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AlphaSítio e Tamboré 10
AlphaSítio e Tamboré 10
Condomínios residenciais realizam monitoramento com drones automatizados
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Solução é capaz de fazer rondas programadas, pronta resposta, monitorar o perímetro e executar inspeções
Por Fernanda Ferreira
Vigilância, controle de acesso e portaria 24 horas são alguns dos recursos tradicionais de segurança utilizados ao longo dos anos por condomínios residenciais para manter os moradores seguros. Entretanto, com o avanço da tecnologia e o desenvolvimento de novas soluções, esse mercado ganhou uma nova ferramenta: os drones.
A solução de monitoramento com drones é capaz de realizar rondas automatizadas, captar imagens noturnas com câmera térmica embarcada, emitir mensagens via alto-falante acoplado a aeronave, monitorar locais de difícil acesso, acompanhar veículos suspeitos, realizar pronta resposta, transmitir imagem em tempo real para um VMS, entre outras possibilidades.
Para garantir a tranquilidade e segurança dos moradores, a Associação Residencial Tamboré 10 e o condomínio AlphaSítio, localizados na região de Alphaville, em São Paulo, implantaram os drones na rotina de segurança das suas instalações. O projeto foi realizado pelo Grupo Haganá em parceria com a Aeroscan.
“Nosso complexo está localizado em uma encosta rodeado por matas, são áreas com muitas árvores e em terreno íngreme, mesmo o vigilante passando com a lanterna a noite, era impossível enxergar alguma coisa. Enquanto ainda estávamos na fase de implantação do sistema de câmeras no perímetro, tivemos duas invasões que ocorreram perto da região da mata, os criminosos entraram nas casas e roubaram alguns objetos de valor”, relatou Margarete Pezzuto, diretora presidente do AlphaSítio. “Para solucionar esse problema, começamos a fazer testes com a solução de drone da Aeroscan e os moradores passaram a se sentir mais seguros, tanto que a aprovação da assembleia foi unânime. Desde que as câmeras peri-
metrais começaram a funcionar e o drone passou a realizar rondas, não tivemos mais nenhuma invasão”, disse Margarete.
A vulnerabilidade do Tamboré 10 também era na área de divisa, o local é cercado por matas e florestas densas que são frequentadas por pessoas que acampam na região para caçar, o que gerava insegurança para os moradores, mesmo a associação estando protegida com cercas elétricas, sensores de presença e câmeras fixas.
“O drone veio para completar o nosso projeto de segurança através de rondas perimetrais, principalmente na área de mata. Também utilizamos a solução como uma ferramenta de auxílio para o departamento técnico, assim eventualmente fiscalizamos obras, verificamos se as caçambas estão no local correto, se casas em obras estão com focos de dengue, orientamos visitantes perdidos a como sair do complexo e temos planos futuros, ainda em fase de planejamento, de realizar voos internamente nas alamedas da associação”, explicou Andreia Alves, diretora de segurança do Tamboré 10.
Privacidade dos moradores
Mesmo aprovado em assembleia, os residenciais sabiam que moradores específicos poderiam levantar questões relacionadas à privacidade, principalmente aqueles que estão na rota de monitoramento do drone.
Segundo o diretor comercial da Aeroscan Renato Mugnaini, a intimidade dos moradores sempre é garantida e preservada. “A câmera do drone que está realizando uma ronda sempre aponta do muro para a fora de um condomínio, nunca para o quintal, piscina ou garagem do morador, nada da casa é captado. A passagem do drone é muito rápida, leva em média 2 segundos por casa, e seguimos todas as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Também sempre permitimos que os moradores receosos visitem a sala de monitoramento para verificar as imagens e comprovar que nada da sua privacidade é captado”, falou Renato.
Para o diretor, diversas questões técnicas podem surgir ao longo da implantação da solução, principalmente por ser uma tecnologia nova, e que por isso é fundamental dar o suporte que o condomínio precisa, mesmo após o projeto estar funcionando. “O monitoramento com drone é um projeto vivo, está sempre em movimento e pode receber modificações ao longo das atividades, isso porque novas necessidades surgem e os drones possuem infinitas possibilidades de aplicação. Por isso nunca transferimos nossas responsabilidades, acompanhamos toda a trajetória do projeto para que possamos sempre manter o drone voando e protegendo ativamente as instalações”, explicou Renato.
Treinamento dos vigilantes
Tanto o condomínio AlphaSítio como a associação Tamboré 10 são protegidos pelo Grupo Haganá, que utiliza uma metodologia
de estudos de diferentes áreas, que contempla proteção perimetral, controle de acesso de veículos e pedestres, sistema de alarmes e câmeras e escolta patrimonial, com carros e motos. Há alguns anos a empresa já vem trabalhando na implementação de ferramentas tecnologias, em especial o drone.
“O novo sempre acaba assustando, é um processo normal, mas quando encontramos a Aeroscan tudo ficou mais fácil, porque o conceito da solução é fácil de passar para as nossas equipes, o treinamento é personalizado, feito sem pressa e dentro das necessidades e qualificação de cada profissional, fora o acompanhamento da empresa. Como resultado os operadores ficam mais preparados e passam a ter um ganho financeiro maior. Hoje, outras equipes da Haganá têm o desejo de que os condomínios em que atuam também façam a adoção do sistema tecnológico do drone para que eles possam exercer a mesma função que outros operadores vem fazendo, como o AlphaSítio e o Tamboré 10”, disse Ricardo Napoli, diretor de operações do Grupo Haganá.
Os profissionais recebem um treinamento teórico online com 34 horas de duração sobre legislação, modelos de aeronave, uso do espaço aéreo, o que pode e o que não pode fazer, entre outros conceitos. Após as aulas teóricas, os operadores passam para a fase prática, em que eles precisam realizar voos manuais com uma série de obstáculos para aprenderem a controlar a aeronave. Também é ensinado a seguir o checklist de voo que consta tudo o que precisa ser verificado antes de levantar voo, como conferir baterias, a previsão do tempo, a velocidade do vento, o número de satélites, entre outros requisitos.
“O operador recebe um treinamento ao longo de sete dias no ambiente que ele vai atuar. Depois fazemos um acompanhamento de 30 dias para ele fazer exercícios diários e ao fim desse ciclo a operação é entregue. Do ponto de vista do perfil do profissional nós também avaliamos o quanto ele está se mostrando seguro para executar, nós já aprovamos e desaprovamos pessoas, principalmente aqueles desatentos, que não seguem o comando, porque representa um risco para a operação”, explicou Renato.
Ganhos após a implantação
Os condomínios completaram um ano de projeto, ambos sem qualquer ocorrência de invasões ou roubos. “O drone nos trouxe maior visibilidade e assertividade para a operação, proporcionando um ganho preventivo. Agora temos um número maior de rondas e mais controle sobre o perímetro, dessa forma zeramos qualquer tipo de ocorrência nos condomínios, principalmente de invasões”, disse Ricardo Napoli. “Com a solução é possível fazer com que os processos e procedimentos sejam cumpridos na íntegra, proporcionando monitoramento em tempo real, acionamento de pronta resposta mais efetiva e outros acompanhamentos”, finalizou Napoli. SE