Surf Girls Ehlas

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Edição #16 • dezembro 2010

TITANZINHO O esporte e o social de mãos dadas

DESTAQUES Moda, arte, lifestyle e muito mais


Foto: Rick Werneck

ÍNDICE: Editorial Cartas Salto Alto ........................................................

Titanzinho Titan Kids

Under My Wing Ensaio Fotográfico ........

Ensaios, Beauty e Ação

Baterias.........................................

Circuito Petrobras BSP

Life Style ......................................................... Arte ................................................................. Bodyboarding ....... Elas Acontecem

Praia Mole

Lu Quadros

Eventos e Ações Femininas


EDITORIAL Por Brigitte Mayer CONCRETIZAR: tornar concreto o que é abstrato; concretizar uma ideia, uma sonho. Realizar, alcançar um objetivo.

M

ais um ano se passou. E neste ano de 2010 a gente trabalhou duro, com muita disposição. Mas concretizamos diversos sonhos e projetos: mudamos de visual, implementamos novas ideias, estendemos nossos horizontes e firmamos novas parcerias.

Foto Lee Ann: Roberta Borges Foto Larissa : Rick Werneck

Dois mil e onze já está batendo em nossas portas – e, com ele, mais um monte de projetos e sonhos a serem realizados. Com certeza não faltarão fotos, vídeos e muita ação no mar, na terra, na neve e no ar. E também com a certeza será mais um ano de concretizações de projetos e sonhos d’Ehlas. Nesta edição, não faltaram concretizações, pessoas que fazem acontecer, que têm ideias, sonhos, e que os concretizam. Como Lee Ann Curren, que traz esperança e oportunidade para a comunidade do Titanzinho através do documentário “Titan Kids” e o “Surf and Hope”, assim como os projetos de bodyboard que, através do esporte, praticam a inclusão e vislumbram uma qualidade de vida maior. Além disso, mostramos as belíssimas pinceladas de Lu Quadros que, ao tocarem a tela e o papel depois de avanços e recuos, concretizam a sua sensibilidade e criatividade. Não podemos deixar de exaltar as nossas grandes campeãs de 2010, que batalharam o ano inteiro para, enfim, concretizarem o seus objetivos subindo no mais alto degrau do pódio. Boas festas e que 2011 seja repleto de concretizações!

Foto: Brigitte Mayer

Leen Ann Curren oferece aos jovens surfistas de Titanzinho, como Larissa dos Santos, a chance de um futuro melhor através do esporte. Ações como esta podem ajudar outros bairros e municípios carentes do País a concretizar muitos sonhos e projetos.


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MONIKA MAYER Designer monika@ehlas.com.br

LUIZ FLAVIO TI Designer pov@pov.com.br

ROBERTA BORGES Editora e fotógrafa roberta@ehlas.com.br

RICARDO LARGMAN Editor de textos kiko@ehlas.com.br

BRIGITTE MAYER Editora brigitte@ehlas.com.br

CLAUDIA GONÇALVES Editora claudia@ehlas.com.br


COLABORADORORES DE FOTO: FABIO MINDUIM minduim@blackkat.com.br

SORAIA ROCHA, ROBERTA MILAZZO E RENATA CAVALLEIRO Bodyboarders www.garotasbodyboarders.com.br

FABIO FANTAUZZI Solari Filmes www.solari.net.br fantauzzireis@hotmail.com

LUCIANO CABAL www.surfcabal.com.br/ caballes35@gmail.com COLABORADORORES DE VÍDEO: ADRENA PRODUÇÕES www.adrenaproducoes.blogspot.com adrenaproducoes@gmail.com

RODRIGO TINOCO Fotógrafo rkkacos@gmail.com

RICK WERNECK Fotógrafo rickwerneck@wnetrj.com.br

JULIANA MARTINS www.jumartins.com.br j.fotografia@gmail.com





Leia as cartas no acesso online


Foto: R ick We rneck/ Red Bu ll Phot ofiles


O bairro é o cenário típico das grandes cidades, com muitos crimes e tráfico de drogas; ações por parte do governo local são um hiato, mas projetos sociais, encabeçados por iniciativas privadas, vem ajudando Serviluz na retirada dos jovens do mundo dos vícios e da marginalidade. Escola Beneficente de Surf do Titanzinho, idealizada pelo surfista João Carlos Sobrinho, o “Fera”, vem ao longo dos anos fazendo um trabalho de inclusão social desses jovens talentos. Em 2010, mais dois projetos chegaram ao Titanzinho: Titan Kids e a fundação Surf and Hope, idealizadas por Lee Ann Curren e André Silva e Under my Wing, que compartilhou as experiências e histórias do ídolo das ondas grandes Carlos Burle, e , que promovem ações para dar novas oportunidades aos moradores da comunidade, visando à transformação social e à revelação de surfistas da nova geração local.

Foto: Rick Werneck/Red Bull Photofiles

A praia do Titanzinho fica no bairro de Serviluz, em Fortaleza, e já revelou grandes talentos, como a tetracampeã Tita Tavares, Pablo Paulino, André Silva, Fábio Silva, entre outros. O point teve suas ondas ameaçadas com a possibilidade da construção de um estaleiro – o que provocaria um grande impacto negativo na comunidade, especialmente àqueles que têm o surfe como uma oportunidade de vida melhor.


ÃO ORAÇ C E OPEU R U E URREN E C U G N N N A SA . LEE O R I E L DAR O U J BRASI A M ICA E D E D SE INHO Z N A T , vem TI Curren .

porte o Tom o estil missor no es nsiderada d i e r co al e pro sendo poucas mundi turo muito o m ã e e v p e um fu tricam , WWT ida, de lha do construindo ação para o a muito tím l de Biarritz o – i f , a s a e , n c c c i i i a o f a n n l i r .A mo d lass do p a fra a me surfist o os passos seguiu sua c ropeu. Um r a diferença e que seu na á j e n d eu os faz unidad ar que ileira seguin , Lee Ann co as do surfe g m m u e o l c d o a m s anos omo p isitou omess ado. U campeã bra gar e Aos 20 maiores pr com ações c da França, v ceu e foi cri a lu r s as a e , a tet ntou com o rem uma d , que mostr osta sudest ré Silva – na prio André a te c d se enc ró as -las a palavr ocalizada na fissional An e, como o p m francesa de de ajudá l rt ro ve ida cidade m surfista p tos no espo outros. A jo ossibil p oa a n m é e e u b strand o m o tam diversos tal aulino, entr e, e viu ali , o ntári P rf vida u ocume elhora de as, a revelo ares e Pablo nças pelo su te. d m u v ia or de m ndo drog Tita Ta aixão das cr avés do esp e filma portunidade obreza, as o d r n p t i p s do a z a o u r a com criança s nós. melho á prod sca por uma luta contra s t a s o r s e s u t e n todo e An er a dia d a bu um fu dré, Le do lugar e guindo venc de, o dia a a lição para n A m as co se ealida , é um Junto e das crianç esporte con ido a r sar de tudo s d m o a ê t que realid do surfe. É , ape ncia – ria de viver s ê l é o v i a v r at leg ea uição oeaa prostit ho. A paixã in Titanz

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Foto: Arquivo pessoal Titan Kids

ehlas: Como surgiu a ideia de fazer este documentário sobre Titanzinho? LEE ANN: É curioso. André e eu estávamos surfando

juntos no Titanzinho e não sei por que naquele momento pensei que seria maneiríssimo fazer um filme sobre o lugar, as figuras que encontramos por lá, etc. Quando saímos da água, ele me disse que queria fazer um documentário sobre Titanzinho. A mesma ideia, no mesmo momento… Foi assim que começamos.

ehlas: O que mais a impressionou no Titanzinho? LEE ANN: O que mais me impressionou foi o alto

nível do surfe de todos que surfam lá. Todo mundo mandando aéreos o tempo todo. Era muito inspirador surfar com a galera. Além disso, as pessoas são muito gentis: sempre convidam você para comer ou ficar de bobeira com eles em casa. Mas também vi muitas pessoas supermagras nas ruas. Primeiro, pensei que elas não tinham o suficiente para comer. Mas André explicou depois que todas aquelas pessoas eram viciadas em crack. Também me impressionou muito ao ver como algumas das crianças vivem. Elas sempre precisam dar um jeito para conseguir comida, roupa e praticamente tudo de que uma criança necessita. Nunca tive este tipo de problema quando era criança, então, isto me fez perceber o quanto tive sorte e a importância de poder compartilhar.

Lee Ann e Juju, uma das promessas do Titanzinho


Foto: Arquivo pessoal Titan Kids

ehlas: O seu namorado (o surfista profissional André Silva) é do Titanzinho. Isto faz você pensar mais no futuro daquelas pessoas? Você acha que é mais difícil ser um bom surfista, como ele é, vindo de um lugar sem oportunidades como este? LEE ANN: Sim, sei que o André tem uma cabeça

boa, forte, e que ele percebeu muito novo que tinha que achar um caminho bom com o surfe. Mas, como vemos no filme, alguns de seus amigos tiveram exatamente a mesma infância e as mesmas oportunidades, mas escolheram o caminho das drogas ou escolheram fazer parte de uma gangue. As dificuldades podem fortalecer as pessoas, mas só se tomarem as decisões certas. O que não é fácil fazer quando não existe uma pessoa para dar orientação.

ehlas: Você viaja muito. Já viu algo como essa realidade em outro lugar do mundo? LEE ANN: Sim, infelizmente em muitos lugares. Já

vi na África do Sul, no Marrocos, México, Costa Rica e até num país rico como os Estados Unidos.

Leticia Cavalcanti voltando de mais um treino


ehlas: Fale um pouco sobre o projeto “Titan Kids”. Como pretendem atuar no Titanzinho? mesma coisa que várias pessoas de lá já fazem. Ajudar crianças a terem uma oportunidade, através do surfe ou qualquer outra atividade ligada a este esporte. Conseguimos uma professora que está ensinando inglês, estamos construindo uma pequena casa que irá servir de base para as crianças quando elas precisarem de um lugar calmo, e também oferecemos alimentação. Conseguimos dez pranchas novas para os jovens surfistas. Estamos criando uma fundação chamada “Surf e Hope” para oficializar as ações que estamos fazendo e, assim, alcançar um maior número de crianças, possibilitando dar oportunidade para o máximo de pessoas.

Fotos: Arquivo pessoal Titan Kids

LEE ANN: Basicamente, queremos fazer a


mudar vidas? LEE ANN: Acredito que sim. Veja o André, por

exemplo. Ele ganhou sua primeira prancha de um surfista local e agora ele viaja o mundo para pegar onda. Outro exemplo é o da Tita Tavares, que deu uma prancha para Pablo Paulino e ele ganhou o título mundial alguns anos mais tarde.

ehlas: Qual a importância deste projeto para você, pessoalmente? LEE ANN: Fiz amizades verdadeiras com as

crianças e com as pessoas de lá. Tem sido uma experiência incrível. Tenho aprendido inúmeras coisas sobre a vida desde que começamos. Me dei conta de que era muito ingênua. Ver o sorriso de uma criança, talvez ver uma das crianças que ajudamos tornar-se profissional, uma campeã, ou até mesmo conseguir um emprego legal por causa do que fizemos: isto me faria muito feliz.

Lee Ann e as crianças do Titanzinho

Foto: Arquivo pessoal Titan Kids

ehlas: Você acredita que este projeto pode


ehlas: Porque escolheu Titanzinho para o projeto? O que o lugar tem de especial para você? LEE ANN: Basicamente porque

meu namorado André é de lá e teve a mesma infância que muitas dessas crianças. O Titanzinho, por ser um lugar tão especial para ele, faz ser especial para mim também. E eu também gostei muito do astral dos surfistas de lá. Eles te tratam como se você fosse da família.

André Silva e Juju

Foto: Arquivo pessoal Titan Kids

Lee Ann inspiração para as meninas da nova geração do Titanzinho


JÁ RENDEU FRUTOS. mais nova revelação do surfe feminino brasileiro vem do Titanzinho. Larissa dos Santos ainda é da categoria iniciante, mas gravem bem este nome: em dez anos de circuito brasileiro, nunca tinha visto uma menina tão nova surfando com tanto estilo, sintonia e leitura de onda como ela.

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Com o apóio do projeto de Lee Ann, Larissa teve condições de sair do anonimato e fechou patrocínio com a mesma marca que patrocina a francesa – e que está agora oferecendo condições financeiras para a jovem correr o circuito brasileiro pela primeira vez. Não foi à toa que a menina prodígio, já no seu primeiro evento, ganhou na sua categoria e também na mirim, uma categoria acima da sua. Larissa acabou de se consagrar campeã brasileira iniciante e foi vice na mirim. Em seu primeiro ano de Circuito Petrobras, conquistou, de quebra, o prêmio de revelação do circuito, o Troféu Brigitte Mayer, que é disputado entre as surfistas de todas as categorias. São pessoas como Lee Ann que mostram a verdadeira essência do esporte. Um exemplo a ser seguido por todos nós.” Claudia Gonçalves

Larissa recebe o prêmio de Revelação do Circuito Petrobras de Surf Feminino. Flávio Sukita, o pai, emocionado, e Brigitte Mayer

Foto: Rick Werneck

O PROJETO DA JOVEM FRANCESA


Fotos: Rick Werneck/Red Bull Photofiles

Larissa treinando no quintal de casa


Fotos: Rick Werneck

Em seu primeiro ano competindo, Larissa colecionou tĂ­tulos. Na etapa do Petrobras de Camburi, levou a categoria mirim e iniciante


Fotos: Rick Werneck/Red Bull Photofiles

O TITANZINHO RECEBEU CARLOS BURLE, ÍDOLO DAS ONDAS GIGANTES, NO PROJETO UNDER MY WING projeto Under My Wing tem o intuito de dividir com (e passar para) as futuras gerações do esporte o dia a dia dos atletas profissionais. Para isso, eles compartilham suas trajetórias e carreiras, passam esse conhecimento aos jovens e, assim, colaboram para o desenvolvimento de suas carreiras. O projeto acontece em vários países ao redor do mundo. No Brasil, teve Carlos Burle e Sandro Dias como embaixadores do surfe e skate, respectivamente. Enquanto Sandro recebeu os jovens skatistas na Bragança Paulista, Burle passou dois dias com 15 surfistas, entre eles cinco meninas no Ceará.

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O experiente “big rider” compartilhou com os jovens talentos do Titanzinho sua experiência de vida através de treinamentos especiais, palestras, avaliações e até baterias de competição. Burle abriu o evento falando aos participantes sobre sua história e exibiu um vídeo que resgata seu passado, suas


Avaliação física, uma das atividades

“Fera”, fundador da Escola Beneficiente de Surfe Titanzinho e idealizador do “Catá do surfe”

Fotos: Rick Werneck/Red Bull Photofiles

Larissa e Juju assimilando todas as dicas de Burle


Fotos: Rick Werneck/Red Bull Photofiles

O projeto Red Bull Under My Wing trouxe pela primeira vez ao maior celeiro cearense de surfe a experiência do lendário “big rider”

conquistas e os sonhos que contribuíram para torná-lo uma referência mundial no esporte. Os alunos participaram de sessões de ioga e alongamento e análise técnica de suas sessões de surfe filmadas. Em contrapartida, puderam exibir para o visitante ilustre o Catá do Surfe, método de treinamento original do Titanzinho em que os jovens simulam os movimentos das manobras sobre marcações desenhadas na areia, sem qualquer prancha. O procedimento foi criado pelo instrutor João Carlos Sobrinho, o “Fera”, fundador da escola de surfe que atua no pico há 15 anos e que abriu as portas para a realização do Red Bull Under My Wing no “Titã.


Burle, entre a nova geração do Titanzinho, Larissa, Juju e Leticia

Foto: Rick Werneck/Red Bull Photofiles

“O surfe me proporcionou a vida que eu sempre quis. Vim aqui para retribuir” Carlos Burle


Foto: Rick Werneck/Red Bull Photofiles

Juliana Souza, a pequena “Juju”, de apenas dez anos, impressionou a lenda das ondas grandes: “Considerando a pouca idade, a Juliana sem dúvida alguma está bem adiantada”


Foto: Rick Werneck/Red Bull Photofiles

Larissa dos Santos


Foto: Rick Werneck/Red Bull Photofiles

Entre as meninas, Camila Nero foi a campe達 no evento Under My Wing


Foto: Rick Werneck/Red Bull Photofiles

Tais, mais um grande talento do Titanzinho


Foto: Rick Werneck/Red Bull Photofiles

Leticia Cavalcanti, rasgando com estilo


Foto: Rick Werneck

ehlas: Como foi a experiência de participar desse projeto em Titanzinho? CARLOS BURLE: Muito importante para mim.

A realização de um sonho. Sou muito feliz e realizado com minhas escolhas e sei que tudo tem muito a ver com o surfe. Nesse momento da minha vida, quero cada vez mais estar envolvido nesses projetos.

ehlas: Como foi feita a escolha do lugar? CARLOS BURLE: O Titanzinho tem um lugar

muito especial na história do surfe brasileiro e mundial. Tinha que ser lá. Titanzinho é um celeiro de bons surfistas: Tita Tavares, ídolo nacional, campeã brasileira e com passagem pelo circuito mundial, é somente um exemplo.

ehlas: O que o mar do Titanzinho tem que tantos surfistas bons aparecem, e alguns com histórias de enorme sucesso? CARLOS BURLE: Não só o “beach break” é

muito constante e com uma formação que proporciona manobras fortes e inovadoras, como também os arredores, que têm condições que sempre complementam o surfe. É uma posição privilegiada no mapa do Ceará. Futuro e presente do surfe feminino cearense: Nayara Silva, Estephanie Freitas, Larissa dos Santos, Leticia Cavalcanti e Tita Tavares


Foto: Rick Werneck/Red Bull Photofiles

O futuro do surfe feminino brasileiro assegurado...

ehlas: Temos pelo menos quatro talentos do surfe feminino apontando no Titanzinho, O que você achou das meninas e do surfe por elas apresentado? Você acha que teremos mais algumas Titas no futuro? CARLOS BURLE: É impressionante

o talento das meninas do Titanzinho. Com certeza teremos mais campeãs despontando no cenário brasileiro e mundial. E tenho certeza de que tudo isso tem a ver com o trabalho das escolinhas e dos centros de treinamento.


um documentário intitulado “Titan Kids” e criaram uma organização chamada Surfe and Hope em prol da comunidade do Titanzinho. E você esteve lá com o projeto Under my Wing. Como vocês influenciam a comunidade local? Ajuda de fora pode mudar a realidade das crianças? E o que mais poderia ser feito? CARLOS BURLE: Com certeza. Ajuda bem

intencionada sempre faz diferença. Sei que o acesso a treinos e equipamentos é muito importante. O que eu acho que devemos fazer é investir no indivíduo. Forma personalidades equilibradas e mais bem preparadas para serem bem-sucedidas dentro e fora d’água. O caminho é esse. Vamos chegar lá!

ehlas: Finalizando... CARLOS BURLE: Quero agradecer o carinho

imensurável de toda comunidade com todos do projeto. Também relevar o trabalho da IPOM, representado pelo Ademir Calunga.

Foto: Rick Werneck/Red Bull Photofiles

ehlas: André Silva e Lee Ann Curren fizeram


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Foto: Brigitte Mayer

ENSAIOS, BEAUTY E AÇÃO CLAIRE BEVILACQUA, ERICA PRADO E MARINA WERNECK


CLAIRE BEVILACQUA

Foto: Roberta Borges

Foto: Brigitte Mayer


Foto: Rodrigo Tinoco

CLAIRE BEVILACQUA Foto: Brigitte Mayer


Foto: Rick Werneck

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CLAIRE BEVILACQUA


CLAIRE BEVILACQUA

Fotos: Brigitte Mayer


ERICA PRADO Foto: Brigitte Mayer

Foto: Juliana Martins


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ERICA PRADO

Foto: Juliana Martins

Foto: Rodrigo Tinoco

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ERICA PRADO Foto: Brigitte Mayer

Foto: Juliana Martins


ERICA PRADO Foto: Juliana Martins

Foto: Brigitte Mayer


MARINA WERNECK Foto: Rodrigo Tinoco

Foto: Brigitte Mayer


MARINA WERNECK Foto: Brigitte Mayer

Foto: Rodrigo Tinoco


MARINA WERNECK Foto: Rick Werneck

Foto: Brigitte Mayer


Fotos: Brigitte Mayer

MARINA WERNECK Assista ao vídeo online Clique aqui e assista ao vídeo



Foto: Rick Werneck


Foto: Rick Werneck


Foto: Rick Werneck


Foto: Rick Werneck


Foto: Rick Werneck


Foto: Rick Werneck


Foto: Rick Werneck


Foto: Rick Werneck


Foto: Rick Werneck


Foto: Rick Werneck


Foto: Rick Werneck


Foto: Rick Werneck


Foto: Rick Werneck


Foto: Rick Werneck


Foto: Rodrigo Tinoco


Foto: Rodrigo Tinoco


Foto: Luciano Cabal


Foto: Luciano Cabal


Foto: Luciano Cabal


Foto: Roberta Borges

Maresias Girls International recebeu mulheres surfistas de várias partes do mundo. Elas esbanjaram saúde, beleza e muito surfe durante o evento na Praia Mole, em Florianópolis. O que não faltou foi charme e estilo, cada uma com seu jeito próprio de ser, mostrando ao mundo que, mesmo vivendo o life style do surfe, elas se diferenciam na forma de vestir e se expressar. Algumas preferem o estilo despojado rasgado, mas nem por isso com menos charme que as outras mais audaciosas, com seus modelitos de onça, neoprene em cores cítricas e botas de couro. Os óculos continuam sendo um acessório importante, ainda mais para quem vive na praia.

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Confira o estilo das meninas!


Fotos: Roberta Borges

Tarryn Chudleigh

Bruna Schimitz

Laura Enever


Fotos: Roberta Borges

Tatiane Rodrigues

Diana Cristina


Nicola Atherton

Fotos: Roberta Borges

Silvana Lima


Tais de Almeida

Fotos: Roberta Borges

Marina Werneck


Foto: Rick Wernerck

Gabriela Leite Fotos: Roberta Borges

Alana Blanchard


LuQu os adr

“Viver me inspira. Estar viva me inspira.”


“O que me levou a retratar o kite foi o contraste das cores, suas transparências, os movimentos e sua leveza entre o céu e o mar. Mas kite, para mim, só na pintura. Ando de bicicleta, nado e pratico ioga.”


“Decidi ser artista no momento em que rompi com certas barreiras. Passei a dispor de uma abertura criativa real, sem preconceitos, e diante de um futuro imprevisível. Ser artista é criar para viver, e viver para criar.”


“Sou natural do Paraná, moro no Rio de Janeiro, minha alma é carioca e tenho a cidade de Búzios como amante inspiradora e fortalecedora.”

“O meu processo criativo é livre. Ao se criar, define-se algo até então desconhecido. Qualquer momento considerado necessário ou “desnecessário” alimenta a minha sensibilidade e me impulsiona a usar a criatividade.”


“A última pincelada é dada quando os avanços e recuos, opções ou decisões, já me levaram ao destino.”


Foto: Brigitte Mayer

Diana Cristina e Tais de Almeida, as finalistas

Brasil Surf Pro aportou em Búzios, na Praia de Geribá, levando não só a briga pelo título da terceira etapa mas também uma programação para todos os gostos no balneário mais famoso do Rio de Janeiro. Durante seis dias, alguns dos maiores nomes do surfe feminino do Brasil exibiram suas manobras em busca do cobiçado troféu e de pontos no ranking da divisão de elite nacional. Na areia, atrações culturais, atividades voltadas para o meio ambiente e muito entretenimento agitaram o público presente.

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Foto: Brigitte Mayer


Foto: Minduim

Diana Cristina


Foto: Minduim

Tais de Almeida


Foto: Minduim

Andrea Lopes


Foto: Minduim

Gabriela Leite


Foto: Minduim

Chantala Furlaneto


Foto: Minduim

Gabriela Teixeira


Foto: Minduim

Luana Coutinho


Foto: Minduim

Camila Cรกssia


Fotos: Brigitte Mayer

Juliana Quint, Fernando e Marina Werneck

Chantala, Claudinha, Suelen e Bruna Queiroz


Por Roberta Milazzo e Renata Cavaleiro

Nesta edição, teremos alguns exemplos de iniciativas voltadas exclusivamente para o mercado feminino do bodyboarding. Sejam sites, eventos, escolas... O que importa é que representantes do esporte tiveram uma visão específica de que as meninas precisavam – e mereciam – este empurrãozinho a mais.


Catarina responde:

ehlas: Qual foi a motivação para o projeto? Na verdade, este projeto nos motivou pela fraca adesão de meninas a praticar o bodyboard. O fato de Portugal ser um país frio no inverno,

quer dizer, bastante frio, não motiva muito uma menina a se iniciar na modalidade. No entanto, como gostamos de surfar com sol ou chuva, frio ou calor, achamos que qualquer outra menina poderia gostar tanto como nós. Então decidimos organizar um evento em 2004 no final do inverno: apesar do frio que estava, aderiram cerca de 70 meninas. Mas também é no inverno que temos as melhores ondas.

Fotos: Divulgação Boogie Chicks

O Boogie Chicks iniciou-se em 2004 e tem continuado até aos dias de hoje. Ele começou com a ideia de duas amigas que surfam juntas, Catarina Sousa e Teresa Duarte.


Fotos: Divulgação Boogie Chicks

ehlas: Você tem uma equipe própria ou cuida sozinha de tudo? Em relação a esse aspecto, a equipe inicial sou apenas eu, que faço os projetos e contato as empresas. Um mês antes, porém, começo a trabalhar com uma equipe para os preparativos. É muita coisa para uma pessoa só. Nos dias de evento somos cerca de 20 pessoas, entre as quais monitores, speakers, salvavidas e o staff técnico, que trata das inscrições, alimentação, alojamento,

atividades extras e todas as coisas necessárias para um evento como esse.

ehlas: Há alguma novidade sendo preparada? Para 2011, tenho um novo projeto voltado muito para o que já tem sido feito, mas gostaria ainda de ter uma etapa de algum campeonato nacional. Assim, as iniciadas poderão ver as mais experientes surfar e se inspirar. Existirá ainda uma outra novidade, mas, por enquanto, não posso revelar...


ehlas: Como nasceu a iniciativa? Foi a partir da ânsia que tínhamos com relação à atenção para nossa categoria. Queríamos mais eventos voltado para o feminino, mais incentivo para a prática do bodyboarding e mais união entre as praticantes.

ehlas: Quando ocorreu o primeiro evento? A partir de um grupo criado no MSN. Convidamos algumas meninas que já se conheciam e, então, combinamos de nos encontrar em uma praia (Porto das Dunas), onde rolou muita interação. Todas saíram muito satisfeitas, felizes com as ondas e com a parceria entre si. Foi aí que decidimos fazer esse Projeto de Bodyboarding Feminino para a promoção de encontros, aulões, oficinas, trocando experiências e o que, para nós, é o mais importante: promover a união entre as

Fotos: Divulgação Estrelas do Mar

Organizadoras do Projeto Estrela do Mar, Rebecca Fontenele e Camilla Delamônica, ambas praticantes e competidoras do cenário do bodyboarding cearense, respondem:


praticantes. Depois que fizemos os outros encontros e aulões, já conhecíamos várias meninas e elas já se instigaram para competir, como a Juliane e a Leticia Sousa, meninas que estavam engajadas no projeto e que começaram a fazer sua história no bodyboard cearense.

Fotos: Divulgação Estrelas do Mar

ehlas: Que atividades vocês buscam promover? As atividades são totalmente voltadas para a prática do bodyboarding, como: alongamentos, aulões recreativos desenvolvidos pelos profissionais (Luiz Gustavo, Eduardo Freitas e Ricardo Barbosa), além de trips para as praias do nosso estado (pretendemos ir a outros estados) para que as meninas experimentem outros tipos de ondas e o surfe delas se torne mais contínuo. Vamos promover também oficinas de boa alimentação, beleza e outros esportes.

ehlas: Com que ajuda vocês contam para manter o projeto? Como o projeto não tem fins lucrativos, não cobramos nada para você ser uma “estrela” e participar de nossas atividades e encontros. Temos como apoio várias marcas que ajudam o projeto de alguma forma: Aervis, Onuka Foto e Vídeo, Emfoco Surf, Delamônica Criações, Chayumar, PF Surf School, EBI, Afloat, Sanduicheria Natural e a nossa querida e também bodyboarder Nayana Costa, que é designer.

ehlas: Para fazer parte desse projeto ou apoiá-lo, como se deve proceder? Entrar em contato conosco pelo o nosso blog: www.estrelasdomarbb.blogspo t.com, perfil do Orkut Estrelas do Mar, pelo e-mail projetoestrelasdomar@hotmail. com, e nos seguir no Twitter www.twitter.com/estrelasdom arbb.


Elas respondem:

ambiente e o desenvolvimento sustentável. Como minha irmã é formada em Ciência da Computação e trabalhava com criação de websites, ficou entusiasmada com a ideia, e o site entrou no ar em julho de 2007.

do site?

ehlas: Parece que algumas matérias que vocês produziram foram muito emocionantes...

A criação do site foi ideia minha (Flávia) e da minha irmã, Fabiana. Eu pego onda de boyboard há 18 anos e minha irmã surfa há cinco anos, mas sempre fomos ligadas ao mar, pegando jacaré com prancha de isopor desde crianças. Além do bodyboard, gostamos de surfe e de longboard e tínhamos dificuldades em achar matérias sobre estes esportes, principalmente os resultados de campeonatos menores, fora dos grandes circuitos. Também queríamos um veículo em que pudéssemos divulgar ações políticas sobre o meio

Com certeza. E acho que a matéria mais marcante do site foi a primeira que fizemos junto a uma escola de surfe que desenvolve um trabalho com crianças e adultos especiais. Foi realmente emocionante – ainda mais ver a mudança na vida daquelas pessoas por causa do contato com as ondas. Lembro especialmente do Weriques, que se locomove em cadeira de rodas, mas que, ao ficar em pé na prancha com auxilio dos voluntários, transmite uma alegria tão grande que é impossível não se emocionar. Lembro também da Maria, que

ehlas: Como surgiu a ideia

Fotos: Divulgação Meninas do Mar

As irmãs Flávia e Fabiana criaram o site Meninas do Mar em 2007. As duas pegam onda, trabalham como servidoras públicas em Vitória, no Espírito Santo, e suas praias preferidas são Regência e Xangão.


possui forte depressão e não sorria antes de iniciar a oficina. Hoje basta entrar no mar que ela abre um sorriso enorme!

ehlas: E além dessa?

Fotos: Divulgação Meninas do Mar

Uma matéria que também causou bastante repercussão foi a do Dia das Mães. Recebemos muitos e-mails e comentários elogiando as mamães atletas e as mamães das atletas. Uma outra que eu particularmente tive grande emoção em fazer foi a conquista do tetra e do pentacampeonato Mundial de Bodyboard pela Neymara Carvalho.

ehlas: Vocês contam com algum tipo de apoio? Nós não temos patrocínio, mas parcerias com o Projeto Tamar e a Revista Moment, porque, como nós, eles trabalham com ideologias em que acreditamos. O site não tem fins lucrativos e eu e minha irmã trabalhamos hoje, em

paralelo, com atividades bem diferentes das do site.

ehlas: No final das contas, vale a pena o esforço? É muito gratificante divulgar resultados de campeonatos, ações em prol do esporte que existem em todo o Brasil e ainda trabalhar em defesa do meio ambiente. Tudo isso vale muito a pena! O bodyboard, o surfe e o longboard femininos são lindos e merecem todo o destaque. Nós adoramos o que fazemos e estamos nos organizando para fazer muito mais!


Lamartine (ES), a associação vem divulgando seus objetivos e cadastrando bodyboarders em seu site, o www.abfbb.blogspot.com. O circuito de 2011 deverá ter as categorias iniciante, amador e profissional. Futuramente, com o aumento de competidoras, serão incluídas as categorias júnior e master.

Fotos: Divulgação ABFBB

Inaugurada em meados de 2010, a ABFBB – Associação Brasileira Feminina de Bodyboarding chegou com o objetivo de criar um circuito forte para as meninas, além de formar novas adeptas e competidoras no País. Com a diretoria composta pelas atletas Aline Mello (RN), Pérola de Souza (PR), Tatiane Meneses (BA), Renata Cavalleiro (RJ) e Franthelly


Isabela Sousa CAMPEÃ MUNDIAL 2010

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om uma excelente campanha durante toda a temporada de 2010, a local da Praia do Icaraí (CE), Isabela Sousa, conquistou o seu primeiro título mundial.

Assista Assista ao ao vídeo vídeo online online

Fotos: Divulgação

E para fechar com chave-de-ouro, Isabela Sousa, ainda conquistou o título latinoamericano, se tornando tricampeã deste circuito (2006-2008-2010).

Foto: Divulgação/Lima Jr.

Ehlas acontecem


Suelen Naraisa

BICAMPEÃ ̃ BRASILEIRA

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o vencer a penúltima etapa do Circuito Brasil Surf Pro, que aconteceu na Praia da Joaquina, em Florianópolis (SC), Suelen Naraisa conquistou antecipadamente o título de campeã brasileira profissional e levou pela segunda vez consecutiva o caneco para Itamambuca, São Paulo.

Fotos: Minduim

Ehlas acontecem


Foto: Brigitte Mayer

Diana Cristina D

iana Cristina continua escrevendo o seu nome na galeria das grandes campeãs do surfe feminino brasileiro. Em 2010, acumulou o título do Circuito Petrobras de Surf Feminino e, assim, consagrou-se tetracampeã do Brasil Tour. Foi, aina, campeã sul-americana Pro Junior pela ASP South America. Diana ficou na quinta colocação na primeira etapa do Mundial Pro Junior, realizada em Bali.

Foto: Minduim

Ehlas acontecem


Jacqueline Silva

JACQUE ESTÁ DE VOLTA À ELITE EM 2011

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a última etapa do mundial QS, a surfista catarinense Jacqueline Silva avançou até a final do Cholo's Hawaiian Pro, em Haleiwa, Hawaii, e garantiu o retorno à elite do surfe mundial feminino WT 2011.

Foto: ASP/Cestari

Ehlas acontecem


Ehlas acontecem Stephanie Gilmore TETRACAMPEÃ ̃ MUNDIAL

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australiana Stephanie Gilmore venceu o Circuito Mundial de Surfe Feminino da ASP e se tornou tetracampeã mundial de surf profissional. Com a conquista de mais este título, tornou-se dona de um feito inédito na história do surfe mundial: é a primeira surfista a conquistar consecutivamente quatro títulos mundiais. Steph foi campeã em todos os anos que disputou o título desde que entrou para a elite do circuito mundial.


Foto: Rick Werneck

SAIDEIRA Se correr o bicho pega. Se ficar o bicho come. Camila Cรกssia na indecisรฃo...


Foto: Rick Werneck

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