Revista Segurador Brasil - Edição 146

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Ano 19 | Número 146 | 2019

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CENÁRIO FAVORÁVEL PERMANECE O mercado segurador brasileiro continua otimista, pelo quinto mês seguido. Todos os indicadores ficaram acima de 100 pontos, segundo estudo divulgado pela Fenacor–ICSS (Índice de Confiança do Setor de Seguros)



2019 Carta ao Leitor

Perspectiva de desempenho do setor é positiva

“A taxa projetada de crescimento do PIB de 2,5%, após uma sequência de fraca evolução da economia, ao lado de medidas liberalizantes (reformas estruturais, a começar a da Previdência, privatizações, concessões, desregulamentação etc.), abre caminho para incorporar - democrática e produtivamente - amplas camadas da população aos mercados de consumo, da prevenção de riscos e da proteção de patrimônios, rendas, vida e saúde”, ressalta Marcio Coriolano, presidente da CNseg. Para ele, “abrem-se, portanto, possibilidades de um novo protagonismo do setor segurador, na sequência das reformas estruturais, tornando o setor mais efetivo em proteger negócios e pessoas e retroalimentar o crescimento por meio da aplicação de seus ativos garantidores, que já alcançam R$ 965 bilhōes, ou ativos de mais de R$ 1,3 trilhão, quando consideradas as reservas não vinculadas”. Nesta edição, Segurador Brasil traz um panorama otimista do setor. Vamos em frente! O Editor

EXPEDIENTE Editor-Executivo: João Carlos Labruna labruna@revistaseguradorbrasil.com.br brasilempresarial@uol.com.br Comercial: Mauricio Dias (mauricio@revistaseguradorbrasil.com.br) Paula Merigo (paula@revistaseguradorbrasil.com.br) Diagramação: Propósitto Soluções Visuais (rodrigo@propositto.com.br)

ANO 19 | NÚMERO 146 | 2019

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Capa

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Mercado permanece otimista

Pelo quinto mês seguido, em fevereiro, o mercado segurador brasileiro permaneceu otimista, já que todos os indicadores ficaram acima de 100 pontos, segundo estudo divulgado pela Fenacor – ICSS (Índice de Confiança do Setor de Seguros). A análise foi elaborada pela Rating de Seguros Consultoria (www.ratingdeseguros.com.br). O ICSS é um indicador mensal que mede a confiança do setor de seguros no Brasil. Esse indicador é o resultado de três variáveis: ICES (Índice de Confiança e Expectativas das Seguradoras), ICER (Índice de Confiança e Expectativas das Resseguradoras) e ICGC (Índice de Confiança das Grandes Corretoras). Todo final de mês são enviadas perguntas simples, de múltipla esco4

lha, em que as empresas dizem sobre o que esperam que aconteça nos próximos seis meses, com relação a algumas variáveis relevantes do setor. Ao todo, aproximadamente 100 Companhias são entrevistadas em cada oportunidade. Embora todas as perguntas sejam de caráter institucional, as respostas das Companhias não são divulgadas individualmente. No seu cálculo, o indicador leva em conta três aspectos: economia brasileira, faturamento e rentabilidade de cada um dos setores citados. A partir dessas informações, e após cálculos estatísticos, é definido esse índice, cujo valor varia de 0 a 200. O número 100, que divide o índice ao meio, sinaliza que a expectativa atual

é que a situação permaneça a mesma no futuro. Por outro lado, quanto maior esse valor, mais otimista está o segmento; e vice-versa. O ICSS é divulgado em toda primeira semana de cada mês, tomando como referência os dados obtidos em pesquisa realizada na última semana do mês anterior. Essa metodologia segue um padrão similar ao existente em Indicadores de Confiança de outros setores econômicos – por exemplo, Índice McKinsey, Índice Fecap (IFECAP), Índice de Confiança do Comércio (ICEC), Índice de Confiança da Indústria (ICI) etc. Com o objetivo de mensurar com precisão a evolução das expectativas, as perguntas usadas no cálculo do ICSS são repetidas mensalmente.


b) Rentabilidade do seu setor Reprodução

Os últimos números obtidos

Expectativas para daqui a seis meses Distribuição percentual das respostas, com relação a cada um dos setores analisados a) Crescimento da economia brasileira

c) Faturamento do seu setor

Arquivo SB

Setor de seguros consolida diversificação dos seus segmentos

“Há o que se comemorar no desempenho de um setor segurador maduro” Marcio Coriolano, presidente da CNseg

O setor de seguros fechou 2018 com arrecadação de R$ 245,6 bilhões em prêmios, informou recente edição da Conjuntura CNseg publicada pela Confederação das Seguradoras. “O ano que passou consolidou a visão de um mercado de seguros em franca diferenciação entre os seus segmentos. Exemplo disso é o segmento de Danos e Responsabilidades com arrecadação de prêmios - sem DPVAT- de R$ 70,1 bilhões, alta de 8,1% (nominal). Com crescimento acima de dois dígitos, vale destacar a evolução dos ramos de Transportes (16,1%), Rural (11,4%), Crédito e Garantias (10,6%), Responsabilidade Civil (10,3%) e Patrimonial (10%). “Foram os novos protagonistas da procura por proteção pela sociedade”, assinala Coriolano. As Coberturas de Pessoas também foram decisivas para o comportamento diversificado do mercado no ano. “Com receitas de R$ 41,5 bilhões, os Planos de Risco do Segmento de Pessoas alcançaram crescimento de 9,4%, com forte contribuição do Seguro Prestamista, na esteira da alavanca do crédito pessoal e de empresas”, explica o presidente.

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Resultados

Setor de Capitalização arrecada R$ 21 bi Mercado projeta ambiente mais favorável aos negócios, crescimento e muitos lançamentos

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economias. “Registramos uma tendência à redução dos resgates antecipados logo no início do ano, movimento que se acentuou ao longo do período, possivelmente como reflexo da melhoria das expectativas em relação à economia”, avalia o presidente da FenaCap. Divulgação

O setor de Títulos de Capitalização cresceu 1,2% em 2018, acumulando uma receita global de R$ 21 bilhões. Os dados, divulgados pela Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), revelam, ainda, um aumento de 0,9% nas reservas técnicas, montante correspondente a recursos de títulos de capitalização ativos, resgatados ao final da vigência ou de forma antecipada, que somaram R$ 29,4 bilhões. “O mercado reagiu, trazendo mais otimismo, em particular pela aprovação do novo marco regulatório do setor”, diz Marcos Coltri, presidente da FenaCap. Segundo Coltri, o normativo traz mais segurança jurídica e, consequentemente, melhora o ambiente de negócios. Ele destaca, ainda, que as modalidades de capitalização estão cada vez mais presentes na vida das pessoas, seja como solução para a conquista da disciplina financeira, para garantia de contratos, para o exercício da filantropia ou para alavancagem de outros segmentos econômicos, acrescentando que a expect ativa para 2019 é de um novo ciclo de lançamento de produtos. Ao longo de 2018, as empresas de Capitalização distribuíram R$ 1 bilhão em sorteios, o equivalente ao pagamento de R$ 4,3 milhões em prêmios por dia útil do período. Já o montante relativo aos resgates recuou 3,3%, em comparação ao ano anterior. O setor restituiu R$ 17 bilhões a clientes que levaram seus planos de capitalização até o fim do prazo de vigência, ou para aqueles que optaram por antecipar o resgate de suas

Marcos Coltri: mercado reagiu, trazendo mais otimismo, em particular pela aprovação do novo marco regulatório

As empresas de Capitalização distribuíram R$ 1 bilhão em sorteios, o equivalente ao pagamento de R$ 4,3 milhões em prêmios por dia útil. Já o montante relativo aos resgates recuou 3,3%

Mais transparência, novas oportunidades Com a edição do novo marco regulatório da Capitalização, em maio, duas modalidades de produtos foram criadas: Filantropia Premiável e Instrumento de Garantia. Na prática, esses produtos já existiam dentro de outras modalidades, mas agora passam a ter regras próprias, trazendo mais transparência às relações de consumo e novas oportunidades de mercado. “Há uma expectativa muito grande do setor no segmento da filantropia, por exemplo. Muitas das instituições que atuam nessa área, e já são parceiras de empresas de capitalização, acreditam que o potencial para os títulos de Filantropia Premiável é enorme, em vista da forma como a governança dessas operações de transferência de recursos – por meio da cessão de direito de resgate por parte clientes da capitalização – está estruturada e regulamentada, o que confere mais transparência a todo o processo”, avalia Marcos Coltri. Segundo ele, as possibilidades que se abrem com a regulamentação da modalidade Instrumento de Garantia, com extensão de seus benefícios para qualquer tipo de relação contratual, também deixaram o mercado bastante otimista. “Temos convicção de que, com as novas regras, que começam a valer a partir do mês de abril, o mercado terá uma ambiente mais favorável para desenvolver novas soluções de negócios com sorteios, a fim de atender a novas demandas dos consumidores, garantindo, assim, um novo ciclo de crescimento no setor de Capitalização”, conclui.


Porque juntos podemos fazer muito mais.

Colaboração Somos uma seguradora que acredita na força da inclusão e da integração. Para nós é através de um trabalho coletivo que criamos um mercado de seguros mais simples, realizador e colaborativo. Porque fortes parcerias geram os melhores resultados para todos. Você também pensa assim? Acesse tooseguros.com.br e vamos fazer juntos.

Uma empresa


Balanços

SulAmérica registra lucro líquido recorde de R$ 905 milhões Em 2018, a SulAmérica registrou lucro líquido recorde de R$ 905 milhões, 17% superior ao ano anterior, marcando o melhor ano da história da companhia. Nas receitas operacionais foi alcançado um crescimento de 12,5%, resultando em R$ 20,5 bilhões em 2018 (aumento de 12,8% nas receitas de Seguros, 11,2% nas receitas de Previdência, 3,3% nas receitas de

Capitalização e 21,3% nas receitas decorrentes de Gestão e Administração de Ativos). A margem bruta melhorou em 23,8%, totalizando R$ 2,5 bilhões, que conjuntamente com a evolução da receita, denota a execução adequada da estratégia de buscar o crescimento com rentabilidade. O índice combinado foi de 97% em 2018, o melhor em uma série de

pelo menos cinco anos. O índice combinado ampliado (considerando o resultado financeiro que, em virtude da queda da Selic, foi inferior em 24,6%), também apresentou importante avanço, chegando em 93,9% contra 94,1%, em 2017. O retorno sobre patrimônio líquido médio (ROAE) mostrou rentabilidade superior, alcançando 15,2% em 2018 frente aos 14,5% de 2017.

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Lucro líquido da Porto Seguro atinge R$ 1,3 bilhão, um aumento de 34% em relação ao ano anterior

“O ano de 2018 ficou marcado como mais um ciclo de excelente desempenho da Companhia. Os índices de satisfação de nossos clientes, a força de nossa operação, o crescimento robusto apresentado no ano e o retorno consistente para acionistas evidenciaram nossa capacidade de gerar resultados em um ambiente ainda desafiador, sempre observando a disciplina na gestão de riscos e o equilíbrio na alocação de capital” Gabriel Portella, presidente da SulAmérica 8

A rentabilidade da Porto Seguro em 2018 foi impulsionada pelo aumento do resultado operacional, suportado pelo melhor índice combinado histórico. A rentabilidade das aplicações financeiras acima do mercado contribuiu para mitigar os efeitos da redução da taxa de juros no resultado financeiro. Além disso, a empresa expandiu as receitas das principais linhas de negócio, superando os efeitos do baixo crescimento econômico. Na operação de seguros, os prêmios cresceram 2% no quarto trimestre e 5% em 2018 como um todo. No acumulado do ano, os prêmios do seguro de automóvel aumentaram 4% (versus 2017) e registraram um me-

nor ritmo no último trimestre (+1% versus 4º trimestre de 2017) quando comparado aos nove primeiros meses do ano, reflexo das adequações nos preços para fazer frente a queda nas frequências de sinistros. Adicionalmente, a Companhia voltou a expandir frota, aumentando em cerca de 180 mil veículos (vs. 4T17), decorrente principalmente da oferta de alternativas mais acessíveis, como os produtos Azul Leve e Itaú Auto e Roubo, além dos efeitos positivos da recuperação gradual na venda de veículos novos. Nos demais seguros, o Porto Seguro Saúde obteve o maior crescimento anual de prêmios (+19%) dos últimos sete anos, alavancado pelas vendas do produto PME e por ajustes na operação, enquanto a expansão dos produtos Porto Seguro Vida (+2%) e Patrimoniais (+4%) ficaram abaixo da evolução de anos anteriores. Contudo, a empresa percebeu enorme potencial em função da reduzida penetração.


Arquivo SB

A Icatu Seguros manteve seu foco e registrou uma arrecadação de 12,6 bilhões em 2018, crescimento de 51% em relação ao ano anterior. A seguradora cresceu em todas as linhas de negócio e encerrou o ano com R$ 833 milhões em volume de ativos livres. O patrimônio líquido da empresa atingiu R$ 1,3 bilhão. O resultado consolidado da Companhia garantiu um ROE (retorno sobre o patrimônio) de 24%, em linha com os anos anteriores. A Icatu alcançou um montante de recursos administrados de R$ 39,9 bilhões, um aumento de 35%. Mais de 6,5 milhões de clientes escolheram a Icatu para cuidar do futuro da sua família por meio de 280 parceiros comerciais, 4,9 mil corretores e cerca de 56 mil empresas clientes. “Tivemos evoluções significativas em produtos e serviços em 2018, que nos permitiram prover melhores experiências aos nossos clientes e parceiros de distribuição. Reforçamos nossas parcerias estratégicas, firmamos novas que nos ajudaram a capilarizar nossos produtos e soluções, e contribuir de forma cada vez mais relevante para a sociedade”, destaca Luciano Snel, presidente da Icatu Seguros. “Em 2018, o resultado com operações de Vida, Previdência e Capitalização apresentou um crescimento de 34%, compensando a queda da taxa de juros, levando a Companhia a atingir um lucro líquido de R$ 271,9 milhões,” afirma Snel. Luciano Snel: melhores experiências aos clientes e parceiros de distribuição

Austral, forte crescimento em Riscos Marítimos e de Petróleo Carlos Frederico Ferreira: cenário desafiador, mas com crescimento em prêmios

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Icatu cresce em faturamento e resultado operacional

Especialista em Riscos Corporativos, a Austral Seguradora encerrou 2018 com uma sólida posição financeira e crescimento em todas as linhas de negócio. Desconsiderando sua participação no consórcio DPVAT, os prêmios emitidos somaram R$ 422 milhões, um crescimento de 31% em relação a 2017. Em um ambiente econômico complexo e seguindo uma política conservadora de investimentos, a seguradora apresentou um resultado financeiro consistente, de R$ 18,5 milhões. O bom momento do mercado de óleo e gás aliado a uma estratégia de longo prazo, focada na entrega de soluções sob medida para os riscos e exposições de clientes em toda a cadeia de fornecedores da indústria, impulsionaram o crescimento da seguradora na área de Energy. A operação de Riscos Marítimos apresentou um avanço exponencial de 92% em 2018. Já o segmento de riscos de petróleo registrou aumento de 65% em relação a 2017, alcançando a expressiva marca de 31% do mercado. Com uma subscrição responsável e uma gestão de risco constante e cautelosa, a Companhia apresentou lucro líquido de R$ 22,3 milhões em 2018. O patrimônio líquido apurado foi de R$ 152,2milhões e o ativo total atingiu o montante de R$ 1,3 bilhões nesse mesmo período. “Os resultados do último ano nos deixam confiantes e refletem o esforço constante na melhoria de processos operacionais e melhores práticas de governança corporativa. Mesmo em um cenário desafiador e marcado pela falta de investimento em infraestrutura, mantivemos as despesas administrativas controladas e crescemos em prêmios”, destaca Carlos Frederico Ferreira, CEO da Austral Seguradora. 9


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HDI atinge a maior fatia de mercado no segmento automotivo em sua história no Brasil

Murilo Riedel: investimento em seguros simplificados

A HDI Seguros fechou o ano de 2018 como a seguradora pertencente às dez maiores do setor que mais cresceu em seus três principais segmentos de atuação: automotivo, residencial e empresarial. No seguro automotivo, a HDI atingiu 8,8% do market share nacional, consolidando o 5º lugar que ocupa no ranking. A fatia é 0,6% maior que o registrado

em 2017 e representa o melhor patamar alcançado pela seguradora em sua história no Brasil. Em emissão de prêmios o crescimento foi de 13,2% no comparativo com o ano anterior. Já no segmento residencial, o crescimento em prêmios foi de 34,8%, o que posiciona a seguradora como a 6ª maior do setor, com 5,2% de market share. Na tabela de classificação, ela é a primeira colocada entre as seguradoras sem ligação a conglomerados bancários. A carteira empresarial teve o crescimento mais robusto de 2017 para 2018: o seguro para micro e pequenas empresas fechou o ano com aumento de 304% em valor de prêmios. O número levou a companhia a deter 3,8% do market share do ramo, resultado que coroa a intensificação do esforço da empresa em popularizar o produto. “Saímos da 20ª, para a 10ª posição no ranking de seguro empresarial”, comemora Fábio Leme, Vice-

-Presidente Técnico da HDI Seguros. Em prêmios totais emitidos, o crescimento da HDI Seguros foi de 8% no comparativo de 2017 – quando obteve cerca de R$ 3,2 bilhões – com 2018, que fechou em mais de R$ 3,4 bilhões. “Entre as estratégias que adotamos para chegar aos resultados alcançados está o investimento em seguros simplificados, a exemplo do HDI FIT, que protege contra roubo e furto, e é opção viável para carros mais antigos”, destaca Murilo Riedel, presidente da HDI Seguros.

HDI Global

Outra integrante do grupo alemão Talanx, a HDI Global Seguros, que opera no Brasil com seguros de grandes riscos, também obteve resultados significativos no último ano. A divisão foi responsável por 11% do total de prêmios emitidos pelo grupo no País (R$ 422 milhões), que atingiu mais de R$ 3,8 bi com a soma das duas operações.

A Mongeral cresceu 5% em arrecadação, em comparação a 2017, superando R$ 1,3 bilhão. A Companhia também apresentou o expressivo crescimento de 53% no lucro líquido, chegando a R$ 41.2 milhões. As provisões técnicas superaram R$ 1,2 bilhão, registrando 13% de aumento em relação ao ano de 2017. O capital total segurado superou R$ 390 bilhões, alta de 16,7%. As despesas com benefícios totalizaram R$ 396 milhões, e representam o retorno da empresa para a sociedade. “Os resultados de 2018 são reflexo da forte disciplina financeira da seguradora somada ao investimento em infraestrutura, tecnologia, treinamento, inovação e adequação de portfólio”, comenta Marcelo Abreu, gerente de Contabilidade da Mongeral Aegon. 10

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Mongeral Aegon cresce 5% em arrecadação


No quarto ano operacional da AXA no Brasil, a receita foi de R$ 1,054 bilhão, 4,7% maior do que o montante atingido em 2017. Para 2019, a Companhia espera atingir a marca de R$ 1,5 bilhões em prêmios, considerando a produção integrada da AXA e da AXAXL. “A receita da Companhia manteve-se estável, o que consideramos muito positivo, tendo em vista nossas transformações internas, o cenário econômico brasileiro e o ano eleitoral”, disse Delphine Maisonneuve, CEO da AXA no Brasil A seguradora conta com plano de longo prazo e olhar promissor em relação aos próximos anos. “Em 2018 continuamos investindo em nossas principais prioridades, que são as Linhas Comerciais P&C e Afinidades, e apresentamos balanços

Reprodução/Divulgação

AXA no Brasil alcança R$ 1,054 bilhão de receita

fortes, com os índices de liquidez e solvência acima dos requisitos da Susep”, afirma Sebastien Guidoni, CFO da AXA no Brasil. O balanço anual 2018 revela ainda que o mix de negócios da empresa manteve-se em linha com o de 2017. O segmento mais represen-

tativo foi o Empresarial (Property), responsável por 35% da receita, seguido pelos produtos que compõem o segmento de Afinidades (Garantia Estendida, Roubo e Furto de Celulares, Prestamista, entre outros), que representou 24% da receita total, um crescimento de 9%

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Unimed está entre as que mais cresceram em receita A Seguros Unimed está entre os 200 maiores conglomerados do País, segundo o anuário ‘Grandes Grupos’ do jornal Valor Econômico. A publicação avaliou a receita bruta das empresas com base nos balanços de 2017, nas seguintes dimensões: Finanças, Comércio, Serviço e Indústria. Entre as companhias do setor Financeiro, a seguradora é destaque entre as quinze que mais cresceram em receita, ficando na 8ª posição. “O reconhecimento reforça a nossa capacidade, como especialistas, de cuidar da saúde financeira de nossos clientes. Também comprova a nossa busca constante por uma gestão eficiente e pela sustentabilidade dos nossos negócios”, avalia o presidente da Seguros Unimed, Helton Freitas (foto). 11


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Lucro líquido do Grupo Bradesco Seguros cresce 15,4%

O Grupo Bradesco Seguros apresentou lucro líquido de R$ 6,4 bilhões em 2018, nos segmentos de Seguros, Capitalização e Previdência Complementar Aberta. Esse resultado representa expansão de 15,4% em relação ao obtido em 2017, refletindo a evolução positiva dos principais indicadores de de-

sempenho da Companhia. Na comparação entre os quartos trimestres de 2018 e 2017, o crescimento dessa rubrica foi ainda mais significativo: 26,7%. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido Ajustado foi de 20,0% em 2018, sendo que no quarto trimestre alcançou 22,3% com evolução de 2,9 pontos percentuais relativa ao mesmo período de 2017. Também merece destaque o resultado operacional do Grupo segurador, com evolução de 12,2% ante o apurado em 2017. Entre os indicadores, o maior destaque foi o Índice de Sinistralidade, que apresentou, em 2018, queda de cerca de dois pontos percentuais com relação ao ano anterior, registrando 72,9%, um dos menores da série. Na comparação entre os quartos trimestres de 2018 e 2017, o recuo foi ainda mais acentuado: 3,6 pontos percentuais.

Essa conjugação de bons indicadores se traduziu na melhora expressiva de 2,8 pontos percentuais do Índice Combinado do Grupo, que atingiu 83,7%, o melhor resultado dos últimos dez anos. Já pelo lado das despesas, os gastos gerais e administrativos registraram queda de 2,7%, graças a um rigoroso controle de custos apoiado na adoção de processos tecnológicos ainda mais eficientes. Complementando as principais informações do Grupo, as Provisões Técnicas alcançaram aproximadamente R$ 260 bilhões, correspondentes a cerca de 26% do total do mercado segurador, e os Ativos Financeiros ficaram próximos a R$ 290 bilhões. Outro dado relevante foi o valor pago em indenizações e benefícios, que superou R$ 30 bilhões, o que correspondeu a mais de R$ 120 milhões por dia útil.

O cenário desafiador da economia não impediu o avanço consistente da Rio Grande Seguros e Previdência em 2018. Criada a partir de uma joint venture entre o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) e a Icatu Seguros, a companhia encerrou o ano como a 2ª maior seguradora em Vida no Rio Grande do Sul, e já ocupa o 5º lugar em Previdência Privada, resultados obtidos em apenas três anos de operação. Enquanto o mercado de Vida cresceu 9% segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), a empresa avançou mais que o dobro e encerrou 2018 com um crescimento de 20% neste segmento. No Rio Grande do Sul, a área de Vida alcançou um 12

market share de 14%. Os resultados positivos se repetem em Previdência Privada: as reservas ultrapassaram a marca de R$ 600 milhões, um aumento de 46% em relação ao ano anterior. Com uma carteira de mais de 1,5 milhão de clientes protegidos, a companhia conquistou o 15° lugar na lista das 50 maiores seguradoras de pessoas do país, considerando o lucro líquido de 2018, em ranking feito pela consultoria independente Siscorp. “Apresentamos um sólido crescimento duas vezes maior que o do mercado e nos consolidamos como a maior seguradora de pessoas com matriz no Estado do Rio Grande do Sul”, ressalta Cesar Saut, presidente da Rio Grande Seguros e Previdência.

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Rio Grande avança em Vida e Previdência

Cesar Saut: sólido crescimento duas vezes maior que o do mercado


Artigo

Os dados de Saúde na quarta revolução industrial Nosso planeta está se tornando um grande ser vivo digital. Com o avanço da internet das coisas, processadores podem ser colocados em produtos com as mais diversas finalidades. Em várias partes do mundo, sensores embutidos em objetos medem a vibração, a temperatura, a composição química etc. Algumas das aplicações dessa tecnologia serão úteis a ponto de nos fazer pensar como conseguimos viver tanto tempo sem elas. Um exemplo? Assim que os sensores químicos ficarem suficientemente baratos, eles poderão ser colocados dentro das caixinhas de leite para avisar quando o produto, de fato, azedou. Em vez de respeitar a data de validade da embalagem (baseada em um cálculo estatístico sobre a duração média do produto), o consumidor terá uma informação precisa para saber se o leite ainda está bom. Uma informação única, individualizada e capaz de evitar muitos desperdícios. Na saúde, há múltiplos desdobramentos e possibilidades. Surgem balanças que registram não só o peso, como também o nível de hidratação e outros parâmetros e suas variações. Os dados são enviados para um aplicativo de celular. Há também relógios que fazem bem mais do que apenas registrar as horas. É o caso da nova versão do Apple Watch, capaz de realizar um eletrocardiograma e enviar o resultado para o celular. A partir daí, o cliente

Marcelo de Jesus/Editora Globo

por Solange Beatriz Palheiro Mendes (foto) *

A inovação tecnológica que já estamos vivendo e os debates acerca do futuro da informação, nos levam a refletir sobre as implicações deste novo mundo, no qual os consumidores aceitam fornecer dados pessoais com a contrapartida de receber melhores serviços pode compartilhar a informação com o médico, se desejar. A inovação tecnológica que já estamos vivendo e os debates acerca do futuro da informação, como o promovido durante o 4º Fórum da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), no final de outubro, nos levam a refletir sobre as implicações deste novo mundo, no qual os consumidores aceitam fornecer dados pessoais com a contrapartida de receber melhores serviços. No nosso setor, é preciso ter um cuidado extremo na transição para a quarta revolução industrial – a da informação. É imperdoável errar quando o que está em jogo são os dados de saúde, como

ressaltou Henrique von Atzinger do Amaral, líder do ThinkLab da IBM Brasil. Todo e qualquer serviço que pretenda usar esse tipo de informação precisa oferecer conveniência, relevância, segurança e controle. O grande entusiasmo despertado pelos avanços da inteligência artificial aplicada à área médica só vão se concretizar no Brasil se os dados dos pacientes estiverem digitalizados e disponíveis, de forma organizada e comparável. Só assim os algoritmos poderão contribuir para a melhoria dos diagnósticos por imagem, a descoberta de novas drogas, a priorização de pacientes em hospitais, entre outros usos. 13


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Antes disso, os agentes da saúde suplementar têm o desafio de mostrar ao paciente o que será feito com as informações dele e conseguir consentimento para qualquer de suas ações. É o que exige a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, sancionada em agosto. O prazo de adequação dado às empresas é insuficiente: apenas 18 meses. O marco legal impõe um desafio, mas não impedirá o avanço dos projetos baseados no registro e compartilhamento de dados de saúde. As primeiras iniciativas das operadoras têm demonstrado que os indivíduos concordam em permitir o acesso a seus prontuários eletrônicos quando recebem informações claras e entendem os benefícios oferecidos. Com transparência, ética e respeito à legislação, o futuro da informação pode ser um grande aliado na reorganização do sistema de saúde. Solange Beatriz Palheiro Mendes – ex-presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar 14

aponta os avanços esperados para o segmento. “Um dos principais indicadores do mercado de saúde é o número de beneficiários. Observamos nos últimos três anos uma queda expressiva desse número, que chegou a três milhões de perdas até meados de 2018. Desde então, vimos uma estabilização e a quantidade de beneficiários voltou a crescer – aumento de 200 mil beneficiários entre 2017 e 2018. Com a expectativa de recuperação econômica maior a partir desse ano, nosso desejo é que o setor possa recuperar os três milhões de beneficiários nos próximos três anos”, comenta .

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Após três anos à frente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), a advogada Solange Beatriz Palheiro Mendes passou a gestão da entidade ao economista João Alceu de Amoroso Lima (foto), vice-presidente do Grupo Notredame Intermé-

dica, responsável pela Interodonto, segundo maior plano odontológico do Brasil, com 1,9 milhão de beneficiados. Ambos concordam que os desafios enfrentados pela Saúde Suplementar devem permanecer os mesmos ao longo 2019, como: a escalada dos custos; a mudança do perfil epidemiológico; o envelhecimento da população; o aumento da judicialização; e a pressão da renda para capacidade de compra de serviços médicos. João Alceu espera que no período de sua gestão o segmento volte a crescer, após a significativa evasão de beneficiários entre 2015 e 2017. Ele


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Riscos

por José Antonio Melnek Tacla (*) Regulação de sinistros, suporte jurídico preditivo e big data podem mitigar os riscos em contratos securitários. Nos últimos cinco anos, apesar da crise econômica, o mercado segurador brasileiro se mostrou extremamente resiliente, obtendo, inclusive, taxas de crescimento consistentes. O fato de ser “duro na queda” manteve a estabilidade deste importante investidor institucional do país, além, é claro, de garantir as indenizações decorrentes dos mais diversos sinistros que ocorrem diariamente. Contudo, apesar deste ótimo cenário macro, o próprio sucesso do mercado segurador acabou por atrair a atenção de verdadeiras quadrilhas especialistas em fraudar seguros. E, por isso, as empresas de seguros tornam-se cada vez mais vigilantes. Estas fraudes causam grandes impactos negativos na própria comunidade segurada, pois, conforme dados mais recentes publicados pela Confederação Nacional das Empresas 16

de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), em 2017, 15,8% dos Sinistros ocorridos foram classificados como “suspeitos” – quando há características de fraude -, sendo que as “fraudes comprovadas” representaram R$ 730,1 milhões. Um dos ramos que possuem maior percentual de fraudes comprovadas é o habitacional, sendo estas desde “simples golpes” até engenhosas ficções que desafiam a física. Por exemplo, há casos de “segurados” que ao cotarem o seguro residencial com sua corretora, exigem altos valores de cobertura para furto e roubo, apresentando lista de bens, principalmente eletrodomésticos de alto valor, incompatíveis com sua situação financeira (residência alugada, sem emprego fixo e etc.) e, como num passe de mágica, em poucos dias, o “sinistro” ocorre. Existem também aquelas situações arquitetadas para “inexistir furo”: o “segurado” contrata o seguro residencial, novamente com altos valores de cobertura para furto e roubo, e, por um “infortúnio”, bem quando está viajando, o “sinistro” ocorre – e curiosamente os “ladrões” focam suas atenções naqueles bens sem nota fiscal, recibos e outras documentações. E, como dito, há os casos em que as leis da física são suspensas e portas são arrombadas sem deixar vestígios, eletrodomésticos extremamente pesados são transportados por cima de altos muros e câmeras de segurança são ludibriadas por verdadeiros 007. Tais ocorrências, além da possi-

bilidade de configuração do crime de estelionato (art. 171, §2º, V, do Código Penal), violam a boa-fé objetiva que é intrínseca em qualquer relação jurídica, mas com especial destaque ao contrato de seguro, conforme previsão do artigo 765 do Código Civil. O prejuízo destas fraudes não é suportado apenas pela Seguradora vítima, mas por toda a comunidade de segurados e o próprio mercado segurador, onerando os custos da operação e dos prêmios cobrados. A realização da regulação de sinistro, combinada com suporte jurídico e de inteligência (big data securitário), demonstra-se um eficaz mecanismo para mitigar o risco de a fraude prosperar, além, é claro, da permanente conscientização dos segurados quanto à importância do préstimo de informações precisas e verídicas em todas as fases do contrato securitário. (*) advogado empresarial, integrante da equipe de seguros do escritório RÜCKER CURI Advocacia e Consultoria Jurídica

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Fraudes em seguros passam de R$ 700 milhões


CERTIFICAÇÃO AIRM A Associação Brasileira de Gerência de Riscos – ABGR proporciona aos profissionais de Administração de Riscos e Seguros, a Certificação Internacional em Gerência de Riscos (AIRM), através da Fundação Ibero-Americana de Administradores de Riscos e Seguros (ALARYS). A Certificação AIRM é reconhecida mundialmente pela International Federation of Risk and Insurance Management Association (IFRIMA) e nos Estados Unidos pela RIMS (Risk and Insurance Management Society Inc). A AIRM é dirigida principalmente aos profissionais da área de riscos, independente do campo em que

atuem (riscos seguráveis, operacionais, financeiros, estratégicos), que desejam obter reconhecimento profissional em Gerenciamento de Riscos, bem como aos que pretendem obter o “RIMS Fellows Designation”. Áreas: Adm. de Riscos Seguros Tesouraria Finanças RH Controle e Auditoria Interna Jurídico

Qualidade Compliance Operações Engenharia Logística e outras, ligadas ao controle e mitigação de riscos.

Os interessados deverão encaminhar curriculum para avaliação e aprovação da Direção do curso. Endereço (abgr@abgr.com.br).

Link para maiores informações: http://abgr.com.br/noticias.php?NuNot=168

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Entre em contato direto com ABGR - Tel.: 011 5581 3569 • 2578 7223 17


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Agência Brasil - EBC

Ponto de Vista | ANTONIO PENTEADO MENDONÇA

Barragens: o problema é muito maior

Os acidentes de Mariana e Brumadinho deixaram claro que a Vale é um problema. Para complicar, ela ainda tem outras barragens que foram construídas com a mesma técnica empregada nas barragens que cederam. A Companhia garante que vai descomissionar essas barragens e já apresentou, inclusive, um plano para isso. A Vale garante que em três anos elas estarão completamente neutralizadas, através da utilização de diferentes técnicas que reduzirão seu risco para zero. É importante salientar que o fato de uma barragem ser construída seguindo este ou aquele método, apenas por isso, não é um risco potencial. Ou é, como toda barragem o é, mas não implica em que seja necessariamente maior ou mais grave ou mesmo que tenha maior probabilidade de ocorrer um acidente. O mais importante para evitar uma ruptura ou vazamento são as providências para conservação, funcionamento e monitoramento da barragem, tanto faz a técnica de engenharia empregada. Se não fosse assim, barragens como Ilha Solteira, Jupiá e Itaipu deveriam ser imediatamente desativadas. Elas foram construídas entre as décadas de 1960 e 1980, portanto, depois delas surgiram novas técnicas de construção de barragens que, em teoria, as fazem ultrapassadas, já que atualmente não se-

riam construídas como o foram. Se idade fosse referencial para desativar equipamentos e instalações, os bombardeiros B52, da Força Aérea norte-americana, deveriam ter sido desativados há décadas. Afinal, eles voam desde os anos 1950. Mas, ao contrário disso, devem seguir em serviço por mais vários anos. As barragens em si não são o grande problema. O nó se materializa na falta de manutenção, nas reformas fora das especificações, no uso indevido, na extrapolação da capacidade, na falta de monitoramento e até no abandono da instalação, como acontece com várias barragens espalhadas pelo território brasileiro. Neste cenário, a Vale é o menor dos problemas, até porque dificilmente a companhia sobreviveria a um terceiro acidente. Este é o melhor argumento para que seus administradores e técnicos tomem todas as providências indispensáveis para que suas barragens não causem mais nenhum dano de monta. Fora da Vale, o Brasil tem mais de vinte e quatro mil barragens de alguma forma documentadas. São obras de engenharia que variam de uma Itaipu até um açude de fazenda. E ninguém sabe qual o estado da imensa maioria delas. Ou seja, o risco de acidentes continuarem ocorrendo é muito grande. É verdade que a maioria não tem o tamanho das grandes barragens nacionais, mas o fato de grande


Publicado no jornal “O Estado de S.Paulo” em 11/02/2019

Tarcísio Godoy é o novo diretor geral da Escola Nacional de Seguros Principal instituição de forma-

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parte não ter potencial para causar danos comparáveis a Brumadinho não significa que, no caso de seu rompimento, não sejam capazes de matar dezenas de pessoas e destruir o que se encontra a jusante. Logo depois da tragédia em Minas Gerais, o Governo anunciou que realizará vistorias em pouco mais de três mil barragens. É um número patético diante das mais de vinte quatro mil espalhadas pelo Brasil. Além disso, não há prazo para o início dos trabalhos, para a apresentação dos resultados e, consequentemente, para a adoção das medidas indispensáveis para que os riscos de ruptura sejam efetivamente mitigados. Em outras palavras, a população brasileira está sujeita a acidentes com potencial de danos muito maiores do que os verificados em Mariana e Brumadinho. Basta que uma represa próxima de uma área densamente povoada sofra um acidente de monta para milhares de pessoas perderem a vida. Nem se diga que isto não é possível. Poucos anos atrás, moradores de áreas a jusante de barragens no Estado de São Paulo tiveram suas propriedades inundadas pela abertura das comportas para manter o nível da represa em patamares seguros. Mas se o cenário está longe de ser confortável, o quadro fica mais grave quando se sabe que a imensa maioria dessas barragens, ou dos responsáveis por elas, não tem qualquer tipo de seguro que minimize os impactos que um vazamento de água ou qualquer outro produto possa causar à população, à região e ao meio ambiente.

ção e capacitação dos profissionais de seguros em todo o País, a Escola Nacional de Seguros tem novo diretor geral: Tarcísio José Massote de Godoy (foto). Ele chega para substituir Renato Campos Martins Filho, que estava na Escola desde 2005 e, nesse período, deu uma grande contribuição para a expansão das atividades educacionais. “Encontro uma instituição muito bem estruturada e com um sólido modelo de governança,

fundamental para colocar a Escola em um novo patamar de qualidade”, elogiou Godoy. Para o presidente da Escola, Robert Bittar, Tarcísio Godoy dará uma valiosa contribuição para a expansão das atividades da Instituição. “É um executivo com grande experiência no setor de seguros e tem no dinamismo uma de suas características mais marcantes. Estou convicto de que o Tarcísio ajudará a Escola a ampliar sua participação no mercado”, declarou Bittar. Uma das principais metas do novo diretor será fortalecer a visão de mercado da Escola, adotando uma postura mais proativa. “Vamos promover uma efetiva aproximação com os diversos segmentos do setor, pois sabemos que existem gargalos na capacitação dos profissionais de seguros e a Escola tem programas para atender a todos os perfis”, revela. Atenta a esse cenário, a Escola vem, continuamente, aprimorando seus programas educacionais e desenvolvendo outros, a fim de suprir as crescentes demandas por formação especializada. Recentemente, o Curso para Habilitação de Corretores de Seguros passou por um amplo processo de modernização, que incluiu a total digitalização do material didático e o acréscimo de disciplinas voltadas mais para o lado prático da profissão, como Empreendedorismo. Outra iniciativa criada para auxiliar os Corretores de Seguros é o inédito Programa de Transformação Digital para Corretores, previsto para ser lançado ainda neste ano. O curso será baseado em princípios técnicos e acadêmicos de planejamento estratégico, gestão comercial e marketing, segundo as principais tendências e ferramentas inovadoras de mercado, como Google, Facebook, Instagram, Linkedin, ente outras.

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Visã Brasil Afastamento do trabalho custa mais de R$ 6 bilhões por ano ao País

Em seis anos, mais de 520 mil brasileiros foram afastados por auxílio doença. Isso representa cerca de 40 mil dias de trabalho produtivo perdidos por problemas de saúde. Os números são de um estudo do INSS realizado entre 2012 e 2018, que indicou gastos superiores a R$ 26 bilhões em benefícios no período. Estima-se que o SUS invista atualmente cerca de R$ 6 bilhões por ano com auxílios para acidentes ou doenças ocupacionais, não incluindo os valores destinados às aposentadorias precoces. As dores de coluna lideram o ranking de afastamento e pagamento de auxílio doença e são a terceira causa de aposentadoria por invalidez no País. Além do impacto para a saúde e bem-estar do colaborador, os problemas de ortopedia também afetam o orçamento das empresas e das operadoras de saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que 40% das dores lombares, evoluem para um problema crônico, gerando incapacidade funcional, absenteísmo e diminuição da produtividade. Dados do Data Science da Sharecare, empresa americana líder na gestão digital em saúde, apontam que cerca de 30% da população faz algum tipo de procedimento ou terapia ligado à ortopedia por ano. Destes, a coluna vertebral representa quase um terço dos tratamentos, seguido por joelho, quadril e ombro. Atualmente, 10% do total dos custos com sinistro das operadoras são destinados aos tratamentos de ortopedia. Os procedimentos de alta complexidade são os mais frequentes; em torno de 80% destas despesas estão relacionadas à internação ou cirurgia – muitas vezes, desnecessárias. 20

PIB: Economia tem 2ª alta, cresce 1,1% em 2018, mas fica abaixo do esperado A economia brasileira registrou crescimento de 1,1% em 2018, no segundo ano seguido de alta. Em valores atuais, o PIB totalizou R$ 6,8 trilhões. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado ficou abaixo do 1,3% esperado pelo mercado. Segundo analistas, o resultado morno aponta dificuldade de recuperação da economia. Em 2017, o PIB brasileiro também cresceu 1,1%, após dois anos seguidos de recessão.

Imóveis econômicos impulsionaram o setor imobiliário no ano passado

De acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio) apresentados pelo Secovi-SP, os lançamentos na cidade de São Paulo totalizaram 32,8 mil unidades residenciais em 2018, volume 4,0% superior às 31,4 mil unidades lançadas em 2017. O resultado manteve o ritmo de recuperação iniciado nos últimos meses de 2018 e superou a média histórica de 30 mil unidades por ano na Capital paulista. Nos lançamentos de 2018, 65% das unidades foram de dois dormitórios, 62% possuíam área útil menor do que 45 m² e 51% tinham preço total de até R$ 240 mil. As características que predominaram foram, principalmente, de imóveis econômicos enquadrados no programa Minha Casa, Minha Vida.


Segurança

Seguro contra violação de dados terá grande aumento nos próximos anos Brasil é considerado o 6° país mais vulnerável a ataques contra dados. Por conta disso, a Lei de Proteção de Dados deve entrar em vigor em 2020

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No País há apenas cerca de 200 apólices emitidas de seguro para proteção contra violação de dados. No Exterior essa modalidade de seguro é bastante comum

Nos próximos dois anos haverá um grande aumento no número de apólices de seguros contra violação de dados, principalmente com a proximidade da Lei de Proteção de Dados, que está prevista para entrar em vigor em 2020 e traz diversas obrigações legais para as empresas. Apesar de o Brasil ser o 6° país que mais sofre ataques contra dados no mundo, Fernando Cirelli, superintendente de linhas financeiras da Alper Consultoria de Seguros, afirma que no País há apenas cerca de 200 apólices emitidas de seguro para proteção contra violação de dados. “A quantidade é muito baixa, principalmente, porque ainda não havia uma legislação específica sobre o assunto. Já no Exterior essa

modalidade de seguro é bastante comum, porque já tem uma legislação mais madura tratando sobre o tema”, afirma Cirelli. Segundo o executivo, apesar da legislação estar prevista para entrar em vigor apenas em 2020 no Brasil, o risco já existe para as empresas e as incidências são enormes. “Violações acontecem todos os dias, a questão é saber o tamanho dessa violação e o prejuízo, a depender do setor de atuação da empresa em que os dados foram violados”, diz o gerente. O seguro contra violação de dados protege a própria empresa e terceiros (clientes, fornecedores, empregados etc.). A apólice vai cobrir prejuízos cada vez mais recorrentes hoje nas empresas, como: custas

judiciais, advogados, indenizações, notificações a clientes, lucros cessantes, gastos com investigações forenses, sanções feitas pelo Ministério Público e ações por danos morais coletivos e, até, multas impostas por agências reguladoras. Vale lembrar que a Alper negociou ajustes com uma seguradora e emitiu há pouco tempo a primeira apólice que prevê cobertura contra essas multas. “Mesmo sem a Lei ainda em vigor, que prevê as multas, hoje as empresas estão sujeitas a riscos que podem acarretar no arrolamento de processos, que podem levar longos meses e talvez anos, podendo envolver a aplicação de multas, e os valores podem chegar a R$ 50 milhões”, afirma Fenando Cirelli. 21


Análise | DILMO BANTIM MOREIRA

Tendências na Comercialização de Seguros Não é mais novidade que as metodologias de comercialização de seguros estão mudadas. A tradicional aproximação presencial do corretor

Ainda que a investida dos meios digitais seja tímida frente à comercialização por meios mais tradicionais, é certo que esses novos meios devam

x segurado ainda é o carro-chefe, mas cada vez mais ser convenientemente estudados e explorados. temos novas possibilidades de acesso à contratos

Junto à essa tendência, há ainda que se anali-

de seguros por outros meios, ou seja, os ambientes sar e projetar o desenvolvimento de seguros para virtuais ou não presenciais. Porém, é importante que

os públicos que hoje nascem com plena inserção

velhos paradigmas de comportamento do consumi-

no universo digital, pois estes serão os consumido-

dor frente à comercialização por esses novos meios

res que tomarão o lugar da atual base de clientes

devam ser modificados, como, por exemplo, o de que

que se originou em um ambiente não totalmente

seguros, assim oferecidos, possam ser diferentes daqueles anunciados, ou até mesmo falsos. No caminho da instrumentalização para modificação destes paradigmas negativos, os corretores tradicionais de seguros vêm fazendo sua parte há algum tempo. Lançando mão de ferramentas como PCs, tablets e celulares, utilizando e-mails e whatsapp, aceleram e facilitam a comunicação, trocando informações sobre produtos, cotações, contratações e renovações, de forma rápida,

digital (mas que ainda as-

Há ainda que se analisar e projetar o desenvolvimento de seguros para os públicos que hoje nascem com plena inserção no universo digital, pois estes serão os consumidores que tomarão o lugar da atual base de clientes

sim o vivencia).

Pessoas, ambientes, procedimentos e necessidades securitárias estão e estarão sempre em permanente mutação, e assim os comportamentos de venda e compra se adaptarão a cada momento

e vida própria criaram um

segura e conveniente, inse-

Se para a atual massa de segurados foi criada uma tecnologia para adaptação às suas necessidades, o momento agora é de que eles passem a se adaptar

às

tecnologias,

que com comportamento ambiente totalmente novo, composto de novas linguagens e relacionamento com as pessoas. Nesse novo momento, munida desta tecnologia, a indústria de seguros tem o potencial para interagir

rindo e/ou familiarizando nesse ambiente digital os como nunca antes o fez com seus clientes. antigos e também novos consumidores de seguros de forma progressiva e segura.

Análises de comportamento podem ser realizadas de forma instantânea, por meio de gadgets

É importante registrar que, dentro desse ambiente usados pelos segurados, fornecendo perfis de não presencial, é preponderante a comercialização seus riscos por meio de monitoramento consentipor meio de telefone, via mensagens de SMS e Call do de dados como frequência cardíaca, níveis de Centers. Não nos esqueçamos das facilidades já hoje uti-

insulina ou, ainda, consumo de alimentos. Mensagens acerca de dicas de alimentação,

lizadas em termos de regulação e liquidação de si- incluindo frequência de refeições e alimentação nistros, nos quais boa parte dos procedimentos pode saudável e, também, lembretes sobre horários de ser executada por meio da transmissão de simples ingestão de medicação, podem ser enviadas aos imagens, como o envio de documentos ou de fotos segurados, melhorando sua qualidade de vida, bem de bens sinistrados.

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como nível de risco para a seguradora, trazendo à


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relação segurado x cliente um rele- sas estão interagindo com as tradiDe toda forma, o mais importante vante incremento de valor percebido cionais seguradoras no sentido de é que a tranquilidade proporcionada e suas positivas consequências. modernizar seus atuais produtos pela contratação de um seguro possa Dentro desse ambiente de inova- para uso de ferramentas digitais e, ser levada pela melhor forma possível ção, há um termo novo que cada vez ainda, desenvolvendo novos produtos à maior quantidade de pessoas, auximais se houve: “Insurtech”. Esse novo com base em visões diferenciadas de liando por meio de suas garantias a termo é a fusão de suas palavras in- entendimento de necessidades dos manutenção do equilíbrio econômico glesas: insurance = seguro e techno- clientes ou, até mesmo, de identifica- da sociedade em geral. logy = tecnologia. ção de novos mercados. Trata-se de empresas que sur-

O fato é que pessoas, ambiengiram com a intenção de modificar tes, procedimentos e necessidades Dilmo Bantim Moreira profundamente a forma de acesso, securitárias estão e estarão sempre Presidente do Conselho Consulticontratação e manutenção da comer- em permanente mutação, e assim os vo do CVG/SP, Diretor de Relacionacialização de seguros, por meio do comportamentos de venda e compra mento com o segmento de Pessoas uso de tecnologia.

se adaptarão a cada momento, não da ANSP, administrador pós-graduDentro desse objetivo, as insurte- havendo desta forma uma solução ado em Gestão de Seguros e Previchs pretendem disponibilizar contra- única ou permanente. dência Privada, atuário, membro da tos de seguros de forma totalmente Eventualmente, o melhor possa Comissão Técnica de Produtos de digital, com prêmios mais baixos, ser a utilização de cada ferramental Risco da FenaPrevi e de Seguro Haradical diminuição da burocracia, en- de comercialização de acordo com bitacional da FenSeg, docente em tendimento facilitado dos produtos e o momento de cada mercado, consi- Seguros de Pessoas, Previdência personalização dos seguros de acor- derados os consumidores, corretores Complementar, Saúde, Capitalizado com o perfil dos clientes. e seguradores em seus respectivos ção, Atendimento ao Público e coluEm alguns casos, essas empre- estágios. nista em mídias de seguros

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SEU TEMP

Mudança de hábitos Exemplo de saúde e boa forma, com inúmeras fotos e vídeos inspiradores em seu perfil no Instagram (@ projetomassamagra1), a positive coach Osanita Rodrigues passou por uma grande transformação em seu estilo de vida graças à mudança de hábitos. A influenciadora compartilha sua experiência de largar o tabagismo e o sedentarismo e se dedicar a práticas saudáveis em conteúdos lançados pela campanha de divulgação do Movimento Mude1Hábito, da Unimed. Os depoimentos e a história de Osanita estão disponíveis em cinco vídeos de aproximadamente 60” cada e em outros conteúdos exclusivos na plataforma digital da campanha (www.mude1habito.com.br) - o acesso pode ser feito a partir de cadastro no espaço - e nas redes sociais da personagem. “Mudei meu estilo de vida em 2007. Cheguei a fumar quatro maços de cigarros por dia, tinha uma vida totalmente sedentária e, com isso, o cansaço e falta de ânimo começaram a me prejudicar no trabalho e em minha vida pessoal. Resolvi dar um basta. Parei de fumar e adotei hábitos saudáveis e alimentação balanceada, aliados à atividade física. Emagreci 26 quilos e me tornei inspiração para milhares de pessoas”, conta Osanita. “Hoje, aos 44 anos, sou atleta amadora de corrida e natação, faço musculação de segunda a sexta-feira e me sinto muito bem. Estou 100% satisfeita com a minha saúde e com o corpo que conquistei com atividade física e reeducação alimentar”, ressalta. 24

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Influencer Osanita Rodrigues participa de Campanha da Unimed

Osanita Rodrigues : “Estou 100% satisfeita com a minha saúde”


Sobre a Campanha A mudança de simples hábitos pode ser o primeiro passo rumo a uma melhor qualidade de vida. Essa é a principal mensagem do movimento Mude1Hábito. Esse conceito norteia a nova fase da campanha institucional do maior sistema cooperativista de saúde do mundo. Nesta etapa, a Unimed alerta para a importância do combate à procrastinação, com o lema “Coloque-se na agenda”. “Ao lançarmos o Mude1Hábito, em 2017, trouxemos a mensagem de que grandes mudanças poderiam ter início com a transformação

de pequenos hábitos. Agora, em uma evolução do conceito, focamos na necessidade de pôr em prática essas promessas”, explica Aline Cebalos, gerente de Comunicação e Marketing da Unimed do Brasil. “Detectamos que muitas vezes esses projetos não saem do campo das ideias porque não os assumimos como compromissos com nós mesmos, por isso criamos esse direcionador”, complementa a executiva. A campanha para o público em geral terá duração de um ano, contemplando filmes de 15” e 30” para o ambiente digital com depoimentos

reais de pessoas que visam mudar seus hábitos, uma plataforma de conteúdo (www.mude1habito.com.br), parcerias com o Waze (para indicações de locais para práticas saudáveis em seus mapas) e com influenciadores digitais, além de marketing de conteúdo com inserções na programação do canal Discovery Home&Health, disponível em payTV. Entre as ações oferecidas, também se destaca o sistema de notificações personalizadas nos celulares, de acordo com os hábitos indicados por cada pessoa – basta o cadastro na plataforma de conteúdo do movimento na web.

O conceito do Mude1Hábito se baseia em resultados de uma pesquisa da Duke University, dos Estados Unidos, que demonstra que cerca de 40% de tudo que fazemos cotidianamente não são decisões de fato, mas repetições de hábitos que já estamos acostumados a fazer. Sendo assim, conclui-se que mudar esses comportamentos, geralmente automáticos e inconscientes, é importante para a adesão a um novo estilo de vida, mais voltado à saúde e ao bem-estar. Como apoio para a sua criação, foi desenvolvida uma pesquisa junto à Brandwatch para averiguar quais hábitos os brasileiros mais gostariam de mudar. O tópico mais mencionado foi ‘alterar os hábitos de alimentação’, seguido por ‘começar uma atividade física’, ‘usar menos o celular ou a internet’, ‘dormir com mais qualidade’ e ‘parar de procrastinar’. Lançado como campanha institucional em 2017, o Mude1Hábito logo ampliou sua dimensão na estratégia de marca da Unimed, tornando-se um movimento. Segundo o diretor de Desenvolvimento de Mercado da Unimed do Brasil, Darival Bringel de Olinda, isso se deve à grande adesão das Unimeds ao assunto em curto espaço de tempo, englobando suas ações em prol da saúde na causa.

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PONTO FINAL LEILA NAVARRO

Atualmente o termo “empreendedorismo” tem estado em voga mais do que nunca. Foco, determinação, persistência, resiliência, entre tantos outros termos são parte de um pacote poderosíssimo que promove um chacoalhão na mente daqueles que anseiam em sair da zona de conforto e inovar em suas estratégias pessoais e profissionais. Há 20 anos atuando como influenciadora motivacional, já havia direcionado milhares de pessoas em diversos países para que elas pensassem fora da caixa, explorassem mais suas competências e avançassem em seus projetos. Com isto, me vi absorvida nas experiências de pessoas corajosas, desbravadoras de oportunidades, ousadas e passei a refletir bastante sobre alguns cenários: O que aconteceria se cada uma delas tivesse desistido de dar mais um passo? Ou, o que aconteceria se elas se contentassem com a rotina natural de sobrevivência e fechassem os olhos para as possibilidades? Acredito que se fosse assim, certamente não teriam descoberto o colorido da vida, com seus altos e baixos, com suas vitórias e aprendizados. 26

Para mim, um dos grandes diferenciais das pessoas empreendedoras é viajar em seu universo íntimo, descobrir o que de fato precisam e querer de verdade alcançar uma vida mais plena e feliz. Quando acreditamos em nossos sonhos e temos uma visão de futuro e colocamos em prática as nossas crenças, tudo se torna possível. Você já parou para pensar nisto? É a famosa lei do retorno. A ideia de que empreendedor é só aquele que deu uma guinada na vida com um projeto mirabolante e rentabilidade milionária é uma crença limitante. É válido, mas não é suficiente. Empreender é acreditar em suas próprias ideias e defendê-las com o propósito de dar o melhor de si, estimulando a si mesmo e consequentemente todos que estão ao seu redor. Rentabilidade financeira é consequência de um bom planejamento, mas não deve ser o único fator determinante na construção de sonhos e projetos. A essência de um empreendedor está em enxergar possibilidades e entrar em ação, com foco, fé e persistência, valorizando cada passo, cada decisão e cada progresso. As pessoas

que compartilham suas experiências empreendedoras com o mundo externo inspiram outras a realizarem feitos extraordinários e isto faz toda a diferença! Sempre é tempo de aprender e viver o novo. Empreender é como programar uma viagem: você não sabe como será, mas planejou os melhores dias e melhores momentos. É importa refletir: O que posso aprender com as experiências dos outros? Parece um simples questionamento, mas não é! Conhecimento deve ser compartilhado semeando um terreno fértil de possibilidades onde todos possam apreender a desaprender e empreender para crescer. Aí está o X da questão. A partir do momento que compartilhamos nossas experiências e sucessos com os outros, criamos uma rede poderosa de conexões e possibilidades. Costumo dizer em minhas palestras que a vida é um mar de oportunidades, um oceano de possibilidades e um universo de incertezas. Empreender é isto: enxergar as oportunidades, analisar as inúmeras possibilidades e planejar-se em meio às mudanças! Pense nisto!

Arquivo SB

Pexels

Apreender a desaprender e empreender para crescer

Leila Navarro www.leilanavarro.com.br



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*Confira o regulamento no Portal do Corretor.

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