Revista Très #15 - Abril.Maio

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Parque do Povo • 18 3222 8911 Prudenshopping • 18 3222 6663


Da Redação

Q

uem nunca caiu numa mentira de mentirinha no dia 1º de abril?

Aposto que muitos caíram. Dostoievski, em seu livro “Crime e Castigo”, escreveu que “Mentir com graça, de uma maneira pessoal, é quase melhor que dizer a verdade à maneira de toda a gente.” Vamos refletir um pouco... O uso da linguagem é um dom humano, mas a arte da mentira não nasceu conosco. O idílio entre abelhas e orquídeas é um belo exemplo. Diferentes tipos de orquídea especializaram-se em atrair diferentes tipos de abelhas, seduzindo-as com estímulos sexuais que evocam o aspecto, a colo-

Tile Amato

Mentira de mentirinha

ração e o odor das respectivas fêmeas. O inseto monta na flor e pratica uma pseudocópula com ela. Os sacos de pólen se fixam em seu corpo e desse modo são levados ao órgão sexual de outra orquídea, possibilitando a fecundação. É claro que, com a entrada do ser humano em cena, o repertório da mentira é inesgotável. Mentir é moralmente errado. Sobre isso, até os mentirosos estão de acordo. A prova disso é o extremo cuidado que tomam em ocultar suas mentiras, não é mesmo? Entretanto, devemos fazer uma ressalva: nem todas as mentiras são condenáveis. Existe a mentira “de mentirinha”. É o que podemos chamar de uma mentira de boa fé. Tomando como exemplo, os artistas. São mestres ilusionistas! A experiência da arte requer que se creia de boa fé nas mentiras e fantasias alheias. Quando você lê um bom romance, por exemplo, você vive intensamente uma realidade que não é sua. A vida em sociedade ficaria muito prejudicada se não pudéssemos mais confiar uns nos outros. Já imaginou se ocorresse um “choque de transparência”, ou seja, se cada um pudesse saber tudo o que vai pela cabeça dos outros? A convivência seria praticamente impossível. O coroamento da arte da mentira é a curiosa capacidade do ser humano de mentir para si mesmo e acreditar na mentira. Basta observar um político em campanha. Até que ponto eles mentem ou acreditam sinceramente nas promessas que fazem e que raramente cumprem? Muita gente se “autoengana”, o que é mentir ao quadrado. Na maioria das vezes, a mais traiçoeira mentira não é a que contamos para os outros, e sim a que contamos para nós mesmos. Sendo assim, uma mentira de mentirinha é tão saudável quanto ler um bom livro e se deixar levar por ele. Mas vale lembrar que, ainda que a verdade doa, é sempre a melhor opção. Tenham uma agradável leitura!

Claudia Junqueira Jornalista Responsável



A Très no Instagram

Em uma galeria repleta de lindas imagens, participantes do Brasil todo usaram a hashtag #instatresjornalismo no Instagram para homenagear o Dia do Jornalista, comemorado em abril. A Très agradece a todos os participantes que enviaram as fotos e a todos os seguidores da Revista Très no Insta, afinal já somos mais de 2 mil doidos por arte, cultura e informação no celular!

SIGA @revistatres Mariana Garcia tem 22 anos, está no 5º termo de Jornalismo na Facopp e é natural de Teodoro Sampaio. @mfrommariana Camila Assad tem 23 anos, é estudante de Arquitetura e de Artes Visuais. Natural de Presidente Prudente. @camilaassadq

Arize Juliane tem 23 anos, cursa o último ano de Jornalismo na FAI. É repórter do Jornal Diário do Oeste Paulista em Adamantina e assessora de imprensa do espaço Planeta Casa de Presidente Prudente. É natural de Lucélia, mas reside em Adamantina. @arizejulliani

Talita Lopes tem 28 anos, é jornalista, editora do SPTV Primeira Edição da TV Fronteira de Presidente Prudente, natural da mesma cidade. @talitamlopes

Carla Moreno tem 25 anos, é jornalista, editora e apresentadora na TV Fronteira de Presidente Prudente. Nasceu em Lins, mas mora em Presidente Prudente desde 1996. @carlamorenom

Revista Très - Abril.Maio / 2012


Novas Ă guas de Banho Nativa SPA. Durma gostoso, acorde se sentindo.

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Colaboradores do mês

Ana Maria Junqueira é paulistana, advogada formada pela FAAP, mas adora arrumar as malas e conhecer o mundo. Seus textos e crônicas rendem matéria para o site com dicas de viagens “Magari blu” www.magariblu.com. Nesta edição, colaborou com a deliciosa dica de viagem sobre os Lençóis Maranhenses.

João Bosco Leal é prudentino, jornalista, escritor, articulista político e produtor rural. Cursou dois anos e meio da Faculdade de Administração de Empresas da ITE (Instituição Toledo de Ensino) de Presidente Prudente, SP. Reside em Campo Grande, MS e nesta edição, colaborou com a crônica “A mãe e suas crias”.

Iara Valiente é jornalista, graduada pela Unoeste. Redatora desde 2011 na empresa PCI Concursos, passou a colaborar com o jornal mensal Chá da Tarde Estilo em março de 2013 e criou, no mesmo ano, o blog “Me chama pelo nome”. Nesta edição, colabora com a incrível história de Irena Sendler na seção “Mulher Forte”.

Violeta Araki é prudentina, estudante do último ano de jornalismo da Faculdade de Comunicação Social da Unoeste. Atualmente faz estágio na produção do SBT Interior. Colaborou nesta edição com a impressionante matéria sobre o trânsito prudentino, juntamente com nossa jornalista Eliane Gushiken.

Uma das responsáveis pelas belas imagens desta edição é a cabeleireira Dani Fatala que participou contribuindo com seu talento nos nossos editoriais de moda. Daniele trabalha há mais de vinte anos na área e ficou em segundo lugar no concurso nacional de corte realizado em São Paulo, com final em Curitiba.

Colaboradores fixos

Entre em contato com a nossa redação. disque: (18) 3222-0435 (18) 9791-8477 (18) 9771-8440 envie um email para:

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contato@revistatres.com.br Todas os textos e imagens utilizados em nossas matérias são cedidas e de responsabilidade de seus autores ou representantes do conteúdo. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total sem autorização. Foto Capa: Estúdio Triz Tiragem: 3000 un.

01-Cacá Filippi 02-Maristela Coimbra 03-Eliane Gushiken 04- Priscila Nascimento 05- Camila Galindo 06- Tile Amato 07- Antonio Cezar Leal 08- Paulo Brazyl 09- Henrique Chagas 10- Luiz Dalle

Expediente: · Publicação: Grupo Très · Jornalista: Eliane Gushiken · Jornalista Responsável: Claudia Junqueira · Revisão de texto: Lucas Miolla · Fotografia: Amanda Carvalho · Proj. Gráfico e Direção de Arte: Daniel Franco Luizari



SUMÁRIO ESPECIAl : TRÂnSITO IMPRUDEnTE

32 ESPECIAl DIA

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DAS MãES:

A vida imita a arte

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EDITORIAl DE MODA: “Preto no branco”

EDITORIAIS:

22 “Under Construction” por Priscilla Bernardes

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SEÇÕES:

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SAúDE: A sabedoria animal

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POlíTICA: Os lados de Hugo

Chavez

“Dream Within a dream” por Naia Cunha

EVENTOS:

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A TRèS CURTE ISSO: Purple Rain

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InAUgURAçãO:

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EnSAIO fOTOgRáfICO: Itaporanga

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COBERTURA: Dhuo

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COBERTURA: Colcci

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COBERTURA:

Marilyn Lounge & Club

18

gASTROnOMIA:

De Valência para o mundo - a paella

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#ASSISTA

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fAMOSO qUEM:

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#lEIA

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MODA:

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#ESCUTE: Cuban Beats All

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#EXPlORE:

30 Espaço de arte

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#MEIO AMBIEnTE:

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Maria Cícera F. Ferreira Tendências a mil - tudo que marcou a semana de moda em Paris

BATE-PAPO:

Roberto Mancuzo conversa sobre jornalismo e mídia

Código Florestal Brasileiro

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COlUnA BOnJOUR

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COlUnA BOnSOIR

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SUA HISTóRIA EMPlACOU:

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CRÔnICA: A mãe e suas crias

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MUlHER fORTE:

Avenida Benedito Faustino Irena Sendler

UM POUCO MAIS:

Stars - entrevista exclusiva

Lençois Maranhenses

Única - Moda ele e ela

EnTRECORES fotografia nEWBORn

66 qual o conceito de beleza para você?

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CAf: Stúdio de Psicologia da criança, adulto e família Metal Domado - Hà 22 anos iluminando o Brasil



Saúde

Por: Maristela Coimbra - Fotos: Amanda Carvalho

A sabedoria animal TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS DO HOSPITAL BEZERRA DE MENEZES PROMOVE BENEFÍCIOS RELACIONADOS AO BEM ESTAR FÍSICO E PSÍQUICO DE SEUS PACIENTES O Projeto “Canta canta, minha gente” apadrinhado pelo cantor Martinho da Vila leva música para os pacientes da Sta. Casa de Pres. Prudente Pacientes do Hospital Bezerra de Menezes em momento de descontração com o cachorro Pépe.

A

relação entre homem e animal é sempre foco de mudanças seja qual for o contexto. Quem nunca viveu em cumplicidade uma relação assim, ou pelo menos, presenciou logo ali, ao lado?! O fato é que os animais sempre estiveram inseridos na história, protagonistas importantes, ainda conhecidos como coadjuvantes! Uma troca em que não existem pre/conceitos, pois o animal, ao relacionar-se não leva em consideração a aparência física e inte-

lectiva do indivíduo, porém o animal tem suas próprias reações e requer compreensão, atenção e afeto de quem se dispõe a interagir com ele. Características fundamentais que estão fazendo parte da rotina de pacientes internados em instituições psiquiátricas. Somos seres carentes, embora nem todos assumidos, o que dificulta a interpretação quando nos relacionamos com a mesma espécie, gerando conflitos, frustrações e feridas não curadas, simplesmente por buscar no outro a nossa forma de pensar e agir. E não quero que isso seja ligado apenas ao relacionamento homem e mulher, mas sim, entre amigos, família e colegas de profissão. Foi na busca pela amenização das dores e mudanças de comportamentos que o “Projeto Terapia Assistida por Animais” do Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes foi implantado há um ano e meio sob a justificativa de que a interação entre homens e animais promove benefícios 12

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relacionados ao bem-estar físico e psíquico, mesmo em condições crônicas. Um projeto já de repercussão que vem fomentando uma nova ótica de avaliação entre os hospitais psiquiátricos. No relacionamento com o animal o indivíduo desenvolve novas formas de comunicação, socialização, autoconfiança e autoestima. Uma interação que promove o desenvolvimento afetivo, importante para cognição e aprendizagem, além de atuar nas áreas motoras e o no desenvolvimento emocional, devolvendo aos pacientes a percepção do mundo externo, o que tem possibilitado um ambiente de estimulação, que não mais ocultam o discurso do sujeito internado nessas Instituições. Uma interação capaz de modificar atitudes e comportamentos, de ambos os lados. Uma “troca” que acontece uma vez por semana, durante 30 minutos, com a utilização de um cão da raça Golden Retriever – Pépe e conta com o monitoramento de terapeutas ocupacionais. As atividades são de recreação e distração, momentos únicos inexplicáveis por quem acompanha. Entre olho nos olhares, afagos, silêncios intermináveis e respeito mútuo. Os resultados nos tratamentos vão aparecendo entre sorrisos e a mais pura satisfação de serem amados ao seu modo! Momentos mágicos, capazes de fazer sentir que o transtorno psíquico está do lado de fora, em uma sociedade incapaz de assumir o seu papel, simplesmente por buscarem palavras ou poções milagrosas para resolverem questões que começam primeiro, dentro de cada um de nós, e ponto.

ATENDIMENTO DIVIDIDO POR EQUIPES

-Equipe Branca e Verde Os pacientes são atendidos nas terças-feiras das 7h30 às 8h00

-Equipe Ala de Tratamento Especial Quartas-feiras das 15h50 às 16h20 -Equipe Azul Atendimentos em Clínica de Tratamento Psiquiátrico intensivo nas quartas-feiras das 9h30 às 10h00 RESULTADOS ALCANÇADOS -Melhora da autoestima e expressão de sentimentos; -Favorecimento da alegria e descontração; -Reações positivas como a diminuição da ansiedade, irritabilidade e agressividade; -Oportunidade de comunicação e interação grupal; -Senso de responsabilidade e organização; - Melhora da afetividade. Très - Abril.Maio / 2013

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Política

Por: Priscila Nascimento - Ilustração: Id Design

Os lados de

Hugo Chavez


Presidente da Venezuela, que morreu no último dia 5 de março, Hugo Chávez governou o país por 14 anos, mudou a constituição e trouxe o chamado “socialismo do século XXI”. Elevou o PIB, mas mesmo assim manteve a taxa de inflação de 30% ao ano.

A

B

O chamado ditador, Hugo Chávez, mudou a história Em 14 anos de governo, Chávez conpolítica da Venezuela. Polêmico, o presidente elaborou seguiu diminuir as desigualdades da projetos à favor do seu governo continuado e apostava no população por meio de distribuição de rensocialismo de forma radical. Com o auxílio popular pela da e estimulou um crescimento generoso adoração, estava mais claro que ele não iria abandonar o do Produto Interno Bruto (PIB), aumengoverno e sua posição política, e que a cada tando significativamente seus indicadoano seria mais extremista. res. Já no desemprego, seu índice caiu de 14,5% para 8%, Toda e qualquer decisão levada ao extre- enquanto o PIB cresceu de US$ 8,2 mil para US$ 13,2 mil. mo carrega qualidades e defeitos. Uma Os programas sociais foram grandes investimentos das grandes marcas no governo Chávez do seu governo. A redução numerosa da pobreza, assim foi a estatização generalizada pelo país e como no analfabetismo. Investiu e diminuiu as falhas nas a dependência desenfreada de uma úniáreas de saúde e de habitação nos últimos ca via, o Petróleo. Dados assustadores afirmam que 96% tempos. Com o petróleo, ele permitiu uma das exportações da Venezuela vinham do “ouro negro”, e a criação do poder de compra da população maior parte do orçamento para importação é para a aqui- venezuelana, que soma 30,4 milhões de sição de alimentos e matérias primas, e esse dado cresce habitantes. Apesar da alta inflação, beicada vez mais. Os desequilíbrios econômicos estavam rando à 30% (em comparação com os bracada vez mais frequentes e o seu afastamento do governo sileiros que se encontram em 6%), Chávez por causa do câncer alarmava mais a situação. permitiu que a população tenha um trabaCom a ajuda do petróleo, a economia cresceu 66%, e as lho, ainda que a maioria dos trabalhadores importações subiram para 61%, no mesmo período, mos- ocupem postos nas estatais do país. trando que, apesar de se ganhar com um lado, se gastava Os problemas não são gigantescos, como com o outro. Apesar da abundância de petróleo, a opção da afirmam estudiosos, houve uma mudanimportação gigantesca do alimento fez com ça significativa a partir de 1999, quando que a inflação subisse de forma amedron- assumiu o governo. O lado social foi e será seu maior legatante e a população alimentasse uma espe- do. Hoje a população tem a consciência da importância rança falsa de um poder de consumo, e pior, política do seu país, com o cultivo de direitos e cobranças ser um polo produtivo estava longe de suas de um futuro melhor. E esse futuro? Será que seguirá o metas e vencer esse obstáculo não será fácil. chavismo?

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Gastronomia

Por: Camila Galindo - Foto: Amanda Carvalho

De Valência para o mundo:

a paella Que a paella é um prato típico espanhol, todos nós já sabemos, mas... Como surgiu? Qual o primeiro formato desse prato? Por que é tão rico em sabores e temperos? É o que vamos descobrir nesta edição.

Produção da imagem: Navio Peixaria e Rotisseria (18) 3223-5741

A

O que é essencial para esse prato ficar perfeito é o arroz, parecido com o arbóreo, porém com menos amido, o óleo de oliva, de preferência espanhol, e algum tipo de carne, que varia de acordo com as regiões. Em sua forma mais comum, a paella é feita com frutos do mar, porém a receita pode levar também carnes de caça ou os dois. Em qualquer uma delas, não pode ficar de fora o açafrão em pistilo (não confundir com o cúrcuma ou açafrão da terra como é chamado no Brasil) e para este último daremos um pouco mais de atenção: O açafrão em pistilo é a especiaria mais cara do mundo. É o estigma ou pistilo da flor do Crocus Sativus L. É preciso coletar manualmente os 3 estimas de cada uma das mais de 100.000 flores para obter 1kg de açafrão! Devido ao alto preço do açafrão em muitos lugares, inclusive na Espanha, ele é substituído por corantes e açafrão em pó (feito com os refugos), reduzindo o custo do prato. É importante lembrar que, além de todos esses ingredientes, o uso de verduras frescas é essencial para a intensificação dos sabores! A paella é uma ótima dica para servir em reuniões de amigos, família e em datas comemorativas em geral!

paella surgiu na região de Valência. Lá, a panela que é utilizada para produção desse prato se chama paella, daí o nome! Trata-se de uma frigideira sem o cabo e com duas alças que ajudam a suportar o peso da preparação e contribui para a cocção completa e homogênea dos ingredientes. Antigamente, os camponeses saíam para trabalhar e levavam apenas arroz, óleo de oliva e a ‘paella’ que servia de panela e prato. Esse almoço era feito com o arroz, óleo de oliva e com o que mais encontrassem no campo, que contava com arrozais, verduras, coelhos, frangos e porcos. Todos esses ingredientes encontrados eram cozidos na mesma panela. A partir de toda essa mistura surgiu a “paella”. Essa prática era muito difundida entre os camponeses de toda Espanha, mas foi na região dos mares que deixou de ser mera merenda para tornar-se o prato mundialmente famoso que hoje conhecemos. Assim, à beira mar, ela era preparada com frutos do mar, mariscos, peixes e em cada região surgia uma peculiaridade diferente. Dessa forma foram surgindo inúmeras variações da paella, que foi aceita pelo mundo inteiro. 18

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O Famoso


Maria Cícera Fernandes Ferreira Elas são chamadas de comadres, madrinhas, mãezinhas. Em maio comemoramos o dia das mães e gostaríamos de homenagear a Dona Maria Cícera Fernandes Ferreira, parteira há mais de 33 anos.

Très: Como começou seu trabalho de parteira? Como a senhora aprendeu? Sempre gostei muito de trabalhar na área de enfermagem. Foi quando em 1968, uma freira do Rio de Janeiro veio para Presidente Prudente dar um curso na área de maternidade e então eu fiz esse curso, foram meses de experiência.

No geral, era uma média de 12, 13 partos por dia. Quem estivesse responsável pelo pré-parto fazia em torno de 4 ou 5. Durante todo esse tempo foi uma boa turminha (risos). Très: Quando a senhora fazia os partos, trabalhava com alguém lhe auxiliando? Tinha uma funcionária de sala circulante e uma de berçário, e tinha um médico plantonista. Tinha o socorrista, caso houvesse alguma intercorrência. Très: Quando aparecia uma mulher com parto complicado ou gravidez de risco, como era descoberto o problema? Passava para o plantonista. Ele via, medicava, a gente acompanhava, mas nestes casos a paciente era do médico.

Très: E os instrumentos? Eram vários. Há material cirúrgico, material de parto, material de curativo, material de banho, tudo separado, esterilizados. Desde uma pinça a uma gaze numa caixa, você tem que estar com tudo organizado. É um material que você vai usar para a vida. Très: Como foi seu primeiro parto? Quem lhe ensinou? No meu primeiro parto foi o Dr. Oswaldo Tiezzi quem me acompanhou. Ele faleceu há uns cinco anos. Ele estava de plantão, era umas 7h30 da manhã, início de maio de 1969. Na época as enfermeiras eram freiras, me lembro tão bem como se fosse ontem.

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Très: Quantos partos a senhora fez? Uma média?

Très: A senhora lembra de algum parto que lhe chamou mais atenção e que quisesse contar pra nós? Vários... De paciente que havia perdido dois, três filhos... Havia tido uma gravidez complicada. Na época não tinha muito recurso como agora, não tinha ultrassom. Você contava muito com a sorte, e você via a carinha de felicidade dela ter tido o filho e estar bem. Aquilo era muito gratificante. Très: Há alguma posição melhor para ter filhos? Não. A melhor posição é a posição normal! (risos)

Très: Acompanhava a gravidez ou era só na hora do parto?

Très: Uma frase.

Só na hora do parto. Especificadamente o pré-parto, que é na hora que ela entra em trabalho de parto, que você interna a paciente. Quem estava no pré, cuidava até o bebê nascer.

“Sempre que você estiver em algum lugar que houver uma mãe esperando um bebê e esta não tiver condições, não tiver apoio, mesmo que você não a conheça, tente fazer alguma coisa.”

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Editorial de Moda - Priscilla Bernardes

Under

construction por Priscilla Bernardes

Como uma obra em construção, a moda está em constante fase de transformação. Construir uma imagem nesse universo requer estar atento às tendências e identificar um estilo bem sucedido. O primeiro passo é desconstruir a ideia da moda inconsciente e entender que o que vestimos pode constituir mais do que meros pedaços de pano. A moda consciente veste sentimentos, personalidade e emoções, e isso é impossível de ser padronizado. Inspire-se. Priscilla Bernardes “Under Construction” vem aí... Fotos: Amanda Carvalho e Thyane Brito - Estúdio Triz Modelo: Andi Rosés Make: Isabella Carvalho Hair: Dani Fatala Produção de moda: Priscilla Bernardes

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Colete Liziane Richter Pulseira/Anel Hector Albertazzi Colar Vânia Nielsen

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Editorial de Moda - Priscilla Bernardes

Saia Liziane Richter Blusa e colete Cris Barros Bolsa Lilly Sarti Brinco Hector Albertazzi Anel V창nia Nielsen


Calça M & Guia Sapato Dellela Blazer Cris Barros Cropped M & Guia Colar Vânia Nielsen

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Editorial de Moda - Priscilla Bernardes

Manteaux Cris Barros Bota Lilly Sarti Brinco Hector Albertazzi

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InAUgURAçãO - Marilyn Lounge & Club Por: Claudia Junqueira

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viagem ao passado começa logo ao entrar no ambiente e encontrar um Fusca como caixa. A decoração deixa o clima superagradável e aconchegante, lembrando os gloriosos anos 50 e 60 de Marilyn Monroe. O bar oferece uma variedade de bebidas e drinks da casa, que inclusive levam nomes dos filmes estrelados pela diva do cinema. Nos dias de barzinho, a casa serve porções e saladas estupendas e aos finais de semana rolam baladas com dj’s que agitam a pista até o amanhecer. O club inova a noite prudentina com tecnologia exclusiva, teto baixo, iluminação em LED, ambiente climatizado e acústica perfeita para não perder a melhor batida. A programação do Marilyn Lounge & Club é bem variada, valendo a pena acompanhar pelo Facebook quais estilos e temas estão rolando para acertar a sua noite favorita.

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R: Dr. Albertino Sobrado, 893

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1- Danilo Modafaris e Charles Oliveira 2- Daniel Prado, Vanessa Prado, Charles Oliveira, Madá Oliveira, Valéria Oliveira e Maria Eduarda O. Prado

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3- Thiago Ocanha, a pequena Maria Clara, Mariana Carrion, Danilo Modafaris, Nadia Perminova e Marcelo Simioni 4- DJ Netto Nunes 5- Guilherme Caseiro e Bruna Laiz 6- Equipe bar - Luise, Eliana e Mari


Moda

Por: Cacá Filippi - Fotos: arquivo

Tendências a mil:

tudo o que marcou a semana de moda em Paris

Aconteceu a temporada de moda em Paris (outono-inverno 2013/14) e vale a pena ficarmos atentos para todas as novas tendências que vão chegar por aí! Querendo ou não, a Europa dita muita regra e o mundo todo fica de olho. Fizemos um balanço de tudo aquilo que marcou as passarelas e nem que seja em pequenas doses, vamos ver em muitas vitrines brasileiras. Vale destacar:

Alfaiataria, presença forte Casaco faz as vezes de vestido

Maxi brincos ganham a vez Os maxibrincos marcaram presença forte nos desfiles parisienses. Eles vão dos bem exagerados (o ear cuff também ganhou destaque – veja a foto da direita) aos de inspirações indianas. Prepare suas orelhas a favor do estilo!

Bolsa Carteira ganha alça As carteiras aparecem com alças, dando conforto para o encaixe das mãos e fazer com que ela não escorregue. Quem pensou nisso foi Valentino e Céline, que desfilaram belas carteiras na semana de moda.

Neste inverno, blazers, ternos e jaquetas mudam de proposta e passam atuar como vestidos, deixando as pernas de fora! O legal é ser bem curto, dando impressão de que esqueceu a parte de baixo! Bota longa ou mesmo uma meia-calça, deixam o look menos chamativo e mais quentinho! 28

Ternos e tailleurs femininos entraram nas passarelas, com tecidos tipicamente masculinos. Não tenha medo e invista nesse inverno em risca de giz, lãs cinza, mescla e marinho. Dolce & Gabbana, Chanel, Céline e Stella McCartney apresentaram estruturas das mais amplas (oversize dos anos 80) às mais acinturadas e secas (anos 50). É só escolher! Très - Abril.Maio / 2013


Animal Print e broches invadem as camisas As referências de bichos continuam em alta, mas esqueça do animal print como zebra, onça e girafa. A bola da vez são as maxi estampas de lobos, corujas e insetos! Elas aparecem em imagens gigantes ou aplicações de broches. Não precisa chamar a dedetizadora, usar vários broches de insetos na camisa, apesar de ousado, é tendência e dá a impressão de que os acessórios são bordados. Boa inspiração para soltar as feras na próxima estação!

Très - Abril.Maio / 2013

Presença religiosa, barroca e minimalista Alexandre McQuenn, Dolce & Gabbana e Valentino, fizeram suas interpretações do mais puro barroco ao minimalismo, demonstrando essa releitura em vestidos fechados e longos, símbolos cristãos (muitos acessórios com cruz), bordados dourados, estampas de coroas e casacos tipo trapézios. 29

Bolsa de festa se confunde com objeto Karl Lagerfeld elaborou uma bolsa que faz referência ao enorme globo colocado na passarela da Chanel. Se estivesse sem a alça, o acessório poderia facilmente ser confundido com um descanso de mesa ou algo parecido. O mesmo acontece com a bolsinha de festa da grife Viktor & Rolf, que se assemelha a um barrilzinho. A “objetificação” das bolsas é tendência!

Tecidos são atualizados com dobras e amarrações A barra do casaco da Chanel foi dobrada e virou bolso. O vestido de Amaya Arzuaga também ganhou uma aba dobrada e ficou com efeito de “página virada”. Já as peças da Céline ganharam toque supercriativo com amarrações que lembram os casacos na cintura, muito usados nos anos 1990. É a prova de que dá para criar looks completamente originais com tecidos convencionais.


Um pouco Mais Por: Claudia Junqueira

Espaço de arte:

Entrecores

Uma imersão no universo artístico de um ateliê/galeria que se destaca na sociedade paulista

“O

ser humano deve estar sempre buscando seu desenvolvimento: profissional, físico, espiritual...”

São conselhos de uma grande artista. Stella Gomide, licenciada em Desenho e Plástica no Mackenzie e com especialização em Educação Artística, a artista plástica, professora e galerista, vive em uma constante reciclagem. Natural de São Paulo, casada e mãe de três filhos, dois dos quais seguiram a carreira artística (musical), Stella sempre viveu rodeada de arte. Mas a imersão nesse universo se aprofundou ainda mais, a partir de 2010, quando a pintora abriu o seu próprio espaço cultural, onde também funciona o seu ateliê pessoal. Instalado no bairro dos jardins, em São Paulo, o Entrecores Espaço de Arte conta com uma localização privilegiada, situando-se a apenas duzentos metros do Parque do Ibirapuera. Mais do que uma galeria, o Entrecores surge como um espaço de movimentação e efervescência cultural, abrigando mostras de artistas na charmosa galeria, e promovendo vários cursos, palestras e workshops sobre temáticas relevantes no universo das artes plásticas. Stella ressalta que a galeria está abrindo suas portas tanto para artistas renomados como também figuras emergentes, dando assim oportunidade para novos talentos exporem seus trabalhos. Com um currículo recheado, em que figuram cursos com artistas como Carlos Fajardo, Cássio Michalany, Newman Shutze e Maazo Rek, assim como instituições

como Centro Cultural Vergueiro e o Museu Brasileiro de Escultura, Stella atualmente frequenta o curso “Poéticas Visuais de Interação”, no Museu de Arte Contemporânea da USP – MAC. Esse estudo propõe a aproximação da arte moderna e contemporânea por meio da pesquisa de diferentes linguagens e procedimentos artísticos. “Esse curso está sendo muito importante no meu processo de criação. Na minha série atual tenho utilizado os recursos digitais que jogam uma nova luz na minha técnica”. Na sua nova série, “Geométricos”, Stella busca composições a partir da geometria dos edifícios e formas da metrópole, do seu skyline, e nesse contexto insere o cidadão, situando diferentes papéis desses personagens ora dramáticos, ora solitários, consumidores e trabalhadores, habitantes da metrópole. “A criação vai me consumindo, e só paro quando é hora de montar a exposição.” – relata a artista, que já marcou a abertura para dia 15 de maio, no espaço Entrecores. Em março de 2013, Stella teve suas obras expostas em uma mostra realizada em Cascais, Portugal. A mostra tem o objetivo de retratar um pouco da arte brasileira em Portugal. Dos dias 21 ao dia 24 de março, Stella também participou do Artfair Brasil e Finlândia, em Nova York. A artista também já participou de exposições internacionais em Paris e Londres. Aos que ficaram interessados no trabalho dessa inquieta artista, recomendamos o acesso ao site do Entrecores Espaço de Arte, onde estão disponíveis algumas belas obras de Stella Gomide, além de imagens da galeria, exposições e cursos. - www.entrecores.com.br 30

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COBERTURA - Dhuo Por Camila Rotta

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Jantar de Lançamento Giuliano Mazeti e Leonam Dantas receberam Gaby Amarantos e Luciana Vendramini, além de amigos e clientes, no dia primeiro de abril, para o jantar de lançamento da coleção Primavera 2013 de sua marca, Dhuo. O “tim-tim” aconteceu recentemente no restaurante Rex, descolado endereço na capital paulista, cujo menu leva a assinatura do chef Cassio Machado. Que venha então a primavera! Cheers! 01 - Leonam Dantas e Giuliano Mazeti 02 - A cliente Adriana Gonçalvez (Niterói RJ), Alessandra Roldan e o acessor de imprensa Domingos Antunes. 03 - Gaby entre os anfitriões Giuliano e Leonam. 04 - Camila Caroni e amigo, com Leonam Dantas. 05 - Cris e Fernanda Athia (ambas em look Dhuo) 06 - A chegada da show.woman Gaby Amarantos em seu look Dhuo, um longo em jersey estampado, antecipando a primavera 2013. 07 - Bárbara, Abelardo, Lais e Guilherme Nabhan. 08 - Giuliano Mazeti, a atriz Luciana Vendramini (também em look Dhuo) e Leonam Dantas.


HOMENAGEM DIA DAS MÃES

A vida imita a arte A escritora Agatha Christie uma vez assim definiu o amor de mãe: “O amor de mãe por seu filho é diferente de qualquer outra coisa do mundo. Ele não obedece lei ou piedade, ele ousa todas as coisas e extermina sem remorso tudo o que ficar em seu caminho.” Quatro gerações: mães, filhos, netos e bisnetos de Prudente, foram convidados para nossa sessão fotográfica: Especial Dia das Mães, comemorado no próximo mês de maio. Uma singela homenagem a essas “super-mamães”, cujo amor a escritora britânica descreveu como fora do comum!

Fotos: Amanda Carvalho e Thyane Brito - Estúdio Triz Make: Isabella Carvalho Molduras: Artgesso São Francisco - 3221-8127

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Viviane Audi com sua mãe Amélia Bueno e suas filhas Bruna e Beatriz Bueno Audi

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HOMENAGEM DIA DAS MテウS

Gretta Ciabattari com sua mテ」e Ia Ciabattari e sua pequena Sophia

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M么nica Mocelin Machado com sua av贸 Creusa, sua m茫e Mara e suas filhas Maria Tereza e Maria Izabel (ainda na barriga!)

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HOMENAGEM DIA DAS MÃES

Cíntia Manoel com sua mãe Fátima e sua filha Amanda

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Luciana Lee com sua mãe Olga e seus filhos Fernanda e Gustavo Lee

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Um pouco Mais

Fotografia newborn

Um momento único

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ssim pode ser descrito esse período em que bebezinhos recém-chegados enchem de vida o coração de papais e mamães que os aguardam ansiosos. E é esse amor que transborda, somado a mãozinhas e pezinhos fofos e a olhares capazes de fazer parar o tempo que a fotografia newborn eterniza, transformando momentos passageiros em imagens para uma vida toda. A fotografia newborn – ou de recém-nascidos – já é bastante difundida no exterior e vem ganhando cada vez mais adeptos também no Brasil, afinal, quem não se encanta ao ver imagens cheias de ternura de bebês tão pequeninos? Esse tipo de fotografia vai muito além de um simples registro e tem a responsabilidade de traduzir um momento único e sublime que passa num piscar de olhos. Essas imagens passarão a fazer parte da história de famílias que acabam de ser presenteadas com uma nova vida. Para tanto, as sessões devem ser realizadas com todo cuidado e atenção que esse momento exige, afinal os protagonistas destas histórias ainda são frágeis e delicados. Aqui em Presidente Prudente as fotógrafas do Estúdio Triz realizam esse trabalho há 2 anos, como pode ser conferido nas imagens que ilustram a matéria. 38

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Como funciona a sessão fotográfica - As sessões newborn são realizadas preferencialmente entre os 5 e 15 dias de vida do bebê. Nesse intervalo, os períodos de sono são maiores e eles têm maior flexibilidade, facilitando na elaboração das poses. - É necessário reservar um tempo especial para a sessão, já que ela pode chegar a 3 ou 4 horas de duração, dependendo de como for o sono do bebê e das pausas para amamentação e troca de fraldas. - O ambiente climatizado propicia conforto ao recém-nascido, já que nessa sessão as roupinhas do bebê dão lugar a tecidos, mantas e cobertores além de cestos e acessórios que o estúdio oferece. - As sessões são realizadas sempre por duas fotógrafas, garantindo que as posições de cada foto sejam delicadamente arrumadas com todo cuidado necessário.

Sobre o estúdio O Triz Kids compreende todos os serviços destinados direta ou indiretamente ao público infantil, produzido pelo Estúdio Triz, das fotógrafas Amanda Carvalho e Thyane Brito. Além das sessões newborn, o Triz Kids produz ensaios de grávidas, crianças dos e aniversários. e famílias, além de eventos como batizaServiço O Estúdio Triz fica na Rua Ivinhema, nº 106, próximo ao Parque do Povo. Para conhecer mais sobre o trabalho do estúdio entre em contato: 18 3904-4132, trizkids@estudioriz.com.br ou Très - Abril.Maio / 2013

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COBERTURA - Colcci Por: Claudia Junqueira

N

o começo de março ocorreu o badalado lançamento de coleção da marca Colcci no Prudenshopping, com um coquetel pra lá de apimentado. A festa contou com quitutes mexicanos, tequila e muita animação, como já é esperado das viradas de coleções da grife.

A Colcci tem fugido do conceito de marca de modinha para jovens e partido para um conceito jeanswear, trabalhando na modelagem, alfaiataria e matérias primas sofisticadas. Para esta temporada, a coleção está luxuosa, com muito dourado, jaquetas em couro surpreendentemente lindas – em cores diferen-

Prudenshopping - Fone:(18) 3221-7355

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1- Equipe Colcci 2- Priscila e Val Gomes 3- Maju Siqueira e Juliana Nunes

ciadas, muitas peças com “pegada” militar, calças resinadas, vestidos com inspiração barroca, enfim, tendências e mais tendências. Tudo inserido no contexto do dia-a-dia, com peças modernas e jovens. Os “Colcci Lover’s” adoraram a coleção!

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4- Luciana Tozzi, Caru Marcondes e Renata Morishita 5- Will Iuri e Thais Silva 40

6- Alessandra Peres e Michele Kozar 7- Carol Prado e Will Iuri 8- Juliana e Kalind Nunes Très - Abril.Maio / 2013


shop online at ellus.com


Editorial de Moda

A dupla mais dinâmica da moda está de volta, e desta vez voltou com tudo! O clássico de Coco Chanel foi presença marcante nas passarelas do Paris Fashion Week. O uso constante do preto e branco marcou as coleções de grandes estilistas e Maisons como Haider Ackermann, Maison Balenciaga, Isabel Marant, Maison Martin Margiela, Yohji Yamamoto, Viktor e Rolf, Valentino, entre outros. A Très foi buscar inspiração nas passarelas e traz alguns looks que vão dar toda a bossa do seu outono/ inverno prudentino! Quer apostar?

Preto no Fotos: Amanda Carvalho e Thyane Brito - Estúdio Triz × Modelo: Carol Lazari × Make: Isabella Carvalho × Produção de Moda: Luciana Camargo × Manicure: Señorita Nail

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Branco Très - Abril.Maio / 2013

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Body e Casaco NOGUEIRA WESTERN: 3908-6679 Sapato AREzzO: 3222-3442 Colar crucifi xo Bazar da Costura: 3917-4802


Editorial de Moda

Vestido Le Papillon: 3995-1232 Bolsa Edubolsas: 3222-9565 Brinco e anel Viva Semi-Joias: 3221-5343

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Vestido Dhuo: 3903-7655 Sandália Ellus: 3221-1027

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Editorial de Moda

Saia e blusa Lucia Rotta: 3903-0559 Colar e braceletes Bazar da Costura: 3917-4802

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Calça flare e blusa cropped Lucia Rotta: 3903-0559 Sapato e clutch Carmen Steffens: 3903-4740 Anel e pulseira Bazar da Costura: 3917-4802

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Editorial de Moda

Calça, blusa, bolsa e sapato Ellus: 3221-1027 Blazer e colar Colcci: 3221-7355

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Joias Monalisa: 3222-8911 e 3222-3526

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Editorial de Moda

Joias Marisa Clermann: 3222-9009

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Especial

Por: Violeta Araki e Eliane Gushiken Ilustração: Estúdio ID - Fotos: Roberto Mancuzo

Trânsito

IMPRUDENTE A buzina, acessório embutido nos carros serve para dizer “obrigado” ou traduzir impaciência. No dia 13 de maio, Prudente comemora o Dia do Automóvel com mais de 8 mil veículos

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esde criança, a maioria dos meninos considera o carrinho como brinquedo favorito. As mulheres dividem a atenção com outros objetos, mas atualmente representam um número considerável nas conduções. Idosos com mais de 65 renovam carta a cada três anos e se sentem confiantes para trocar as marchas. Embora a baliza seja o temor na hora de estacionar, fique tranquilo: pode parar com calma, até porque a preocupação deve estar voltada em outro ponto. Enquanto você manobrava, novos carros passaram a transitar pelas ruas. De um lado, motoristas enfurecidos. De outro, frágeis pedestres. O cenário é desanimador. Sob o calor prudentino de quase 40°, carros e motos disputam espaço nas vias apertadas e tentam achar lugar para estacionar ou sair de pontos de congestionamentos que se formam nas principais ruas, avenidas e cruzamentos da cidade, tudo isso sem atropelar ninguém mais desavisado que resolva atravessar fora da faixa, por exemplo. Manobras proibidas, buzinas que soam alto, mas também gente que espera mais de 40 minutos por transporte coletivo. Com o crescimento das cidades, cresce também o problema da mobilidade urbana. O trânsito pesado de Presidente Prudente é ocasionado, sobretudo, devido ao aumento significativo de veículos circulando pelas ruas. Dados da Secretaria Municipal de Assuntos Viários revelam que do fi m de 2011 para o iní-

cio de 2013 o total de veículos cadastrados subiu de 153.314 para 154.324. Ou seja, em quatro meses 1.010 veículos passaram a fazer parte da frota. Segundo a relação da Semav, existem atualmente 89.197 automóveis na cidade. Se todos os donos destes carros fossem reunidos, seria possível lotar quase duas vezes o estádio do Prudentão. Na ponta inicial das razões de crescimento da frota, está a elevação das vendas de automóveis zero quilômetro, motivada pelas facilidades de compra do mercado, como financiamento em até 60 vezes e, mais recentemente, pela redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). O ano de 2012 foi festejado por concessionárias, que viram as vendas alcançarem até 20% em relação ao ano anterior, e por consumidores, beneficiados pela alíquota zero para 52

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Dados de 2011: Automóveis 74.776

Motocicletas 26.586

Acidentes

Com vítima: 1774 Sem vítima: 4158 Atropelamentos: 185 Total: 6117

Condutores fiscalizados 51.736

Autuações 28.010

Flagrantes de embriaguez ao volante: 325

Dados de 2012: Automóveis 78.507

Motocicletas 28.136

Acidentes

Com vítima: 1113 Sem vítima: 2539 Atropelamentos: 107 Total: 3755

Condutores fiscalizados 53.766

Autuações 26.485

Flagrantes de embriaguez ao volante: 121

*Fontes: SEMAV e Seção de Comunicação Social 18º BPM/I

carros com motor 1.0. Mas a taxa foi reestabelecida pelo governo em 2013 e deve se manter em 2% até o fim do ano. Márcio Antonio Moreira, dono de concessionária, aponta que isso não afastará os compradores. “Para 2013, a expectativa é que aumente de 30 a 40% a venda de carros usados, devido à volta do IPI sobre veículos novos”, diz. No cenário nacional de vendas de veículos leves (como carro de passeio) não consta nada que freie sua expansão. Só no primeiro bimestre de 2013 foram 428,7 mil unidades, o que representa 10% a mais que no mesmo período do ano anterior, segundo um levantamento da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Essa é a melhor marca para os dois primeiros meses do ano na indústria automobilística brasileira. As vendas Très - Abril.Maio / 2013

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acompanham o ritmo crescente também da produção de veículos leves, como mostram os números da associação. No primeiro bimestre deste ano, 508,6 mil unidades saíram das fábricas, 18,4% a mais em relação ao mesmo período de 2012. A frota crescente contribui com o bom momento que o setor de estacionamentos vive. Thiago Vieira Bertasso tem um na Rua Major Felício Tarabay há sete anos. “Se no começo paravam 30 carros, hoje param em média 130”, conta. O local, próximo a dois bancos, dispõe de 55 vagas, sendo 35 reservadas para mensalistas. A lotação ocorre no horário de fechamento das casas bancárias. Quem precisa deixar o carro em estacionamento todos os dias pode desembolsar por mês entre 100 e 130 reais. De acordo com a Semav existem 900 vagas no quadrilátero central e 5% desse total são destinados a idosos e pessoas com deficiência. Mas quem não chega cedo por ali enfrenta um bom tempo rodando pelas ruas e avenidas até encontrar um espaço livre, como acontece com o aposentado Neidival de Carvalho. “Se eu venho resolver uma coisa rápida por aqui, não quero desembolsar com estacionamento. Mas se for para pegar ônibus, vou ficar 40 minutos esperando”, expõe.

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Especial

Sinal verde, caminho livre (ou não)

Quando você pega uma sequência de semáforos abertos em uma avenida, isso não ocorre somente por sorte. Tecnologia também entra no meio. A programação que sincroniza todos os faróis para abrirem simultaneamente é gerada por um comando central que coordena os tempos de abertura e

É impressionante que, mesmo com tantos veículos pelas ruas, empresas de rádio-táxi estejam em expansão. Há apenas dois anos nesse setor, a proprietária de uma empresa conta que começou com um carro e hoje são 18. “Meu marido era taxista e viu oportunidade nesse segmento. Cada carro faz em média 20 corridas por dia e a tendência é que esse número aumente”. De acordo com Lindalva Soares, qualidade, conforto e preço são três elementos que têm atraído o prudentino. “Trabalhamos 24 horas, levamos até o local desejado e oferecemos desconto de 30%, sendo que o valor mínimo de R$ 8,00 percorre até 3km”. Reinaldo de Oliveira disse à reportagem que atua há cinco anos no ramo de rádio-táxi e atualmente possui 23 veículos. “São cerca de 28 solicitações para cada veículo”, revela. Ele ainda revela que alguns clientes possuem carros, mas preferem recorrer ao serviço da empresa pela praticidade. Muitos dizem que perdem tempo procurando vagas e, quando encontram, ainda tem que andar várias quadras. Quando vão de táxi, descem em frente ao local desejado. Outro ponto levantado pela reportagem é em relação à CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Com a facilidade do pagamento, vários prudentinos procuram as autoescolas para a tão sonhada independência de locomoção. Um fato curioso é que há várias pessoas acima de 40 a 50 anos que estão tirando a primeira habilitação. “Essas pessoas estão realizando um sonho”, comenta a diretora de ensino do Centro de Formação de Condutores, Rita Daguano. Para Maria Ivonete de Oliveira, diretora de ensino em uma autoescola, a exigência de quatro aulas noturnas poderia ser estendida. Ela compreende que “a prática deveria ser mais rigorosa para esses novos condutores, a fim de formar cidadãos mais conscientes”. Novas mudanças estão por vir. O aluno passará pelo simulador antes de sair às ruas. Serão cinco aulas de 30 minutos. “Em cada aula o simulador vai oferecer um roteiro com diversas situações em que serão testados os desempenhos dos alunos, como por exemplo, se ele liga a seta, se usa o limpador do para-brisa, entre outros. No final serão apontados os resultados, como ele se portou em tal situação”, explica Daguano.

fechamento. Esta tática pode melhorar a fluidez das vias mais movimentadas, uma vez que os veículos trafegam num ritmo ininterrupto. A chamada “onda verde” muitas vezes não funciona da maneira como deveria. Quando os relógios dos semáforos estão desregulados, o motorista acaba tendo que parar a cada cruzamento da avenida.

Acidentes O secretário municipal de Assuntos Viários, Oswaldo Bosquet, complementa que medidas educacionais também tiveram reflexo na queda de acidentes no trânsito. Conscientização na infância tem um peso considerável, como aponta Bosquet. “O trabalho com as crianças é importante porque elas acabam alertando os pais”, ressalta. Para este ano, a expectativa é intensificar a instrução dos jovens na faixa etária entre 15 e 18 anos. Bosquet diz ser necessário implantar projetos de educação no trânsito no ensino médio, voltado aos adolescentes prestes a tirar carteira de habilitação. Em relação à falta de vagas de estacionamento no quadrilátero central, ele afirma que não há possibilidade de ampliar o número existente. “Prudente não foi projetada para crescer”, afirma. Para melhorar a atual situação do trânsito, Bosquet reconhece que é preciso investir em transporte coletivo. Há a pretensão de criar novas linhas e fazer com que sejam 54

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Especial

mais rápidas. Observa também o processo de ampliação de cerca de 50 vagas na zona azul. “Não vamos criar espaços, vamos readequar”. Outro ponto evidenciado foi a liberação de R$ 30 milhões do governo federal para o Projeto Mobilidade Urbana. “Prudente vai ter um ganho muito grande na questão da implantação de algumas interligações, construção de pontes, melhorias nos pontos de ônibus e ampliação das avenidas”. Ainda conforme o secretário, “Prudente não tem problema de trânsito. Eu faço um desafio para a pessoa apontar um lugar que ele fica mais de cinco minutos parado. O trânsito é lento, mas anda, não está estático”. Engenheiro de trânsito da Semav, Arcindino de Almeida Filho defende o rigor na fiscalização das vias. “É necessário, por exemplo, fazer blitz nas saídas de bares e casas noturnas com o intuito de punir quem dirige embriagado”. As multas para aqueles que não respeitam a zona azul no centro também colaboram para evitar o desrespeito dos motoristas. “Medidas corretivas servem para instruir”, aponta.

a violência nos ambientes de trânsito não pode ser compreendida como apartada da violência urbana”

Paciência e Estatísticas O cenário de brigas no trânsito vem se tornando mais rotineiro a cada dia. Se fosse possível colocar uma câmera nos veículos em movimento não seria difícil registrar f lagrantes de condutores extremamente estressados. Para o professor universitário, mestre em Psicologia pela Unesp, Igor Costa Palo Mello, “a violência nos ambientes de trânsito não pode ser compreendida como apartada da violência urbana.” O professor, que ministra aulas na especialização em Psicologia do Trânsito, entende que a agressividade ao volante pode ser atribuída em parte à complexidade da locomoção humana nas cidades e estradas. Alguns fatores entram como potenciais agravadores deste quadro, segundo Mello, como ausência de ações de educação ao trânsito, distâncias cada vez maiores entre casa e local de trabalho, aumento generalizado da violência urbana, baixa qualidade do transporte coletivo, experiência de aceleração do ritmo de vida, principalmente no caso dos trabalhadores. Seguindo a linha acadêmica, o professor doutor de Estatística da Unesp, Edílson Flores, revela que há três anos surgiu a ideia de montar um grupo de estudos que coletasse dados da Polícia Militar e utilizasse esses números para fazer o mapeamento estatístico espacial. O aluno aprende a mexer no sistema de informação geográfica (chamado geodecodificação de endereço) para poder inserir os dados coletados e dar prosseguimento através do programa. “Nós verificamos sexo, idade, veículo, placa, profissão, horário, clima e ponto de referência que ocorreu o acidente. A partir daí podemos traçar outros levantamentos, como por exemplo, por que em tal esquina ocorrem mais acidentes com motos, por que no horário X há grande concentração de acidentes naquela região, entre outros”. Flores conta que esses resultados inspiraram novas linhas de pesquisa, que investigam o fluxo de acidentes, educação no trânsito e percepção de acidente. Ele diz que o grupo tem dados expressivos que podem direcionar outras pesquisas, detectar o problema e levar para as autoridades, já que essa parceria resultaria em um trânsito melhor para a cidade”, ressalta o docente.

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Bate Papo

Por: Paulo Brazyl - Fotos: Amanda Carvalho

Roberto Mancuzo

Mídia, Televisão, Rádio, Jornal, Revista, Internet, Blog, Rede Social... Para falar sobre Jornalismo, que já foi considerado o quarto poder e atualmente vive o que podemos reconhecer como um instante de acomodação depois de um período agitado pela “moda dos portais”, a Très convidou o jornalista e professor Roberto Mancuzo, recém chegado de um período de três meses na cidade de Córdoba, na Argentina, onde esteve por conta do seu doutorado.

Très - A “moda dos portais” passou pelo período de acomodação e sobreviveu. Cada modelo de mídia tem suas próprias características. Quanto a mídia oficial formalizada tem se pautado pelo que poderíamos chamar de mídia marginal e qual a eminência de risco diante da possibilidade de tantos avatares? Roberto Mancuzo – Estou convencido de que a grande imprensa não está muito preocupada ou se paute muito pelo que a população em geral coloca em blogs, redes sociais etc. A grande imprensa tem dinâmica e intenções próprias. E pior, vez ou outra a gente até vê algum movimento neste sentido, mas onde se priorizam a veiculação de informações sem valor social, mentiras e outras bobagens.

A imprensa como um todo precisa olhar para este espaço público que se formou com a internet, mas manter seu foco no público, no social. O que quero dizer é que além do lixo digital que flutua por aí há muita informação consistente em circulação, que poderia servir como ponto de partida para muitas reportagens. Um olhar mais apurado, centrado nas necessidades do público, daria condições da imprensa cumprir sua função social com muito mais propriedade. E para isto acontecer, basta ao jornalista querer estar mais próximo, mais consciente. E quando falo em se aproximar, entendo que o jornalista tem no meio digital uma ferramenta excelente para saber das coisas do mundo, já que tudo está mais explícito, mas ele precisa ainda assim sair da redação, ir para a rua. É lá que estão as notícias, é lá que o povo vive! Uma questão que me assusta hoje em dia é que por conta das facilidades digitais tem muito mais jornalista dentro das redações do que lá fora. Tem muito mais jornalista acreditando nos “avatares” do que na vida real e em algum momento esta conta sai muito cara. 58

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Bate Papo

Très - “A boa fotografia tem que ter lastro”. Orientado pela sua própria afirmativa sobre a fotografia, já que também é pesquisador nesta área, a Très gostaria de levar aos nossos leitores a sua opinião acerca do trabalho do jornalista em nosso país considerando o fato de que toda imprensa tem sua própria intenção e que da mesma maneira que informa, ela também orienta o público. Roberto Mancuzo - Esta questão do lastro na fotografia eu comecei a pensar mais recentemente, depois da enorme profusão de imagens proporcionada pelas tecnologias digitais. De certa forma me incomoda muito a imensa quantidade de fotografias feitas sem que haja um certo conhecimento atrelado. Quer dizer, com exceção dos fotógrafos profissionais mesmo, de repente todo mundo virou fotógrafo, domina a câmera como ninguém, fotografa tudo e todos. Até acho muito bom isto porque é uma nova fase de popularização da fotografia, mas são poucas as imagens que possuem realmente alguma mensagem consistente. A fotografia é como a ponta de um iceberg. Ou seja, aquilo que é visível deve estar sustentado por uma base de conhecimento muito maior. E, bem, o que vejo muito hoje em dia são milhares de imagens fotográficas sendo produzidas sem fundo algum, sem propriedade. No jornalismo eu sigo o mesmo raciocínio. O que costumo lembrar sempre para meus alunos, é que aprender a técnica jornalística é apenas parte do processo. Aliás, a técnica é simples e a gente aprende rapidamente. O problema vem quando o profissional é um craque, tecnicamente falando, mas não consegue ser crítico o suficiente a ponto de levar uma informação consistente e contextualizada para seu público. Aliás, este tipo é facilmente manipulado dentro do próprio ambiente de trabalho porque não consegue se opor a um direcionamento editorial que muitas vezes está travestido de muitos interesses comerciais ou políticos. E veja bem, se não nos atentarmos a isto vamos cada vez mais perder o jogo para grupos que usam a imprensa de modo perverso e que continuam considerando a idade do público bem menor do que realmente é. Até porque, é sempre bom lembrar que o jornalismo, em si, não é bom nem ruim. Importa é o que se faz dele e quem o faz. Um profissional sem leitura, sem valores culturais e pessoais consistentes fará um trabalho ruim. É uma conta exata. O jornalismo ainda é, e sempre será, uma luz para a democracia e precisa ser visto como um espaço público para o debate das questões sociais, culturais e políticas. Quem vai entrar nesta profissão precisa, primeiro, estar ciente deste cenário e em segundo, ter conhecimento o suficiente para se defender e para entender que o seu trabalho tem de ser feito sob a ótica do público. Na outra ponta, vale um algo a mais: o público também precisa fiscalizar, exigir este espaço, ao invés de sentar sobre os próprios problemas, acomodações e deficiências e sair dizendo por aí que “Tudo é culpa da mídia.” Acho esta frase deplorável e de um desconhecimento de causa assustador. Quem faz errado tem nome e endereço e ainda somos livres para aprender a escolher a fonte de informação que nos seja mais confiável.

O jornalismo ainda é, e sempre será, uma luz para a democracia e precisa ser visto como um espaço público para o debate das questões sociais, culturais e políticas.

Très - “A velocidade se transformou num critério e o jornalista refém das tecnologias que congestionam as redações”. Sua frase aponta, inclusive, para o risco de que temos aceitado as respostas como elas nos são colocadas. Num momento em que os “modelos de massa” condicionam e estimulam a superficialidade, como poderíamos mostrar que o aprofundamento nos fatos pode interferir em nossas próprias vidas? Roberto Mancuzo - Isto tem a ver com a questão anterior também e nem é algo novo na história. A questão é que está na hora de pensar mais seriamente nisto ou a esquizofrenia da vida moderna e suas tecnologias vão nos derrotar. Está a cargo dos jornalistas trabalhar muito mais os contextos, causas e consequências dos fatos do que simplesmente relatá-los em listagens intermináveis de notícias postadas minuto a minuto. Aliás, se esta questão for deslocada, por exemplo, para o material jornalístico que se vê hoje em dia na internet, a coisa fica ainda mais preocupante. E ainda com o detalhe: além da superficialidade das informações, assiste-se muito à qualidade ruim dos dados oferecidos porque em nome da velocidade exigida pela internet se faz uma apuração muito ruim. A questão da velocidade como critério jornalístico tem a ver com isto. De repente, o que vale é primeiro postar para sair na frente, para depois tentar se aprofundar. Bem, desta forma o jornalismo não vai conseguir se tornar o espaço público de debate que citei anteriormente. Pelo contrário, a sociedade está sujeita a ver, dia após dia, a maneira extremamente racional dos meios de comunicação de massa em apresentar o mundo. Ao mesmo tempo em que tudo é raso, é também performático. 60

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Por Claudia Junqueira

Coluna Bonjour

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1- João Cunha em recente

viagem à Bangkok, na Tailândia. As luzes do fundo representam o ano novo chinês.

2 - Equipe Forum comemo-

ra lançamento de coleção no Prudenshopping.

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- Lorena Terra completou a semi-maratona de Paris no mês passado e festeja a vitória. A prudentina

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está morando na capital francesa há pouco mais de um mês e cursa Civilização Francesa na Sorbonne.

4 - Cristina Oliveira e Albertina de Holanda em tarde de coquetel na Gold Mix para clientes e amigas. 5 - Julia Morelli e Vitoria Volpon Höfig em Washington DC, nos Estados Unidos, onde fazem intercâmbio. 62

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6 - Simone, Isa e Catiusa em dia de virada de coleção na Simone Store. 7 - Márcia Mondini lançou sua coleção de Outono\Inverno em sua loja e recebeu cliente e amigas para um coquetel de lançamento. 8 - Maria Paula Brondi comemorou 1 ano de abertura de seu salão “Señorita Nail” com um super coquetel para amigas e clientes onde houve sorteio de joias, muitos drinks especiais e gente bonita. Très - Abril.Maio / 2013


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9 - Ocacir Soares esteve em fevereiro em Allahabad na Índia, onde participou do Kumbh Mela. A Kumbh Mela é a maior festa religiosa da humanidade e acontece a cada 12 anos.

10 - Priscilla Bernardes recebe amigas e clientes em tarde de lançamento de coleção Outono\Inverno de sua loja.

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- Tedinha Arruda e Maria Euvira Medeiros em tarde de lançamento na Maison Monalisa. Très - Abril.Maio / 2013

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Sua História Emplacou!

Por: Eliane Gushiken - Fotos: Amanda Carvalho / Arquivo

Avenida

Benedito Faustino Dahma III

A valsa vem da palavra alemã waltzen e pode ser traduzida como “dar voltas”. É uma dança clássica praticada em momentos que remetem a concretização. Enfim, o que o assunto tem em comum com a seção? Na edição #15 da Très é o próprio homenageado, o Sr. Benedito Faustino, que conduz, ao lado de sua filha, Sandra Faustino, os passos da reportagem. Ele teve a honra de ver seu nome batizado em uma rua no condomínio Dahma III, já caminhou pela alameda e vive um momento sólido. Aos 88 anos, conseguiu realizar seus sonhos e quer aproveitar ao máximo a companhia dos familiares e amigos.

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ing, Piolim, Virgílio, Zezé Procópio, Zarzur, Noronha, Luizinho, Sastre, Leônidas da Silva, Remo e Pardal. Você conhece esse grupo? Não se tratam de amigos do nosso homenageado, mas podemos dizer que são heróis perpetuados. Com uma memória nítida, o Sr. Benedito relembrou a escalação do São Paulo de 1942, ano em que se tornou tricolor por influência de um amigo do Tiro de Guerra. “Ainda acompanho os jogos, mas atualmente só sei quem é Rogério Ceni e mais 10. Do time daquela época só vou esquecer o dia que eu morrer”, afirma. Natural de Ourinhos/SP, Sr. Benedito morou durante seis meses em Assis e chegou em Prudente no dia 20 de janeiro de 1929, aos quatro anos de idade. Casou-se com Maria Marlene em dezembro de 1949, na Igreja São Sebastião e teve cinco filhos. A família morou 12 anos em Santos, com a esperança de curar a primogênita, Sylvia, que nasceu tetraplégica. Sem sucesso, retornaram a Prudente. “Minha filha falava, pintava, tinha uma cabeça normal, mas o resto era necessário a nossa ajuda: para comer, escovar os dentes, mudar a posição das mãos. Ela foi um exemplo de pessoa”, recorda. Sr. Benedito estudou na Academia de Comércio (hoje Escola Joaquim Murtinho), gostava das aulas de português e jogava basquete. 64

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Arremessos certeiros e assistências precisas fizeram parte da história do Sr. Benedito, que trabalhou no Banco do Brasil S/A de 1950 a 1977, foi presidente da AABB (Associação Atlética Banco do Brasil) por três vezes e atuou como Chefe de Gabinete na Primeira Gestão do ex-prefeito Paulo Constantino, tendo participado das inaugurações da ACAE (Associação Cultural Agrícola Esportiva), Thermas, Balneário da Amizade, Parque do Povo, entre outros. Mesmo com tantas atividades, Sr. Benedito ainda separava um tempo para ser voluntário na Associação São Vicente de Paulo. “Eu acompanhava meu pai de casa em casa levando o envelope para arrecadar dinheiro e depois voltava aos lugares para buscar as contribuições”. Ela complementa. “Várias vezes eu chegava em casa e tinha duas, três pessoas comendo. Meu pai não podia ver ninguém passando necessidade”, observa Sandra. Sr. Benedito já residiu em vários bairros: Bosque, Vila Nova, Centro, Jardim Bongiovani, Jardim Paulista e há 15 anos seu lar é no Jardim Aviação. Há 84 anos na cidade, teve oportunidade de acompanhar várias transformações em Prudente. “A Avenida Coronel Marcondes terminava na Santa Casa, depois era só pasto. Prudente cresceu muito, está bonita. O bairro Ana Jacinta, por exemplo, com mais de seis mil habitantes, pode ser considerado uma cidade”, recorda. Jogar buraco era um passatempo e chegou a ser campeão em torneio de buraco para duplas, promovido para associados da Apea (Associação Prudentina de Esportes Atléticos). Atualmente, Sr. Benedito gosta de ir até o calçadão para encontrar os amigos e tomar café. Adora assistir TV, principalmente noticiários, novelas e jogos de futebol. Entre uma pergunta e outra ele diz: “Filha, aquela moça da TV se parece com você” e sorri. É esse bom humor que Sandra acredita ser um dos motivos da vida prolongada do pai. “Ele teve dois infartos Acima, na leves e já fez ponte de safena, mas primeira foto, sempre procura seguir as recomendao homenageções médicas, toma remédio nas horas ado Sr. Benecertas, é obediente quanto a essa quesdito. Abaixo, tão e também está sempre alegre”. o mesmo ao Sandra contou à Très que queria lado de sua homenagear o pai. Um dia encontrou filha Sandra o então vereador Antonio Norival Faustino. Rena, o Nico Rena, e aí se deu o início ao projeto que foi sancionado em 2011. De acordo com Sandra, “seja qual for a homenagem, tem que ser feita em vida, pois é uma forma de mostrar a total importância pela qual está recebendo a homenagem, o quanto foi importante, o quanto foi respeitado, o quanto foi querido e amado”. O nosso homenageado disse que “seria um orgulho muito grande” morar na avenida com o seu nome. Enquanto isso, ele é um dos poucos que podem ver seu nome emplacado. Très - Fevereiro.Março / 2013

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Um pouco Mais

Por: Maria Lúcia Velloni - Fotos: Amanda Carvalho

Qual o conceito de

beleza

para você? Veja como o tratamento odontológico adequado às necessidades do paciente pode influenciar em sua auto-estima

A

Maria Lúcia Velloni • Graduada na Universidade do Oeste Paulista no ano de 1987 • Especialista em Dentística (APCD- São José do Rio Preto) • Especialista em Implante (Centro Universitário do Norte Paulista - UNORP - São José do Rio Preto)

• Pós-Graduada em Reabilitação Oral e ATM • Atuou no centro de pós-graduação como coordenadora e corpo docente no Curso de Estética no ano de 1999 à 2010.

tualmente, estamos vivenciando uma época de muito stress, tanto psíquico quanto físico. Antigamente os conceitos de vida em geral eram mais suaves, tranquilos, as buscas dos seres humanos eram mais simples, tendo a tendência em seu objetivo de vida realizar-se em ser e não em ter. Hoje, inclinados a novos conceitos do que se considera “modernidade”, esses valores estão sendo invertidos. Nesse ponto, poderíamos rever tais conceitos dentro de nós mesmos, para vivenciarmos uma vida mais plena, mais leve. Essa modernidade também está nos induzindo e conduzindo a conceitos de beleza que não são realidade. Temos que parar de olhar tanto para o mundo externo, e sim começarmos a entender o nosso mundo interno, para não buscar incessantemente preencher um vazio que nunca nos preencherá. Primeiramente devemos começar a cuidar de nossos valores pessoais para sermos bonitos internamente e consequentemente irradiar para o externo. Essa busca deve ser de tentar não se prender a uma perfeição gerada por conceitos de beleza que a mídia nos impõe, e nos quais acreditamos, embora não sejam belezas reais. A mídia nos impõe que para sermos bonitos, precisamos seguir alguns padrões muito difíceis ou quase impossíveis de alcançar devido a algumas características físicas serem muito diferentes, gerando em nós uma ansiedade de beleza. Procuramos usar vários artifícios que talvez não fiquem adequados ao nosso perfil por querermos nos transformar em alguém que não somos. 66

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Antes

Depois

Kelly

* As fotografias ao lado não passaram por correção de imagem

Sandra

Elaine Acima, na primeira foto e com a sanfona, Sr. Francisco, filho da homenageada D. Rosa Pirola Germiniani, que ilustra

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Beleza é termos a oportunidade de sermos nós mesmos em harmonia com nossa própria essência

Cada um tem a sua própria beleza interna e externa, desde que esteja satisfeita com ela e/ou basta saber melhorá-la, e é isso que nos dá leveza. Na Odontologia, uma das áreas da saúde de grande importância, pondo em foco a beleza, caracterizamos o belo, a alegria, o sorriso verdadeiro que emana da alma. Temos que observar um conjunto de fatores que predispõem a realizar um trabalho harmônico dentro da área, desde a parte psicológica, realização pessoal, objetivo de vida desse paciente, que são ditos como fatores subjetivos (internos), levando em conta também os fatores objetivos (externos), como cor de pele, cor de olhos, cor de cabelos, idade, formato de rosto, entre outros, para realizar um tratamento com resultados primeiramente de ordem funcional, levando consequentemente a uma estética adequada. As pacientes ao lado foram submetidas ao tratamento odontológico, que inclui: clareamento dental (é uma técnica que pode ser empregada tanto para dentes vitais quanto não-vitais e baseiam-se na aplicação de agentes químicos que, por uma reação de oxidação, removem pigmentos orgânicos dos dentes), mudança de formato de dentes e fechamento de diastemas (são procedimentos realizados com resina composta proporcionando um formato adequado e fechamentos dos espaços interdentários), restaurações dos dentes anteriores e posteriores com resinas compostas (são restaurações realizadas com um material estético). Kelly, 26 anos, protética, pele clara, olhos cor de mel, cabelo castanho claro, formato de rosto oval. Sandra, 37 anos, vendedora de equipamentos odontológicos, pele morena clara, olhos castanhos, cabelo castanho médio, formato de rosto oval. Elaine, 48 anos, fisioterapeuta especialista em acupuntura e microseometia iridea, pele negra, olhos castanhos, cabelo preto, formato de rosto oval. Com base em todas essas observações é que podemos realizar um tratamento digno com nossos pacientes.


Mulher Forte

Por: Iara Valiente - Fotos: Arquivo

I�ena Sendler

O anjo do gueto de Varsóvia “AJUDE SEMPRE A QUEM ESTIVER SE AFOGANDO, SEM LEVAR EM CONTA A SUA RELIGIÃO OU NACIONALIDADE. AJUDAR ALGUÉM, A CADA DIA, TEM DE SER UMA NECESSIDADE QUE SAIA DO CORAÇÃO”. COM ESSAS PALAVRAS, DITAS PELO PAI ANTES DE MORRER, IRENA SANDLEROWA, UMA CRIANÇA COM ENTÃO 7 ANOS DE IDADE, APRENDEU A LIÇÃO DE UMA VIDA E FEZ QUESTÃO DE PRATICÁ-LA ATÉ O FIM DE SEUS DIAS.

A

Mulher Forte desta edição, mais conhecida como Irena Sendler, figurou entre outros milhões de protagonistas, as tragédias da Segunda Guerra Mundial. Nascida em 15 de fevereiro de 1910 em Varsóvia, Polônia, foi uma moça de sorriso doce, solteira, que morou com a mãe até por volta de 1943. Assistente social de profissão, ela trabalhou para o governo e tinha entre suas responsabilidades visitar periodicamente os judeus que haviam

sido encurralados em um beco da cidade quando da invasão nazista. Como defensora dos direitos humanos, a católica de pele alva, chocada com a situação dos descendentes de Judá, reuniu colegas do Departamento Estatal e organizou a distribuição de alimentos, remédios e roupas. Começava ali uma batalha pela dignidade humana. Com o codinome de Jolanta, extrapolou suas obrigações e passou a frequentar o Beco de Varsóvia, inclusive nas madrugadas frias, para o salvamento de milhares de crianças, órfãs ou não, vivendo entre a imundice das calçadas e os destroços daquela guerra. Com poucos recursos conseguiu, com a ajuda de seus companheiros, retirá-las do local escondidas em malas, caixas de ferramentas, dissimuladas junto aos casacos de adultos de sua equipe e em caminhões do Departamento. O número exato de crianças salvas nunca foi confirmado, mas as estimativas revelam algo em torno de 2.500 vidas. Sua fama de heroína se alastrou entre os que eram contra as atrocidades praticadas pelos nazis e gradativamente atraiu solidários recrutas, inclusive do movimento de resistência do Conselho de Ajuda aos Judeus, mais conhecido como Zegota, 68

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Irena passou a ser denominada como a mãe dos filhos do holocausto e no ano de 1965 recebeu o título de Justa entre as nações, de Jerusalém, e de Cidadã HonorÁria de Israel

que passou a disponibilizar pessoal e capital para as atividades de salvamento. No entanto, em 1943 Sendler foi presa e torturada por dias seguidos pela Gestapo, tendo seus pés e pernas quebrados e, por vezes, submetida à tentativa de afogamento. A corajosa polaca, surpreendentemente, permaneceu sem revelar sobre as crianças. Foi condenada à morte, mas salva por um oficial alemão, membro do Zegota. Fugitiva, adotou identidade falsa para continuar sua luta em favor dos judeus. Irena passou a ser denominada como a mãe dos filhos do holocausto e no ano de 1965 recebeu o título de Justa entre as Nações, de Jerusalém, e de Cidadã Honorária de Israel. Também homenageada em 2003, agora pelo governo de seu país, ganhou distinção da Ordem da Água Branca, a maior entre civis. A Polônia a indicou, ainda, como concorrente ao prêmio Nobel da Paz. Faleceu em 12 de maio de 2008, mas presenteou o mundo com um exemplo ímpar: o de que importar-se com o outro faz, sim, a diferença. Para conhecer melhor a trajetória dessa mulher encantadora, busque pelo livro em língua portuguesa “A história de Irena Sendler”, de autoria de Anna Mieszkowska, da editora Livros do Brasil, 2011, ou pelo filme “O Coração corajoso de Irena Sendler (The Courageous Heart of Irena Sendler)”, legendado, do ano de 2009, com direção de John Harrisson e duração de 96 minutos. Très - Abril.Maio / 2013

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Um pouco Mais

Por: Laís Pereira Khoury: - Foto: Amanda Carvalho

CAF:

StÚdio de Psicologia da criança, adulto e famÍlia laís Pereira KhourY:

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· Psicóloga formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie · Pós-graduada pela University of Melbourbe, Austrália, em desenvolvimento infantil · Mestre com louvor e distinção em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie · Experiência na Austrália e no Brasil em trabalhos como Acompanhante Terapêutica, Psicóloga clínica e Psicóloga Escolar (consultora educacional) com criança, adolescente, adulto e família · Diversos artigos e capítulos de livros nacionais e internacionais. Ex: http:// goo.gl/R0eQj

psicologia é uma ciência que estuda e trabalha comportamento, pensamentos e emoções do ser humano, auxiliando-o a crescer e desenvolver-se. Para tal, utiliza-se de métodos, teorias e técnicas. E assim contribui para que o homem (re) pense e transforme a si mesmo, crie e recrie sua história. Desse modo, nasceu a CAF: Stúdio de Psicologia da criança, adulto e família, que por meio de seus atendimentos possui o objetivo de promover qualidade de vida e mudanças positivas para o ser humano, assim como, promover a excelência do bem estar, das relações e interações consigo e com o outro. A CAF realiza diversos trabalhos: avaliações diagnósticas, intervenções e produção de palestras e workshop. Existem três modelos de avaliação: comportamental, neuropsicológica e clínica. A Avaliação Comportamental permite identificar problemas de comportamento e suas prováveis causas, possibilitando assim orientar e planejar estratégias comportamentais adequadas a cada indivíduo. A Avaliação Neuropsicológica tem por objetivo identificar potencialidades e alterações no desenvolvimento cognitivo. Por intermédio da aplicação de instrumentos, é possível avaliar a atenção, memória, flexibilidade cognitiva, raciocínio lógico e abstrato, dentre outras funções. A integração desses diferentes tipos de avaliações possibilita entender o comportamento humano, assim como conduzir e elaborar objetivos e estratégias de abordagens terapêuticas mais adequadas para cada paciente.

As intervenções: × Orientação Familiar: como lidar com problemas de comportamento comuns no dia a dia e possíveis soluções. × Intervenção psicológica para casais, adultos, adolescentes, crianças e famílias. × Treinamento de Habilidades Sociais: o comprometimento das habilidades sociais geralmente está associado a confl itos nas relações interpessoais. A timidez, o isolamento social, o desajustamento escolar, ocasiona uma perda da qualidade de vida. Deste modo, o treinamento de habilidades sociais propõe relações interpessoais mais produtivas no ambiente acadêmico, social e familiar. × Treinamento neuropsicológico: Treinar e orientar a pessoa a desenvolver melhor suas funções cognitivas: atenção, memória, flexibilidade cognitiva, entre outros. × Orientação aos Professores: como manejar problemas de comportamento no ambiente escolar. × Intervenções Específicas em Distúrbios do Desenvolvimento (Autismo / TDAH / Dislexia / Síndrome de Williams, dentre outros). × Acompanhamento Terapêutico: atendimento extraconsultório. É o trabalho realizado por um profissional especializado no ambiente natural do indivíduo. Telefone para contato: (18) 8818-4898 Email: laiskhoury@gmail.com 70

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COBERTURA - Única

Por Cláudia Junqueira

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Márcia Mondini e Lugu Ayres receberam amigos e clientes em março para o coquetel de lançamento da coleção de Outono/Inverno de sua loja, a Única no Prudenshopping. Pode-se dizer que a Única é singular tanto pelas marcas que revende: Reserva-Huck, La Martina, Acostamento, Happy, entre outras com exclusividade, quanto pelo charme que ela representa, sendo um cantinho aconchegante no piso inferior do shopping, atendendo à moda masculina e feminina sem deixar nada a desejar. As camisetas customizadas e os acessórios femininos como cintos e as bijoux valem destacar, são demais! Para quem ainda não conhece, fica aqui o convite.

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Prudenshopping - Fone:(18) 3903-1122

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5- Daniele Tartaro, Gabriela Campos e Gisele Dantas 6- Rosylaine Daguano 7- Isabella Santinoni 8- Camila Galindo e Gabriel Jardim

1- Márcia Mondini e Lugu Ayres 2- Fernanda Julião e Marcos Poletto 3- Rosylaine Daguano, Carol Belaz e Márcia Mondini 4- Danuza Azevedo e Miguel Toninato Très - Abril.Maio / 2013

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Editorial de Moda

DREAM WIThIN A DREAM Por Naia Cunha

Distante dos olhos, apenas em seus pensamentos, estão seus sonhos. A magia de nascer e renascer, de criar e recriar. Criações em pedras e metais preciosos que cintilam. Nos reflexos das janelas, o brilho dos diamantes parece o de gotas que caem do céu e o colorido das pedras reflete seus mais íntimos desejos. A serpente em corpo de arraia! Tudo é sonho, imaginação, criação e desejo! Um desejo que se torna um sonho. Fotos: Amanda Carvalho e Thyane Brito - Estúdio Triz Modelo: Luana Andrade - AZ Models Make: Isabella Carvalho Hair: Dani Fatala Texto: Naia Cunha 72

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Editorial de Moda

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Body e Casaco Nogueira Western: 3908-6679 Sapato Arezzo: 3222-3442 Colar crucifixo Bazar da Costura: 3917-4802

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Editorial de Moda

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Um pouco Mais Por: Claudia Junqueira

O desenvolvimento sustentável tem se tornado um desafio para a sociedade. A sustentabilidade ambiental consiste em um novo paradigma a ser alcançado, sob pena de os custos ambientais serem tão elevados para a sociedade e muitas atividades humanas não poderem persistir num futuro muito próximo. Todos nós dependemos dos recursos naturais e ambientais e, portanto, nesta perspectiva temos de prolongar a vida útil desses recursos. Très - Abril.Maio / 2013

Pensando nisso, o Colégio Cotiguara incentiva seus alunos a adotar um novo estilo de vida, com mudança de hábitos, criação de uma nova cultura, implementação de uma consciência verde. Dentre os projetos desenvolvidos pelo Colégio Cotiguara está o da horta orgânica, com irrigação através da água coletada da chuva. Dessa forma, os alunos percebem a importância de buscar novas alternativas para o uso consciente dos recursos naturais. 77


A Très Curte Isso

Purple Rain

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Roxo, purple, uva, frambo-

esa, beterraba... O tom não

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importa! Essa cor tem sido vista com muita frequÊncia nas ruas de Paris, Milão, Nova York... A cor roxa estimula o contato com o 09

lado espiritual, proporcionando a purificação do

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corpo e da mente e a libertação de medos e outras inquietaçÕes. Também é a cor da transformação! Podem apostar, ela vai dominar a cena da próxima estação! 08 03 05 07

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»·« 01- calça metal M & Guia Priscilla Bernardes r$ 1358,00 »·« 02- Pesinho de porta Bebeta r$ 78,00 »·« »·« 03- Anel de zircÔnia e ametista esmaltada Fernanda Coimbra r$ 165,00 »·« 04- Sandália Luiza Barcellos »·« Cláudia Cruz r$ 492,00 »·« 05- Sandália Anacapri Cláudia Cruz r$ 140,00 »·« 06- Casaco Spencer zépe Store r$ 135,90 »·« »·« 07- Bota de couro de jacaré Nogueira Western r$ 890,00 »·« 08- Coleira de LED Espaço Patas r$ 60,00 »·« 09- Bolsa de couro étnica Carmen Steffens r$ 399,90 »·« 10- Bolsa de couro c/ compartimento interno Edubolsas r$ 398,00 »·«

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Ensaio Fotográfico

Itaporanga L

ocalizada no centro de uma pequena cidade no interior paulista, a Abadia Cistersience Nossa Senhora da Santa Cruz impressiona por sua grandiosidade e beleza. Anexa à Igreja São João Batista, em Itaporanga (360 km de São Paulo), ela possui mais de 8.000 m² de construção. O local conta com hospedaria para abrigar fiéis e convidados que participam de missas, casamentos, batismos, confissões, entre outras atividades. Há também um mosteiro (da ordem de São Bento). Projeto de um arquiteto alemão, a abadia foi inaugurada em 1965 devido à fuga da Segunda Guerra de Dom Athanazius Merkle - primeiro abade de Nossa Senhora da Santa Cruz, cargo de autoridade máxima de um mosteiro - juntamente com outros monges. “Os tijolos utilizados na construção foram feitos aqui em Itaporanga com a ajuda desses monges. Tratando-se de igreja abacial, é uma das maiores do mundo”,

Paz e grandiosidade na Abadia Nossa Senhora da Santa Cruz Fotos: Miguel Toninato Texto: Danuza Azevedo

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A abadia é destino de inúmeros fiéis que buscam paz espiritual e o silêncio que a grande construção oferece. No local também é possível ter contato com a arte oriental, que deu origem à arte bizantina, do artista plástico Claudio Pastro. “Temos a imagem de Panto Crator, que é o Todo Poderoso, e a imagem da mãe de Deus, que é Theotokos. Essas obras possuem traços indígenas para mostrar que Cristo também veio para esse povo”, afirma Padre Roberto. De grande mistério e paz, o mosteiro possui inúmeras salas e uma biblioteca com um rico acervo.

São designados por abadia os antigos mosteiros dirigidos por um abade. Uma abadia deve apresentar no mínimo doze monges professos solenes em seus quadros.

De acordo com o padre pároco da igreja, João Batista Alves Carreiro, os livros Psalterium são da idade média e possuem os 150 salmos em latim. “Esses livros possuem travas de ferro, capas de couro e são grandes, porque assim eram protegidos na hora do transporte”, diz. Com diversos jardins no estilo romântico, o mosteiro possui também um cemitério próprio para os padres e monges que dedicaram suas vidas à abadia. O jornalista Miguel Toninato visitou o local e transmite pelas lentes de sua máquina detalhes da abadia, numa percepção jamais mostrada por outros fotógrafos. Revista Très - Abril.Maio / 2013

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Ensaio Fotográfico

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O altar da Igreja São João Batista é o maior do mundo, feito com uma única pedra maciça de granito, sendo nove toneladas vindas de Lages – SC.

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Ensaio Fotográfico

Making Of

Miguel Toninato

Miguel Toninato é jornalista, fotógrafo e colunista social, formado pela Faculdade de Comunicação Social da Unoeste (Facopp). Trabalha desde 2001 com produção de eventos e marketing empresarial. Assina atualmente a coluna i+Gente hospedada no portal iFronteira.com. 84

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Um pouco Mais

Por: Claudia Junqueira - Foto: Thyane Brito / cedida

Metal Domado Há 22 anos iluminando o Brasil

www.metaldomado.com.br (18) 3909-6333

F

undada em 21 de abril de 1991, a Metal Domado completou 22 anos neste mês com 60 representantes em todo o Brasil. Em entrevista com a filha de um dos sócios-proprietários, Fernando de Paula – sócio de Luciana Pullig, a arquiteta Fernanda de Paula Macedo, que também é a designer da empresa, conta que tudo começou de forma muito artesanal, quando o pai tinha uma loja de lustres na Av. Manoel Goulart. Percebendo que podia fabricar os lustres, ele resolveu abrir uma fábrica na Joaquim Constantino. Começou com um barracão, e foi aumentando à medida que a demanda crescia. Na época eram somente máquinas manuais, recorda Fernanda. Após algum tempo começaram a investir em máquinas automatizadas, quando mudaram para o novo espaço, atualmente, estabelecida em prédio próprio, em uma área de 2.500 m2, com uma planta industrial moderna. “Hoje, somos uma das únicas empresas da região que temos esse sistema de CNC de corte. Temos até um centro de dobra, automatizado, que na região não há outro. A tal ponto que

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hoje prestamos serviços para outras empresas, não só para área de iluminação, mas para outros ramos, como módulo de som e outras áreas.” – completa Fernanda. Fernanda também ressalta que a empresa está entrando mais forte agora na área de design. Formada em arquitetura pela Faculdade UNIFIL de Londrina, ela é a responsável pela parte de design das peças, desde os desenhos, protótipos, fotos, catálogos até soltar na mão da gerente de vendas. Também destaca que a linha de produtos da Metal Domado é uma linha mais “clean”, ou seja, mais moderna, sendo uma característica da empresa. Focados no momento com a nova linha comercial para depois retomar a produção da linha residencial, a designer coloca sua equipe e maquinário próprio a todo vapor, posto que a linha comercial produz em larga escala para atender a grande demanda de uma clientela que tem exigido produtos de alta qualidade e durabilidade, como são os da empresa Metal Domado.


#Assista

Por: Luiz Dalle

Duas dicas ótimas para você curtir!

Filme:

Filme:

» Íntima sensibilidade

» A aventura de ser criança

D

T

Toy Story 3

As Sessões

Nota: 9.0 Título Original: The Sessions Direção: Ben Lewin Drama/ comédia: 98 minutos.

irigido por Bem Lewin, o filme é baseado na vida de Mark O’Brien, um jornalista que inspirou deficientes físicos de todo o mundo ao publicar um ensaio na revista Sun sobre sua mais admirável conquista. O’Brien (John Hanks, sensacional) contraiu poliomielite aos seis anos e vive a maior parte do tempo trancado em um pulmão de aço que o ajuda a respirar. Com 40 anos e ainda virgem, decide contratar uma profissional do sexo com a esperança de conseguir finalizar o ato sexual. Então surge Cheryl (Helen Hunt, indicada ao Oscar 2013), a tal profissional disposta em conduzir seu paciente pelo difícil caminho da aceitação de seus limitados movimentos corporais e, claro, da realização de seus desejos sexuais. É muito fácil despertar a simpatia do espectador quando o herói busca por superação, porém, infrequentes são os longas que tratam do tema de maneira revigorante e com total desuso dos clichês e arquétipos utilizados à exaustão em obras do gênero. O ponto forte encontra-se no belo pilar de cumplicidade construído pelo casal de protagonistas, ambos em trabalhos enriquecedores. Helen Hunt, brilhantemente desprovida de vaidade, apresenta uma das melhores e mais corajosas interpretações do ano em um filme que merece ser visto.

Nota: 10

oy Story 3 é um modelo de filme a ser seguido: roteiro corente, excelentes personagens, dramas cuidadosos e bem desenvolvidos, visual caprichado e ritmo compassado. A terceira aventura de Woody desliza suave por conceitos morais, como a sempre bem acolhida mensagem de respeito e camaradagem, em uma ação contínua e repleta de cenas espirituosas. O garoto Andy, prestes a ingressar na universidade, guarda todos os seus brinquedos no sótão após decidir não doá-los. Os brinquedos enfrentam o dilema de continuar a pertencer ao seu dono, mesmo que esquecidos, ou sair à procura de um novo lar. Contudo, um contratempo faz com que o saco de brinquedos acabe em uma creche da cidade. A partir de então, grandes momentos e cenas hilárias dão o ponto na obra, como a paixonite de Barbie e Ken, uma fuga espetacular e a inclusão de novos bons personagens. Atenção especial para o aparentemente amável urso Lotso. Já em suas primeiras cenas sabemos o quanto um simpático ursinho rosa de pelúcia e com cheiro de morango pode ser perverso e cruel. Suas maldades são justificadas por um trauma – realmente triste, é verdade – em que ele e seu parceiro fiel, um boneco bebê nada menos que macabro, foram submetidos no passado e que não cabe aqui desvelar. Trata-se de um dos pontos mais excelentes do filme ao lado dos momentos narrados por um palhaço melancólico, abatido e jururu, totalmente anárquico ao tom nostálgico e aventuresco do filme. Sensacional!

Título Original: Toy Story 3 Direção: Lee Unkrich Animação/ Aventura: 102 minutos.

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#Leia

Por: Henrique Chagas

livro:

AS VISITAS qUE HOJE ESTAMOS

De Antônio Geraldo Figueiredo Ferreira · Nº de pags:448 · Preço: R$ 53,00

O livro “As visitas que hoje estamos”, de autoria de um escritor de Arceburgo, Antônio Geraldo Figueiredo Ferreira, é apontado pelos críticos como uma das maiores surpresas da literatura brasileira dos últimos tempos. Um novo “Guimarães Rosa” ou “Dalton Trevisan” desponta no sul no Minas. O livro encarna as vozes deste mundo e, de certo modo, as vozes de outro mundo. O livro é o lugar onde, como as ondas do mar, um mar de vozes – um tremendo vozerio -, múrmuras ou veementes, veem quebrar, transformando-se em eco de tantas falas: a exalação de um mundo interiorano (caipira), que se estende por São Paulo, Minas, Goiás, pedaços do Mato Grosso e do Paraná, meio rural e meio urbano, às vezes no limite do surreal. Vale a pena ser lido.

Também vale a pena

»Jerusalém, Jerusalém

»Toda Poesia

De James Caroll

De Paulo Leminski

James Carroll revela as formas pelas quais Jerusalém se transformou no lugar de fervor religioso para o mundo. Uma história profundamente instigante. A compreensão da febre de Jerusalém é a chave que abre a história do mundo, e o diagnóstico que nos oferece a melhor oportunidade para imaginar a paz.

Paulo Leminski foi corajoso o bastante para se equilibrar entre duas enormes construções que rivalizavam na década de 1970, quando publicava seus primeiros versos: a poesia concreta, de feição mais erudita e superinformada, e a lírica que florescia entre os jovens de vinte e poucos anos da chamada “geração mimeógrafo”.

· Nº de pags:464 · Preço: R$ 58,00

· Nº de pags:424 · Preço: R$ 46,00

» SUBlIMInAR - Como o inconsciente influencia nossas vidas

» O livro vermelho edição sem ilustrações De Carl Gustav Jung

De Leonard Mlodinow

Você, leitor, acha que sabe como e por que faz suas escolhas rotineiras? Por trás do pensamento consciente, age uma parte desconhecida de nossa mente. É disso que trata aqui Leonard Mlodinow. O livro busca ser uma viagem ao inconsciente humano. · Nº de pags:304 · Preço: R$ 39,90

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A presente edição sem ilustrações e em tamanho reduzido contém o texto completo do original. É dirigida especificamente àqueles que gostariam de ocupar-se profundamente com a documentação literária da evolução interior do psiquiatra Carl Jung.

· Nº de pags:536 · Preço: R$ 85,00 Très - Abril.Maio / 2013


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#Escute

Por: Claudia Junqueira - Fotos: cedidas

Cuban Beats All Stars

“A lo cubano!” O TRIo DE MÚSICoS QuE PRoJETou E SuSTEnTou A IMAGEM Do ORISHAS MunDo AFoRA ConTA CoMo É ESSA MAGnÍFICA FuSão DA MÚSICA AFRo-CuBAnA CoM A ELETRÔnICA MAIS VAnGuARDISTA, CoM uMA TÉCnICA InDISCuTÍVEL QuE É ACoMPAnHADA PoR uMA EXCELEnTE PERCuSSão E BRILHAnTES SCRATCHInGS.

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Très: Como surgiu o Cuban Beats All Star? Cuban Beats All Star surgiu da ideia que tiveram o DJ Tillo e Vladimir Núñez (percussionista) depois da separação definitiva do Orishas. Depois de tantos anos tocando juntos, havia uma ótima relação entre eles e uma química nesse cenário, então decidiram juntar-se para criar seu próprio projeto em forma de DJ set inovador e fora do habitual. Em março de 2012 fizeram uma atuação dos dois juntos em uma discoteca em Madri em homenagem a música do Orishas, e a partir de então, viram mais claro o que podiam fazer, que é misturar a música cubana com sons eletrônicos e com os temas de Orishas. Depois disso, começaram a trabalhar em estúdio em novas mixagens e comentaram a possibilidade de incluir um terceiro componente no grupo que pudesse lhes dar um novo ar e os completasse. Então pensaram no grande músico Nelson Palacios, que acompanhou Orishas durante a turnê de seu terceiro disco “El Kilo”. Nelson não hesitou nenhum momento e em seguida se uniu ao projeto tornando-se vocalista do grupo, além de tocar violino, baixo e piano. Os três juntos começaram a trabalhar em novas mixagens e temas próprios focando basicamente na música cubana, contudo modernizados com nossos próprios estilos e sons eletrônicos. Très: Qual é a ideia principal do projeto Cuban Beats All Stars? A ideia principal do projeto é levar a música cubana a outro nível, criar canções que mesclem a tradição cubana com sons eletrônicos e tribais, atribuindo um som diferente a esta música de raiz. Além de ter canções próprias, também fazemos remixes modernos de clássicos da música tradicional cubana e latino-americana levando-lhes a eletrônica. Pode-se dizer que a ideia principal é fazer que as pessoas dancem e passem bem com nossa música e espetáculo.

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Très: Quantas vezes já vieram ao Brasil e quando pretendem voltar? Com Orishas, estivemos no Brasil em várias ocasiões e depois que o grupo se dissolveu também. Já com o projeto Cuban Beats All Star, nossa primeira tour internacional foi em outubro de 2012 e tocamos em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, São Carlos e Pirenópolis. Esperamos voltar em junho de 2013, dentro de nossa próxima tour na América Latina, e logo teremos mais informações. Très: Quais são suas principais influências? Nós temos muitas inf luências musicais, gostamos de todos os tipos de música e aprender o que fazem as outras bandas. Ao longo de nossa carreira, temos tido a sorte de tocar nos melhores festivais do mundo e temos compartilhado palco com grandíssimos artistas, o que nos fez crescer musicalmente e aprender cada dia vendo o que faziam os demais artistas. Também aprendemos com nossas próprias experiências. Nossas influências musicais em relação a nosso estilo próprio, pode-se dizer que é a música cubana e a latina de raiz, a eletrônica e também a música negra em geral, também os sons provenientes da cultura hip hop (rap, turntablism, sampleos…). Para citar alguns artistas que nos servem de inspiração: Los Van Van, Benny Moré, Orquesta Aragón, Oscar de León, Rubén Blades, Orishas, Calle 13, Bob Marley, Michael Jackson… E muitos outros! Do Brasil, por exemplo, admiramos Gilberto Gil e Carlinhos Brown. Très: O que houve com o grupo Orishas e desde quando não existe mais? O grupo Orishas não existe desde dezembro de 2009, mais precisamente desde o dia 12\12\2009, dia em que fizemos nosso último concerto em Zurique, na Suíça. Já faz mais de 3 anos que não existe. O que houve foi que depois de mais de 10 anos de carreira juntos, cada um tinha suas próprias inquietudes e formas de pensar no plano musical, e decidiram tomar seu próprio caminho para trabalhar em outros projetos para preparar discos solos. 91

Très: Onde vocês tem tocado mais ultimamente, em Cuba ou fora de Cuba? Com certeza temos tocado mais fora de Cuba, sobretudo na Europa e América Latina, do que dentro de Cuba, já que nós moramos na Europa. Nelson Palacios vive em Paris (França), Vladimir Núñez vive em Toledo (Espanha) e DJ Tillo mora em Lloret de Mar (Espanha). Com a banda Orishas tocávamos mais em Cuba, precisamente em duas ocasiões: no ano 2000, em uma tour que aconteceu na apresentação do disco “A Lo Cubano”; e em 2009, quando fizemos o “Concerto pela Paz” com Juanes. Très: A música de vocês é muito boa! Vocês têm previsão de gravar um álbum? Sim, temos ideia de gravar um disco. No momento estamos gravando os primeiros temas de Cuban Beats All Star e focados basicamente na música cubana, sempre com o toque eletrônico, mas sem perder o sabor cubano, “a cubanía”, a música de raiz. Très: E como é tocar para o público brasileiro? Tocar para o público brasileiro tem sido estupendo, não somente agora com o Cuban Beats All Star, na tour que fizemos no ano passado, como também na época do Orishas. Sempre tivemos um grande acolhimento do público brasileiro, surpreendente, uma ótima resposta à música que fazia a banda! Agora com Cuban Beats All Star, com nossas mixagens de Orishas e a música cubana também nos deram esta resposta, então tocar para o público brasileiro é um prazer porque são gente que entende de música, gente muito musical que sabe apreciar a boa música e que está muito preparada para dar sua opinião sobre o que se está escutando ou sobre o show que está vendo. Não tem como esquecer que o Brasil também é uma potência musical e rítmica, então o público brasileiro tem um grande conhecimento e é estupendo. Uma resposta genial, estivemos aí no Brasil e será um prazer enorme voltar e atuar para o público brasileiro apresentando nossas canções.


#Explore

Texto/fotos: Ana Maria Junqueira - Info: www.magariblu.com

Lençóis

MARANHENSES

O nome “Lençóis Maranhenses” vem da semelhança da região com um lençol visto de cima jogado casualmente sobre uma cama, formando ondulações (dunas) e vales (depressões entre dunas). O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses foi criado em 1981 e conta com uma área gigante de 155 mil hectares.

Onde ficar Quando ir Localizados a cerca de 3 horas de carro de São Luís, a alta temporada para visitar os Lençóis é de junho a setembro. Quatro dias são suficientes.

O hotel mais charmoso em Barreirinhas, sem dúvida, é o Porto Preguiças Resort. São cerca de 40 chalés aconchegantes, piscina com fundo de areia e ótima comida. Além do Porto Preguiças Resort, outras boas opções de hospedagem são a Pousada Encantes do Nordeste e o Gran Solare Lençóis Resort.

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Onde comer O restaurante de maior destaque em Barreirinhas é o do Porto Preguiças Resort. E no centro, as indicações são os restaurantes A Canoa e Bela Vista.

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Pela terra

O que fazer Pelo céu: Vale muito a pena fazer um sobrevoo nos Pequenos e/ou nos Grandes Lençóis. Seja de avião ou de helicóptero, a vista de cima é imperdível, bem diferente da que se tem do solo.

Destaque-se a aventura de quadriciclo pelas dunas. O percurso é longo, mas vale o esforço. A trilha atravessa os Pequenos Lençóis por 45km até o mar. A parada para almoço é em Caburé, no restaurante da Pousada Porto Buriti. Outra opção pelas dunas é o passeio de 4×4. O jipe passa por locais únicos, como pequenos povoados, trilhas exuberantes, pontes e, quando inexistentes, água adentro. O destino final são os incríveis Grandes Lençóis, onde, depois de uma caminhada, chega-se à Lagoa do Peixe, sempre com água e peixes, ou à Lagoa Bonita, de onde se tem a vista mais alta dos Lençóis.

Onde encontrar Porto Preguiças Resort www.portopreguicas.com.br Pousada Encantes do Nordeste www.encantesdonordeste.com.br Gran Solare Lençóis Resort www.gruposolare.com.br Très - Abril.Maio / 2013

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Pela água Barreirinhas é banhada pelo Rio Preguiças, que tem esse nome em razão das suas curvas preguiçosas. É possível também fazer um belo passeio de lancha pelo rio. O ponto alto desse tour é a Tenda dos Macacos, em Vassouras, onde os macacos-prego dão as boas vindas, roubam o coco dos turistas e rendem boas risadas!

Restaurante A Canoa Tel.: (98) 3349-1724 Restaurante da Pousada Porto Buriti Tel.: (98) 3349-1338 – Ramal 201 / (98) 9984-0088 Restaurante Bela Vista Tel.: (98) 3349-1746 Guará Ecoturismo (passeios e traslados) Contato: aluisiopedrosa@terra.com.br


Meio Ambiente

Por: Antonio Cézar Leal - Fotos: cedidas / arquivo

Código Florestal Brasileiro: vamos construir um pacto pela vida?

As fotos retratam a comum degradação sofrida pelo meio ambiente em nossa região.

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a edição anterior, abordamos a construção do pacto pelas águas do Rio Paranapanema. Retomamos o tema com foco na construção de um pacto em defesa de nossas matas, como garantia de vida a todos. Após debates calorosos envolvendo amplos setores da sociedade e seus representantes nos poderes constituídos, o Código Florestal Brasileiro foi alterado, flexibilizando a proteção ambiental em prol de um “acordo possível” para viabilidade econômica de empreendimentos rurais e produção de alimentos. Esse Código contém normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de preservação permanente (APP) e as áreas de reserva legal, entre outros. Dentre as APP, estão o entorno de nascentes e olhos d’água perenes; margens fluviais e de reservatórios d’água; encostas, veredas, restingas, manguezais, topos de morros, montes, montanhas e serras; áreas em altitude superior a 1.800 metros e as áreas assim declaradas por ato do Chefe do Poder Executivo.

A identificação das APP envolve muitos debates, conceitos e critérios. Não se trata apenas de definir quais as distâncias nas nascentes e margens fluviais, por exemplo, serão aceitas pelos “donos” das terras, mas sim de garantir que as APP possam cumprir sua “função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”, como consta na lei. Portanto, é imperioso proteger essas áreas no campo e nas cidades, mantendo a vegetação nativa que for necessária para sua função. Os conflitos ainda não se diluíram nos meandros dos interesses e necessidades de diferentes setores econômicos e sociais. Para conter a degradação e estabelecer um equilíbrio dinâmico e sustentável nas relações entre sociedade e natureza será preciso superar grandes obstáculos para a construção progressiva de um pacto pela proteção das florestas, das águas, da biodiversidade e da sociodiversidade em todo o Brasil. A ética deverá ser a matriz das falas, ações e compromissos assumidos nesse pacto. Se insistirmos na negação da proteção das APP, especialmente nestes tempos de baixas águas nos rios e reservatórios, será o mesmo que mudar os lugares dos passageiros no Titanic e seguirmos juntos em sua viagem sem volta, em uma noite fria e luminosa de abril. Vamos alterar o rumo dessa viagem e construir um pacto pela vida! 94

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Por Claudia Junqueira

Coluna Bonsoir

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- Digo Cavalcante e Christian Wedekind (D-nox) em noite de festa que recebeu o grande DJ e produtor alemão no Pub Music’n Bar com a casa cheia pela segunda vez para uma noite animada de muita música boa e muita animação.

2 - Camila Rotta animadíssima na

noite que reuniu muita gente bonita no Pub Music’n Bar para receber o DJ e produtor alemão D-nox.

3 - A mãe Naia Cunha acaricia a

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6 - Vera Vaz foi cumprimentar a

amiga Fátima Pimentel no Âmbar em noite animada e descontraída.

7 - Gustavo Alves e Jorge Henrique

inauguram o Villa Verdi no Parque do Povo. Um lugar bacana com comidas super saudáveis e saborosas. A noite contou com som ao vivo dos irmãos Porto, bastante comida e cerveja gelada e muita gente bonita.

8 - Marcos Góes, Ísis Álvarez e

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11 - Rosa Scorpioni entre as filhas Janaína e Lívia no lançamento de sua coleção na loja Edubolsas no Prudenshopping.

12 - O proprietário do restauran-

te mexicano La Cucaracha Gustavo Leonel exibe um exemplar da Très no lançamento da edição #14, em que foi nosso anfitrião em nos receber para comemorar nossa grande festa por lá. Foi um sucesso!

barriga da filha Catarina, que recentemente deu à luz a pequena Helena. Aqui, em noite de desfile na ZetA.

Jefferson Rodrigues de Freitas foram conferir o que há de bom no mais novo ponto de comida saudável na cidade, o Villa Verdi.

13 - Sônia Alkmin e Maria Lúcia

4 - Maria Eugênia Oliveira, Luciana

9 - Josi Mc Gowan com as filhas

5 - Fátima Pimentel lança nova

10 - Paulo Brazyl em noite de lança-

um desfile sensacional da marca Colcci. Como não podia deixar de prestigiar, Hirochi, William Iuri (gerente Colcci Pres. Prudente) e Juliana Galindo compareceram no desfile mais badalado do SPFW.

Grandi, Lara Medeiros e Laura Quialheiro foram prestigiar Naia e Catarina Cunha em noite de desfile na ZetA. vinheta com uma grande festa no Âmbar para amigos e clientes do seu programa VIP.

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Mariane e Marcela presentes no lançamento de coleção da Arezzo no Prudenshopping.

mento de sua exposição “Mulier” no Sesc Thermas de Presidente Prudente. (Foto Priscyla Poll) 97

Velloni também prestigiaram o lançamento da Revista Très.

14 - No dia 21/03, foi realizado mais


Crônica

Por: João Bosco Leal - Ilustração: Rafael Loureiro

A mãe e suas crias

T

anto entre os humanos quanto entre os animais, existem mães e mães. Entre nós há as que trabalham e as que não, as que bebem, usam drogas, são prostitutas, não se respeitam, mas mesmo estas merecem e normalmente são respeitadas por seus filhos. No mundo animal, há vacas que protegem suas crias de qualquer um, que lutam desesperadamente contra quaisquer predadores para não perder sua cria, e as que simplesmente observam a mesma ser devorada por outros animais. Outras que abandonam seus bezerros logo ao nascer, deixando-os à própria sorte, os chamados “guachos”, que, se encontrados a tempo por um humano, muitas vezes tornam-se mais fortes do que seus contemporâneos, mesmo tendo crescido sem nenhum “afago” materno. As galinhas cobrem com as asas os pintinhos recém-nascidos, para que não sejam devorados por gaviões e para que não sofram com a chuva e o frio. Existem, porém, aves que raramente chocam o próprio ovo, como as galinhas d’angola, os marrecos e outras, que por esse motivo, são de difícil procriação. Entre os suínos e caninos, o filhote que, desde os primeiros momentos de vida, tendo que disputar as tetas com os irmãos, se esforça para mamar mais e fica cada dia mais forte que seus irmãos, que não se esforçaram, e por isso ficam cada vez mais fracos.

Algumas mães, entretanto, suprem seus filhos de todas as necessidades que estejam ao seu alcance, mesmo quando o “filhinho” ou a “fi lhinha” já são adultos, mas assim como nos animais, essa superproteção cria um ser fraco, que por nunca haver lutado por nada, quando essa mãe não estiver mais presente, terá muitas dificuldades para sobreviver num mundo onde há disputas por tudo. Ao contrário de ajudar, elas proporcionaram um enorme prejuízo a esses filhos, que sempre perderão, em todos os sentidos, para os que cresceram fortes por terem tido de buscar, sem ajuda, o que necessitavam. No entanto, sem sua proteção e tendo que buscar seu próprio sustento e programar seu futuro sabendo que nada mais será ganho, aprenderá, ainda que tardiamente, assim como aquele filho ou filha que foi desamparado, mal tratado, abandonado e até mesmo desprezado por essa mãe, que por ter lutado sozinho por sua sobrevivência e aprendizado, tornou-se um adulto mais forte e para ele nada mudará quando essa mãe partir. Por isso e por mais que seja dolorido, assim como ocorre em todo o reino animal, em determinado momento as mães necessitam desmamar seus filhos, pois aquelas que contrariando a natureza, escolhem dar proteção a um filho normalmente fracassam em seu sonho, e fazem fracassar o filho protegido. Perceber esse erro, certamente gera uma enorme sensação de fracasso na mãe para a qual seu filho protegido obteria somente sucessos, e essa descoberta normalmente provoca um distanciamento cada vez maior desta mãe com o filho que ela desprezou e que hoje é um forte. Os que lutaram com suas próprias mãos, certamente criarão seus fi lhos assim, dando-lhes amor, carinho e apoio, mas ensinando-lhes a buscar seu lugar ao sol com seu próprio esforço, pois o mundo não passará a mão na cabeça de ninguém, quando não tiverem mais a retaguarda dos pais. E quando a grande maioria fizer o mesmo, nascerá uma nova geração de homens e mulheres fortes, que construirão o futuro de um grande país, deixando de lado e para trás os fracos que criaram filhos e nações fracas. As nações são o resultado de como as mães criaram seus filhos nas décadas anteriores.

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