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Entrevista com o cabeleireiro Primo Bonafini
from Revista Unick
Primo Bonafini: de Londrina e de São Bernardo para o mundo
Quando se fala em studio de beleza no ABC Paulista o renomado espaço Primo Bonafini é lembrado por dez entre dez clientes. Natural de Londrina, no Paraná, o empresário que dá nome ao salão chegou no ABC Paulista há mais de 25 anos, trazendo na mala um sonho de fazer a diferença na vida das pessoas, além de uma vontade enorme de vencer.
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Para contar como foi essa trajetória, a forte ligação com seus clientes e com Deus, além dos projetos sociais, nós fomos conversar com Primo em uma entrevista exclusiva.
Como foi a escolha por São Bernardo?
Eu vim de Londrina com 23 anos e logo comecei a trabalhar. Atuei um ano em um salão e depois mais um ano, em outro. Logo na sequência eu montei o Studio. Eu sou Cristão, dedicado a Deus e acredito muito que com a nossa luta, o nosso suor, a gente pode vencer.
Quando eu vim a São Paulo pela primeira vez fui convidado para um evento e, de lá, algumas pessoas que me indicaram São Bernardo, convidando-me para conhecer a cidade. Na hora eu fiquei apaixonado. No entanto eu ainda retornei a Londrina, mas alguma coisa me chamava para voltar. Então eu fiz o curso de cabeleireiro e vim embora para São Paulo em três meses.
A semelhança entre os climas de São Bernardo com Londrina ajudou nessa decisão?
Sem dúvida. Essa cidade maravilhosa me encantou pelo seu clima, que lembra muito de Londrina e por sua vez tem seu nome inspirado na capital da Inglaterra. Aliás, quem nunca ouviu a brincadeira São Berlondres? Ou seja, estamos todos interligados pelo grande Criador do universo.
Nesses 25 anos de história profissional quais os desafios que você enfrentou? Em algum momento pensou em desistir?
A minha história é repleta de muita superação. Eu adoro ler autobiografias e uma das minha preferidas é a Teoria do Bambu, escrita por Ping Fu. Para quem não conhece, trata-se de uma chinesa que já passou por situações bem adversas e hoje é CEO de uma grande empresa de Boeing nos Estados Unidos. Na obra ela fala que a história dela é só mais uma, de alguém que veio daquele país oriental, passou por e venceu obstáculos. Assim eu vejo a minha.
Trabalho desde os treze anos. Já atuei com moda, evento e hoje sou dono do prédio do Studio. Tudo o que faço e consigo dedico a Deus, à força e ao ensinamento que Ele me dá.
Qual a lição que ficou desses 25 anos?
As dificuldades servem para que a gente possa nos fortalecermos, inclusive a pandemia. Tudo é um processo e feliz daquele que entende um processo. Para que nós possamos realmente sermos vitoriosos, entendamos a palavra resiliência, a gente deve se conectar com um mundo muito maior do que esse que nos é apresentado, precisamos passar pelo processo. Todas as dificuldades fazem com que sejamos pessoas melhores. A grande sacada da vida está na jornada e não no destino.
Como você define a relação com seus clientes?
Eu sou completamente apaixonado por eles. Mais do que isso, se eu posso dizer que se sou um profissional realizado e feliz, devo aos meus clientes. Eles me permitem sonhar, realizar projetos sociais. O prédio onde funciona o salão, por exemplo, é meu e desde que eu o conquistei fiz um propósito com Jesus, para realizar aqui frequentemente um momento de oração. Não levantamos bandeira. Falamos de Jesus e ponto. Assim que tudo isso passar, vamos retomá-lo.
Mas tem ainda uma iniciativa com crianças e futebol. Pode nos contar sobre ela?
O Bola de Ouro foi criado há dez anos para tirar crianças das ruas. Eles resgatam, falam sobre Jesus e ao mesmo tempo dão a escolinha Bola de Ouro. Esses projetos não são meus, são de uma sociedade. Todos os clientes que aqui chegam passam por um procedimento e esse montante é integralmente dedicado ao projeto.
Então várias pessoas já começaram a querer participar e a ajudar de alguma forma. Em meados do mês passado eu participei de uma live com um José Luiz Nunes. Ele queria me dar um presente, mas eu disse que, se ele pudesse, doasse para as crianças. Então ele fez uma arte maravilhosa, de um jogador de futebol personalizada e essa arte será leiloada, após a obra ficar em exposição na minha galeria de arte por um mês.
Ainda dentro da Escolinha Bola de Ouro a gente quer inserir cursos de inglês, de administração, de contabilidade, entre outros. Tudo para que eles possam ter mais opções de carreira.