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EDITORIAL
A força do Brasil
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economia mundial é cíclica e, por isso, o olhar – a avaliação - dos economistas é quase sempre pragmático. Sempre haverá uma crise na berlinda, seja de câmbio, de produção, de (má) gestão como ocorre atualmente na Europa e já ocorreu nos Estados Unidos, para justificar a cautela. Porém, do ponto de vista de quem vende e de quem compra, o sentimento é diferente. A crise fica em segundo plano porque o que importa é “aproveitar a onda”. Se “o mar está pra peixe, vamos jogar a linha”. Assim, mesmo que o Brasil não seja uma “ilha” de estabilidade, ainda existe uma boa dose de tranqüilidade porque temos uma jóia rara: um mercado interno forte e cobiçado de 160 milhões de consumidores. De qualquer forma, dentro dessa ótica, e com base em projeções, senão otimistas, mas ainda positivas de crescimento da economia, o Brasil vai terminar 2011 com um bom resultado no varejo.
A previsão da Associação Brasileira de Supermercados é de um crescimento superior a 15% nas festas de final de ano, reconhecidamente o período mais forte do setor. Na Região Sul as opiniões não são diferentes, pois no Paraná a Apras acompanha esse índice, no Rio Grande do Sul a Agas fala no “melhor Natal de todos os tempos” e apenas em Santa Catarina a Acats adota postura mais moderada. O que leva os empresários do varejo a acreditarem numa contabilidade positiva é que o nível de emprego está estável, os salários estão subindo – o mínino nacional em 2012 será superior a R$ 620,00, o endividamento das famílias está sob controle, a poupança segue ritmo normal e a oferta de crédito é favorável ao crescimento. Talvez os números pudessem ser ainda melhores se a carga tributária não fosse tão alta. A arrecadação de impostos no Brasil chegou à mar-
ca recorde de R$ 1,3 trilhão no final de outubro e deverá terminar o ano com R$ 1,5 trilhão, algo como 35% do PIB. Neste momento, talvez não sejam os impostos os piores “inimigos” da produção, mas os concorrentes internacionais que, com vantagens tributárias e trabalhistas em seus países e de olho no nosso mercado, despejam produtos importados mais baratos, tornando a competição injusta, como destacou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Heitor Müller, em recente palestra. Ele teme uma desindustrialização, o que implicaria em prejuízos para o varejo, pois fábrica que fecha não reabre, desempregado não consome, ou consome menos. Então, é preciso sim, de alguma forma, proteger ou ao menos dar condições de a indústria nacional ser competitiva para que o varejo não seja prejudicado com a queda nas vendas.
Júlio Sortica - Editor julio.sortica@conceitualpress.com.br Revista Super Sul {Out./Nov. de 2011} Revista Super Sul {Out./Nov. de 2011}
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Direção:
Sílvia Viale Silva
Melina Gonçalves
SUMÁRIO O Brasil começa a viver intensamente a era do dinheiro digital. Cresce o uso de vários tipos de cartões, mas ainda há um enorme mercado a explorar. Pág. 12
Edição:
Júlio Sortica - MTB/RS 8.244 Redação:
Gilmar Bitencourt e Júlio Sortica
Os supermercados usam estratégias para alavancar as vendas no final de ano e no verão. Pág. 22
Departamento Financeiro: Rosana Mandrácio
Departamento Comercial:
Débora Moreira, Karine Mór, Leandro Salinos
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Magda Fernandes e Suzi Nascimento
Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777)
Super Sul é uma publicação da editora Conceitual
- Publicações Segmentadas, destinada a diretores e principais executivos de pequenos, médios e gran-
des supermercados no Sul do Brasil, além dos executivos de grandes redes no Rio Grande do Sul, em
Santa Catarina e no Paraná, bem como fornecedores,
representantes, distribuidores, atacadistas em geral,
GS1 estimula empresas com Prêmio Automação e investe na expansão do Código de Barras. Pág. 42
e, enfim, à cadeia completa do varejo, da indústria
ao ponto de venda. Também recebem associações, entidades de classe e órgãos públicos.
Opiniões expressas em artigos assinados não corres-
pondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Super Sul.
É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte.
Tiragem: 12.000 exemplares.
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E ainda: Entrevista: Yamaguti destaca o crescimento dos cartões de crédito e o consumo consciente. Pág. 05 Dalpiaz tem quase 50 anos de tradição e bons serviços. Pág. 30
Eventos da Acats em SMO e da Agas no Litoral gaúcho. Pág. 34 Molhos e temperos tornam a vida mais prática. Pág. 38
Colunistas:
Ivam Michaltchuk Pág. 28 Sérgio Simonetti Pág. 32 Juliano Rigatti Pág. 46
Outras Seções:
Negócios Pág. 10 Brasil sem Miséria Pág. 27 Biblioteca Pág. 37 Lançamentos A força das promoções no varejo. Pág. 48 Agenda Pág. 44 Pág. 50
Claudio Yamaguti, presidente da Abecs
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universo de atuação dos cartões de crédito, débito e outros serviços envolve milhões de pessoas entre fornecedores e usuários. Para organizar esse setor foi criada em 1971 a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços). Trata-se de uma entidade sem fins lucrativos e que atua em prol da expansão sustentável do mercado de meios eletrônicos de pagamento no Brasil. Seu quadro associativo corresponde a 95% do setor e reúne os principais players, entre emissores, credenciadoras, bandeiras e processadoras. Hoje são 657 milhões de cartões em circulação no Brasil e a estimativa de faturamento das transações realizadas é fechar 2011 com R$ 667 bilhões. Entre as atribuições e prerrogativas da entidade
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Foco no crescimento e na educação financeira
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incluem o desenvolvimento e a implantação do Código de Ética e Autorregulação, que estabelece as normas éticas que norteiam as relações de suas associadas com a sociedade. Com vistas ao crescimento sustentável do contingente de portadores, a Abecs mantém um programa de educação financeira voltado para o usuário final dos meios eletrônicos de pagamento. No comando desse verdadeiro “condomínio” de crédito está o experiente Claudio Yamaguti, que possui ampla vivência no mercado de cartões. Após iniciar carreira na Credicard S.A., passou pela American Express do Brasil e do México como CFO e como diretor-geral da Red S.A de C.V, do Grupo Prosa S.A.(México). Ingressou no Grupo Unibanco em 1977 e foi responsável pelo Banco Itaú no Paraguai e por projetos de cartões de crédito na América Latina. Também foi vice-presidente da Asociación de Bancos del Paraguay e da Bancard S.A., maior processadora de cartões e adquirência daquele país. Desde fevereiro de 2011 é presidente da Abecs e, em abril, assumiu a presidência da Redecard. Revista Super Sul Após 40 anos de atuação, o cartão de crédito/débito e outras modalidades já se tornaram populares. Qual o segredo do sucesso? Claudio Yamaguti - Os meios eletrônicos de pagamento, que englobam diversas modalidades de cartão, como o de crédito, o de débito e o de rede/loja, estão cada vez mais presentes no dia a dia dos consumidores brasileiros graças aos seus inúmeros benefícios. Eles oferecem mais segurança aos portadores, que não precisam andar com dinheiro em espécie ou talão de cheque no bolso. Também garantem mais facilidade, praticidade, agilidade e conveniência ao dia a dia dos consumidores, que estão cada vez mais exigentes e percebem os diferenciais dos meios eletrônicos em relação aos meios de pagamento em papel. Durante todos esses anos, o cartão tem sido um importante instrumento de acesso ao consumo e formalização da economia. O cartão de crédito, em particular, permite ao consumidor pagar suas compras com prazo de até 40 dias sem juros, dependendo da data de vencimento da fatura, e ainda oferece a possibilidade de parcelamento sem juros e financiamento da fatura em caso de situações emergenciais. Ele é considerado um aliado pelas classes C, D e E, pois tem permitido que cada vez mais pessoas tenham acesso a bens que no passado eram considerados inatingíveis.
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ENTREVISTA
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Super Sul - Quantos cartões estão em circulação e qual é o volume de negócios gerados, p. ex, em 2010? Yamaguti - De acordo com o último levantamento consolidado da Abecs, no final do 1º semestre de 2011 havia 657 milhões de cartões em circulação no Brasil. O faturamento das transações realizadas com cartões nos primeiros seis meses do ano foi de R$ 304,5 bilhões (em 2010, o valor total foi de R$ 541,8 bilhões). A estimativa é que o valor total de 2011 seja R$ 667 bilhões, crescimento de 23% em relação ao ano passado. Super Sul - Qual é o maior desafio da Abecs para os próximos anos, considerando-se que o Brasil terá um bom nível de crescimento e mais gente entrando no mercado de trabalho? Yamaguti - A Abecs mantém o foco na atuação pelo desenvolvimento sustentável do mercado de meios eletrônicos de pagamento. Isso inclui transparência e colaboração no relacionamento com os diversos players que “conversam” com o nosso segmento, como os órgãos reguladores e de defesa do consumidor, os estabelecimentos comerciais e toda a sociedade. Continuaremos investindo na questão da educação financeira, para que os consumidores usem o cartão e realizem suas conquistas de forma equilibrada e consciente. Além disso, manteremos nosso trabalho pela disseminação dos meios eletrônicos de pagamento, seja por meio do desenvolvimento de novas
tecnologias, como o mobile payment, seja pela oferta de novos produtos e serviços. Super Sul - Uma recente pesquisa da Abecs revelou que 72,4% dos brasileiros usam algum tipo de cartão de crédito/débito ou outro? Qual seria o percentual considerado ideal a ser atingido? Yamaguti - O estudo anual da Abecs revelou, na verdade, que 72,4% da população possuem algum tipo de cartão, considerando as 11 capitais que participaram da pesquisa. Em 2008, na primeira edição do estudo, esse universo era de 68%. Segundo a pesquisa, que também ouviu as pessoas que não possuem cartão sobre a intenção de adquirir algum meio eletrônico de pagamento nos próximos 12 meses, teremos um acréscimo de 4%, chegando a 76% em 2012. Mesmo com esse crescimento expressivo, sabemos que 73% das transações no Brasil ainda são feitas por meio do papel-moeda, ou seja, ainda temos muito espaço para conquistar. A indústria tem trabalhado para que o cartão seja uma realidade para pessoas e lugares ainda carentes de serviços financeiros, bem como para que ele seja usado também em outros tipos de transações, como as chamadas de “small tickets”, que são as operações de baixo valor.
“Durante todos esses anos, o cartão tem sido um importante instrumento de acesso ao consumo e formalização da economia.” Super Sul - Quais são as principais conquistas e dificuldades nos últimos anos? Yamaguti - Com a abertura do mercado de adquirência, em 2010, o setor passou por algumas mudanças, incluindo a entrada de novos players para fazer o credenciamento de bandeiras juntos aos estabelecimentos comerciais. Isso gerou maior estímulo à competitividade, à criatividade e à inovação no desenvolvimento de novos produtos e serviços para o varejo e mais conveniência, já que o lojista passou a aceitar diversas bandeiras em um mesmo aparelho, ampliando seu poder de venda. Além disso, a interoperabilidade de redes de POS representa um movimento de eficiência operacional, que estimulou a concorrência e refletiu em redução de custo para os estabelecimentos comerciais. Atualmente, o estabelecimento tem a opção de utilizar apenas uma máquina, desde que esta seja habilitada para aceitar as transações das diversas bandeiras.
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E também tivemos diversos benefícios para o consumidor: mais transparência com a resolução 3.919, que define os tipos de tarifas para cartão [apenas cinco] e institui que elas estejam disponíveis nos sites das instituições financeiras, maior rede de estabelecimentos credenciados e aumento de aceitação de meios eletrônicos de pagamento entre profissionais liberais, como dentistas, taxistas etc. Super Sul - O cartão deixou de ser elitista e a pesquisa sobre o aumento do uso pela classe C confirma isso. Porque ocorreu essa mudança e quais as implicações? Existe espaço para as classes D e E, um cartão tipo “popular”? Yamaguti - Sem dúvida, a evolução da posse de cartão de crédito nos últimos dois anos foi muito superior quando observada no universo da classe C: de 38%, em 2009, para 47%, em 2011. Nos últimos anos, essa faixa da população tem conquistado um novo padrão de consumo, com mais acesso ao crédito, aos meios eletrônicos de pagamento e aos bens de consumo. Não apenas a classe C, mas toda a base da pirâmide social impulsiona e continuará impulsionando o consumo interno nos próximos anos. Com aspirações de consumo cada vez maiores, essas pessoas são também as que mais têm intenção de financiar suas compras, principalmente por conta do acesso ao crédito. É um público que tem sua primeira oportunidade de lidar com crédito e com um meio de pagamento “diferente” do dinheiro. Por isso, as empresas do mercado de cartões buscam desenvolver soluções que atendam cada vez mais a esse novo consumidor, ajudando-o em suas conquistas. Porém, há um importante cuidado com o uso consciente desse instrumento. Assim como diversos players do setor, a Abecs mantém uma campanha de educação financeira, protagonizada pela Regina Casé, justamente para ajudar o consumidor a ter consciência sobre sua relação com o cartão de crédito e a usá-lo como um aliado das suas finanças. Super Sul - Qual é o valor médio do ticket de gastos no Brasil? Yamaguti - Considerando todas as modalidades de cartão, o tíquete médio girou em torno de R$ 80 no 1º semestre do ano. Levando em consideração apenas o cartão de crédito, esse valor sobe para R$ 111. Yamaguti - Algumas pesquisas indicam que o maior índice de endividamento ou atraso nos pagamentos está no setor de cartões. Há uma explicação para isso? Yamaguti - Se compararmos o peso que o cartão de crédito tem perante os demais meios de pagamento passíveis de inadimplência, veremos que ele é o principal responsável pelo faturamento dos estabele-
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“A Abecs mantém o foco na atuação pelo desenvolvimento sustentável do mercado de meios eletrônicos de pagamento.” cimentos credenciados, com uma participação de 36% – acima inclusive do dinheiro. O cheque, por exemplo, representa apenas 3%. Sendo assim, é natural que esse tipo de transação tenha maior representatividade nos índices de inadimplência, que, mesmo assim, não são nada absurdos ou preocupantes. Pelo contrário: a nossa pesquisa revela que, nos últimos anos, a porcentagem de pessoas que já deixaram de pagar o valor integral da fatura do cartão caiu de 49%, em 2008, para 36%, em 2011. Deste último valor, 30% já haviam quitado a dívida em questão. Super Sul - Como a Abecs se relaciona com os consumidores, que reclamam sobre as taxas de juros serem muito altas, maiores que as do cheque especial? Yamaguti - A Abecs procura ter um relacionamento cada vez mais próximo com o consumidor, principalmente na questão da educação financeira. Somos, acima de tudo, uma entidade a serviço da sociedade, ou seja, queremos que o mercado se desenvolva de forma sustentável e que os consumidores também realizem suas conquistas de forma equilibrada. Neste ano, além do lançamento da campanha estrelada pela Regina Casé, distribuímos mais de 100 mil unidades da nossa Cartilha de Educação Financeira em locais estratégicos, como a Rua 25 de Março, em São Paulo, e em diversos Procons do País. O Procon do Rio Grande do Sul, por exemplo, divulgou a nossa cartilha em seu site, o que reforça ainda mais essa parceria. É preciso entender que o cartão é um excelente instrumento de compra, que, inclusive, ajuda o portador a se organizar financeiramente. O endividamento depende da forma como o consumidor usa esse instrumento. Super Sul - Algo a acrescentar, alguma recomendação de final de ano? Yamaguti - A campanha de educação financeira da Abecs também é direcionada aos estabelecimentos comerciais brasileiros. Ela mostra ao varejista como a aceitação dos meios eletrônicos de pagamento pode garantir mais agilidade, conveniência, controle e segurança ao seu negócio, ajudando a melhorar as vendas e a aprimorar o relacionamento com os clientes. Os comerciantes têm um conteúdo 100% dedicado a eles no hotsite da campanha (www.abecs.org.br/dicas). A atriz Regina Casé transmite algumas dicas importantes, além de pontuar como o cartão ajuda o varejo a trabalhar melhor e a atender bem seus clientes.
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NEGÓCIOS kfgndfk
ECONOMIA Rede Dia estréia em solo gaúcho
A primeira unidade brasileira da rede de supermercados Dia fora de São Paulo foi inaugurada no dia 27 de outubro, no município de Taquara, no interior do Rio Grande do Sul. A entrada em solo gaúcho é agressiva e prevê que até o final do ano, pelo menos 10 lojas devem estar em operação. A estratégia é oferecer mercadorias com preços até 12% mais baixos do que a média do mercado. Na primeira quinzena de novembro serão três lojas inauguradas em três dias. Baseada no tripé de preço baixo, proximidade com o consumidor e marca própria de qualidade, a rede Dia trabalha no sistema de lojas próprias e com franqueados.
Novas lojas da Condor e Muffato no PR
O setor supermercadista continua em expansão no Paraná com três ações das redes Condor e Muffato. Em 9 de novembro, a cidade de Castro ganhou o seu 1º hipermercado Condor, um investimento de R$ 25 milhões. Com 15.500 m² de área total, 4 mil m² de área de vendas e 23 check outs, vai gerar 280 empregos diretos e atender cerca de 180 mil clientes/mês. Tem até cinema. A rede Muffato também investiu forte e inaugurou a loja da Região Norte de Cascavel em novembro, gerando empregos e oferecendo produtos de qualidade com novo projeto de arquitetura. Já em Campo Mourão o hipermercado da rede foi reinaugurado no dia 10, moderno e ampliado.
Imperatriz Gourmet: alto padrão
Os consumidores de Florianópolis têm mais uma opção para encontrar produtos e serviços de alto padrão em um ambiente que remete aos antigos empórios. Esse é o perfil do Imperatriz Gourmet, nova loja da rede Imperatriz que abriu suas portas no térreo do Beiramar Shopping. Entre outros detalhes que se destacam estão as gôndolas em madeira e a iluminação indireta dos produtos. O cliente encontra, por exemplo, a linha exclusiva “Gourmet Express”, composta de mais de 50 pratos pré-preparados, sem adição de conservantes, que unem sofisticação e praticidade. Tem cafeteria, linha de sorvetes premium, temperos nobres, cortes de carnes especiais, adega etc.
Atacadão abre duas lojas no RS
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A rede Atacadão amplia sua presença no Rio Grande do Sul com duas novas lojas: em Novo Hamburgo e Pelotas (foto). Novo Hamburgo e região receberam em outubro a sua primeira unidade, uma moderna loja com espaço de vendas climatizado somando 7.028,83 m² em área construída de 18.572,01 m² e 590 vagas de estacionamento. Em Pelotas, a inauguração da quinta loja foi em 11 de novembro, com investimento de R$ 30 milhões. Em ambas será disponibilizada oferta variada por um mix com mais de 10 mil itens. Cada unidade passa a gerar 300 empregos diretos e mais de 600 indiretos, com ênfase ao primeiro emprego para os jovens recrutados na cidade. Até o final do ano será aberta uma unidade em Porto Alegre.
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Aurora: R$ 50 mi para melhorias
A Aurora Alimentos concluiu seu planejamento estratégico para 2012, no qual constam investimentos entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões, destinados para melhorias dos frigoríficos da cooperativa. A empresa também pretende construir um novo centro de distribuição e já adquiriu um terreno de R$ 9 milhões em Arujá (SP). A construção deve consumir outros R$ 45 milhões, mas depende da venda da atual unidade, em Guarulhos. “Esperamos iniciar as obras do centro até abril”, diz o presidente Mário Lanznaster. Com a mudança, o espaço de armazenagem passará de mil para 4.000 toneladas. A Aurora ainda planeja começar a vender suíno ao Oriente e dobrar as exportações do produto.
P&G aumenta produção no Brasil
A Procter & Gamble vai investir R$ 1 bilhão e reforçar sua capacidade de produção no país, dobrando a área construída de sua fábrica em Manaus (AM), de 137 mil m2, que fornece os produtos das marcas Gillette e Oral-B para todo o Brasil. O grupo comprou um centro de distribuição da Samsung, próximo à unidade atual e vai aproveitar parte da estrutura. A linha de produção adicional vai fabricar somente aparelhos de barbear Gillette. Também vai expandir a fábrica de Louveira (SP), que produz fraldas, absorventes, pomada Hipoglós e o xarope Vick. A nova fábrica no Rio de Janeiro, em Seropédica, ocupará uma antiga fazenda, de 1 milhão de m2. DIVULGAÇÃO
INDÚSTRIA
Ambev: R$ 1 bi para fábricas no Sudeste
A AmBev decidiu concentrar esforços no sudeste do Brasil, considerada de “importância fundamental”. Para isso, a região receberá até o final do ano R$ 1,112 bilhão. Com mais R$ 250 milhões, fábrica de Sete Lagoas (MG) inicia sua quarta expansão. Em São Paulo, a filial de Guarulhos ganha uma nova linha de produção e a unidade em Piraí (RJ) terá capacidade ampliada em 35%. Ao todo a companhia possui 13 fábricas, 26 centros de distribuição direta (CDDs) e emprega 15.400 pessoas na região. Em Minas Gerais, a filial Sete Lagoas passa por sua quarta ampliação e receberá até o final do ano mais R$ 250 milhões.
ALTOS & BAIXOS
Em Alta:
A Apas (Associação Paulista de Supermercados) apoia a lei estadual que amplifica a prevenção ao uso de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes em São Paulo. Supermercados, bares, restaurantes, lojas de conveniência, entre outros locais, não poderão vender, oferecer nem permitir a presença de menores de idade consumindo bebidas alcoólicas no interior dos estabelecimentos. O presidente da Apas João Galassi participou de evento no Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), para a sanção da Lei nº 14.592 pelo governador Geraldo Alckmin. A milionária batalha jurídica que o setor supermercadista gaúcho trava com o Governo do Estado em busca da isonomia tributária para a venda de comidas prontas nas lojas deste segmento teve desfecho favorável nos tribunais (21/10). Uma medida judicial proposta por uma grande rede varejista e patrocinada pelo tributarista Fábio Canazaro estabeleceu a igualdade para os súpers: o Estado exige ICMS mais elevado (17%) sobre as refeições que produzem, em relação a restaurantes que preparam comidas similares (7,2%).
Em Baixa:
O processo de reestruturação das operações do Carrefour chegaram à divisão de eletroeletrônicos do Atacadão, rede que mistura atacado e varejo. Todas as 11 lojas da bandeira Atacadão Eletro foram fechadas. “Essas unidades tinham pouca afinidade com o público das lojas tradicionais do Atacadão”, disse o diretor-geral José Roberto Mussnich. “O perfil do cliente do Atacadão é bem definido: ou são pequenos empresários, ou chefes de famílias numerosas, que podem comprar uma TV na divisão de eletro, mas não é uma compra constante e que se repita”, justifica. É cada vez mais difícil entender as regras do Mercosul, pois Brasil e Argentina sempre encontram formas de tornar o acordo comercial difícil. Assim, depois de o governo argentino barrar os calçados brasileiros na fronteira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior colocou a importação de chocolates, balas e confeitos da Argentina em “licença não automática”. Isto quer dizer que dependem de autorização, que pode demorar até 60 dias. Até lá podem perder o atraente mercado de consumo de final de ano. Foi encarado como retaliação.
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Cartões de Crédito
Por Júlio Sortica
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s formas de pagamento representam uma das etapas mais importantes no universo das relações de consumo porque é a garantia do fechamento do negócio. O sistema evoluiu, desde o escambo, a troca, permuta, passando pelo dinheiro, em moeda ou papel, a ordem de pagamento, o cheque. Atualmente, cresce o uso de um meio recente e conceituado, o dinheiro digital, cujo embrião surgiu de forma inusitada em 1950, nos Estados Unidos. Frank MacNamara e seus convidados, executivos financeiros de Nova York, saíram para jantar e só quando receberam a conta perceberam que não tinham como pagar, pois haviam esquecido dinheiro e talão de cheque. Depois de alguma discussão, e sem aceitar a lavagem da louça como pagamento, o dono do restaurante permitiu que MacNamara pagasse a conta em outro dia, mediante a sua assinatura na nota de despesas. Depois deste episódio, o executivo concebeu a idéia do cartão de crédito. Em 1950 foi emitido o primeiro cartão, denominado Diners Club Card, que passou a ser aceito como meio de pagamento em 27 restaurantes, sendo que 200 pessoas, a maioria amigos de MacNamara, obtiveram o cartão naquele ano. No Brasil, o sistema começou em 1954, quando o empresário tcheco Hanus Tauber comprou a franquia do Diners Club, propondo sociedade com o empresário Horácio Klabin. O lançamento foi em 1956, a princípio como cartão de compra e não de crédito. A modalidade de cartão de débito só surgiu em 1983. De lá para cá, mudaram as regras, mas aceitação cresceu muito. Hoje são bilhões de cartões no mundo, 657 milhões deles no Brasil, onde respondem por um faturamento que a Abecs estima em R$ 667 bilhões em 2011. A revista Super Sul procurou saber como se comportam os principais players desse mercado e também o de serviços para o crédito. Revista Super
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As operações de cartões de crédito envolvem cinco participantes:
{Portador} A pessoa interessada em adquirir bens ou contratar serviços pagando através do cartão de crédito/débito. Pode ser titular ou portador do cartão adicional; {Estabelecimento} Empresa interessada em vender/prestar serviço recebendo o pagamento através do cartão; {Adquirente ou credenciadora} Empresa responsável pela comunicação da transação entre o estabelecimento e a bandeira. Para isso, aluga e mantém os equipamentos usados pelos estabelecimentos como, por exemplo, o POS, TEF ou PDV. As maiores credenciadores do Brasil são a Cielo, Redecard, Hipercard e GetNet; {Bandeira} Empresa responsável pela comunicação da transação entre o adquirente e o emissor do cartão de crédito. As maiores bandeiras no Brasil são Visa, MasterCard e Hipercard {Emissor} Também chamado de empresa administradora do cartão. Instituição financeira, principalmente bancos, que emitem o cartão de crédito, definem limite de compras, decidem se as transações são aprovadas, emitem fatura para pagamento, fazem cobranças e oferecem produtos.
Com a estabilidade econômica e ascenção social, o percentual de brasileiros portadores de cartão de crédito e débito para pagamentos não para de crescer. Até 2008, 68% da população contava com essa alternativa de pagamento. Três anos depois, esse percentual já chega a 72,4%. Os dados são de uma pesquisa em 11 capitais, encomendada pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) ao instituto Datafolha e divulgada no final de setembro passado. Segundo o presidente da Abecs, Cláudio Yamaguti, este estudo “é o principal termômetro do setor, revelando anualmente detalhes do comportamento e da relação da população e dos estabelecimentos comerciais com os meios eletrônicos de pagamento”. O levantamento mostra que, nos estabelecimentos comerciais, a participação dos meios eletrônicos nos pagamentos é de 54% e a posse de cartão de crédito foi a que mais cresceu entre os consumidores, passando de 53% do público em 2008 para 60% neste ano. Entre as classes sociais, os cartões de crédito e débito estão mais presentes entre o público A e B, com 88% de incidência. Na classe C, o percentual é de 66%, enquanto apenas 34% do público D e E possuem o chamado “dinheiro de plástico”.
que sejam suas necessidades.” Entre os vários exemplos de produtos que contribuem para a inclusão financeira, está o Visa Cargo, cartão pré-pago criado para transformar as vidas de caminhoneiros autônomos que costumavam ser pagos com um voucher impresso, conhecido como carta-frete e muitas vezes, tinham que pagar comissão quando trocavam o voucher por dinheiro. Com o Visa Cargo, os caminhoneiros recebem o pagamento do frete diretamente no seu cartão.
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{Visa Cargo, novidade} Um dos players desse sistema é a Visa do Brasil,companhia global de tecnologia de pagamentos que conecta consumidores, empresas, instituições financeiras e governos em mais de 200 países e territórios e 175 moedas diferentes, permitindo-lhes usar a moeda digital em vez de dinheiro e cheques e está no mercado há mais de 50 anos - e desde 1987 no Brasil. Os clientes da Visa são os bancos que emitem os cartões com a marca Visa e as empresas adquirentes que afiliam os estabelecimentos comerciais. Os números do perfil mundial (30/06/2011) são impressionantes: 15.500 instituições financeiras clientes, 1,87 bilhões de cartões, volume de US$ 5,6 trilhões (inclui saques e pagamentos), US$ 3,5 trilhões em volume de pagamentos, 1,8 milhões de caixas automáticos e 74 bilhões de transações (total). Mesmo com números invejáveis, a meta é abocanhar uma fatia de um mercado que, apesar do forte crescimento, ainda tem um potencial enorme. A Visa afirma estar preparada para atender à demanda que surge em período de festas e com o nova Classe C. “Com o objetivo de atingir esse crescimento, estamos potencializando a força da marca Visa no Brasil e ao redor do mundo - focando em segmentos de grande oportunidade onde os produtos e serviços da Visa estão com baixa penetração e investindo em áreas geográficas de alto potencial ainda em fase inicial de migração para a moeda digital”, informa. Além disso, a Visa trabalha para expandir a aceitação dos seus produtos globalmente e acelerar a penetração da moeda digital através de categorias tradicionais (como por exemplo, o débito), pagamentos do dia a dia (restaurantes, mercearias, etc) e categorias emergentes (contas mensais, saúde, etc)”, explica a empresa. E paralelamente incentiva a educação financeira com o programa Finanças Práticas, orientando o consumidor. Atualmente a Visa tem um portfólio de produtos e soluções extremamente abrangentes com focos em nichos específicos e divididos em: Débito; Pague agora, Pré-pago, Pague antes, e Crédito; Pague depois, atendendo à pessoas físicas, jurídicas. Ela ressalta que a migração para os meios eletrônicos de pagamento, substituindo dinheiro e cheque, traz benefícios profundos e imediatos. “Um estudo realizado pela Moody’s Economy. com, encomendado pela Visa, conclui que essa migração contribuiu com US$ 1,1 trilhão para a economia mundial entre 2003 e 2008, e no Brasil alcançou US$ 65 bilhões”. A Visa reconhece a importância do seu papel no apoio ao projeto de inclusão financeira do Governo brasileiro. “Recentemente, lançamos o Moeda do Progresso (www.moedadoprogresso.com.br), cujo objetivo é ampliar os benefícios da moeda digital para um número maior de pessoas, empresas e governos, onde quer que estejam e, principalmente, quaisquer
{American Express, contrastes} O
American Express sempre foi um cartão diferenciado, e no Brasil, segundo a empresa, atua principalmente no segmento de alta renda e nas operações de cartões corporativos, que são divididos em duas principais linhas: Cartões de crédito com flexibilidade financeira, como o credito rotativo. Compõem esse portifólio: American Express Platinum Credit, Gold Credit, American Express Blue e o Bradesco American Express Credit. E os Cartões de compra: cartões sem limite preestabelecido e com foco em proposta de valor, serviços e benefícios diferenciados, do qual fazem parte os tradicionais The Platinum Card, Gold Card e Green. Para soluções corporativas e empresariais há produtos como Corporate, Gold Corporate, Business, Purchasing, Eventos, Combustível, Conta Hotel e Conta EBTA. Nesse universo de contrastes está o desafio de atender à emergente e “poderosa” classe C e ao fluxo maior do período de festas. A American Express revela que possui um portfólio diferenciado para atender aos principais segmentos do mercado, incluindo recentemente nesse mix o lançamento do Cartão Bradesco American Express Credit, um produto direcionado ao publico de menor renda e para correntistas do Banco Bradesco, exigindo renda mínima de R$ 800,00. É um cartão com características voltadas para as necessidades do público-alvo de flexibilidade financeira como, linha de crédito, rotativo, pagamento de contas (água, luz, telefones) e o Programa Clube Celular (créditos no celular como bônus na troca de pontos) e descontos na Rede Cinemark no Brasil. Revista Super
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Quanto ao crescimento, a American Express ressalta que, apesar do elevado ritmo de expansão observado nos últimos 11 anos (23%/ano, em média), o potencial do mercado brasileiro ainda é muito grande. “Para se ter uma ideia, enquanto no Brasil os gastos com cartão representam cerca de 26% do consumo das famílias, em economias mais desenvolvidas como os Estados Unidos, a Coréia do Sul ou o Canadá essa relação ultrapassa os 45%”, informa a empresa. A Amex afirma que as ações promocionais incentivam o associado a ativar seus cartões, concentrarem suas despesas nesse meio de pagamento fidelizando a carteira, além do suporte as vendas dos produtos. Destacam-se iniciativas do Bradesco Cartões, com promoções diversificadas, como a Escuderia Lendária: após se inscrever, nas compras acima de R$ 50,00 o associado concorre a supercarros e a uma viagem para vivenciar uma experiência inesquecível. A promoção começou em 01/08/2011 e fica em vigor até 29/02/2012. Serão no período 7 sorteios (7 carros e 7 viagens), valendo para cartões de Crédito Bradesco e Amex (somente pessoa física).
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01 Ruben Ósta (E), da Visa e Túlio Zamin, presidente do Banrisul, fecham parceria Revista Super
{Sicredi e o cooperativismo} Presente em 10 estados brasileiros, o Sicredi tem mais de 1.100 pontos de atendimento, acesso a mais de dez mil ATMs e dois mil correspondentes bancários. Com origem no sistema cooperativo, o banco alcançou uma base total de 1,7 milhões de cartões emitidos e comercializa, em média, 500 mil cartões ao ano para a sua base de associados. “Atualmente, emitimos duas bandeiras: a bandeira Sicredi, bandeira própria com aceitação nacional através de sua rede própria de adquirência e da Redecard e a bandeira VISA, com aceitação nacional e internacional”, revela Assis Martinez, superintendente da Administradora de Cartões Sicredi O Sicredi oferece a seus associados os cartões
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bandeira Sicredi, Sicredi Visa Electron, Sicredi Visa Classic e Sicredi Visa Gold com as funcionalidades de crédito e débito. Martinez informa que o cartão bandeira Sicredi é o prioritário para os associados do Sicredi, representa a marca e identifica o associado portador em sua rede de atendimento. “Os cartões Sicredi Visa complementam o portfólio, compõem o segundo limite de crédito, a segunda data de pagamento, e possibilitam a aceitação internacional para o portfólio dos cartões Sicredi, assim como diferenciam os segmentos de associados através das variantes das bandeiras”, acrescenta Martinez. Atender à crescente demanda pelo dinheiro digital por parte da Classe C, seja ela rural urbana, não assusta, pois Martinez diz que o banco está preparado. “Nos últimos dois anos, o Sicredi fez investimentos significativos na reestruturação de sua operação de meios eletrônicos de pagamento, atualizando tecnologia de processamento e segurança, além da introdução do chip em seus cartões, que será complementada até o final do ano de 2011”, destaca o executivo. Esta reestruturação permite ao Sicredi ganhos de escala e escopo, definindo um novo patamar de eficiência operacional e a preparação para emissão e gestão de grandes volumes de cartões e alta qualidade no atendimento para fazer jus ao forte crescimento da demanda e do mercado de cartões para os próximos anos. “Para atender às expectativas de aumento do uso de cartões de crédito e débito a aceitação é fundamental, o associado portador do cartão tem que ter uma ampla rede de estabelecimentos comerciais para usá-lo, pensando nisso fizemos uma parceria com a Redecard. Essa foi uma grande transformação, pois tínhamos uma bandeira de aceitação local/regional e a transformamos de aceitação nacional”, revela. Segundo Martinez, o banco segue em ritmo forte de ampliação de seu negócio de meios eletrônicos de pagamento através de estratégias de expansão geográfica, crescimento, aumento de volume e distribuição de novos produtos e canais de atendimento e utilização. “O Sicredi projeta crescer sua base de associados em aproximadamente 20% e seu faturamento em 30% no ano de 2011”, ressalta o executivo. Ao contrário de outras bandeiras, o Sicredi informa sobre a importância das transações do setores de supermercados, minimercados, padarias e autosserviço, que representam aproximadamente 35% do faturamento. O diferencial do Cartão Sicredi, conforme explica o executivo, está no seu foco. “É emitido por suas cooperativas de crédito exclusivamente para seus associados, fortalecendo o sistema cooperativista e proporcionando vantagem através da disponibilidade de linhas de crédito, aceitação nacional e internacional e da concentração do relacionamento do associado junto a sua cooperativa”, diz Martinez. Esse relacionamento, com certeza implica em benefício extra para os
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Cartões de Crédito sócios cooperados. Atualmente os cartões Sicredi oferecem as funcionalidades de crédito e débito, seguro prestamista, saque cash, parcelado lojista, CDA e programa de recompensas, diz Martinez. Mas as mudanças ocorridas visavam justamente ampliar os horizontes. “A reestruturação que fizemos foi pensando grande e para estar em linha com Planejamento Estratégico do Sicredi, e entendemos que o futuro é muito promissor”, projeta o superintendente. O banco descobriu uma forma simples e eficiente de fidelização – e até conquista de novos parceiros e clientes: as promoções. “No momento o Sicredi está com a campanha nacional Força Premiada Sicredi, sorteando prêmios com base no uso dos produtos do Sicredi. A cada R$ 75 em compras com os cartões Sicredi o associado ganha um cupom para concorrer ao sorteio de caminhonetes e computadores entre outros prêmios”, lembra.
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02 Pedro da Silveira, da Coopercred, foco no autosserviço e benefícios e programa de milhagens Revista Super
{Coopercard: foco emergente} A Coopercred que administra os cartões Coopercard é a comprovação de que as boas (e eficientes) idéias não exclusividade dos grandes centros, pois podem brotar em pequenas comunidades. O diretor, o gaúcho Pedro Airton Amaral da Silveira, conta que a empresa foi criada oficialmente em 2004, oriunda de uma operação de private label dentro do Supermercado São Francisco, da região de Maringá, norte do Paraná. “Administramos atualmente algo em torno de 500 mil cartões de uma base maior que 1 milhão de cadastros, atuamos especialmente no Paraná, mas contamos com operações no Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e interior de São Paulo”, informa. Mesmo enfrentando poderosas organizações, algumas delas multinacionais, o número de transações da Coopercred aumentou, conta o diretor. “Este ano foram aproximadamente 6 milhões em nossa rede de captura própria, mas para o próximo ano a Redecard também vai capturar nossas transações”, antecipa. O faturamento no ano passado foi de R$ 220 milhões, e para este ano a previsão é de R$ 320 milhões, algo em torno de 43%”,
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acrescenta. Pedro Silveira revela que os parceiros da empresa, na sua grande maioria, são supermercados de médio e grande porte, e também as associações de supermercadistas, no segmento Private Label. “E ainda operamos com os cartões benefícios, que abrem outras possibilidades de parcerias”, destaca. Sobre a estratégia para ter sucesso no setor tendo de enfrentar alguns gigantes como os cartões Hipercard, Visa, Mastercard , o executivo revela maturidade empresarial. “A receita é buscar um crescimento consistente com os pés no chão, melhoria e atualização tecnológica constante, inovação e principalmente atendimento personalizado junto aos nossos parceiros sejam supermercadistas ou associações”, informa. As armas para competir neste mercado disputado se constituem em um portifólio que, atualmente conta com quatro produtos: Private label (aberto e flex), Vale Alimentação, Multi benefícios (consignado) e Cartão Hibrido (Transporte público e crédito no mesmo plástico). As perspectivas de crescer são ótimas e a Coopercred quer aproveitar o entusiasmo com as vendas no período de festas e a nova fase das classes emergentes, que o diretor diz conhecer bem. Pedro Silveira garante absorver a demanda. “Nosso maior número de clientes estão nas classes C, D e E já conhecemos bem este público e sabemos como tratá-los, além do mais temos atendimento personalizado aos nossos parceiros supermercadistas, o que facilita o atendimento aos usuários, bem como rapidez na solução das demandas de regularização de crédito e também reavaliação de limites”, explica. O setor de varejo (supermercados, minimercados, padarias e autosserviço) tem forte representatividade no volume de transações da Coopercred. Segundo o diretor, “considerando o faturamento global, ou seja de todos os nossos produtos, este setor é responsável por aproximadamente 70% do faturamento”, finaliza.
{Elo pré-pago} No final de setembro, segundo noticiou o jornal Folha de São Paulo, quatro meses após seu (re)lançamento, a bandeira de cartões de crédito e débito Elo, formada pelo Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal, decidiu entrar para o mercado de cartões de alimentação, refeição e pré-pago. O anúncio foi feito na ocasião pelo presidente da empresa, Jair Scalco, durante participação no 6º Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamentos, em São Paulo. Segundo Scalco, os novos cartões entrariam em operação em breve. Com isso, a rede deve acirrar a concorrência formada pela Visa, Mastercard, Sodexo, VR e Hipercard. Atualmente, a Elo dispõe de cartões de débito, crédito e múltiplos. De acordo com o presidente da empresa, 1,2 milhão de estabelecimentos no país atendem à bandeira. “Estamos preocupados
{Ticket, conceito em RH} A Ticket é uma empresa Edenred e está presente no Brasil desde 1976, oferecendo produtos que agregam facilidades ao consumidor. Assim, tornou-se referência e conquistou a liderança histórica do setor de refeição-convênio, com o Ticket Restaurante. Nestes 35 anos no país, a empresa também ampliou seu leque de atuação, lançando itens inovadores como o Ticket Alimentação, Ticket Car e Ticket Transporte. Com abrangência nacional, atende a 57 mil empresas-clientes e mais de 5 milhões de usuários, com 4,2 milhões de cartões eletrônicos em operação aceitos em uma rede de 320 mil estabelecimentos credenciados em 4,8 mil municípios brasileiros, mais de 90%, com inadimplência zero para quem recebe o tíquete. Mesmo os líderes precisam manter foco no crescimento e a Ticket busca novos produtos e parceiros para alcançar resultados que a mantenha no topo. Entre estes estão os supermercados e outras empresas do setor de autosserviços de alimentação. Julio Zancopé,
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em oferecer produtos que tenham compatibilidade com os consumidores brasileiros. Esse foi o nosso objetivo desde o lançamento e permanecerá na busca de novos produtos”, disse.
gerente de Marketing e Produtos Regulamentados da Ticket destaca que o relacionamento com este segmento é muito positivo. “A Ticket está a 35 anos no mercado, nasceu junto com o Programa de Alimentação do Trabalhador, e temos desde o princípio um olhar muito de par- 03 ceria para a rede, no sentido de levar negócios para os estabelecimentos. Há restaurantes em que mais de 60% dos negócios é a Ticket e continua crescendo. Também levamos muitos negócios para os supermercadistas, novas empresas que aderem ao sistema e que passam a dar o Ticket Restaurante, necessariamente passam a ser novos clientes dos supermercados”, explica. O executivo ressalta que a Ticket tem um orgulho muito grande em ser parceira dos estabelecimentos por participar ativamente do processo, levando negócios, novidades, propondo parcerias diferenciadas, programas de relacionamento para que possamos evo-
03 Ticket explora bem as variantes do cartão-alimentação com produto especial para o Natal
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{Promoção de Natal} Atenta às oportunidades do mercado, a Ticket também aprimora alguns produtos. Com a chegada das festas de final de ano, milhares de empresas presenteiam seus colaboradores com as tradicionais cestas de Natal. No entanto, mesmo sendo uma ação meritória, tem seus inconvenientes. A logística que envolve este reconhecimento pode ser muito trabalhosa. Além dos custos com manuseio e armazenagem, o transporte das caixas pelos funcionários na volta para casa costuma ser um incômodo. Assim, em agosto, a Ticket, iniciou a comercialização do Ticket Alimentação de Natal, que é simplesmente um cartão personalizado produzido especialmente para a data, com crédito determinado pela empresa e que pode ser usado para comprar alimentos in natura em mais de 100 mil estabelecimentos em todo o país. A expectativa é crescer 20% em 2011, gerando um volume de negócios da ordem de R$ 160 milhões. “Antecipamos a comercialização do Ticket Alimentação de Natal para que as empresas se programem e possam presentear seus colaboradores sem que isso comprometa o orçamento”, revela.
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04 Tecnologia permite à Cielo funcionar com uma disponibilidade de rede de 99,995% Revista Super
luir sempre com esse meio tão importante na cadeia produtiva. Esse sistema de gestão estratégica foi decisivo na construção do conceito de empresa e a Ticket, de produto, virou categoria, consolidando um sistema bem sucedido e uma referência no setor. “Isso também é motivo de orgulho para todos nós, pois recentemente conquistamos o Top Of Mind de RH, como a marca mais lembrada na cabeça dos gestores de RH de todo o Brasil”, lembra Zancopé.
{Cielo, gestão e tecnologia} A Cielo é a empresa líder em soluções de meios eletrônicos de pagamentos no Brasil. Como responsável pelo credenciamento de estabelecimentos comerciais, por captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das transações realizadas com cartões de crédito e débito, a Cielo intermedia as transações de várias bandeiras, entre elas algumas gigantes internacionais: Visa, MasterCard, American Express, Diners Club International, JCB (Japan Credit Bureau), Elo, Visa Vale, Aura, Ticket, Sodexo, Sorocred, Policard, Good Card, Bonus CBA, Cabal Vale, Verocheque, Cred-System (Mais!), Banescard, Sapore e Green Carr. Também são aceitos na rede os cartões de benefícios Visa Vale, Ticket® e Sodexo. A estratégia da Cielo para manter a liderança é associar técnicas de gestão com tecnologia e assim expandir suas ações. Por isso, ao longo de 2010, fechou parceria com as bandeiras regionais Aura, Sorocred, Policard e Good Card, além de uma aliança com a Dotz, uma das principais empresas de programas de fidelização no modelo de coalizão da América Latina. Em 2011, foi a vez da Cred-System, emissora de car-
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tões de crédito da bandeira Mais!, e com o Banestes (ES), emissor do Banescard. No segmento de cartões de benefícios firmou acordos com Bônus CBA, Cabal Vale, Verocheque e Sapore Benefícios. Conforme o vice-presidente da área Comercial Varejo Dílson Ribeiro, a estratégia é continuar desenvolvendo ações que deram muito certo e foram decisivas para que a Cielo conseguisse a atual participação no mercado. “Por exemplo, primeiro temos uma distribuição única. O que é isso? Temos pontos de vendas distribuídos a nosso favor, defendendo a bandeira da Cielo, de uma forma muito melhor que os nossos concorrentes, que são as agências dos nossos sócios, o Banco do Brasil, Bradesco e do HSBC. Mas só a presença não é suficiente. É preciso ter uma tecnologia que funcione, uma disponibilidade de rede de 99,995% e 100% nas principais datas do varejo”, destaca. A empresa revela que essa eficiência só é possível porque possui o mais moderno parque brasileiro de equipamentos (com média de 1,7 ano) e cerca de 1.140 milhão de estabelecimentos ativos (considerados aqueles que efetuaram transações nos terminais da Cielo nos últimos 60 dias), cobrindo 98,5% do território nacional. Dílson Ribeiro reforça o comprometimento com a inovação e promoção. “No ano passado trabalhamos muito em desenvolvimento de programas de fidelidade para manter o lojista conosco. O Cielo Fidelidade é um exemplo do investimento em inovação: inédito no segmento, considerado o maior programa de relacionamento B2B da América Latina”, explica. Em dezembro de 2010, clientes que aderiram à campanha apresentaram crescimento de 22% no faturamento, comparado com um aumento médio de 13% dos não participantes. Agora a meta é chegar a 200 mil lojistas ainda este ano. A Cielo também desenvolveu uma plataforma que permite ao lojista, oferecer ao cliente dele, portador do cartão, um programa de fidelidade. Ele consegue montar o sistema sem custo, simplesmente transacionando com a Cielo, pois paga apenas um valor muito pequeno por esta prestação de serviços, mas não precisa ter um custo interno. É o Cielo Premia”, esclarece. Além disso, conforme Dílson Ribeiro, houve um investimento muito grande também em mobilidade. “Compramos a empresa-líder no mercado em soluções para mobilidade que é a M4U e também a BrasPag, um portal de pagamentos que integra ações diversas, não só de cartão, como serviços para o cliente e que está ligada a uma estratégia muito importante que a Cielo tem, de e-commerce. Mudamos totalmente a nossa plataforma, ficou muito boa, e temos conquistado clientes por causa da nossa plataforma de e-commerce”, ressalta. Com mais brasileiros tendo acesso aos meios de pagamento eletrônico, aumenta o volume de transa-
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Cartões de Crédito ções. Mas, segundo o vice-presidente do Comercial Varejo, a empresa está preparada para atender a qualquer demanda, seja pelo crescimento da Classe C, seja pelo volume gerado pelas período de festas. “Apenas para dar uma idéia da nossa estrutura, hoje temos capacidade de processar três vezes o pico de transações que tivemos. Então, temos uma sobra de capacidade para qualquer tipo de crescimento”, revela. Dilson Ribeiro explica que a Cielo espera crescimento grande mesmo, não apenas o efeito do Natal, mas com a substituição constante do cheque e dinheiro. E também em função das mudanças no Brasil, com mais gente saindo das classes D e E, ingressando na classe C, e o upgrade da C para B e para A.
{Mobile Payment em 2012} Diante da eficiência, agilidade e preparação técnica citadas anteriormente, novos limites se impõe para a Cielo, como se fossem desafios. Dílson Ribeiro diz que a empresa tem muita sorte de estar no Brasil e atuando no segmento de meios de pagamento, porque enquanto a Europa está em crise e os Estados Unidos sem crescimento, os motores da economia mundial são os países emergentes, entre os quais o Brasil tem papel de destaque absoluto. “É o país do crescimento”, lembra. Avaliando esse quadro positivo para país, ele ressalta que já existe um base line muito forte para o cartão de crédito tradicional e grande sobra de capacidade. “Agora, há novas tecnologias surgindo e precisamos estar antenados para o mobile payment, o oferecimento de novas modalidades em e-commerce”, alerta. “Creio que o desafio mais próximo, quando se pensa em 2012, é o mobile payment, o pagamento através do celular, e não apenas para quem tem mobilidade, mas também para pessoas que não têm um volume grande de transações, que justifique pagar um POS, mas que possa ter o cartão de crédito através do seu próprio celular”, explica. Outra modalidade em estudo e que vai chegar é o cartão sem contato, sem contar o movimento forte dos cartões pré-pagos. Ele ressalta que isso torna o desafio diário. Dílson Ribeiro destaca que as parcerias são fundamentais para a expansão e por isso foram um dos focos recentes. “Com o movimento da multireferência, passamos a captar uma série de bandeiras regionais. A idéia é continuar essa ação dentro da capacidade que possuímos, com certeza a demanda é maior do que a capacidade de atender, mas temos atendido a todos que nos procuram com bastante rapidez e brevidade”, explica. Ele destaca como grandes conquistas em 2011 a entrada do Diners na máquina Cielo, que já tinha Mastercard, Visa, American Express, JCB de abrangência nacional. “E 2012 é o ano da bandeira Elo, uma nova bandeira, 100% brasileira, que será um grande sucesso, os bancos estão num processo de emissão já bastante forte”, informa.
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Todo esforço da Cielo foi compensado pelos números do balanço financeiro. Tomando por base o ano de 2010, houve um volume de transações de R$ 262 bilhões, o equivalente a 22,3% sobre 2009. “Isso representa 7% do PIB do Brasil”, aponta Dílson Ribeiro. No conjunto de relacionamentos, os setores de supermercados e autosserviço representam muito no faturamento da Cielo pelo volume de operações. Mas esse percentual é sigiloso, pois segundo Dílson Ribeiro, por ser uma empresa de capital aberto a Cielo fica impedida de revelar este tipo de dado, mas o setor representa um relevante segmento de transações para a empresa. “É importantíssimo destacar que a nossa inspiração para criar o Programa Fidelidade e o Cielo Premia foi o setor de supermercados, pois o portador do cartão costuma ir diversas vezes ao ponto de venda”, acrescenta o executivo. Como toda grande empresa, a Cielo é ambiciosa e está sempre buscando novas formas de prestar serviços. Além daqueles que oferece atualmente, há novos planos no segmento de crédito e serviços. “Como respondi antes, estamos comemorando nossa entrada no sistema mobile com o M4U e o Pago. E também o e-commerce com a BrasPag. Além disso, a Cielo tem uma nova plataforma de participação na prestação de serviços, a Borison, que atua na captura de transações relacionadas ao setor da a saúde, como autorização de exames etc”, completa Dílson Ribeiro.
{Redecard multibandeira} A Redecard é uma das mais importantes adquirentes brasileiras e opera no sistema multibandeira. Além das atividades tradicionais do segmento, oferece ainda aos clientes o pré-pagamento de recebíveis, o aluguel de terminais (POS), a consulta de cheque através dos terminais (POS), a captura e processamento de cartões de benefícios (Voucher) e de cartões de loja (Private Label). Atualmente o portifólio da Redecard conta com 26 bandeiras, entre elas, a Hipercard, maior bandeira brasileira de cartão de crédito, com cerca de 8% de participação no mercado brasileiro e 15 milhões de cartões emitidos. No terceiro trimestre de 2011, em que o novo ambiente concorrencial completou seu primeiro ciclo de um ano, a Redecard expandiu seu faturamento e base de estabelecimentos, e ampliou sua participação no mercado de meios de pagamento eletrônicos, com desafio e foco em excelência operacional e controle de custos. A companhia deu continuidade a importantes projetos voltados para a eficiência operacional, e, com isso, obteve mais integração e agilidade. Nesse período, o lucro líquido registrado foi de R$ 343,6 milhões, um aumento de 6,0% em relação ao mesmo período de 2010 e de 6,5% em relação ao segundo trimestre deste ano. A empresa revela que para se manter eficien-
celebra continuamente novas parcerias. Em 2010, foram fechados acordos com várias bandeiras, entre elas Visa, Sorocred, Coopercred, Sicredi, China UnionPay (CUP) e Avista. Já em 2011 anunciou contratos com Cred-System, Calcard, Banescard e Unik. Assim, contribui para que seus clientes alcancem novos clientes e ampliem seu volume de vendas. Também fazem parte do portfólio marcas internacionais como a norte-americana Discover, a asiática CUP e a argentina Cabal, em linha com a visão de ampla aceitação que será necessária, por exemplo, na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas de 2016. Da mesma forma foram adicionadas mais de dez bandeiras regionais. A empresa já tem iniciativas em programas de relacionamento, como o Multiplus e parceria com a Ipiranga - KM de Vantagens.
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te e, visando aperfeiçoar este valor, promoveu uma reestruturação organizacional em 2011, assegurando aos seus gestores o acesso e a interação com as diretrizes estratégicas, capacitando-os para que otimizem e mantenham alinhadas suas áreas de responsabilidade. A Redecard informa que incentiva a agilidade na tomada de decisões e dedica tempo no aprimoramento da capacidade de execução, uma combinação de vocações que a torna uma credenciadora com expertise única. Como para os demais integrantes desse setor, o crescimento da classe C e o período de festas exige estrutura para atender à demanda. A Redecard garante estar preparada e destaca que o mercado brasileiro ainda tem um enorme potencial, se comparado a outros países. No Brasil, os pagamentos com cartões respondem por 35% do total de pagamentos, enquanto esse número chega a 58% nos EUA. Isso mostra que ainda há mercado a ser explorado e novos segmentos a serem conquistados. Sendo assim, afirma que continuará investindo nos chamados novos segmentos de mercado, como saúde, educação, distribuição, venda direta, construção, entre outros. “Com relação à disponibilidade de rede, desde o início de 2010, quando quadruplicamos a capacidade de processamento de transações, a nossa taxa de disponibilidade mantém sólidos 99,992%. Hoje a infraestrutura está dimensionada para dar vazão ao volume de cinco dias de pico (Natal) de 2011, e poderia acolher todo o mercado brasileiro caso isto fosse exigido”, sustenta a empresa. A Redecard ressalta que tem DNA multibandeira e se diferencia pelo foco no cliente, segurança, inovação, eficiência, sustentabilidade. É a única credenciadora que já nasceu multibandeira e tem hoje um portfólio de 26 bandeiras entre crédito, débito e benefícios, a exemplo de Mastercard, Visa, Diners, Ticket, Sodexo e Hipercard. Reforça o foco na consolidação de um mercado de credenciamento aberto, pois entendemos que todos ganham nesta configuração e que as consequências positivas se acumulam e transformam o ambiente: * o consumidor passa a exigir mais e é correspondido, ganha conveniência e passa a contar com uma rede cada vez mais ampla e segura de estabelecimentos que aceitam cartões; * os varejistas também passam a exigir mais e se beneficiam do aumento de tráfego e fluidez de clientes em seu estabelecimento; * as empresas atuantes como componentes do sistema de pagamentos eletrônico brasileiro se aperfeiçoam para manter sua performance e sustentáveis; e * o Governo induz a formalização e a eficiência da economia de consumo, promovendo o desenvolvimento da sociedade e do país. Em busca de ampliação no mercado a Redecard
{Tecnologia via celular} A Redecard afirma ter uma visão muito particular sobre tecnologia, dedicando-se a oferecer a mais potente rede de pagamentos eletrônicos para seus clientes, os varejistas, adequando a sua rede para o uso de quaisquer canais ou mídias tecnológicas que se viabilizem no mundo. O objetivo é i trazer maior interação e conveniência aos lojistas e consumidores finais, facilitando e barateando suas transações. Assim, a empresa ressalta que, “ao invés de ser praticamente a única alternativa para a captura de transações eletrônicas, o pagamento via celular (mobile payment) no Brasil, por exemplo, deverá ser mais uma alternativa de mídia de captura.”. Portanto, destaca que as oportunidades e aplicações são muitas, praticamente ilimitadas, a exemplo do segmento de profissionais que atuam de maneira autônoma - taxistas, revendedores porta a porta, empresas de delivery, etc., onde a mobilidade é parte inerente da atividade econômica”, informa. Pensando neles, a empresa lançou, em 2007, o Redecard Móvel, solução que transforma um celular convencional num terminal da rede, viabilizando a captura de compras à vista ou parceladas com cartões de crédito convencionais. “Após experimentarmos este terminal já por um bom tempo, observamos através de medições dos fatos reais o aumento da produtividade e volume de vendas do profissional liberal, bem como a redução de suas perdas com inadimplência, bastante frequente nestes ramos em que usualmente os cheques vinham sendo mais utilizados”, relata a empresa. Hoje a Redecard já detém mais de 30 mil profissionais autônomos credenciados junto ao Redecard Móvel. A Redecard é otimista quanto ao futuro, pois atualmente os meios de pagamentos eletrônicos capturam 24% do consumo das famílias brasileiras, percentual que em 2005 era de apenas 14%. O crescimento nos últimos anos ocorre rapidamente, evidenciando que a fotografia atual ainda tende muito a crescer. Revista Super
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Festas Os supermercadistas planejam várias ações, parcerias, divulgação e promoções para confirmar as projeções otimistas e aumentar o faturamento.
Estratégias para alavancar as vendas DIVULGAÇÃO
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expectativa é de bons negócios para o setor de supermercados neste final de ano, graças às datas como Natal, Ano Novo e o verão. Mas a concorrência é forte e o tempo dos consumidores é curto. Por isso, é muito importante para as grandes redes e mesmo as unidades menores, investir em ações que possam alavancar as vendas, de olho em parte do 13º salário, que deve injetar R$ 118 milhões na economia. Para a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Associação Catarinense de Supermercados (Acats) e Associação Paranaense de Supermercados (Apras), com base em pesquisas, as projeções são promissoras. Realizada anualmente pela Abras, a Pesquisa de Natal revelou que o otimismo do setor para o Natal e Réveillon de 2011 ficou acima do registrado em 2010, quando a expectativa de crescimento nas vendas foi de 12,5%. Agora a entidade projeta um índice de 15,6%. “O final de ano é tradicionalmente o melhor período de vendas para o setor. Estamos otimistas e nossa expectativa é de superar a boa marca de 2010, pois contamos com um momento de estabilidade econômica e perspectivas de crescimento da renda do brasileiro em 2012, com o aumento do salário mínimo”, afirma o presidente da Abras, Sussumu Honda. Assim, o planejamento da loja para esse período, baseado nas ações das indústrias e na expectativa do consumidor geram resultados positivos.
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Porém, para potencializar os negócios é necessário fazer um trabalho antecipado e cuidadoso com base nos resultados das ações do ano anterior, com criatividade e atenção redobrada. Segundo a pesquisa, os supermercadistas aumentaram as compras de todos os produtos de Natal.
{Líderes} Cerveja, com 16,8%, frutas nacionais da época, com 16,3%, e refrigerante, com 16,1%, foram os produtos com maior percentual de aumento de encomendas em reais. Peixes frescos e congelados que no ano passado estavam entre os itens de menor crescimento, com 6,8% e 9,1% respectivamente, este ano apresentam uma forte recuperação com 14,2% e 15,3%. Os produtos de menor crescimento percentual de encomendas em 2011 foram peru, com 4,5%, e tender, com 3,9% em relação a 2010. Para consumidores de alto poder aquisitivo os importados são uma boa opção, despontando itens em geral (azeites, azeitonas, queijos, embutidos), com 14,0%, frutas especiais (12,9%) e vinhos (12,2%). Segundo o professor do núcleo de Varejo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Pedro Matizonkas, existem três pontos principais que devem ser levados em conta na hora de se programar para esse tipo de evento. É preciso saber o que o fornecedor vai fazer, o que o concorrente vai fazer e o que o cliente quer. O consultor indica outros pontos que devem ser minuciosamente trabalhados, como: atmosfera da
{Empolgação no Paraná} Os supermercadistas paranaenses apostam que as vendas de Natal serão superiores a 15%. A previsão de crescimento acompanha a meta nacional do setor de 15,6%, divulgada pela Associação Brasileiras e Supermercados (Abras) no final de outubro. Tradicionalmente as vendas do Sul acompanham o desempenho nacional, explica Valmor Rovaris, superintendente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras) em relato ao portal Bem Paraná. Com relação ao fato de ser a cerveja o produto a puxar as vendas no País, Rovaris acredita que no Paraná, com ênfase no mercado de Curitiba, o item tenha um desempenho igual à venda de vinhos e espumantes. O poder de renda do curitibano é maior que a média nacional, mas com o avanço da classe C as vendas de cerveja devem ter também um bom desempenho. A rede Walmart do Brasil, que atua tanto no atacado quanto no varejo, já registra vendas de panetones maiores que as do ano passado. Menos de dois meses para o Natal, o BIG e Mercadorama já comemoram crescimento de mais de 100% nas vendas de panetones, na comparação com igual período de 2010. Uma das principais redes do Brasil, a paranaense Condor planejou cuidadosamente a sua estratégia para vender mais. Por exemplo, antecipou compras. “Devido ao cenário econômico positivo em relação ao consumo, a antecipação propicia venda adicional com melhores margens. Procuramos conciliar a antecipação das compras com a disponibilização da estratégia e política de preços da indústria”, informa a diretoria. A empresa também vai recorrer às promoções, mas de produtos sazonais, que serão anunciados em tablóides e na televisão a partir do momento em que estiverem em exposição nas lojas. Sobre os itens preferenciais com força para potencializar vendas, o destaque é o crescimento estimado nas vendas de aves natalinas (chester e peru), com mais 30%, panetones (30%), espumantes e frisantes (30%), cervejas e refrigerantes (20%), eletroeletrônicos (TV, notebooks, celulares), com mais 20% e Cestas de Natal (expectativa de vender 180.000 unidades, 50% a mais, com opção de 7 modelos e preços entre R$ 28,80 e R$ 225,00).
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loja - criar um ambiente agradável com a temática da época; equipe - avaliar quantos funcionários tinha no ano passado, quantos precisará ter neste ano e como vai treiná-los; equipamentos - verificar se as câmaras frias estão em ordem, pois serão mais exigidas por conta dos congelados; áreas de preparo - procurar oferecer produtos que tragam inovação e praticidade e que gerem maior margem de lucro. Confira como esse tema está sendo desenvolvido por entidades e supermercados da Região Sul e em algumas redes nacionais.
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{Novidades Muffato} Outra rede paranaense, a Muffato, preocupa-se com a comodidade dos clientes e busca oferecer sempre novidades. Por isso, segundo a diretoria, desde o final de outubro o grupo conta com algumas linhas de panetones e os clientes já podem fazer suas encomendas antecipadas de cestas de natal. Nas lojas há um panfleto com diversas opções e preços entre R$ 13,90 até acima de R$ 500,00 (modelos Vips) e também o Kit Boas Festas e panetones – agora com o modelo trufado. As promoções acontecem em todas as lojas e setores. Para o Natal, por exemplo, os produtos da linha eletro podem ser parcelados em 15 vezes e o bazar em até 12 vezes. E se antecipar vendas é uma boa medida, para o verão a rede oferece uma linha completa de camping com produtos importados e de qualidade, com muitas novidades, como os diferentes tipos de barracas. Quanto ao visual, as lojas também estarão com decoração temática, com um portal de natal na entrada, inserindo o cliente no clima da época. {Moderação em SC} O termômetro de vendas supermercados catarinenses continua apresentando crescimento em relação a 2010, porém dentro do ano começa a ser detectada uma onda de desaceleração. As vendas cresceram 7,11% em setembro de 2011 comparado a setembro de 2010. A comparação com o mês anterior mostra crescimento de +1,30%. No acumulado, o resultado de vendas é de +7,19%. A pesquisa é da Associação Catarinense de Supermercados (Acats). Os dados foram obtidos mediante consulta em todas as regiões do Estado num levantamento da WB Telecom. O presidente da Acats, Adriano Manoel dos
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01 Espumantes e panetones são alguns dos itens que lideram as vendas no período de festas
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LARRY SILVA
Festas
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Santos, identifica um processo leve de desaceleração que pode estar chegando também ao varejo supermercadista, depois de impactar setores de bens de maior valor agregado como eletro, linha branca e periféricos. “Nossos índices continuam a refletir um bom momento vivido pelo setor, que continua valendo em termos de previsão para o restante do ano, mas já temos sinais de desaceleração consistentes verificados em grandes centros, principalmente São Paulo, que acabam determinando índices mais moderados a nível nacional”, afirma. Na visão da Acats, uma combinação de orçamentos familiares mais comprometidos mediante bens adquiridos a prazo e uma elevação acima do previsto da taxa de inflação podem influenciar os resultados de vendas do setor nos próximos meses. “Temos uma previsão de crescimento neste último trimestre e isso é histórico, porém vamos aguardar o comportamento do consumidor”, concluiu Adriano, sem projetar índices de vendas. Um componente decisivo no último bimestre do ano, segundo a Acats, será a decisão de gasto do 13º salário dos trabalhadores, que normalmente é pago em duas etapas. “A tradição diz que os brasileiros, em sua maioria, usam a primeira parcela para quitar dívidas e a segunda para as compras de final de ano e estamos torcendo que esta tendência se mantenha”, conclui Adriano do Santos.
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02 No Sul: Antônio Cesa Longo, da Agas, diz que será o melhor Natal de todos os tempos Revista Super
{Cereal faz promoções} Com sede em Caçador, a rede de Supermercados Cereal preparou-se com antecedência para o período festivo mais importante do calendário. Segundo a gerente de marketing Ana Luisa Marini, as compras para esse período já estão sendo feitas há tempos. “Desde o dia 2 de novembro as lojas já estão com panetones à venda, assim como as cestas personalizadas. As compras de mercadorias são
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programadas, com base no que os clientes pedem”, explica a executiva. Quanto aos itens preferenciais para potencializar as vendas, a rede Cereal procura ser competitiva e deixar as lojas completas em relação aos produtos típicos para a época. “Mas potencializamos as vendas nas aves, bebidas e panetones”, afirma Ana Luísa. Além disso, há preocupação com o custo. “Cuidamos para que nossos preços sejam os melhores da região! Temos também um catálogo com 20 cestas, com os mais variados produtos e valores, para satisfazer a todos os clientes”, informa. A rede Cereal também adota outras providências para atingir seus objetivos. Ana Luísa confirma o investimento em publicidade, tantos no catálogo de cestas, como nos panfletos – dois em dezembro -, como propagandas em rádios AM/FM da região. Outro destaque fica por conta da fidelização dos clientes. “Sempre distribuímos brindes nessa. Acabamos de sortear um carro 0km em outubro desse ano, e já estudamos a possibilidade de sortear outro no ano que vem”, informa a gerente. Há também cuidado especial com a decoração natalina das lojas e parcerias para potencializar determinados produtos da época (panetones, chocotones, aves, bebidas).
{Agas: o melhor Natal} O sentimento é de otimismo nas vendas dos supermercados gaúchos para as festas de fim de ano. Segundo o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, “a ampliação do mix de presentes e o aumento do volume de compras dos consumidores em categorias como bebidas, carnes e panetones deverão resultar em crescimento de 8,4% nas vendas de Natal e Ano Novo, fazendo deste fim de ano o melhor de todos os tempos em faturamento”, destacou. O dado foi apurado pelo Instituto Segmento Pesquisas, em estudo encomendado pela Agas para saber a percepção dos consumidores e dos supermercadistas para as festas de final de ano em 2011. Conforme o levantamento, os supermercados conquistaram definitivamente seu espaço como opção de local de compras de presentes. Segundo Antônio Cesa Longo, de cada três produtos adquiridos para as festas, dois serão comprados em supermercados. “Os gaúchos buscam cada vez mais a comodidade de comprar os presentes e os produtos para a ceia em um só lugar. A variedade de opções do mix, a proximidade de casa e as facilidades nos meios de pagamento serão fatores decisivos para a escolha dos supermercados”, prevê. Dos 19 produtos analisados, 12 vão ser comprados majoritariamente em supermercados. E nesse contexto, dos R$ 7,5 bilhões a serem injetados na economia gaúcha pelo 13º salário, segundo estimativas da Agas, cerca de 20% serão
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Festas absorvidos pelo setor e 98% dos consumidores ouvidos pretende dar algum presente. Do total adquirido, 27% serão comprados em supermercados, ao valor médio de R$ 134,00. E considerando-se as 19 categorias analisadas, em média, 43,2% dos gastos totais dos gaúchos com as festas de final de ano vão ficar nos caixas dos supermercados.
{Faturamento/Destaques} Do total de empresários entrevistados, 65% pretendem fazer algum tipo de promoção. A comercialização de produtos voltados às festas de final de ano vai representar 20,7% do faturamento total do setor em dezembro. Os produtos que deverão puxar o crescimento das vendas de fim de ano são (*): roupas (+ 13,3%), cervejas (+9,9%), refrigerantes (+8,3%), panetones (+8,2%), eletroeletrônicos e carnes (+8,0%), champanhes/espumantes (+7,6%), alimentos (+7,4%), peru/chester/pernil (+6,6%) – (*) em relação ao fim de ano de 2010. A indústria de panetones projeta um aumento
BIG inova ao lançar coleção de moda verão 2012
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Uma verdade começa a ser consolidada no varejo: passou o tempo em que supermercado era local onde o consumidor ia para comprar arroz, feijão e alguma bebida. O mesmo estabelecimento evoluiu, diversificou seu estoque e investiu em novos segmentos, como o de confecções, que vem ganhando destaque nas gôndolas. Oferecendo produtos de qualidade garantida e com preços 15% mais baixos do que as lojas especializadas, o Walmart Brasil alinha-se com esta nova realidade. E para potencializar vendas em uma época especial, a bandeira BIG fugiu do convencional e inovou em sua estratégia para conquistar clientes. No último dia 17, no aprazível Palermo Hollywood Resto Bar, no coração da Zona Leste de Porto Alegre, o hiper lançou a sua Coleção Primavera-Verão 2012 seguindo tendências internacionais. “Realizamos pesquisas em viagens e acompanhamento de desfiles e participamos de workshops com a equipe da ASDA, filial do Walmart no Reino Unido e responsável pela licença da marca George”, explica César Roxo, diretor comercial têxtil.
{Garantia} Os produtos da coleção são fruto do trabalho de uma equipe de 60 profissionais da área têxtil do Walmart, incluindo uma equipe exclusiva de designers. Segundo Roxo, a moda de supermercado vem aumentando seu “share” e cresce de 10% a 15% ao ano e prevê manter esse índice para 2012. Ainda segundo o executivo, o preconceito com a roupa de supermercado vem diminuindo em função da qualidade das peças, das marcas comercializadas, do preço baixo e de uma novidade: a garantia. Há cerca de um ano o Walmart Brasil lançou a campanha “100 Dias Qualidade Garantida” para reforçar junto aos consumidores a qualidade dos seus produto têxteis. A rede oferece a troca em até 100 dias de roupas das marcas próprias George 725, Simply Basic, Simply Basic Plus e Atletic Works. Na rede também são vendidas marcas famosas como Suwari e Fata Surf. Por isso, seja como opção de presente para Natal ou uso durante o verão, o consumidor pode conferir no BIG as peças das coleções Back do 70, Reinventando o Navy, Color Blocking, e Romântico. Como complemento, na apresentação foi reservada uma área para estética e beleza da mulher, com degustação, orientação e venda de produtos. Revista Revista Super Super SulSul {Out./Nov. {Out./Nov. dede 2011} 2011}
de 12% a 15% na comercialização dos tradicionais pães de Natal. “O gaúcho é o maior consumidor per capita de panetones do País, e desde o ano passado os fornecedores estão investindo em novos sabores e produtos de maior valor agregado”, aponta Longo. Para os gaúchos, de ruim mesmo, apenas a questão do aumento da carne bovina. “Com a falta do produto, a elevação no preço da costela poderá chegar a 15% no próximo mês, mesmo com o aumento da importação da costela uruguaia”, afirma Longo.
{Grandes redes: ofertas} Consumido o ano todo e presença confirmada na virada do ano, o espumante é o “rei da festa” e se consolida também no Natal, tanto como destaque na mesa ou como presente. Se as projeções das lojas BIG e Nacional se confirmarem, este será o melhor fim de ano do produto. “A menos de dois meses do Natal, as vendas já superam em 20% os números de igual período de 2010”, festeja Moacir Luiz Macioscik, gerente comercial da rede. Um detalhe importante a ser considerado é que de toda variedade vendida, 95% são de marca nacional, com preços que atendem a todos os públicos e bolsos, a partir de R$ 10,00. A rede Walmart também vende nas bandeiras BIG, Nacional e TodoDia, a marca própria é uma opção de qualidade e preço baixo. As grandes redes realmente querem “fazer a festa”. O Grupo Pão de Açúcar, por exemplo, reforça os estoques para um Natal recheado de panetones, espumantes, opções para ceia de natal, além de um sortimento completo (260 itens) para decoração e variedade de presentes para toda a família (eletroeletrônicos, telefonia, áudio e vídeo, portáteis etc), confirmando que o supermercado transformou-se em um grande e variado centro de compras. Por exemplo, para parentes e amigos que adoram uma novidade high tech, o Extra oferece um catálogo completo nessa área. A expectativa é crescer em vendas na ordem de 20% em eletroeletrônicos. O segmento de telefonia, com destaque para os Smartphones e celulares dual chip e com novidades em aparelhos e mecânicas promocionais como Compre e Ganhe, a categoria espera crescer 25% sobre 2010. A rede traz com exclusividade o celular Huawei, dual chip que já vem com um chip Claro e um cartão de recarga de R$ 12,00, vendido no conceito self service: é retirado da gôndola pronto para sair falando. Para os antenados, ótima opção é o Smartphone Samsung Galaxy 5, da TIM. “Com produtos diferenciados, esperamos crescer mais de 30% se comparado ao mesmo período de 2010”, avalia Milton Hummel, gerente comercial do Grupo Pão de Açúcar.
Brasil sem Miséria
A
s oportunidades de emprego nos supermercados e na construção civil e o estímulo ao aumento da produção da agricultura familiar marcaram o lançamento do Brasil Sem Miséria no Sul, a quarta região a se aliar formalmente ao Governo Federal na meta de superação da extrema pobreza no País. O compromisso já foi assumido por governadores e prefeitos do Nordeste, Sudeste e Norte. No dia 14 de outubro, em Porto Alegre, a presidenta Dilma Rousseff, ministros, governadores, prefeitos e empresários anunciaram mais uma série de iniciativas do programa. Uma das novidades é a compra de sementes da agricultura familiar para distribuir a outros agricultores muito pobres, principalmente indígenas, quilombolas e assentados da reforma agrária. Como primeira medida o governo vai adquirir 53,5 toneladas de sementes de milho de 400 de agricultores familiares de três cooperativas: Coarpa (SC), Bionatur, (RS), e Coofaeco (PR). “Todos ganham com esse projeto. Por um lado, aumenta a produção no campo, com produtos de boa qualidade, e os supermercados podem oferecer alimentos diversificados. Por outro, a população tem acesso a mais alimentos, bons e com preços mais baixos”, argumenta a ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Parcerias
No Sul, também foi formalizada com as associações de supermercados da região a parceria já assinada com a entidade nacional do setor, a Abras. As ações que envolvem o varejo foram apresentadas em duas grandes frentes: a primeira, incentiva a comercialização de produtos da agroindústria familiar, da economia solidária e de comunidades tradicionais nas gôndolas das lojas, e a segunda, estimula o setor a oferecer qualificação profissional e promover mais oportunidades de trabalho para o público do Brasil Sem Miséria. Participaram da assinatura do acordo, os vice-presidentes da Abras e presidentes da Agas, Antonio Cesa Longo e Pedro Zoanir Zonta, da Apras e o presidente da Acats ( associação de Santa Catarina), Adriano Manoel dos Santos, dentre outros executivos do setor. Segundo Pedro Joanir Zonta, a relação do setor com o Governo Federal vem se fortalecendo a cada ano. “Esta é uma grande oportunidade para o setor ampliar suas relações com os demais setores
da economia e mostrar que seu potencial pode ser revertido em soluções para um Brasil com menos desigualdades”, completa. Em outro acordo, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (Cbic) e a União desenvolverão em conjunto ações de qualificação profissional e inserção no mercado de trabalho para os participantes do programa. A parceria envolverá 61 entidades do setor em todo o País.
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Supermercados apoiam inclusão produtiva urbana e rural
Compromisso
Durante o evento na Assembleia Legislativa gaúcha, o Governo Federal, os governadores do Paraná, Beto Richa; do Rio Grande do Sul, Tarso Genro; e de Santa Catarina, Raimundo Colombo; e representantes das associações de municípios assinaram termo de compromisso para superar a miséria na região. O objetivo é retirar da extrema pobreza 716 mil brasileiros da Região Sul. Nos três estados, 61% da população mais pobre estão na área urbana. No País, a meta é atender 16,2 milhões de pessoas (4,3% delas no Sul), com transferência de renda, acesso a serviços públicos nas áreas de educação, saúde, assistência social, saneamento e energia elétrica, e inclusão produtiva. Numa ação específica para o Rio Grande do Sul, o MDS assinará com o governo convênio para construir 3,4 mil cisternas para armazenamento de água das chuvas, investindo R$ 7,8 milhões. Os reservatórios contemplarão famílias de 13 municípios que sofrem longo período de estiagem. O governo gaúcho lançou em junho um programa específico de superação da miséria, o RS Mais Igual. Uma das ações é a complementação de R$ 50 para os beneficiários do Bolsa Família extremamente pobres (renda de até R$ 70,00/pessoa) e que participem de cursos de formação, qualificação e escolarização. A iniciativa prevê ainda microcrédito, assistência técnica e acesso a serviços públicos.
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Região Sul
População em extrema pobreza Paraná...............................................306.638 Rio Grande do Sul...................................306.651 Santa Catarina.....................................102.672 Total................................................715.961 Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2010 Revista Super
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SUL EM FOCO
Por Ivan Michaltchuk
Embalagens para alimentos: um investimento que gera lucros ou um custo que só traz desperdícios?
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E
m quase 20 anos de íntima ligação com o setor produtivo de embalagens para alimentos, tenho vivenciado o crescimento deste segmento e os pesados investimentos que as indústrias tem realizado em P&D para oferecer ao mercado embalagens mais criativas, seguras, ecologicamente corretas e que atendam aos padrões legais de identidade e qualidade. Numa abordagem mais ampla, vamos considerar neste pequeno ensaio todos os materiais aprovados para contato direto com alimentos, sejam eles in natura, processados ou prontos para o consumo. Estou me referindo às embalagens celulósicas, vítreas, metálicas e plásticas. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) regulamenta e atualiza constantemente a legislação pertinente ao assunto, normatizando os padrões de qualidade para manter a segurança dos alimentos. A RDC-27 de 06.08.10, dispensou as embalagens da obrigatoriedade de registro sanitário naquele órgão. Mas, o documento que garante o cumprimento dos requisitos mínimos estabelecidos em lei chama-se “Laudo de Atoxidade”. Funciona da seguinte forma: a indústria desenvolve uma nova embalagem e mesmo antes de comercializá-la, encaminha algumas amostras a um laboratório credenciado, juntando um memorial descri-
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tivo sobre o tipo de material, aplicações e grupos de alimentos que entrarão em contato direto com a mesma. Esta análise é feita seguindo uma metodologia padrão e utiliza produtos que simulam os alimentos (simulantes), temperaturas e tempos de contato pré determinados para avaliar a migração de resíduos que poderá ocorrer do material de embalagem para o simulante. Além disso, a análise também pode ser feita sobre a presença de odores estranhos, pigmentos e metais pesados. A conclusão do laudo de acordo com a legislação para aquele tipo de material é que vai garantir sua aplicação segura em alimentos. Portanto, ela precisa estar dentro das normas para ser aprovada. Como sabemos, a embalagem é parte integrante da cadeia produtiva de alimentos. Trata-se, de um processo composto por várias fases que se inicia na escolha dos fornecedores, matérias primas de qualidade, transporte, recebimento e armazenagem adequados, terminando na correta manipulação. Aqui entra em cena a RDC 216/04 - Regulamento técnico sobre boas práticas para serviços de alimentação. De nada adianta, portanto adotarmos uma embalagem segura se o alimento já estiver comprometido em sua qualidade. Lembre-se: embalagem não é UTI. Ela apenas mantém por mais tempo a qualidade que o alimento possui no momento do envase e não vai melhorá-lo. Infelizmente, tenho constatado que estas informações nem sempre chegam aos profissionais que compram e utilizam estes materiais. Muitos sequer
questionam seus fornecedores solicitando cópia do Laudo de atoxidade, como forma de garantir a qualidade e a saúde de seus clientes. Pior é que muitas indústrias também não tem a preocupação de providenciar esta documentação. Qual o comprador que já não ouviu de seu gerente ou diretor que o valor “gasto” com embalagens está muito alto? Que precisamos reduzi-lo pois estamos em fase de “contenção de despesas” e por aí vai... Se esta é a visão que você tem, este artigo servirá para conduzi-lo à uma reflexão prática: embalagem é custo ou investimento? Se você respondeu que é apenas custo, provavelmente a qualidade das mesmas está muito abaixo dos padrões mínimos determinados por lei. Não existe mágica. A equação é muito simples: assim como um automóvel importado “top de linha” tem um valor agregado que é justificado pelo conjunto de benefícios que o mesmo oferece, as boas embalagens seguem este princípio. Se o foco for somente preço e você trocar de fornecedor procurando apenas um produto similar que atenda sua necessidade, muito provavelmente estará recebendo embalagens produzidas com matérias primas questionáveis, espessura e resistência inadequadas, quantidades em desacordo com o prometido e isto vai aumentar seu custo final, pois o lote não será totalmente aproveitado. Tenho encontrado bobinas de filme PVC inacabadas no lixo, bandejas novas e quebradas, embalagens diversas descartadas sem uso e a alegação de manipuladores e embaladores é sempre a mesma: “o filme arrebenta, a bandeja quebra no embalamento, a tampa não fecha direito” e etc. Muitas vezes nos enganamos imaginando que estamos economizando, mas na ponta do lápis esta falsa economia vai corroer nossa margem operacional. Vamos à um exemplo prático: muitas empresas utilizam caixas de papelão para acondicionar pizzas, salgados e outros alimentos. Pois bem, A RDC 216/04 em seu item 4.1.17 estabelece que “As superfícies dos equipamentos, móveis e utensílios utilizados na preparação, embalagem, armazenamento, transporte, distribuição e exposição à venda dos alimentos devem ser lisas, impermeáveis, laváveis e estar isentas de rugosidades, frestas e outras imperfeições que possam comprometer a higienização dos mesmos e serem fontes de contaminação dos alimentos”. A pergunta é: papelão é liso, impermeável e isento de rugosidades? Se você respondeu “NÃO” está correto. Neste caso e de acordo com a lei, estas embalagens não poderiam conter alimentos, salvo no caso de serem revestidas de uma camada metalizada ou plástica. Então, todo cuidado que você teve em todas as fases anteriores fica comprometido pela utilização de um material não permitido para este fim. Mas, o inverso também é verdadeiro: a escolha de bons fornecedores, a aquisição de embalagens cer-
tificadas, criativas e adequadas, que funcionem como um “vendedor silencioso” para o produto, as condições corretas de armazenamento e manipulação e uma supervisão mais efetiva na aplicação destes materiais, irão garantir não somente uma venda maior como um desperdício menor. Apenas como contribuição, seguem algumas legislações pertinentes ao tema, além das já citadas acima: - Instrução Normativa 49/06 do MAPA/DIPOA: Dispensa a obrigatoriedade do laudo AUP (Autorização para Uso em Produtos); - Resolução 105/99 da Anvisa: Estabelece disposições para embalagens, equipamentos e utensílios plásticos que irão entrar em contato direto com alimentos; - RDC 91/01 da Anvisa: Determina critérios gerais para embalagens e equipamentos em contato direto com alimentos; - RDC 17/08 da Anvisa: Altera a lista positiva de aditivos para materiais plásticos, destinados à elaboração de embalagens e equipamentos para contato direto com alimentos - Resolução 51/10: Dispõe sobre migração em materiais, embalagens e equipamentos plásticos destinados ao contato direto com alimentos.
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A partir destas informações, creio que todos já se deram conta da enorme responsabilidade que os profissionais do varejo alimentício possuem. As decisões sobre esta questão precisam ser maduras, respeitar a legislação aplicável e principalmente maximizar os valores investidos pela empresa para acondicionar, expor e vender alimentos. Relembrando: embalagem não é custo, é investimento. Nossos leitores do Paraná tiveram uma excelente oportunidade para debater este assunto, adquirir novos conhecimentos e trocar experiências. No dia 22 de novembro aconteceu no Teatro TUCA da PUC-PR a etapa Curitiba do Fórum Brasileiro sobre Segurança dos Alimentos. Este evento teve palestras sobre o tema, proferidas por profissionais de renome nacional, que apresentaram novidades nas áreas de embalagens, higienização, legislação sanitária e terminou com a palestra do Dr. Roberto Figueiredo (Dr. Bactéria). Para maiores informações sobre eventos, acesse www.msiconsultoria.com.br e faça sua inscrição. Não perca tempo, pois as vagas são limitadas. Até a próxima... Ivam Michaltchuk é Diretor Técnico da MSI Consultoria Organizacional e Consultor da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), ivam@msiconsultoria.com.br; www.msiconsultoria.com.br Revista Super
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Empresa
Tradição com qualidade e preço.
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E de olho no futuro!
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01 Ugo Dalpiaz conta que o início foi difícil e que hoje a tecnologia facilita o serviço Revista Super
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município de Osório (RS), distante 95 quilômetros da capital Porto Alegre, tem vocação para o comércio desde o final do século XVII, quando a faixa litorânea tornou-se conhecida pelos paulistas e lagunenses que por ali passavam em busca de gado. O nome é uma homenagem ao Marechal Manoel Luiz Osório, patrono da Cavalaria Nacional, filho da terra. A região, de influência açoriana, ao longo do tempo passou a ter uma diversidade étnica com a presença de italianos e alemães. Foi nessa cidade hospitaleira que a família Dalpiaz decidiu fincar raízes e traçar o rumo de sua história de quase meio século no varejo. “A primeira loja dos Supermercados Dalpiaz foi fundada em 14 de setembro de 1966, com mais ou menos doze funcionários”, lembra o diretor financeiro Ugo Dalpiaz. Conhecida como a Terra dos Bons Ventos pela geração de energia eólica, Osório está situada ao pé da Serra do Mar, tem um clima subtropical úmido e temperatura média de 20º C. É o centro de entrada para o Litoral Norte gaúcho, pois fica estrategicamente localizada entre a capital e Torres, marco de saída do Estado. Assim, além de abrigar seus 40 mil habitantes em 663 km², é cenário por onde todos os anos circulam milhares de turistas uruguaios, argentinos e gaúchos. Um ambiente propício ao comércio, mas não foi fácil para os Dalpiaz no início, segundo relata o diretor. “Tínhamos um pequeno atacado de cereais que não estava se desenvolvendo como gostaríamos, pois sofríamos a concorrência de grandes empresas da capital e até algumas de Santa Catarina. Os supermercados na época estavam ainda engatinhando, mas notava-se uma forte tendência expansionista para o ramo”, conta Ugo Dalpiaz. Era uma aposta arriscada, mas o grupo decidiu enfrentar o desafio. “Resolvemos então aventurar-nos nesta empreitada. O numero de sócios era maior do que o atual, pois já não estão entre nós os irmãos José, Luiz e André que também faziam parte da empresa”, recorda. Restam hoje Pedro João Ferrari, diretor comercial, Ugo Dalpiaz, diretor financeiro e administrativo e Gilberto Dalpias sócio - este último,
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advogado, não atua na administração da empresa. Apesar de ser rota intensa para as praias e o centro do País, na época Osório ainda tinha um ar bucólico de cidade pequena e forte atuação rural. Segundo Ugo Dalpiaz, o público comprador era composto da mesma forma que a população de Osório, ou seja, de agropecuaristas orizicultores, funcionários públicos e comerciantes. A vida do comerciante também era mais trabalhosa. “As entregas de mercadorias eram feitas pelas indústrias, por transportadora e por vez, buscávamos os produtos em Porto Alegre e região metropolitana. Tudo era mais difícil e mais demorado do que hoje”, compara.
{Evolução, novas lojas e tragédia}
As relações comerciais também evoluíram, mas naqueles tempos iniciais as vendas eram realizadas na sua maior parte à vista. “Uma pequena fatia, através de convênios e mais adiante cheque pré-datado. O caderno já tinha sido abolido”, recorda Ugo Dalpiaz. A boa administração estimulou a primeira fase de expansão com a abertura de novas unidades. “Nossa segunda loja foi aberta em 1973 e a terceira no ano de 1985. A quarta demorou um pouco mais e só foi inaugurada em 2001”, informa o diretor. Atualmente a empresa tem 183 funcionários. A força de uma empresa é forjada nas conquistas do dia a dia, nas grandes ações, mas também na superação de desafios e tragédias, como lembra Ugo Dalpiaz. “A maior dificuldade encontrada pela empresa foi em 2005 quando, no dia 1º de novembro, um incêndio de grandes proporções praticamente transformou em cinzas nossa loja matriz, que além de deter toda a documentação fiscal contábil e trabalhista da firma, ainda era a loja onde as vendas eram concentradas, representando cerca de 48% do total”, conta. Segundo Ugo Dalpiaz, o prejuízo foi enorme e a reforma total da loja até colocá-la em funcionamento novamente custou em torno de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais). “Para uma empresa do porte da nossa isto é um valor muito significativo. Com muito esforço, muito trabalho e
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com apoio da comunidade de Osório e região conseguimos recuperar o ponto e hoje é novamente a loja que mais fatura, alem de ser a mais moderna e atualizada”, explica o diretor.
{Gestão, atendimento e expansão}
Como vários distritos conseguiram emancipação política nos últimos anos, Osório ainda é considerada uma cidade pequena - 40 mil habitantes. Por isso Ugo Dalpiaz ressalta que os supermercados da rede não trabalham com nicho especifico de mercado. “Nossa clientela é bem variada, atingindo todas as classes. Nossa estratégia de vendas baseia-se no atendimento e na qualidade dos produtos sempre pelo melhor preço possível”, revela A forma de administrar negócios muda de tempos em tempos e torna-se indispensável modernizar os sistemas. Ugo Dalpiaz revela que “a gestão é familiar, mas já faz falta um ou mais profissionais mais qualificados, para que a empresa possa desenvolver-se e aproveitar melhor as tecnologias existentes atualmente no mercado”. Assim, a rede vive uma fase de transição para se adaptar aos novos tempos. E esses novos tempos têm foco no futuro, seguindo o caminho do crescimento. “Nossa
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história não termina aqui”, ressalta Ugo Dalpiaz com ênfase de empreendedor. Ele, que também é diretor da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), está animado com as perspectivas para a companhia. “Temos planos para o futuro em termos de expansão, reforma e melhorias nas lojas. Se tudo der certo como estamos desejando, o ano de 2012 talvez seja o de maior volume de investimento de nossa empresa”, destaca. Com quase 50 anos de atuação (e tradição), o que leva a rede Dalpiaz a ser otimista é sua certeza de estar desenvolvendo um bom trabalho. “O que mais nos orgulha é a confiabilidade conquistada junto a nossos fornecedores e clientes”, completa Ugo Dalpiaz.
02 A empresa de Osório revela que em 2012 vai investir em expansão e melhoria da rede
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DE OLHO NO CAIXA
Sérgio Simonetti Por Sérgio PorRicardo
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Quer se diferenciar dos concorrentes?
Então pense diferente. N
as últimas semanas a morte do genial Steve Jobs, fundador da Apple, esteve presente em todas as mídias possíveis e fez com que a discussão sobre temas recorrentes como Inovação, Diferenciação e Criatividade, voltassem a nossas palestras e cursos. Na verdade sáo temas que nunca devemos perder de vista, pois as tecnologias e os investimentos estáo cada vez mais acessíveis e isso torna a concorrência de mercado muito mais próxima e ainda mais democrática. Então, o que podemos fazer para sermos diferentes dos concorrentes? Um bom caminho é mudarmos a forma de pensar e agir nos negócios, rever nossas convicções e consequentemente as decisões que tomamos. É preciso então mudar “as perguntas”, sair da “caixinha”, olhar o que está acontecendo do lado de fora dela, do lado de fora do “mundinho” que vivenciamos todos os dias, olhar fora de nosso segmento de Mercado, fora de nossa região e país, fora das mesmas mídias, etc… Jobs foi um exemplo para
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todos nós empresários, no que diz respeito à obsessão em proporcionar sempre a melhor experência possível a seus clientes. Isso se refletia no design de seus produtos, sempre diferente de seus concorrentes, na forma sempre amigável de interagir com seus produtos, nas soluções exclusivas oferecidas por sua empresa e em outros detalhes não percebidos a olho nú, mas que facilitam muito nossas vidas em seus produtos. E você o que está fazendo de diferente para seus clientes ? O que só seus clientes tem? O que só sua loja oferece? Como pretende fidelizar seus clientes? Se você quer ter uma empresa inovadora é preciso cultivar essa cultura, incentivar os funcionários e clientes a falarem, reclamarem, apresentarem idéias “malucas”, mas claro que tudo sob uma metodologia própria para poder tirar proveito disso. Observe o cenário supermercadista atual, praticamente todos utilizam sempre as mesmas ferramentas de marketing, sempre os mesmos argumentos de vendas e, permitam o tracadilho, os mesmos “diferenciais”. Acomodamos com as mesmas mídias tradicionais, os mesmos panfletos, outdoors, jornais, TV’s, rádios e muitas promoções de preços. Se todos fazem as mesmas coisas, a diferenciação fica somente por conta da “guerra de preços”. Mas até onde conseguimos abrir mão das
"Jobs foi um exemplo para todos nós empresários, no que diz respeito à obsessão em proporcionar sempre a melhor experência possível a seus clientes."
DIVULGAÇÃO
margens para sermos “mais baratos” que nossos concorrentes? Claro que isso também é fruto da cultura imediatista e extremamente tática que nos envolve a gestão do varejo, importante claro, para os resultados imediatos porém perverso a longo prazo. Mas não temos outras formas de ser táticos? Também podemos ser táticos nas redes sociais, com promoções relâmpagos, promoções exlcusivas, vendas na web e divulgação de preços, e também podemos ser táticos com vendas por catálogo ou porta a porta, porque não? Agora, precisamos “matar um leão todos os dias”? Sim precisamos, mas nossa vida pode ser menos dificil do que já é. Alguém em sua organizaçao precisa dedicar tempo e energia ao planejamento, as ações estratégicas e inovadoras, esse era o papel de Steve Jobs em sua empresa e ele fez a diferença. Vamos mudar as perguntas, então ? O que nossos Shoppers (clientes dentro da loja) querem de minha loja? Porque eles compram comigo? Porque eles não compram comigo? Como eles pensam e decidem dentro da loja? Como eles reagem a nossos estímulos, como mudanças de lay out e sinalizações nas lojas? Temos empregado ferramentas cada vez mais sofisticadas em nossas pesquisas comportamentais dentro e fora de lojas (etnográficas), em busca dos detalhes que possam fazer a diferença e nos trazer um melhor entendimento do processo de vendas e de quem traz os resultados para nosso caixa, os clientes. Tudo isso sempre em busca de uma oportunidade nova que possamos desenvolver para proporcionar uma melhor experiência com os produtos e lojas de nossos clientes. São nesses detalhes que podemos nos diferenciar. Com o fortalecimento da classe C, temos estudado cada vez mais a fundo as classes sociais e suas mobilidades, e vemos que muitas empresas tentam desenvolver uma solução ou produto específico para algumas classes, sem levar em consideração muitas vezes um princípio básico desses públicos, o aspiracional de terem ou serem como a classe superior a que estão. Assim pergunto, a classe C só quer produtos mais baratos? Ela troca sua marca de confiança por uma centavos mais barata? Nossas pesquisas indicam que não. Eles também querem algum conforto, prestígio e atenção e também estão dispostos a pagar um pouco mais em algumas categorias, para manter a marca e resultados que já conhecem. Então, ao invés de focarmos somente em produtos mais baratos ou com “cara mais sim-
ples”, porque não oferecermos uma loja mais confortável, uma experiência melhor de compras, marcas tradicionais, produtos diferenciados, um atendimento personalizado? Quanto investimos no marketing de relacionamento com nossos clientes, para garantirmos uma boa frequência de re-compras em nossas lojas? Com o excesso de informações que temos hoje, proporcionado principalmente pelo acesso a internet, a fidelidade às marcas e lojas estão ameaçadas. É um discurso velho, verdade, mas realmente é mais barato manter um cliente do que conquistá-lo., mas a novidade é que agora ficou ainda mais barato, com as várias ferramentas que a web nos proporciona e o mais interessante, poucos concorrentes o fazem. Essa é sempre uma boa estratégia de bloqueio de concorrência, mantermos nossos clientes por perto, interagir com eles o máximo que pudermos, para não deixá-los experimentar a concorrência. Ninguém aqui esta defendendo a idéia de abandonar tudo que é feito hoje, que fique bem claro, mas estamos fazendo um convite para que você reserve alguns minutos de seu “turbulento” dia para exercitar o pensamento “fora da caixa”. É aquela história, não dá para ter resultados diferentes fazendo sempre tudo igual.
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Sérgio Simonetti é professor e consultor da FGV e sócio diretor da Ânima Inteligência de Mercado e da Praxis Mobile e Social Marketing – email: artigos@animainteligencia.com.br Revista Super
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Eventos
Feira da Acats confirma bons negócios Mostra do Grande Oeste Catarinense recebeu quase 4 mil visitantes que proporcionaram negócios de R$ 6,4 milhões.
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O
setor supermercadista catarinense esteve em evidência na última semana de outubro, quando foi realizada a 13ª. Feira de Negócios do Grande Oeste, nos dias 23 e 24 no Parque de Exposições Rineu Granzotto, em São Miguel do Oeste. O evento promovido pela Associação Catarinense de Supermercados (Acats) recebeu 3.850 visitantes que proporcionaram geração de negócios de R$ 6,4 milhões. Participaram da feira 70 expositores de produtos, serviços e equipamentos para supermercados. Embora o número de visitantes na edição deste ano tenha ficado um pouco abaixo da expectativa, segundo os organizadores, a quantidade não foi o referencial mais importante da feira. “O que aconteceu este ano foi que tivemos um público mais qualificado, formado em sua maioria de compradores e esse é o nosso foco principal”, afirmaram os diretores Eulo Centenaro e Francisco Crestani. Outro aspecto considerado pela organização é de que praticamente a metade dos expositores participaram da feira pela primeira vez, a maior parte deles, considerado de pequeno porte. Conforme a estimativa dos organizadores, a fase do pós-evento ainda se prolonga por mais 60 dias depois do término da feira. “Em função desta característica, acreditamos que o volume de negócios possa até ser mais expressivo”, completa o Diretor Executivo da Acats, Antonio Carlos Poletini. No final do evento foi realizado o sorteio da premiação para os supermercadistas que fecharam negócios durante a feira. Cada R$ 500,00 em compras rendeu um cupom para concorrer a prêmios. O ganhador da moto 125cc 0km foi o Supermercado Zarpelon, de Videira, enquanto que os notebooks foram sorteados para o Supermercado Barp e o Supermercado Veneza.
Prestígio
Várias autoridades prestigiaram a solenidade de abertura, como o prefeito de São Miguel do Oeste, Nelson Foss da Silva, o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, supermercadista Wilson Trevisan, representante do Governador de SC, Raimundo Colombo, deputado estadual Maurício Skudlark, representante do presidente da Assembléia Legislativa de SC, deputados Gelson Merísio e Mauro de Nadal, o vereador Flavio Ramos, presidente da Câmara de Vereadores de SMO, o presidente do Sistema Fecomércio-SC, Bruno Breithaupt, Ivan Revista Super
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Tauffer, vice-presidente da FCDL-SC, presidente da Acismo (Associação Comercial e Industrial de São Miguel do Oeste, Airto Moss, e o secretário de Desenvolvimento Econômico do município anfitrião, Carlos Grassi. A diretoria da Acats representada pelo presidente Adriano Manoel dos Santos, o presidente do Conselho Deliberativo, Atanazio dos Santos Neto, o vice-presidente Regional do Extremo Oeste, Eulo Centenaro e o vice-presidente do CD e presidente da Comissão Organizadora, Francisco Crestani, recepcionaram as autoridades. O presidente da Acats destacou a importância do papel da entidade no contexto do crescimento do Movimento Supermercadista Catarinense, elencou alguns dos principais projetos em desenvolvimento, como do Supermercado Lixo Zero 2020, a Capacitação e Recapacitação de Mão de Obra especializada do setor e o Projeto da Rastreabilidade Alimentar. A entidade completará 40 anos em fevereiro de 2012 e no dia 25 de novembro em Florianópolis fez a apresentação do calendário de atividades Acats – 40 anos durante todo o ano de 2012.
Destaques
Entre os 70 expositores, muitos já são tradicionais e vivem uma fase de crescimento, como a Diêlo, de São Miguel do Oeste. Com mais de 20 anos de atuação na fabricação de sorvete, a empresa tem hoje mais de 3.000 pontos de venda na região Oeste dos três Estados do Sul - Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. A partir da próxima temporada de verão, a marca estará presente pela primeira vez na região do litoral da Grande Florianópolis, ponto de partida de mais uma etapa de expansão em busca de novos mercados. Por ocasião da visita técnica às instalações da Diêlo em São Miguel do Oeste a comitiva da Acats foi recepcionada pelo diretor e sócio proprietário Claudir Mocelin, que apresentou detalhes de uma nova etapa de expansão da unidade fabril da empresa, com mais 7 mil metros quadrados de área construída junto à atual sede já edificada. “A expansão permitirá um incremento de mais de 100% na capacidade instalada”, informa. Hoje a Diêlo produz 200 mil litros/dia e possui um total de nove famílias de produtos com dezenas de opções de sorvetes em formatos e sabores. A operação de chegada ao litoral da Grande Florianópolis prevê 280 pontos de vendas conside-
Expansão
Outra empresa expositora com bons motivos para festejar foi a Dipães. Convidados especiais da Acats conheceram as instalações da nova unidade no município de Paraíso, quase na fronteira de Santa Catarina com a Argentina, a 19 km do centro de São Miguel do Oeste. A empresa investiu mais de R$ 6 milhões em uma nova e moderna fabrica de pães congelados no Estado. A inauguração está prevista para 7 de janeiro de 2.012, no dia do aniversário do município de Paraíso. Um dos pontos estratégicos para o investimento é a localização, pois a fábrica usará trigo argentino, considerado um dos melhores do mundo, e que será entregue a um custo bem competitivo, pela proximidade com o país vizinho. A Dipães tem forte atuação do extremo Oeste Catarinense até o Oeste Paranaense e deve estar presente nos três estados do Sul, a partir de 2012. Segundo Volmir Meotti, diretor da Dipães, “a meta é conquistar os
consumidores dos três Estados pela qualidade”. A decisão de investir do setor parte de uma visão de mercado onde existe muito espaço para crescimento, segundo Meotti. O consumo per capita de pão no Brasil é de 28 kg/ano, a região Sul tem 34kg/ano enquanto que em países como a Alemanha o consumo anual é de 80kg. “Temos muito espaço para crescer e a industrialização é o caminho”, disse. A aposta está na marca e na capacidade produção já instalada, mas novos produtos também fazem parte do projeto. Com a expansão a Dipães terá condições de atender desde pequenos supermercados até às grandes redes, nas capitais e também no Litoral. Para tocar a nova fábrica da Dipães em Paraíso foram contratados 58 pessoas já qualificadas através do Senai-SC - a empresa vai gerar no local 70 novos empregos. A capacidade instalada com a nova unidade da Dipães mostra bem o salto que a empresa prepara. A atual fábrica em São Miguel do Oeste produz 100 mil pães/dia. A produção da futura fábrica, com novos equipamentos, chegará a 80 mil unidades/hora. Com a mesma estrutura e, caso decida atuar em três turnos, a Dipães poderá produzir até 1 milhão de unidades por dia.
GILMAR BITENCOURT
rando freezers para picolés e as geladeiras para potes. A empresa criou um Centro de Distribuição na área industrial de São José e deslocará caminhões de frota própria para o atendimento.
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01 Adriano Manoel do Santos, presidente da Acats, destaca o bom nível do evento
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A revista Super Sul homenageia os ganhadores do Carrinho AGAS 2011 Reconhecido nacionalmente desde 1984, o prêmio é um dos mais importantes do setor supermercadista, agraciando empresas e personalidades que se destacaram para o crescimento do segmento varejista gaúcho. A Revista Super Sul presta uma homenagem aos melhores fornecedores e agraciados da 28ª edição.
AmBev, BR Foods, CBS, Cooperativa Piá, Cooperativa Santa Clara, Fugini, Girando Sol, Isabela, Kimberly-Clark Brasil, Melitta, Mili/Promoção Comercial, Nestlé, Oniz, Orquídea, Parati, Ritter, Tramontina, Unilever, Vinícola Aurora e Vonpar
{Lançamentos/ Produtos do Ano} Carlos Totti/Mosmann Alimentos, Cooperativa Piá/Iogurte Essence,
Elzina Pfitscher/Gecepel, Marco Maia/Pres. da Câmara Federal, Nestlé/Achocolatado Alpino, Ricardo Vontobel/Vonpar, Sanremo/Balde com rodas e acessórios, SLC Alimentos, Vitor Augusto Köch/Sebrae *Na próxima edição, cobertura completa da festa de entrega dos prêmios Revista Super
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Eventos
DIVULGAÇÃO/AGAS
Agas encerra com sucesso 43ª convenção, no Litoral
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01 O movimento de visitantes confirmou a força do evento realizado em Tramandaí Revista Super
proximidade das grandes festas e da temporada de veraneio no Sul foi determinante para o sucesso da 43ª Convenção Regional de Supermercados, o maior evento supermercadista no interior do Rio Grande do Sul. O evento, realizado de 26 a 27 de outrubro, no Centro de Eventos de Tramandaí, movimentou R$ 5,2 milhões em negócios. O número confirma as expectativas da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), organizadora do encontro, que contabilizou a participação de 3,3 mil profissionais do varejo oriundos de 740 companhias – uma média de quatro visitantes por empresa. Comprovando ser um evento dinâmico, além de representantes do comércio do Litoral, a feira reuniu empresários e colaboradores de organizações de outras regiões, como a Serra, Grande Porto Alegre, Fronteira e Campanha. “O prestígio destes visitantes de outras localidades só demonstra a força deste evento e do setor na região”, aponta o presidente da entidade, Antônio Cesa Longo. O encontro foi uma ótima oportunidade para o varejo do Litoral se preparar para o veraneio, quando as vendas aumentam significativamente. Além de abastecerem seus estoques e conhecerem novidades que já estarão nas gôndolas nas próximas semanas, os empresários tiveram a oportunidade de avaliar novos fornecedores e qualificar suas equipes.
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Conforme balanço da entidade, os supermercadistas foram maioria entre os visitantes, representando 84,4% dos compradores. A feira também recebeu profissionais de lojas de R$ 1,99 e bazar (3,7%), centrais de negócios (3,46%), padarias (3,3%), bares e restaurantes (2,2%), lojas de conveniência (1,1%) e outros segmentos. Além da isenção a comerciantes, que viabilizou a participação de novos setores na Convenção, outra atividade que alavancou os negócios foi o sorteio de uma moto zero quilômetro ao final do evento, pela Agas, entre as empresas que efetuaram pelo menos R$ 500,00 em compras junto aos 88 expositores. O vencedor da promoção da Agas foi o Super Kras Borges, de Atlântida Sul. “Outro fator decisivo para o bom resultado foi o envolvimento dos expositores, que investiram em novidades, condições especiais de pagamento e promoções para atrair novos clientes”, pondera Longo.
{Cursos e Projeto Verão} O evento foi bem mais abrangente, pois durante os dois dias da Convenção, quatro cursos qualificaram 120 profissionais do varejo local em temas como comunicação, estoque, atendimento e boas práticas em manipulação de alimentos. As aulas ocorreram no interior da escola móvel da Agas, que em três anos já capacitou 9,2 mil pessoas e, em Tramandaí, esteve estacionada ao lado do Centro de Eventos. A temporada de veraneio tem vital importância para a região e, por isso, a próxima atividade da Associação no Litoral será o Projeto Verão Agas 2012, que ocorrerá nos meses de janeiro e fevereiro nas praias de Cidreira, Pinhal, Tramandaí, Imbé, Capão da Canoa e Atlântida Sul. Durante o período, a escola móvel da Agas estará estacionada uma semana em cada município, oferecendo palestras e oficinas gratuitas aos veranistas e moradores, em parceria com as prefeituras locais, sobre temas como saúde, artesanato e bem-estar. A entidade informa que a alta temporada do verão proporcionará a criação de 2,3 mil vagas de trabalho temporárias nos supermercados do Litoral, e a Agas estima que 20% deste total sejam efetivadas. Os profissionais em busca destes empregos podem cadastrar seu currículo no site da entidade, www.agas.com.br.
BIBLIOTECA
Leitura Obrigatória {Liderança} Como Motivar a Sua Equipe, de Anne Bruce, Editora Sextante/Você S.A, 80 páginas, 1ª Edição. R$ 14,90/9,90 (www.submarino.com. br)
{Administração}
{Marketing} A Estratégia do Oceano Azul ¨C Como Criar Novos Mercados e Tornar a Concorrência Irrelevante, de Chan W. Kim; Renée Mauborgne. Editora Campus, lançamento. R$ 39,90 (Livraria Saraiva)
{Vendas} 4F’s do Varejo, de Adriano Godoy. Editora Qualitymark. 1ª Edição. R$ 21,00. (www.qualitymark.com.br)
{Inovação} Inovação - A Arte de Steve Jobs, de Carmine Gallo. Editora Leya Brasil, 356 páginas. 1ª Edição. R$ 39,90 (Livraria Saraiva).
{Gestão/Estratégia} Como Formar, Treinar e Dirigir Equipes de Vendas, de Cézar Frazão, Editora Habra, 3ª Edição, 122 páginas. R$ 22,00 (www.submarino. com.br) Gestão da Cadeia de Suprimentos, de Harvard Business Review, Editora Elsevier, 1ª Edição/ 2008, 240 páginas. R$ 12,90 ( www. submarino.com.br)
Destaque/Marketing
Os 11 Segredos do Aldi Razões do Sucesso de um dos Maiores Varejistas do Mundo
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De Dieter Brandes. Editora Bookman Companhia. 1ª Edição, 134 páginas, R$ 32,20 - www.extra.com.br. O livro mostra como trabalha uma das maiores redes de supermercados do mundo, que com poucos itens, pouca variedade e baixo preço alcançou uma posição invejável e se espalhou por 28 países. Um modelo de negócios diferente, que merece ser analisado com cuidado pelos varejistas brasileiros.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Administração de Varejo, de Fauze Nagib Mattar. Editora Campus, 1ª Edição/ 2011 ¨C 656 páginas.R$ 159,90 (www.livrariacultura.com. br)
Revista Super
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Categoria
Por Gilmar Bitencourt
Praticidade rege o mercado de molhos e temperos
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C
om a agitação da vida moderna e com a participação cada vez maior da mulher no mercado de trabalho, quando se comenta sobre culinária o principal tempero é a praticidade. Os novos casais, as pessoas que moram sozinhas e até mesmo as donas-de-casa, estão cada vez mais a procura de produtos convenientes, como os temperos prontos, molhos e conservas oferecidos pela indústria do ramo. A falta de tempo dos consumidores, que transforma conveniência em palavra de ordem no mundo da cozinha, explica o crescimento de mercados como o de temperos industrializados. Segundo os dados da empresa de consultoria AC Nielsen, considerando somente os condimentos fabricados na forma de pó, pasta e creme, foram movimentados, nestes últimos dois anos, mais de US$ 300 milhões e cerca de 100 mil toneladas desses produtos. Isso representa um
Versatilidade
A Sakura Nakaya Alimentos confirma que o setor de molhos e temperos exige atenção constante, com o desenvolvimento de novos produtos, de novas embalagens, além da qualidade e logística. Ciente de que o mercado deseja produtos versáteis e de fácil utilização, nos últimos anos tem desenvolvido uma série de molhos prontos para o uso em preparações e tempero, como o molho Yakissoba, para espetinhos Teriyaki e produtos para aplicação direta como o molho Tonkatsu, para salada oriental. “O molho Tarê, foi desenvolvido especialmente para cobertura de temakis e hot holls”, destaca o diretor de marketing Henry Nakaya (foto ao lado). A empresa é uma das principais produtoras brasileiras de molho de soja e missô (massa de soja e arroz). Segundo o diretor o crescimento anual de vendas e de produção da Sakura gira em torno de 15%. Nakaya observa que a região Sul é uma das localidades com maior potencial de crescimento Revista Super
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crescimento médio de 15% ao ano nesse período. O segmento de molhos de tomate no país também está em ebulição. De acordo com matéria veiculada no Valor Econômico, nos últimos meses o setor já movimentou R$ 1,8 bilhão em aquisições e “a evolução não deve parar por aí”. Entre os acontecimentos do ano destaca-se a compra da empresa brasileira Quero, pela a americana H.J. Heinz, por R$ 1,2 bilhão. Outro grande negócio do ramo foi a aquisição da unidade de atomatados da Unilever, pela Cargill. Este realinhamento demonstra o aquecimento do setor. Diante desta nova realidade e das exigências dos consumidores modernos, os fornecedores de produtos do segmento estão criando suas próprias receitas. Apesar de cada um ter a sua fórmula secreta, alguns ingredientes são comuns para atingir o sucesso, os lançamentos e as inovações.
“pela divulgação e aceitação da culinária oriental”, salienta. Outro fator destacado pelo executivo é o poder aquisitivo da população da Região, “que já tem hábito de consumo”, complementa. O catálago da companhia conta com mais de oitenta itens, entre os produtos da marca Sakura, Missô, Kenko, pimenta Bravo e licor Taiki. Também disponibiliza a linha de produtos étnicos, como o Wasabi e Óleo de gergelim. Porém, Nakaya conta que o carro-chefe da empresa é o molho de soja Sakura, oferecido nas versões Premium, Tradicional e Light em embalagens de 1.000 ml, 500 ml e 150 ml (além das embalagens institucionais, dedicadas ao mercado food service). “Destaque para as versões Premium e Light, que são oferecidas nas tradicionais embalagens de vidro de 150 ml, em formato característico”, finaliza o diretor.
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O setor está aquecido e cresce a procura por produtos versáteis que facilitem o preparo dos alimentos.
Com uma linha de produtos composta por 118 itens, a Cepêra (fotos) aposta nos atomatados. O principal produro da empresa é o molho de tomate Mammad’oro, que vem na embalagem stand-up pouch. “A maioria de nossos produtos são nacionais, mas também trabalhamos com matériasprimas importadas, como, azeitonas, alcaparras, aspargos, ameixas, pêssegos”, informa o diretor comercial, Decio Augusto da Costa Filho. Para fortalecer a sua participação no mercado e ampliar a diversidade de seu portifólio a empresa apresentou inovações em 2011. “Remodelamos nossa identidade visual, com novo logotipo e lançamos dois novos itens, o molho barbecue e o óleo de oliva”, conta Costa Filho. Em 2012, ano que a indústria completa 65 anos o executivo comenta que estão sendo preparadas várias ações para comemoração da data e divulgação da marca. Segundo o executivo a companhia tem uma participação nacional, com forte atuação no seg-
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Atomatados
mento food service. Ele informa que as vendas da Cepêra estão divididas em 50% no estado de São Paulo, 20% no Nordeste, 10% na região Sul e 20% nos demais estados. No Brasil por ser um país de dimensões continentais, a participação dos produtos da empresa apresenta variações por regiões. Por exemplo, o Sul é um grande consumidor de mostardas amarela e escura, produzidas pela Cepêra. Já o Nordeste se destaca pelo consumo de molho de pimenta.
Sabor italiano
Do Sul da Itália, a Costazzurra também aposta nos molhos de tomate na linha de alimentos. O destaque é o Pomodori Pelati Costazzurra de 400g. O molho é composto por tomates inteiros e suco da fruta fresca. Segundo a empresa, o grande diferencial do produto é que a versão importada para o mercado brasileiro é a Salsata, que significa que a sua calda é mais densa e mais avermelhada, diferenciando-o, assim, dos demais molhos encontrados no mercado e que apresentam adição de água. A Costazzurra apresenta um catálogo com aproximadamente 350 itens entre alimentos e vinhos. Deste total, 99% são produtos importados, mas o portifólio é composto por algumas marcas nacionais como o Arroz Negro e Arroz Vermelho Costazzurra. No setor de alimentos as últimas novidades da empresa são as Amêndoas Costazzurra, de 142g, nos sabores: torrada salgada, alho, pimenta e limão e também no sabor mel. Outro lançamento é a massa italiana Riscossa, de 500g, nos formatos spaghetti, spaghettini, fusili e penne; Conforme o diretor da empresa, Mau-
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rício Filho, apesar de grande parte do faturamento da importadora ser na região Sudeste, principalmente nos estados de São Paulo e Minas Gerais, “estamos ganhando espaço nos mercados do Centro-Oeste e Norte do país”, observa. No processo de divulgação dos produtos, o executivo destaca a importância dos programas de culinária, “pois divulgam as novidades em produtos para um público que adora “um estilo de vida gourmet”, o que vem de encontro com nossa missão”, acrescenta.
Food Service
A Hikari está de olho na mudança do hábito alimentar dos brasileiros, que
aumentaram o consumo de produtos industrializados. O chefe de marketing da empresa, Luiz Fernando Alves, observa ainda que o crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho está colaborando para essa nova realidade, principalmente pelo fato de que atualmente 35% das famílias são chefiadas por mulheres. E a estimativa é que este número suba para 45% no futuro. Nesta mesma onda de crescimento segue o valor gasto pelos brasileiros com alimentação fora do lar, que hoje é de RS 124,4 bilhões e segundo as previsões do especialista deve atingir os R$ 300 bilhões em breve. “Por isso, nosso foco no momento é investir na linha de Food Service”, reforça o executivo. Com 45 anos de atuação a Hikari está em vários estados, mas tem participação mais intensa nas regiões Sul e Sudeste. De acordo com Alves, os carros-chefes da empresa são as farofas prontas temperadas e as pipocas para microondas. A companhia tem um catálogo com mais de 300 itens. Os destaques no Sul do país na área de condimentos, são os cravos, canelas, noz moscadas, pimenta do reino, cominhos, pápricas e caloríficos. Revista Super
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Caldos e Temperos
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Nesse universo de sabores a gigante Unilever está presente no segmento de caldos e temperos por meio da marca Knorr (foto). O catálogo é composto por itens nacionais, como os caldos em cubo (11 sabores), caldos em gel (3 sabores) e linha de temperos com 3 tipos (para arroz, feijão e frango assado. Segundo a gerente de marketing da Knorr, Ana Paula Duarte, os produtos com maior comercialização são o caldo de galinha e a linha Meus (Meu Arroz, Meu Feijão e Meu Frango Assado). Seguindo a ordem de mercado de que é preciso inovação constante e praticidade, a empresa está apresentando novidades para os consumidores. Na área de caldos disponibiliza para o mercado edições limitadas de duas novas versões do produto: o sabor Galinhada Caseira, que segundo a gerente, dá um toque caseiro para um dos pratos mais preparados pela dona- de-casa; e o Caldo versão Filet Mignon com Ervas, com cinco ervas que “incrementam e deixam um aroma diferenciado em pre-
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parações com carne”, afirma. Já para o mercado de temperos, “nosso último lançamento foi Knorr Meu Frango Assado, que proporciona o preparo de um suculento frango assado de maneira prática”, informa a executiva. O frango vem dentro de um saco plástico, basta misturar o tempero que acompanha o produto e levá-lo ao forno, evitando sujeira na travessa usada para assar. Disponível em duas versões: Limão e Orégano, e Alho e Cebola. Em termos de participação no mercado nacional, a gerente destaca que a região Sul tem uma grande representatividade em valor e volume para Knorr, “sendo que a Unilever representa 46,5% do mercado total do Sul”. Ana Paula acrescenta ainda que, por conta das fortes influências europeias, os consumidores da região utilizam com frequência as ervas aromáticas originarias da Europa, tais como alecrim, estragão,
Azeites Gourmet
O diretor comercial da Alimentos Zaeli, Paulo Geovanelli (foto ao lado), informa que a empresa tem um catálogo composto por 21 linhas de produtos contendo 285 sku’s. Ele destaca ainda que 98% destes itens são produzidos pela companhia. Entre os mais vendidos estão os ketchup’s, molhos e temperos. O mais recente lançamento da empresa é a linha de azeites de oliva, com cinco opções do produto, vindos da Espanha. Segundo a empresa, a partir de agora é possível encontrar nas vitrines o azeite de oliva extra virgem nos sabores Gourmet, Tradicional, com Manjericão, com Orégano e o Cítrico Limão. Na linha de condimentos, Geovanelli comenta que todos os produtos encartelados têm grande aceitação pelos consumidores em geral. Mas, observa que o tempero para carneiro, a pimenta do rei-
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Categoria
manjerona, sálvia, louro, orégano e manjericão. “Em locais onde a influência alemã é forte também observa-se a utilização de páprica e kümmel dependendo da receita”, salienta. A gerente de marketing confirma a relevância da participação nos programas de culinária. “São importantes, uma vez que nosso público-alvo assiste a este tipo de programa. Outro ponto é que o programa acaba sendo referência para os consumidores que compram os produtos indicados pelos apresentadores ou chefs da atração”, complementa.
no, o orégano, o bicarbonato de sódio e o sal amoníaco, destacam-se no portifólio da Zaeli. “Os temperos condimentados também são bem utilizados, assim como a linha de molhos, o puro alho, os temperos em potes, entre outros”, acrescenta. Com atuação em vários estados do país, principalmente no Paraná e Santa Catarina, a Zaeli, também destaca a importância dos programas de culinária para divulgação de seus produtos. Geovanelli ressalta que além da divulgação no site da empresa e nas embalagens, “sempre participamos de programas de audiência nacional como o da Ana Maria Braga e os programas de culinárias regionais, devido o nosso grande número de produtos, através destes programas temos a oportunidade de divulgar o mix maior do nosso portfólio, o qual em um comercial fica restrito apenas a marca ou a um produto específico”, explica o diretor.
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Automação
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Entre os agraciados estão redes de supermercados e entidades ligadas ao varejo.
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GS1 Brasil, Associação Brasileira de Automação entregou o “XIV Prêmio Automação”, que teve seus vencedores agraciados em uma grande solenidade realizada em São Paulo no dia 9 de novembro. Mais de 700 convidados estiveram na Vila dos Ipês para prestigiar as 35 empresas e entidades nominadas, entre elas algumas do setor supermercadista, como os grupos Walmart, Carrefour, Pão de Açúcar, além da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia) e Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla). O Prêmio Automação tem a tradição de destacar as empresas que obtêm melhor desempenho e projetos inovadores em processos automatizados, seguindo os padrões tecnológicos GS1. Os vencedores fazem parte do quadro de 55 mil associados e parceiros da GS1 Brasil. O prêmio foi criado em 1998 para recompensar os esforços de empresas e organizações na difusão do Sistema GS1. “Em uma noite de festa, celebramos e homenageamos o sucesso daqueles que promovem nossos padrões com excelência e qualidade”, declarou João Carlos de Oliveira, presidente da GS1 Brasil, esperando que a premiação sirva como um estímulo para que outras empresas invistam em tecnologia.
{Prêmio para imprensa} Oliveira aproveitou a ocasião para anunciar que em 2012 haverá uma categoria de premiação para a imprensa, valorizando as melhores reportagens sobre o tema em rádio, jornais, TV, revistas e internet. A cerimônia foi conduzida pelo jornalista César Filho e a apresentadora Adriana Colin. Depois da premiação o público foi brindado com um show da Banda Kid Abelha. Os indicados ao XIV Prêmio Automação foram: Revista Super
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Empresas/Entidades indicadas
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GS1 entrega prêmio e estimula associados
01 Sussumu Honda, da Abras (D) recebe o troféu de João Carlos de Oliveira, da GS1
Avon Paripassu Itaueira Carrefour Walmart Pão de Açúcar Hospital Albert Einstein Hospital Oswaldo Cruz Hospital Santa Joana Hospital Moinhos de Vento Isofarma Eurofarma Baxter Ablac – Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados Abicalçados – Associação Brasileira das Indústrias de Calçados ACI-NH/CB/EV – Associação Comercial Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha Encat – Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais Força Aérea Brasileira Grupo Valdac Haco Etiquetas Vip Systems Senai RFID CoE (RFID Center of Excellence) RR Etiquetas Saint Paul Etiquetas Seal Torres Etiquetas Abrapa – Associação Brasileira dos Produtores de Algodão Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Sebrae Mato Grosso do Sul Sebrae Paraíba Abia – Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação Abras – Associação Brasileira de Supermercados Abad – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados Abipla - Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins
A tecnologia a serviço dos supermercados O Programa de Certificação de Códigos de Barras se mostrou um forte aliado na satisfação dos consumidores.
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código de barras está incorporado à rotina dos supermercados desde 1983 e, de lá para cá, mudou a experiência de compras dos brasileiros. O consumidor, que antes tinha que esperar mais tempo na fila para que o preço dos produtos fosse registrado um a um, agora tem suas compras liberadas em minutos. É assim que deve funcionar quando o código de barras está dentro dos padrões, mas, na prática, nem sempre acontece. Quando a impressão do código de barras é feita fora dos padrões mínimos de qualidade, o produto precisa ser passado várias vezes pelo leitor ou, então, ter seu número digitado pelo atendente. “Há companhias varejistas que devolvem lotes inteiros para a indústria no caso de itens passarem determinadas vezes pelo check out com problemas de leitura”, destaca o presidente da GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira. Isso representa prejuízo de todos os lados. Estudo realizado pela GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação revela que o varejo chega a perder 26% da produtividade nos check-outs com os problemas de leitura do código de barras. Insatisfação também para o consumidor, que tem uma péssima experiência de compra pela demora e muitas vezes desiste de levar um produto porque seus dados não foram capturados pelo leitor no caixa do supermercado. Para resolver esse problema, a GS1 Brasil e Associação Brasileira de Supermercados (Abras) trabalham em parceria para oferecer a certificação do código de barras. A meta é identificar as mercadorias que apresentam erros de leitura e entrar em contato com os fornecedores para que coloquem o código de barras dentro dos padrões estabelecidos pela GS1. “A solução garante que um código seja lido na primeira tentativa, em qualquer equipamento”, explica Oliveira. Esse foi um dos principais temas da 45ª Con-
venção Nacional de Supermercados (Abras), que ocorreu no final de setembro, em Campinas (SP). A importância da impressão gráfica padronizada dos códigos nas embalagens e o respeito ao padrão internacional GS1 garantem não só mais agilidade nas filas e satisfação do consumidor, como também beneficiam o processo logístico. A eficiência promovida pela padronização diminui o tempo de entrega e recebimento de pedidos, reposição de estoques e gôndolas, faturamento e cobrança, economia de combustível e outras vantagens. “A GS1 Brasil está cada vez mais próxima da Abras e de seus afiliados. Nos supermercados, nosso Programa de Certificação de Códigos de Barras se mostrou um forte aliado na satisfação dos consumidores. Por isso, reforçamos a importância da implantação dos processos sugeridos pela GS1”, afirma Oliveira. A certificação segue normas ISO e as especificações GS1 Global. Os resultados são visibilidade na cadeia de suprimentos, eficiência nas operações logísticas e eliminação de erros e retrabalhos. Com a garantia de leitura, termina também a digitação e outros erros relacionados a problemas de leitura do código de barras, como a perda de eficiência com as paradas para digitação.
Sincronização de dados garante eficiência
O envio de informações entre o banco de dados e sistema de informação tem avançado muito. Além do código de barras, uma nova plataforma tecnológica da GS1 promete transformar a relação indústria-varejo. A Rede Global de Sincronização de Dados (GDSN na sigla em inglês para Global Data Synchronization Network) vai facilitar, e muito, as relações entre indústria e varejo. Por meio de um catálogo eletrônico nacional de produtos (disponível na internet), é possível sincronizar todas as informações trocadas entre as empresas. “Assim, indústria e varejo podem trabalhar com uma única plataforma, com dados iguais nas duas pontas da cadeia de suprimentos”, destaca o presidente da GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira. Presente em diversos países desde 1997 graças à atuação da GS1 Global, o GDSN está sendo implantado no Brasil de forma gradual, por meio de uma parceria entre o Comitê de Inovação e Tecnologia da Abras, a GS1 Brasil e o Grupo Carrefour, que se habilitou a desenvolver o projeto piloto do programa. Neste momento, a indústria está aderindo ao GDSN, uma vez que cabe ao setor repassar as informações dos produtos para formar a base de dados. Da parte do varejo, o projeto-piloto vem sendo desenvolvido com o Carrefour. Em 2012, a meta é estender o projeto para todo o autosserviço. Revista Revista Super Super SulSul {Out./Nov. {Out./Nov. dede 2011} 2011}
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Promoções
Promovendo C a parceria
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Varejo tem participação estratégica no desenvolvimento de promoções de produtos.
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onforme os especialistas do setor, promoção de vendas pode ser definida como um conjunto de métodos e recursos que visam aumentar o volume de comercialização de um produto ou serviço durante um período de tempo determinado. É uma ferramenta ao alcance de praticamente todas as empresas, independente do ramo de atividade, porte ou localização geográfica, sendo que na maioria das vezes não depende de grandes investimentos. É imperativo afirmar que o principal objetivo da promoção é aumentar o faturamento da empresa, mas a sua aplicação pode ser bem mais ampla. A iniciativa pode atender a outras necessidades do negócio como, desovar estoques, acelerar as vendas de produtos de curto prazo de validade, conquistar mais espaço nos pontos de vendas, promover a experimentação de novos produtos ou serviços, entre outros. Assim como ocorre em vários segmentos, a indústria e fornecedores de produtos para o varejo cada vez mais têm utilizado esta ferramenta para lançar seus itens ou em campanhas de marketing. Neste sentido, a parceria com os supermercados cumpre um papel estratégico para o sucesso da promoção. Os pontos de venda são considerados o centro das atividades do mercado, pois neles é tomada a decisão final de o consumidor escolher determinado produto ou marca para compra. Neste caso, os fornecedores buscam promover as vendas de seus artigos por meio de esforços feitos para levar o produto ao consumidor final, em contraponto à propaganda, que faz o esforço contrário, de levar o comprador ao produto.
{Incentivo à compra} O gerente de marketing da P&G Brasil, Gabriel Ferrari, considera de grande importância a realização de promoções para gerar experimentação dos produtos e também para proporcionar a aproximação com o consumidor. Segundo ele, a empresa possui produtos de alta qualidade, por isso procura fazer com que o consumidor experimente seus itens, pois sabe que “uma vez que o consumidor experimente, a chance de ele voltar a comprar é muito alta”, destaca. Ainda de acordo com o executivo, uma promoção faz com que o consumidor tenha um incentivo para comprar o produto pela primeira vez. Ferrari comenta que uma grande promoção como Avião do Faustão, realizada pela empresa, traz benefícios tanto para a indústria como para o supermercado, uma vez que aumenta o tráfego de consumidores nas lojas e promove o aumento de vendas para ambos. Ele fala que o supermercado é um parceiro na divulgação para o consumidor no momento da compra. “É fundamental que no ponto de venda tenha comunicação que lembre o consumidor sobre a promoção, assim o shopper pode conectar a mensagem do PDV com a mensagem que viu na mídia”, acrescenta. No momento a P&G está focada na Promoção
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Avião do Faustão. “Esta é a maior promoção do ano da empresa e tem duração até o final de dezembro”, frisa o gerente. A iniciativa concede prêmios em dinheiro, veículos, móveis e eletrodomésticos aos ganhadores. A participação ocorre através da compra de produtos da empresa, das marcas estabelecidas no regulamento, e no preenchimento do cadastro no site www.provougostou.com.br.
{Fundamentos corretos} As promoções podem ser uma excelente ferramenta de marketing nos pontos de venda, mas para que tenham sucesso é necessário a estratégia correta. A P&G acredita que para vencer no PDV, é preciso estar com todos os fundamentos da marca executados corretamente. “Esses fundamentos são distribuição, espaço de gôndola, merchandising (comunicação em loja), e preço correto”, salienta Ferrari. Ele acrescenta que o merchandising inclui a parte de comunicação dos benefícios no ponto de venda. “Prêmios podem ser uma boa ferramenta para aumento de vendas e experimentação, desde que sejam por uma ação de curto prazo”, observa. Quanto ao tempo de duração destas ações, o gerente ressalta que uma promoção para ser eficaz deve ser temporária, “cerca três meses, para que o consumidor identifique aquilo como uma promoção, e tenha senso urgência em comprar produtos para participar”. Conforme o executivo, a promoção é uma ferramenta de vendas e experimentação de curto prazo. Dever ser feita para que o consumidor teste o produto ou para um aumento de vendas pontual, caso o período de duração seja maior corre o risco de perder seu efeito e consumir um alto investimento sem dar o retorno esperado. A sazonalidade é outro elemento que deve ser observado no momento dos lançamentos e ações de divulgação. Neste sentido o gerente de marketing da P&G fala que a empresa possui quatro categorias que necessitam de um planejamento sazonal. Baterias (Dias das Crianças e Natal), Cuidado com a Saúde (Inverno), Coloração e Cuidado com o Cabelo (Verão). “Além disso realizamos ações para datas especiais como Gilette no dia dos pais, Always no dia da Mulher, Olay no dia das Mães, Pampers para as mães que realizam chá de bebê”, destaca. Além disso Ferrari chama a atenção para o fato de que o Brasil possui regiões com diferentes costumes. “A P&G está de olho nisso, também procurando ter também presença em eventos regionais”, acrescenta. {Estreitar o relacionamento} A Pepsico também destaca a importância das promoções e acredita que a ações realizadas em parceria com os supermercados são uma ferramenta para fortalecer o relacionamento entre as empresas e para alavancar as vendas. “Esse modelo vem sendo praticado cada vez
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mais e vimos que além do lado comercial conseguimos estreitar nosso vínculo com o consumidor e gerar a experimentação da marca”, comenta o gerente nacional de trade marketing da empresa, Fernando Rosa. Segundo o gerente, a melhor estratégia para conseguir destaque no PDV é ter um Plano de Trade cobrindo todos os pontos envolvidos, como equipe de vendas, distribuição, volume, entre outros. “Porém dependendo da necessidade de cada marca investimos em alguma ferramenta que seja mais eficiente, como por exemplo, preço e incentivo para alavancar volume, bonificação para gerar positivação”, conta Rosa. O período para realização de promoções, de acordo com o gerente deve ser estruturado com base em diversos fatores, como os objetivos da empresa ou da marca, momento do mercado, sazonalidade e “calendário promocional dos nossos parceiros”, observa. Quanto à sazonalidade, ele comenta que um lançamento sazonal deve seguir o mesmo processo de estruturação do calendário promocional da empresa/ marca onde são observados os fatores relacionados ao comportamento do mercado em relação à categoria. “No caso do Brasil temos uma diversidade regional muito grande, sendo de extrema necessidade que os fatores geográficos sejam considerados durante a definição estratégica”, observa o executivo. Dentro da área de promoções a Pepsico procura valorizar as parcerias, como no setor de packs promocionais com os distribuidores, disponibilizando ferramentas de sell out, como copos, chaveiros, entre outros produtos. “Assim o distribuidor pode montar no seu galpão os packs e levar para o mercado. Isso nos dá muita agilidade para colocar as ações no ar”, acrescenta o gerente. Para o consumidor a empresa fez recentemente uma grande campanha, a promoção Ruffles: “Faça-me um sabor”. Segundo o gerente a iniciativa teve grande sucesso, “Convidamos os consumidores a escolher o novo sabor da batata Chips líder de mercado, e com ela estreitamos nosso vínculo com o consumidor e aumentamos nossas vendas”, acrescenta. Ele destaca ainda que a ação em pontos de vendas, incluindo comunicação em gôndolas e nas embalagens foi crucial para o sucesso da promoção.
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01 Fernando Rosa, da Pepsico, ressalta a melhor estratégia para conseguir destaque no PDV
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COMUNICAÇÃO CORPORATIVA
Por Juliano Rigatti
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Os tranca-rua U
m aspecto especial me chamou a atenção entre todos os dados valiosos revelados pelo segundo Mapa da Comunicação Brasileira, pesquisa apresentada em setembro deste ano pela FSB Comunicações, agência de comunicação integrada, sediada em São Paulo. O estudo foi baseado num conjunto de entrevistas em semiprofundidade feitas com 100 gestores da Comunicação junto a 70 das 1000 maiores empresas que operam no país (brasileiras e estrangeiras), segundo ranking do jornal Valor Econômico, e a 30 dos 100 principais órgãos públicos do Brasil. Foram 38 horas de conversas, realizadas entre os meses de março e abril de 2011. Fiquei interessado principalmente pelas informações que relacionam a área de Comunicação e a parte central do negócio, o chamado core business das companhias.
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Segundo o levantamento, 90% dos gestores de Comunicação de empresas estrangeiras e 85% de empresas nacionais concordam com a afirmação de que o seu departamento está desenhado de forma coerente com a missão, a visão e os valores da companhia. Mais de 80% deles também estão de acordo com a sentença que diz que a Comunicação é vista pela direção da empresa como estratégica para garantir que a organização tenha uma gestão transparente. Em um dos enunciados do estudo, há ainda a informação de que, para muitos entrevistados, a Comunicação é o próprio negócio. “Como um camaleão, (a Comunicação) se adapta à missão, aos valores e à visão da organização a que serve. Tem como papel construir imagem e reputação, desenvolvendo agendas e mensagens de longo prazo, que apoiam o posicionamento e a direção das instituições”, relata o documento. Assim, em princípio, a impressão que fica é que sempre há uma grande harmonia entre o setor de Comunicação e as áreas consideradas fundamentais para os negócios das empresas. Talvez na sua isso também seja assim. E se nela ainda não há um departamento de Comunicação estabelecido, presumo que a sua in-
tenção, como empresário, é que as coisas caminhem para isso: negócios e Comunicação completamente integrados. Um mundo ideal. Se questionados, todos os membros das altas cúpulas das organizações concordarão com isso. Sem exceção. Até um dia. Até o dia em que o setor de Comunicação de opuser a um processo-chave da empresa. Até o dia em que o gestor de Comunicação fizer críticas a um projeto e for contrário à sua manutenção. Tenho o privilégio de ser amigo de um excelente jornalista, com passagem pela área de Comunicação de uma grande empresa. Lembro do tempo em que ele sofria com os embates inevitáveis entre a área de Comunicação e os demais departamentos, mais ligados ao core business. Porque a área de Comunicação precisa mexer no texto; porque a área de Comunicação sugere mudanças no projeto desenhado há meses; porque o profissional de Comunicação não concorda com a forma de apresentação das mudanças de um processo. Qualquer que seja a tentativa de contribuir, na maior parte das vezes, e na maioria das empresas, ela irá esbarrar na incompreensão da importância deste departamento para as organizações. Numa dessas situações, este meu amigo criou, com o humor que lhe era próprio, o termo que define como muitas vezes os profissionais de Comunicação devem se sentir dentro das empresas: os tranca-rua. É assim que muitas vezes os comunicadores corporativos são vistos: trancando a rua, atravancando os caminhos. Admito que não é simples entender o que um profissional de Comunicação faz e no que ele pode auxiliar uma empresa a ser bem-sucedida. Um médico, um engenheiro, sabemos bem o que fazem, e é difícil imaginar nossa sociedade sem eles. Ninguém se atreve a sugerir a dose de anestesia que precisa ser dada a um paciente na sala de cirurgia; assim como ninguém se arrisca a alterar a medida de uma viga para a sustentação de um arranha-céu. Mas no trabalho de um jornalista, de um relações públicas ou de um publicitário, a serviço de uma organização, todos sentem-se aptos a interferir. Embora seja consenso que o mercado ainda precisa amadurecer neste sentido, esta dificuldade ainda diminui o potencial de muitas empresas país afora. O que deve dar esperança a todos os profissionais do setor é que este anseio também está presente na pesquisa realizada pela FSB. A grande maioria dos pesquisados desejam que a importância da área de comunicação seja realmente entendida – e posta em prática. Em resposta à pergunta “Idealmente, qual deveria ser o papel da Comunicação?”, o discurso dos gestores de Comunicação de empresas estrangeiras é de que ela é o próprio negócio e vice-versa. Para eles, a Comunicação deveria ser considerada
uma área essencial para a empresa, participando das tomadas de decisão. Os gestores de empresas nacionais pensam parecido. Uma das respostas afirma que “o papel ideal é caminhar e orientar, junto com o objetivo estratégico da empresa”. Quando questionados sobre o maior desafio de seu trabalho, os líderes de comunicação das empresas brasileiras apontam a posição do departamento dentro da organização. Segundo um dos entrevistados, “o desafio agora é conseguir consolidar isto: que a comunicação é parceira estratégica do negócio”. E se aparentemente a maioria dos consultados considera as áreas de Comunicação razoavelmente alinhadas às premissas da companhia, atenção: 60% dos profissionais de empresas nacionais discorda ou apenas concorda em parte que a Comunicação é levada em conta no processo de tomada de decisão do nível mais alto da hierarquia. Concluí, no final do ano passado, um MBA em Gestão Empresarial. A decisão por uma especialização fora da área da Comunicação se deu porque eu precisava de uma complementação ao aprendizado diário da atividade, mas também porque buscava conhecer mais sobre o diálogo entre esses dois mundos: a Comunicação e os negócios. O interesse pelo tema deste artigo, portanto, não é de hoje. No trabalho de final de curso, avaliei as atividades do setor de Relacionamento com a Imprensa do hospital Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, do ponto de vista da sua administração estratégica. Também busquei entender a integração entre as áreas e propor melhorias que tornassem o setor estudado mais ligado ao planejamento estratégico da organização. Penso que consegui. Meu grande guia para o estudo foi o livro Relações Públicas, de James Grunig, Maria Aparecida Ferrari e Fabio França, da editora Difusão. Para Grunig, um norte-americano obcecado pela relevância da Comunicação nas empresas, o profissional dessa área não pode estar limitado à função de simples transmissor de mensagens positivas da companhia para outros públicos. O autor diz que trata-se de uma “atividade essencial para o bom desempenho organizacional, e nela o profissional atua como o estrategista da comunicação e participa de todas as tomadas de decisão que podem vir a causar algum tipo de impacto”. O século da informação trouxe à área de Comunicação um ambiente externo ainda mais complexo, além de uma série de novos desafios. Assim mesmo, o mais importante de todos eles ainda terá de ser vencido dentro de casa.
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Juliano Rigatti é jornalista, possui MBA em Gestão Empresarial e trabalha com varejo há 10 anos – e-mail: jfrigatti@gmail.com. Cartão de visita: http://flavors.me/uzina Revista Super
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LANÇAMENTOS
Panetone com Leite Moça
A Nestlé amplia sua linha de panettones neste Natal com o Moça Doce de Leite. O lançamento chega para incrementar o segmento de recheios especiais, criado pela Nestlé, e hoje composto por marcas já consagradas como Classic Duo, Moça e Alpino. Completam ainda a linha de Panettones Nestlé o tradicional de Frutas Cristalizadas e o Classic com gotas de chocolate. A novidade preparada com massa suave e levemente umedecida, acrescida de gotas de chocolate e recheada com o cremoso Doce de Leite Nestlé está disponível nos pontos de venda de todo o país, na versão de 500 gramas.
Batatas Crisps La Rioja
Um dos principais importadores de alimentos do Brasil, a La Rioja, lança no mercado nacional a linha de batatas Crisps, de marca própria, nos sabores Original, Churrasco, Cheese e Creme & Cebola. “Produzidas na Malásia, as novas batatas são crocantes, sequinhas e ideais para um lanche, petisco ou para serem consumidas a qualquer hora do dia”, comenta Walter Leone, gerente de Marketing da La Rioja. A La Rioja é um dos principais importadores brasileiros de bacalhau norueguês e um dos maiores fornecedores de azeites, conservas, pescados, molhos, temperos e frutas secas do País.
Embalagens da marca Butuí
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A SLC Alimentos, que possui uma ampla linha de produtos e marcas, apresenta inovações nas embalagens da marca de arroz e feijão Butuí. As novas embalagens tem design diferenciado, mais moderno e atraente. As cores também foram alteradas, com tons mais vibrantes e intensos. A empresa afirma que o objetivo da remodelação é maior do que a atualização estética e visual. Segundo o gestor de marketing da empresa, Alessander Bellaver, “a mudança da embalagem também busca reforçar a presença do produto no mercado e na prateleira, apresentando mais um diferencial ao consumidor”.
Itaipava 300 ml
Novidades na mesa do bar… da balada ou em casa: o Grupo Petrópolis, terceiro maior do setor cervejeiro no país e produtor das marcas Crystal, Lokal, Itaipava, Black Princess, Petra, Weltenburger, do energético TNT Energy Drink, da vodka Premium Blue Spirit e do Blue Spirit Ice, lança nova embalagem de 300 ml da Itaipava Pilsen. Inicialmente o produto será oferecido para o mercado do Rio de Janeiro, individualmente ou em engradados de 24 unidades. O preço sugerido é de R$ R$ 1,05. A nova garrafa traz um design diferente. Mais arredondada, ela vem para oferecer uma opção a mais aos consumidores, segundo Douglas Costa, head de marketing e relações com o mercado do Grupo Petrópolis.
Requeijão Catupíry
A Catupiry completou 100 anos no dia 11/11/11, mas começou as comemorações no início do ano. E para festejar o centenário do requeijão mais famoso do Brasil, lançou 3 latas comemorativas, sendo uma delas especial para o Natal, que chega agora aos estados de SP, RJ, MG, SC, PR e RS. Junto a lançamentos previstos para o último trimestre, as embalagens comemorativas fazem parte desse plano. Ao longo do ano, foram diversas ações para modernizar a marca, estreitar relacionamento com o mercado e o público consumidor final. Entre elas, a participação pela primeira vez na Apas.
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Sequilhos Seven Boys
A tradicional receita caseira de sequilhos da Seven Boys ganha novo status. A linha Sequilhos Sabores, tem três itens diferentes em embalagens premium: coco, chocolate branco e goiabada – com pedacinhos de fruta. A ação mira o consumidor que busca a comfort food, sensação de conforto proporcionada pela comida simples e de qualidade. Os Sequilhos Sabores seguem o posicionamento da empresa de investir em alimentos com sofisticação, praticidade e prazer, onde a textura suave desmancha na boca.
Amêndoas chilenas na Costazurra
A importadora Costazzurra apresenta mais uma novidade em sua linha de produtos alimentícios com marca própria e traz para o Brasil amêndoas chilenas em quatro sabores: alho, torradas e salgadas; pimenta e limão; e mel. Além dos sabores, outro diferencial é o modo no qual os produtos são armazenados, ou seja, em potes práticos de 142g que garantem melhor conservação e praticidade. As amêndoas Costazzurra são ideais para serem degustadas como aperitivos e ainda contribuem para o bom funcionamento do organismo, Preços sugeridos: R$ 16,90 cada pote.
Coca lança Crystal Eco
Foi pensando em aliar hidratação e bem estar à sustentabilidade que a Crystal, marca de águas da Coca-Cola Brasil, decidiu inovar no festival SWU, realizado em novembro Paulínia (SP): lançou a garrafa Crystal Eco, que utiliza 20% menos PET que as versões anteriores e até 30% do PET feito a partir da cana de açúcar. Para o restante do mercado, a entrega será a partir de janeiro. A garrafa Eco, também chamada de crushable, é produzida através do processo de sopro convencional, mas com pré-formas com base diferenciada, de modo que a distribuição e estrutura da garrafa garantam performance mecânica.
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Presentes Campari
A Campari do Brasil traz edições especiais de suas principais bebidas para brindar e presentear amigos. Além de Campari, SKYY VODKA (foto), Sagatiba, Cointreau, Old Eight e Drury’s têm surpresas para o final do ano. Os aficionados por música poderão desfrutar de sua playlist com o exclusivo headphone da embalagem promocional de SKYY VODKA (valor da garrafa + R$ 3,00) é compatível com computadores,celulares, MP3, iPods, iPhones e aparelhos similares.
Livro inédito da Polar
Polar, cerveja que é um símbolo das tradições gaúchas, lançou no dia 14 de novembro o livro 1002 coisas pra se fazer no RS antes de morrer. Com caráter totalmente colaborativo, o livro, que terá tiragem de 3.200 exemplares, mas não será comercializado, reúne com bom humor as melhores sugestões de programas imperdíveis do Rio Grande do Sul, revelando traços culturais e históricos da região. As dicas dos consumidores de Polar, que entraram no livro, foram escolhidas por meio de uma votação aberta, realizada no site da marca (www.polar.rs). A ação foi elaborada pela agência gaúcha Paim, e recebeu, em menos de duas semanas, mais de 5 mil sugestões.
Kits da Perdigão
A Perdigão, marca da BRF Brasil Foods, apresenta seu kit natalino para 2011. Ao todo são 13 kits, que levam nomes que remetem aos bons fluídos para o final de ano: Fortuna, Celebração, Realização, Afeto, Sonhos, Sorte, União, Fé, Carinho, Felicidade, Otimismo, além da Sacola Chester e Sacola Peru. Entre os produtos estão o Lombo Suíno, Peru, Tender, Pernil e o tradicional Chester. Produtos esses que já conquistaram o paladar do consumidor brasileiro e que não podem faltar na hora da Ceia de Natal e Ano Novo. O preço varia de R$24 a R$ 120,00.
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AGENDA
{Carrinho Agas 2011} Quem organiza: Agas (Associação Gaúcha de Supermercados) Quando: 28 de novembro de 2011 Onde: Grêmio Náutico União - Porto Alegre Descrição: É um prêmio entregue desde 1984 pela Agas ao final de cada temporada, destinado aos destaques do ano no setor de autosserviço. Mais informações: www.agas.com.br
{Cursos Regionais /Acats - Atendimento Interno e Externo - Como Ter Uma Excelência} Quem organiza: Acats (Associação Catarinense de Supermercados) Quando: 29 de novembro de 2011 Onde: Lages (Santa Catarina) Descrição: Curso para aprimorar os conceitos sobre o atendimento interno e externo em busca de excelência. Custo: R$ 130,00/R$ 180,00. Mais informações: www.acats.com.br /// (48) 32230174 - capacitacao@acats.com.br
{Projeto Verão Agas 2012} Quem organiza: Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) Quando: de 5 de janeiro a 28 de fevereiro de 2012 Onde: Quintão, Pinhas,Cidreira, Tramandaí, Capão da Canoa, Capão Novo e Torres (RS) Descrição: Escola Móvel da Agas sediará a 3ª edição do Projeto Verão Agas, que viabilizará a realização de oficinas gratuitas para o público em geral, nas principais praias gaúchas. Mais informações: cursos@agas.com.br (51) 2118.5200. Programação completa: www.agas.com.br/downloads/Arquivos/projeto_verao_2012.pdf
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{101ª edição da Retail´s Big Show/NRF}
Nova York (EUA)
Quem organiza: National Retail Federation (NRF) - Federação Nacional do Varejo dos EUA Quando: De 15 a 20 de janeiro de 2012 Onde: Nova York (EUA) Descrição: A NRF é a maior convenção do comércio varejista do mundo, e vai abordar temas de grande interesse para o Varejo, como: Gestão Financeira, Recursos Humanos, Tecnologia da Informação, Merchandising e Design de Lojas, Marketing, Comércio Eletrônico, Assuntos Estratégicos e a Loja do Futuro. Paralelamente, haverá exposição com cerca de 400 fornecedores. Mais informações: www.nrf.com (ou internacional@abras.com.br ou (11)38284556.
{Mercosuper 2012 - 31ª Convenção Paranaense de Supermercados}
Quer saber mais? Visite www.revistasupersul.com.br Revista Super
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Quem organiza: Associação Paranaense de Supermercados (Apras) Quando: 16 a18 de abril de 2012 Onde: Expotrade - Curitiba (PR) Descrição: O objetivo é gerar negócios entre supermercados e fornecedores, para isso a organização do evento cria um ambiente com o perfil de negócios do meio supermercadista. Mais informações: www.apras.com.br / (41) 84029288 / fabio@apras.com.br
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