dez2010

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editorial

a Mônica Tozetto, editor .br om e.c uch ato ist rev editora@

30 anos de caviar “Sorry”, periferia! Fenômeno do jornalismo brasileiro, o colunismo social já produziu grandes nomes, provocou escândalos, deu furos e se consolidou como parte de qualquer bom jornal que se preze. Todos devem muito a Ibrahin Sued, carioca que praticamente estabeleceu o gênero no Brasil. No jornal O Globo, onde ingressou em 1954 e ficou até falecer em 1995, Sued falava da alta sociedade fluminense e dava dicas de etiquetas. Em Jundiaí, Théo Conceição é sinônimo de colunismo social.

Com um carreira impecável, ele acumula décadas de um colunismo eclético, por vezes sarcástico, mas sempre respeitoso. Sua capacidade para elencar famílias, datas e acontecimentos da cidade é reconhecida por todos. Ao mesmo tempo que procura as notícias, ele é fonte de inúmeras delas. Essa edição touché! presta uma homenagem a este colunista que completa agora em dezembro 60 anos. Mas, ainda há muito mais. A dica do restaurante Carlino, em São Paulo, é certeira para os

amantes da culinária italiana, especializado naquela originada na encantadora toscana. Do restaurante para o SPA, a colunista Érica Tomazini, depois de duas semanas num SPA, relata de forma precisa as dores e delícias de uma dieta de pouquíssimas calorias. A equipe da touché! aproveita para desejar a todos um fim de ano repleto de boa mesa, diversão e um ano novo de grandes realizações. E como diria Ibrahim Sued: Sorry periferia, que é hora de a gente se divertir!

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Acompanhe a touché! pelo site www.revistatouche.com.br e veja as dicas para aproveitar suas férias. Ainda nas páginas dos antigos exemplares, muitos artigos e outros assuntos. Acesse já!

Participe Comentários, críticas, elogios e outras sugestões são bem vindos. No site, acesse “Fale conosco” para dar sua palavra.

Distribuição Gratuita

expediente Produção: Laser Press Comunicação Integrada www.laserpress.net – 11 4587-6499 Diretor Executivo: André Luiz de Barros Leite Editora: Mônica Tozetto

Textos: Mônica Tozetto (MTB 33.120) e Flávia Alves Designer: Alexandra Torricelli Depto. Comercial: Carla Mulinari Tiragem: 6.000 exemplares


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gente

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Um homem de convicções Ele não tem celular e nunca dirigiu. Recusou-se a ingressar no mundo dos computadores. Na sua rotina, ninguém mexe. Sua família são os amigos. Conheça um pouco da excêntrica personalidade do colunista social do Jornal de Jundiaí, Théo Conceição, que, no dia 8 de dezembro, completou 60 anos de idade.

Por Mônica Tozetto

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Filho único, Théo Conceição nasceu Luís Carlos, em Recife, Pernambuco, em 1950. Não chegou a conhecer o pai. A mãe acabou casando-se novamente. Por conta dessas idas e vindas, o menino foi criado pela avó materna, Emília. A vida de dificuldades no nordeste trouxe a família para Jundiaí, em 1957. “Não lembro nada desse passado. Sei que foi um tempo muito difícil. O nordeste antigamente era ainda mais complicado”, conta ele.

Meu mundo sempre foi povoado pelos meus amigos

A infância em Jundiaí foi relativamente normal. Estudou no Anchieta e Gasparian. Tinha muitos amigos e gostava de esportes. Seus primeiros empregos foram na área da contabilidade, passando por empresas como Vulcabrás e Sifco. Entre 18 e 19 anos, perdeu a avó e a

mãe e foi morar com um amigo. Aliás, o colunista fala da cidade de Jundiaí com extremo afeto. “Não troco Jundiaí por nada”, afirma. Recebeu das mãos do então vereador do PT, Gerson Sartori, o título de cidadão jundiaiense. Amigos e família Para Théo, os amigos são um assunto muito sério e estão acima de qualquer parentesco. “Meu mundo sempre foi povoado pelos meus amigos”, garante. São eles, ressalta o colunista, que formam sua família. Extremamente fiel às amizades, procura não fazer mal a ninguém. “Se eu não puder ajudar o próximo, também não prejudico.” Ao seu lado estão aqueles que o respeitam verdadeiramente, como pessoa e profissional. E, o que é melhor: cada um no seu canto. “Construí meu mundo assim: preservando meu espaço”, ensina. São tantos e tão queridos os amigos, que Théo Conceição garante que não teme a solidão. Adora crianças, mas nunca quis

ter um filho. “Nunca sonhei com isso”, conta. Reserva o afeto para filhos de amigos. Mima, presenteia, brinca. Depois, volta para o seu apartamento, que comprou há dez anos e onde criança não tem vez. “Minhas paredes são pintadas de branco. Nunca sujaram”. Apesar de acreditar que já ficou velho para os filhos, não descarta de todo um relacionamento mais próximo, como o casamento. Mas, para isso, suas conquistas de solteiro vão pesar. Ele adora sair, jantar fora, não ter hora pra voltar nem nin-

guém pra cuidar. Chegou até a pensar em ter um cachorro, mas desistiu. “O mundo de solteiro é diferente. Até gostaria de ter um animal, mas pra ele ficar sozinho?”, questiona. Novamente falando da solidão, Théo acredita que o sentimento não é privilégio dos solteiros. “Ela aparece às vezes sim, mas quantas pessoas casadas também se sentem sozinhas? Conheço muitos que não tem coragem de desatar os nós e vivem de aparências”, revela. Por outro lado, admira os casais que se gostam. E, se um dia re-

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solver dar esse grande espaço, a parceria vai precisar respeitar seu espaço. “No meu apartamento ninguém mexe em nada. O que é meu, é meu”, defende. Hábitos Às sete horas da manhã já está de pé, todos os dias. E sem despertador. No banho matinal, gosta de ouvir música. Não tem gênero preferido. Gosta de ouvir de tudo, dependendo do estado de espírito. Maria Bethânia, Simone, Vitor e Leo. Depois, faz alguns telefonemas para contatos e amigos e, em seguida, sai para visitas. Além da coluna, desde 1984 Théo atua na área de publicidade para o caderno dominical Estilo. Ali pelo horário do almoço, chega ao jornal, onde fica até a noitinha. Muitas vezes, sai dali para coberturas de eventos noturnos. Escolheu os domingos, porém, pra ficar em casa. Só sai se for extremamente necessário. Tudo que vai precisar, compra no sábado. De pijama e descalço durante todo o dia, lê jornais, revistas, se atualiza, telefona para os amigos. “À noite, antes de dormir, tomo banho e troco de pijama. Assim, estou pronto para começar minha rotina no dia seguinte”, diz. Manias A vida de solteiro estabeleceu algumas manias na vida de Théo Conceição. Uma delas é assistir novelas. Adora, não perde. E, se você o convidar para alguma festa, vai ter que esperar terminar a “novela das oito”, preferida. Futebol é outra de

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suas paixões. Carros, nunca dirigiu e garante não sentir falta nenhuma. Os amigos sempre deram carona. No dia a dia, anda de táxi, que paga mensalmente. Quando celular era coisa para poucos, ele ganhou dois aparelhos. Vendeu. Não gosta. “Quem quiser me encontrar, é no jornal ou em casa”, fala. Quando o Jornal de Jundiaí aposentou as máquinas de escrever, o colunista se recusou a investir no aprendizado do manuseio dos computadores. A direção insistiu, incentivou cursos, mas ele não arredou pé. Conformados, contrataram uma secretária que recebe e envia emails, organiza suas artes, enfim, faz tudo. “Não sou da época moderna e nem vou ser”, garante. Para escrever a coluna, senta ao lado da secretaria e dita. A vaidade faz parte do universo do colunista. Gosta de


marcas boas. Não dispensa cuidados de unhas e limpeza de pele. Quando a balança dá sinais negativos, não pensa duas vezes em internar-se num SPA. Apesar disso, é uma pessoa de hábitos extremamente simples. Come de tudo. Adora churrasco, feijoada, arroz e feijão. E claro, não dispensa uma cerveja bem gelada ou um vinho tinto.

Não quero parar de trabalhar. Acho que morro se sair do jornal

Nunca viajou para fora do País. Tem pavor de avião. “Adoro Jundiaí e só saio daqui quando é perto”, garante. Nascido no dia 8 de dezembro, garante ser religioso e católico, apesar de não frequentar missas. “Sou nascido no dia de Nossa Senhora da Conceição e Iemanjá e rezo todos os dias”.

Fase atual Théo Conceição acha que está vivendo uma fase mais tranqüila, agora aos 60 anos. Apesar de manter um pique invejável, se diz um pouco mais cansado com o peso da idade. Já não tem mais tanta paciência para grandes festas. Prefere a tranquilidade de um bom programa com os amigos. A aposentadoria, porém, está muito longe de seus projetos. Gosta da rotina das colunas. “Não quero parar de trabalhar. Acho que morro se sair do jornal”, afirma. A direção do Jornal de Jundiaí, portanto, pode respirar aliviada. Seu representante mais famoso tem ainda muita lenha pra queimar. Avaliando as mudanças ocorridas nesses 60 anos, Thé acha que o mundo mudou e ele também. Hoje é mais sensato, mais calmo, tranquilo e caseiro. Deixa a agitação para os dias de labuta. Continua ansioso e não gosta muito de esperar. Acha que os seres humanos acabam complicando demais o que é muito simples: a vida.

O COLUNISTA Sua relação com a Imprensa de Jundiaí começou em 1972, no antigo Jund News, como colunista social. Em 1975, trabalhou no Jornal da Cidade, na área de esportes. Lá pelos idos de 1976, foi para o Jornal de Jundiaí, também na área de esportes. Voltou para as colunas, de onde nunca mais saiu. Lembra com carinho do saudoso dr. Tobias Muzaiel, do JJ e acredita que seus filhos – Sueli e Júnior – continuam o caminho do pai. Na sua coluna, publica um pouco de tudo. Aniversários, casamentos, furos políticos, notícia econômica. “Não são apenas amenidades e fofocas. Sempre tratei minha coluna com seriedade”, ensina.

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destino

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Spa: opção de qualidade de vida Emagrecer! Essa foi a promessa de ano novo que fiz a mim mesma, ainda que não fosse ano novo. E foi isso o que me levou ao Spa São Pedro, em Sorocaba. Tudo começou com uma consulta ao Cirurgião Plástico. Precisando afinar a cintura e sem vontade de malhar ou fazer dieta, me dispus a passar por uma cirurgia de lipoaspiração – muitas vezes arriscada – para ser emagrecida de forma passiva. O competente médico me olhou de cima a baixo, fez alguns exames, muitas perguntas e deu sua opinião: que eu perdesse dez quilos e voltasse lá depois para retirar o restinho de gordura que sobrasse. Entendi o recado. Como há muitos anos ando às voltas com dietinhas e o peso só faz aumentar, percebi que precisava de ajuda profissional e, assim, comecei a pesquisar os spas da região. Descobri que existem 3 tipos de spas: os de relaxamento onde pessoas estressadas podem levar seus cãezinhos, descansar a cabeça e sair de lá renovadas; os de bele-

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za, com todo tipo de cremes e massagens, onde pessoas que já são bonitas podem descansar o corpo e sair de lá renovadas; e os spas médicos, como é o caso do São Pedro, cujo objetivo é o tratamento da saúde, onde as pessoas podem se cansar e passar fome e sair de lá renovadas. Decisão tomada. Minha estadia seria de 03 a 12 de novembro. A moça do tempo já tinha anunciado: a semana prometia sol forte, sem chuva. Que bom, seria como uma semana em um hotel fazenda! Cheguei por volta das 13h e minha primeira visão foi de um local amplo, decorado com classe. Toda a equipe, muito bem preparada, já me aguardava e sabia meu nome. Fui convidada a almoçar – o que aceitei de pronto – para depois conhecer melhor o local e as práticas ali adotadas. No almoço, folhas verdes e roxas forravam um prato grande, servindo de base para duas hóstias alaranjadas de cenoura quase cruas, dois pequeninos cilindros de palmito branqui-


nho e duas rodelas escarlates de tomate do tamanho de hambúrgueres, só o tamanho... A colorida salada foi seguida por um rolinho de frango com legumes ao molho de tomate. Leve e saboroso. A surpresa ficou por conta da sobremesa (habemos sobremesa!!): cheese cake com morango na forma de um cubinho de 3 centímetros de cada lado, coberto com 1/3 de um morango médio. Tudo muito gostoso e, sinceramente, suficiente para matar a fome que eu achei que iria sentir. Depois do almoço fiz o check in propriamente dito. O Spa tem um nome a zelar, por isso, as regras são rígidas e devem ser seguidas por todos os hóspedes, ou melhor, lá somos chamados de “pacientes” e a estadia é “internação”. Tudo está em um caderno de normas que li e assinei. Sim, concordo. Fui informada de

que não poderia sair do spa desacompanhada; dos horários das 3 refeições principais e mais lanchinhos; da estrutura; dos serviços extras e outros detalhes. Levada ao Centro Médico, soube das consultas e exames laboratoriais que seriam realizados no dia seguinte, em jejum. Em seguida, fui levada ao meu apartamento, muito amplo, limpo e iluminado, com vista para o bosque. Tudo estava em perfeita ordem. Como previsto, o dia seguinte começou com a coleta para os exames e uma consulta com o clínico geral. Depois, café da manhã, alongamento, caminhada no bosque, lanche, hidroginástica, hidrolight, almoço, descanso, academia, lanche, hidroginástica, jantar, atividades de recreação noturna, ceia, dormir. Existem outras atividades que podem ser feitas, mas

assumi essa rotina fixa para todos os meus dez dias como forma de me disciplinar. Afinal, o programa de emagrecimento funciona apoiado em um tripé composto pelo acompanhamento médico, alimentação balanceada e atividades físicas controladas e eu tinha um objetivo, não estava ali em férias. ACOMPANHAMENTO MÉDICO Com boa estrutura, o Centro Médico funciona 24 horas, todos os dias. Equipes de enfermagem se revezam para atender a qualquer necessidade, desde a pesagem diária até um curativo. Os pacientes passam, obrigatoriamente, em consulta com Clínico Geral, Endocrinologista, Cardiologista, Psicóloga, Fisioterapeuta e Nutricionista. Se quiser, tem também à disposição Dentista e Cirurgião Plástico. Havendo necessidade, as consultas

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são repetidas muitas vezes. Foi o que aconteceu comigo. Quando meus exames chegaram, os resultados não estavam nada bons. Fui convocada para uma nova consulta com a Endocrinologista e tinha que ser urgente. Passei uma hora e dez minutos tendo uma aula sobre metabolismo, sobre como o corpo funciona. Esses resultados não eram reflexo apenas do sobrepeso, mas estavam diretamente ligados ao meu estilo de vida. Churrasquinho, cervejinha, nenhuma atividade aeróbica. Mais uma vez, entendi o recado. ALIMENTAÇÃO BALANCEADA A ingesta diária de 600 calorias funciona bem, ninguém morre de fome. Com o tempo, aquelas quantidades mínimas de comida acabam até sobrando no prato. Mas o corpo sente, sim. No quarto dia da minha internação, caí numa espécie de estado letárgico. Cada movimento era um sacrifício, acordar de manhã, quase impossível e dormir à tarde, imperativo. Voltei ao Centro Médico e soube que meu organismo estava interpretando a dieta como jejum e arrumou um jeito de se proteger da desnutrição. Por isso, além da preguiça, parei de perder peso. O remédio foi passar a consumir 900 calorias diárias e, assim, tudo voltou ao normal, até perdi quase um quilo de um dia para outro. Aprendi muito sobre ali-

mentação nesses dez dias. Descobri, por exemplo, que “comer de tudo em pequena quantidade” como dizem por aí, não é exatamente bom. Uma pequena quantidade de batata chips somada a uma pequena quantidade de refrigerante pode ser muito mais calórico e nocivo à saúde que uma grande quantidade de sopa de legumes. O que é, sim, verdade é que esse “comer de tudo” significa ingerir todos os grupos alimentares, em todas as refeições. Então, um bom prato tem proteínas, gorduras, açúcares, carboidratos, fibras, minerais e vitaminas. Em outras palavras, tem derivados de carne e leite, legumes, grãos, verduras e frutas. Outra coisa que aprendi é que o detalhe faz toda a diferença. Observei que os pratos do spa não eram muito diferentes dos pratos que costumo consumir no dia a dia, a não ser pela quantidade. Então, como é que eles têm tão poucas calorias? Resposta: o detalhe. A cada refeição eu sentia falta de alguma coisa que, se estivesse em casa, seria acrescentada. Cadê o azeite da salada? O que foi feito da outra metade da fruta? Onde está o queijo da sopa? E o creme do espinafre? Quedê o vinho para acompanhar a carne? Os legumes não foram salteados na manteiga? Não, não foram, e estão deliciosos! ATIVIDADES FÍSICAS No dia da chegada é feita uma avaliação física na acade-

mia. Peso e medidas são checados e anotados. Capacidade cárdio-respiratória e frequência cardíaca máxima são aferidas. Com todas as informações e após uma longa conversa sobre dor no joelho e falta de fôlego, as atividades recomendadas para cada caso particular são prescritas. A orientação geral, para a grande maioria dos pacientes, é que sejam feitas três atividades aeróbicas e resistivas por dia. Mais que isso seria prejudicial dada a dieta de 600 calorias apenas. As atividades leves como alongamento, hidrolight e caminhadinhas descompromissadas podem ser feitas (e são) o tempo todo. A própria topografia do spa contribui para isso, já que está construído em um terreno de forte declive, com o bosque lá embaixo, no fundo, e o restaurante lá em cima, na frente. Entre um e outro, estão o centro médico, a academia, os apartamentos, as piscinas e o deslocamento é sempre uma atividade física leve. A alguns pacientes – muito obesos, cardíacos, operados - recomenda-se o uso do carro elétrico que fica sempre à disposição. O carro elétrico é uma tentação à qual temos que resistir se quisermos aproveitar ao máximo as oportunidades de ganho de massa muscular. É que a subida fortalece membros inferiores. Numa ocasião, após ter passado o dia todo calçando tênis, ganhei uma respeitável bolha no

pé esquerdo. Era noite de jantar dançante e eu lamentei com o recreador que não poderia dançar devido à bolha. Não era nada grave, mas imediatamente ele acionou o carro elétrico e me levou ao centro médico para curativo. Foi ótimo. Eu estava doida por uma desculpa para andar de carrinho. COMPANHEIRISMO Todas as pessoas com quem convivi ali durante meus 10 dias são especiais de alguma forma. Alguns por sua persistência e força de vontade, outros pela alegria, elegância, cultura, pelo bom papo, pelo carinho. A equipe de trabalho do spa também merece toda gratidão e respeito pelo profissionalismo e pela forma como tratam a todos sem distinção. É importante falar das pessoas porque algumas coisas são muito difíceis de serem feitas sem incentivo. Não sei, por exemplo, se seria possível comer tão pouco se os outros pratos estivessem repletos de pecados. Não sei se teria feito tanta atividade física se não fosse a presença constante dos instrutores olhando, cobrando, corrigindo, empurrando. As noites não seriam tão leves sem a criatividade dos recreadores. E, principalmente, tudo seria mais duro se os outros pacientes não estivessem sofrendo as mesmas privações de guloseimas e excessos de saudades de casa. Mário Prata escreveu que no spa todo mundo é igual. É verdade.

Érica Tomazini Formada em Produção Editorial, trabalha na área política

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Evento sobre marketing digital reúne empresários da cidade Ferramentas oferecidas pela internet se mostram cada vez mais necessárias no mundo dos negócios. “A internet não é mais uma rede de computadores e sim uma rede de pessoas”. Foi com essa frase que a Fohat Lux Propaganda abriu o evento sobre marketing digital. Com o objetivo de apresentar ferramentas inovadoras oferecidas pela internet bem como a importância do seu uso estratégico, a Fohat Lux reuniu mais de 100 empresários no último dia 30, no Quality Hotel, em Jundiaí. Qual a importância de otimizar seu site para o Google, qual a melhor maneira de usar as mídias sociais com a finalidade de aumentar a lucratividade da empresa e promover um relacionamento maior com seu cliente foram algumas das questões abordadas pelos palestrantes. Rodrigo Malagoli, um dos organizadores do evento, explicou que a ideia do evento surgiu da necessidade de se entender a importância do marketing digital no mercado. Segundo Rodrigo, o evento foi pensado inicialmente para poucos clientes, com o intuito de apresentar o trabalho da agência nesse segmento. “No meio do processo percebemos a necessidade de algo maior”, explicou. A palestra levou aos empresários conceitos tais como o de

Encontrabilidade, que é a capacidade do seu site ser encontrado facilmente por seus consumidores através dos mecanismos de busca. Esclareceu a questão da otimização de sites alertando para necessidade de se ter uma página bem construída. Falouse também da importância no investimento correto em links patrocinados “AdWords”, e dos anúncios em redes sociais. O tema mídias sociais ocupou espaço de destaque e despertou o interesse dos empresários. Para Márcia Maltoni, administradora do Mercadão da Cidade, foi interessante saber que as mídias on-line podem trazer resultados mais eficientes levando em conta o público-

alvo, segmento no mercado e objetivo da empresa. “Todo mundo pensa em propaganda para televisão, mas como foi mostrado, podemos ter resultados melhores no marketing digital com melhor custo- benefício”, explica. Joseval Pincinato, sócio da Barreto & Pincinato Negócios Imobiliários, gostou da iniciativa. “Os temas foram de encontro às necessidades dos empresários. Além de esclarecedores mostraram que as ferramentas são totalmente aplicáveis ao meu negócio”, conclui. José Roberto Belesso, diretor da Alberto Belesso Bebidas, detentora da marca San Tomé, acha positivo que eventos como esse

informem sobre o marketing digital. “O mercado na web vem crescendo exponencialmente. A internet é uma mídia democrática e também acessível a empresários que dispõe de um pequeno investimento inicial”, disse. Devido ao sucesso do evento, Renato Favarim, diretor da Fohat Lux, já pensa em incorporar esse tipo de atividade ao calendário da empresa. “Devemos voltar com esse trabalho já em fevereiro do próximo ano. Os interessados em participar podem entrar em contato conosco”, informa. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas pelo site www.fohatlux.com.br ou ainda pelo telefone: 4584-6377.

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Nas prateleiras Ataque a celulite Com o Renew Clinical Laser Shape Tratamento Cosmético para Celulite, a Avon promete ajudar a melhorar a aparência da celulite, até mesmo com as pernas cruzadas. A fórmula une gel e uma loção. Depois de quatro semanas de tratamento, os resultados são perceptíveis. VALOR: R$ 60,00. Consulte sua revendedora ou pelo telefone 0800-7082866. Loja Virtual do site www.avon.com.br. Folheto virtual: www.folhetoavon.com.br

La Dolce Vita Com paletas de cores inspirada no romantismo italiano, a coleção de esmaltes “La Dolce Vita”, da Avon, oferece três tons pastel ideais para o clima da Primavera: Amore Mio (rosinha), La Dolce Vita (marrom claro), Belíssima (neutro). Esmalte Longa Duração 8 ml R$ 2,60 cada. Consulte sua revendedora ou pelo telefone 0800708-2866. Loja Virtual do site www.avon.com.br. Folheto virtual: www.folhetoavon.com.br

Para eles, perfume As fragrâncias amadeiradas são uma tendência no mercado brasileiro de perfumes masculinos. Exalam sensualidade. A Avon oferece Herve Leger Homme Eau de Toilette (R$ 85,00), uma combinação de cítricos, especiarias e toque final de madeiras. Disponível também em loção após barba, enriquecida com Aloe Vera e ingredientes hidratantes (R$ 20,00). Consulte sua revendedora ou pelo telefone 0800-708-2866. Loja Virtual do site www.avon.com.br. Folheto virtual: www.folhetoavon.com.br

Pequenos cheirosos A Biotropic Cosmética Licensing apresenta novidades para presentear o público infantil e teen. São colônias das marcas Hot Wheels, Barbie e Bob Esponja. As fragrâncias são refrescantes e os fracos chegam em formatos diferenciados, sob medida para cativar esse público. O valor médio é de R$ 40,00. www.biotropic.com.br. SAC: 0800 702 1701.

Maquiagem de verão Gloss, batom e quarteto de sombras inspirados nos tons das noites de verão. A linha Natura Diversa traz novidades que lembram o entardecer das noites típicas da época. O gloss promete não deixar os lábios com aspecto melado. Informações com as consultoras ou: 0800-115566; email: snac@natura.net ou www.natura.net

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Estojos

A marca Boticário lançou uma linha de estojos, ideal para presentear no Natal e também em outras datas. O Thaty Princess (R$ 110,00), vem com desodorante, sabonete, hidratante e uma nécessaire. Já o Zaad, masculino, (R$ 226,00) vem com Eau de Parfum (95ml), sabonete e balm após barba. Acompanha uma bolsa para viagens curtas, que pode ser carregada no ombro ou nas mãos. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone do Centro de Relacionamento com o Cliente O Boticário – 0800-413011 (chamada gratuita) – ou pelo site www.boticario.com.br.


( viagem)

Turismo faz bem para a saúde! Depois de “Comer, rezar, amar” bem que poderiam filmar “Viajar, descobrir, aproveitar” , “Viajar, relaxar, descansar” ou ainda “Viajar, conhecer, aprender”. Todos seriam campeões de bilheteria ! Uma viagem é a “hora do recreio” da nossa vida, não existe nada melhor no mundo para acabar com o stress. Como dizia John Lennon, viajar é “instant Karma” ! O Turismo faz bem para o Turista que faz higiene mental e física, e também para a saúde econômica da região visitada . Quem é o Turista ? Eu vejo que muitas pessoas evitam usar a palavra “turista” ! Dizem que evitam “lugares turísticos” como se isso fosse possível ... Quem vai a Paris sem visitar o Louvre ? Quem vai à Madrid sem passear na

Gran Via ? Nós somos todos Turistas ! Nós visitamos lugares atraídos pela beleza natural, pelas atividades culturais e esportivas, por lembranças guardadas do passado, laços familiares... e muitos outros motivos importantes. Todo Turista tem uma “curiosidade natural” em vivenciar novas experiências amizades, conhecer e respeitar culturas. Aliás... como todo ser humano ! Como ser “O” Turista ? Procure se informar sobre o lugar a ser visitado ANTES da viagem, lendo jornais e revistas, pesquisando em guias, mapas e sites. “O” Turista confere todas as informações importantes : locais de interesse, endereços, temperatura, moedas locais e até as expressões mais utilizadas. Conclusão: aproveitam ao máximo e se transformam em melhores se-

res humanos. Como se comporta o Turista ? Respeita o local, o meio ambiente, a cultura e os costumes. Não quer tirar vantagem da hospitalidade, observa hábitos diferentes dos seus e procura colaborar para sua imagem e a de seu país. Isso vale muito para estudantes que permanecem algum tempo em outro país e encontram um modo de vida completamente diferente do seu. E para nós também, claro. Quantas vezes nos surpreendemos com uma vida totalmente diferente da nossa ? O que o Turista ganha? Ganha experiência com outros modos de vida. Mas, mais importante de tudo é aprender a encontrar soluções diferentes para problemas do dia a dia. Por isso é importante viajar. Porque essa “habilidade para encontrar soluções” é sinal de inteligên-

cia ! É a gente ver uma solução nova e pensar : taí um jeito bom de resolver isto! Quem viaja com o espírito certo tem a mente aberta, aprende. O mundo é grande e nos espera, temos que aproveitar os momentos de felicidade que nos acompanham em viagens. O prêmio que isso representa em nossa vida.

Rosa Massoti Realizando sonhos pelo mundo

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( decoração

d e i n t e r i o r e s)

Casa em ordem. É possível! Você abre a sua gaveta de camisetas e não consegue achar nada. Encontra ali até presilhas, mas o que precisa... Na cozinha, procura por aquele espremedor de limão e nada, apesar de ter certeza que estava ali. Os armários de seus filhos, então, dá até vontade de chorar. Se você se encaixa neste perfil, não se desespere. Há solução! Organizar cada cantinho do seu lar é a proposta da Organizatta, uma empresa que atua como “personal organizer”. De acordo com Alessandra Araújo, especializada na área de organização e decoração de interiores, é possível deixar tudo arru-

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mado: closets, armários de banheiro, cozinha, despensa, área de serviço, biblioteca e por aí vai. O primeiro passo para conhecer as necessidades de cada casa é uma visita. “Sem compromisso”, destaca Alessandra. No momento da visita (gratuita), Alessandra pesquisa as necessidades do cliente. Abre armários e tira fotos. De posse das imagens, avalia quanto tempo irá tomar seu trabalho e também os produtos necessários para a organização. “Sabendo o que o cliente quer, analisamos os produtos necessários para deixar tudo em ordem”, explica. Segundo ela, às vezes o morador sabe exatamente o que quer. Outras, ela acaba sugerindo, de acordo com o estilo da

casa. “Como também sou decoradora de interiores, consigo perceber o estilo de cada casa”, explica. Projeto pronto, é hora de colocar a mão na massa. O descarte já precisa estar pronto. A equipe Organizatta separa o que está rasgado, furado etc. “Quando terminamos, o ideal é que esteja tudo limpo e arrumado”, fala Alessandra, que garante: “procuramos facilitar ao máximo”. O tempo de trabalho vai depender do estado da desorganização e quantidade de objetos. O serviço é cobrado no sistema de diária. As roupas, por exemplo, são dobradas através de gabaritos, que ficam na casa, levando em conta ta-


Antes

Depois

manho da gaveta. A equipe ensina a dona da casa e empregadas. “A maioria mantém. Depois do serviço pronto, voltamos duas vezes no local e damos algumas dicas”, diz Alessandra. No processo da organização, ela explica que há alguns entraves, como o apego por objetos que precisam ser descartados. Penetrar na intimidade de cada casa também é difícil. As

pessoas acabam se retraindo. “Para nós, a bagunça é normal. O clima, depois de um tempo, melhora”, comenta. O resultado é compensador. O ambiente fica harmonioso, livre de tumultos. Há uma significativa redução de estresse, já que encontrar objetos fica mais fácil. A Orgnizatta oferece também outros pacotes. Consulte.

Otimização e racionalização dos espaços são algumas das vantagens da organização. Muitos clientes acabam encontrando roupas – com etiquetas – e descobrindo que não precisavam de mais armários.

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( angelo

& a n t o n i o)

Choperia completa seis anos na Ponte São João e planeja delivery para 2011

Serviço

Completando seis anos de sucesso em Jundiaí, Angelo & Antonio Chopp e Cia, localizado no bairro da Ponte São João tem conquistado nesses anos, clientes fiéis que encontram no local, conforto, ótimas instalações, o melhor Chopp Brahma da cidade e as melhores opções no cardápio, entre lanches, beirutes, sopas, pizzas e almoço aos sábados com feijoada. Cardápio elaborado para relembrar a história do bairro, com nomes que

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relembram pontos tradicionais do bairro. Angelo & Antonio é pura homenagem. O nome da casa é uma grande dedicação aos avós de Mauro Mingotti, o responsável pela casa: Angelo Mingotti e Antonio Agnolon, moravam na região e deixaram um legado de recordações e histórias para a família e amigos. A decoração da chopperia é um assunto a parte, pois foi planejada com objetos de coleção da família,

Angelo & Antonio Chopp e Cia Rua Eloy Chaves, 525 – Ponte São João – Jundiaí, SP Horário de Funcionamento: Terça à Sexta – 17hs às 23hs / Sábados –12 hs às 23 horas Reservas e Informações: (11) 4817-0525

entre canecas, latas de cerveja, ilustrações e fotos antigas e históricas. O salão interno conta com 25 mesas, onde os convidados têm à disposição uma televisão de plasma. Para os dias e noites quentes e agradáveis, os clientes contam com 15 mesas na ampla varanda. Para 2011, Angelo & Antonio irá oferecer mais um serviço, o delivery de pizzas para a região.


Imóveis: faça um bom negócio F A Oliva traz dicas para quem quer realizar o sonho da casa própria

Comprar a casa própria é um dos momentos mais importantes da vida de uma pessoa. Atualmente, a demanda por imóveis em Jundiaí tem aumentado, e as construtoras estão lançando diversos empreendimentos para suprir a necessidade da moradia ideal. Com tantas opções, parece ainda mais difícil distinguir um bom negócio de um ruim. Os compradores precisam estar atentos aos mais variados detalhes para que a aquisição de um imóvel seja feita sem problemas. Pensando nisso, a incorporadora F A Oliva criou a campanha Conhecer e Confiar, que reúne uma série de dicas sobre aspectos importantes que devem ser observados na hora da compra. Veja abaixo algumas dicas da F A Oliva que podem ajudar nesse momento. Casa ou apartamento decorado Se você está procurando um imóvel na planta, esta é a maneira mais eficaz de conhecer como ele ficará quando estiver pronto. No entanto, é preciso prestar atenção em alguns detalhes. Certifique-se de que o decorado tem a mesma planta em relação ao imóvel que você está comprando: muitas vezes, ele é montado de acordo com versões alternativas da planta, com ambientes ampliados. Também cheque quais dos acabamentos exibidos serão entregues pela construtora. Área de lazer Verifique quais das atrações

da área de lazer realmente serão usadas em seu dia a dia, pois a manutenção desses espaços impacta no valor do condomínio. Por isso, dê preferência por áreas mais racionalizadas, sem excessos. Também fique atento a atrações simples batizadas com nomes pomposos: algumas vezes, a Praça da Palmeira pode ser um cantinho do empreendimento com um vaso... Qualidade da construção Visitar as obras concluídas da incorporadora é uma ótima maneira de conferir a qualidade do empreendimento em que você está interessado. Se possível, chame um amigo com conhecimento

em construção para uma avaliação ainda mais precisa. Além disso, é muito importante conhecer a satisfação de quem já é cliente da empresa. Por isso, pesquise! Data de entrega e documentação Assim como no item anterior, checar o histórico da empresa é a melhor maneira de saber se o comprador receberá o empreendimento no prazo estipulado e com as garantias acordadas no contrato. Fuja de quem não entrega a documentação! Valor do imóvel Não pense apenas no preço total do imóvel. Uma forma mais adequada é avaliar o valor que

está sendo cobrado por metro quadrado. Desta maneira, os interessados podem comparar os imóveis proporcionalmente. Avalie também com quais acabamentos a unidade será entregue: caso precise assentar piso ou pintar paredes, por exemplo, você terá gastos extras no futuro. Para conhecer mais dicas para uma aquisição segura, visite o site www.conhecereconfiar.com.br. Faça um bom negócio! Conheça a incorporadora A F A Oliva é uma empresa com mais de 50 anos no planejamento e execução de empreendimentos imobiliários na região de Jundiaí. A empresa é responsável pela entrega de mais de 3 mil unidades residenciais, entre terrenos, casas e apartamentos. Seus principais diferenciais são a qualidade na construção e a transparência no relacionamento com o cliente. Para mais informações, acesse www.faoliva.com.br.

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Antonio Carlos Marino, na época em que cozinhava na Record, junto com Ana Maria Braga

No cardápio desde a inauguração, em 1881: Papardelle com molho de coelho e funghi secchi

Carlino: italiano mais antigo de São Paulo Textos: Mônica Tozetto. Fotos: André Barros

Localizado entre Pacaembu e Perdizes, o restaurante italiano Carlino exibe uma atmosfera contemporânea. Um olhar mais atento, porém, capta os aromas da vecchia cucina. Sua fundação data de 1881. A primeira casa foi aberta por Carlo Cecchini, na Avenida São João, junto ao Largo do Paissandu. Passou pela administração de mais uma família e, desde 1974, está sob o comando da família de Antonio Carlos Marino. Todos, porém, da região de Lucca, na Itália. Considerado o restaurante mais antigo de São Paulo, oferece uma charmosa gastronomia italiana da região da Toscana. No cardápio, pratos que permanecem desde o século XIX, como Pappardelli com Coelho e Funghi Secchi. Outras opções são o Galeto à Bordalese com tagliolini ao pomodoro e Polpettone de Picanha com Gnocchi ao Sugo. Não deixe de provar o Bacalhau Fresco grelhado com Brócoli e Batatas Cozidas. O risoto de alho poro também é imperdível. As massas – frescas – são produzidas lá. Atualmente, o Carlino tem abusado de frutos do mar, como lagostin e camarão, preferidos do chef.

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Buona gente! Tudo é perfeito no Carlino. Mas quando você estiver por lá, não deixe de conhecer o chef Antonio Carlos Marino. Tomando um vinho branco muito gelado – estava bastante calor – conversamos com ele por algumas horas. Um aperitivo apenas, porque “quello italiano” tem muita história na

agulha, sem contar o sotaque, delicioso! Natural de São Paulo, Marino, 66 anos, começou a trabalhar no açougue do pai, ainda bem pequeno. Entregava as carnes cedinho e conversava com as cozinheiras. Trocava idéias de pratos e provava os quitutes. Aos 18 anos, entrou de sócio no primeiro restaurante, na Senador Feijó. “O

único que abria no dia 11 de agosto (Pindura). Comiam tudo e saíam de lá bêbados, graças a Deus”, conta. O chef, que atuou ao lado de Ana Maria Braga por dois anos na Record, adora ler colunas de falecimento. “Sempre tem um amigo meu ali”. Quando vai a Lucca, gosta de implicar com os primos, que acham que a comida deles é melhor. “Cabeçudos. É tudo

igual. Aqui não tem trigo? E o tomate, vem do Peru, Equador e Colômbia. Não sabem nada”. Na cozinha do Carlino, é ele quem põe a mão na massa, inclusive desossando carnes. “Não posso esquecer minhas raízes açougueiristas”, brinca, contando que naquela semana tinha destrinchado um traseiro de 89 quilos.

Para sobremesa, o tradicional Tiramissu. Á direita, Bacalhau fresco e Risoto de Alho Poró

serviço Carlino Ristorante Rua Traipu, 91 – Pacaembu/Perdizes Tel: 11 2359-7269 / www.carlinoperdizes.com.br Funcionamento: Almoço e jantar

RESERVE PARA AS CEIAS Comemore seu Natal ou Ano Novo no Carlino. No cardápio, prosecco, couvert toscano, antipasto, pratos quentes, acompanhamentos e sobremesas. Consulte!

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Atrações para toda a família

MIX Com quatro anos de sucesso, o Mercadão da Cidade tem conquistado a fidelidade de consumidores e comerciantes. O empreendimento oferece diversas opções de compra e serviços para todos da família. “Estamos crescendo muito. Nos últimos 15 meses concretizamos diversos projetos e solidificamos o espaço, que hoje conta com 48 lojas e 60% dos espaços ocupados. Neste ano, iremos inaugurar mais três lojas e em 2011 já estão programadas outras duas”, explica a gerente Márcia Maltoni. Chocolateria, artesanato mineiro e loja de celulares estarão à disposição dos clientes ainda este mês. No início do próximo ano, chegarão açougue e distribuidora de água dessanilizada. As empresas que estão se instalando fazem parte da nova administração. “Estamos ampliando a gama de serviços facilitando o acesso aos clientes, de maneira que consigam ter aqui tudo que precisam”, explica. Nos finais de semana (sábados e domingos), o Mercadão apresenta música ao vivo, no Mezzanino, à partir das 12 horas. “Junto com uma música de qualidade, os clientes podem desfrutar ótimos pratos. Aqui

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contamos com restaurantes vegetariano, árabe e português”, salienta a gerente. A feira de artesanato também está no cardápio dos finais de semana. Por mês, circulam pelo Mercadão da Cidade aproximadamente cinco mil pessoas, a maioria das classes A-B. A cada 15 dias, o empreendimento se preocupa em oferecer atrações diferenciadas, principalmente para agregar o público alvo, que são as famílias. “Em 2011, teremos a segunda edição da ‘Vida Saudável. A primeira, que aconteceu neste semestre, foi um sucesso. Estamos programando também desfiles diferenciados”, promete.

Serviço

Rua Engenheiro Monlevade, esquina com a Avenida União dos Ferroviários, Centro - Jundiaí Telefone: (11) 4587-0649 Horários: Terça a Sábado, das 9 às 19 horas / Domingos e Feriados, das 9 às 13 horas Praça de Alimentação – Terça a Sábado, das 10 às 21 horas / Domingos e Feriados, das 10 às 15 horas Site: www.mercadaodacidade.com Twitter: http:\\twitter.com\mercadaojundiai

Moda feminina e infantil z Lingeries z Bijuterias e jóias z Decoração para casa z Calçados e bolsas z Cremes estéticos orgânicos z Massagem, podologia e cabeleireiro z Floricultura z Empórios, armazéns e choperias z Agência de turismo, curso de mergulho e turismo de aventura z Produtos para pets z Casa de massas, salgados e bolos z Produtos orientais, naturais, orgânicos e veganos z Frutas, legumes e verduras z Restaurantes z


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estilo

Anéis:

poder e charme Gesticular ao contar uma história em uma festa; exibi-lo ao fazer pose no tapete vermelho; girálo no dedo ao querer parecer tímida. Facilmente o anel é uma das melhores formas de mostrar estilo. É uma questão de presença e nem precisa ser verdadeiro. Em alguns casos, um anel grande vintage falso é preferível. As mulheres mais ricas admitem que usar uma bijuteria é quase melhor que usar uma relíquia de família grande e cara. Anel de coquetel O termo “anel de coquetel” surgiu durante a Lei Seca nos Estados Unidos, quando as mulheres usavam anéis audaciosos de pedras grandes em coquetéis ilegais. A mulher movimentava a mão para atrair a atenção para a bugiganga, a fim de mostrar a todos que ela não só estava bebendo ilegalmente, mas o fazia com estilo. Ao procurar um anel de coquetel: 9 Só tamanho importa – vá de grande ou vá para casa. Quanto maior e mais ousado, melhor 9 O falso é aceitável – até mesmo as mulheres mais ricas usam os falsos 9 Seja dramática – o anel

de coquetel é para marcar presença, iniciar uma conversa e representar uma parte de sua personalidade. O anel de brasão No mundo antigo, o anel de brasão funcionava como uma assinatura e era usado para fechar acordos. A versão clássica tem a insígnia familiar, escolar ou um monograma (em geral, as três iniciais). Se não se importar de usar as iniciais ou as insígnias da família de outra pessoa, procure nas joalherias. Pode ser usado em qualquer dedo. História da moda Tradicionalmente, o anel de brasão era a assinatura de alguém e roubar essa peça era uma ofensa grave. A marca no anel poderia aumentar a reputação de alguém ou condenálo à morte (como usar um anel com a impressão de Brutos e Cassius depois do assassinato de Júlio César). Eleonora Ricci Pesquisadora de Estilo

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Fatos Curiosos 9 As mulheres de classe na Idade Média usavam anéis de brasão como símbolos de prestígio. 9 O famoso anel de brasão de Michelangelo tinha a gravura de um segmento da Capela Sistina. 9 Sonhar com um anel de brasão prenuncia o bem ou o mal, dependendo da natureza do sonho. De qualquer forma, sonhar com ele é um sinal seguro de que uma mudança está para acontecer. Combina com seu estilo 9 Esportiva – Anel de aro grosso, prata 9 Sexy – Anel de dedinho, dourado 9 Romântica – com pedra quartzo rosa, de tamanho delicado 9 Tradicional ou clássica – de ouro com uma pérola 9 Elegante – brilhantes 9 Dramática ou moderna – enorme, com uma pedra encrustada 9 Criativa – De flor, furta-cor


(

mensagem

)

Uma meditação para a

época do Natal Neste mês de dezembro comemoramos o Natal, o nascimento do Cristo. E, para cada um de nós, estas vivencias relativas a este mês têm uma simbologia e um significado. Para muitos a simples e completa entrega aos excessos da bebida e comida. Para outros a dura tarefa de reunir familiares que vivem nos conflitos e gravitando entre simpatias e antipatias. Para poucos a comemoração do maior evento que já ocorreu na Terra. Este evento representou a vinda para a Terra de um Ser Solar da mais alta magnitude – O Cristo que se fez Homem e habitou entre nós. A mensagem de hoje não é minha, mas de Rudolf Steiner através de uma meditação que ele denominou: “Forjando a Armadura”. E esta meditação não é somente é para aqueles que neste mês de dezembro sentem-se envolvidos pela tristeza, melancolia e saudades de um passado de sonhos e esperança, mas é uma mensagem para todos os dias da nossa vida como uma forma de conexão com a energia Crística que está a nossa disposição para enfrentarmos a nossa jornada evolutiva em todos os dias do ano.

Jaime Carlos Orsi Savazoni, Clínico Geral especializado em medicina chinesa e homeopatia

Nego-me a me submeter ao medo, Que me tira a alegria de minha liberdade, Que não me deixa arriscar nada, Que me torna pequeno e mesquinho, Que me amarra, Que não me deixa ser direto e franco, Que não me deixa ser direto e franco, Que me persegue, que ocupa negativamente minha imaginação, Que sempre pinta visões sombrias. No entanto não quero levantar barricadas por medo do medo. Eu quero viver, e não quero encerrar-me. Não quero ser amigável por ter medo de ser sincero. Quero pisar firme porque estou seguro e não para encobrir meu medo. E, quando me calo, quero fazê-lo por amor E não por temer as conseqüências de minhas palavras. Não quero acreditar em algo só pelo medo de não acreditar. Não quero filosofar por medo que algo possa atingir-me de perto. Não quero dobrar-me só porque tenho medo de não ser amável. Não quero impor algo aos outros pelo medo de que possam impor algo a mim. Por medo de errar, não quero tornar-me inativo. Não quero fugir de volta para o velho, o inaceitável, por medo de não sentir seguro de novo. Não quero fazer-me de importante porque tenho medo de que senão poderia ser ignorado. Por convicção e amor, quero fazer o que faço e deixar de fazer o que deixo de fazer. Do medo quero arrancar o domínio de dá-lo E quero crer no Reino que existe em mim. Feliz Natal para todos. Jaime Carlos Orsi Savazoni, Natal de 2010.

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viver bem

No Natal a vida recomeça Tem adulto que ainda espera o Papai Noel. Ansioso, aguarda o final de cada ano com esperanças renovadas, recompondo o estoque dos bons sentimentos. Muita gente adora o Natal em toda sua magia, simbologia e espiritualidade. Entender este significado é complexo e impreciso: podem ser doces lembranças da infância, momentos maravilhosos com familiares queridos, rituais que se renovam com a decoração e a celebração em torno da chegada do Salvador. Natal é sinônimo de esperança, recomeço e de sentimentos inexplicáveis. Se muita gente não deixa o “bom velhinho” morrer em seus corações, cada um tem o direito de acreditar no Natal de sua maneira. Também tem quem nem liga para a data devido a reminiscências, ressentimentos, excessos, consumismo ou lembranças desagradáveis. Hoje sabemos da importância a respeito das individualidades. Sem a intolerância religiosa, avançamos quanto às liberdades e escolhas do ser humano. De qualquer forma é um período do ano em que sentimentos afloram. Como toda manifestação cultural carrega as marcas de seu tempo, talvez o estresse advindo da infindável necessidade de consumir sejam os maiores questionamentos que se possa fazer do período natalino destes nossos tempos de globalização. Há alguns anos minha filha me perguntou: - Papai, você tem que me dizer a verdade! Afinal, Papai Noel existe ou não? Meus amigos da escola dizem que não existe e que tudo não passa de invenção dos pais...! Fiquei chateado. Afinal, ainda acredito em Papai Noel, ao menos da minha maneira. Não me restou alternativa a não ser dizer o que sabia ou pensava sobre o período de grande luminosidade para nós brasileiros e por que não para o mundo Cristão? Mediante as cobranças de mi-

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nha primogênita, resolvi contar a minha versão sobre o Papai Noel, espírito natalino e o nascimento de Jesus. Argumentei que o bom velhinho não existe como o pintávamos, em cores vermelhas e brancas, com longas barbas e um saco de presentes por entregar, após deixar sua fábrica com duendes no Pólo Norte. Nós adultos que permanecem acreditando, enxergamos Papai Noel como um representante do espírito natalino, um mensageiro da alegria e da união entre homens e Deus. Fui obrigado a confessar que eu mesmo havia comprado todas as bonecas tão desejadas, dias antes da data esperada. Contei o quanto foi custoso encontrar o trenzinho que solta fumaça, presente de cinco anos atrás, encomendado por carta ao Papai Noel. E minha filha me fez entender a decepção, o desalento pela perda de algo. Se num primeiro momento os problemas eram os tais amigos espertalhões que se achavam detentores de segredos, depois da conversa percebi o incômodo que ela sentia pelo desaparecimento daquele grande, gordo e bom amigo secreto de todos os anos. Pude entender o lado dela. Não é fácil perder um amigo, ainda mais que traz presentes! A brincadeira se desfez, pelo menos naquele instante. Foi um momento inesquecível em minha vida. Os encantos do

Natal são muito maiores. Avancei com o que entendo por Natal. Pude expressar minha enorme alegria pelo fato de todo ano comemorarmos o renascimento de Cristo em toda sua plenitude e doçura para os que crêem. Conversamos sobre o nascimento de Jesus e quanto isto representa como momento de esperança o que muitos se esquecem. Como a troca de presentes deveria ser entendida como a comemoração e manifestação de alegria pelo nascimento de nosso Senhor. Dos desejos de reunir a família, dar e receber presentes, passar alguns dias enfeitando a casa, orar e pedir por um mundo e um ano melhores. Agradecer por tudo, até as coisas difíceis que nos fizeram mudar e crescer. Enfeitar a casa como forma simbólica de registrar a alegria e importância da data. E explicar que o Papai Noel existe sim! Faz parte deste pacote, um pouco diferente do que apresentamos para as crianças. O Natal é algo maior, algo que preenche nossas vidas de renovação e esperança. Minha filha me lembrou que há muitos anos, nesta data, somente nesta data, visitamos a casa de duas grandes amigas com suas árvores de Natal e enfeites maravilhosos. Um outro bom amigo sempre vem nos visitar. Também se lembrou de todos os anos em que ajudamos a servir a ceia de Natal no SOS de Jundiaí e de como todos

somos igualmente filhos de Deus e que precisamos ser mais generosos e solidários. Do purê de peras que todos os anos a Carolina nos presenteia. Coisas de Natal, que só podem acontecer nesta data. Não existem tais permissões em outros períodos do ano. Sentimentos, lembranças que só existem no Natal. A cidade enfeitada, os prédios iluminados e as visitas aos presépios da cidade. Por iniciativa de minha filha mais velha pactuamos não contar sobre esta forma de compreender o Papai Noel para a mais nova. – Pai, ela ainda não está preparada! Vamos esperar mais alguns anos... Hoje minhas filhas estão mais velhas, quase adolescentes, mas conseguem escutar os guizos pendurados no pescoço das renas que puxam o trenó de Papai Noel. Hoje já não escrevem mais as cartinhas pedindo presentes e não sentam mais no colo dos “representantes de Papai Noel” nos shoppings. Hoje, fazem questão de enfeitar a casa no dia 1º de Dezembro, “haja o que houver”. O sentimento foi preservado. O segredo continuará a ser transmitido de pai para filho, ao menos em minha casa. E a esperança continua. Feliz Natal!

Fernando Balbino Graduado em Educação Física pela UNESP de Rio Claro, mestre em Filosofia da Educação pela UNIMEP, doutor em Ciências Sociais pela PUC de São Paulo. viverbem@revistatouche.com.br


tecnologia

Google, tirando o sono da Microsoft, Amazon, Apple ... Quando os celulares começaram a aparecer eram grandes. A revolução veio por meio de um lançamento revolucionário, da então revolucionária Motorola. O StarTac foi lançado em 1996 e causou uma comoção. Nessa época os computadores pessoais também eram um território com um único dono – o Windows, seu pacote Office e seu navegador Explorer reinavam de maneira absoluta prenunciando uma década que seria dominada pela Microsoft. Passado duas décadas a Motorola não obteve mais nenhum sucesso parecido com o seu StarTac e o domínio da Microsoft sofreu na semana passada mais um forte abalo. A Google, que domina os motores de busca do mundo todo, anunciou o início do seu sistema operacional que deve vir a bordo inicialmente de computado-

res da Acer e da Samsung em meados de 2011. O objetivo é deixar os computadores cada vez mais parecidos com os sistemas existentes nos celulares. Mas os planos da Google não pararam por aí. Já está no ar a Chrome Store (https:// chrome.google.com/ webstore), que nasceu oferecendo mais de 500 aplicativos para o navegador da marca. Assim, quando aterrissarem nas prateleiras os computadores com o OS Chrome, a empresa americana ficará muito parecida com sua principal rival, a Apple. Só para entendermos, a Google também está entrando de forma arrasadora na comercialização de livros digitais, ameaçando o domínio da própria Amazon. O navegador Chrome já está presente nas telas de 120 milhões de usuários.

E a fome por novos mercados parece não ter fim. Os computadores da Google reforçarão a estratégia da empresa de navegação em nuvem. Dessa forma, os softwares que você irá utilizar não estarão, necessariamente, armazenados na HD do computador, que ficará livre para outras rotinas conferindo mais rapidez a todo processo. Processadores de textos, planilhas e outras ferramentas ficarão estacionados nos gigantescos servidores da empresa. Os desenvolvedores garantem as vantagens. Além de muita gratuidade, atualizações automáticas, encriptação de dados e outros recursos que deverão tornar tudo muito mais seguro e difícil de invadir. Por essas e por outras o destino da Microsoft, que como a Motorola há tempos não emplaca um hit informático, pa-

rece cada vez mais sombrio. No selvagem universo digital um sucesso hoje não é garantia de sobrevivência amanhã. Com o Google dominando as buscas, a navegação e sistema operacional, ficará cada vez menor o território dos grandes dinossauros. Quem viver, verá.

André Barros anda tendo pesadelos com um mundo dominado pelo Google. tecnologia@revistatouche.com.br

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taste

CHARUTOS para a virada do ano

Para um aficionado por charutos, a passagem de ano é uma data especial. Há uma aura em torno desta época, que é comemorada com exemplares das melhores marcas e de safras privilegiadas. O hábito se propagou desde a idade média, quando os nobres europeus degustavam seus “puros” após o jantar, em salas fechadas, usando cartolas, luvas e roupas próprias para a ocasião, hoje conhecidas como smoking. Como o mercado de charutos é vasto, há ofertas de qualidade com preços honestos, que agradam a todos, desde os mais experientes, aos iniciantes e curiosos dessa arte. Se você se enquadra numa dessas categorias, veja no texto três dicas que ajudarão na escolha de seus exemplares para a virada do ano. O primeiro charuto indicado é o H Upmann nº 2, um figurado cubano produzido com tabaco fino, aroma muito agradável, de excelente construção, e gosto complexo, ideal para os mais experientes. A casa H.Upmann foi criada em outubro de 1844 pelos irmãos August e Hermann Upmann. Para alguns, o “H” refere-se ao Hermann, porém, na verdade, é uma referência a palavra espanhola hermanos, portanto, Irmãos Upmann. A história conta que os irmãos eram banqueiros alemães que mudaram para Cuba e criaram o charuto como forma de promoção do banco. Os charutos H.Upmann ganharam reconhecimento internacional, vencendo sete medalhas em concursos. Essas medalhas passaram a ornar a marca, que hoje é disponibilizada com outras vencidas ao longo do tempo, jun-

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tamente com a assinatura original de Hermann Upmann. Esse charuto é facilmente encontrado nas casas especializadas ao preço médio de R$ 46,00 o exemplar. Uma excelente opção entre os charutos feitos fora de Cuba é o Camacho Triple Maduro, produzido em Honduras e lançado em abril de 2007. Também apresenta excelente construção, força média, porém, mais encorpado que os demais da linha regular da casa. Uma degustação lenta permite distinguir um retrogosto adocicado, com toques de cedro, café e notas licorosas, fruto da combinação de cinco diferentes tabacos, especialmente selecionados para esse blend. São vendidos em caixas de 21 charutos, com apresentação incomparável. A manufatura foi criada na Nicarágua em 1960 por Simon Camacho. Atualmen-

te, os charutos são produzidos em Honduras pela família Eiroa, com tabaco originário do vale Jamastran, que para muitos é um fumo semelhante aos melhores cubanos. Também é facilmente encontrado em nosso meio ao preço médio de R$ 55,00 o exemplar Entre os charutos nacionais, o Damatta merece destaque especial. É uma das poucas marcas brasileiras que possui sua própria plantação de tabaco, feita na fazenda Campo Verde em Cruz das Almas - Bahia, o que garante a uniformidade entre cada safra. O blend é composto por tabaco Mata Fina e Sumatra, enrolados manualmente com folhas inteiras. Um dos pontos altos que reflete o incondicional cuidado com a qualidade é que as folhas são maturadas por aproximadamente quatro anos, o que determina baixíssimos

índices de nicotina e amônia, sem alterar o aroma e o sabor do charuto. A indicação da linha Damatta é o Graduado, um corona gorda que utiliza folhas YA17 (o coração da planta). É ideal para iniciantes de bom gosto, sendo encontrado com preço médio de R$ 22,00. Seja qual for sua escolha, lembre que o ideal é degustar o charuto após a refeição, depois da sobremesa e de um digestivo, que no caso pode ser um vinho do Porto ou um bom café. A etiqueta indica que não se deve molhar a cabeça do charuto com bebidas, como é propagado por leigos no assunto. Faça o seu ritual com simplicidade, aproveite o extraordinário prazer que a arte secular de degustar charutos pode lhe proporcionar e tenha um excelente Ano Novo. Nota: se desejar opinião sobre outros charutos entre em contato conosco através do e-mail bonvivant@revistatouche.com.br.

Godofrêdo Sampaio Médico, escritor e aficionado por vinhos, charutos e boa mesa. Membro e ex-presidente da Academia Jundiaiense de Letras.

bonvivant@revistatouche.com.br




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