[Março 2015]
Noções de Turismo – Valorização Ação N.º 13 Centro de Emprego e Formação Profissional de Santarém
Património Artístico e Cultural
[Descrição da imagem “rede do Património Mundial de Portugal” logótipo que apela a uma rede com elementos iconográficos da cultura portuguesa (património natural, património urbano, património arquitetónico, e património imaterial). Disponível em: http://www.uc.pt/ruas/noticias_ruas/simbolo/Rede.]
[Trabalhos realizados pelos formandos, em grupo, no âmbito da UFCD: 4326]
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Noções de Turismo – Valorização UFCD 4326: Património Artístico e Cultural
Formadora: Rita Baptista
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Trabalho 1 | Tema:
Almada Negreiros e a obra “Duplo Retrato”
Pesquisa e elaboração: Adélia Cerejo n.º 1 Maria Inês Borges n.º 13
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INTRODUÇÃO O trabalho irá incidir sobre o modernismo em Portugal e mais Página | 4
especificamente o pai do modernismo, Almada Negreiros. A obra seleccionada para a investigação será o Duplo Retrato de 19341936. O motivo que levou à escolha desta obra é a sua ligação artística com os trabalhos de Frida Kahlo, mais especificamente um dos seus auto retratos Auto
Retrato em Vestido de Veludo de 1926, onde em ambos os quadros se consegue encontrar uma ligação da época emergente do modernismo, as técnicas, as cores. Ao olharmos para ambas as pinturas inevitavelmente um quadro remete ao outro. E, também, remete para outro quadro “Frieda Kahlo e
Diego Rivera” onde Frida pinta o retrato do casal, tal como Almada.
BIOGRAFIA José Sobral de Almada Negreiros nasceu a dia 7 de Abril de 1893 em São Tomé e Príncipe e morreu em Lisboa no dia 15 de Junho de 1970. Almada Negreiros foi um artista multifacetado, dedicou-se à pintura e à escrita, é considerado o pai do modernismo em Portugal. Foi um artista autodidacta, não tendo frequentado nenhum estabelecimento de ensino
artístico.
A
sua
carreira
prendeu-se
essencialmente com a escrita interventiva e literária. Teve um papel activo na vanguarda do modernismo, com uma contribuição muito importante ao grupo da
Fotografia nº1
Revista Orpheu. Almada pinta o quadro Duplo Retrato, após o seu regresso de Madrid, em 1932, do qual conhece o artista Mário Eloy e posteriormente casa com Sarah Afonso, ambos acontecimentos marcam a sua técnica formal e temática e neste retrato pinta-se a si e à sua esposa.
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ESTILO ARTÍSTICO O estilo artístico atribuído a Almada de Negreiros é o modernismo. O modernismo em Portugal desenvolve-se no início do séc. XX até ao final do Estado Novo. Esta vertente artística aparece num momento conturbado em Portugal, vivia-se uma situação de crise e de degradação de valores. Os modernistas respondem a essa situação entregando-se às sensações da vida moderna, da velocidade, da técnica e das máquinas. O marco inicial desta era surge com a publicação da revista Orpheu influenciada pelas grandes estéticas europeias e onde se reuniram Fernando Pessoa, Mário Sá Carneiro, Almada Negreiros, entre outros. Nas páginas desta revista publicaram-se poemas de grande complexidade que causou grande polémica na altura.
“São características de estilo deste movimento: o rompimento com o passado,
o
carácter
anárquico,
o
sentido
demolidor
e
irreverente,
o nacionalismo com múltiplas facetas - o nacionalismo crítico, que retoma o nacionalismo em uma postura crítica, irónica e questiona a situação social e cultural do país, e o nacionalismo ufanista (conservador), ligado principalmente às
posturas
extrema-direita.”
da
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Modernismo_em_Portugal). O movimento modernista ficou conhecido em Portugal através de duas exposições. A primeira em 1915, no Porto, tendo sido designada como
“Humoristas e Modernistas” . A segunda em 1916, em Lisboa, com uma exposição de Amadeo Souza-Cardoso. O país estava agarrado a uma pintura naturalista e romântica, artistas como o José Malhoa foram fortemente contra este novo movimento artístico. A nível de literatura, o movimento modernista, faz surgir a Revista Orpheu Fotografia nº2
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(orphismo), lançada em 1915. Em 1927, foi criada a revista Presença (presencismo), que intelectualmente segue as linhas de pensamento iniciadas pela revista Orpheu. Mais tarde aparece o Neo realismo com a Geração de 70 que combate a opressão inspirados com o socialismo Marxista. O próprio Almada Negreiros irá escrever vários textos modernistas, os mais conhecidos “O Manisfesto Anti Dantas”, ou o “Ultimatum Futuristas às
Gerações Portuguesas do século XX”. A nível de estilo os artistas buscam o rompimento das regras e expressam a vida moderna. Os movimentos mais destacados são o Fauvismo, o Cubismo ou o Futurismo. A nível de pensamento surgem os movimentos como o Dadaísmo ou o Surrealismo. A nível de arquitectura, ilustração / Designer, surgem movimentos como a Bauhaus ou a Art Nouveau. A nível de música, o modernismo valorizava a inovação e as percepções abstractas e sensoriais. Destacam-se compositores modernistas como Anton Weber ou Ígor Stravinski.
OBRA A obra seleccionada para o trabalho é o “Duplo Retrato” de Almada Negreiros. A obra pertence ao acervo do Centro de Artes Moderna
da Fundação
Calouste Gulbenkian. A pintura é óleo sobre tela, com as dimensões de 101x146 cm, de 1934-36. Nesta
pintura
Almada
Negreiros
retrata-se a si e à sua esposa Sarah Afonso. A si retrata-se sempre com os olhos grandes, fazendo jus aos mesmos que tinha, por isso sempre
chamado“o
menino
dos
olhos
Fotografia nº3
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gigantes”. O “Duplo Retrato”, foi começado no ano do seu casamento, “Almada define a iconografia do par, do seu par. Trabalha a representação quase hierática de uma Sarah determinada, de lenço vermelho de pioneira, em contraste com o azul do vestido virginal e com as mãos cruzadas, abertas no regaço,
num
gesto
de
dádiva.”
(http://www.gulbenkian.pt/Institucional/pt/CanalFCG/Noticias/Noticia?a=5206) Ao olharmos para esta obra remete-nos para duas obras de Frida Kahlo. A primeira o “Auto retrato com Vestido de Veludo” e o segundo “Frieda e Diego
Rivera”. Na primeira obra vimos a artista representada numa posse aristocrática. A pintura tem semelhanças ao “Duplo Retrato” no desenho dos traços do rosto, nas expressões, na técnica e cores. Relativamente à segunda obra não tem qualquer semelhança a nível artístico, mas também Frida fez um auto retrato do casal após o casamento, tal como Almada, e neste retratou o casal, tal e qual como era, a diferença de altura, apesar de exagerada, era real. Os pés de Frida mal tocam no chão e parecem flutuar ao lado do corpulento marido, cujos pés estão firmes no chão. Retratados de mão dada o que representa a sua união e como eram um casal. Tal como a obra de Almada de Negreiros que se retrata a abraçar a sua esposa, o que representa a sua união e protecção. Também é retratado a diferença de altura um para o outro o que leva a identificar que Almada deveria ser mais alto que a sua esposa.
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Fotografia nº4
Fotografia nº5
CONCLUSÃO Almada Negreiros foi um artista irreverente, que sempre destacou nas suas obras a sua personalidade inconformista. Desde as obras de arte, as obras literárias e musicais (o mesmo terá escrito ballets), desde os trabalhos de paginação, tipografia e ilustração, poderá se afirmar que o próprio foi um propulsor do design em Portugal. Almada era um poeta, um romancista, um novelista, um pintor, um ilustrador, um caricaturista, um bailarino, um cenógrafo, um homem completíssimo a nível artístico. Nunca ninguém silenciou o seu pensamento, através das suas obras, disse sempre o que tinha a dizer.
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“O menino dos olhos gigantes” tinha consciência que a sua enorme visão ia para além da sua época, e nesse sentido foi incompreendido por muitos. Foi apelidado “o português sem mestre”, pois nunca seguiu ninguém, sendo sempre ele próprio. Deixou uma obra extensa, tinha uma criatividade inesgotável. A sua obra plástica e literária complementava-se. Almada disse “as pessoas que eu mais admiro são aquelas que nunca
acabam”, e o próprio realizou um trabalho magnífico que merece um “estatuto de eternidade” (Vaz, Rute “COMEÇAR de Almada Negreiros”, 2013).
WEBGRAFIA - http://pt.wikipedia.org/wiki/Almada_Negreiros - http://pt.wikipedia.org/wiki/Modernismo_em_Portugal - http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_moderna - http://www.cam.gulbenkian.pt/index.php?headline=94&visual=2&langId=1 - http://estoriasdahistoria12.blogspot.pt/2014/10/o-modernismo-em-portugal-jose-dealmada.html - http://www.gulbenkian.pt/Institucional/pt/CanalFCG/Noticias/Noticia?a=5206 - http://run.unl.pt/bitstream/10362/10178/1/Vaz_2013.pdf
BIBLIOGRAFIA - “KAHLO”, Andrea Kettenmamm, Edições Taschen
LISTA DE FOTOGRAFIAS - Fotografia nº 1: Retrato de Almada Negreiros: www.estudoslusofonos.blogspot.com - Fotografia nº 2: Capas da Revista Orpheu: www.wikipedia.pt - Fotografia nº 3: Obra “Duplo Retrato”: www.wikipedia.pt - Fotografia nº 4: Obra “Auto Retrato com Vestido de Veludo”: www.demeninacomamor.blogspot.com - Fotografia nº 5: www.wikiart.com
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Trabalho 2 | Tema: Página | 10
Vincent van Gogh
The Red Vineyard
Pesquisa e elaboração: Ana Carolina Graça, nº 2 José António Silva, nº 8
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Introdução Vincent Willem van Gogh foi um pintor pós-impressionista neerlandês, frequentemente considerado um dos maiores de todos os tempos. Van Gogh é considerado um dos pioneiros na ligação das tendências impressionistas com as aspirações modernistas, sendo a sua influência reconhecida em variadas frentes da arte do século XIX. A sua fama póstuma cresceu especialmente após a exibição das suas telas em Paris, a 17 de Março de 1901. O Museu Van Gogh em Amesterdão é dedicado aos seus trabalhos e aos dos seus contemporâneos.
Vincent van Gogh Vincent nasceu a 30 de Março de 1853, em Zundert, nos Países Baixos. Era filho de Theodorus, um pastor da Igreja Reformada Neerlandesa, e de Anna Cornelia Carentes, teve dois irmãos Theodorus e Cornelius e três irmãs Elisabeth, Anna e Willemina. Vincent era uma criança séria, quieta e introspectiva. Aos 16 anos, por recomendação de seu tio, começou a trabalhar para um comerciante de arte estabelecido na Haia, nos Países Baixos. Quatro anos depois foi transferido para Londres e depois para Paris. No entanto, Vincent estava mais interessado em assuntos religiosos e decidiu voltar a Inglaterra onde começou a trabalhar numa livraria. Em 1877 mudou-se para Amsterdão, onde se preparou para os exames de admissão da Universidade de Teologia, mas fracassou. Mudou-se então para a Bélgica, e novamente fracassou nos estudos da escola Missionária Protestante. Figura 1 - Vicente van Gogh em Em 1880, Vincent decidiu seguir a sugestão do seu irmão 1866. Theo e levar a pintura mais a sério. Então partiu para Bruxelas para ter aulas na Academia Royal de Artes. Em 1883, mudou-se para Nuenen (Holanda) onde se dedicou à pintura. Em 1885, o pai de Van Gogh morreu de enfarte. Neste mesmo ano ele pintou aquela que é considerada a sua primeira grande obra: Os Comedores de Batata. Em novembro do mesmo ano, muda-se para Antuérpia onde se dedicou ao estudo das cores e visitou museus. Foi nesta altura que entrou em contacto com a arte japonesa, da qual se tornou fervoroso admirador e que o influenciou pelas cores fortes e uso das linhas. Em 1886, Figura 2 – Os Comedores de Batata, 1885. matriculou-se na Ecole des BeauxArts da Antuérpia.
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Em março de 1886, Van Gogh mudou-se para Paris e através de Theo, conhece Monet, Renoir, Sisley, Pissarro, Degas, Signac e Seurat. A partir desta estadia em Paris, Van Gogh abandona a sua temática sombria e obscura de camponeses e as suas obras recebem tons mais claros. São desta época os quadros Mulher sentada no Café du Tambourin, A ponte Grande Jatte sobre o Sena, Quatro Girassóis, os Retratos de Père Tanguy, entre outros.
Figura 3 – Duas obras de Van Gogh em tons mais claros.
Em 1887, conhece Paul Gauguin, e mais para o final do ano expõe em Montmartre. A 21 de fevereiro de 1888 mudou-se para Arles, no Sul de França. Nesta altura pintou o único quadro vendido durante a sua vida, o Vinhedo Vermelho, vendido por 400 francos. Gauguin e Van Gogh partilhavam uma admiração mútua, mas a relação entre ambos estava longe de ser pacífica. Transtornado e com remorso pela relação conflituosa com Gauguin, Vincent corta um pedaço de sua orelha direita. Por este acontecimento pinta o Auto-Retrato com a Orelha Cortada. O estilo de pintura de Van Gogh acompanhou a sua mudança psicológica e, nesta altura, trocou o pontilhado por pequenas pinceladas. Posteriormente, Van Gogh apresenta sintomas de paranoia e assim passa a viver no hospital Figura 4 – O Vinhedo Vermelho. de Arles como paciente e preso. Rejeitado pelo amigo Gauguin e pela cidade, a depressão de Van Gogh agrava-se e em 1889 foi internado no hospital psiquiátrico em Saint-Paul-de-Mausole. Esta região possuía muitas searas de trigo, vinhas e olivais, a principal fonte de inspiração para os quadros seguintes, que marcaram uma nova mudança de estilo: as pequenas pinceladas evoluíram para curvas espiraladas. Em maio de 1890, Vincent deixou a clínica e mudou-se de novo para Auvers-sur-Oise, onde podia estar mais perto do seu irmão e frequentar as consultas do doutor Paul Gachet, que foi a inspiração para o conhecido Retrato do Doutor Gachet. Em Auvers, Van Gogh produz cerca de oitenta pinturas. Entretanto, a depressão agravou-se, e depois de semanas de intensa atividade criativa (nesta época Van Gogh pinta, em média, um quadro por dia), a 27 de Julho de 1890, Van Gogh disparou um tiro contra o peito.
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Faleceu em 29 de julho de 1890, aos 38 anos, encontrando-se sepultado no cemitério municipal de Auvers-sur-Oise, em França. A doença de Van Gogh foi analisada durante anos e existem várias teses sobre o diagnóstico. Segundo alguns, Vincent sofria de xantopsia (visão dos objetos em amarelo), por isso exagerava nos tons amarelos nas suas telas, outros documentos relatam que ele seria daltónico. Alguns confirmam o diagnóstico de epilepsia do lobo temporal mas há ainda diagnósticos de esquizofrenia e de transtorno bipolar, sendo este último o diagnóstico ate hoje mais aceite.
A Arte no Século XIX A euforia tecnológica propagada pela Revolução Industrial marcou o século XIX como um período de ascensão de diversas áreas do conhecimento. Os assuntos de ordem científica passaram a despertar o interesse de um grande público sendo notórias as tentativas de sistematizar as diversas áreas do saber. No meio artístico, o Modernismo foi um movimento cultural e artístico que atingiu todas as artes e que ficou marcado pela ruptura com a tradição na procura de novas expressões que melhor correspondessem ao progresso e aos novos gostos que as sociedades ocidentais haviam desenvolvido. O Romantismo criticava as mudanças da sociedade industrial e buscava o refúgio na vida próxima à natureza e a exaltação dos sentimentos amorosos. Na segunda metade do séc. XIX, a arte Naturalista e Realista valorizava as contradições das relações humanas e a reflexão do mundo vivido. Outra importante corrente nascida no período foi a impressionista Figura 5 – Retrato de Père que valorizava a sensação causada pelas cores. Tanguy, por Van Gogh, em 1887.
O Impressionismo O Impressionismo foi uma tendência da arte, principalmente francesa, que dominou o fim do séc. XIX. Baseando-se num realismo mais objetivo, foi uma reação ao romantismo da época. De certa forma, preparou o caminho para futuras manifestações artísticas, revelando nomes importantes como Monet, Renoir, Pissarro, Boudin, Gauguin, Van Gogh entre muitos outros. O termo “Impressionismo” foi criado pelo crítico de arte Louis Leroy, em 1874, ao comentar o quadro Nascer do Sol, de Claude Monet. Este movimento/estilo foi definido como um movimento que leva a pintura à pesquisa da luz total do espaço exterior. O mais importante para os impressionistas são os efeitos visuais, a impressão imediata da imagem e a fixação desse instante único. Os adeptos deste estilo usavam cores vivas e puras, misturando-as nas telas, de modo a obter os meios-tons desejados, dando sempre a impressão de captar a luz refletida em superfícies naturais. Os impressionistas Vincent Van Gogh e Gauguin contribuem para o surgimento da chamada Arte Moderna. Mas as obras produzidas pelos impressionistas são até hoje preciosas pérolas na História da Arte.
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Características da Época Na arquitetura, retomaram-se padrões estéticos passados, tendo reaparecido o estilo gótico medieval nas construções. O uso do concreto armado viabilizou o aumento das construções prediais e a elaboração de desenhos arquitetónicos cada vez mais arrojados. Foi nesta época que os arranha-céus começaram a dominar o ambiente das grandes cidades. A música nesta época também viveu grandes mudanças. O predominante romantismo da obra de Beethoven abriu portas para uma rica geração de compositores e o jazz apareceu como uma novidade musical nos guetos norte-americanos. Na literatura, é nesta época que se descobrem os escritores Marcel Proust, Graça Aranha, Raul Pompeia, entre outros.
Obras Impressionistas As obras de Van Gogh podem ser observadas no Museu Van Gogh em Amesterdão, Holanda (http://www.vangoghmuseum.nl/). Este museu é dedicado aos trabalhos desde artista e de outros seus contemporâneos. Em Portugal as obras impressionistas são principalmente da autoria de Abel Manta e Augusto Gomes. As obras destes dois portugueses podem ser observadas no Museu de Abel Manta, em Gouveia.
Figura 6 – Obra de Abel Manta, Vista de Gouveia, 1925.
Conclusão Depois de apenas 10 anos de pintura e produzindo cerca de 900 pinturas, o nome de Vincent van Gogh, não levou muito tempo para que o mundo da arte o reconhecesse como génio - Van Gogh tornou-se um dos artistas mais conhecidos do mundo. As suas pinturas tornaram-se conhecidas em todo o mundo e ele tornou-se o arquétipo “artista torturado”.
Webgrafia http://www.vangoghgallery.com/catalog/Painting/466/Red-Vineyard,-The.; http://www.vangoghgallery.com/misc/overview.html; http://pt.wikipedia.org/wiki/Vincent_van_Gogh; http://www.vggallery.com/international/portuguese/index.html; http://www.mundoeducacao.com/historiageral/arte-ciencia-literatura-no-seculo-xix.htm; http://pt.slideshare.net/becresforte/a-arte-do-sculo-xix-13134714; http://www.infoescola.com/movimentos-artisticos/impressionismo/; http://www.vangoghmuseum.nl/en; http://www.cm-gouveia.pt/visitargouveia/Paginas/museu-municipal-abel-manta.aspx.
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Trabalho 3 | Tema: Página | 15
Pintura “Fado” de José Malhoa
Pesquisa e elaboração: Ana Santos, n.º 3 Filipa Bobone, n.º 6 Maria Pinto, n.º 14
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INTRODUÇÃO Nas Caldas da Rainha existe um Museu chamado José Malhoa. Deste pintor, vamos falar através de um quadro chamado Fado. Nele é pintado um ambiente de taberna do princípio do século XX. Vinho, mulheres, deboche e fado compõem o quadro. E porque o fado é Património Mundial e se coaduna com o assunto de que estamos a tratar, (o turismo), achamos por bem fazer este trabalho acerca do quadro e do seu autor José Malhoa.
Museu de José Malhoa
José Malhoa
BIOGRAFIA José Malhoa nasceu em Caldas da Rainha em 28 de Abril de 1855. De muito novo, aos 12 anos começou a estudar na Real Academia de Belas Artes de Lisboa e em todos os anos letivos recebeu prémios. Pintor, desenhista e professor, foi também o pioneiro do naturalismo em Portugal. Morreu em 1933, altura em que foi criado o Museu José Malhoa nas Caldas da Rainha. O "Fado ", de José Malhoa é um quadro com história. Pintado em 1910, inspirou canções e tornou-se na imagem poe excelência do fado português. Hoje pode ser visitado no Museu José Malhoa na cidade de Caldas da Rainha.
INTERPRETAÇÃO DO QUADRO José Malhoa planeou ao pormenor o seu quadro de tal forma que a canção (o fado) e os costumes da classe baixa da época, fossem retratados muito próximo da realidade.
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A cena passa-se num quarto sórdido, desajeitado e intimista em que a presença das personagens acaba por ter um grande impacto. Na altura considerou-se que Malhoa conseguiu mostrar os sentimentos do próprio fado, através da atitude sonhadora e encantada com que Adelaide escuta o fado triste que Amâncio toca e canta. Adelaide é uma prostituta com aspecto infeliz, sentimental e desmazelada. Amâncio por sua vez é um matulão da mesma laia, uma desgraça de homem, com um aprumo janota, aplicado na execução do fado. A sua alma de aventureiro é comparada com a dos marinheiros que foram nas caravelas para a Índia. Figuras autênticas, Amâncio estava preso e foi solto pela influência de Malhoa, para posar para o quadro. O pintor teve de tapar um dos seios de Adelaide, que desejava mostrar, mas que foi coberto por causa dos ciúmes de Amâncio. De referir, também a cicatriz feita no rosto de Adelaide, por uma navalha e o cigarro na mão direita, além de uma pequena tatuagem numa das mãos. Tudo isto são sinónimos de marginalidade, razão porque o quadro foi mal recebido na sociedade portuguesa. Foi aceite primeiro no estrangeiro e recebeu uma medalha de ouro, numa exposição em Buenos Aires, na Argentina. Foi depois para o Porto e em seguida para Paris, Liverpool, São Francisco e só mais tarde para Lisboa, onde finalmente acabou por ser aceite. A tristeza do quadro é comparada à da música que lhe deu o nome, Fado. Sobre a mesa a garrafa do vinho (para afogar as mágoas), considerado fundamental na boémia. Além deste, existem outros elementos, tais como o banco de madeira, a luz que vem do reflexo do espelho (para dar dimensão ao quadro), o manjerico, (que representa uma velha tradição lisboeta) e a própria desarrumação do quarto, completam o ambiente.
Fado de José Malhoa
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NATURALISMO Naturalismo é a tendência a impor à arte, especialmente à prosa narrativa e ao teatro.
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É um movimento surgido em França, entre 1870 e 1890 na Literatura e artes plásticas. A Pintura baseia-se na representação fiel da natureza, sem recorrer à idealização do Romantismo, captando a “realidade objetiva”, em detrimento da ideia de imaginação ou criatividade dominante na arte oficial da época. Foi um movimento pictórico que, associado ao Realismo, veio propor uma pintura alternativa ao gosto dominante, abrindo caminho para o futuro Impressionismo. No teatro, o naturalismo exerceu mudanças marcantes, com o aparecimento do diretor, do cenógrafo e do figurante. Na filosofia, o naturalismo é a visão de que o método científico (hipótese, predição, teste ou repetição) e é a única forma efetiva de investigar a realidade. Na arte, o naturalismo refere-se ao modo como os objetos realísticos são usados em ambientes naturais. Na pintura, um exemplo naturalista é o famoso quadro de Van Gogh, Os Comedores de batatas (1885).
Os comedores de batatas de Van-Gogh
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O NATURALISMO EM PORTUGAL Em Portugal, o Naturalismo é introduzido por Marques de Oliveira e Silva Porto, na década de 70 do século XIX, desenvolvendo-se de modo original, tanto ao nível da pintura como da escultura, colocando-se entre as principais escolas naturalistas mundiais. Foram vários os pintores desta escola, dando como exemplo Silva Porto, Columbano, o Rei D. Carlos, Alfredo Keil. Esta escola só terminou nos anos 40 do século XX. É de referir que permanece aparte do modernismo. Criado em 1910, usa uma técnica de óleo sobre tela e tem a dimensão de 150 cm de altura x 183 cm de largura. Temos por exemplo também " O grupo do Leão" de Columbano Bordalo Pinheiro, que pode ser visto no Museu do Chiado em Lisboa. O marco do naturalismo português é o livro de Eça de Queirós, “O crime do Padre Amaro”, 1875 e, decisivamente, a sua versão definitiva em 1880. Em 1878, Eça de Queirós lança “O primo Basílio”. Foi com este livro que o público realmente tomou conhecimento da escola realista.
Grupo do Leão de Columbano
CONCLUSÃO Assim, com esta pequena dissertação, esperamos chamar a atenção para mais esta peça de Património Nacional, que deveria ser mais acarinhado e protegido por todos nós.
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Este quadro suscita diversas interpretações. Aqui mesmo no seio do nosso grupo de trabalho tivemos certas divergências. Página | 20
Uma das opiniões, é que com este quadro, Fado de José Malhoa, houve a possibilidade de conhecer e interpretar uma valiosa peça artística do princípio do século XX, assim como a corrente artística adotada pelo pintor, ou seja o naturalismo que está bem presente na forma descontraída, natural e também desleixada das suas personagens (a prostituta e seu marginal, que canta conduzido pelo vinho) e do ambiente visto tal como é boémio ou seja na sua forma natural. A reflexão da luz observada no quadro transmite grandiosidade ao mesmo. Segundo outra opinião, José Malhoa aprofunda uma das caraterísticas da época, a blasfémia e marginalidade. No seu quadro retrata a mulher da má vida, descontraída e desleixada ao lado do seu marginal, que melancolicamente canta o fado. O pintor utiliza cores quentes e contextuais. Vários são os pormenores presentes no quadro, desde a garrafa de vinho sobre a mesa, um quarto desleixado combinando com a própria Adelaide. Pode-se observar ainda um raio de luz reflectido no espelho dando-lhe claridade. Finalmente, achamos que sendo uma escola tão rica em arte nos mais variados setores, seria desejável que fosse mais divulgada, pois, se nos é mostrado tanto do que há no estrangeiro, porque não divulgar, até de uma forma quase exaustiva, o nosso património tão rico e variado? Visitemos os nossos museus, falemos sobre arte, levemos os jovens e crianças a vê-los, para assim colocarmos neles a semente do belo e da arte em que somos tão ricos. WEBGRAFIA www.notapositiva.com › ... › Psicologia › Antropologia www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Naturalismo-Em-Portugal/532481.html pt.m.wikipédia.org/wiki/José_Malhoa ofadodemalhoa.no.sapo.pt/ pt.m.wikipédia.org/.../Naturalismo _em_P... Pt.m.wikipédia.org/wiki/ofado http://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_do_Le%C3%A3o
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Trabalho 4 | Tema: Página | 21
Música: Fado – património imaterial
Pesquisa e elaboração: Carla Varela n.º4, Micaela Félix n.º 15
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INTRODUÇÃO Escolhemos o Fado como tema do nosso trabalho, pelo facto de o Fado ser de origem portuguesa, ser Património Imaterial da Humanidade e por fim porque pessoalmente nós gostamos de Fado. “Fado é a forma que melhor define a alma do nosso povo”
BIOGRAFIA Nascido na Lisboa oitocentista, encontrava-se presente nos momentos de convívio e lazer. Manifestava-se de forma espontânea, nas hortas, nas esperas de touros, nos retiros, nas ruas e vielas, nas tabernas, nos cafés de camareiras e cafés de meia porta. É acompanhado pelas guitarras clássica e portuguesa. A origem do fado em Lisboa remete para os cânticos dos mouros que permaneceram no bairro da Mouraria depois da reconquista cristã. No entanto só passou a ser conhecido depois de 1840 que nessa época só o fado do marinheiro era conhecido dando mais tarde origem ao fado da cotovia e ao fado corrido (fado alegre, desgarrado e dançável ). Nas décadas de 30 a 40 o fado projetou-se para o grande público no cinema, teatro e rádio. Surgiram também as casas de fado onde só podia cantar quem tivesse carteira profissional, um estilo próprio e boa aparência. Nessas casas existia um ambiente de convívio e o aparecimento de letristas, compositores e intérpretes. Em meados do século XX o fado iniciou a sua conquista pelo mundo. A 27 de Novembro de 2011, a UNESCO declarou o fado património imaterial da humanidade.
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IDADE MÉDIA O fado apesar de ser conhecido mais tarde, nasceu na Idade Média, e descende diretamente do romanceiro, o canto narrativo tradicional. O romanceiro tem a sua origem nas histórias de guerras contra os mouros e nas histórias de amores e desamores de reis e rainhas. Nesta época existiam trovadores e jograis que eram poetas-cantores que escreviam as cantigas e as guardavam nos cancioneiros (livros manuscritos que reunião um grande número de trovas).
ESTILO ARTÍSTICO E CARACTERÍSTICAS DO FADO Existem muitos tipos de fado uns mais tristes, outros mais alegres. O fado de Lisboa é originário dos bairros de Alfama e da Mouraria, é um fado familiar e cheio de sentimento enquanto o fado de Coimbra tem um teor mais académico que reflete as tradições universitárias da cidade. É cantado por homens durante a noite e nas serenatas, podendo muitas vezes ser ouvido nas ruas e praças da cidade. O Fadista canta o sofrimento, a saudade de tempos passados, a saudade de um amor perdido, a tragédia, a desgraça, a sina, o destino, a dor, amor e ciúme, a noite, as sombras, os amores, a cidade, as misérias da vida, critica e sociedade.
TRAJE DE UM FADISTA Traje de gala geralmente negro, comprido e xaile bordado com franjas. O fadista masculino também trajava cerimoniosamente e com cores escuras também. Atualmente as novas gerações de fadistas já se apresentam com trajes mais leves, cores garridas mas n traje comprido permanece.
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FADISTAS MAIS CONHECIDOS Amália Rodrigues: "Rainha do Fado" que ajudou a popularizar o fado em todo mundo. Teve uma carreira de 50 anos e foi a principal inspiração para outros artistas de fado e música popular. Dulce Pontes: É uma artista de música do mundo cujo trabalho contribuiu para o renascimento do fado. Ana Moura: É uma das figuras mais famosas do fado. É a fadista mais jovem a ser indicada para o prémio Edison Rolling e alcançou Tripla Platina pelas vendas dos seus álbuns. Carlos do Carmo: É considerado um dos melhores cantores de Portugal e é conhecido internacionalmente. Uma das suas músicas mais conhecidas é a canção "Lisboa Menina e Moça".
ALGUNS LOCAIS EM PORTUGAL ONDE SE PODE OUVIR FADO Casa da Mariquinhas: Tradicional local de fado e boas conversas com típica comida portuguesa. Vossemecê Fado: Local com bom ambiente construído sobre umas termas romanas. Fado ao Centro-Casa de Fados: Um local onde o fado de Coimbra está presente todos os dias. O Povo: É um espaço de Lisboa destinado aos amantes da cidade, das suas culturas, sabores e especiarias.
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GUITARRA PORTUGUESA Este é o instrumento que mais se aproxima do sentimento Lusitano do povo português. Tem um timbre inconfundível e carrega um grande simbolismo devido à sua aliança com o fado. Antigamente chamavam-lhe guitarra mourisca e era um instrumento habitual nos salões da alta burguesia. Nos dias de hoje é muito popular porque é conhecida como a guitarra do fado e existem três tipos de guitarra português, a de Lisboa que é a mais pequena de todas, a do Porto semelhante a de Lisboa e a de Coimbra que é a menos tendo todas a forma de uma pêra.
WEBGRAFIA http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fado http://www.museudofado.pt/gca/?id=17 http://www.eurochannel.com/pt/5-mais-importantes-cantores-de-Fado.html http://www.portaldofado.com.br/tipos_ver.php?id=6 http://nfist.pt/sf/sf3/musica/guitarra.htm http://www.portugal-live.net/p/essential/culture-music.html http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Trovador http://www.jn.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=1583721 http://www.portaldofado.net/component/option,com_mtree/task,listcats/cat_id,44/Itemi d,191/
Falta conclusão
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Trabalho 5 | Tema:
Pintura “O Viajante Sobre o Mar de Névoa” de Caspar David Friedrich
Pesquisa e elaboração: Daniela Conceição N.º 5 Lurdes Ramalho N.º 12 Victoria Novac N.º 20
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Caspar David Friedrich Caspar David Friedrich nasceu em 5 de Setembro de 1774, na Alemanha em Greiswald. Um dos maiores representantes do romantismo que utilizou a técnica da gravura, desenho e escultura nas suas obras de arte. Perdeu a mãe aos 7 anos no nascimento do seu nono irmão e foi educado pelo seu pai dentro das rigorosas regras luteranas. Aos 16 anos teve as suas primeiras aulas de desenho onde aprendeu a diferença entre a apreciação das coisas a olho espiritual e com o olho material. Ao longo da sua vida perdeu 4 irmãos, um deles morreu a tentar salva-lo. Tais factos marcaram a vida do pintor, contribuindo para a atmosfera melancólica presente nas suas obras, tornando-o reconhecido como mais um dos” homens taciturnos do norte”. Contudo, as suas obras revelam um humor fino e a auto-ironia. Embora o casamento não tenha mudado a sua personalidade, as suas obras ganham leveza, ampliam dimensões e a figura feminina começa a aparecer com destaque. Os Penhascos de Rügen, pintado após sua lua-de-mel, é um bom exemplo deste desenvolvimento. Morreu em 1840, quase esquecido pelo mundo da arte.
Reforma Luterana No final do séc. XIV a cristandade europeia dividiu-se com a obediência a dois Papas - um em Roma e outro em Avinhão - no próximo século os Papas perdem parte da sua autoridade com, de certa forma, a evolução das mentalidades e a reforma protestante.
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Como resposta à venda do perdão, através de um ato de protesto, em 1517, Martinho Lutero afixou as suas 95 Teses contra as Indulgências, onde criticava os ensinamentos da igreja católica quanto à natureza da penitência através da possibilidade de o crente se redimir dos seus pecados por meio de um tributo por vezes monetário.
Romantismo O Romantismo teve início na Alemanha nos finais do séc. XVIII e perdurou até meados do séc. XIX, e de certa forma é uma resposta à razão do Iluminismo. Foi um movimento artístico que teve várias influências na literatura e em outras formas de arte. É a arte do sonho e da fantasia, inicialmente apresentada apenas como um estado de espírito, toma mais tarde a forma de um movimento artístico. Valoriza e representa o drama humano como o pessimismo, a melancolia, volúpia do sofrimento, a subjectividade, a ânsia de liberdade e a busca da solidão. Os traços mais notáveis do Romantismo revelam-se na nostalgia pela natureza e um verdadeira mística natural, apesar de a sua origem ser um fenómeno urbano. O desejo de alcançar algo longínquo e intangível era típico dos Românticos. Têm também a nostalgia de um mundo perdido, como é o caso da Idade Media, que no Iluminismo era tida com uma idade das trevas e com o romantismo era revalorizada. Sentiam-se também atraídos por culturas distantes, por exemplo, o oriente e a sua cultura mística. Preocupavam-se com o lado nocturno da vida, ou seja o mistério; o lúgubre; o obscuro. Seduziam-se pela noite, por ruínas antigas e pelo sobrenatural. Em casos extremos chegavam mesmo ao ponto de se alistarem no exército apenas pela emoção e o sentimento que uma guerra podia proporcionar e retratavam-no nas suas obras.
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E se adormecesses? E se, no teu sono, sonhasses? E se, no teu sonho, subisses aos céus e ali colhesses uma estranha e bela flor? E ainda se, ao acordares, tivesses a flor na tua mão. Ah, como seria, então? Samuel Taylor Coleridge O quadro Viajante Sobre o Mar de Névoa, sintetiza as ideias românticas sobre o lugar que o homem ocupa no mundo, como o isolamento do homem diante das forças da natureza. A imagem tornou-se
um
ícone
do
indivíduo
romântico. O homem retratado está no meio da pintura e as linhas na horizontal - de rochedos, de encostas e montanhas distantes - convergem para ele;
a
claridade da neblina e do céu aumentam ainda mais o impacto da imagem. O Viajante Sobre o Mar de Névoa O autor usa um nevoeiro denso para obscurecer o que está entre as montanhas e, dessa maneira, criar um ar de mistério. A figura solitária do viajante é representada de costas para o espectador, o que lhe dá total anonimato. Pela sua postura o homem parece calmo e confiante, mas cabe ao observador da obra imaginar a sua expressão ou atitude diante da paisagem à sua frente. No entanto, a figura pode ser interpretada de diversas outras formas, como um símbolo do anseio do homem pelo inatingível ou ainda a alegoria da jornada da vida. Actualmente o quadro O Viajante Sobre o Mar de Névoa encontra-se em Kunsthalle de Hamburgo desde 1970.
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Romantismo na música As primeiras evidências do romantismo na música aparecem com Beethoven, Chopin, Brahms e Tchaikovsky, estes deixaram o rigor classicismo
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e passaram a apresentar obras de acordo com os sentimentos e emoções. Algumas das obras conhecidas são: a” Sonata Patética” de Beethoven; “Valsa das Flores ”, Tchaikovsky. Em Ópera podemos apreciar: Wagner com “Tristão e Isolda” e Verdi com “Nabucco”
Escultura Em escultura apresentamos: a escultura de François Rude
A Partida dos Voluntários
Literatura Em Portugal o romantismo surgiu relativamente cedo na literatura em finais do século XVIII, mais tarde, no século XIX nas restantes formas artísticas. Na literatura destacam-se nomes como Alexandre Herculano, Almeida Garrett e Camilo Castelo Branco.
Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco Peça de teatro de Almeida Garrett
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Arquitectura Uma das expressões de romantismo arquitectónico do século XIX em Sintra
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Palácio Nacional da Pena
Sintra
Conclusão Na realização do trabalho sobre o património artístico e cultural, foi escolhido pelo grupo um quadro de Caspar David Friedrich, O Viajante sobre um Mar de Névoa, estilo romântico. Ao analisar o quadro adquirimos conhecimentos não só do artista e da sua obra, mas também de obras de outros artistas representantes do romantismo.
Descobrimos
obras
literárias,
musicais,
arquitectónicas,
esculturais e pinturas. Analisar arte é muito mais do que olhar e gostar ou não. A interpretação de uma obra de arte e muito mais do que simplesmente olha-la; é saber que a educação, as vivências e as experiências do artista tiveram influência no seu estilo de arte. Depois da realização deste trabalho o conhecimento do Património artístico e Cultural é maior e mais fundamentado e aumentou o desejo de conhecer e apreciar mais obras de arte.
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Trabalho 6 | Tema: Página | 32
Arte Urbana: Vhils?
Pesquisa e elaboração: Davide Coelho N.º
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Trabalho 7 | Tema:
Caretos
Pesquisa e elaboração: Lúcia David N.º 9 Maria da Esperança Vicente N.º 11
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INTRODUÇÃO A festa dos caretos faz parte de uma tradição milenar que é celebrada em Portugal nas festas de solsticiais do inverno, Natal, Ano Novo, Reis e no período de Carnaval. Em Trás-os-Montes é celebrado em várias aldeias dos concelhos de Vinhais, Bragança, Macedo de Cavaleiros (especialmente Podence) e Vimioso, e no Alto Douro em Lazarim no concelho de Lamego. O Careto é um homem solteiro que usa uma máscara com um nariz saliente feita de couro, latão ou madeira pintada com cores vivas de amarelo, vermelho ou preto. Numa outra versão, a máscara é feita de madeira de amieiro decorada com chifres e outros apetrechos (usada em Lazarim). O careto usa fatos às riscas, com capuz, de cores garridas, feitos de colchas com franjas compridas de lã vermelha, verde e amarela. Carrega bandoleiras com campainhas e enfiadas de chocalhos à cintura. Da sua indumentária faz também parte um pau ou cacete, que os apoia nas correrias e saltos. Na raiz profana e carnal, o motivo que move o Careto é apanhar raparigas para as poder chocalhar. Faz parte de rituais de iniciação de jovens. Ao Careto tudo se permite nesses dias. Ao vestir o fato torna-se misterioso o seu comportamento muda, fica possuído de uma enorme energia. Existe algo de mágico e de forças sobrenaturais em todo este ritual de festa. O Carnaval é a festa em que os Caretos são mais visíveis nos nossos dias. Esta tradição remonta, na sua origem, às antigas festas da Natureza "de fundo agrário". Pensa-se que a tradição dos Caretos tenha raízes célticas, de um período pré-romano e as Saturnais romanas e as Lupercais celebradas em honra de Pan, o deus dos rebanhos. Provavelmente, está relacionada com a existência dos povos Galaicos e Brácaros na Galiza e no norte de Portugal. "É Carnaval, ninguém leva a mal" ainda hoje é a sua principal característica. Destruir pelo fogo as figuras alusivas ao passado, o julgamento e queima do Entrudo, do Velho e de outras figuras míticas, o castigo que os mascarados infligem às mulheres que nesse dia saiam à rua, a serra da velha, as "chocalhadas", como
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rito regenerador e fecundante que os caretos aplicam às mulheres e a crítica social publicada e encenada nos "casamentos" e ridicularizantes dos jovens "casadoiros" são rituais expurgatórios deste período de passagem que é o fim do Inverno e a entrada na Primavera. Rituais que ainda existem, um pouco por todo o Nordeste Transmontano. Como em qualquer festa abusa se da comida e da bebida e na fuga às normas socialmente instituídos. Os sacerdotes também participam nos rituais de apelo à fecundidade, na entrada na Primavera, que é um momento da purificação e expurgação das pessoas e das comunidades. Apesar da "cristianização" destas práticas festivas ainda hoje este é o sentido a dar a estes rituais carnavalescos que existem em varias localidades do Nordeste desde o Domingo Gordo, Carnaval, Quarta-feira de Cinzas e mais adiante no tempo, a meio da Quaresma. É um momento de escape e de purificação social que a comunidade conserva como absolutamente necessário à sua boa saúde social. -"Palhas ,alhas leva-as o vento! - Oh, oh, oh... - Aqui se vai formar e ordenar um casamento. - Oh, oh, oh... - E quem é que nós havemos de casar? - Tu o dirás. - Há-de ser a Maria rita que mora no bairro do Castelo. - Oh, oh, oh... - E quem é que nós havemos de dar para marido? - Tu o dirás. - Há-de ser o João da Rua que mora lá em baixo no Porto. - Oh, oh, oh... - E que nós havemos de dar de dote a ela? - Tu o dirás. - Há-de ser uma máquina de costura, porque ela é uma boa costureira. - E que é que nós havemos de dar de dote a ele? - Tu o dirás.- Há-de ser uma terra ao Souto, para que não saia um de cima do outro enquanto for Inverno."
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Graça as Jornadas de Cultural de Popular da Academia de Coimbra em 1985 os Caretos transmontanos percorrem um lento caminho que os levou de Norte a Sul do país, a figurar na Capa de CD da Brigada Victor Jara ( a musica tradicional portuguesa com gaita de foles é tocada nas festas dos Caretos) e até ultrapassar fronteiras para actuar na Disneyland Paris, Carnaval de Nice e Carnaval em Itália. É em Podence que a tradição é mais forte. A antiguidade e originalidade desta tradição, cheia de cor e som, e a vontade das gentes de Podence, em preservar estas figuras fizeram dos Caretos personagens famosas para lá dos limites da aldeia. São cada vez mais frequentes os convites a este grupo etnográfico para deslocações a vários pontos do país e do estrangeiro. O futuro está garantido porque há Facanitos (crianças com fatos idênticos aos mais velhos)e aqueles que abrem as adegas para os folgazões. O Carnaval de Podence mantém o clima fantástico de antes. Sedutor e misterioso o Caretos guarda a magia dos tempos em que as histórias junto à lareira franqueavam a entrada em mundos de sonho. A ele tudo se permite o anonimato dá-lhe poder. Por dois dias no ano os homens são crianças e quem mais brinca mais poder tem. A festa de Podence tem características parecidas com às antigas Saturnais Romanas – celebração em honra de Saturno, Deus das sementeiras. Procura-se acalmar a ira dos céus e garantir favores de uma boa colheita. Nesses tempos idos da agricultura de subsistência, a diferença entre a vida e a morte quase se cingia à dimensão da lavra. O Carnaval é um momento crítico para as sociedades agrárias. O mascarado relaciona-se com a preparação desta passagem, desempenhando as suas funções sagradas de purificação das comunidades, atitudes relacionadas com o apelo à fecundidade e o culto dos mortos e da divindade com a transformação de uma pessoa humana num ser com poderes que estão acima das normas sociais instituídas.
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Para além das festas de Caretos de Podence também há outras festas de inverno no Distrito de Bragança. Página | 44
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E no Distrito de Zamora Página | 45
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E PAR A ALÉM DOS NOSSOS C ARE TOS TAMBÉM EXISTEM TR ADIÇ ÕES PARECID AS EM OUTR OS LOC AIS DA EU ROP A:
Alemanha Kelf
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Polónia Página | 47
Itália
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Áustria
Alemanha
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República Checa
Sardenha
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Webgrafia http://museudamascara.cm-braganca.pt/ http://www.ideafixa.com/europa-tribal/ http://trajesdeportugal.blogspot.pt/2007/09/caretos-podence-trs-os-montes.html http://caretosdepodence.no.sapo.pt/
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Trabalho 8 | Tema:
“La Pietá” de Miguel Ângelo
Pesquisa e elaboração: Priscila Bernardo N.º 18 Sandra Silvério N.º 19
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Introdução A obra de arte escolhida é a famosa escultura Pietá, que representa a morte de Jesus Cristo.
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Foi executada em 1498, demorando dois anos a ser concluída, pelo esplendoroso artista Miguel Angelo. Esta obra está exposta na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Breve Biografia do Autor Miguel
Ângelo
di
Lodovico
Buonarroti
Simoni, nasceu na cidade de Capresse, Itália, no dia 6 de março de 1475. Porém, o artista passou parte de sua infância e adolescência na cidade de Florença.
Como
grande
parte
dos
pintores
e
escultores da época, Michelangelo começou a carreira artística sendo aprendiz de um grande mestre das artes. Seu mestre, que lhe ensinou as técnicas artísticas, foi Domenico Girlandaio.
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Após observar o talento do jovem aprendiz, Girlandaio encaminhou-o para a cidade de Florença, para aprender com Lorenzo de Médici. Na Escola de Lorenzo de Medici, Michelangelo permaneceu por 2 anos (1490 a 1492). Em Florença, recebeu influências artísticas de vários pintores, escultores e intelectuais da época, já que a cidade era um grande centro de produção cultural.
Foi morar em 1492 na cidade italiana de Bolonha, logo após a morte de Lorenzo. Ficou nesta cidade por 4 anos, já que em 1496 recebeu um convite do cardeal San Giorgio para morar em Roma. San Giorgio tinha ficado admirado com a escultura em mármore Cupido, que havia comprado do artista.
Nesta época, criou duas importantes obras, com grande influência da cultura greco-romana: Pietá e Baco. Ao retornar para a cidade de Florença, em 1501, cria duas outras obras importantes: Davi e a pintura da Sagrada Família. No ano de 1503, o artista recebeu um novo convite vindo de Roma, de Júlio II. Foi convocado para fazer o túmulo papal, obra que nunca terminou, pois constantemente era interrompido por outros chamados e tarefas.
Entre os anos de 1508 e 1512 pintou o teto da Capela Sistina no Vaticano, sendo por isso comissionado por Leão X. Neste período também trabalhou na reconstrução do interior da Igreja de São Lourenço em Florença.
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Entre os anos de 1534 e 1541, trabalhou na pintura O Último Julgamento, na janela do altar da capela Sistina. Página | 54
Em 1547 foi indicado como o arquiteto oficial da Basílica de São Pedro no Vaticano.
Morreu em 18 de fevereiro de 1564, aos 89 anos de idade na cidade de Roma. Até os dias de hoje é considerado um dos mais talentosos artistas plásticos de todos os tempos, junto com outros de sua época como, por exemplo, Leonardo da Vinci, Rafael Sanzio, Donatello e Giotto di Bondone.
Principais obras de Michelangelo Afrescos do teto da Capela Sistina
Cúpula da Basílica de São Pedro
A criação de Adão
Esculturas: Davi, Leda, Moisés e Pietá
Julgamento Final
Retratos da família Médici Livro de poesias: Coletânea de Rimas
Martírio de São Pedro
A Madona dos degraus (relevo)
Conversão de São Paulo
Técnica preferida de Michelangelo Embora pintasse magistralmente, compusesse poemas e projetasse em arquitetura,
a
técnica
preferida
de
Michelangelo era a escultura em mármore. Michelangelo chegou mesmo a declarar que a pintura era uma "arte menor".
Utilizando os tradicionais equipamentos da talha
em
pedra,
cinzéis
e
pua,
Michelangelo era dono de extraordinária técnica, desde a escolha dos blocos de pedra até o esmerado polimento final.
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Pietá
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Uma Pietà (italiano para Piedade) é um tema da arte cristã em que é representada a Virgem Maria com o corpo morto de Jesus nos braços, após a crucificação. Associa-se assim às invocações de Nossa Senhora da Piedade e Nossa Senhora das Dores. Trata-se de um trabalho de admirável perfeição, organizado segundo um esquema em forma de pirâmide, um formato muito utilizado pelos pintores e escultores renascentistas.
Nesta obra delicada o artista
encontrou
a
solução ideal para um problema preocupara
que os
escultores do Primeiro Renascimento:
a
colocação do Corpo de Cristo morto no regaço de Maria. Para isso alterou deliberadamente as proporções: o Cristo é menor que a Virgem, quer para dar a impressão de não esmagar a Mãe e mostrar que é seu Filho, quer para não “sair” do esquema triangular.
A Virgem Maria foi representada muito jovem e com uma nobre resignação: a expressão dolorosa do rosto é idealizada, contrastando com a angústia que tradicionalmente os artistas lhe imprimiam. Torna-se assim evidente a influência do “pathos” dos clássicos gregos.
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O requinte e esmero da modelação e o tratamento da superfície do mármore, polido como um marfim, deram-lhe a reputação de uma das mais belas Página | 56
esculturas de todos os tempos.
Michelangelo tinha apenas 23 anos de idade. Em função da sua pouca idade na realização desta obra não acreditaram que ele fora seu autor. Assim, esculpiu o seu nome na faixa que atravessa o peito da figura feminina.
Estilo da Obra O termo Renascimento é comummente aplicado à civilização europeia que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica.
O ideal do humanismo foi sem dúvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento. Trata-se de uma volta deliberada, que propunha
a
ressurreição
consciente
(o
re-nascimento)
do
passado,
considerado agora como fonte de inspiração e modelo de civilização. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média.
Características gerais: • Racionalidade • Dignidade do Ser Humano • Rigor Científico • Ideal Humanista • Reutilização das artes greco-romana
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Estilo Renascentista na Escultura Em meados do século XV, com a volta dos papas de Avinhão para Roma, esta adquire o seu prestígio. Protectores das artes, os papas deixam o palácio de Latrão e passam a residir no Vaticano. Ali, grandes escultores se revelam, o maior dos quais é Michelangelo, que domina toda a escultura italiana do século XVI.
Principais Características: • Buscavam representar o homem tal como ele é na realidade • Proporção da figura mantendo a sua relação com a realidade • Profundidade e perspectiva • Estudo do corpo e do caráter humano
Em Portugal: Pode-se encontrar em Portugal na Igreja de São Roque, em Lisboa, uma obra de Pietá.
Conclusão Neste trabalho podemos concluir que a obra de arte “Pietá”, de Miguel Angelo, é bastante adorada pelos católicos. Existem várias obras de Pietá, mas a mais conhecida é a que se encontra no Vaticano.
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Webgrafia http://www.suapesquisa.com/michelangelo2/
http://www.auladearte.com.br/historia_da_arte/michelangelo.htm#axzz3Uw44HM3T
http://topazio1950.blogs.sapo.pt/207921.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Piet%C3%A0
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Apreciação Global da Formadora
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Apreciação global: Tal como foi transmitido na apresentação da unidade de formação, os objetivos eram distinguir os diferentes estilos e expressões artísticas e mobilizar os conhecimentos adquiridos de modo a preservar e valorizar o património artístico e cultural, o património arquitetónico do país e, em particular, o património classificado. Convém relembrar que o património é um bem herdado, uma riqueza e que, no caso artístico e cultural, pode ser sob a forma de zonas, edifícios e outros bens naturais ou materiais de determinado país que são protegidos e valorizados pela sua importância cultural. Falamos, assim, de arte e cultura. A arte pode ser entendida, de forma muitíssimo resumida, como a criação de objetos cujas formas, massas, texturas e proporções propiciam sensações estéticas agradáveis, por oposição às criações que provoquem reações de repulsa ou de desagrado - sensações estéticas. A cultura, por sua vez, entende-se, neste caso, como qualquer manifestação de hábitos ou costumes da vida do dia a dia, como a gastronomia, a maneira de vestir, as artes e os ofícios, entre outros, é sentida como manifestações culturais, ou seja, facetas do conhecimento e da tradição de uma sociedade. Deste modo, temos o conceito de Património Cultural que designa um monumento, conjunto de edifícios ou sítio de valor histórico, estético, arqueológico, científico, etnológico e antropológico – algo que foi desenvolvido nestes trabalhos e que foi visualizado nas visitas a Óbidos e Alcobaça. Os trabalhos realizados visavam sensibilizar para as características de expressões artísticas, a partir da escolha de um elemento – pintura, escultura, edifício,…, para que, a partir desse ponto, fosse possível explorar todo um contexto sociocultural por detrás do objeto artístico, assim como a técnica e materiais aplicados, compreendendo o porquê de ser considerado património (enquanto objeto único). De um modo geral, todos os trabalhos demonstraram estar sensíveis ao valor do objeto e da necessidade de preservação do mesmo, conseguindo, em simultâneo, desvelar características técnicas dos autores, enquadrando-as nos respetivos períodos/ correntes artísticas/ culturais. Apesar de alguns dos trabalhos não terem contemplado a conclusão, e um caso ou outro em que não contemplaram a webgrafia, a nível de conteúdo foram ao encontro do que foi solicitado, alguns dos trabalhos ultrapassaram a expectativa. Obrigada pelo vosso empenho e aplicação! A Formadora Rita Baptista “Que a difusão da cultura e a educação da humanidade para a justiça, a liberdade e a paz são indispensáveis à dignidade humana e constituem um dever sagrado que todas as nações devem cumprir com espírito de assistência mútua”. UNESCO
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