Revista Segurador Brasil - Edição 144

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VEM AÍ 16ª EDIÇÃO DO PRÊMIO SEGURADOR BRASIL

Ano 18 | Número 144 | 2018

Economista Claudio Contador

NOVOS TEMPOS Oportunidades e desafios para a economia brasileira e para os mercados de seguros



Premiação

Segurador Brasil 2019 Foto Arquivo/Antranik

Termômetro para o mercado de seguros nacional

Referência na área de seguros, além dos aspectos positivos de organização e produção, a premiação acontece no final do primeiro trimestre/início do segundo trimestre de 2019. Os estudos, incluindo novos ramos, num comparativo entre os períodos de 2017 e 2018, já estão sendo preparados e serão encaminhados aos presidentes e principais dirigentes das seguradoras das empresas classificadas, reforçando o sinônimo de credibilidade e transparência da premiação. E, pelo terceiro ano consecutivo, sob a análise da renomada equipe de economistas da Silcon Estudos Econômicos, com base no Rio de Janeiro, responsável pela prestação de serviços na área de estudos e

planejamento econômico-financeiro, estratégico e tático-operacional de empresas de diversos setores. O Prêmio Segurador Brasil continua com o propósito de classificar as empresas do segmento de seguros nas Categorias “Melhor Desempenho” (Conglomerados de Médio e Grande porte) “Liderança de Mercado” e “Maior Crescimento de Vendas”, em todos os segmentos. Na 16ª Edição, a premiação introduzirá três ramos na seleção das melhores empresas do mercado – Microsseguro (pessoas, danos e previdência), RC Transporte de Cargas Nacionais e RC Transporte de Cargas Internacionais, em mais de 30 subdivisões de atividades, além dos resultados constituídos por Seguros globais, Capitalização,

Previdência Privada e Resseguros. “Os avanços e a rápida modernização do setor convergindo para o mercado internacional exigem critérios severos, capazes de identificar os destaques do mercado: as empresas que se sobressaem pela qualidade da gestão e estratégia, que se refletem nos seus resultados”, informa o economista Claudio Contador, Ph.D, responsável pela Silcon Estudos Econômicos. Paralelamente, o Prêmio Segurador Brasil traça um panorama ressaltando a relevância das empresas prestadoras de serviço e das entidades do setor na implantação e desenvolvimento de conceitos, produtos e serviços para o mercado segurador brasileiro. 3


Carta ao Leitor

Cenário desafiador

O setor segurador manteve a sua trajetória de crescimento apesar da retomada ainda tímida da economia. De acordo com o balanço realizado pela CNseg, a Confederação das Seguradoras, em 2018, o setor projeta arrecadação de R$ 442,1 bilhões, fechando o ano com crescimento nominal de 3,1%. Em 2019, a previsão é de nova expansão, algo entre 6,3% e 8,4%, permanecendo no território positivo por seguidos anos. Na última década, por exemplo, o setor acumulou uma taxa média anual de crescimento nominal de 12,8%. No ranking mundial, o Brasil é o 12º país em arrecadação e o 1º na América Latina. “O setor segurador conseguiu mostrar sua força mais uma vez apesar do cenário desafiador. Isso acontece porque temos vocação de resiliência. E houve reposicionamento de produtos, diversificando o mercado, como a maior penetração de seguros de vida risco, residencial e garantias judiciais. Além da média de crescimento, é preciso olhar as mudanças entre os ramos de seguros. Apesar de toda a crise, somos responsáveis, entre outros, por mais de 47 milhões de beneficiários de planos de assistência médica e 13 milhões de pessoas que têm planos de previdência coletivos ou individuais. Por isso, quando se fala de reforma da Previdência, qualquer que seja sua abrangência, é preciso levar em conta o setor privado. Precisamos estar no centro das políticas macro e microeconômicas”. A análise é de Marcio Coriolano, presidente da CNseg. Com este foco, nesta última edição de 2018, Segurador Brasil traça um panorama do setor. Em matéria especial, de capa, o tema “Novos Tempos” mostra as oportunidades para a economia brasileira e para os mercados de seguros. Um grande desafio! O Editor

EXPEDIENTE Editor-Executivo: João Carlos Labruna labruna@revistaseguradorbrasil.com.br brasilempresarial@uol.com.br Comercial: Mauricio Dias (mauricio@revistaseguradorbrasil.com.br) Paula Merigo (paula@revistaseguradorbrasil.com.br) Diagramação: Propósitto Soluções Visuais (rodrigo@propositto.com.br)

ANO 18 | NÚMERO 144 | 2018

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Capa

por Claudio Contador (foto), exclusivo para Segurador Brasil (*) A eleição de Jair Bolsonaro, com o sustento de uma bancada parlamentar forte e o alinhamento dos governadores dos Estados mais fortes, rompe com a mesmice política do passado. Sem dúvida, a ruptura e seus efeitos não são de agrado geral, e são esperados resmungos de interesses contrariados, inclusive dos entusiastas apressados e dos oportunistas de sempre. Os próximos anos não serão fáceis nem monótonos. No campo econômico a guinada é drástica, com a adoção de uma pauta de reformas a favor da economia de mercado, estímulo à 6

concorrência, e realinhamento com o Ocidente, com ênfase nos acordos bilaterais, atração de investimentos externos e reexame das relações não produtivas e puramente ideológicas com outros países, em especial na América Latina e África. No campo político, o redesenho do Congresso assegura – pelo menos no curto prazo – o apoio às reformas mais urgentes e sempre adiadas. Como um subproduto importante, o combate à corrupção ganha força e apoio político – até mesmo pelo apoio acovardado de alguns poucos. O ambiente externo traz preocupações, em

Fotos: Douglas/Antranik

Novos tempos com oportunidades e desafios para a economia brasileira e para os mercados de seguros


Como ficam os mercados de seguros? As principais forças são ditadas pelo ambiente macro e pelas prováveis mudanças nos marcos regulatórios e agenda de reformas da equipe econômica

especial com nossos parceiros mais próximos. As taxas de juros nos EUA prometem ficar em patamar elevado, com possíveis aumentos em 2019, numa tentativa de amortecer o ritmo de expansão do consumo e evitar as pressões inflacionárias. Paralelamente, as disputas comerciais dos EUA com a China e Europa tendem a crescer, num ambiente que estimula a incerteza acrescida pelas oscilações do dólar e do petróleo. Por enquanto, estes fatores não prometem prejuízos para o Brasil. Mas as perdas são prováveis em decorrência das baixas cotações das principais commodities agrícolas exportadas pelo Brasil. Portanto, a balança comercial não será favorecida pela benesse de preços. Superávits comerciais crescentes terão que ser obtidos com o aumento do volume das exportações, o que vai exigir melhoria na eficiência e menor custo Brasil. A busca da eficiência, o estimulo à concorrência e a redução das amarras impostas pela máquina pública são os pilares da nova gestão, e este ideário será válido também para os mercados e setores de atividade.

No ambiente macroeconômico interno, os desafios são pesados no ajuste fiscal e na reforma da previdência. O Governo Federal, pela necessidade de cortes nos gastos e reordenamento da máquina pública, terá pouco espaço para grandes investimentos, mormente na recuperação da infraestrutura. Mas sobram boas oportunidades para o setor privado, com as parcerias com regras estáveis, não ideológicas, sem corrupção, e num marco regulatório que gere segurança jurídica e estimule os negócios. Muitas mudanças pontuais e melhorias nos marcos regulatórios dependem de simples acertos sem necessidade de aprovação pelo Congresso. De interesse para 2019, o crescimento do PIB continua em gradual elevação, nos 2,5-3 % - com ritmo ditado pela velocidade das reformas -, os investimentos fixos privados voltam a crescer, a inflação fica nos 3,5-4 % e os juros básicos, contidos nos 6,5 %, o que ajuda a controlar os encargos da dívida pública. Ou seja, não é um ambiente brilhante, mas certamente caminhando para dias melhores.

Mercados de seguros E neste quadro de fundo, como ficam os nossos mercados de seguros? As principais forças são ditadas pelo ambiente macro e pelas prováveis mudanças nos marcos regulatórios e agenda de reformas da equipe econômica. Pelo lado da atividade econômica e inflação, as pressões favorecem os resultados industriais. Os juros básicos nos níveis de 6,5% colocam os resultados financeiros num patamar baixo, que vai exigir mais eficiência das empresas, muita imaginação e ousadia para ampliar o faturamento. Será mais difícil ampliar o faturamento através de preços, e os ganhos terão que ser obtidos com a melhor gestão de riscos e aumento do volume. No curto prazo, no primeiro semestre de 2019, os principais ramos de seguro já têm a garantia de expansão, considerando os efeitos defasados de medidas e fatores ocorridos ao longo de 2018. Estes prognósticos foram inclusive apresentados no artigo “O panorama dos mercados de seguros numa visão ampliada”, publicado na Edição 142 da Revista 7


No curto prazo, no primeiro semestre de 2019, os principais ramos de seguro já têm a garantia de expansão, considerando os efeitos defasados de medidas e fatores ocorridos ao longo de 2018 Segurador Brasil. O ambiente macroeconômico que se antecipa com a agenda liberal reforça as pressões para um cenário ainda mais róseo no segundo semestre de 2019. Pelas informações já divulgadas, os mercados de seguros despertam interesse pelo Governo Bolsonaro – algo novo, uma vez que o seguro foi frequentemente ignorado pelos sucessivos governos – por reconhecer a importância do setor como investidor institucional por excelência e por prover serviços fundamentais de proteção a patrimônios e pessoas. A reativação dos projetos de infraestrutura vai exigir proteção e garantias fornecidas pelo seguro. As mudanças na previdência abrem novas oportunidades e produtos para as empresas privadas. E a integração na supervisão da Susep e Previc é o primeiro passo para a adoção do modelo mais moderno de supervisão integrada. Sem dúvida, com um pouco de sorte, esforço e compromisso com a eficiência e maior concorrência, a imagem do seguro pode ser fortalecida na nova gestão. A integração da Susep e Previc é o passo inicial para reduzir a segmentação dos mercados e convergir para a prática internacional, incluindo outras formas de seguros e 8

proteção. A supervisão integrada já é adotada em diversos países e tem três grandes vantagens. Primeiro, facilita a implantação de um marco regulatório único (respeitando a especificidade do escopo de cada mercado). Segundo, evita a dispersão de recursos e inchaço dos gastos com pessoal, em funções similares e duplicadas em cada órgão. E terceiro, permite a criação e oferta de produtos de seguro combinando a proteção de ramos de supervisores distintos (por exemplo, um seguro de vida combinando previdência e saúde). A estrutura estanque atual cria brechas para insegurança jurídica, modifica de forma não desejada o comportamento das empresas e consumidores perante as condições de risco, e não favorece a simetria de informação entre os participantes - empresas e consumidores - dos mercados. Como ingrediente da regulação integrada, as regras de funcionamento das instituições nacionais devem convergir para o marco regulatório internacional. No caso brasileiro, a Susep adota os critérios de solvência baseado no modelo prudencial de risk-based capital, em linha com as diretivas da IAIS e a abordagem da União Européia – Solvency II, com maior exigência de capital. Existem reconhecidos problemas no funcionamento do nosso mercado de seguros, alguns devido à falta de regulamentação. Um dos mais sensíveis é a operação das chamadas “mútuas”, com faturamento e ganho de mercado crescentes. Por falta de legislação, as mútuas operam fora da lei, e competem diretamente com as seguradoras formalizadas como tal. A origem desta anomalia foi o Decreto-Lei 73 de 1966, que inovou ao exigir que as empresas seguradoras (exce-

to alguns ramos específicos) sejam constituídas apenas como sociedades anônimas, e esta exigência persiste há mais de meio século. Em outros países, a constituição das empresas é flexível, e podem ter a forma de cooperativas, mútuas etc. É fundamental ter um debate isento e produtivo, voltado para o interesse do consumidor, e estabelecer uma regulamentação que dê flexibilidade à constituição das empresas e beneficie os consumidores e o espírito da concorrência. Como informação importante, as seguradoras mútuas são responsáveis por 30% dos prêmios no mercado mundial. Regulamentar o funcionamento das mútuas evita consumidores desprotegidos, aumenta a concorrência, amplia a diversidade de ramos, principalmente naqueles em que as seguradoras não têm interesse, e aproxima o nosso mercado das práticas internacionais. Permite ainda que estas entidades tenham acesso ao resseguro, também fortalecido. (*) diretor-executivo da SILCON Estudos Econômicos, Ph.D. em Economia, Universidade de Chicago. Responsável pela análise econômico–financeira do Prêmio Segurador Brasil, realizado anualmente no primeiro trimestre do ano pela Revista Segurador Brasil

O ambiente macroeconômico que se antecipa com a agenda liberal reforça as pressões para um cenário ainda mais róseo no segundo semestre de 2019


Conjuntura

Mercado de seguros propõe marco regulatório e ampliação de novos produtos Em sua recente Carta de Conjuntura, que reúne números e projeções do mercado de seguros, o Sincor-SP (Sindicato dos Empresários e Profissionais Autônomos da Corretagem e da Distribuição Seguros do Estado de São Paulo) apresenta uma série de propostas ao próximo presidente da República para a melhora das atividades do setor. As sugestões, formuladas pela CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), visam promover a inclusão social, desenvolver

novos produtos, promover o equilíbrio financeiro e o fortalecimento do modelo regulatório. Segundo o documento do Sincor-SP, os seguros arrecadam anualmente R$ 460 bilhões e pagam aos consumidores aproximadamente R$ 280 bilhões em indenizações. O setor também dispõe de ativos para garantir os riscos assumidos, da ordem de R$ 1,2 trilhão – equivalentes a 25% da dívida pública brasileira –, montante que o posiciona entre os

Divulgação

Boris Ber: Seguros como os de Responsabilidade Civil, E&O, D&O e Seguro Cyber Risks ganham força, e todo apoio governamental será fundamental para a nova fase

grandes investidores institucionais do país. Com movimento de receitas que já representam 6,5% do PIB brasileiro, o setor tem potencial para crescer ainda mais, diz a Carta. Entre as propostas, estão a criação de novos produtos nas áreas de saúde, de vida (Universal Life) e de previdência (Prevsaúde); iniciativas para blindagem das reservas técnicas, além de coibir o exercício irregular da atividade seguradora; promoção da Reforma da Previdência pública; novas formas de regulação, de remuneração e de reajuste na área de saúde; e um novo marco regulatório no mercado de capitalização e ampliação de novos produtos na área de seguro garantia. Para o dirigente do Sincor-SP, Boris Ber (foto), a expectativa de crescimento, com o surgimento de novos produtos, mostrará com mais força o papel da entidade em preparar os corretores para esses novos serviços. “Frente aos riscos que as obras de grande porte têm sofrido diante da crise político-econômica, o setor de seguros pode ser um agente para alavancar a infraestrutura no País, oferecendo mais proteção a essas obras. Seguros como os de Responsabilidade Civil, E&O (Error and Ommissions), D&O (Directors and Offices Liability Insurance) e Seguro Cyber Risks ganham força, e todo apoio governamental será fundamental para a nova fase”, exemplifica Ber. 9


Em outras frentes de propositura, o dirigente da entidade também menciona a previsibilidade da mediação com passo inicial na resolução de conflitos envolvendo apólices de seguros. “Quando observamos um cenário onde o Tribunal de Justiça de São Paulo julgou cerca de 25 mil processos contra planos de saúde, nos primeiros nove meses de 2018, vemos a mediação como um caminho que pode minimizar esses pleitos na Justiça”, comenta Ber.

Números ruins e recuperação A publicação do Sincor-SP destaca que em 2015 e 2016 os números da economia do País foram ruins, mas que em 2017 e no início de 2018 alguns indicadores mostraram recuperação. A alta só não foi maior devido a fatores como a greve dos caminhoneiros, o desemprego e proximidade das eleições. A expectativa agora é que, definido o próximo presidente, as coisas se equilibrem e comecem a entrar em um ritmo de desenvolvimento. A despeito da instabilidade econômica, os ramos típicos de seguros (por exemplo, automóvel, pessoas, residencial, empresarial etc.), sem

considerar as operações de saúde suplementar, apresentam variação acumulada de mais 6% no faturamento até agosto na comparação com o mesmo período de 2017. O valor é influenciado pela queda da receita do seguro DPVAT. Caso o ramo fosse excluído nos dois períodos citados, teríamos um valor maior, já que

Os ramos típicos de seguros (automóvel, pessoas, residencial, empresarial etc.), sem considerar as operações de saúde suplementar, apresentam variação acumulada de mais 6% no faturamento até agosto na comparação com o mesmo período de 2017 a variação acumulada passaria de 6% para 7%. Já nos produtos do tipo VGBL, um produto com características mais financeiras, de acumulação, houve queda em 2018, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Outros números positivos vêm da receita de resseguro local, com

um faturamento de R$ 5 bilhões até julho - alta de 7% em relação ao ano passado - e da receita de capitalização, que registrou o mesmo faturamento e alta, mas até agosto. No total, as seguradoras faturaram até agosto R$ 12,7 bilhões, contra R$ 11,2 bilhões no mesmo período do ano passado, uma alta de 14%. O patrimônio líquido das companhias, no entanto recuaram 7%, passando de R$ 88 bilhões para R$ 82,2 bilhões. Na Carta, ainda dedica espaço ao seguro de automóvel, o principal produto da maioria das corretoras. Segundo a entidade, os prêmios pagos no ramo chegam a R$ 38 bilhões ao ano. O mercado também é bem diversificado, 25 seguradoras têm um faturamento acima de 0,2% do total e as cinco primeiras faturam menos de 60% de tudo que é ganho pelo setor. O estudo conclui que o veículo continua sendo o grande sonho do brasileiro e a infraestrutura do País em transportes públicos é precária para que o consumo tenha uma desaceleração importante. Por outro lado, a entidade destaca que os aplicativos de motoristas vêm aumentando e que, a longo prazo, isso pode representar uma ameaça ao ramo.

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Conjuntura

A vez da previdência privada com a reforma no novo governo Participação do setor de seguros será indispensável para garantir o futuro da sociedade por Alexandre Camillo (*) A atuação política tem impacto direto na economia, por isso, as instabilidades de governo trouxeram atrasos na retomada do crescimento dos setores no Brasil. Em 2019 teremos um novo presidente da República e vemos com otimismo as novas possibilidades. Uma importante pauta do novo governo, de interesse de toda a sociedade, é ligada diretamente ao mercado de seguros: a reforma da previdência. A equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro defende o que nós do setor já sabemos há muito tempo: a conta da previdência social não fecha e será indispensável a participação da iniciativa privada para garantir o futuro das pessoas. Enquanto algumas linhas vinham contra as reformas, entendendo que é responsabilidade do governo cuidar dos cidadãos idosos que já deram sua contribuição, sabemos que as pessoas hoje vivem mais, têm menos filhos, aumentaram os trabalhos informais... ou seja, são poucos jovens contribuindo para muitos idosos receberem. No primeiro semestre de 2018 os planos de previdência privada tiveram arrecadação de R$ 54,1 milhões, queda 5,1% em relação ao mesmo período no ano anterior, segundo dados da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras). Na esfera pública, os números também não foram animadores, apresentando queda ainda em 2017. De acordo com a Secretaria da Previdência do Ministério da Fazenda, o déficit foi de R$

268,79 bilhões – considerando o INSS. A proposta de reforma previdenciária esteve parada em função da intervenção federal na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, porque, de acordo com a legislação, em períodos como este o Congresso não pode alterar a Constituição. Mas existe a possibilidade de revogação da intervenção e o assunto segue em mais alta do que nunca: o presidente eleito tem dado seguidas declarações sobre o assunto. Atualmente a previdência social opera pelo regime de repartição, em que trabalhadores em atividade financiam os benefícios dos aposentados. Outro regime possível seria o de capitalização, que tem como característica principal o pré-financiamento do benefício, ou seja, os próprios trabalhadores, durante a sua fase laborativa, produzem um montante de recursos necessários para sustentar o seu benefício previdenciário. Dessa forma, não existe o pacto direto entre as gerações, pois é a geração atual (o próprio beneficiado) que financia os seus benefícios previdenciários. O novo Governo prevê um meio termo. De acordo com o plano de governo de Jair Bolsonaro, a ideia é implementar um modelo de capitalização de forma gradativa, mas o texto do candidato do PSL também salienta que os brasileiros ainda poderão ficar no modelo de previdência antigo, se assim quiserem. “Novos participantes terão a possibilidade de optar entre os sistemas novo e velho. E aqueles que optarem pela

capitalização merecerão o benefício da redução dos encargos trabalhistas”, diz trecho do plano de governo. Segundo o documento, a proposta é que seja criado um fundo para reforçar o financiamento da previdência e compensar a redução de contribuições previdenciárias no sistema antigo, que poderia deixar os aposentados que escolheram pelo regime de capitalização desamparados em um primeiro momento. A proposta é parecida com a que os especialistas do setor de seguros imaginavam, pois a única maneira de se ter um sistema sustentável, a longo prazo, é com uma reforma. E provavelmente as mudanças devam ser realizadas em fases, pois é um impacto muito grande para os brasileiros. As empresas e profissionais do setor de seguros terão participação inquestionável para desenvolver e implantar o melhor modelo de gestão da previdência. Os corretores de seguros, por sua vez, irão trabalhar fortemente no aculturamento da sociedade brasileira aos novos moldes e na entrega e consultoria das soluções do mercado privado. Já nosso papel enquanto entidades representativas será de, cada vez mais, buscar ampliar proximidade e insistir em termos representantes do nosso setor na esfera pública, para atendermos pleitos e contribuirmos com a ampliação da participação dos seguros entre os brasileiros. (*) Alexandre Camillo é corretor de seguros e liderança política. Atua como diretor da Camillo Seguros, presidente do Sincor-SP (Sindicato de Empresários e Profissionais Autônomos da Corretagem e da Distribuição de Seguros do Estado de São Paulo), presidente da CâmaraSIN (Câmara de Mediação e Conciliação - Sincor-SP), e vice-presidente da Fenacor 11


Investimentos

Marcelo Paixão

Expectativas para o setor de infraestrutura nos próximos anos

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infraestrutura cresce. Nos últimos oito trimestres, o Brasil cresceu economicamente. Se isso aconteceu antes da eleição presidencial, agora teremos uma aceleração bem maior, pois existe um otimismo em relação ao que vai acontecer no país, pelo menos na área econômica”, explica. O economista apresentou um ranking internacional de desenvolvimento de infraestrutura, no qual o Brasil está numa colocação pouco expressiva. De acordo com Amorim,

esse resultado está diretamente ligado à situação econômica do país. Ele ressaltou que, após a maior contração econômica vivida pelo Brasil, é hora de aproveitar o momento, que ele enxerga como favorável para quem quer investir no país. “É muito difícil imaginar que vamos entrar em uma situação como essa novamente no próximo ano. A quantidade de recursos não utilizados que o país tem hoje e que podem ser recolocados para funcionar e, por conArquivo SB

O setor de infraestrutura é um dos mais importantes para o desenvolvimento de um país. Não é à toa que o presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou a volta de um Ministério dedicado ao assunto. Os investimentos no setor e o crescimento da área nos próximos anos foram os temas do seminário realizado pela JLT, em parceria com o BTG Pactual e a NWADV. O evento contou com palestras de especialistas, como do economista, Ricardo Amorim, do ex-ministro do STF, Nelson Jobim, e da VP de riscos de Garantia, Credit & Political Risk JLT, Tatiana Moura. Ricardo Amorim fez um balanço da economia de países da América Latina, com foco no Brasil, onde ele percebe que existe uma onda de otimismo, o que resulta em mais investimentos em diversos setores, inclusive em infraestrutura. “A medida que as expectativas melhoram, o apetite por projetos de

“Não se pode imaginar, por exemplo, que o mercado de seguros vai tomar 100% dos riscos sozinho, isso deve ser partilhado”


Marcelo Paixão

grandes empreiteiros que figuravam como sócios dos empreendimentos e muitas vezes também como participantes do consórcio construtor. Hoje, os empreendedores são, na sua grande maioria, especialistas do setor, private equities, empresas estrangeiras e até mesmo operadores do setor, que precisam desenvolver projetos para escoar sua produção. “Com essa mudança, deixamos de ter os grandes balanços patrimoniais dando respaldo à estruturação dos projetos. Nesse novo cenário, temos que parar de fazer ‘Corporate Finance’ para efetivamente fazer ‘Project Finance’. Com isso, surge a importância do mapeamento dos

Arquivo SB

sequência, permitir que o Brasil cresça sem gerar pressões inflacionárias de contas externas, nunca foi tão grande. As maiores taxas de crescimento vêm após as grandes crises”, ressalta. Tendo em vista o otimismo do mercado em relação à economia do país e, consequentemente, ao setor de infraestrutura, Tatiana Moura, VP de Riscos Garantia, Credit & Political Risk da JLT, e Marcus Pessanha, sócio e head de direito regulatório e infraestrutura na NWADV, falaram sobre Garantia e Project Finance. A conversa foi mediada pelo jornalista Carlos Andreazza. Tatiana explica que o perfil de empreendedores no Brasil mudou bastante nos últimos anos. Antes, tínhamos

riscos e sua correta alocação junto aos Stakeholders, para que todos assumam sua parcela de risco e sejam remunerados por isso. Não se pode imaginar, por exemplo, que o mercado de seguros vai tomar 100% dos riscos sozinho, isso deve ser partilhado”. Tatiana e Marcus também falaram sobre a burocracia para fazer com que os projetos de infraestrutura sejam consolidados no Brasil. Por isso, eles afirmam que o empreendedor deve ter um plano de contingência, pois os projetos demoram a sair do papel. O seminário também contou com a presença do CEO da JLT Speciality Brasil, Alvaro Eyler, do CEO do BTG Pactual, Roberto Sallouti, e do presidente da NWADV, Nelson Willians. Os executivos ressaltaram a importância da infraestrutura para o desenvolvimento do país e afirmaram que é preciso pensar nos projetos de infraestrutura de forma diferente do que foi feito nos últimos anos. De acordo com eles, é necessário manter um ritmo constante de investimentos a longo prazo.

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Ponto de Vista | ANTONIO PENTEADO MENDONÇA

Os dois lados da moeda

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Enquanto os países ricos estão no limite da capacidade de seus mercados, o Brasil tem mais da metade de sua força econômica sem proteção

A penetração de seguros na sociedade brasileira ainda é baixa. Na prática, isso quer dizer que, no caso de acidentes que causem danos, a vítima morre com a conta, ou seja, fica mais pobre, porque o país não tem o hábito de transferir pelo menos parte dos riscos que ameaçam a sociedade para o setor de seguros. Atualmente, menos de 30% das empresas fazem seguro contra incêndio. E o seguro de incêndio é um seguro obrigatório. Da mesma forma, a maioria das cargas transportadas pelo país não é segurada, apesar do seguro também ser obrigatório. O carro chefe dos seguros gerais é o seguro de veículos. No entanto, menos de 30% da frota nacional tem algum tipo de seguro. E a regra vale para os seguros de pessoas. A maioria dos brasileiros não tem seguro de vida ou acidente pessoal. Da mesma forma que apenas ¼ da população é protegida pelos planos de saúde privados e um número bem menor tem plano de previdência complementar. É um quadro complexo, que deixa heranças tristes cada vez que um evento danoso atinge pessoa ou empresa, causando danos ao patrimônio, à saúde e à vida. A grande vitrine da consequência da

não contratação de seguros são os danos causados pelos eventos de origem climática, que, ao contrário do que muita gente imagina, atingem o Brasil com violência extrema todos os anos. Secas, chuvas torrenciais, granizo, ventanias, vendavais, tornados, tempestades tropicais e até furacões se abatem sobre o território nacional, cobrando um alto preço da falta de planejamento, da ocupação irregular de áreas sujeitas a desastres naturais, do descaso dos governos, que não tomam medidas sérias para mudar o quadro, e da falta de tradição na contratação de seguros. As razões que fazem o brasileiro não contratar seguro são conhecidas e vão do individualismo exacerbado à falta de dinheiro. O brasileiro não é famoso pela solidariedade. Basta ver o que acontece nos acidentes de trânsito para comprovar a afirmação. O trânsito para porque os outros motoristas querem ver o acidente, mas são poucos os que param para auxiliar as vítimas. Quanto a não ter dinheiro, o salário médio nacional é suficiente para explicar o que isso significa. Para não falar no salário mínimo abaixo de mil reais por mês, recebido por parcela importante da população. O custo de vida impede que o cidadão contrate seguro. Antes


Babel-Azza

disso, ele precisa comer, morar, se vestir, etc. De outro lado, a situação, não faz tanto tempo, já foi muito pior. Desde o começo do século 20, a sociedade brasileira tem evoluído positivamente em todos os índices de aferição de desenvolvimento social. E esta realidade ganhou velocidade após o Plano Real, quando a estabilidade da moeda criou condições para que milhões de pessoas melhorassem o padrão de vida. É verdade que ainda vivemos uma crise sem precedentes, criada pelos desmandos e bandalheira dos governos do PT, que levou mais de 13 milhões de pessoas a perderem seus empregos. Mas estamos saindo da crise, as perspectivas da retomada do crescimento são boas e podem acontecer rapidamente. Este é o outro lado da moeda. A retomada do crescimento e do emprego, a elevação dos patamares de remuneração, o aumento da produção e o aquecimento da economia somados à carência de seguros são a mola perfeita para o setor experimentar um momento positivo já

a partir do próximo ano. Com o sucesso do Plano Real o setor de seguros atravessou um longo período de aquecimento, puxado especialmente pela demanda da sociedade, preocupada em proteger seus ganhos e avanços. O ritmo só arrefeceu depois de instalada a crise e, mesmo assim, o setor foi dos menos afetados por ela. Nos próximos anos, a atividade seguradora vai passar por profundas transformações. Não será apenas o Brasil que será afetado por elas, mas, enquanto os países ricos estão no limite da capacidade de seus mercados, o Brasil tem mais da metade de sua força econômica sem proteção. Ainda que as mudanças atinjam a forma como os negócios são atualmente feitos, a venda de seguros deverá se acelerar rapidamente, com potencial para dobrar sua participação no PIB em cinco anos. Publicado no jornal “O Estado de S.Paulo” em 3/12/2018

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Visã Brasil Número de novas empresas sobe 10,1% no 1º semestre

6,5% 0,9%

Comércio Serviços

57,8% 34,8%

Reprodução

O número de novas empresas cresceu 10,1% no 1º semestre de 2018 ante o mesmo período do ano anterior, segundo levantamento da Boa Vista SCPC, com abrangência nacional. No 2º trimestre houve avanço de 1,1% em relação ao trimestre anterior. Na classificação por forma jurídica, a variação acumulada no ano mostrou que as MEIs (Microempreendedor Individual) continuam com papel de destaque, crescendo 14,9% no semestre. Já os demais tipos de empresa caíram 3,3%, mantida a base de comparação. Em termos de composição, no resultado acumulado do ano as MEIs representam 78,4% dos casos. Quando analisada a composição das novas empresas por setores, o levantamento mostrou que o setor de Serviços atingiu 57,8% de representatividade no 1º semestre de 2018, estando maior que os 55,8% observados no mesmo período 2017. O Comércio ficou praticamente estável em relação ao ano passado. Já o setor Industrial perdeu espaço, passando de 8,7% para 6,5% dos casos no período, enquanto o setor Rural teve participação de 0,9% no semestre.

Indústria Rural

Fonte: Boa Vista SCPC

Em comparação com 1º semestre de 2018 (1S17), apenas a região Norte registrou queda (-3,6%). As regiões Sudeste (11,9%) e Sul (12,9%) foram as que mais cresceram no nú-

mero de novas empresas nos valores acumulados até junho de 2018. No mesmo sentido houve avanço nas regiões Centro-Oeste (8,2%) e Nordeste (7,2%).

Desemprego recua para 11,7% A taxa de desemprego no Brasil recuou para 11,7% no trimestre encerrado em outubro. O índice caiu 0,6 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior (maio/julho). De acordo com o 16

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população desempregada soma 12,4 milhões de pessoas, 4% (517 mil) a menos que o total registrado no período terminado em julho.

Com esse resultado, o Brasil registra a sétima queda mensal seguida do desemprego e a taxa mais baixa desde o trimestre terminado em julho de 2016, quando foi de 11,6%.


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Seguradoras que transformam modelos operacionais podem obter US$ 375 bilhões em novas receitas “Separar-se da manada e capturar novas oportunidades de receita exige uma mudança na visão de negócios”

Seguradoras do mundo todo podem obter US$ 375 bilhões em novas receitas ao longo dos próximos cinco anos por meio da transformação e revitalização de seus negócios, segundo estudo da Accenture. O documento “Insurance as a Living Business” conclui que as seguradoras que inovam continuamente e se adaptam às mudanças nas necessidades dos clientes conseguirão aproveitar oportunidades emergentes de crescimento e ultrapassar seus concorrentes. A pesquisa estima que essas seguradoras poderiam, juntas, gerar US$ 177 bilhões adicionais em receitas relacionadas a cinco áreas principais: riscos emergentes como cibersegurança e veículos autônomos; melhor penetração em mercados que até 18

agora se mostram de difícil rentabilização; serviços de valor agregado que ajudam a reduzir o risco dos clientes, como dispositivos conectados dentro das casas para detectar problemas de manutenção antes que causem danos; parcerias comerciais expandidas, dentro e fora do ecossistema de seguros, para criar ofertas mais personalizadas para os consumidores; e a monetização de ativos como dados, plataformas e algoritmos. Outros US$ 198 bilhões em novas receitas representam a mudança potencial em participação de mercado dentro das mesmas cinco áreas principais, favorecendo seguradoras que adotam a transformação em troca de concorrentes menos responsivos. De acordo com o estudo, a ino-

vação e a adaptação às mudanças nas necessidades dos clientes exigirão das seguradoras o desenvolvimento de bancos de talentos mais fluidos, agilização da infraestrutura já existente, uso de dados e analytics para personalizar seus serviços de forma mais efetiva e a criação de uma equipe de liderança forte e de uma cultura organizacional aberta a novas ideias e abordagens. “A indústria de seguros, tal como a conhecemos hoje, está à beira de um ambiente de negócios totalmente novo”, diz Hugo Assis, líder da prática de Seguros na Accenture para América Latina. “Separar-se da manada e capturar novas oportunidades de receita exige uma mudança na visão de negócios - do foco no produto para


o foco no cliente; de modelos operacionais rígidos para modelos mais fluidos e ágeis que respondam rapidamente às preferências dos clientes; e de atuar sozinho no mercado para parcerias com insurtechs e gigantes tecnológicos que podem ajudar na exploração de novos segmentos de clientes e no fortalecimento de suas marcas”. O estudo recomenda uma série de passos que as seguradoras podem tomar para ampliar suas oportunidades de crescimento. Dentre esses passos estão o desenvolvimento de uma estratégia digital que abranja novos modelos e tecnologias para a empresa como um todo - incluindo inteligência artificial, blockchain, contratos inteligentes e a internet das coisas (IoT) - para que possa oferecer serviços mais personalizados e rápidos, além de tirar o máximo proveito das informações de seus clientes, o seu bem mais precioso, para maior customização de suas ofertas. “A manutenção do padrão atual de negócios não é sustentável”, afirma Assis. “Os lucros e receitas das seguradoras estão sendo pressionados pelo crescimento das insurtechs e da presença cada vez maior de empresas de tecnologia com fortes relacionamentos personalizados com seus clientes. A inovação para além de agregadores e distribuidores on-line - precisa ser uma prioridade para o setor. As operadoras que fizerem as mudanças certas nos seus negócios, compreenderem seus clientes e responderem rapidamente e sem medo às suas demandas com ofertas relevantes e inovadoras terão maiores possibilidades de aumentar sua participação de mercado e capitalizar com as oportunidades emergentes”.

O estudo identifica cinco áreas - ligadas a Seguros Gerais, Vida e Acidentes e Mercado de Médias Empresas - para crescimento de receitas nas quais as seguradoras de seguros poderiam lançar novos produtos e serviços ou aumentar o alcance do seu portfólio atual. 1. Maneiras novas e mais eficientes de mirar segmentos de mercado difíceis de alcançar. Com a proliferação dos novos canais (on-line e celular) e tecnologias (analytics e geolocalização), as seguradoras podem acessar segmentos de difícil alcance, como microsseguros ou emissão imediata de seguros de vida, para aumentar a sua participação no mercado de forma eficiente. Isso poderia gerar US$ 144 bilhões em novas receitas. 2. Oportunidades para novos riscos. As seguradoras devem desenvolver novas ofertas para riscos emergentes, como seguros para ataques cibernéticos e novas exposições por conta do surgimento dos veículos autônomos. Isso poderia gerar US$ 111 bilhões em novas receitas. 3. Funções intermediárias e ecossistemas não tradicionais. As relações com as insurtechs e empresas de outros setores podem oferecer às seguradoras a oportunidade de se engajarem com os clientes de forma diferente e descobrir novas fontes de valor. Isso inclui a entrada das seguradoras em ecossistemas existentes e operados por plataformas online como Google, Amazon, Facebook e Apple para que possam se conectar com clientes que já usam essas plataformas, incluindo os assistentes virtuais. Esta abordagem poderia gerar US$ 80 bilhões em novas receitas. De acordo com o estudo, três quartos (76%) das novas receitas nas linhas de seguros gerais e acidentes provavelmente virão desses relacionamentos pouco tradicionais. 4. Monetização de plataformas e modelos de dados. As seguradoras podem oferecer seus ativos - dados, análises de clientes, plataformas e modelos de serviços, algoritmos de riscos etc. - para parceiros que poderiam se beneficiar com eles. Isso poderia gerar US$ 28 bilhões em novas receitas. 5. Serviços de valor agregado. As seguradoras devem focar os serviços personalizados que ajudam a reduzir os riscos do cliente, como o uso de wearables que ajudam pessoas idosas a ficarem em casa por mais tempo, além da venda e gestão de dispositivos conectados para o lar. Isso poderia gerar US$ 12 bilhões em novas receitas.

Sobre a Pesquisa A Accenture Research, em conjunto com uma equipe de analistas de seguros e especialistas de mercado, conduziu um mapeamento intensivo de mercado em nove importantes mercados (os EUA, Reino Unido, Alemanha, Espanha, França, Itália, Japão, China e Austrália) e identificou ao todo 23 alavancas de crescimento futuro, agrupadas nas cinco categorias descritas pelo estudo. Cada equipe analisou o impacto futuro dessas alavancas de crescimento usando uma metodologia comum que analisa cenários conservadores, moderados e agressivo e informações obtidas de seus clientes. Suas previsões - incluindo estimativas de mudanças futuras em participação de mercado - foram agregadas em dados regionais e globais.


Negócios

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Mais de 80% das seguradoras pretendem realizar até três fusões e aquisições nos próximos anos

O crescimento lento em seguros deve fazer com que 81% dos executivos deste segmento busquem realizar até três fusões e aquisições para transformar o setor e mais de 70% esperam que os acordos modifiquem a organização. Os dados são da pesquisa “Evolução Acelerada: F&A, transformação e inovação no setor de seguros” (Accelerated evolution: M&A transformation and innovation in the insurance industry, em inglês) realizada pela KPMG. De acordo com o estudo, segmentos de negócios e regiões que eram primordiais no passado podem não ser as opções para futuros investimentos. “Na Europa Ocidental, por exemplo, é o local onde se espera o 20

maior número de desinvestimento”, comenta sócia-líder de seguros da KPMG, Luciene Magalhães. As seguradoras estão buscando oportunidades de realizar investimentos globais. “Dos entrevistados, 83% consideram que a América do Norte será o principal foco de fusões e aquisições. Já para a América Latina, os participantes acreditam que terá o menor movimento com apenas 15%”, conclui. Ainda de acordo com a pesquisa, o setor de seguros é motivado pela transformação e vontade de inovar: 37% esperam transformam o modelo de negócios por meio de aquisições, 24% pretendem modificar os modelos operacionais também por meio de aquisi-

ções e 10% visam adquirir capacidades de inovação e tecnologias emergentes. “O uso da tecnologia é essencial para o setor. A disrupção é vista como uma oportunidade de crescimento e não uma ameaça. Dos entrevistados, 28% devem coinvestir em tecnologia e inovação”, analisa a sócia Luciene Magalhães. Para a produção da pesquisa, foram entrevistados mais de 200 executivos globais do setor de seguros. As empresas participantes são da Ásia-Pacífico (33%), Europa, Oriente Médio e África (33%) e América do Norte (33%) e registraram, no mínimo, um bilhão e meio de dólares de receita anual.


Análise

“Perspectivas Econômicas e de Seguros Globais para 2020” O Swiss Re Institute, instituto do Grupo Swiss Re, divulgou o Sigma 5/2018: “Perspectivas Econômicas e de Seguros Globais para 2020” O crescimento econômico global permanecerá sólido nos próximos dois anos, embora o impulso de alta tenha atingido o pico. O último Sigma do Instituto Swiss Re “Global economic and insurance outlook 2020” afirma que o ainda bom momento da economia irá incentivar o setor de seguros, com prêmios globais acima de 3% anualmente, em termos reais, nos próximos dois anos, um aumento de um ponto percentual em comparação com 2018. A maior parte da demanda será proveniente dos mercados emergentes da Ásia, onde se estima que os prêmios cresçam a uma taxa três vezes superior em comparação

O crescimento econômico global é sólido, porém está desacelerando, e os mercados emergentes da Ásia continuarão a potencializar o mercado de seguros, afirma o Sigma • O crescimento econômico global permanecerá solido, mas o impulso de alta já tenha atingido o pico e os riscos para a economia mundial têm aumentado. • Estima-se que os prêmios globais irão crescer acima de 3% anualmente em 2019 e 2020 e três vezes mais nos mercados emergentes da Ásia. • A mudança do poder econômico do Ocidente para o Oriente conduzirá o desenvolvimento do setor de seguros para 2020 e além. • A expansão dos limites da segurabilidade para ativos intangíveis corporativos será outra área de crescimento para os seguradores. • A recém estimada lacuna global de proteção à mortalidade e propriedade de US$ 500 bilhões sinaliza a grande oportunidade para as seguradoras ajudarem a melhorar a resiliência.

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à taxa média global, perto de 9%. A inovação no setor de seguros expandirá os limites da segurabilidade e conduzirá ainda mais o crescimento dos prêmios. Ela também ajudará a melhorar a resiliência global, reduzindo, assim, as lacunas de proteção de seguro existentes. “A economia global vem apresentando um bom desempenho, e o crescimento econômico global permanecerá sólido”, afirma Jérôme Jean Haegeli, economista chefe no Swiss Re. Contudo, a melhor parte chegou ao fim. O impulso cíclico é positivo, mas esperamos que o PIB real desacelere cerca de 1 a 2 pontos porcentuais na maior parte do mundo nos próximos dois anos. Isso também leva em consideração os desafios estruturais crescentes para o crescimento, como os pesos mais altos de dívida, as poupanças reduzidas em razão do envelhecimento da sociedade, e a baixa produtividade”. 22

O Instituto Swiss Re estima que a economia norte-americana crescerá 2,9%, em termos reais, em 2018, 2,2% em 2019 (consenso de 2,6%1) e 1,7% em 2020 (consenso de 1,8%), uma vez que o Federal Reserve se tornará menos apoiador e o estímulo fiscal desaparecerá. Estima-se que o crescimento na zona do euro desacelere para 1,5% e 1,4% em 2019 e 2020, respectivamente, em comparação com o 1,9% anterior. Para o Japão, espera-se um crescimento de 0,6% do PIB para o próximo ano, inferior ao 1,0% em 2018 devido à redução da demanda externa. Os mercados emergentes, especialmente na Ásia, continuarão a crescer. Espera-se que o crescimento do mercado emergente agregado seja moderado em aproximadamente 4,9% ao ano entre 2019 e 2020, após um ganho de 4,7% este ano. As estimativas têm por base uma antecipação da recuperação econômica nos países que

tiveram dificuldades recentemente, incluindo Argentina, Brasil, África do Sul e Turquia. Os mercados emergentes da Ásia continuarão a superar os demais, com a previsão de que as economias chinesa e indiana cresçam mais de 6,0% anualmente nos próximos dois anos.

Riscos de baixa Os riscos de baixa do crescimento global aumentaram ultimamente. A médio prazo, o nível recorde de baixa de desemprego nos EUA provavelmente implicará ganhos salariais mais altos e risco mais elevado de superaquecimento nos EUA. Isso poderia desestabilizar a trajetória esperada da normalização da política monetária, tendo por base o aumento das taxas de juros de modo mais agressivo do que o esperado por parte do Federal Reserve. A retração excessiva das condições financeiras poderia levar a uma maior volatilidade do mercado


e a uma desaceleração da atividade econômica. A longo prazo, o principal risco é o agravamento das tensões comerciais atuais entre os EUA e a China em uma guerra comercial global. O relatório estima que, no pior dos cenários, por exemplo, uma tarifa de 10% sobre todos os bens comercializados a nível global, o PIB global seria reduzido entre 1,5% a 2,5% nos próximos três anos.

Do Ocidente para o Oriente: os mercados emergentes irão impulsionar o crescimento do setor de seguros O desenvolvimento dos prêmios de seguro será apoiado pelo sólido ambiente de crescimento econômico. O Instituto Swiss Re estima que os prêmios globais de vida e não vida crescerão acima de 3 % anualmente em 2019 e 2020. Os ganhos serão impulsionados pelos mercados emergentes. A riqueza nos mercados emergentes cresceu significativamente e um aumento de 1 ponto porcentual no PIB em 2018 tem um impacto muito mais significativo em termos de volume de prêmios do que teria há uma década atrás. Além disso, muitos mercados progrediram para a área mais inclinada da curva S de seguros e o impacto do crescimento da renda sobre a demanda por seguros é muito maior. “Como a mudança do poder econômico global do Ocidente para o Oriente prossegue com a mesma força, a China e especialmente os mercados emergentes da Ásia serão as principais fontes de demanda de seguros nos próximos anos”, afirma Haegeli. “Com base nos nossos modelos, estimamos que, em dólares norte-americanos, a taxa de crescimento dos prêmios de seguro nos mercados

emergentes da Ásia será três vezes superior à média mundial nos próximos dois anos.” De acordo com os dados do sigma, a parcela dos prêmios globais da China subiu de 0,8% em 2000 para 9,7% em 2017, e estima-se que cresça para 16% até 2028. Dez anos após a crise financeira global, o mundo encontra-se mais resiliente? A última publicação do sigma também aborda a questão da resiliência, afirmando que a economia mundial continua mal preparada para uma recessão global. A economia apresenta uma capacidade menor de absorver choques, tendo em vista as tendências inferiores de crescimento, em comparação com 10 anos atrás, pesos maiores da dívida, estruturas de mercado financeiro mais fracas e uma tendência para menor abertura. O Instituto Swiss Re promove um movimento em direção a mais soluções de mercado de capital privado para remediar a situação, com o setor público promovendo os padrões do mercado financeiro sempre que possível (para investimentos sustentáveis e de infraestrutura, por exemplo), instrumentos de débito contingentes para dívidas soberanas, além de reformas estruturais específicas de cada país e menor intervenção do Banco Central. O seguro é um pilar central de resiliência e, com um ambiente de política mais favorável, as seguradoras poderão melhor expandir sua capacidade de absorção de riscos, bem como as atividades de investimento de longo prazo nos projetos de construção de resiliência, como infraestrutura. De acordo com os últimos dados das diferentes fontes, este sigma estima que o setor global de (res) seguro

tenha, sob gestão, uma totalidade de ativos na ordem de US$ 30 trilhões - praticamente três vezes o tamanho da economia da China. Essa grande base de ativos deve ser mobilizada por completo como um absorvedor de riscos. Além disso, o relatório estima recentemente que a lacuna de proteção à propriedade e mortalidade se encontra atualmente em US$ 500 bilhões em termos equivalentes ao prêmio. A lacuna representa a vulnerabilidade ainda elevada em relação a eventos adversos para muitas famílias e negócios no mundo todo e a grande oportunidade para seguradoras contribuírem ainda mais para aumentar a resiliência. A inovação no setor de seguros reduzirá as lacunas de proteção. As inovações de produtos, como o seguro paramétrico, por exemplo, estão ampliando o escopo da segurabilidade para riscos referentes a catástrofes naturais que anteriormente eram difíceis de segurar. A tecnologia dará apoio à inovação. Por exemplo, as empresas estão buscando garantias para exposições anteriormente não seguráveis, como perda de rendimentos e de fluxos de caixa devido à interrupção dos negócios, recall de produtos, cyber e riscos de preço referentes ao clima e à energia. A evolução das estruturas de indenização de acionador duplo, e os avanços dos dados e de modelagem permitem que as seguradoras desenvolvam cada vez mais coberturas inovadoras para tais exposições.

ERRATA Na Ed. 143-Segurador Brasil, artigo “Corretor de Seguros não é um intermediário de negócios”, o autor Fabio Basilone é diretor da IBRACOR

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Balanços

Lucro líquido da Bradesco Seguros cresce 11,6% O Grupo Bradesco Seguros apresentou lucro líquido de R$ 4,6 bilhões de janeiro a setembro de 2018, nos segmentos de seguros, capitalização e previdência complementar aberta. Esse resultado representa evolução de 11,6% em relação ao registrado no mesmo período de 2017, refletindo a melhora dos principais indicadores de desempenho da companhia. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido Ajustado foi de 19,1%.

Entre os indicadores, o Índice de Sinistralidade apresentou melhora de 1,4 ponto percentual em relação a igual período de 2017, registrando 73,7%, um dos menores na comparação dessa série. Na mesma direção, o Índice de Comercialização melhorou em um ponto percentual, registrando 8,8% no período acumulado. Já o Índice de Eficiência Administrativa completou o décimo trimestre consecutivo na casa de 4%. Como resultado, o Índice Com-

binado apresentou a expressiva melhora de cerca de dois pontos percentuais no período de janeiro a setembro, atingindo 84,7%. No terceiro trimestre, o Índice ficou em 84,1%, o menor dos últimos sete anos. Com isso, o resultado operacional do Grupo Segurador registrou a também significativa evolução de 50,6% ante os primeiros nove meses do ano passado.

SulAmérica registra aumento de 55% A SulAmérica registrou aumento de 55% em seu lucro líquido no terceiro trimestre de 2018 quando comparado ao mesmo período de 2017, chegando a R$ 234,6 milhões. No acumulado do ano, o lucro foi de R$ 511,4 milhões, 41,8% superior ao alcançado nos primeiros nove meses do ano anterior. As

receitas totais no trimestre cresceram 10,8%, chegando a R$ 5,3 bilhões, frente ao registrado no mesmo período de 2017. O acumulado do ano foi de R$ 15,2 bilhões, 13,1% superior no comparativo com igual período do ano anterior. O segmento de seguro saúde e odontológico foi um dos responsá-

veis por impulsionar os resultados do período. A base de segurados em planos coletivos teve aumento de 12,7% neste terceiro trimestre quando comparado com o mesmo trimestre do ano passado, e chegou a 3,2 milhões de membros – um aumento líquido de 363 mil vidas.

Porto Seguro, resultado operacional três vezes maior No terceiro trimestre de 2018, a Porto Seguro ampliou a rentabilidade em relação ao ano anterior e manteve a consistência apresentada nos últimos trimestres, fruto principalmente da disciplina de precificação, que permitiu uma redução significativa na sinistralidade e do foco no aumento da eficiência operacional, que proporcionou o menor índice histórico de despesas administrativas e operacionais. Consequentemente, no acumulado dos nove primeiros meses do ano, o resultado operacional foi três vezes maior, superando o impacto da 24

redução da taxa de juros nas aplicações financeiras. A receita total evoluiu impulsionada pelo crescimento do seguro Auto, Saúde e das Operações de Cré-

dito. Por outro lado, os seguros Patrimoniais e de Vida obtiveram menor desempenho de vendas, principalmente devido a uma maior competividade no período.


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Bebês que nascerem na virada do ano ganharão plano de previdência privada

A Icatu Seguros é uma companhia especialista em pessoas e tem como propósito contribuir para a conscientização da sociedade sobre educação e equilíbrio financeiro. Por isso, tradicionalmente, aproveita o Réveillon e a chegada dos primeiros bebês do novo ano para presenteá-los com planos de previdência privada. A ação “Bebês da Virada” acontece desde a passagem de 2014 para 2015 e já beneficiou mais de cem famílias. A campanha é muito simples: bebês que nascerem no Brasil, de parto normal, entre 0h e 2h do dia 01 de janeiro de 2019 vão receber, gratuitamente, um plano de Previdência com R$ 2.019 investidos. Sem sorteio e

sem a necessidade de cadastro prévio, para participar, a família deve entrar em contato com a Icatu Seguros e apresentar a documentação solicitada. Caso o pai ou a mãe do bebê já seja cliente Icatu Seguros, a família recebe o prêmio em dobro, ou seja, R$ 4.038. “A expectativa de vida do brasileiro ao nascer aumentou bastante nos últimos anos e todos esperam usufruir dessa longevidade preservando sua qualidade de vida. Por isso, o planejamento financeiro é tão importante e pensar o futuro desde cedo, indispensável”, afirma Rafael Caetano, diretor de Marketing e Canais da Icatu Seguros.

Curso para habilitação de corretores abre inscrições Começou em 11 de dezembro o período de inscrições para as turmas de 2019 do Curso para Habilitação de Corretores de Seguros. Ministrado pela Escola Nacional de Seguros, o programa está sendo oferecido em 59 localidades e concede aos aprovados certificado que permite dar entrada no registro da categoria junto à Susep. 26

A formação completa de corretores de seguros é composta por três cursos: Capitalização, Vida e Previdência, e Demais Ramos. Com material didático 100% digital, que pode ser acessado em qualquer plataforma, garantindo conveniência e flexibilidade ao estudo, o curso tem aulas marcadas para começar no dia 11 de março.

Liberty lança Welcome Kit Digital do segurado com vídeo personalizado e logo do corretor A Liberty Seguros lançou o novo formato digital interativo de seu kit de boas-vindas para clientes recém-chegados. A partir de dezembro, novos segurados receberão por email tudo o que precisam saber sobre o seguro contratado como as coberturas adquiridas, dados sobre o pagamento, acesso ao Espaço Cliente e informações sobre Clube Liberty Momentos. O kit conta com um vídeo personalizado, que apresenta em pouco mais de um minuto todas as informações sobre o seguro contratado e ainda, a possibilidade de integrar a carteirinha às carteiras digitais no smartphone do segurado, nos sistemas operacionais Android e iOS. Seguindo o movimento global da companhia, uma identidade visual moderna, divertida e simplificada foi desenvolvida para esse material, que pode ser personalizado por cada corretora com seu logo no cabeçalho - junto ao logotipo da Liberty - e dados de contato dos responsáveis pela apólice, a fim de que a parceria entre corretora e seguradora fique cada vez mais clara para o consumidor. “O novo welcome kit digital vai ao encontro dos objetivos da Liberty Seguros de reforçar o papel do corretor na cadeia de negócios e deixar cada vez mais clara nossa parceria, além de facilitar cada vez mais a vida do consumidor, atendendo às suas expectativas de digitalização de serviços e oferecendo uma proximidade maior por meio de um novo ponto de contato”, pontua Patricia Chacon, diretora de Marketing e Estratégia da Liberty Seguros.


SEU TEMPO

Viagens aéreas na América Latina devem dobrar nos próximos 20 anos

Crescimento da classe média na região impulsiona as viagens aéreas

O número de viagens aéreas na América Latina deve dobrar nas próximas duas décadas. A previsão se dará graças ao crescimento antecipado da classe média na região, que passará de 350 milhões de pessoas para 520 milhões até 2037, e a evolução dos modelos de negócios das companhias aéreas que tornam as viagens mais acessíveis. O tráfego de passageiros na região mais do que dobrou desde 2002 e deve continuar a crescer ao longo das próximas duas décadas, passando de 0,4 viagens per capita em 2017 a aproximadamente de 0,9 viagens per capita em 2037. Historicamente, o tráfego doméstico é o segmento com o crescimento mais rápido, mas em 2017 o intra-regional cresceu com mais rapidez. Menos da metade das 20 principais cidades da região estão conectadas por um voo diário, criando um grande potencial para as companhias aéreas regionais construírem o tráfego intra-regional. Segundo a última previsão global de Mercado da Airbus (o Airbus Global Market Forecast - GMF), a região da América Latina e Caribe precisará de 2.720 aeronaves novas para o transporte de passageiros e de carga para conseguir atender à crescente demanda. Com valor estimado em US$ 349 bilhões, essa previsão abarca 2.420 aeronaves pequenas e 300 aeronaves médias, grandes e extra grandes. Isso significa que a frota em serviço na região deve praticamente dobrar, das 1.420 aeronaves atualmente em serviço para 3.200 nas próximas duas décadas. Dessas, 940 substituirão aeronaves de gerações anteriores, 1.780 serão utilizadas para crescer a oferta e 480 devem continuar em serviço. “Continuamos a observar um crescimento no setor de transporte aéreo da região, apesar de alguns desafios econômicos. Com a estimativa de que dois dos 13 maiores fluxos de tráfego no mundo envolverão a América Latina, e a expectativa do tráfego dobrar, estamos bastante otimistas de que a região continuará a ser resiliente. Além disso, com o aumento da demanda intra e inter-continental, as operadoras latino-americanas estarão em uma posição muito forte para aumentar sua presença no segmento do mercado global de longo curso”, afirma Arturo Barreira, presidente da Airbus América Latina e Caribe, durante o ALTA Airline Leaders Forum. Em 2017, a Cidade do Panamá se juntou a Bogotá, Buenos Aires, Lima, Cidade do México, Santiago e São Paulo na lista de megacidades da aviação na América Latina. Até 2037, Cancun e Rio de Janeiro devem ser incluídas na lista. Essas megacidades da aviação representarão um incremento de 150 mil passageiros de longo percurso diariamente.

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PONTO FINAL LEILA NAVARRO

Sucesso não é uma ideia, é uma sucessão de pequenas ações

Todas as ferramentas de automotivação são válidas desde que se tenha consciência de que as grandes obras são realizadas não só pela força do pensamento, mas na perseverança das atitudes. É preciso olhar para frente, acreditar e agir, deixando de lado a postergação e a falta de comprometimento com seus próprios ideais “O primeiro passo não nos leva para onde queremos ir, mas nos tira do lugar onde estamos”. Li essa frase despretensiosamente em um dos grupos de profissionais antenados com as tendências do mercado e ela chamou a minha atenção. Muitas frases parecidas têm o intuito de despertar a ação, promover o entusiasmo e a automotivação para que se possa deter o diferencial no mercado. É poderosa e comprovada a possibilidade de construir o futuro a partir dos pensamentos positivos, de novos significados e o estabelecimento de novos parâmetros, seja qual for a esfera da vida que se tenha interesse em atingir objetivos e ter sucesso. Até aqui tudo é muito animador: “Vou pensar positivo, assim, atrairei boas oportunidades e conquistarei meu tão sonhado lugar ao sol”. Essa é a “iniciativa” de muitos profissionais. Mas, para que isso realmente aconteça, existem alguns caminhos a serem trilhados. Pouco efeito terão as frases motivacionais estampadas no monitor do seu computador ou na tela do seu ultramoderno smartphone se as suas atitudes continuarem as mesmas. Todas as ferramentas de automotivação são válidas desde que se tenha consciência de que as grandes obras são realizadas não só pela força do pensamento, mas na perseverança das atitudes. É preciso olhar para frente, 30

acreditar e agir, deixando de lado a postergação e a falta de comprometimento com seus próprios ideais. Segundo Platão, “O começo é a parte mais importante do trabalho”. É fato! Para chegar a um ponto desejado é imprescindível iniciar um planejamento para que se torne realidade. Agora, Santos Dumont fez uma afirmação que surge como complemento necessário ao que disse o filósofo: “As invenções são o resultado de um trabalho teimoso”. Isso sugere um alerta! Chegou o momento de cessar com os rodeios. Permanecer com as mesmas lentes em busca de atalhos só o fará desencadear nas mesmas possibilidades, bem longe do que propõe o futuro das organizações, dos negócios e do emprego. Novas demandas exigem formas diferenciadas de atuar, trabalhar, liderar, de manter empregos e negócios saudáveis. Então, só a força de um desejo não leva ninguém muito longe. É imperativo ter ações práticas! O futuro já começou e o que você tem feito para corresponder às exigências do seu mercado, da sua carreira, do seu negócio ou da sua empresa? Você tem um plano de ação definido, que norteie os seus passos rumo ao que quer alcançar? Aliás, você sabe exatamente o que deseja para a sua carreira? Buscar padrões e atribuir a eles significados faz parte da natureza humana. Agora, pouco adianta ter referências positivas se você mesmo não sabe quais são os parâmetros para a sua própria vida. Os fatos não deixam de existir simplesmente por serem ignorados. O futuro está cada vez mais presente e já está acontecendo uma verdadeira revolução na economia mundial que, querendo ou não, afetará a sua condição de profissional economicamente ativo, seja como empreendedor de um negócio ou da sua própria carreira. Mantenha-se atento às frases motivacionais, mas acima de tudo, lembre-se que uma sucessão de pequenas ações focadas no futuro é o que fará você atingir grandes resultados. Leila Navarro www.leilanavarro.com.br



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