Ano 19 | Número 149 | 2019
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CIBERATAQUES O vazamento de diálogos do ministro Sergio Moro provocado por hackers está fazendo a questão do risco cibernético voltar mais uma vez ao centro das discussões. O Brasil é um dos países que mais sofrem com ataques no mundo. Segurados demonstram preocupação.Seguradoras lançam produtos de proteção
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Carta ao Leitor
Força de trabalho: seguradores e corretores As mais de 70 seguradoras que atuam no Brasil conseguiram registrar lucro de R$ 154,4 bilhões em 2018, uma variação de 7,5% em relação ao ano anterior. Os dados constam na nova edição do Ranking das Seguradoras, produzido pelo Sindicato de Empresários e Profissionais Autônomos da Corretagem e da Distribuição de Seguros do Estado de São Paulo (Sincor-SP). Segundo o levantamento, que consolida os dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados) e da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), as cinco primeiras colocações pertencem aos grupos Bradesco, SulAmérica, BB Mapfre, Porto Seguro e Zurich, que somaram mais de R$ 90 bilhões. “Os números atestam a resiliência, o empreendedorismo e a capacidade de inovação do mercado de seguros, através da força de trabalho tanto dos seguradores quanto dos corretores, responsáveis pela produção e distribuição”, afirma o presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo. O ramo de saúde obteve maior faturamento durante o ano passado, registrando lucro de R$ 42,5 bilhões e avanço de 9%. Duas companhias concentram a receita do segmento, com 78% do total. Os seguros de pessoas, que englobam vida, acidentes pessoais, prestamista, educacional, entre outros, vem logo em seguida, com total de R$ 42 bilhões e crescimento de 9% no período. O Ranking aponta que o segmento de automóvel, sem contar o seguro DPVAT, teve aumento de 3% em relação ao ano anterior, com faturamento de R$ 35,8 bilhões. Já o ramo de transportes foi o que mais surpreendeu, conseguindo registrar lucro de R$ 3,6 bilhões em 2018, com avanço de 14% na comparação com 2017. O Editor
EXPEDIENTE Editor-Executivo: João Carlos Labruna labruna@revistaseguradorbrasil.com.br brasilempresarial@uol.com.br Comercial: Mauricio Dias (mauricio@revistaseguradorbrasil.com.br) Paula Merigo (paula@revistaseguradorbrasil.com.br) Diagramação: Propósitto Soluções Visuais (rodrigo@propositto.com.br) (Foto capa: Pedro França / Agência Senado/Divulgação)
ANO 19 | NÚMERO 149 | 2019
Publicidade/Administração/Redação Rua Sete de Abril, 277 – 7o A Centro - 01043-000 - São Paulo - SP Tels. (11) 5594-3902/4072 comercial@revistaseguradorbrasil.com.br redacao@revistaseguradorbrasil.com.br Os artigos e/ou matérias assinadas não correspondem, necessariamente, a opinião da revista. Versão online: www.revistaseguradorbrasil.com.br
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Cobertura
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Segurados estão preocupados com os riscos emergentes
Os segurados estão cada vez mais preocupados com o fato de sua cobertura de seguros se tornar insuficiente para riscos emergentes, desde a segurança cibernética até ameaças ambientais. As companhias seguradoras estão menos preparadas para mudanças do que seus clientes, a maioria dos quais quer
uma cobertura mais abrangente e dinâmica. Ao mesmo tempo, existe uma oportunidade significativa para que os players do setor aproveitem a tecnologia e as parcerias para superar as tendências macro e se tornem parceiros mais proativos para seus clientes. É o que revela o World Insurance Re-
port 2019, publicado pela Capgemini (empresa internacional de consultoria, serviços de tecnologia e transformação digital) e Efma (organização criada por bancos e seguradoras, com sede em Paris, para a tomada de decisões). As principais conclusões do relatório incluem:
As seguradoras têm demorado a responder aos riscos emergentes O relatório identifica cinco macrotendências que estão criando riscos emergentes para os clientes de seguros e seus negócios: padrões ambientais disruptivos, avanços tecnológicos, evolução das tendências sociais e demográficas, novas preocupações médicas e de saúde e mudanças no ambiente de negócios. No entanto, a maioria das seguradoras tem demorado para responder a essas tendências e equipar clien4
tes para elas. Menos de 25% dos clientes empresariais (em todas as regiões geográficas) e menos de 15% dos segurados pessoais sentem que têm cobertura suficiente para se proteger contra qualquer um dos riscos emergentes gerados por estas macrotendências. Menos de 40% das seguradoras de saúde e vida disseram ter construído um pipeline de novos produtos para cobrir os riscos emergentes de forma abrangente.
Existe uma lacuna de cobertura significativa em áreas de riscos emergentes A resposta lenta às ameaças emergentes criou lacunas significativas de cobertura para os clientes expostos a esses riscos. O relatório estima que 83% dos clientes de seguros pessoais têm média ou alta exposição a ataques cibernéticos e a viver mais do que suas poupanças, e apenas 3% e 5%, respectivamente, são cobertos de forma abrangente contra essas eventualidades. Entre
os clientes empresariais, 81% estão expostos a custos crescentes de saúde dos funcionários, contra os quais apenas 17% estão bem cobertos; 87% estão em risco de ataques cibernéticos com menos de 18% de seguro abrangente; e quase 75% estão ameaçados pelo aumento das catástrofes naturais, para as quais apenas 22% são efetivamente cobertos.
Os consumidores estão mais preparados para a mudança do que provedores À medida que o cenário de seguros muda, os clientes estão mostrando uma maior disposição para mudanças do que seus provedores de seguros. Pouco mais da metade (55%) dos clientes disseram que estão prontos para explorar novos modelos de seguro, mas apenas um quarto (26%) das seguradoras estão inves-
tindo neles. Enquanto 37% dos clientes disseram estar muito dispostos a compartilhar dados adicionais em troca de melhores serviços de prevenção e controle de risco, apenas 27% das seguradoras têm a capacidade de explorar dados em tempo real para fins de modelagem de risco.
As seguradoras precisam inovar e se tornar parceiras e prevencionistas Elas (as seguradoras) devem responder às ameaças emergentes e mudar as expectativas dos clientes, adotando novas tecnologias e parcerias. Os recursos de avaliação de riscos podem ser significativamente aprimorados por meio da implementação de Machine Learning, Inteligência Artificial e analytics avançado, além de
colaboração efetiva com Insurtechs. O progresso nessas áreas tem sido heterogêneo: a maioria (57%) aproveitou AI, Machine Learning e analytics avançado, mas somente 29% implementaram automated risk assessment e apenas 20% de geração de insights em tempo real a partir de dispositivos IoT.
O World Insurance Report (WIR) 2019 abrange todos os três segmentos gerais de seguro – vida, não-vida e seguro de saúde. O relatório deste ano baseia-se em insights de pesquisa de duas fontes primárias – 2019 Global Insurance Voice of the Customer Survey e 2019 Global Insurance Executive Interviews (em tradução livre, a Pesquisa da Voz do Consumidor Global de Seguros 2019 e as Entrevistas com Executivos Globais de Seguros 2019). Juntas, essas fontes cobrem insights de 28 mercados: África do Sul, Alemanha, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Cingapura, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Pexels
Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hong Kong, Índia, Itália, Japão, México, Noruega, Polônia, Portugal, Reino Unido, Suécia, Suíça e Turquia. Site do relatório - www.worldinsurancereport.com
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Segundo o relatório, o progresso tecnológico também precisa ser acompanhado por uma mudança de atitudes. Quando as seguradoras tradicionalmente se veem como pagadoras, elas precisam evoluir para as funções paralelas de parceiro e prevencionista, trabalhando mais de perto com os clientes para mitigar os riscos e fornecer serviços sob demanda. “As tendências emergentes de risco e as crescentes expectativas dos clientes estão mudando drasticamente o panorama dos seguros, e
os provedores precisam ser ágeis na forma como respondem”, afirmou Anirban Bose, CEO da Financial Services na Capgemini e membro do Conselho Executivo do Grupo. “Esta pesquisa mostra uma lacuna de cobertura em áreas de risco emergente, mas também destaca uma oportunidade importante para as seguradoras. Aqueles que podem evoluir seus produtos por meio da tecnologia, colaborar com inovadores e pensar em si mesmos como parceiros e prevencionistas junto aos seus clientes,
podem se beneficiar mais”. “Esta pesquisa mostra que o futuro do seguro será centrado na parceria”, disse Vincent Bastid, Secretário Geral da Efma. “Os provedores de seguros precisam colaborar com parceiros que oferecem altos níveis de especialização em áreas que vão da IA até analytics avançado. Simultaneamente, eles precisam se associar mais de perto com seus clientes para fornecer o serviço mais ágil e voltado à demanda que muitos estão buscando”.
Desafios
Maior risco para os negócios das empresas é a desaceleração econômica Preocupações econômicas e globais estão desafiando a capacidade das organizações de investir adequadamente na preparação e na proteção da continuidade de suas operações, segundo os resultados da Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2019, da Aon, uma das maiores corretoras de seguros do mundo. “Empresas de todos os portes estão lutando para priorizar seus esforços de gerenciamento de riscos em meio aos períodos de tantas mudanças e incertezas”, explica Rory Moloney, diretor Executivo de Global Risk Consulting da Aon. Segundo ele, o que antes era uma estratégia testada e comprovada para a mitigação de riscos - usando o passado para prever o futuro – se transformou em um desafio e, juntamente com uma economia 6
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Nível de prontidão para gerenciamento de riscos é o menor em 12 anos, aponta pesquisa
global mais competitiva, está causando um baixo nível de prontidão de risco. “Como resultado, os planos de gerenciamento de riscos precisam adotar uma nova abordagem, diferente do que o mercado costumava praticar no passado”, diz o executivo. A Aon plc, empresa líder global de serviços profissionais, que fornece
uma ampla gama de soluções de risco, aposentadoria e saúde, entrevista a cada dois anos milhares de gerentes de riscos de 60 países e avalia 33 setores da indústria para identificar quais são principais riscos e desafios enfrentados pelas organizações na atualidade. Na Pesquisa Global de Gerencia-
mento de Riscos 2019, os entrevistados classificaram a desaceleração econômica como o maior risco entre todos. Danos à reputação/marca foram citados como a segunda maior preocupação, refletindo o poder das redes sociais aliado ao fluxo intenso de notícias. Mudanças no mercado e o aumento acelerado de taxas em função de políticas protecionistas do comércio internacional, que envolvem crescente atividade regulatória e tensão geopolítica, saltaram da 38ª colocação na pesquisa de 2018 para figurar como a terceira maior preocupação das empresas na lista deste ano. A Aon obteve respostas para a Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos de 2019 durante o ano passado, em um período repleto de enorme incerteza em todo o mundo, impulsionado por quedas no mer-
cado de ações, disputas políticas, ações regulatórias agressivas, recalls maciços por parte de grandes corporações, além de um ciclo ativo de grandes desastres naturais. Outros episódios marcantes foram os ataques cibernéticos de grande alcance e escândalos corporativos. Esses riscos macroeconômicos de maior alcance, combinados com a velocidade da mudança da tecnologia, estão contribuindo para uma crescente proeminência de novas ameaças que podem interromper as cadeias de suprimento e as operações comerciais. Como resultado, um terço dos 15 principais riscos estreia na lista de 2019, incluindo taxas aceleradas de mudança nos fatores de mercado e tecnologias disruptivas. De acordo com a pesquisa com gerentes de riscos, este é o menor nível de prontidão de risco em 12
anos, já que muitos dos principais riscos, como a desaceleração econômica e a crescente concorrência, não são seguráveis. Como resultado, os gerentes de riscos precisam adotar ações de gerenciamento em oposição à transferência de risco, a fim de mitigar essas ameaças e proteger suas organizações contra a potencial volatilidade. “As mudanças nos resultados da pesquisa deste ano indicam que a função de gerenciamento de riscos deve evoluir para o nível empresarial”, lembra Rory Moloney. “Isso, combinado com o uso de dados e análises preditivas que possam gerar insights acionáveis, ajudará as empresas a proteger seus resultados, ao mesmo tempo em que se adaptarão a mudanças aceleradas e flutuações econômicas”, complementa o executivo.
Descobertas Adicionais: • A força de trabalho envelhecida sobe de 37º (2017) para 20º (2019). Prevê-se que suba para 13º (2022). No geral, o envelhecimento das populações em sintonia com a escassez de mão de obra não apenas altera a trajetória social e econômica de um país, mas também gera volatilidade dentro das organizações. • A mudança climática saltou de um ranking de 45º (2017) para 31º (2019), já que a frequência e a gravidade das catástrofes naturais contribuem para aumentar as preocupações sobre o impacto que estes fatores causam na economia global. • Os ataques cibernéticos/violações de dados estão classificados como o risco número 6 e espera-se que atinjam o top 3 (2022). Fazendo um recorte sobre a América do Norte, os riscos da área de cyber continuam a ocupar ali o primeiro lugar entre os entrevistados. Pela primeira vez, prevê-se que o risco cibernético esteja na lista dos 10 principais para a América Latina. Prevê-se também que esta mesma preocupação aumente na Europa, saindo da 8ª para a 4ª posição, e no Oriente Médio e África salte de 8º para 2º colocado. • Tecnologias disruptivas são uma preocupação crescente no âmbito global, passando da 20ª colocação em 2017 para a 14ª, em 2019. Essa tendência é citada como um dos 10 principais riscos para 50% de todos os
Na Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos 2019, os entrevistados classificaram a desaceleração econômica como o maior risco entre todos. Danos à reputação/ marca foram citados como a segunda maior preocupação, refletindo o poder das redes sociais aliado ao fluxo intenso de notícias
setores da indústria.
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Riscos
82% dos executivos acreditam que ataques de hackers vão crescer significativamente até 2020
Reprodução
O vazamento de diálogos do ministro Sergio Moro (foto) provocado por hackers está fazendo a questão do risco cibernético voltar mais uma vez ao centro das discussões
Os ataques cibernéticos e fraude ou roubo de dados estão entre os cinco principais riscos que podem impactar os negócios nos próximos anos. Segundo relatório da seguradora Zurich, 82% dos executivos acreditam que os ataques de hackers vão aumentar significativamente até 2020. Foram ouvidos 1.000 empresários, executivos e empreendedores que participaram do World Economic Forum (WEF), na Suíça. De acordo com o levantamento, que traz dados do relatório Global Risks Report 2019, produzido pela Zurich em parceria com a corretora de seguros Marsh, dois terços dos executivos estimam que os riscos associados a notícias falsas e o rou8
bo de identidade estão entre aqueles com maior possibilidade de crescimento ainda neste ano. “A onipresença da computação em nuvem, junto com a interconectividade digital das empresas e seus fornecedores, levou um grupo cada vez maior de companhias a reconhecer sua vulnerabilidade”, afirma Fernando Saccon, Head de Linhas Financeiras da Zurich no Brasil. À medida que os ataques cibernéticos se tornam mais frequentes e mais prejudiciais, as empresas precisam repensar suas estratégias de risco – incluindo as estratégias de seguro – para proteger a si e seus clientes da magnitude das perdas financeiras relacionadas ao cibe-
respaço. “Para qualquer empresa, reconhecer riscos e protegê-los é parte da condução de um negócio bem-sucedido”, diz. “A construção de cultura de conscientização, a adoção de resiliência cibernética e a execução de planos de resposta a incidentes são caminhos a serem traçados para a estratégia cibernética”, acrescenta. Para o executivo, os riscos cibernéticos não são mais apenas uma preocupação de TI, nem estão limitados a determinados setores de uma organização. “Para proteger a integridade e a confiabilidade do ciberespaço, é preciso que haja união de forças entre governos, setor privado e sociedade”, diz.
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Legislação
A Federação Nacional dos Seguros Gerais (FenSeg) realizou o workshop “Riscos Cibernéticos – A Lei Geral de Proteção de Dados e os Impactos nos Diversos Produtos”. O objetivo do evento foi reunir profissionais de diversas áreas, analisando o tema para compreender e disseminar as melhores práticas perante a legislação. Também foi debatido qual a exposição do mercado de seguros em relação ao risco cibernético, que precisa ser mapeado e identificado. O presidente da Comissão de Responsabilidade Civil da FenSeg, Marcio Guerrero, destaca que o mercado de seguros investe em tecnologia e busca sempre a inovação. Nesse sentido, a LGPD corrobora para mais investimentos visando o atendimento da legislação. “O setor segurador é vinculado ao mercado financeiro, que há muito tempo se preocupa e trabalha no sentido de proteção de dados e informações de seus clientes. Queremos justamente ver exemplos e checar
Divulgação
FenSeg debate riscos cibernéticos e LGPD no mercado de seguros
adaptações à norma, num momento mais que oportuno”, analisa. Ele explica que apólices deverão prever danos decorrentes de riscos cibernéticos em razão da própria evolução tecnológica e “robótica”. Por isso, é necessário o mapeamento dos riscos em cada carteira para o devido tratamento. Para Gustavo Galrão, executivo especialista em seguros para riscos cibernéticos, o aumento do número de ataques de hackers veiculados na mídia e o recente endurecimento das
leis de proteção de dados preocupam segurados e seguradoras. “Diversas pesquisas de mercado apontam que os riscos cibernéticos são uma das maiores preocupações da atualidade. Para debater esses riscos e seus impactos no mercado de seguros, o evento contou com a presença dos maiores especialistas no assunto”, conclui. O evento foi composto por quatro painéis: “Riscos Cibernéticos”; “Lei de Proteção de Dados (LGPD); “Impacto dos Riscos Cibernéticos no Mercado de Seguros” e “Cyber Liability”.
Novo nicho: seguro para riscos digitais A Tokio Marine amplia seu portfólio de produtos para pessoas jurídicas e apresenta o Tokio Marine Riscos Digitais. O novo seguro garante cobertura para perdas causadas por interrupção de negócios e prejuízos causados a terceiros devido a ataques cibernéticos. “Nosso desafio é identificar, junto com nossos parceiros de negócios, novos nichos que surgem em um 10
cenário de profunda transformação, causado pelas novas tecnologias”, afirma a gerente de Garantia e Linhas Financeiras, Carol Ayub (foto). Um dos focos principais da atuação da seguradora no nicho são as pequenas e médias empresas, que estão mais expostas aos riscos digitais, muitas vezes por falta de conhecimento ou por não possuírem uma estrutura dedicada.
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Visã Brasil Especial
Quem são os brasileiros 50+
“A população 50+ tem espírito jovem e está ciente que pode ter uma vida plena e ativa. Esse público mais maduro é muito representativo, são 54 milhões de brasileiros, ou seja, um quarto da população. Não é preciso explicar quão relevantes são para a sociedade e para o mercado”, revelou Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva. Uma pesquisa inédita sobre o tema foi divulgada por Meirelles durante o encontro “Diálogos da Longevidade”, promovido pelo Grupo Bradesco Seguros. O evento também contou com a participação de Alexandre Kalache, gerontólogo e presidente do ILC (Centro Institucional da Longevidade, em português). Realizada pelo Instituto Locomotiva a pesquisa ‘Longeratividade’ ana12
Alexandre Kalache: “Ganhamos todos”
lisou dados secundários e bancos de dados próprios de um público de mais de 50 anos, além de uma pesquisa online com 2.184 mil pessoas a partir de 16 anos, em 2018. “De forma pioneira entre as empresas brasileiras, a Bradesco Seguros firmou em 2004 sua aposta no tema Longevidade, tornando-se uma referência nacional através de múltiplas iniciativas. Nestes 15 anos, a expecta-
Arquivo
Fotos - Reprodução
O estudo ‘Longeratividade’ identificou quem são os brasileiros 50+, como eles se comportam nessa fase da vida e se relacionam com as questões financeiras, mapeando hábitos tecnológicos, saúde, lazer e profissão, além de avaliar o grande potencial de consumo desse público
tiva de vida do brasileiro cresceu cerca de 5 anos. E o subgrupo populacional que mais rapidamente cresce é precisamente o dos 50+, objeto dessa pesquisa pioneira, apoiada pela Bradesco Seguros, que nos ajudará, a todos, na formulação de políticas e intervenções que possibilitem um último terço de nossas vidas mais produtivo prazeroso. Ganhamos todos”, comenta Kalache.
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Pesquisa ‘Longeratividade’ Finanças, Saúde e Bem-Estar
Arquivo
Renato Meirelles: “Público representativo”
Pesquisa ‘Longeratividade’ Envelhecimento e Expectativas de Vida
O Brasil é hoje um dos países que mais rapidamente envelhecem no mundo. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a expectativa de vida dos brasileiros está cada vez maior. Enquanto em 1940 era de pouco mais de 40 anos, hoje ultrapassa 75 anos e deverá superar 81 anos em 2050. Hoje, temos 54 milhões de brasileiros com mais de 50 anos, ou seja, um quarto da população. Até 2050, 43% da população terá 50 anos ou mais – serão aproximadamente 98 milhões de pessoas. A pesquisa ‘Longeratividade’ aponta que essa expectativa também faz parte do sentimento da população: sete em cada dez entrevistados acreditam que viverão até os 80 anos ou mais. Entre os 50+, apenas 10% se consideram velhos, e o principal medo que esse público tem em relação ao envelhecimento são as mudanças no corpo e a falta de dinheiro. 14
Os brasileiros 50+ movimentam em renda um valor de R$ 1,8 trilhão ao ano (metade dessa renda vem do trabalho). Ou seja, são um público com grande potencial de consumo. Segundo dados da pesquisa, nos próximos 12 meses esse público pretende comprar móveis para casa (30% ou 9,8 milhões de pessoas), smartphone (12% ou 6,5 milhões), geladeira e notebook (11% ou 3,6 milhões) e máquina de lavar – (9% ou 2,9 milhões). A pesquisa aponta ainda que 18% ou 9,7 milhões pretendem viajar de avião para algum destino no Brasil, 10% ou 5,4 milhões querem fazer curso profissionalizante, 6% ou 3,2 milhões pretendem fazer faculdade e 4% ou 2,2 milhões querem fazer uma viagem internacional. No entanto, mais da metade afirma que não está fácil pagar as contas atualmente. Oitenta e dois por cento se preocupam com o futuro e 69% dizem ter atualmente uma condição financeira menos favorável do que imaginavam ter nessa idade. Apenas 35% tem algum dinheiro guardado. O estudo também abordou a relação dos 50+ com as empresas e descobriu que 77% deles afirmam que as pessoas que aparecem nas propagandas comerciais costumam ser muito diferentes delas. Já 87% desse público gostaria de ser mais ouvido pelas empresas. A porcentagem de brasileiros 50+ que estão conectados à internet atualmente é de 28%. Porém, entre os já conectados e digitalizados, a maioria acessa a internet todos os dias, e 85% utilizada Facebook e WhatsApp. No aspecto saúde e bem-estar, para os 50+ ter uma alimentação saudável, fazer exames preventivos e evitar o estresse são fatores que contribuem para uma vida longeva e de qualidade. A grande maioria tem a percepção de gastar demais com a própria saúde.
PubliEditorial
Depois de aperfeiçoar a eficiência das operadoras, a Planium avança para melhorar a experiência do cliente
O mercado brasileiro de seguros arrecadou em 2018, de acordo com a CNSeg, cerca de R$ 445 bilhões, sendo cerca de R$ 350 bilhões exclusivamente em saúde e previdência. Incríveis 79%. Independente da forma final que a reforma da previdência venha a tomar, este percentual tende a aumentar nos próximos anos. Justificadamente, o mercado de tecnologia para saúde suplementar e previdência estão explodindo com milhões de reais investidos em startups que melhoram incrivelmente a jornada do cliente e a eficiência do mercado. O ecossistema da saúde suplementar envolve muitos intermediários, processos manuais e, em muitos casos, montanhas de papel. As startups e os milhões investidos na “transformação digital” das seguradoras e operadoras de saúde não vão transformar o mercado brasileiro de saúde suplementar rapidamente, mas já existe um movimento claro no sentido de resolver alguns destes problemas. Uma das frentes de batalha pela eficiência está ocorrendo no campo da comercialização de planos de saúde, um processo antiquado, caro e propenso a erros. Não estamos falando da venda direta de planos
Uma das frentes de batalha pela eficiência está ocorrendo no campo da comercialização de planos de saúde, um processo antiquado, caro e propenso a erros. Não estamos falando da venda direta de planos de saúde para o consumidor, mas da transformação digital da venda de saúde para o consumidor, mas da transformação digital da venda. O foco das soluções digitais neste campo é eficiência operacional, agilidade nos processos e eliminação de custos desnecessários. Ao invés de eliminar os corretores, estas ferramentas permitem que o corretor atenda seu cliente de forma mais eficiente. Este é o caso da plataforma Planium, insurtech que ganhou tração em 2018 e já conta com uma carteira de 36 clientes entre operadoras, administradoras de benefício, cooperativas médicas e seguradoras especializadas em saúde. O processo de digitalização consolidado trouxe para as operadoras e seguradoras de saúde a possibilidade
de extrair insights dos dados gerados, possibilitando a análise das tendências de consumo, resultados de campanhas e outros dados que ajudam a alcançar novos níveis de sucesso e lucratividade. A integração automática do processo de venda com o sistema de gestão da seguradora ou operadora traz um ganho de eficiência operacional no processo de recepção e validação de dados, fundamental para eliminar erros e agilizar a entrada de novos clientes. Agora, o processo digital avança para a integração com o sistema de gestão do cliente e neste caso os ganhos são exponencialmente maiores: a inclusão e a exclusão de um cliente de um plano poderão ocorrer através de integração com o e-Social da empresa, sem intervenção manual. No roadmap estão ainda ferramentas para auxiliar as operadoras e seguradoras na implementação de programas de monitoramento de comportamento para incentivar bons hábitos. Desta forma, o cliente conectado à plataforma poderá obter, com base nos seus dados históricos de utilização, cotações personalizadas e, eventualmente, efetuar uma troca de seguradora com apenas um clique. 15
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Pexels
Análise | DILMO BANTIM MOREIRA
A influência do Seguro de Pessoas
A entrada do ano de 2019 veio com uma inédita notícia para o mercado de seguros. Pela primeira vez, os Seguros de Pessoas ultrapassaram em volume de vendas os prêmios de seguro do ramo de Automóvel, até então o maior aglutinador de prêmios do mercado. Segundo a FenaPrevi, o segmento de Pessoas totalizou R$ 41,4 bilhões durante o ano de 2018, com elevação de 9,4% sobre o ano anterior. Essa constatação, mais uma vez, mostra que, ainda que permaneça baixa a contratação de seguros pelos brasileiros, a indústria securitária continua firme no sentido de crescimento. Como exemplo desta excelente performance de comercialização de Seguros de Pessoas, podemos citar +5,7% no Vida, +23,7% no Prestamista e +7,0% no Seguro Habitacional. Há, ainda, a expectativa de que novas definições, produtos e eventuais serviços agregados possam vir auxiliar a engrossar o volume de prêmios da nova maior carteira do mercado, como, por exemplo, as definições em discussão sobre o “Universal Life”, ou como é oficialmente designado: Vida Universal. Vale lembrar que esse tipo de seguro, a exemplo dos seguros tradicionais de Vida, exige a inclusão da cobertura de Morte (por causas naturais ou acidentais) e, ainda, poderão ser oferecidas outras coberturas de risco. Contudo, é proibido o oferecimento de cobertura por sobrevivência.
+5,7% no Vida, +23,7% no Prestamista e +7,0% no Seguro Habitacional A indenização garantida pelo capital segurado pode ser composta apenas pelo Capital Segurado de Risco, como os das tradicionais garantias dos seguros de Vida, mas, diferentemente deste, também pode incluir um Capital Segurado de Acumulação, este último similar ao que é oferecido em Planos Previdenciários, ou seja, com valorização de pagamentos específicos realizados ao plano. Assim, a grande vantagem desta nova modalidade é que o segurado poderá receber de volta parte dos prêmios pagos, no caso de não ocorrência do sinistro, embora isto não deva levar à comparação do seguro de Vida Universal como um produto de investimento. Dentro deste possível universo de fatores para a ascensão de vendas dos Seguros de Planos de Risco em Coberturas de Pessoas, há ainda que se considerar mudanças na forma de oferecer o produto, as quais o mercado de seguros e, em particular, os corretores de seguros, passaram a observar.
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Tais alterações implicam em itens como desenvolver no público-alvo a percepção da necessidade, utilidade e vantagem da aquisição do produto, modificando-se, assim, a metodologia de venda. Outra variável, que pode auxiliar esta alteração na comercialização, pode estar relacionada à inserção de novos itens aos produtos desta natureza, como, por exemplo, novas coberturas, serviços de assistência e sorteios de capitalização, combinando-os às coberturas de risco de forma a aumentar a percepção de valor do produto. Lembremos, também, que estamos em plena era de surgimento das insurtechs (... e fintechs), ainda que a investida dos meios digitais seja tímida frente à comercialização por meios mais tradicionais.É certo que esses novos meios terão sua própria fatia de mercado
e a aplicação destes podem ser bastante aderentes a produtos de seguros de Pessoas, como, por exemplo, seguros de Acidentes Pessoais. Esse momento “digital”, que se soma às tradicionais abordagens utilizadas pela indústria de seguros, tem potencial para levar corretores e seguradoras a interagir como nunca feito antes com seus clientes. Apesar dessas boas perspectivas para o mercado securitário em 2019, é importante registrar que sua consolidação passa necessariamente pela continuidade da melhoria e estabilidade das condições na política e economia. Já era sabida e respeitada a capacidade dos Seguros de Pessoas em oferecer proteção e garantia ao planejamento financeiro das pessoas e das famílias e, com os acontecimentos que se esperam, certamente esse
potencial será positivamente incrementado. De toda forma, o mais importante é que a tranquilidade oferecida pelo Seguro de Pessoas possa crescer cada vez mais, auxiliando à própria sociedade brasileira com sua força. Dilmo Bantim Moreira Presidente do Conselho Consultivo do CVG/SP, Diretor de Relacionamento com o segmento de Pessoas da ANSP, administrador pós-graduado em Gestão de Seguros e Previdência Privada, atuário, membro da Comissão Técnica de Produtos de Risco da FenaPrevi e de Seguro Habitacional da FenSeg, docente em Seguros de Pessoas, Previdência Complementar, Saúde, Capitalização, Atendimento ao Público e colunista em mídias de seguros.
Brasil registrou um acidente de trabalho a cada 49 segundos Entre 2012 e 2019, o Brasil registrou um acidente de trabalho a cada 49 segundos e uma morte decorrente deles a cada três horas e três minutos. O levantamento foi feito pelo Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho. “Podemos dizer que o número é ainda maior, pois algumas ocorrências não são notificadas. Geralmente ocorrem fora do ambiente de trabalho e, por alguma discrepância, não são devidamente classificadas”, explica o professor de Direito do Trabalho Ronald Silka, do Centro Universitário Internacional Uninter. Para ser caracterizado como acidente de trabalho, a ocorrência não necessariamente precisa acontecer no ambiente da empresa. Desde que o trabalhador esteja a serviço de seus empregadores, pode ser em qualquer lugar, até mesmo no trajeto entre a 18
própria residência e o local de ofício. O professor lembra que os empregadores devem realizar exames médicos admissionais e demissionais, mas também periódicos para acompanhar a saúde de seus funcionários. “É preciso ter medidas de prevenção. Devem ser realizados treinamentos para todos os envolvidos nas atividades laborativas, bem como na preparação e orientação no uso de Quando a ocorrência é nas dependências da empresa, os empregadores devem prestar primeiros socorros. Se for comprovado que a empresa foi de alguma forma responsável pelo acidente, a mesma deve arcar com as despesas médicas e também pode responder por danos morais e estéticos, caso haja alguma sequela física. Mesmo que não seja responsável pelo acidente, a empresa deve se res-
ponsabilizar pelos primeiros 15 dias de afastamento do trabalhador, depositando seu FGTS normalmente. Se o afastamento for maior do que 15 dias, deve-se garantir 12 meses de estabilidade do trabalhador a partir de sua data de retorno. Já em relação à Previdência Social, o funcionário pode solicitar auxílio-doença acidentário a partir do 16º dia de afastamento. Caso fique completamente incapacitado de exercer qualquer trabalho, pode pedir a aposentadoria. Se puder exercer alguma função diferente da anterior, é possível solicitar auxílio-doença para reabilitação profissional enquanto se prepara para uma nova atividade. Se conseguir voltar a exercer sua função, mas tiver sequelas, pode receber auxílio-acidente, além do próprio salário. Em caso de morte, quem recebe a pensão são os dependentes do trabalhador.
PubliEditorial
Autovist participa pela primeira vez do Insurtech Brasil 2019 Divulgação
Companhia apresentou vistoria online e automatizada ao mercado
Nilson Junior (à esquerda) e Leandro Consolmagno A companhia Autovist participou pela primeira vez do evento Insurtech Brasil 2019, em abril, como patrocinadora, painelista e expositora na feira. O sócio e diretor Comercial, Leandro Consolmagno, conta que na ocasião a empresa participou do painel “Onboarding ainda é o grande desafio”. “Foi uma grande oportunidade para apresentarmos a companhia ao mercado, seus diferenciais e, principalmente, mostrar que a inteligência artificial é a inovação do serviço que prestamos, onde oferecemos segurança no processo de análise de riscos”, afirma. Durante sua palestra, Consolmagno falou sobre os diversos benefícios que a ferramenta da companhia traz para empresas de
diversos segmentos. “Nosso sistema de autovistoria pode ser personalizado de acordo com o perfil e as necessidades das seguradoras, financeiras e frotistas. Além disso, por ser uma solução amigável, melhora a experiência do usuário, o que traz um feedback positivo nas avaliações dos clientes e aumenta a aderência”. O diretor também enfatizou em sua apresentação que a flexibilidade de configuração da ferramenta é um dos diferenciais. “Muitas funções, onde as seguradoras pensam que haverá necessidade de desembolso financeiro para personalizações, já estão compreendidas na solução através de simples configurações, evitando gastos adicionais. Temos o relato de alguns clientes que já possuem sistemas parecidos, mas que se surpreenderam
com a facilidade de configuração da nossa inovação, que evita customizações”, reforça Consolmagno. O uso da inteligência artificial para a entrega de outras informações para a seguradora foi o ponto alto de sua palestra: “Com ela (I.A.) podemos utilizar o cruzamento de dados, o que traz agilidade na análise do risco com segurança. Por exemplo, conseguir ler as imagens, documentos e interpretar fatos relevantes para a análise do risco”. Essa segurança mencionada, segundo ele, é uma busca contínua da Autovist. Consolmagno destacou ainda outros fatores importantes em sua palestra. “A ferramenta também diminui o tempo médio de uma vistoria prévia de automóvel para sete 19
minutos, além de proporcionar redução do custo do processo de inspeção, algo em torno de cinco vezes em relação a um processo convencional”. Para Consolmagno, o evento proporcionou a apresentação da ferramenta para o mercado, mas principalmente a possibilidade de fazer novos negócios. “Participar deste evento foi uma oportunidade para fazer networking com o setor, abrir portas e mostrar como a solução pode ser utilizada de modo seguro”.
Aplicabilidade com segurança
Essa solução, segundo o sócio e diretor de Tecnologia, Nilson Junior, também pode ser aplicada em vistorias de auto, residência, empresarial, náutico, equipamentos, sinistros e outros. Além disso, todo o processo desenvolvido pela Autovist é automático. “O sistema possui APIS’s de entrada e saída, que fazem a comunicação acontecer de forma autônoma, em tempo real, criptografada e validada”, ressalta. O cliente recebe um link que pode ser acessado por celular ou tablet e todo o processo funciona de forma intuitiva. “O sistema orienta o usuário a realizar cada etapa, além de disponibilizar fotos como exemplo e chat para interação imediata”, complementa Nilson. Desde o início da utilização do usuário, a solução Autovist busca proteger o processo para evitar que haja fraude no envio de dados. “Grande parte do nosso trabalho diário é buscar soluções que ajudem a identificar fraudes e gerar alertas para a análise de risco”, acrescenta. Algumas funções da ferramenta agilizam o processo interno das seguradoras, financeiras e frotistas, 20
Insurtech Brasil Com foco no desenvolvimento do ecossistema de insurtech e oferecer insumos para a inovação no mercado de seguros no Brasil, a terceira edição da Insurtech Brasil contou com a participação de 1.300 executivos do setor de seguros, incluindo seguradoras, distribuidores, corretoras, bancos e principalmente startups que estão empreendendo no setor. Foram ao todo 35 palestras com os principais executivos do Brasil e América Latina, além da participação de palestrantes da Espanha, Áustria, Estados Unidos e Israel. Um dos painéis de destaque contou com a participação de Hugo Mentzingen, coordenador geral de Tecnologia da Informação da Susep. Mentzingen explanou sobre o tema “Equilibrando Inovação e Regulamentação”. Quem liderou o bate-papo foi Vanessa Fialdini. Nesse painel a representante do órgão regulador falou sobre a percepção da Susep em relação às insurtechs. “Acho que as Insurtechs não representam concorrência para o mercado segurador, elas apresentam oportunidade para essas empresas de inserção a um novo mercado. Vejo como uma oportunidade de sinergia», explicou. O executivo argentino Martin Ferrari, da 123Seguro, em sua apresentação, falou sobre mitos e oportunidades das startups e defendeu que seguros sempre vão precisar do “face to face”. Com o tema de sua palestra “Mitos e Oportunidades”, o executivo explicou que insurtech não é apenas uma nova tendência que poderia desaparecer como tantas outras. Ele explicou e mostrou exemplos de gigantes internacionais, como o Google, que estão investindo pesadamente no setor e acreditam no crescimento desse mercado. A 3ª Edição da Insurtech Brasil aconteceu em abril na sede da Amcham em São Paulo.
conta Nilson. “Como o envio dos dados é feito em tempo real, o analista de risco tem acesso imediato às informações de cada vistoria e aos dashboards operacionais e gerenciais”. Como opção, a solução pode ser contratada com a prestação de serviços de análise de riscos e parecer técnico, que é realizado por uma equipe especializada. “Além disso, desenvolvemos sistemas, projetos customizados e integrações”. Hoje trafegam cerca de 12 mil vistorias por mês no sistema da Autovist e a expectativa para 2019 é dobrar este
volume. “Há seguradoras que precisam de vistorias mais rápidas e seguras em todos os seus ramos de atuação, estamos aqui para ser este braço de agilidade no processo de vistoria”. Ele conta que a empresa tem como objetivo levar soluções inovadoras para o mercado. “Nascemos em 2017, com a união de dois amigos que já atuavam no setor de tecnologia e de seguros, e que se tornaram sócios. Sempre pensamos em como oferecer ferramentas inovadoras, com uma plataforma moderna e segura”.
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Consulte os fundos atrelados aos planos de previdência disponíveis junto à lâmina de fundos com o seu gerente comercial. Os custos das coberturas de risco não estão inclusos no valor dos fundos atrelados aos planos de previdência disponíveis contratados. Planos administrados pela Icatu Seguros S/A, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 42.283.770/0001-39. Os planos de risco de previdência foram aprovados pela SUSEP sob os números: Pecúlio por Invalidez (SUSEP: 15414.900869/2017-18), Renda por Invalidez (SUSEP: 15414.901518/2017-24), Pecúlio por Morte (SUSEP: 15414.900119/2016-65), Pensão por Prazo Certo 1 ano (SUSEP: 15414.900121/2016-34), Pensão por Prazo Certo 5, 10, 15 e 20 anos (SUSEP: 15414.900122/2016-89). A aprovação dos planos pela SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização. O proponente tem a possibilidade de opção ou não pelo critério de tributação por alíquotas decrescentes. A Icatu Seguros não promete rentabilidade e/ou resultados financeiros durante os períodos de diferimento e de pagamento do benefício sob a forma de renda, com base no desempenho do respectivo fundo de investimento, no desempenho alheio ou no de quaisquer ativos financeiros e/ou modalidades operacionais disponíveis no âmbito do mercado financeiro. Sobre o valor do resgate haverá incidência de impostos na forma da legislação em vigor. Fundos de Investimentos não contam com a garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados/rentabilidade futura. É recomendável a leitura cuidadosa do Regulamento do Fundo de Investimento pelo investidor ao aplicar seus recursos. O participante/segurado poderá consultar a situação cadastral de seu corretor de seguros, no site www.susep.gov.br, por meio do número de seu registro na SUSEP, nome completo, CNPJ ou CPF. Informações resumidas. Para total conhecimento das características deste produto, consulte a proposta de contratação e o regulamento do plano no site www.icatuseguros.com.br.
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Ponto de Vista | ANTONIO PENTEADO MENDONÇA
O microsseguro do futuro
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Durante alguns anos, nos governos Lula e Dilma, o tema da vez no setor de seguros foi o microsseguro. As discussões acaloradas sobre o produto, sua comercialização e utilidade social foram tema de vários seminários que pretendiam oferecer uma solução viável para a proteção das camadas mais pobres da população. A ideia do microsseguro é genial. O problema é que a dificuldade não está na ideia, está na sua implantação. Entre desenhar um produto com características que permitam sua utilização como ferramenta de proteção para os mais pobres e a viabilização do projeto tem uma avenida a ser percorrida. Avenida que, em algum momento, foi sendo deixada de lado. Atualmente, o tema microsseguro deixou as manchetes e os eventos do setor, sendo substituído por outros mais dinâmicos e fáceis de serem implementados. A bola da vez é a capacidade do setor de seguros dobrar de tamanho em cinco anos, o que parecia altamente factível até o final de 2018, mas que começa a fazer água em meados de 2019, quando as previsões de crescimento para o país estão sendo reduzidas rapidamente. É verdade que, neste momento, qualquer previsão mais consistente é prematura. Dependendo da reforma da previdência social que venha a ser
aprovada, o Brasil é dinâmico o suficiente para rapidamente inverter a tendência de queda e fechar o ano com números acima das previsões atuais. Se isto acontecer, o setor como um todo irá se beneficiar da demanda reprimida por seguros de todas as naturezas. Da necessidade de proteção para novos riscos que crescem de importância na rapidez das mudanças climáticas e das ameaças virtuais. Do anseio da população por planos de saúde privados capazes de garantir um atendimento rápido e digno. E, por que não, da própria reforma que, em algum momento posterior, induzirá à procura por seguros de vida e planos de previdência complementar. Neste cenário positivo o microsseguro poderá ser retomado como uma ferramenta de paz social eficiente e barata. Ao contrário dos seguros populares, que não são mais do que os produtos tradicionais desenhados de forma a atender as necessidades de seguros das classes “D” e “E”, o microsseguro tem como objetivo proteger diretamente as necessidades básicas das camadas menos favorecidas. Uma das alternativas estudadas pelo Governo foi justamente a sua inclusão no cartão do Bolsa Família, com um capital para a morte do titular e outro para o caso da perda da moradia. Mas ela também não evoluiu, apesar da facilidade operacional.
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Num cenário aquecido, com uma reforma da previdência social consistente e capaz de gerar, em dez anos, a economia que a nação necessita, a introdução do microsseguro na sociedade encontrará facilidades que atualmente, num cenário de crise, com mais de treze milhões de desempregados, ele simplesmente não tem. De qualquer forma, um dos grandes nós para o sucesso do microsseguro continua aguardando uma solução. A inclusão das garantias no cartão do Bolsa Família seria uma solução razoável, mas não quer dizer que não possam surgir dificuldades que eventualmente compliquem sua implementação. Então, a discussão que se faz necessária e que seria muito bem-vinda se começasse imediatamente, é como distribuir o microsseguro de forma barata, compatível com o preço e as proteções oferecidas. Evidentemente isso não é possível com o atual desenho de distribuição de seguros. Não há como remunerar o corretor de seguros com um percentual do preço de um seguro que custa menos do que cem reais por ano.
A discussão que se faz necessária e que seria muito bem-vinda se começasse imediatamente, é como distribuir o microsseguro de forma barata, compatível com o preço e as proteções oferecidas Eu gosto da ideia da inclusão das proteções para a vida e o patrimônio no cartão do Bolsa Família. Outra forma de atingir parcialmente os objetivos do seguro seria sua inclusão nos cartões de aposentadoria. E uma terceira possibilidade seria sua colocação junto à população utilizando as redes de telefonia celular, com mais de duzentos e cinquenta milhões de aparelhos espalhados por todo o Brasil. Seja como for, o fato do microsseguro não haver decolado até agora não pode ser visto como um impedimento para que o assunto seja retomado um pouco mais para frente.
CNseg revisa para menos projeção de crescimento em 2019 Um intervalo de crescimento anual do mercado segurador mais estreito - de 4,7% a 6,9% em maio consta da sétima edição ampliada da publicação Conjuntura CNseg, referente ao primeiro trimestre do ano. A projeção anterior, de fevereiro, oscilava de 4,5% a 7,1% (piso e teto, respectivamente). A nova taxa tem relação direta com a perspectiva de menor evolução da carteira de seguro de automóvel - com intervalo de 0,5% e 3,5% de alta no ano; anteriormente esperava algo entre 5,4% e 7% em 2019. O seguro de automóvel é a principal carteira de danos e responsabilidade e segue a trajetória de desaceleração nas vendas de automóveis novos no ano. Em 2018, a receita do mercado alcançou R$ 445,16 bilhões. “O aumento das incertezas, tanto 24
na economia brasileira quanto em escala global, torna as projeções um desafiador exercício. São tantas variáveis capazes de provocar reação ou retração dos mercados, que sua combinação, no final, definirá a trajetória do setor segurador”, afirma Marcio Coriolano (foto), presidente da CNseg. Dependendo do comportamento de algumas das principais variáveis macroeconômicas, há dois cenários possíveis - otimista ou pessimistaprojetados para a atividade seguradora. No melhor cenário (de alta de 6,9%), o PIB cresceria 1,3% no ano; a produção industrial teria alta real de 1,57%; a Selic recuaria para 6% ao ano; o câmbio ficaria em R$ 3,61; e a inflação oficial seria de 3,80% medida pelo IPCA. No quadro pessimista (alta de 4,7%) do setor segurador,
considera-se a aprovação da reforma da Previdência incompleta; a desvalorização mais acentuada do câmbio; juros básicos em trajetória de alta; e crescimento da economia abaixo do observado em 2018.
Transformação digital
Desafios e Oportunidades
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Seguro discute impactos da inovação
A virada de chave do seguro para o mundo digital é repleta de desafios, oportunidades e de riscos. Esta é a impressão deixada pelos especialistas que se revezaram nos debates Trilha de Seguros, evento paralelo ao CIAB Febraban (Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras 2019). Identificar logo as demandas dos consumidores e rever seu modelo de negócios para atendê-los, monitorar o comportamento dos usuários em redes sociais para ampliar a oferta de produtos e serviços e, a despeito do resultado, marchar na trilha digital a passos largos parecem ser alguns dos insights importantes extraídos dos dois painéis de seguros discutidos no encontro de São Paulo. O diretor Técnico e de Estudos da CNseg, Alexandre Leal, foi o mo-
derador do painel, que reuniu como debatedores o diretor de Marketing Science do Facebook na América Latina, Daniel Arantes, e o CIO da Porto Seguro, Marcos Sirelli. Eles discutiram as implicações da transformação digital no mercado segurador durante o painel “As redes sociais e o comportamento dos consumidores”. Daniel Arantes citou números - como os 2,2 bilhões de usuários mensais do Facebook e os mais de um bilhão no Instagram - para dimensionar o desafio de entender o consumidor, ainda mais no caso do mercado de seguros. “O que isso nos mostra?”, indagou o especialista em redes sociais. “Que o consumidor está superconectado, opera em multicanais e não quer a oferta de apenas uma empresa”, concluiu. De qualquer forma, é possível se relacionar com o público
por meio das redes sociais, é também possível utilizá-las para vender produtos e serviços. Ao passar a palavra para Marcos Sirelli, CIO da Porto Seguro, o executivo da CNseg perguntou o quão distante de atender os anseios desse novo consumidor está o setor. Sirelli assegura que a rede social será o caminho para conectar as seguradoras com outras redes e, a partir daí, dar uma nova configuração aos produtos e serviços ofertados pelo setor. “Ainda temos muito a explorar para chegar a um produto personalizado. Mas certamente a rede social será o caminho. Ela é muito poderosa. Mas, por enquanto, queremos entender como fazer isso sem que as pessoas se sintam invadidas em sua privacidade. Essa troca tem de ser trabalhada no campo da ética. A própria sociedade tem muito a aprender”, sentenciou. 25
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Mercado segurador vive o estágio de Reinvenção Digital
No segundo dia da Trilha de Seguros no CIAB Febraban 2019, executivos do setor discutiram o fluxo de investimentos em insurtechs, a implementação da IFRS 17 e o papel da área de TI como aceleradora de negócios. Os investimentos em startups de seguros (insurtechs) ao redor do mundo são direcionados majoritamente à América do Norte com 60%; Europa, 24%; Ásia-Pacífico, 8%; Israel, 3%; e a América Latina registra apenas 2%. Os dados, resultados de uma pesquisa realizada pela Everis, foram apresentados por Roberto Ciccone, sócio da empresa, responsável pelo setor de Seguros na região das Américas, no painel Insurtechs Outlook – Inovação em Seguros. Nos últimos anos, o Brasil vem registrando um crescimento das insurtechs, atualmente estimadas em mais de 80. “Temos inovação no Brasil, mas falta fluxo de capital para as empresas brasileiras, pois não temos fundos de investimento gigantes atuando no País”, apontou Ciccone. Ainda segundo Ciccone, a pesquisa também apontou como as seguradoras percebem a atuação das gigantes de tecnologia em termos de distribuição, liderado pela Amazon, e em novas tecnologia, pela Google. “O fato de as inovações trazidas pelas insurtechs serem incrementais, em um primeiro momento, leva a um alívio porque agregam valor ao negócio. Mas, por outro lado, o disruptivo não manda sinais. Quando ele vem, pode ser tarde para se adequar”, observou Alexandre Leal, diretor Técnico e de Estudos da CNseg e mediador do painel. Com relação às demandas dos consumidores, o presidente da Comissão de Inteligência de Mercado da CNseg, Alex Körner (head de Seguros do Santander Brasil), destacou que a forma como o cliente compra o plano de assinatura da Netflix é a mesma como ele vai querer comprar seguro. “Se não mudarmos, vamos ficar para trás. A minha preocupação não é com o avanço das bigtechs no mercado de seguros, mas sim com elas conseguirem oferecer um processo de compra de seguro mais atraente do que o nosso”, salientou. O Insurtech Outlook ainda indica que o digital e a inovação têm de ser prioridade no foco estratégico das empresas. O maior desafio, porém, é a mudança cultural e o engajamento de toda a organização no processo. “A cultura organizacional devora qualquer belíssima estratégia. Envolver a companhia como um todo em uma jornada de transformação é essencial”, ressaltou Mariane Bottaro Berselli Marinho, diretora de Estratégia, Marketing e Governança da Zurich Santander Seguros e Previdência. 26
Também ficou claro que o mercado nacional dá passos rápidos no uso de tecnologias digitais, tema do segundo painel, que contou com o indiano Venugopal Shivram, consultor sênior Estratégico de Analytics e Big Data da Tata Consultancy Services (TCS), e o brasileiro Curt Zimmermann, diretor de TI e Operações da Bradesco Seguros. O moderador desse painel foi Luis Freitas, gerente de Tecnologia da Informação da CNseg. Segundo Shivram, a indústria de seguros dá passos largos na utilização de tecnologias como Inteligência Artificial (IA), Machine Learning (ML) e Automação Cognitiva para trabalhar os dados que permitam a oferta de uma subscrição personalizada no futuro. Por enquanto, os dados servem para melhorar e agilizar os processos e criar novos negócios. “Temos muitos exemplos da vida real. Uma seguradora de vida nos Estados Unidos, por exemplo, oferece cotações de seguro de vida com base em uma selfie”, afirmou. Segundo Curt, da Bradesco Seguros, o Brasil ainda está engatinhando, mas já aplica as tecnologias no mesmo ritmo que mercados de seguros em países desenvolvidos. “Conseguimos, de alguma forma, até pela presença de empresas globais, avançar em passos parecidos com os países desenvolvidos”, afirmou ele. Conforme Curt, o Brasil tem algumas peculiaridades que outros países não têm. “Acredito que a tecnologia vai mudar a forma de comercialização, mas, muito mais, a prestação de serviços. Também acredito que o mercado caminha para a personalização das ofertas, mas temos de aprender como precificá-las. Muitas vezes vemos que o preço não faz sentido para muitas pessoas dentro de um grupo. Temos muito a aprender”.
IFRS 17: grau de complexidade difere em cada companhia Prioridade na agenda das seguradoras, o IFRS 17, padrão internacional de contabilidade para as operações de seguros, publicada pela International Accounting Standards Board (IASB), organização responsável por estabelecer normas contábeis a nível internacional, foi discutida no painel “IFRS 17: grau de complexidade difere em cada companhia” da Trilha de Seguros. Desafio para as seguradoras, a norma deverá ser implementada até 2022. Mediadora do painel, Karini Madeira, superintendente de Acompanhamento Técnico da CNseg, lembrou que desde maio de 2017, quando o padrão foi publicado, a Confederação formou um grupo multidisciplinar para discuti-la. O grupo produziu 13 memorandos técnicos e, em 2018, iniciou uma discussão junto à Susep. Atualmente, as companhias têm desenvolvido estudos internos para entender os reflexos e quais áreas serão impactadas. Conforme Karini, o grau de complexidade é diferente para cada seguradora, pois varia de acordo com o segmento de atuação, os produtos oferecidos, exposição ao risco, grau de maturidade e o envolvimento com a convergência das normas. “Não temos uma ferramenta de prateleira ou uma solução mágica que faça que a imple-
mentação aconteça”, disse Karini. Alexandre Paraskevopoulos, da Deloitte, observou que, embora não tenha uma receita pronta, a implementação da norma possui uma sequência lógica e gira em torno de uma metodologia. “Mas ao mesmo tempo em que temos o IFRS 17, o IFRS 9, que versa sobre instrumentos financeiros, entra em conjunto. É importante entender que as duas normas conversam entre si”. Ao compartilhar a experiência da companhia, no painel sobre IFRS 17, a superintendente de práticas contábeis de seguros da SulAmérica, Flávia Vieira, lembrou que a norma faz sentido para a operação de seguros, mas a definiu como de difícil implementação, dependendo da carteira. “Uma pessoa que não conhece a companhia não conseguirá implementar o IFRS 17 e o IFRS 9 em conjunto. É importante ter um grupo inicial formado pelas áreas financeira, contábil, TI e atuarial. O segundo passo é entender a norma”. A visão de tecnologia da informação, transmitida também pelo gerente de arquitetura corporativa de TI da SulAmérica, Cristiano da Silva Bezerra, consiste no desafio da robustez de escabilidade. “É necessário também reconhecer, mapear e entender todas as origens de integração de dados que fazem parte do processo”, ressaltou, ao lembrar: “A norma é padrão, porém a jornada é particular”.
Data Center a serviço do negócio A Trilha de Seguros foi encerrada com a apresentação do case “Data Center a serviço do negócio”, da Tokio Marine, implantado pela Dell, que simboliza um rompimento da ideia tradicional de Data Center com a junção dos processos em hiperconvergência. Para o presidente da Comissão de Processos e Tecnologia da Informação da CNseg, Camilo Ciuffatelli (Tokio Marine), o case da companhia indica para todo o mercado a necessidade de possuir uma estrutura capaz de suportar as inovações em termos de tecnologia, como telemetria, Internet das Coisas (IoT) e Analytics. “São processos novos que toda companhia vai ter que usar. Caso contrário, corre-se o risco de ficar totalmente defasada e até sair do mercado”, afirmou. Os investimentos em tecnologia na seguradora tiveram início em 2011 com o Insourcing do Datacenter
com servidores Dell Blade e Storage DellEMC. “Uma das vantagens de utilizar a cloud de maneira híbrida é também desenvolver fora e trazer para dentro”, destacou Erick Pascoalato, da Dell. Os resultados foram muito expressivos. “Esse foi o gatilho do diferencial da companhia frente ao mercado. O alto investimento foi revertido em uma capacidade de processamento três vezes maior e na redução de custo de 64%. Isso permitiu que dobrássemos de tamanho em três anos”, contou Wilson Leal, CIO da Tokio Marine. Em sua visão, o mercado segurador já transcendeu a fase de transformação digital e agora está na etapa de Reinvenção Digital. “Não é só a tecnologia que faz parte do processo. Agora é o negócio, precisamos mudar o processo para que em dois cliques o cliente se resolva”, definiu Wilson Leal. 27
Visã Brasil
Fotos - Reprodução
Brasileiros utilizam mais canais digitais para transações bancárias básicas
A pesquisa Global Digital Banking Consumer, realizada pela Deloitte, revelou como os consumidores estão encarando a aceleração da transformação digital no setor bancário e quais são as lacunas que os bancos necessitam preencher para atender às expectativas, cada vez mais altas, desse novo perfil de consumidor. Para muitas instituições financeiras, os canais online e aplicativos se tornaram tão importantes ou mais do que agências e caixas eletrônicos. De olho nisso, bancos ao redor do mundo estão investindo em tecnologias digitais para alcançar a satisfação de seus clientes. “Os brasileiros se destacam como usuários ávidos dos smartphones também para os serviços bancários. O mobile se tornou o meio preferido dos clientes que usam os canais digitais para transações financeiras comuns, como pagamentos e transferências. Isso se dá pela personalização do serviço e usabilidade que o canal proporciona”, declara Sérgio Biagini, sócio-líder da indústria de serviços financeiros da Deloitte. Os consumidores brasileiros, de uma maneira geral, apesar de satisfeitos com os serviços bancários online, ainda assim não veem estas instituições de forma tão positiva quanto veem suas marcas preferidas. Em comparação com os consumidores globais, os brasileiros não possuem satisfação e lealdade tão altas: no mundo, 63% dizem-se completamente satisfeitos com seus bancos, enquanto que no país, esse número é de 53%. Ao serem questionados se recomendariam suas instituições para outros, apenas 65% responderam positivamente, percentual pouco acima da média global (62%). A diferença de percepção entre a 28
marca favorita e o banco principal se destaca quando 82% dos entrevistados brasileiros se impressionam com a qualidade dos produtos e serviços das marcas contra 48% de seus bancos. No Brasil, os canais digitais são usados, principalmente, para serviços básicos como transações e extratos e status da conta. Por sua vez, os canais tradicionais dominam serviços complexos, mais orientados para consultoria, como empréstimos ou gestão de patrimônio. Outro destaque da pesquisa é que 51% dos consumidores brasileiros foram identificados como aventureiros digitais – usuários ávidos dos canais digitais dos bancos e que possuem o costume de utilizar mais aplicativos para transações comuns como pagar contas, fazer transferências e checar o saldo. A amostragem nacional apresentou o maior índice de aventureiros, em comparação com a média global, que foi de apenas 28%. No que diz respeito à segurança de dados, cerca de 88% dos consumidores acreditam que a confiança em manter suas identidades e informações seguras são atributos muito importantes em um banco e 82% ressaltam a importância da experiência consistente nas agências e com aplicativo, banco online, serviços de atendimento ao cliente e caixa eletrônico. A pesquisa Global Digital Banking Consumer Survey foi realizadate em maio de 2018 com 17 mil consumidores bancários, de 17 países, para medir o estado atual do engajamento digital dos bancos. No Brasil, foi efetuada com 1 mil respondentes.
PONTO FINAL LEILA NAVARRO
Unsplash
Da vaca indiana às transformações de vida, carreira e negócios
A cultura indiana é um choque de realidade, de quebra de paradigmas, de experiências com a diversidade, tudo que é necessário aprender para manter-se atraente profissionalmente, num mercado cada vez mais cheio de inovações e oportunidades Na minha última Viagem Sabática para a Índia, realizada em 2017, entre as muitas experiências, quero compartilhar uma em especial! Cristina (nome fictício, numa história real)
é uma pessoa culta, inteligente, que embarcou nessa instigante jornada com o propósito de expandir sua visão de vida e de negócios. Como mentora do grupo, desde a tomada de decisão de um viajante sabático, eu oriento que a pessoa esteja disposta a um mergulho de autoconhecimento e descobertas baseada em três condições: não criticar, não comparar e não julgar. Para viver intensamente essa experiência a pessoa deve embarcar com o mínimo possível de roupas e bagagens, despida da sua própria cultura e disposta a se conectar com tudo que se relaciona ao país. Além de deixar roupas, sapatos e acessórios, implica se desprender dos próprios preconceitos, paradigmas,
expectativas e padrões para ressignificar ou criar um novo mindset. E tudo isso ia muito bem para Cristina até que se deparou com as vacas indianas, animais sagrados na Índia. A Índia é encantadora, perfumada, colorida, repleta de magia! Sempre que estou naquele lugar, conto com o Ganesh, um homem intimamente conhecedor da cultura indiana, que atua como guia e fiel escudeiro para desbravar o país. Numa das paradas da nossa imersão, Cristina quis saber o motivo de a vaca ser respeitada como um deus, e criou uma expectativa insaciável para obter a revelação. Ela não levou em consideração a importância de ter espaço interno para criar uma nova forma de 29
enxergar as coisas. Quase mais nada importava para ela, mas o guia entendeu que aquele não era o momento adequado para a explicação! Aliás, você sabe por que a vaca é respeitada como divindade na Índia? Antes de falar sobre a história da vaca indiana, quero fazer algumas reflexões que influenciam a minha e a sua vida, seja na carreira, nos negócios ou nos relacionamentos, e tem muito a ver com a experiência de Cristina na Índia. Todo o Planeta Terra está vivendo um momento ímpar de transição. As transformações são cada vez mais rápidas, mas, ainda é preocupante o número de pessoas que parece alheia a essa realidade. Muitas dizem que acompanham as mudanças, mas ao ter acionado alguns gatilhos mentais, retrocedem e permitem a influência de instintos primários. E essa questão é bem séria. Como pode uma pessoa ter espaço interno para novos aprendizados se permanece entulhado de ansiedade, de medo, expectativas e incongruências? Pense no mundo corporativo. Segundo um estudo publicado pela revista Você S/A, 87% das empresas dispensam funcionários por problemas de conduta, ou seja, apenas 13% das demissões são provocadas de fato por falta de competência técnica. Ainda de acordo com a pesquisa, 20% dos indivíduos consultados afirmam que foram demitidos por problemas ligados à forma de se portar dentro da empresa. O pessoal de Recursos Humanos, por exemplo, não deve se prender ao número de itens que aponta a capacitação técnica de um profissional em um currículo. O Facebook, o LinkedIn e o Instagram definem hoje se o perfil da pessoa corresponde ao padrão comportamental que se es30
pera no quadro de colaboradores. Como tem sido o seu comportamento pessoal e profissional diante das transformações no mundo? O mundo moderno nos coloca em bolhas e por não ter consciência disso (tal como a minha amiga Cristina) corremos o risco de reproduzir modelos. No ritmo de mudanças cada vez mais aceleradas, ainda têm profissionais resistindo ao novo e se deixando moldar pela conveniência da falsa zona de conforto. Com receio de perder o controle (que na verdade não existe) tem deixado de desfrutar valiosas experiências. O aprendizado e o autodesenvolvimento convencionais ficaram para trás. Como mentora de Viagens Sabáticas para a Índia, observo como o investimento de “apenas” duas semanas tem transformado destinos positivamente. É bem provável que a essa altura você esteja refletindo sobre sua própria condição e tenha esquecido da viajante sabática e a divina posição da vaca indiana. Pois bem! Como disse, Cristina é uma pessoa culta, inteligente, que embarcou nessa viagem com um propósito. Mas, após ter feito a pergunta sobre o animal sagrado, ela se fechou para essa questão e não assimilou mais nenhuma das curiosidades culturais e vivências propostas. Encantada com a magia da Índia imaginou histórias mirabolantes e bitolou nessa questão partindo da sua própria “bolha”! E, quando soube que a preservação do animal tem mais a ver com questões econômicas do que espirituais, ela surtou! Ficou decepcionada porque fantasiou uma vaca com asas, descendo entre as nuvens do céu e não percebeu o quanto é sagrado suprir a necessidade do outro. Da mesma forma agem muitos homens e
mulheres enclausurados em seus próprios mundos, sem uma autoanálise de suas competências, habilidades, carreira e relacionamentos diante dos desafios do mundo moderno e, quando surge o novo, se fecham. Para alimentar o povo de um país populoso como a Índia, uma vaca viva gera muito mais recursos. Além do leite e seus derivados servirem de alimento, outros recursos provenientes dela fazem total diferença na economia indiana: ajuda na lavoura, o esterco, depois de seco, além de utilizado em rituais, também vira lenha para cozinhar alimentos, já que o gás é muito caro, a urina espanta as moscas quando colocadas em feridas, entre tantas outras coisas. Isso nos dá uma pista! O que você está extraindo das suas habilidades e competências para manter-se ativo na nova economia? Você é um profissional inovador que o mundo dos negócios pode venerar como único? Uma Viagem Sabática para a Índia tem muito mais a nos ensinar para transformação de vida, carreira ou negócio do que o fato da vaca ser ou sagrada. Pense nisso!
Leila Navarro é palestrante motivacional há 20 anos. Top 5 na categoria “Palestrante” no Top ofMind de RH 2019. Autora de 16 livros, especialista em comportamento humano, influenciadora motivacional e atitudinal.
CERTIFICAÇÃO AIRM A Associação Brasileira de Gerência de Riscos – ABGR proporciona aos profissionais de Administração de Riscos e Seguros, a Certificação Internacional em Gerência de Riscos (AIRM), através da Fundação Ibero-Americana de Administradores de Riscos e Seguros (ALARYS). A Certificação AIRM é reconhecida mundialmente pela International Federation of Risk and Insurance Management Association (IFRIMA) e nos Estados Unidos pela RIMS (Risk and Insurance Management Society Inc). A AIRM é dirigida principalmente aos profissionais da área de riscos, independente do campo em que
atuem (riscos seguráveis, operacionais, financeiros, estratégicos), que desejam obter reconhecimento profissional em Gerenciamento de Riscos, bem como aos que pretendem obter o “RIMS Fellows Designation”. Áreas: Adm. de Riscos Seguros Tesouraria Finanças RH Controle e Auditoria Interna Jurídico
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