abril 2011

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editorial

a Mônica Tozetto, editor .br om e.c uch ato ist rev a@ editor

A evolução da teoria Gosto muito de abril. O fato de fazer aniversário esse mês contribui, é verdade, mas considere também a presença leve, porém marcante, do outono. O que seria de nós sem as meias estações e seus humores instáveis? Por isso, a touché! que chega às suas mãos está tão interessante, outonal e acolhedora. A matéria sobre o arquipélago de Galápagos consi-

dero um presente do amigo de longa data, o jornalista Abner Leandro. A ilha é mágica e as fotos estão simplesmente deslumbrantes. Dividir as cristalinas águas com tubarões, tartarugas gigantes e outras espécies é apenas uma parte das aventuras do local que inspirou Darwin a escrever um dos mais brilhantes tratados sobre a espécie humana – a Teoria da Evolução.

Angela Rappa, nossa entrevistada do mês, foi outro achado para a presente edição. Dona de mãos primorosas na cozinha, ela de alguma forma homenageia todas as mães que nos lêem. Mas a revista ainda tem muitas outras boas surpresas, que como um presente só deve ser revelado à medida que você for abrindo nossas páginas. Aproveitem.

w w w. r e v i s t a t o u c h e . c o m . b r índice

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Entrevista com Angela Rappa

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Turismo com Rosa Massoti

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Tsunami, tubarões e a teoria da Evolução

Grendacc, uma história de vitória

Banda Brega nas Estrelas

Sociais

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Distribuição Gratuita

expediente Produção: Laser Press Comunicação Integrada www.laserpress.net – 11 4587-6499 Diretor Executivo: André Luiz de Barros Leite Editora: Mônica Tozetto

Sugestões de presentes para o Dia das Mães

Textos: Mônica Tozetto (MTB 33.120) Designer: Alexandra Torricelli Depto. Comercial: João Bosco e Vanessa Nakamura Tiragem: 6.000 exemplares


gente

)

Angela Rappa dos Santos

Amor e verdade:

essenciais para criar um filho Por Mônica Tozetto Angela Rappa dos Santos é a mais nova de uma turma de cinco irmãos. Quando bem pequena, a família dividia o tempo entre Itália e Jundiaí. Na época em que os irmãos entraram na escola, a opção foi criar raízes na cidade. A educação básica foi no antigo Instituto de Educação (hoje Bispo Dom Gabriel Paulino Bueno Couto). Como gostava de inglês e línguas de uma maneira geral, decidiu cursar Português/Inglês em Campinas. “Entrei para a faculdade bem nova, tinha 17 anos. Naquele tempo, não existia a gama enorme de escolhas que temos hoje. As mulheres faziam Letras ou Magistério, a fim de lecionar para crianças”, conta. Antes de acabar o curso de Letras, Angela já estava casada. Tinha 21 anos na época. Um dos motivos para essa união – além do fato de estar apaixonada – era conseguir viver ao lado de quem amava de uma maneira mais livre. “Meu pai era extremamente rígido. Ele era bem mais velho quando os filhos começaram a chegar, já que nasceu em 1895. Não deixava a gente sair, viajar, passear. Resolvemos casar para ter a nossa

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vida e ninguém mandando nela”, lembra. O idílio, porém, durou pouco. Logo depois de formada, deu início a um curso de Traduções. Acreditava ser uma ótima escolha, porque poderia ficar em casa, cuidando dos filhos que viessem e, ter sua profissão. E os filhos, danadinhos, não demoraram nada. Seis meses de casada e estava grávida. Naquela época havia um surto de meningite. Com medo de contrair a do-

ença, já que ia de ônibus para Campinas, trancou matrícula. “Tinha planos de viajar, sair, me divertir com meu marido, já que era muito nova e tinha sido muito presa. Mas eles vieram e surpresa: foi maravilhoso!”, recorda. Escadinha Os filhos vieram um atrás do outro. Primeiro Maurício, depois Cláudia e Roberto. Aos 26 anos, Angela já era mãe de três. A gravidez precoce revelou-se, para ela, a maior alegria do

mundo. “No final das contas, foi ótimo ter sido mãe cedo. Eu curtia muito ficar com meus filhos. Nadávamos, andávamos à cavalo, jogávamos tênis, íamos ao parquinho. Na época eu tinha uma Caravan que vivia lotada de crianças. Realmente, era muito divertido”, diz. A proximidade também foi boa para as crianças, que ficaram muito amigas. Quando adultos, saíam e viajavam juntos. Ângela acredita que não exista nada mais importante na vida de alguém do que os filhos. E é muito importante, para ela, pensar assim. “Criar meus filhos foi uma experiência maravilhosa, uma delícia. Poder participar da vida deles, quando pequenos, não existe nada parecido”. Uma das situações que mais


a deixa penalizada são as mulheres que precisam se dividir entre trabalho e filhos. De um lado, a realização pessoal. Do outro, o amor incondicional. “Morro de dó dessas mulheres. Porque é praticamente impossível essa divisão. Um dia seu filho está com dor de garganta, outro tem um amiguinho pra convidar. E as mães ficam com esse drama horrível, porque é

Isso pra mim é o mais valioso. Conseguir fazer com que seu filho seja alguém equilibrado e tenha uma cabeça boa para ser feliz.

maravilhoso criar filhos e também, ter uma carreira”, avalia. Se se tiver a facilidade de trabalhar por conta própria, é possível conciliar. Mas, se existe ho-

rário, fica complicado. Questionada sobre a opção de muitas mulheres hoje não terem filhos, Angela é categórica. “Não ter filhos??? Você não ter, na sua vida, a experiência de ter uma criança deve ser muito triste. Porque é natural. Porque todos os animais têm filhos, viemos para procriar e perpetuar a espécie”. Apesar de defender que a escolha é inerente ao ser humano, Angela acredita que não ser mãe é uma opção desconhecida. “Escolhendo isso, você não vai ter noção do que é amor por um filho. E é preciso isso. Não dá para explicar”. Educando Angela acha engraçada a maneira como observa algumas mulheres criando seus filhos, hoje em dia. “Eu era muito desencanada, não tinha medo. Não via perigo. Eu ficava com eles o tempo todo, cuidava extremadamente, mas não tinha as preocupações que se tem atualmente”. Por outro lado, ela avalia

Angela e os três em férias que sempre se traz, na lida com os filhos, um pouco da educação recebida em casa. “A gente acaba repicando o modelo, de uma maneira ou outra”, diz. O importante disso tudo, para Angela, é saber que seus filhos são pessoas felizes. “Isso pra mim é o mais valioso. Conseguir fazer com que seu filho seja alguém equilibrado e tenha uma cabeça boa para ser feliz.” Ela confessa, porém, que equilíbrio não é uma constante

em sua personalidade. “A Angela mãe é 99% emoção e 1% razão. Se eu tiver feliz, meus filhos vão saber. E seu estiver muito brava, eles também vão saber. Nunca pensei muito. Se tivesse que dar uns tapas, dava. Se tivesse que gritar, gritava. Mas, ao mesmo tempo, se tivesse que beijar, beijava e abraçava. Não consigo segurar a emoção. Não sei se é certo. É assim que eu sou”. Com seus filhos, ela se revelava em sua plenitude.

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Acho que se deve respeitar as pessoas que estão sua volta. Os filhos devem aprender que a liberdade termina onde começa a do outro

Ria, brigava, estressava e batia, se precisasse. O mundo, em sua opinião, é real. Quando adulto, o filho não vai ter um chefe nervoso? E na escola, nenhum professor vai ficar bravo. “São todos calmos e equilibrados? Não, a vida não é assim. Não tem o que fazer. Eu nunca acho, eu vivo”. Na formação do caráter, a verdade precisava ser uma constante na educação de suas crianças. Mãe ideal é a mãe verdadeira. Imagine, mentir para o filho! “Da mesma maneira, sempre esperei esse tipo de atitude deles. Às vezes, quando acontecia alguma coisa na escola e eu perguntava, eles respondiam: “Mãe, fala com fulano”. Eu respondia: “Não criei fulano. Se eu não acreditar em você, em quem vou acreditar?” Ela depositava em sua ninhada total confiança. Horários e comportamentos eram pontos que ela também exigia compromisso. Seus filhos tinham hora pra dormir, acordar e fazer as atividades que precisavam. Também nunca tolerou criança birrenta. “Eles iam conosco para restaurantes e ficavam sentados no cadeirão, quietinhos.” A alimentação era cuidadosa. Angela sempre achou extremamente importante seus filhos comerem carne, verduras, frutas todos os dias. “Fazia questão de uma alimentação equilibra-

da e hoje, eles comem de tudo.” Parceria Para Angela, nada se faz sozinho num relacionamento homem e mulher. Confiança é outro ponto que não dá para abrir mão. “Como ser casada há mais de 30 anos e não confiar? A gente tem que fazer da vida uma tarefa cada vez mais fácil, sempre”. Por isso, a parceria entre ela e o marido, Sérgio, parece ter dado muito certo. A educação dos dois foi oposta. O pai de Angela era rígido ao extremo. Já a família do marido era liberal. Dava responsabilidades, mas também, liberdade. “Meu pai não. Ele não exigia responsabilidade, mas também não dava liberdade. Uma coisa é aliada à outra. Se você não tem liberdade, não exercita a sua responsabilidade”. E assim, quando os filhos nasceram, muitas vezes Angela tinha medo de permitir certas coisas. O marido achava que po-

dia deixar. “Então, se ele deixava, podia. Criamos nossos filhos com muita liberdade. Aprendi muito com o Sérgio, na sua maneira de viver, na sua serenidade com relação à vida”. Quando as crianças entraram no Ginásio, ganharam do pai um despertador. “Ele disse: daqui pra frente sua mãe não vai mais acordar pra levar vocês pra escola. E eles se viravam. Preparavam o café da manhã e iam à pé para o colégio”, lembra. Apenas um episódio a deixou um pouco temerosa. Certo dia, estava levando o menor, de 6 anos, à aula de tênis. O pai olhou e disse que ele podia ir sozinho. “Beto (Roberto) se voltou pra mim inseguro, mas eu disse: se seu pai falou que pode, pode. Mas nesse dia, fiquei com medo”. Angela lembra que sua mãe a acordava com o café da manhã. E, na sua avaliação, as pessoas acabam, com isso, não se dando conta da enormidade de situações que dependem só de você, que é sua responsabilidade. “Você tem prova, tem que levantar cedo, é problema seu. Quanto antes aprender isso na vida, vai ser melhor.” Quando eles uniram seus esforços para criar os rebentos, decidiram ir vivendo. “A gente ia vivendo e cuidando das crianças, acompanhando e pensando nas soluções conforme elas aconteciam. Nunca pensamos muito, nunca lemos um livro. O

que jamais fizemos, porém, foi um desautorizar o outro, por mais que o coração ficasse apertado. Isso foi muito importante.” Outra atitude jamais tomada pela mãe foi ameaçar de contar algo quando o pai chegasse. Para ela, isso é um absurdo, atestado de incompetência. “A mãe tem que resolver os problemas com os filhos. A não ser que seja muito grave, o casal então pode conversar. Mas, ameaçar!? O coitado do pai chega cansado e ainda tem que dar bronca por uma coisa que aconteceu há cinco horas! Passou, passou.” A conclusão disso tudo é uma família que ela julga feliz, incluindo netos, genro e noras. “Sou muito grata pelas noras e genro que ganhei. Foi um presente”. Do que um filho precisa Não muito, na opinião de Angela. Essencialmente amor, verdade e educação. Esse último item, por exemplo, sempre a deixou preocupada. “Acho que se deve respeitar as pessoas que estão sua volta. Os filhos devem aprender que a liberdade termina onde começa a do outro”. Se lhe fosse pedido um conselho, diria que a vida tem que ser vivida, que as coisas a gente aprende vivendo. É preciso ensinar seus filhos o que puder, mas não existe verdade absoluta. Cada um vive da maneira que acha certo.

A Sapori Depois dos filhos criados, em 1989 Angela decidiu investir numa atividade. Havia recebido um sítio como herança e, para manter a propriedade, foi fazendo tentativas. Como vinha de uma família que valorizava o alimento, decidiu seguir por essa via. Plantou alcachofras, fez conservas. Presenteava os amigos, que gostavam e recomendavam. Daí foi um pulo para que surgisse a Sapori, empresa especializada na área de compotas e geleias. Sempre juntos

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Chocolate, um direito de todos A proximidade da Páscoa vem acompanhada pelo desejo de uma das mais cobiçadas guloseimas. O chocolate invade as prateleiras dos supermercados e brilha na decoração das lojas que oferecem uma variedade imensa de opções, seduzindo ainda mais as crianças. O problema é que muitas delas não podem consumir os ovos produzidos com chocolate convencional e as mães, para satisfazer a vontade dos filhos, muitas vezes enfrentam uma verdadeira via-crúcis. São crianças com doença celíaca, diabete, intolerância à lactose e até alergia ao cacau. A boa notícia é que a produção de chocolates com produtos alternativos tem crescido, fazendo da Páscoa desse público um momento mais alegre. Para que todos possam participar da troca de ovos nesta Páscoa, sem culpa e sem problemas de saúde, a GRÃO & CIA oferece substitutos ao chocolate tradicional, que é rico em gordura e carboidratos. As pessoas que têm intolerância à lactose e os celíacos (alérgicos ao glúten) podem consumir a Alfarroba, Chocosoy, Olvebra, trigostoso, Genevy Soy, ouro moreno Orgânico. Todos podem ser encontrados na loja Grão e Cia. A alfarroba é uma vagem que, após a trituração e torrefação, resulta numa farinha, utilizada na alimentação no lugar do cacau e com amplas vantagens. Tem apenas 0,7% de gordura e um alto teor, de 38% a 45%, de açúcares naturais, além de ser rica em fibras e não conter cafeína. Seu sabor é similar ao do chocolate amargo. Este produto pode ser encontrado em barra, pó, bombons, gotas e ovos de Páscoa. É indicado para diabéticos, celíacos e pessoas com intolerância à lactose. O chocosoy é um bombom de chocolate 100% vegetal, feito com extrato de soja, sem lactose ou glúten. Esta guloseima é especialmente indicada para pessoas com intolerância à lactose e celíacos. Seu valor calórico é inferior ao do chocolate tradicional e ao dietético. Também está disponível em barras e ovos de Páscoa. O Trigostoso, barras de 25 grs, 50 grs e ovos

GRÃO & CIA oferece: alternativas de OVOS DE PÁSCOA *Intolerantes ao Glúten *Vegan *Diabéticos *Celíacos *Alérgicos a lactose

de páscoa 100% vegetal, feito com massa de cacau, manteiga de cacau, extrato de soja, lecitina de soja, indicado para pessoas com intolerância à lactose e celíacos, disponível nos sabores natural e o lançamento chocolate branco com castanha de caju. Ouro Moreno – chocolate 100% orgânico, é o único fabricado no Brasil, 50% de cacau é isento de lactose, glúten e derivados de soja. Nesse ano lançaram o ovo de páscoa puro. Tem também a versão em barras de 20 grs nos sabores puro, uva passa, castanha de caju, castanha do Brasil. Olvebra – Ovo de Páscoa Choco Soy Diet e Normal é uma opção saudável para a Páscoa, pois além de ser sem lactose e sem glúten, não contém açúcar em seus ingredientes. Portanto pode ser consumido por diabéticos e possui o Selo de Qualidade e Confiança da ANAD - Associação Nacional de Assistência ao Diabético. Sem lactose - Sem adição de açúcar - Sem colesterol - Sem glúten - Sem gordura trans Apesar das calorias, a iguaria traz benefícios para a saúde e agiliza o raciocínio. “Mas quando consumido moderadamente, o chocolate traz benefícios para a saúde. Devido à presença de flavonóides, faz bem ao coração”, destaca a nutricionista Flávia Morais. Segundo estudo da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, o consumo desses elementos é capaz de retardar em até 8% a oxidação do colesterol ruim (LDL), que é um dos fatores responsáveis pela arteriosclerose. Em outras palavras, os flavonóides estão associados à diminuição do risco de doenças e ataques do coração. Fonte ainda de cafeína e teobromina, o chocolate atua como estimulante e agiliza o raciocínio. Além disso, aumenta a produção de serotonina, responsável pelo bom humor, ajudando a combater a ansiedade e a depressão. “O ideal é ingerir a guloseima de manhã ou no início da tarde, quando o corpo precisa de mais energia”. (fonte Revista Boa Forma, vegetarianos).

Grão & Cia - Produtos Naturais AGORA EM DOIS ENDEREÇOS: z R. Eduardo Tomanik, 155 - Chácara Urbana z Av . Comendador Gumercindo Barranqueiros, 550

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(e s p e c i a l

mães)

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Euphoria As últimas tendências de moda e estilo. R. Silva Jardim, 25 - Loja 04 - Vianelo - Fone: 11. 3446.3003

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Tire ela de casa Você não vai querer sua mãe na cozinha no dia dela, vai? Recém chegado em Jundiaí, o Restaurante São Judas Tadeu, desde 1949 em São Bernardo do Campo, possui uma excelente estrutura, com opções de pratos para a família toda. O preço é fixo e você come quanto quiser. Consulte valores. Av. Reinaldo Porcari, 3601 – Jardim Alice – Jundiaí – Tel: 4525-9090 – www.restaurantesaojudas.com.br / jundiai@restaurantesaojudas.com.br. (na estrada que vai para Itupeva, em frente à indústria Hellermanntyton)

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Especial Mães

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Microfisioterapia

Técnica francesa indicada para doenças físicas e emocionais A Microfisioterapia é um tratamento realizado com as mãos, semelhante a uma massagem, percorrendo o corpo todo, sem uso de medicamentos. Mas o propósito do tratamento vai mais além: visa tratar e prevenir doenças. A técnica pretende solucionar problemas que vão desde dores musculares e articulares até depressão, insônia e enxaqueca. Tem como princípio agir em cima da causa de um sintoma. Desenvolvida na década de 80, na França, a Microfisioterapia consiste em identificar bloqueios no corpo, que pode ser de origem tóxica, física e, principalmente, emocional. Estes bloqueios são formados como conseqüência de nossas reações diante de acontecimentos inesperados, aqueles que nos “pegam” de surpresa. Diante de um estresse, o sistema de defesa do corpo reage memorizando este sentimento de diversas maneiras,

não apenas na mente, mas também no corpo, na forma de sintomas. Segundo a fisioterapeuta Roberta Rocco, especialista na área com formação na França, e que trouxe esta novidade para Jundiaí, a técnica é um instrumento que tem ajudado muitas pessoas não só a se curarem, mas também a entenderem o porquê de sua manifestação. A novidade não pretende substituir a medicina tradicional. É aplicada por fisioterapeutas ou médicos que estudam o método e o indicam como uma terapia complementar ou preventiva. Os resultados animam os profissionais. As chances de melhora para quem sofre de enxaquecas, alergias, depressão, síndrome do pânico, artrites, artroses, disfunções hormonais são significativas. Porém, os especialistas reconhecem a dificuldade em eliminar danos no sistema auditivo e visual, apesar

Para saber mais: robertarocco@uol.com.br / www.microterapia.com.br Espaço Vitalis Rua Barão de Teffé, 237 - Tel.: 11 2709.3069

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de encontrarem vitórias no tratamento de câncer. O tratamento completo para um dado sintoma varia de três a quatro sessões. O espaçamento entre uma sessão e outra é em torno de 30 dias, tempo necessário para o corpo reagir ao estímulo e voltar ao equilíbrio. Depois da sessão, como houve um estímulo no sistema imunológico, o organismo começa a desencadear um mecanismo de eliminação. A pessoa pode sentirse cansada durante 48 horas, apresentar pequenas alterações físicas ou emocionais que desaparecerão rapidamente. “Assim, é indicado que o paciente descanse após cada sessão e se hidrate bem”, fala Roberta. Depois da melhora do sintoma, uma sessão a cada seis meses é indicada como forma de prevenção. “Como é o acúmulo dos registros (memórias celulares) que causam o sintoma, podemos intervir

antes que estes registros sejam ativados e se manifestem no corpo físico”, explica Roberta. Segundo ela, na Europa, todo o cidadão tem direito a sessões de Microfisioterapia. O método é apoiado pelo governo a fim de diminuir os custos de tratamento na área da saúde, focando prevenção. A Microfisioterapia não tem contra-indicações, podendo ser realizada de crianças recém- nascidas até idosos. A técnica é baseada essencialmente no estudo da Embriologia (desenvolvimento do embrião), filogênese (estudo da evolução das espécies animais), e Imunologia (estudo das defesas do organismo- o sistema imunológico).



(d e s t i n o)

Tsunami, tubarões

e a teoria da Evolução O jornalista Abner Leandro visitou Galápagos, arquipélogo do Equador, e o que não faltou foram fortes emoções. A começar, o local é um símbolo para a ciência moderna, pois foi a partir das observações feitas por Darwin na ilha que surgiu a teoria da Evolução da Espécie, uma das maiores descobertas de todos os tempos. A ilha é um paraíso para inúmeras espécies marinhas e também lugar predileto para tubarões de várias classes reafirmarem seu lugar na cadeia alimentar e se banquetearem com a fartura de pescados. Mergulhar nessas águas é certeza de dividir espaço com o rei dos mares. Além disso, enquanto se encontrava na ilha, Abner foi surpreendido com a notícia da aproximação do Tsunami que varreu parte do Japão e depois seguiu seu caminho rumo a outros lugares do Pacífico. As ondas chegaram, não tão fortes como no Japão, mas suficientemente poderosas para que Galápagos fosse fechado para visitas. Toda a aventura foi amplamente documentada e parte das fotografias os leitores de Touché terão o privilégio de ver com exclusividade. Mais fotos e alguns filmes do local no site www.revsitatouche.com.br.

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Os pássaros em um dos seus “banquetes” num dos canais de Galápagos

Galápagos foi considerada uma das sete maravilhas do mundo em 1986. Com este por do sol, ninguém tem dúvida disto!

Os leões marinhos brincando com mergulhadores em Gordon Rocks

Com tubarões, arraias, leões marinhos, tartarugas, entre outros, Gordon Rocks é considerado um dos cinco melhores pontos de mergulhos do Mundo!

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Os pelicanos aproveitam os grandes cardumes de peixes nos canais do arquiélogo

No arquipélogo é possível concontar as mais variadas espécies de peixes, dos mais coloridos aos maiores e mais perigosos.

Mergulhadores de todo o mundo (inclusive do Brasil) procuram os mares de Galápagos por sua grande quantidade de vida marinha.

Tortuga Bay é uma das mais belas praias do local. Lá também é o “lar” de iguanas marinhas e local de desova de tartarugas

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Nas águas geladas de Gordon Rocks os tubarões procuram sua alimentação diária

A Ilha Floreana é outra grande atração para os mergulhadores que vão a Galápagos


Instituto IOB

entra para o mercado de cursos preparatórios para concursos públicos Instituto IOB fornecerá cursos preparatórios para candidatos a vagas públicas por meio de modernas instalações de produção editorial e audiovisual, além de um renomado corpo docente Tendo em vista que nos próximos dez anos estima-se que 60% dos servidores públicos irão se aposentar, o que deverá gerar a contratação de cerca de 600 mil pessoas apenas para a reposição do efetivo, além da expectativa de redução da terceirização em algumas atividades, o Instituto IOB (www.institutoiob.com.br),empresa líder em capacitação profissional, anuncia que passará a atuar na formação de candidatos que disputarão cargos em concursos públicos e preparatórios para exames de Classe. Pertencente ao Grupo IOB, empresa com mais de 40 anosde experiência no mercado brasileiro de informações empresarias para as áreas contábil, tributária e trabalhista, o Instituto IOB conta com uma metodologia pioneira, modernas instalações de produção editorial e audiovisual, além de um corpo técnico formado por renomados profissionais, entre professores, gestores, editores, autores e técnicos. De acordo com Gilberto Fischel, presidente do Instituto IOB, para se ter ideia desse mercado, basta mencionar que a indústria de preparatórios para concursos públicos vem movimentando mais de R$ 1 bilhão por ano e é um dos segmentos educacionais mais promissores no Brasil. “Recentemente, houve um crescimento de 40% ao ano no número de inscritos. Esses dados mostram a importância de estarmos focados neste mercado”, ressalta. Hoje o número de inscritos é de 10 milhões por ano. E somente 500 mil candidatos se preparam. O executivo complementa que, segundo dados recentes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), os cargos públicos representam 21% do total de empregos formais existentes no país, e que a maior parte dos alunos tem de 20 a 35 anos, está empregada e em busca de ascensão profissional. ”Os cursos preparatórios do Instituto IOB serão ofertados em ambientes web, em plataformas audiovisuais gravadas e cada disciplina dos cursos terá um livro impresso, com anotações das aulas e questões de concursos anteriores. O principal foco estará nas áreas que tenham sinergia com a identidade do Instituto. Portanto, cursos voltados para carreiras jurídicas e fiscal terão destaque”, afirma Fischel. Em 2010, o Grupo IOB empregou um total de 20 milhões de reais na estruturação do Instituto e esse investimento está pautado na busca de diferenciais como: 9 Todos os cursos do Instituto estão estruturados em Unidades de Estudo. Cada uma trata de um tópico específico do conteúdo e possui duração média de 15 minutos. Isso garante flexibilidade aos candidatos, que podem focar em tópicos de mais interesse e na ordem que lhes for mais conveniente; 9 Cada Unidade conta com uma videoaula, exercícios e notas de aula presentes no livro da disciplina. Vale ressaltar que os livros são físicos e enviados para a casa dos participantes; 9 O aluno nunca está sozinho, pois conta com suporte individualizado de Orientadores de Aprendizagem – profissionais preparados para esclarecer dúvidas administrativas, orientar e acompanhar o ritmo e o aproveitamento de estudos de cada participante. Os orientadores são responsáveis por montar um plano de estudos para cada participante, de acordo com o seu foco e tempo disponível para os estudos; 9 Acesso gratuito ao Juris Síntese, produto Premium da IOB com diversas informações sobre legislação; 9 Flexibilidade – o aluno pode estudar quantas vezes desejar e em qualquer lugar. O início é imediato e não há a formação de turmas; 9 É oferecido um livro por disciplina, com as notas das aulas e questões. 9 Para início dos trabalhos todo o aluno que optar pelo curso com duração de 12 meses receberá, caso não aprove em concursos, mais 12 meses de acesso gratuito a todo conteúdo. 9 Para todo aluno graduado que optar pelos cursos de 12 meses terá

um certificado de pós graduação pela UNINTER. Sobre a IOB Fundada em 1967, a IOB é uma empresa 100% nacional e lidera o mercado de informações empresariais jurídicas e tributárias. No total, são mais de 100 mil clientes de diversos portes e segmentos e, aproximadamente 1 mil colaboradores, distribuídos nas quatro filiais da empresa localizadas no Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife, além da sede em São Paulo. AGÊNCIA IOB JUNDIAÍ Em caso de dúvidas ou informações acesse o site institutoiob.com.br e ou na região entre em contato através do e-mail mkt@agenteiob.com.br ou pelo telefone 11-2449-2338.

Agência IOB – Jundiaí Tel.: (11) 2449.2338

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(ajudar

é l e g a l)

uma história de vitória

Por Bruna de Barros Leite

Em 1994, Verci Butalo, atual diretora-presidente do Grendacc (Grupo em Defesa da Criança com Câncer”) recebeu o diagnóstico de câncer de seu filho. Na época, Jundiaí não oferecia nenhum tipo de tratamento. A opção foi seguir pra Cam-

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pinas. Lá, a família conheceu um grupo de apoio às crianças portadoras da doença. Nascia, então, o embrião de uma entidade com os mesmos objetivos na cidade, inaugurada no ano seguinte. O Grendacc atende um

público de 0 a 19 anos. Mas, de acordo com Verci, jovens acima dessa idade, que já se curaram mas que ainda possuem algumas sequelas, continuam frequentando o local. Afinal, não é à toa que o símbolo do hospital é um canguru, que representa o

acolhimento. “Temos pacientes que começaram a se tratar ainda jovens. Voltam aqui curados e já casados, às vezes até com filhos. Isso é muito gratificante”, comemora Verci. A presidente comenta que a primeira coisa que as


pessoas pensam quando recebem o diagnóstico de câncer é em morte. Mas ela afirma que não é assim. “Câncer definitivamente não é o fim do mundo, principalmente em crianças, onde a média de cura é de 70%”, enfatiza. Hoje, a infra-estrutura do Grendacc é mantida através de doações. Verci ressalta que, se algum dia esses montantes forem interrompidos, poderá ser o fim do hospital. “Estamos confiantes, porém, porque, ultimamente tudo está indo bem”, fala. Uma nova ala está sendo construída, destinada à parte administrativa. O prédio atual será readequado. Além das áreas de tratamento, estão pre-

vistos espaços para centro cirúrgico e UTI. Em 2010 o Grendacc completou 15 anos de história. Para comemorar o feito, Verci lançou o livro “GRENDACC – Uma Lição de Vida: sonhos, lutas e conquistas de um hospital que, hoje, é referência no tratamento do câncer infantil”. A capa foi desenhada por Pedro Sabiá. Você também pode ajudar o Grendacc e é muito fácil. Basta acessar o site – www.grendacc.org.br e se cadastrar. As visitas também são bem vindas. “Estamos aqui, de braços abertos, a todos que quiserem conhecer nossa luta diária em prol das crianças com câncer”, concluiu ela.

Verci lançou o livro “GRENDACC – Uma Lição de Vida: sonhos, lutas e conquistas de um hospital que, hoje, é referência no tratamento do câncer infantil

www.grendacc.org.br touché! 17


(diversão )

A Banda é composta por: Valter Tozetto Jr. (vocal), Ivan Assaf (guitarra), Rafael Testi (bateria), Angelo Corredato (teclado) e Alexandre Mindu (contra-baixo)

Ginástica para a alma Com o slogan “colocando mais alegria em sua vida e levando mais emoção ao seu coração”, a Banda Brega nas Estrelas tem conquistado um público de 8 a 80 anos O começo foi inusitado. Há oito anos, o atual guitarrista da Banda e professor de violão, Ivan Assaf ganhou um CD de música brega. Ele sabia que um de seus alunos, Valter Tozetto Júnior, gostava de cantar. Juntos, ensaiaram um repertório de dez faixas para realizar uma festa caseira. Era março de 2003. O evento foi um sucesso e logo vieram outro e mais outro. Com o passar do tempo, os convites e, consequentemente, as necessidades, começaram a crescer. E a Banda acompanhou. “Eu me lembro que, no começo,

eu controlava a bateria eletrônica com o pé. Era até engraçado, todos curtiam, mas os instrumentos precisavam ser ampliados”, conta o vocalista. Hoje a banda é composta de guitarra, bateria, baixo e teclado. Júnior explica que a Banda procura ser fiel, ao máximo, no que acreditam ser brega. Os solos das músicas, por exemplo, respeitam gravações originais. No repertório, Gretchen, Sidney Magal, Altemar Dutra entre inúmeros outros. Algumas performances são sempre aguar-

Próximos shows · 14 de abril – Espaço Baco – Várzea Paulista · 30 de abril – Toca do Rei – Ferroviários · 13 de maio – Estrela da Ponte – Ponte São João · 24 de junho – Aldeia – Rua do Retiro

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dadas, como deitar no chão música Garçon. Outras acontecem ali no improviso. “Um show nunca é igual ao outro. Vamos interagindo com o público, brincamos com as pessoas, não deixamos ninguém parado”, diz ele. Assim, entre sons como Turma do Balão Mágico, He Man, Pulga e Percevejo, marchinhas de carnaval e rocks dos anos 60, amigos e famílias de 8 a 80 anos se divertem a valer. O que conta no ambiente Brega nas Estrelas é um humor sadio, de alegria contagiante. O ritmo permite que todos extravasem e dancem do jeito que quiser. “Afinal, é brega mesmo, né”, brinca Júnior. No final, a sensação é de se estar com a alma lavada. Experimente Brega nas Estrelas.

Para contratar · Valter Tozetto Júnior – 9755-5818. · Além dos shows abertos, a banda também toca em eventos fechados, como casamentos e outras festas


( sociais )

Teddy Bear Em março, a escola Teddy Bear realizou o Dia do Amigo, quando os alunos podem convidar alguém para, juntos, vivenciarem a língua inglesa através do preparo de um prato. A receita escolhida foi Chocolate Cake.

Paineiras

A advogada Gisele Fleury Charmillot Germano de Lemos foi homenageada com a inauguração de sua foto na galeria de expresidentes. Gisele vem fazendo um excelente trabalho em prol da classe.

Na Segunda Semana da Moda e Beleza Outono Inverno 2011, realizada pelo Shopping Paineiras no final de março, muitas atrações. Destaque para a consultora de estilo e apresentadora de TV Chiara Gadaleta, aqui com Teresa Staeheli, gerente de Marketing do shopping. Chiara é especializada na área de sustentabilidade. Saiba mais: www.sersustentavelcomestilo.com.br

Intera Inaugurada em março, a Intera atua na área de cursos voltados a concursos públicos. Rua Eduardo Tomanik, 145 – 2449-3919

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viver bem

E se lhe perguntarem:

- você sente que está em evolução? Dia destes, próximo ao final do ano, um grande amigo que não via há muito me telefonou: Fernando, que prazer falar com você! Como vai? E a vida, Claudia e as meninas? Até aquele momento da conversa, somente felicidades quanto a alegrias que a vida e família geram. Até que veio a próxima pergunta: Você sente que está em evolução? Da alegria por estar conversando por telefone com alguém muito querido e há muito distante, passei à agitação decorrente da tentativa de verbalizar o turbilhão de pensamentos, ideias, sentimentos e questionamentos que me atingiram. Afinal, o que é estar em evolução? É estado de espírito? São conquistas e realizações? Da inquisição - santa ou não-, me restou o que afirmou Goethe, para quem “tudo é mais simples do que podemos imaginar e, ao mesmo tempo, mais intrincado do que poderíamos conceber”. Se a vida pode ser simples, quando apenas vivida, se torna insuportavelmente complexa quanto a sua realidade. Quanta pretensão e dualidade. Existem perguntas que nunca se espera. Confesso que fiquei desconcertado. Momentos em que nossos pensamentos são tão rápidos e tantas coisas passam pela mente que aparentemente todo o tempo ao redor congela. Parece que tudo parou por alguns segundos! Da surpresa da

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indagação restou o silêncio que se origina na complexidade das coisas que não tem resposta imediata ou do que nunca teremos certeza quanto a precisão dos sentimentos e clareza do que se esforça por pensar. As emoções parecem não caber numa frase ou conversa. Perguntas requerem respostas e algo tem que ser dito. Da melhor maneira que pude, procurei responder e me livrar daquilo, ao menos para o momento:- acredito que o tempo nos torna mais experientes, diminui ansiedades, ficamos mais tranquilos e menos impulsivos. Questões se apaziguam devido ao amor da família, dos amigos e de algumas conquistas materiais, sentimentais e espirituais. A experiência decorrente dos anos vividos apazigua alguns sentimentos... Embora a resposta tenha sido sincera, os filtros do intelecto continuam a me provocar: existem pensamentos que são difíceis de nos deixar. Algumas situações, palavras e pessoas pa-

recem provocar nossa sensibilidade como se algo apertasse um botão em nossa mente. São gatilhos que nos levam a pensar durante muito tempo sobre algo... E volto a me perguntar: - Do que depende a nossa evolução? Ter mais foco e clareza quanto ao que se quer? É questão de auto controle? Será produzir mais e melhor no trabalho? Ser um amigo, cidadão, pai ou marido melhor? Mais conquistas materiais, estados de plenitude, felicidade, apaziguamento, realização pessoal e profissional? Alguns questionamentos da natureza humana não caberiam em toda a dimensão dos oceanos... Apesar da complexidade do tema arrisco certa elaboração: estar em evolução talvez esteja relacionado ao controle dos sentimentos que a vida pode nos levar a gerar. Acredito que seja algo como lutar muito quanto aos desafios que nos foram impostos e ao mesmo tempo satisfeito com o que a vida nos deu. É conseguir se libertar de pensamentos desagradáveis, das

pressões ocasionadas na sociedade e encontrar momentos de absoluto prazer e satisfação, independente de tudo e de todos. É algo como aprender a lidar com as frustrações que sempre existirão e aceitar que algumas dificuldades fazem parte de um mundo nada cartesiano, que não é perfeito ou previsível. Lembrar sempre que a vida requer enorme esforço de adaptação e mudança. Também arrisco defender a importância de se estar atento ao aprender sempre, independentemente da idade. E dar valor somente ao que realmente tem valor, ignorando pequenos aborrecimentos e dificuldades. E quanto a você? E se lhe perguntarem se está em evolução? Aproveite a jornada e boa reflexão.

Fernando Balbino Graduado em Educação Física pela UNESP de Rio Claro, mestre em Filosofia da Educação pela UNIMEP, doutor em Ciências Sociais pela PUC de São Paulo. viverbem@revistatouche.com.br


tecnologia

Pergunte ao pó Na semana que passou a Google sofreu uma tremenda derrota na justiça americana. O juiz federal Denny Chin vetou o acordo entre a gigante de buscas e a Authors Guild, travando o que seria o caminho aberto para criar a maior biblioteca e livraria on-line do planeta. Pesou na decisão a audácia do Google em ter antecipado a digitalização de mais de 10 milhões de livros sem obter a permissão. Além disso, tem incomodado em demasia situações que estamos enfrentando para viver numa socie-

dade pautada pela informação, como o sistema de mapeamento onde as casas em quase todas as ruas do mundo são fotografas sem nenhum critério ou mesmo consentimento. Mas, comemorar a decisão, como muito fizeram, pode ser uma vergonha. Afinal, o projeto certamente deixaria os livros mais acessíveis para escolas, pesquisadores e populações carentes. A digitalização facilitaria ainda a conversão dos textos para o sistema Braille e formatos em áudio, ampliando o acesso. Autores e editoras também iriam se beneficiar, pois no-

vas audiências seriam geradas. Por fim, livros antigos, que esfacelam-se ao olhar e que custam para serem minimamente preservados, seriam ressuscitados para a vida eterna, sem precisar retornar ao pó bíblico. Mas enfim, quem ganhou com a decisão? Bem, a decisão acabou ampliando opiniões minoritárias de autores que não gostariam de ver seus livros relacionados na biblioteca do futuro. Outros ainda não engoliram o fato de a Google ter conquistado nos tribunais o direito de publicar trechos das obras.

Na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) do ano passado pude acompanhar a palestra do escritor americano Robert Darnton, autor, entre outros, de “Os Dentes Falsos de George Washington” , sobre o tema Google e o novo futuro Digital. Para Darnton, um dos problemas desse imbróglio todo é o risco de ampliar o monopólio do buscador, transformando-o no maior detentor de informações jamais imaginado na história. A decisão de qualquer forma interfere com a possibilidade de termos uma verdadeira biblioteca on-line para estudantes, pesquisadores, historiadores, genealogistas e cidadãos livres do mundo. Uma pena.

André Barros tem o estranho hábito de colocar palavras estranhas no buscador do Google para saber no que resultarão. tecnologia@revistatouche.com.br

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taste

Vinho do Douro, Vinho do Porto: um vintage entre os nobres

A foz do rio Douro, nas proximidades das cidades do Porto e Vila Nova de Gaia em Portugal, produz um vinho licoroso peculiar, não encontrado em outro local do planeta. A terra é composta por encostas escarpadas e compreende a região demarcada para a produção vinícola. O rio Douro nasce na cidade espanhola de Sória e corta todo território norte de Portugal, desaguando no município do Porto. O nome Douro tem sua origem ligada a presença de pequenas pedras brilhantes encontradas em suas margens, que eram confundidas com ouro, daí o nome de “rio do ouro”, ou rio Douro. Genericamente, o vinho produzido na região recebe o nome de vinho do Porto devido à obrigatoriedade de beneficiamento naquela cidade para que obtenha o selo de origem controlada. A foz do Douro foi à primeira região demarcada do mundo para o cultivo de vinhas. O terreno característico da região, composto por socalcos de xisto desafiam a gravidade e são considerados como o berço dos melhores vinhos do mundo. O processo tradicional de produção desses vinhos inclui a paragem da fermentação do mostro pela adição de aguardente vínica, que confere seu aspecto fortificado. O vinho do Porto diferencia-se dos vinhos comuns por várias características próprias, entre as quais, destaca-se a riqueza e intensidade do aroma, teor alcoólico elevado (entre 19 e 22% vol.), grande variedade de doçura e diversidade de cores. A tonalidade do vinho do Porto vai desde os brancos (pálido, palha e dourado), aos tintos (com tonalidades intermediárias, alouradas e alourada-clara). Os brancos, quando envelhecidos em garrafas por muitos anos, podem adquirir uma tonalidade próxima dos tintos

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alourados-claros. Por opção do produtor, e dependendo do momento da interrupção da fermentação do mostro, o vinho pode ser muito doce, doce, meio-seco, ou extra-seco. São considerados três tipos de vinhos do Porto: Branco, Ruby e Tawny. Os brancos são produzidos exclusivamente a partir de uvas brancas, sendo considerados como jovens e frutados, devendo ser consumidos em curtos períodos após a elaboração. O Porto Ruby é um vinho que conserva por mais tempo suas características iniciais devido à baixa oxidação. São muito frutados, apresentam cor escura e sabor de frutas vermelhas. Os Rubies também são vinhos jovens, porém os LVB (Late Bottled Vintage) e os Vintages, podem ser guardados, pois envelhecem em garrafas. Os Portos Tawny também são tintos feitos das mesmas uvas do Ruby, porém com diferença no processo de envelhecimento. Apresentam tonalidades mais claras e sabores de frutos secos como nozes e amêndo-

as. Com o envelhecimento ganham maior complexidade aromática, com toques de madeira, café e chocolate, entre outros. Os Portos apresentam denominações especiais de acordo com as características de envelhecimento, qualidade da uva e excepcionalidade da colheita. Os standard são os comuns, envelhecidos por até três anos. Reserva são os Portos produzidos a partir de uvas selecionadas de grandes qualidades, podendo ser brancos ou tintos, e envelhecidos por cerca de sete anos. O Porto LVB apresenta aspecto de tinto Ruby e é produzido a partir de uma só colheita excepcionalmente boa. Envelhece de quatro a seis anos e depois de engarrafado continua sua evolução. Os Tawnies Envelhecidos são vinhos que permanecem por longos períodos em barris de carvalhos (10, 20, 30 e 40 anos). O Porto Colheita apresenta características próximas às dos Tawnies Envelhecidos e é considerado de alta qualidade, proveniente de uma

só colheita. Vintage é a classificação mais alta de um Porto, sendo considerado o vinho proveniente da colheita de um só ano e em anos de safras excepcionais. É envelhecido na madeira por no máximo dois anos e meio e posteriormente continua o processo em garrafas. O Porto Crusted é uma mistura de vários Vintages engarrafados depois de três anos na madeira. É muito encorpado, formando um sedimento na garrafa que precisa ser decantado. O vinho do Porto deve ser servido fresco, em geral entre 6 a 12º, com exceção dos Vintages que são melhores apreciados entre 16 a 18º. Um Porto pode ser degustado com alimentos, combinando sabores e aromas, entretanto, o mais comum é servir como um digestivo, no final das refeições. A etiqueta manda que o anfitrião faça o teste do vinho e sirva o convidado imediatamente à direita, em seguida a garrafa deve circular pela esquerda. É uma das bebidas mais apreciadas para acompanhar um charuto, que neste caso deve ser aceso na segunda passagem da garrafa pela mesa. Agindo assim, pode-se apreciar as qualidades do vinho, e posteriormente a harmonização com o charuto.

Godofrêdo Sampaio Médico, escritor e aficionado por vinhos, charutos e boa mesa. Membro e ex-presidente da Academia Jundiaiense de Letras.

bonvivant@revistatouche.com.br




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