das atividades de transporte e os indiretos, ao afetar negativamente as expectativas e demonstrar a tibieza e falta de reação do Governo Temer. Como resultado, o produto da Indústria caiu 0,6 % em comparação com o trimestre anterior; os serviços de transporte, queda de 1,4%; e o Comércio, contração de 0,3%. Estes efeitos em princípio esta-
Panorama macroeconômico básico 2014
2015
2016
2017
2018a
2019a
R$ bilhões
5.779,0
5.995,8
6.259,2
6.559,9
6.890
7.350
US$ bilhões
2.459,1
1.800,5
1.793,5
2.056,4
1.790
1.795
Variação real, %
0,5
-3,5
-3,5
1,0
1,1
2,2
IGP-DI
3,8
10,7
7,2
-0,4
3,5
4,4
IPCA
6,4
10,7
6,2
2,9
4,0
4,2
Taxa básica juros
10,9
13,1
14,0
9,9
6,6
7,1
Câmbio médio, R$/US$
2,35
3,33
3,49
3,19
3,85
4,10
Exportação, US$ bi
224,1
190,1
184,5
217,2
229
235
Importação, US$ bi
230,7
172,4
139,4
153,2
172
188
Saldo comercial, US$ bi
-6,6
17,7
45,1
64,0
57
47
Transações correntes
-104,2
-59,4
-23,5
-9,8
-20
-32
Reservas internacionais
354,8
348,9
356,8
365,4
370
374
Produto Interno Brutoa
Inflação, 12 meses %
Fontes: IBGE, FGV, Banco Central Elaboração SILCON ESTUDOS ECONÔMICOS a Previsão SILCON
riam cingidos no curto prazo e se dissipariam ao longo do tempo. Infelizmente, o quadro de incerteza afeta o ambiente de longo prazo, com a queda dos investimentos fixos de 1,8% em comparação com o trimestre anterior. No encerrar do primeiro semestre de 2018, o balanço econômico ainda aponta resultados positivos, mas inferiores ao previsto no final de 2017. Nas nossas projeções, o PIB real cresce 1,1-1,3% em 2018 e 2,1 % em 2019. A inflação medida por dois índices amplos converge para pouco mais de 4% em 2019, ainda na faixa sob controle. A taxa básica de juros, em resposta, deve iniciar novo movimento de alta. E pelas contas externas, o saldo comercial fica positivo nos US$ 55-57 bilhões em 2018 e US$ 45-47 bilhões em 2019. O lado cinzento continua nas contas públicas com déficit e relação dívida/PIB em rota insustentável. O ambiente político-econômico perverso tem claros efeitos sobre os setores da economia e os mercados de seguro não escapam desta sina, apesar da maior resiliência em comparação com outras atividades. Dois fatores principais delimitam os resultados dos mercados de seguros e de previdência em 2018 e 2019: (1) as condições do mercado de trabalho e da solvência das famílias, e (2) a evolução da taxa básica de juros. Outros fatores também são relevantes, como o faturamento e solvência das empresas e a taxa de inflação, mas estão relacionados aos dois primeiros fatores. Enfim, apesar do ambiente econômico de 2018 ser pouco mais generoso do que o de 2017, nada garante a sua sustentação em 2019. Felizmente os executivos dos mercados de seguros parecem mais alertas, como refletido nos índices de confiança do setor para as seguradoras ICES, resseguradoras ICER, corretoras ICGC, agregados no índice médio ICSS (2). No geral, as expectativas dos três segmentos seguem a mesma cronologia, como ilustra a figura abaixo.
Ao longo do segundo mandato da Presidente Dilma, as expectativas sobre o futuro deterioraram – os índices de confiança ficam abaixo de 100, com breves surtos de melhoria nos humores dos empresários, acompanhando os sustos e erros da política econômica até a certeza do impeachment, quando os índices ensaiam melhoria. Na largada da administração Temer em agosto de 2016, as propostas de acerto e o compromisso com as reformas geraram entusiasmo no mercado de seguros que atingiram o ápice no final de 2017. A partir daí as acusações de corrupção e de desmandos maculam a credibilidade do Temer e a confiança se esvai, principalmente a partir de março de 2018. O grau de confiança do mercado de seguros desaba para o desânimo (índices abaixo de 100). No geral, os índices de confiança sofrem sucessivos ciclos, acompanhando o desempenho da equipe econômica de plantão em avançar nas reformas e resgatar a racionalidade da política econômica. Dependendo do desenrolar da campanha eleitoral e das eventuais propostas – até agora ausentes - dos candidatos para o setor de seguros, é possível que os índices de confiança mostrem melhoria ainda em 2018. Enxergando num horizonte mais longo, as perspectivas sobre o crescimento do faturamento real diferem ente os segmentos dos mercados de seguros. Nesta apresentação enfocamos as previsões para o crescimento real – deflacionamento pelo IGP-DI – de três segmentos com a metodologia dos indicadores antecedentes compostos (IAC). Nas figuras seguintes, a linha continua azul representa a taxa de crescimento real no acumulado em 12 meses, e a linha tracejada vermelha, a previsão cíclica com o indicador antecedente composto. O primeiro é seguro de danos, ramo Auto, exclusive DPVAT. Em 2017, o faturamento de prêmios retidos do seguro de danos o ramo Auto–Cascos atingiu R$ 28 bilhões, e em março de 2018, R$ 29 bilhões no acumulado em 12 meses. Em 2016, o faturamento caiu 13%, recuperando com os 20,7% em 2017. A fase de expansão a taxas crescentes teve vida curta, e em março de 2018, a taxa havia diminuído para 19%, e o desaquecimento perdura pelo resto do ano. O indicador antecedente, formado por 11 variáveis e com avanço estatístico médio de seis meses, sinaliza que o faturamento real enfrenta uma fase de desaquecimento que se mantém até o primeiro trimestre de 2019. O segundo segmento é um produto de acumulação na forma de títulos de capitalização. A arrecadação nominal foi de R$ 20,8 bilhões em 2017, abaixo dos R$ 21 bilhões 11
O terceiro segmento é o resseguro, faturamento das empresas locais. Após a abertura do mercado em 2007, o setor atravessou fases alternadas de euforia e de desalento. O mercado de resseguro é formado por empresas locais, admitidas e eventuais, sendo que as locais participam com 80% dos prêmios totais. Em 2017, o faturamento das resseguradoras locais foi de R$ 7,8 bilhões num mercado total de R$ 10,9 bilhões, incluindo as offshore na modalidade admitidas e eventuais, com crescimento real de 8,5 % sobre 2016. As dificuldades em 2016 causaram uma queda real de 5,6% nos prêmios. O IAC prevê que 2018 será marcado por uma fase de recuperação com em 2013 e anos seguintes. Em termos reais, com deflacio- crescimento mais acelerado, atingindo 7% em dezembro, namento pelo IGP-DI, o faturamento real de 2017 retro- no acumulado em 12 meses. cedeu ao nível de 2012, e teve queda de 2,3%. Finalmente entrou numa fase de crescimento, e em março de 2018, apresentou uma taxa de 0,2% em termos reais. O IAC sinaliza que a fase de expansão do crescimento se mantém ao longo de 2018 e início de 2019, pelo menos. O indicador antecedente tem nove variáveis-insumo e avanço estatístico médio de oito meses.
12
Finalmente, o quadro abaixo resume as projeções com os indicadores antecedentes para atividades de seguro privado e três variáveis macroeconômicas importantes, apresentadas no Boletim “O que dizem os indicadores antecedentes da SILCON”(4).
Arquivo
Quadro geral das previsões com indicadores antecedentes Em taxas de crescimento real do acumulado em 12 meses, % 2016
2017a
2018b
Ramo Auto, exclusive DPVAT
-12,6
20,7
9,0
Planos VGBL
10,6
1,0
-1,0
Títulos de Capitalização
-10,8
-2,3
7,5
Previdência Privada fechada
-23,9
5,2
21,0
ANS, Seguradoras especializadas
-1,7
10,2
7,0
ANS, Medicina de Grupo
6,7
14,4
8,0
Resseguro, local
-6,1
10,7
7,0
PIB real
-3,6
1,0
1,1
Consumo de famílias
-4,3
1,0
2,1
Investimento fixo
-10,2
-1,8
3,0
Fontes: SUSEP, ANS, PREVIC (3) Elaboração SILCON ESTUDOS ECONÔMICOS a Observado bPrevisões SILCON ESTUDOS ECONÕMICOS, final do período
(1) SILCON Estudos Econômicos, Rio de Janeiro. E-mail diretoria@silcon.ecn.br (2) As expectativas dos executivos das seguradoras, resseguradoras e corretoras de seguro estão retratadas nos índices de confiança na metodologia adotada pelo economista Francisco Galiza. Ver Rating de Seguros Consultoria - www.ratingdeseguros.com.br (3) Maiores informações em Carta Setorial para os Mercados de Seguros, Vol. 2, julho de 2018. A Carta apresenta uma análise integrada de sete segmentos de seguros, inclusive os supervisionados pela ANS e PREVIC (4) - www.silcon.ecn.br
Silcon Estudos Econômicos, responsável pela prestação de serviços na área de estudos e planejamento econômico-financeiro, estratégico e tático-operacional de empresas de diversos setores, sob liderança do economista Claudio Contador (foto)
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Seguro e Tecnologia Mais de 99% das vendas no mercado de seguros
Análise | DILMO BANTIM MOREIRA
ainda ocorrem por meios não-digitais! Em pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção
- 100% das empresas ainda confiam no sentimento do analista de sinistro para referenciar um caso para sindicância;
ao Crédito (SPC-Brasil), verificou-se que o maior blo-
- 59% das empresas possuem alguma tecnologia
queio na compra online de um seguro é o risco de
de prevenção a irregularidades no sinistro;
que o contrato possa ser diferente daquele anunciado
- 41% das seguradoras estão cada vez mais pre-
pelo site, ou até mesmo falso, o que foi corroborado
ocupadas em “escolher” corretamente o cliente
por pesquisa da conhecida empresa Unisys, do ramo
em seu processo de subscrição, buscando assim
da computação.
minimizar a fraude;
Levantamento com consumidores virtuais (que
- 27% das seguradoras utilizam tecnologias no
compraram rotineiramente na internet nos últimos
processo de aceitação para minimizar a possibi-
três anos), realizado pelo SPC-Brasil em 2015, in-
lidade de fraude.
dagando o que estes jamais comprariam pela web, constatou que o seguro é o item que possui o maior índice de rejeição para compra online.
Nos Estados Unidos, 71% das seguradoras já possuem sistemas avançados de prevenção a frau-
Quando se pensa em termos de comercializa- des em sinistros; 33% delas começam a migrar para ção de seguros por meios virtuais, o que se nota a prevenção de fraudes na subscrição. atualmente é que o corretor tradicional de segu-
Assim, para melhoria de resultados na regulação
ros, através da comunicação com seus clientes e liquidação de sinistros, as seguradoras precisarão via whatsapp, e-mail e pelo envio de questionários ir além de remediar o risco. Elas precisarão oferecer para realização de cotação de seguros, pode estar produtos que mitiguem o risco. Aliás, este aspecto tornando familiar ao consumidor essa nova ma- deverá estar cada vez mais presente durante o proneira de comercialização, pois seus sites (off-line) cesso de desenvolvimento de um produto de seguro. possuem bastante similaridade com os ambientes virtuais dos sites de cotação online.
Provavelmente chegará o dia em que nenhuma pessoa terá o mesmo preço de seguro que outra,
Assim, de certa forma, os corretores estão quando então seguradoras e corretores de seguros “educando” os consumidores, em particular aque- dirigirão, cada vez mais, seus esforços para ajudar les que estão tendo sua primeira experiência de as pessoas a viver mais e melhor, melhorando sua compra de seguros. É interessante registrar que sites de corretoras
qualidade de vida e o risco de seu seguro. Imagine pessoas que permitam ter sua saúde
independentes e também aqueles ligados a segura- monitorada 100% do tempo por um dispositivo que doras que vendem seguros por meio da internet vêm transmita informações a uma central de dados e, em apresentando crescimento a partir de 2011, bem como a principal movimentação de vendas “não presenciais” é realizada por telefone, por meio de call centers e via SMS. Essa informação também é reforçada por executivos das cinco principais corretoras de seguros online, os quais afirmam que na corretora online o cliente fecha a compra somente pelo telefone. Um exame quanto ao ambiente digital sobre a regulação e liquidação de sinistros, com base em pesquisa realizada entre 17 grandes empresas seguradoras brasileiras pela SAS – Statistical Analysis System, empresa de business intelligence, registrou que:
14
Uma das mais antigas e importantes escolas de negócios dos EUA, a Wharton University, afirmou em estudo recente que as corretoras de seguros são poderosas no Brasil e que os brasileiros são leais a elas
função deste monitoramento, terem gia é o principal combustível para al- sentados pelas startups digitais, uma taxação especialmente desen- gumas dessas mudanças, sendo que gerando assim mais um caminho de volvida para seu tipo de risco. Assim, atualmente as startups digitais e os expansão para o setor, permitindo a tendência de buscar parcerias para novos canais de distribuição têm re- mais pessoas usufruírem dos benemodernizar as ofertas de seguros (e presentado o mais recente caminho fícios do seguro. serviços acoplados) é certa para as na comercialização de seguros. empresas que querem verdadeira-
Como se pode verificar, a partir da
mente se diferenciar no mercado e compra de aparelhos celulares e do abrir espaço sobre a concorrência.
Dilmo Bantim Moreira
uso da internet, o brasileiro gosta de
No mercado brasileiro, embora tecnologia e a web está influencian-
Presidente do Conselho Consul-
tenham surgido novas opções nos do significativamente esse compor- tivo do CVG/SP, diretor de Relacionaúltimos anos, o canal de vendas de tamento. Nós já buscamos informa- mento com o segmento de Pessoas seguros mais importante continua a ções sobre seguros rotineiramente na da ANSP, administrador pós-graduser o de corretores de seguros inde- rede e parte significativa das vendas ado em Gestão de Seguros e Prependentes. Uma das mais antigas e é influenciada por ela. importantes escolas de negócios dos
vidência Privada, atuário, membro
Talvez, a melhor solução seja a da Comissão Técnica de Produtos
EUA, a Wharton University, afirmou fusão destes dois mundos, unindo a de Risco da FenaPrevi e de Seguro em estudo recente que as corretoras experiência de um canal plenamen- Habitacional da FenSeg, docente em de seguros são poderosas no Brasil e te consolidado, representado pelos Seguros de Pessoas, Previdência que os brasileiros são leais a elas.
corretores de seguros, com novos Complementar, Saúde, Capitaliza-
Ainda assim, o mundo está em meios de acesso e distribuição por ção, Atendimento ao Público e colu-
Babel-Azza
constante transformação e a tecnolo- meio de novas tecnologias, repre- nista em mídias de seguro
Eu fiz acontecer a expansão
da minha carteira de clientes com o novo Consórcio de
veículos e maquinários pesados da Porto Seguro.
• • • •
Planos de 120 meses1 Sem taxa de adesão Ampliação da carteira de clientes Oportunidade de novos negócios
Para mais informações, consulte seu Gerente Comercial.
Vem fazer acontecer. Taxa de administração de 14% para créditos de R$ 150 mil a R$ 300 mil. 1. Parcela inclui seguro de vida de 0,035% sobre saldo devedor. Fundo de reserva de 0,5%. Porto Seguro Administradora de Consórcios Ltda. CNPJ: 48.041.735/0001-90.
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Portal do Corretor
Tecnologia para impulsionar seus negócios Fotos Divulgação
Tendo o corretor como único canal de distribuição, a Fator Seguradora investe em tecnologia para oferecer soluções de contratação mais rápidas e sem burocracia
Luciana Natividade: é muito fácil e rápido se cadastrar no Portal, sem nenhuma burocracia Fundamental para o crescimento do mercado de seguros – principalmente nos ramos em que é necessário um apoio consultivo para a contratação. Assim, a Fator Seguradora classifica o corretor de seguros. E, para esse profissional, a Companhia anunciou recentemente uma grande novidade: emitir de forma online apólices de Responsabilidade Civil Profissional (E&O) – inclusive combinada de E&O com RC, na mesma apólice, em diversos riscos – tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas, pelo Portal do Corretor. VER QUADRO. Ao atender profissionais de todos os portes – agora também os pequenos e médios –, a Fator passa a ser uma seguradora para todos os 16
corretores. O Portal do Corretor é a versão da Companhia e que tira o “rótulo” da seguradora de ser, até então, somente de Garantia. Por isso, a seguradora adotou o slogan “Fator muito mais que garantia”, para mostrar que existem outros produtos a oferecer e demais soluções aos corretores. Totalmente online, os corretores cadastrados podem acessar o site, fazer cotações e emissões, de qualquer parte do país. “Mesmo com o mundo cada vez mais digital, muitos ramos de seguro sempre precisarão do conhecimento e do apoio técnico dos corretores, para que a contratação seja realmente adequada ao segurado”, diz Luciana Natividade, diretora Comercial da Fator Seguradora. Segundo ela, é muito fácil e rápido se
cadastrar no Portal, sem nenhuma burocracia. E, com isso, a meta é ampliar o número de parceiros. Atualmente, a seguradora tem uma base de 1.500 corretores cadastrados e cerca de 250 ativos. A executiva conta que, antes do Portal, o foco era exclusivo em grandes riscos, mas, com o Portal, a seguradora passa a atender negócios menores que o parceiro corretor tenha. E, assim, cada vez mais, a Companhia quer se aproximar dos corretores, com uma série de ações. Entre elas, a ativação de sua base de corretores por meio de e-mail marketing e treinamentos. O início se dará em regiões em que a seguradora tem filiais, por meio de eventos junto às regionais do Sincor, com simulações rápidas e pontuais. Outra ação é junto às Assessorias de Seguros, ausentes dos negócios da Fator, antes do atendimento a pequenos e médios corretores. Com o Portal e todas as suas funcionalidades, as Assessorias passaram a ser um foco, uma ampliação da equipe comercial da seguradora. No Portal do Corretor, as novidades não param por aí. A tendência é, até o final de 2019, que todos os produtos migrem para o Portal, com as mesmas facilidades – cotação e emissão online. O próximo produto a ir ao Portal será o Seguro Garantia, no início de 2019.
Novas oportunidades Considerado um paradigma no mercado, por todas as dificuldades caro e com contratação burocrática -,os corretores criaram um trauma com o Fiança Locatícia. No produto desenvolvido pela Fator, de acordo com a executiva Luciana Natividade, o processo é simples e voltado para pessoas jurídicas. Desenvolvido pela seguradora em
2014, possui uma metodologia diferenciada de precificação. Ele é absolutamente competitivo com a fiança bancária, normalmente a ferramenta usada nas grandes locações. “Não há ainda precificação igual a nossa”, ressalta a diretora Luciana Natividade, garantindo: “Em menos de 24 horas, a apólice é emitida”, explicando que o produto traz a facilidade ao corretor de oferecer uma solução alternativa para o cliente, sem comprometer o crédito que tem no banco, como acontece com a fiança locatícia. “E ele
pode servir como uma porta de entrada na empresa para que os corretores ofereçam outros produtos”, afirma Luciana, destacando que o produto é uma grande oportunidade e renovável por anos e anos, já que não é raro um grande imóvel ter contrato de locação por muitos anos. “Um momento oportuno”, esclarece a executiva, afirmando: “A vacância de imóveis ainda está em alta, as empresas ainda estão se mobilizando para mudar de endereço, e o corretor que atender o produto será bem-sucedido”. Para ela, é por meio da ampliação do conhecimento de produtos e soluções, que o corretor consegue melhor identificar demandas na sua própria carteira de clientes, elaborando estratégias de prospecção de novas contas. “Muitos corretores ainda atuam apenas no ramo de Automóvel, o que torna o alcance das metas de venda e principalmente de resultado, difíceis de alcançar. Mas o mercado de seguros é amplo e sempre traz novas soluções, de modo que o corretor tem que
estar sempre atento para aproveitar as novas oportunidades que surgem”.
Mais novidades Outra novidade recente foi o lançamento do Seguro Paramétrico para o setor de energia. Luiz Alberto Pestana (foto), diretor Técnico da Fator Seguradora, conta que ele se aplica a projetos existentes de geração de energia e a grupos de investidores que vão a leilão para novos projetos. O Seguro Paramétrico cobre a falta ou excesso de chuvas, sol e vento. A cobertura é única para a quebra ou a redução da receita decorrente da falta ou redução da fonte energética. É um produto que tem vigência de 12 meses e, após esse período, é feito a apuração se houve sinistro. Em sinergia com o Seguro Paramétrico estão os seguros de Riscos Operacionais e Nomeados, produtos já bastante consolidados pela Fator. Segundo Pestana, está no DNA da Fator ser uma Companhia de grandes riscos, preparada para o futuro.
Atividades cobertas pelo Seguro de Responsabilidade Civil Profissional (E&O) da Fator Seguradora: A Fator Seguradora pertence ao Conglomerado Pessoas Físicas e Jurídicas: engenheiros/ar-
Fator, composto pelas seguintes áreas de atuação:
quitetos, administradores imobiliários, agências de
Administração de Recursos, Corretora de Valores
publicidade/propaganda e de turismo, consultorias,
e Banco Fator. Em 2017, a seguradora registrou um
designers gráficos, editoras e gráficas, empresas de
crescimento de 14%, quando comparado a 2016, so-
vídeo, filmagem e de mídia, engenheiros e arquitetos,
mando R$ 147 milhões em prêmios emitidos. Para-
advogados/escritórios de advocacia e contabilidade,
este ano, a meta é crescer 36%. A seguradora possui
farmácias, médicos/riscos médicos (ambulatórios,
uma expectativa muito grande de alcançá-la, princi-
clínicas médicas, dentistas/clínicas odontológicas,
palmente em decorrência do Portal do Corretor.
centros de diagnósticos, hospitais, laboratórios, ma-
Em seu portfólio estão o Seguro Garantia, Segu-
ternidades, prontos-socorros), veterinários/riscos ve-
ro Fiança Locatícia, Riscos de Engenharia, Riscos
terinários , creches, hotéis, lojas, entre outros.
Patrimoniais, Riscos Diversos – Máquinas e Equipamentos, Riscos Paramétricos, Responsabilidade Civil
Empresas que podem contratar apólice:
Geral, Responsabilidade Civil para Executivos (D&O) e Responsabilidade Civil Profissional (E&O).
Faturamento de até R$ 5 milhões por ano, domiciliadas no Brasil e constituídas por no mínimo dois anos.
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Visã Brasil País fica estagnado no ranking do IDH O Brasil ficou estagnado pelo terceiro ano consecutivo no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) permanece, desde 2015, na 79ª colocação entre 189 países analisados. O desempenho brasileiro atualmente é bem diferente do apresentado entre 2012 e 2014, período em que o país avançou seis colocações na classificação. Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano (PNUD) aponta que o Brasil alcançou a nota 0,759 - isso é apenas 0,001 a mais do que o obtido no ano anterior. A escala vai de zero a um. Quanto mais próximo de um, maior o desenvolvimento humano. O IDH avalia o progresso dos países com base em três dimensões: saúde, educação e renda. Os indicadores brasileiros usados para fazer o trabalho são de 2017. Além de revelar a estagnação, o
trabalho mostra que o Brasil continua sendo um país extremamente desigual. Se as diferenças fossem levadas em consideração, o País cairia 17 posições na classificação. O primeiro colocado no ranking preparado pelo PNUD foi a Noruega, que apresentou indicador 0,953. Em seguida, vem a Suíça, com 0,944 e Austrália, com 0,939. Níger, o último colocado, apresenta IDH de 0,354. Com a pontuação obtida, o Brasil continua no grupo classificado como de Alto Desenvolvimento Humano. Além do Brasil, outros 60 países mantiveram sua colocação no ranking. Na América do Sul, Argentina, Chile e Suriname. De todo o grupo, 34 países subiram no ranking e 94 tiveram queda na colocação. Na América do Sul, apenas o Uruguai melhorou sua posição do ranking, passando de 56º para 55º. Um dos indicadores responsáveis
pela manutenção do posto do Brasil no ranking foi a saúde. A esperança de vida ao nascer do brasileiro é de 75,7 anos, um indicador que ano a ano vem apresentando melhoras. Em 2015, por exemplo, era de 75,3. A área de conhecimento, por sua vez, apresenta poucas alterações. Desde 2015, anos esperados de escolaridade permanecem inalterados na marca de 15,4. A média de anos de estudo teve uma leve ampliação, de 7,6 para 7,8 no período 2015-2017. A renda, por outro lado, apresenta uma queda importante quando comparada com 2015. Naquele ano, a renda nacional per capita era de 14,350 ppp, caiu para 13,730 em 2016 e agora teve uma leve recuperação: 13,755 ppp. O IDH não usa a conversão real do dólar, mas o quanto se pode comprar com ele, chamado de paridade do poder de compra (PPP, em inglês).
Consumidor está menos pessimista com sua situação financeira futura Dados do Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) referentes ao mês de agosto revelam que o consumidor brasileiro está menos pessimista em relação à sua situação financeira futura e também à economia futura do País, nas comparações com agosto de 2017 e também com o mês anterior (julho). Segundo o índice, 38% dos entrevistados creem que sua situação financeira irá melhorar nos próximos seis meses, enquanto 21% acreditam numa piora. É uma mudança significativa em relação a agosto do ano passado, quando as parcelas eram 28% e 30%, respectivamente. Já em julho essa relação era de 36% e 26%.
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Trata-se do menor nível de pessimismo e o maior de otimismo para um mês de agosto desde 2014. Naquele período (pré-eleitoral), 51% dos brasileiros acreditavam que sua situação financeira melhoraria e apenas 14% apostavam num cenário negativo. “A partir de 2015, as crises política e econômica levaram a fortes quedas na confiança. Mas de um ano para cá o cenário começou a melhorar: o consumidor estava pouco esperançoso e agora ele já acredita que sua situação futura será melhor, assim como a do País. Aliás, acreditar no futuro é uma vocação do brasileiro”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Visã Brasil
Número de novas empresas sobe no primeiro semestre O número de novas empresas cresceu 10,1% no 1º semestre de 2018 ante o mesmo período do ano anterior, segundo levantamento da Boa Vista SCPC, com abrangência nacional. No 2º trimestre houve avanço de 1,1% em relação ao trimestre anterior.
estável em relação ao ano passado. Já o setor Industrial perdeu espaço, passando de 8,7% para 6,5% dos casos no período, enquanto o setor Rural teve participação de 0,9% no semestre. Composição - Setores Acumulado do ano
1S18/1S17
6,5% 0,9%
14,9% 10,1%
57,8%
Comércio Serviços 34,8%
Rural
3,3% Outros
MEI
Indústria
Total
Fonte: Boa Vista SCPC
Fonte: Boa Vista SCPC
Na classificação por forma jurídica, a variação acumulada no ano mostrou que as MEIs (Microempreendedor Individual) continuam com papel de destaque, crescendo 14,9% no semestre. Já os demais tipos de empresa caíram 3,3%, mantida a base de comparação. Em termos de composição, no resultado acumulado do ano as MEIs representam 78,4% dos casos.
Em comparação com 1º semestre de 2018 (1S17), apenas a região Norte registrou queda (-3,6%). As regiões Sudeste (11,9%) e Sul (12,9%) foram as que mais cresceram no número de novas empresas nos valores acumulados até junho de 2018. No mesmo sentido houve avanço nas regiões Centro-Oeste (8,2%) e Nordeste (7,2%).
1S18/1S17
Composição - forma jurídica Acumulado do ano
12,9% 8,2%
21,6%
11,9%
7,2%
MEI
78,4%
Outros
-3,6% CO Fonte: Boa Vista SCPC
Quando analisada a composição das novas empresas por setores, o levantamento mostrou que o setor de Serviços atingiu 57,8% de representatividade no 1º semestre de 2018, estando maior que os 55,8% observados no mesmo período 2017. O Comércio ficou praticamente
N
NE
S
SE
Fonte: Boa Vista SCPC
O Indicador Trimestral de Abertura de Empresa é realizado pela Boa Vista SCPC a partir das novas empresas registradas na Receita Federal, considerando todo o território nacional.
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Internacional
Vamos fazer um passeio por diversos temas de seguros Nos EUA, o programa de seguros para os motoReduzir os acidentes é um grande passo, mas ristas do UBER não é seguro de acidentes do traba- deve ser seguido por rotinas bem aplicadas de prelho, mas oferece benefícios semelhantes. venção, proteção e combate. Um executivo da área de gestão de riscos da
BOAS NOTÍCIAS. Nos EUA, em julho, os preços
Uber Technologies Inc. disse que há o programa da dos seguros caíram, novamente, na maioria das liempresa para cobrir despesas com acidentes, sus- nhas comerciais. tentado pelos motoristas, enquanto trabalham para
Muitas renovações nessas linhas foram fecha-
a Uber App. Esse programa é um importante primei-
das com pequenos descontos, exceto automóveis
ro passo para a implantação de benefícios para os e planos “guarda-chuvas”, segundo relatório menmotoristas, mas afirmou que o programa não é “aci- sal da IVANS Insurance Solutions. dentes do trabalho”.
Os incêndios florestais na Califórnia e as temEssa questão “não ser acidentes do trabalho” en- pestades torrenciais nas regiões Meio-Oeste e volve o que aqui no Brasil é conhecido como “vínculo Oeste dos EUA, desde de julho, podem causar perempregatício”! Aliás, vale lembrar que houve ações das de mais de US$ 1 bilhão e US$ 100 milhões na justiça de motoristas UBER nos EUA, pedindo o respectivamente, segundo relatório da unidade reconhecimento do vínculo empregatício. Aon P.L.C`s Impact Forecasting. Na construção civil, vemos que o boom de obras está vivendo com um dilema na segurança do traba-
O 11 de setembro de 2001 ainda repercute. Um juiz federal rejeitou uma ação do constru-
lho, uma vez que as fatalidades crescem e experts tor do NEW YORK WORLD TRADE CENTER pedindo em segurança estão buscando como mitigar parte US$ 14 milhões, parte do pagamento de acordo do risco com novas tecnologias.
com os seguradores do WTC e as companhias de A prevenção de acidentes tem nas novas tec- aviação relativos aos ataques. nologias um grande apoio para a redução de ocorrências.
Carlos Barros de Moura, corretor de seguros
A GRANDE JORNADA PELO MUNDO DOS SEGUROS Patrocinadores: Escola Nacional de Seguros, Bradesco Seguros, HDI, Icatu, Porto Seguro, Tokio Marine, Sompo Seguros, Sindseg-SP
Toda segunda-feira, das 7hs às 8hs Apresentação – Pedro Barbato Filho Rádio Imprensa FM 102,5 O programa pode ser ouvido em tempo real, pelo portal www.pbfproducoes.com.br
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Panorama
Os desequilíbrios da Previdência Social e sua esperada Reforma ainda são temas que geram muitas dúvidas e estiveram no centro dos debates durante o IMPROVE, evento promovido em São Paulo. O CEO da Zurich no Brasil e presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Edson Franco, fez uma apresentação traçando um panorama do atual momento do sistema previdenciário brasileiro e perspectivas para os próximos anos. O executivo destacou a relação entre discursos que não refletem a realidade e falta de informações corretas. Para ele, há uma espécie de Mitos e Verdades da Previdência. Um exemplo claro diz respeito ao atual déficit – R$ 268,8 bilhões em 2017 – referente ao INSS e à Previdência dos servidores públicos federais. “Ouvimos discursos enfatizando que se resolvermos questões relacionadas ao déficit do setor público, resolve-se automaticamente o problema da previdência. E não é verdade. Ainda que exista injustiça social na diferença de modelos entre o INSS e a previdência dos servidores públicos, o real problema está na projeção do déficit futuro do INSS dada a tendência de envelhecimento da população. Hoje temos 8,4 trabalhadores ativos para cada inativo. Em 2060 serão dois ativos para cada inativo. Não tem como essa conta fechar”, ressaltou. Outra informação bastante disseminada e que, segundo Franco, não condiz com o real é que a idade mínima proposta na Reforma prejudicaria os trabalhadores de classes menos 22
Arquivo
Mitos e Verdades da Previdência
Edson Franco: reformulação é imprescindível e inadiável favorecidas. “A maioria dos profissionais que se aposentam hoje com salário mínimo já o fazem em função da idade mínima de aposentadoria. Geralmente, essas pessoas começaram a trabalhar muito cedo, mas na informalidade, não tendo como comprovar e, portanto, se aposentar por tempo de contribuição”, afirmou. Para o executivo, os desafios do sistema previdenciário são estruturais e uma reformulação é imprescindível e inadiável. Porém, independentemente da Reforma, o segmento de previdência complementar deve continuar inovando e crescendo no país. E essa expansão está relacionada com a perspectiva de uma conscientização maior do brasileiro sobre a necessidade de formação de uma poupança previdenciária complementar.
Estudo recente divulgado pela seguradora Zurich, em conjunto com a Universidade de Oxford, apontou o brasileiro como o povo mais vulnerável em relação a reservas pessoais, entre os 11 países pesquisados. Setenta e dois por cento dos entrevistados afirmaram que poderiam sobreviver financeiramente somente por até seis meses em caso de perda de renda, enquanto 28% não teriam como custear seus gastos por mais de um mês. “A população precisa enxergar que a proteção da própria renda também faz parte de um planejamento financeiro responsável. Por tudo que já foi exposto em relação ao sistema previdenciário brasileiro, a fonte governamental não será sustentável para garantir a totalidade dos rendimentos da população no futuro”, concluiu Edson Franco.
Reconhecimento
“As PMEs que mais crescem no Brasil”
A assistência que se conecta a
VOCÊ!
O ano de 2018 está sendo muito positivo para a I4PRO. A Companhia foi selecionada pelo 6º ano consecutivo entre as “PMEs que mais crescem no Brasil”. Segundo pesquisa realizada pela Delloite em parceria com a Revista Exame, a empresa conquistou a 86ª posição entre as empresas que mais expandiram seus negócios ao longo dos últimos três anos completos (2015, 2016 e 2017). Um dos principais diferenciais da I4PRO é oferecer uma plataforma tecnológica ampla e atualizada, capaz de atender aos segmentos de Seguros, Resseguros, Empresas de Capitalização e de Previdência. Funcionando como um One Stop Shop de soluções destes segmentos, a I4PRO já foi escolhida como fornecedor de 48% dos grupos segura-
dores atuando no Brasil. Para alcançar esses resultados, a Companhia continuou investindo em pesquisa e desenvolvimento, independente das crises da economia. A cada ano a empresa se reinventa, promovendo um novo conjunto de ações para aprimorar o atendimento ao cliente, a valorização de seus colaboradores, a fixação da marca e da cultura inovadora junto ao mercado segurador. A classificação em mais uma edição da pesquisa é de extrema importância e está alinhada com o reconhecimento por parte dos clientes, parceiros e colaboradores. Na opinião de seu CMO Mauricio Ghetler, “o reconhecimento nos orgulha muito. Mas sabemos que os desafios de cada ano são diferentes no Brasil”.
(11) 2101-2800 23 www.ikeassistencia.com.br
Contratação
Reprodução
Modelo de atendimento de saúde privada deve mudar em menos de 10 anos
Cadri Massuda (*) Já começa a ser oferecido pelos planos de saúde uma opção de contratação que tem como base o modelo de saúde europeu, no qual o paciente conta com a assistência primária de um profissional que pode ser um médico de família ou um clínico geral. É esse profissional que irá cuidar e gerir a saúde desse usuário e é ele quem tem a decisão de encaminhar para um especialista ou para exames, quando necessário. Hoje, o modelo vigente privilegia os especialistas e dá ao paciente a possibilidade de marcar consultas e exames sem indicação médica para isso. A princípio pode parecer um grande benefício, mas na prática é um modelo que causa um grande desgaste aos beneficiários, além de não ser sustentável. Por este motivo está fadado ao fracasso a curto prazo e médio: em menos de 10 anos o modelo deve ser gradativamente substituído. Contar com um médico acompa24
Modelo vigente privilegia os especialistas e dá ao paciente a possibilidade de marcar consultas e exames sem indicação médica para isso. A princípio pode parecer um grande benefício, mas na prática é um modelo que causa um grande desgaste aos beneficiários nhando sua saúde e de sua família ao longo da vida traz inúmeros benefícios. Muitos casos simples são resolvidos conhecendo o histórico de saúde e familiar do paciente. Por exemplo: uma dor de cabeça será investigada por um neurologista com exames, mas o médico de família pode facilmente diagnosticar que se trata de um caso tensional, eliminando consultas e exames desnecessários.
Em outro exemplo, um adulto de 40 anos que tem se preocupado recentemente com a sensação de fisgadas no peito terá que escolher entre o cardiologista, o ortopedista, o gastroenterologista e, ainda, se uma consulta eletiva ou de urgência. Todos esses profissionais, por mais qualificados que sejam, atuarão com o objetivo de excluir se a causa do sintoma está relacionada à sua especialidade ou se é um caso urgente. Isso quer dizer que não necessariamente irão se preocupar em compreender de forma ampla o problema do paciente. Estudos como os realizados pela pesquisadora Barbara Starfield nas décadas de 1990 e 2000, comparando sistemas de saúde de diversos países mostraram a diferença entre esses dois modelos, o com acesso direto aos especialistas focais e aqueles com o médico de família como referência central para o cuidado. Nesse último, indicadores de saúde como os de internações por condições sensíveis à atenção primária e mortalidade infantil, dentre outros, são melhores e os custos mais baixos. Os pacientes avaliam bem esse modelo, wporque passam a contar com um profissional acessível e de referência para a maioria das suas dúvidas e problemas de saúde. Passam a ter a ajuda de um profissional capacitado para indicar quando é realmente necessário encaminhar para especialistas, solicitar exames mais detalhados ou mesmo indicar procedimentos. Sobretudo, passam a ter a segurança de saber que sua saúde está sendo avaliada de forma global, e não fragmentada, como é feito nos dias de hoje. (*) presidente da regional PR/SC da ABRAMGE - Associação Brasileira de Planos de Saúde
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Serviços
Arquivo
O caminho da blindagem de um veículo
Em 2017, mais de 15 mil carros foram blindados no país, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). A proteção foi a alternativa buscada por cidadãos frente ao crescimento da violência urbana e da sensação de insegurança. Mas, como é feito o processo de blindagem? Quais partes do veículo recebem a proteção? O processo exige equipe altamente capacitada e, quanto mais tecnologia tiver o carro, mais complexo é o procedimento. A seguir, Fábio Rovêdo de Mello, diretor da Concept Blindagens, de São Paulo, descreve o passo a passo da proteção: - O primeiro passo é a obtenção de autorização para a blindagem junto ao Exército Brasileiro, órgão que fiscaliza o setor, bem como a escolha do nível de blindagem. O mais usado no país é 26
o nível III-A, que resiste aos disparos de submetralhadoras (pistolas) 9mm e revólveres .44 Magnum. Somente após essas ações é que o veículo estaciona na blindadora. - Por computador, são feitas todas as medidas do veículo. Elas vão nortear os cortes das chapas de aço e dos painéis balísticos a serem instalados. Esses são os materiais que darão a proteção aos ocupantes do carro. - Internamente, o veículo é todo desmontado. Tudo é catalogado e armazenado e à carroceria, então, é incorporado o painel balístico. Depois, é a vez de instalar as chapas de aço. Elas são colocadas nas colunas do veículo e nos pontos considerados de maior vulnerabilidade, como nas junções dos painéis balísticos. Todas as áreas internas, como colunas, maçanetas, laterais, inclusive teto, de-
vem receber a proteção. - Os vidros são totalmente substituídos. Os originais dão lugar a um kit de vidros blindados, respeitando-se o nível de blindagem contratado. Os sistemas de acionamento dos vidros elétricos são redimensionados de acordo com cada modelo. Depois, o veículo é novamente montado e passa por pesagem e testes para checar eixo de gravidade, dinâmica, detecção de barulhos, impermeabilidade, eletrônica e suspensão, entre outros cuidados. O processo todo leva em torno de 30 dias e somente após a aprovação nos testes é que o veículo é finalmente liberado para o cliente.
Quanto custa? De acordo com a Abrablin, o valor médio para a proteção no nível III-A
em 2017 foi de R$ 53.600,00. No entanto, Fábio Rovêdo de Mello alerta que o consumidor não defina a blindadora que aplicará a proteção tendo como fator único ou primordial o preço. “Outros fatores são fundamentais, tais como capacidade e equipe técnica para executar o serviço, certificações e regulamentação junto aos órgãos fiscalizadores do segmento e histórico da empresa no mercado. Tudo isso garantirá a sensação de segurança buscada por quem recorre ao blindado”, destaca Mello. O diretor da Concept esclarece que como a blindagem torna-se definitivamente indissociável do veículo, não faz sentido decidir somente no critério preço da blindagem e sim no preço do conjunto já associado (carro + blindagem). “Ao fazer esse cálculo, o interessado verá que a diferença percentual entre um conjunto de baixa qualidade é extremamente pequena em relação a um conjunto de alta qualidade, sem contar nos riscos inerentes a ineficácia de proteção, e de impactos nos sofisticados sistemas eletrônicos que compõem os modelos de carros atuais”, afirma o executivo. Ranking Segundo a pesquisa da Abrablin, no ranking de blindagem o Estado de São Paulo lidera, concentrando quase 74% da produção. Rio de Janeiro ocupa a segunda posição, com 8,45%. Os Estados de Pernambuco (3,3%); Rio Grande do Sul (2,65%); e Ceará (2,4%) compõem a lista dos cinco Estados que mais blindaram. Os 9,2% restantes são distribuídos pelos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Pará, Goiás e Paraná, além de outros que apresentaram menor demanda.
Diferenças na hora de fazer um seguro Para fazer um seguro de carro blindado, são necessários os seguintes documentos: Nota fiscal do serviço de blindagem, emitida pela empresa que realiza a blindagem; Autorização do Exército para blindagens, solicitada via despachante (algumas seguradoras aceitam a declaração do requerimento do despachante); Esses documentos são solicitados pelas seguradoras para avaliar a procedência da blindagem, isso é, se ela foi feita de maneira correta e respeitando o padrão da lei, além de saber o custo total da blindagem; Além desses documentos, a seguradora solicita uma vistoria no veículo blindado, mesmo que ele seja zero quilômetro. Essa é uma característica diferente dos veículos sem blindagem, que não precisam de vistoria caso sejam zero quilômetro; No momento de contratar o seguro para o carro, é necessário escolher também a cobertura adicional de blindagem. Com ela, tem-se a proteção específica no caso de precisar reparar algum dano do veículo. Valor de escolha como indenização: quanto mais alto, mais gastos serão cobertos. O seguro Auto é mais caro para carros blindados? O valor da blindagem afeta o valor final do seguro, pois a seguradora passa a cobrir o valor do veículo mais o valor da blindagem. Entretanto, o valor do seguro para o mesmo carro blindado e com donos diferentes podem alterar. Isto acontece porque o perfil e risco de cada condutor é diferente, assim como as coberturas, franquias e assistências escolhidas. Também deve levar em consideração que o valor da blindagem – que influencia no preço do seguro – pode ter sido diferente para cada um dos donos. Fonte – Bidu Corretora
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Conscientização
Reprodução
Homens se envolvem em mais acidentes de trânsito
Ultimamente se comemora o Dia Nacional do Homem. A data foi criada para reforçar a importância dos cuidados com a saúde, muitas vezes deixados de lado pelos homens. Os números divulgados pela Seguradora Líder, responsável pela administração
do Seguro DPVAT, também comprovam a necessidade de conscientização no trânsito. Segundo os dados, 75% das indenizações pagas por acidentes de trânsito no Brasil são para vítimas do sexo masculino. Apenas no ano passado, foram quase 384 mil inde-
nizações pagas pelo DPVAT. Destas, a maior parte foi para homens entre 18 e 34 anos. Eles também representaram 82% das vítimas nos casos de acidentes com mortes. De acordo com especialistas, normalmente, os homens se mostram mais impacientes ao volante e menos atentos às normas de trânsito. Assim, atitudes como o não uso dos equipamentos de segurança, abuso de ultrapassagens e utilização de aparelhos eletrônicos acabam se tornando frequentes causas de acidentes (ver artigo pág. 30). ‘Dados do Denatran mostram que, dos 45 milhões de motoristas no Brasil, quase 30 milhões são do sexo masculino. De acordo com os números, 71% dos acidentes no país são provocados pelos homens. Além disso, 70% das multas registradas são para motoristas do sexo masculino. Segundo o Censo do IBGE 2010, a
As mulheres são mais cuidadosas, prudentes e se envolvem menos em acidentes. Especialistas garantem que algumas características do sexo feminino, refletem, sim, no trânsito. E os dados divulgados pela Seguradora Líder, responsável pela administração do DPVAT, no Boletim Estatístico Especial “Mulheres no Trânsito” comprovam a afirmação. Do total de quase 384 mil indenizações pagas pelo Seguro DPVAT em 2017, apenas 25% foram para vítimas do sexo feminino. As mulheres tendem a ser mais atentas na direção ou nas ruas. Além disso, elas costumam respeitar mais às normas e leis de trânsito, como o uso do cinto de segurança e da cadeira infantil. Isso reflete diretamente nos números. 28
DPVAT
Características do sexo feminino refletem no trânsito
população brasileira é composta por 49% de homens e 51% de mulheres. ‘Ainda de acordo com os números da Seguradora Líder, no comparativo entre homens e mulheres, o maior risco associado ao volante também pode ser verificado pelas estatísticas referentes ao condutor do veículo. Em 2017, 42% das indenizações pagas para condutores dos veículos foram para o sexo masculino, contra apenas 7% para motoristas do sexo feminino. Os números revelam ainda que a maior incidência de indenizações pagas foi para a faixa etária considerada economicamente ativa, de 18 a 34 anos, representando 37% dos indenizados (cerca de 142 mil). No recorte de acidentes com motocicletas, também no ano passado, 88% das indenizações por morte e 79% por invalidez permanente também foram para homens. Já as indenizações por acidentes com os demais veículos representaram 65%. Isso demonstra que motociclistas do sexo masculino se envolvem em mais acidentes que condutores homens dos demais veículos. Somente em 2018, de janeiro a maio, já foram pagas 148.164 indenizações por acidente de trânsito em todo o território nacional, sendo aproximadamente 111.123 sinistros pagos a vítimas do sexo masculino.
Brasileiro gasta, em média, R$ 3.587 por ano com seguro automotivo Levantamento realizado pela TEx aponta que o brasileiro paga anualmente, em média, R$ 3.587 por um seguro de automóvel. E, dependendo do Estado, o seguro pode custar até três vezes mais que em outras regiões. O estudo levou em consideração 2,3 milhões de cotações realizadas por corretores de seguros por meio da plataforma da TEx, o Teleport, durante um período no primeiro semestre deste ano. Os dados mostraram que o Estado brasileiro com seguro mais barato é Santa Catarina, com média de R$ 2.932, enquanto o mais caro é encontrado em Roraima, na região Norte, com custo anual médio de R$ 8.720. Entre as descobertas, o levantamento mostrou também que no Rio de Janeiro o custo de um seguro automotivo é, em média, de R$ 4.187 ao ano, 28% mais caro que o seguro pago pelos paulistas, no valor de R$ 3.273. Em termos gerais, o Norte tem os seguros mais caros do País. Os sete Estados da região se encontram entre os 12 que têm o seguro mais caro. Já na região Nordeste, Pernambuco e Rio Grande do Norte são os Estados que se destacam por terem o seguro mais barato, no valor de R$ 3.194 e R$ 3.074, respectivamente. Segundo a Fenaseg, o número de carros roubados ou furtados cresce a cada ano, tanto nas capitais brasileiras como nas cidades do interior, exigindo cada vez mais medidas extras de segurança por parte de seus proprietários. “São vários os fatores que impactam na formação da média de cada Estado, entre eles o número de veículos segurados e o perfil dos modelos mais procurados, por exemplo. Entretanto, os índices de violência, que refletem no número de sinistros, acabam sendo o fator mais importante na definição do prêmio”, diz Emir Zanatto, diretor de Operações da TEx. “Isso explica, por exemplo, porque o seguro é mais caro no Rio de Janeiro do que em São Paulo, que tem o quarto mais barato do Brasil, abaixo da média nacional”, explica.
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O grande vilão é o telefone celular Ponto de Vista | ANTONIO PENTEADO MENDONÇA
O Brasil tem números dramáticos no quesito mortes no trânsito, sendo responsável por um elevaacidentes de trânsito. Morrem anualmente, vítima do número de acidentes graves em função da falta de deles, algo próximo de quarenta e três mil pesso-
atenção do motorista, que está utilizando o celular ao
as e mais de duzentas mil ficam permanentemen-
mesmo tempo em que dirige.
te inválidas.
As análises criteriosas e confiáveis do caos das
As causas são simples de serem explicadas, ruas brasileiras apontam para um aumento expressivo ainda que sejam difíceis de serem digeridas. Sem do número de multas aplicadas aos motoristas que estabelecer uma ordem de importância entre elas, dirigem falando ao celular. merecem ser citadas a imprudência dos motoris-
Segundo o Denatran, no primeiro semestre do ano,
tas, o consumo de álcool, o desrespeito das nor-
o número de multas para motoristas que usam celumas de trânsito, a morosidade da Justiça, a cor- lar ao volante atingiu duzentas e sessenta e oito mil rupção dos agentes públicos, a falta de projetos infrações em todo o país, um aumento de 167% em adequados para o traçado das vias, a falta de ma- comparação ao mesmo período do ano passado. nutenção, a falta de sinalização, a inconsequência É número para ninguém colocar defeito, mas está de pedestres e ciclistas, o despreparo dos agentes muito abaixo da realidade de nossas ruas. A maioria de trânsito e a fiscalização insuficiente. A lista é dos casos em que motoristas falam ao celular diripraticamente inesgotável.
gindo não é sequer observável, já que a imensa maio-
Levantamentos a respeito apontam para um ria das vias do país simplesmente não são monitoquadro no qual, majoritariamente, as vítimas são
radas ou ao menos fiscalizadas regularmente pelos
pessoas jovens e do sexo masculino. E a imensa agentes de trânsito. maioria das mortes é de motociclistas e aconteEnquanto os países desenvolvidos dão especial cem na região Nordeste. atenção ao fenômeno e em vários deles as seguraSe a quantidade de acidentes com vítimas as- doras são eximidas do pagamento das indenizações susta, imagine o número total de acidentes de trân- quando fica provado que no momento do acidente o sito que ocorrem no Brasil, muitos dos quais, pela
motorista estava ao celular, no Brasil, lamentavelmen-
falta de gravidade ou dificuldade de acesso, não te, a situação é completamente diferente. Não se vê são sequer percebidos pelas estatísticas. um esforço sério em nível nacional, para coibir o uso Não seria exagero, numa avaliação conserva- do celular pelos motoristas. dora, colocar este número próximo de um milhão
É verdade que em cidades como São Paulo e
de acidentes por ano, englobando desde pequenas Rio de Janeiro há uma atenção maior, além do quê batidas sem maior importância até gravíssimos estão sendo tomadas providências concretas para acidentes envolvendo vários veículos de diferentes coibir a infração. O aumento do número de multas é tipos, com dezenas de mortos e feridos. decorrente destas ações, mas elas precisam ser exOs países desenvolvidos detectaram há alguns pandidas para todo o país e isto não vai acontecer anos um novo fenômeno, que rapidamente vem se tão rapidamente. tornando um dos principais protagonistas dos aciÉ justamente aí que mora o problema. Não adianta dentes de trânsito: o uso do celular ao volante.
nossas autoridades aumentarem o valor das multas e
Falar ou digitar ao celular enquanto se está diri- a fiscalização continuar deficiente. Até que isto seja gindo se transformou na principal causa de aciden- mudado, milhares de brasileiros continuarão morrentes envolvendo veículos. Para muitos motoristas do ou ficando permanentemente inválidos por conta pode parecer sem sentido, ou conversa de gente da irresponsabilidade de motoristas que querem que “conservadora”, mas a realidade tem mostrado de os outros se lixem. forma insofismável que o uso do celular é incompatível com o ato de dirigir. Atualmente, nos países desenvolvidos, o uso Publicado no jornal “O Estado de S. Paulo” em indevido dos celulares já é a principal causa de 3/9/2018
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Ensino e Cultura
SBCS gerou mão de obra altamente qualificada para seguradoras, corretoras de seguros e para o exercício de atividades profissionais autônomas
Fotos arquivo
Pioneira, Sociedade Brasileira de Ciências do Seguro comemora 65 anos de atividades
Uma das organizações mais tradicionais do mercado - criadora do primeiro “Centro de Ensino” no Brasil dedicado à formação de profissionais do setor de Seguros -, a Sociedade Brasileira de Ciências do Seguro (SBCS) está completando 65 anos de atividades. Para marcar a data, a entidade promoverá em novembro um evento comemorativo dirigido às seguradoras, corretores de seguros e prestadores de serviços do setor. Pioneira, os objetivos iniciais da SBCS tiveram origem em 1953, quando idealistas se reuniram no “Palácio Mauá”, no Viaduto Dona Paulina, em São Paulo, a fim de deliberarem sobre a fundação definitiva da entidade na forma de uma associação civil sem fins lucrativos. A aceitação dos propósitos da SBCS e os reflexos positivos de sua 32
atuação junto ao mercado de seguros fizeram com que os objetivos sociais fossem progressivamente ampliados, como os de integrar e de promover as atividades de caráter artístico, cultural, educacional, de formação profissional e de cunho social, bem como o estudo, a pesquisa, o ensino e a divul-
gação das Ciências do Seguro. Entre as atividades da SBCS, constam os seguintes seminários e palestras: “O Seguro e a Nova Ordem Constitucional”, “Detecção e Prevenção de Fraudes em Seguros”, “Ganhos de Produtividade para as Seguradoras”, “Seguro de Fiança Locatícia”, “Seguro
co problema da cobrança de prêmios de seguros e da regulamentação da profissão do corretor de seguros. Pioneirismo Como realização pioneira no mercado de seguros e no país, foi possível criar e implantar um Curso Técnico de Seguros, mediante Convênio celebrado em 2002, entre a SBCS e o CEETEPS – Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, realizado na ETEC “Prof. Camargo Aranha”, integralmente custeado pelo Poder Público Estadual, sem qualquer ônus para os alunos. O Curso Técnico, composto de três módulos com um total de 900 horas/aula e três semestres de duração, exigiu dos formandos a apresentação do TCC - Trabalhos de Conclusão de Curso, com estes temas: “Seguro de Condomínio”, “Responsabilidade Civil em Haras”, “A Cultura do Seguro”, “Seguros Ambientais”, “O Seguro Educacional”, “Resseguros”, “Lavagem de Dinheiro”, “Microsseguros”, “Fraude em Seguros”, “Seguro de Transportes”, “Fraudes nos Seguros de Autos”. de Transporte Internacional”, “Comercialização do Seguro de Lucros Cessantes”, “Seguro de Acidentes do Trabalho”, “Resseguro em Mercado Livre”, “O Seguro e a Violência no Trânsito”, “O Seguro Saúde – Legislação, Desafios e Perspectivas”, “A Crise de Energia e seus Reflexos nos Contratos de Seguros”, “O Novo Código Civil e os Contratos de Seguros”, “Visão Geral e Atualizada sobre o Microsseguro no Brasil”, “O Futuro do Resseguro no Brasil – Perspectivas e Desafios”, a palestra “Crise Mundial e o Mercado Segurador Brasileiro”, Seminário Internacional de Seguros de Pessoas e eventos sob o título “ConSciência em Seguros”. Foram realizadas, também, mesas-redondas para debate do então crôni-
GESTÃO - PRESIDENTES DA SBCS 1953/1955 - Egon Felix Gottschalk 1956 /1961 - Cav. Humberto Roncarati 1962/1963 - Osório Pâmio 1964 1965 - Cav. Humberto Roncarati 1966 /1967 - Alberico Ravedutti Bulcão 1968 /1969 - Osório Pâmio 1970/ 1971 - Alberico Ravedutti Bulcão 1972 /1977 - Sérgio Túbero 1977/ 1987- José Francisco M. Fontana 1987/ 1991 - José Sollero Filho (foto) 1991 /1993 - Angelo Arthur de M. Fontana 1993 /1997 - José Francisco M. Fontana 1997 /2009 - José Carlos Stangarlini 2010 / 2013 - Serafim Gianocaro 2013/2019 – Affonso H. Oliveira Fausto
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Perfil
Por Camila Oliveira Affonso Fausto é presidente da Sociedade Brasileira de Ciências do Seguro – SBCS, entidade tradicional no ramo, criadora do primeiro centro de ensino dedicado à formação de profissionais de seguro no Brasil. Nascido em São Paulo, viveu a infância e pré-adolescência em Santos, litoral sul do Estado, e retornou à capital paulista aos 14 anos para se dedicar aos estudos. Formou-se em Direito na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em 1960. Fausto é casado há 55 anos com Marita Fausto, 78, com quem tem um casal de filhos: Carlos Alberto, 54, e Helena Fausto, 51, que seguiram as profissões do pai: o filho atua como corretor de seguros e a filha é advogada. Em 1961, aos 24 anos de idade, conseguiu o seu primeiro emprego com carteira assinada. Trabalhou como orientador jurídico para os funcionários da Volkswagen, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Atou 12 anos orientando e criando projetos que beneficiassem os funcionários da mon34
tadora, com foco em educação, assistência médica, alimentação, plano de previdência em grupo e direitos jurídicos e sociais, para a promoção e desenvolvimento pessoal dos colaboradores e de seus familiares. Com passagens por diversas outras empresas, em 1973, recebeu convite para montar a seguradora Prever Seguros. Anos após, passou a fazer parte da equipe da SBCS, fundação que completa 65 anos, e da qual Fausto é presidente (2013/2019). Dedicado à SBCS, seu maior desejo profissional é continuar divulgando conhecimento e capacitando profissionais de seguro. “Eu gostaria de fazer com que os funcionários de corretoras fossem melhor habilitados, capazes de explicar uma tábua atuarial”, pondera.
Paixão por carros Apaixonado por autos desde jovem, Fausto adquiriu seu primeiro veículo, um Javelin - carro inglês, por volta de 1957. A paixão virou hobby e ele passou a correr no Autódromo de Interlagos.
Além do gosto pela corrida, Fausto também colocava a mão na massa. Logo começou a trabalhar numa oficina mecânica no centro de São Paulo, onde aprendeu a fazer manutenção nos amortecedores dos veículos. Acostumado a trocar de carro a cada seis meses, diversos modelos de automóveis passaram por suas mãos – entre eles, carros de guerra como o Jipe Willys. Mas um ganhou espaço especial em seu coração: o tradicional Fusca. Fausto teve cerca de 30 veículos deste modelo.
Dos automóveis para os livros Atualmente, a paixão de Fausto é pela leitura. Entre os títulos preferidos do presidente da SBCS estão: best-sellers americanos, como a coleção do escritor norte-americano Dan Brown. A literatura brasileira, no entanto, traz lembranças boas, que remetem à sua infância. Fausto é apreciador das obras de Guimarães Rosa, Antonio Felício dos Santos e Mário Palmério. “Estou voltando às minhas origens lendo as obras desses autores nacionais. A linguagem usada por eles é a mesma que eu ouvia na fazenda do meu pai e me faz sentir como se tivesse 18 anos”, relembra com emoção. Fotos arquivo
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Comportamento
O corretor de seguros e o código de vestimenta Fotos arquivo
Será que o corretor de seguros deve se apresentar sempre de terno e gravata? Será mesmo?
por Renato Cunha Bueno (*) Quando iniciei na profissão, 40 anos atrás, era inadmissível um profissional ser visto sem terno e gravata. Uma ocasião encontrei um colega muito elegante que estava desempregado, enquanto eu caminhava com o diretor da seguradora para a qual trabalhava, pelo centro da cidade, região que à época abrigava praticamente todas as grandes empresas de São Paulo. Éramos amigos deste profissional e meu chefe ficou muito bravo com ele. “Como você tem coragem de vir ao Centro de roupa esporte? Assim você se desvaloriza e se alguém te vir ficará com uma má impressão. Volte para casa agora e só reapareça no Centro trajado adequadamente”. O amigo, totalmente envergonhado, saiu defininho e foi embora com o rabo entre as pernas. Muita coisa mudou de lá para cá. Mesmo o Lloyd’s de Londres, que frequento há mais de 20 anos como corretor de resseguros, mudou. Antigamente, mulheres não eram admitidas, os homens tinham cabelos curtos e ninguém tirava o paletó e a gravata nem dentro nem fora do Lloyd’s. Alguns hábitos ainda se mantêm, afinal de contas a Inglaterra é a terra 36
da tradição. Ternos só pretos, cinzas ou azul marinho e o sapato sempre preto, jamais marrom, e nunca blazer! Em compensação eles hoje barbarizam nas meias, forros de paletós e gravatas, tudo super colorido, e nos escritórios dos corretores a grande maioria trabalha sem gravata e sem paletó, os jovens com a camisa fora da calça. Aqui no Brasil as coisas também se transformaram, só que mais radicalmente. A princípio veio a sexta-feira casual e algumas seguradoras, ainda com muita preocupação com a aparência formal, chegaram a contratar consultorias de profissionais da moda como da Gloria Kalil, para “educar” e deixar os funcionários mais chiques. Depois, aos poucos, os funcionários de empresas do mercado segurador e financeiro foram se liberando das gravatas e passaram a se vestir à maneira de Mahmoud Ahmadinejad, ex presidente do Irã, de terno e sem gravata, e logo os blazers sem gravata passaram a dominar. Nada contra o uso de ternos e gravatas ou qualquer tipo de roupa, cada um que se apresente como gosta, mas a verdade é que a grande maioria das pessoas se veste cada vez mais de forma casual e confortável usando inclusive jeans, camisas polo, sapatos mocassim e até tênis e camisetas. Para minha surpresa, recebi uma notícia publicada no jornal “O Estado de S. Paulo”, que de tão surpreendente reproduzo integralmente:
Itaú Unibanco libera dress code ao gosto de cada colaborador Depois de liberar o uso da bermuda na vestimenta diária, em resposta a uma demanda dos funcionários do seu Centro de Tecnologia, o Itaú Unibanco foi além. A partir deste mês, cada um dos seus mais de 85 mil colaboradores Brasil afora poderá escolher o traje de cada dia a seu bel-prazer. De camiseta, de tênis, de terno, de jeans e até de bermuda. O novo dress code do Itaú tem como mote “o nosso jeito tem seu estilo”. Bom senso. A iniciativa, que começa a vigorar no banco, tem apenas duas regras: o bom senso e o cliente em primeiro lugar. As unidades externas do Itaú, que somam outros cerca de 14 mil funcionários, vão avaliar como aplicar a adoção do novo dress code. Por isso, hoje aconselho: trabalhe bem, seja responsável e bom profissional, pois a aparência não resolve mais o problema de ninguém. Isso sem esquecer a boa regra do Itaú Unibanco: “bom senso e o cliente em primeiro lugar”. (*) sócio-diretor da ARX Re Corretora de Resseguros e coordenador da Comissão Grandes Riscos e Resseguros do Sincor-SP
V O C Ê É ÚN I CO ?
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w w w. a g e n c i a u n i u s. c o m . b r (11) 2339 8008 | 2219 1718 37
PONTO FINAL LEILA NAVARRO
Vendedor, como anda a sua criatividade? Para ser um vendedor empreendedor, você não precisa abrir, É também um excelente exercício de debate criativo e inonecessariamente, o seu próprio negócio. Ser um vendedor empre- vador. Ele possibilita um grande uso da criatividade, que é uma endedor é ter posturas e atitudes empreendedoras. Significa que ótima forma para encontrar soluções e tomar decisões. Assim, você pode ser um vendedor empreendedor dentro da sua casa, na através da criatividade e da inovação é possível criar condições empresa em que trabalha, na sua comunidade, com o seu grupo de sobrevivência às mudanças que nos atingem tanto no universo de amigos, e em vários outros lugares.
profissional quanto no pessoal.
Para você ter essa postura empreendedora e ser um vendedor
As empresas americanas têm por hábito estimular a prática em constante aprendizado, basta você usar e abusar da sua criati- do brainstorming com seus colaboradores para idealizar cenários vidade. É ela quem lhe ajuda a desenvolver essa autonomia. Crer de futuro, ou seja, projetar os negócios alguns anos ou décadas na que você já possui essa capacidade criativa é um grande passo. frente, para encontrar soluções para produtos, vislumbrar o perfil Após isso você só precisará saber quando será necessário utilizá- e as exigências dos clientes, entre outras questões. -la, e contar sempre com ela naqueles momentos em que você busca soluções para determinados problemas.
Você pode utilizar essa técnica na empresa em que trabalha. Assim você exercita o intelecto e a criatividade e mantém um flu-
Ter idéias criativas é o mesmo que ter organização e boa análi- xo permanente de idéias. Sem contar que é um excelente exercício se dos acontecimentos que estão ao seu redor. É estar em sintonia para projetar os cenários de futuro dos negócios de sua empresa, com o universo.
o que, consequentemente, possibilita ações de investimento e de Você sabe como anda a sua criatividade? Consegue ter pelo precaução e prevenção de riscos. menos uma idéia diária? O que você faz para alimentar seu procesPor exemplo: Forme um grupo de pessoas para que cada um so criativo? Já reparou em que condições e momentos você tem as exponha sua idéia sobre um determinado assunto. Não se esqueça melhores idéias? Essas idéias são utilizadas única e exclusivamente de incentivar a participação de todos. Juntos vocês encontrarão no trabalho ou são aplicadas na sua vida pessoal? Você compartilha ótimas oportunidades para fazer planejamentos de negócios, essuas idéias com outras pessoas? Sabe o que é Brainstorming? tratégias e ações, e criar novos produtos e metodologias. O imporEstou fazendo perguntas demais? Mas foram propositais, para tante é deixar que todos sintam segurança e liberdade para expor que você perceba que o primeiro passo a tomar, para incrementar suas idéias, inclusive, de maneira desordenada, sem se preocupar o seu processo criativo, é questionar-se, analisar as informações se elas são possíveis ou não. A associação de várias idéias pode de que dispõe, mudar de postura e abrir a mente. Estimule-se a ter culminar na solução do problema, necessidade ou dificuldade em idéias que possam trazer melhorias seja para as suas relações pes- debate. Quanto mais idéias, melhor! soais, seja para a sua qualidade de vida. Ser criativo é ser inovador, portanto, não siga fórmulas de sucesso.
Você também pode fazer esse exercício sozinho sobre sua carreira, sua vida pessoal. Levante hipóteses como, por exemplo:
Procure pensar em fazer o que ninguém fez ainda. Ouça e o que você faria se tivesse a sua própria empresa ou o que você converse bastante, isto estimula a criatividade. Você pode encon- faria se tivesse um funcionário como você? Você pode também trar boas fontes de informação e conhecimento em revistas, livros, estabelecer cenários de futuro, ou seja, projetar o cenário em que na Internet e em jornais. Você também pode despertar a sua cria- trabalha ou vive para os próximos 10 anos, por exemplo. tividade a partir da análise desses conteúdos.
Esse incentivo à criatividade extrai boas idéias e boas soluções Outra boa dica é armazenar as idéias que você não utilizou tanto para os negócios quanto para a sua própria vida, e é uma para desafiar seu processo criativo a aperfeiçoá-las. Faça também grande arma para os momentos, um arquivo de assuntos do seu interesse e da sua área de atuação
que não são poucos, de crise e
e, sempre que puder, procure ler esse material para lhe despertar
pressão.
novas propostas. BRAINSTORMING – UM EXERCÍCIO DE CRIATIVIDADE O brainstorming - também conhecido como “tempestade cerebral” ou “tempestade de idéias” - é um método que proporciona um grande número de idéias, alternativas e soluções rápidas.
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Quem usa (o cérebro), ousa!
Leila Navarro www.leilanavarro.com.br
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