Revista Unick

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Reabrindo

GJP Hotels & Resorts acerta últimos detalhes para receber o turista de volta Uma das áreas mais afetadas pela pandemia, o Turismo faz planos para o futuro tendo como norte todos os cuidados exigidos pelas principais organizações de saúde. Para falar sobre esses e outros assuntos correlacionados nós fomos conversar com Fabio Godinho, CEO da GJP Hotels & Resorts. A companhia foi fundada pelo empresário Guilherme de Jesus Paulus e conta com dez hotéis: dois no RJ, dois no RS, um no PR, um em MG, PE, RN, BA e em breve mais uma unidade no RS, em Canoas. Confira a entrevista.

Foto: Emerson Souza

Como vocês estão enfrentando a pandemia? O grupo teve que fazer algum corte no número de colaboradores? A crise gerada pelo COVID-19 trouxe desafios e impactos sem precedentes para o setor hoteleiro nacional e internacional. O Brasil já passou por diversas outras crises econômicas, políticas e até por fenômenos naturais, mas nenhuma comparada a essa que vivemos hoje. A GJP Hotels & Resorts teve que realizar alguns ajustes na sua equipe, baseadas na MP 936, suspensão de contrato de trabalho, salário e jornada reduzida. Ou seja, medidas que deram um fôlego importante ao setor e que será importante agora na retomada, em que precisamos muito das nossas equipes.

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 Wish Serrano em Gramado

Em quais estados os hotéis estão localizadas? A GJP Hotels & Resorts conta com dez hotéis próprios, sendo dois no Rio de Janeiro (aeroporto do Santos Dumont e Galeão), dois em Gramado (RS), um em Foz do Iguaçu (PR), Confins (MG), Porto de Galinhas (PE), Natal, (RN), Salvador (BA) e, brevemente em Canoas (RS). São três bandeiras, sendo Wish (upscale), Prodigy (midscale) e Linx (hotéis econômicos). Quais as medidas de biossegurança vocês adotaram nas instalações dos hotéis? Todos os hotéis da rede passam a funcionar de acordo com o “novo agora” de convívio social. A começar pela chegada nos hotéis: as vagas do estacionamento agora são demarcadas respeitando o distanciamento social. Haverá medidor de temperatura, intensificação da limpeza nos transfers e o check in e check out será feito via WebApp, aplicativo lançado pela GJP para a reabertura, onde também é possível ter acesso aos cardápios dos restaurantes, entre outras funcio Fábio Godino nalidades.

Serão espalhados totens com álcool em gel por todos os hotéis, as chaves magnéticas dos quartos serão desinfectadas com maior frequência e sua devolução será feita diretamente em urnas de acrílico. Haverá delimitações de espaços permitidos para uso social, com demarcações no piso e nos elevadores para distanciamento social. A limpeza das áreas comuns e apartamentos acontecerá com maior periodicidade, com uso de produtos indicados pela Anvisa e investimento em equipamentos para a desinfecção de ambientes. A academia dos hotéis será utilizada mediante agendamento prévio, com delimitação para garantir o distanciamento social e higienização antes e depois do uso dos equipamentos. Nos restaurantes haverá distanciamento de mesas e cadeiras, respeitando a capacidade máxima permitida e os cardápios serão acessados pelo WebApp. Será disponibilizado ainda o agendamento de serviços personalizados de café da manhã, com horários (turnos) determinados e serão adotadas medidas de proteção com embalagens individuais no serviço de quarto. Além disso, todos os funcionários estarão devidamente equipados com EPIs de proteção e participarão de treinamentos conduzidos pela Consultoria Sírio-Libanês para estarem aptos a seguirem todos os protocolos corretamente e orientarem os hóspedes.

Tendo em vista essas medidas, qual a expectativa de retorno dos hóspedes? A retomada do setor de turismo será em fases, gradativa e o turismo doméstico será protagonista, com uma movimentação entre cidades vizinhas onde o deslocamento pode ser feito de carro. Os primeiros hóspedes virão de um raio médio de 400 quilômetros, para viagens a lazer de um fim de semana ou feriado. Acreditamos que o turismo doméstico será favorecido por alguns elementos. Primeiro, pelas restrições de viagens internacionais, que devem perdurar por algum tempo. Em segundo lugar, pelo próprio receio das pessoas de realizar viagens mais longas, de avião, evitando ficar muito tempo fechado em um mesmo ambiente. E, por fim, pela alta do dólar, que acaba inibindo viagens para fora. Em uma segunda etapa, em 2021, será a vez das viagens de negócios e retomada de eventos corporativos, em novos formatos. E por último, as viagens internacionais, quando as fronteiras voltarem a reabrir. No novo cenário traçado para 2020, como temos um mix de hotéis entre business e resorts em diversas regiões do Brasil a nossa expectativa é que hotéis como os da região Sul terão uma recuperação mais rápida e crescente até o final do ano, chegando a 70% em relação ao ano anterior. Já em outras regiões, prevemos uma retomada mais lenta, chegando aos níveis do ano anterior em meados de 2021.


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