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Entrevista com a jornalista Noely Prieto
from Revista Unick
Noely Prieto faz do número 33 um ícone de renascimento
Guilherme Renso
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Perante todas as adversidades da vida, como uma doença grave e a inevitável realização de um transplante de fígado, por exemplo, há somente duas opções: se apegar a forças superiores e lutar bravamente, ou deixar que o desânimo tome conta. A comendadora e jornalista Noely Prieto escolheu o lado da fé, da esperança e por isso tornou-se um exemplo de resiliência. Para falar sobre esse processo de cura, que por sinal motivou-a a escrever o livro batizado de 33, Noely e Luiz Carlos Prieto receberam a equipe da Revista Unick na casa deles, no interior de SP, onde estão há um ano por conta da pandemia.
As provações na vida de Noely começaram aos 33 anos. Aliás, conforme você vai conhecer a partir de agora, o repleto de simbolismos número 33, conhecido principalmente por ser idade de Cristo, também a acompanhou durante todo esse processo. Para ela, esses sinais divinos foram tão fortes que Noely fez do próprio 33 o título de seu livro recém-lançado pela gráfica e editora ROMUS, revisado pela renomada profissional Roberta Roque Baradel e ilustrado por Carlão Bernini.
Voltando às batalhas enfrentadas, os primeiros sinais de que algo poderia estar errado foram os inchaços na barriga. Enquanto fazia os exames, o médico radiologista, Dr. Paulo Wiermann, encontrou uma veia trombosada. Era a Síndrome de Budd-Chiari, doença rara, que basicamente representa um coágulo na veia. Esse coágulo necrosou e seu fígado começou a crescer, causando o início de uma falência abdominal.
Nesse ponto da história, a comendadora e esposa do também comendador Luiz Carlos Prieto detalha que, apesar de muito devota de Nossa Senhora, viu sua fé
Fotos Edmilson Magalhães
Momento da entrevista em que Noely relata tudo que enfrentou com as doenças
balançar. “Tentei suicídio três vezes. Um dia olhei para os olhos de Neuza Roque, minha querida mãe, e pensei que não valeria a pena desistir. O olhar de minha mãe me trouxe para a vida. Por sinal, em mais uma coincidência, essa frase que tanto gosto, sobre o olhar dela, tem 33 letras”, aponta.
O início das batalhas
Noely relembra que, ao descobrir a doença, foi necessário fazer um procedimento chamado paracentese, que consiste em extrair o líquido acumulado do abdome. Em mais um encontro com o 33, Noely revela que fez exatamente aquele número de paracenteses. Como se não bastasse, no meio desse caminho a comendadora foi acometida por um mioma, que resultou na retirada do útero e ovários. “Eu renasci em mim mesma por 33 novas oportunidades de viver”, analisa.
A saúde de Noely seguiu controlada até dezembro de 2016, quando repentinamente começou a passar mal e, orientada por seu médico e padrinho de casamento
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Noely como o marido Luiz Carlos Prieto
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Carlos Humberto Seraphim, internou-se. Naquele estadia no hospital os exames mostraram o nódulo no fígado. “Apesar de tudo o que passa em nossa cabeça quando você é informada que precisa de um transplante, consegui me levantar. Quero ressaltar aqui a figura do Luiz, meu marido, amigo, companheiro e ponto de equilíbrio que jamais saiu de perto”, relata emocionada.
Sempre cercada pelos melhores médicos, como o Dr. Flair Carrilho e a Dra. Valeria Cardoso, era necessário correr contra o tempo, tendo em vista a agressividade do tumor e a necessidade de trocar integralmente o órgão afetado, além da sessão de quimioembolização, equivalente a dez sessões de quimioterapia. Noely relembra que na madrugada do seu aniversário de 2017 resolveu ver na internet em que posição ela estava na lista de espera do transplante.
“Para a minha surpresa eu estava em segundo. Entrei em pânico e por isso mesmo fui tentar me acalmar assistindo a um vídeo do Padre Alessandro. Foi então que em determinada hora o sacerdote levantou uma imagem de Cristo em um banner e pediu que, quem estivesse assistindo, olhasse para os olhos Dele, pedindo o que mais desejava. Naquele momento eu me vi dentro dos olhos de Cristo e falei ´eu quero viver. Mas eu quero viver pra ser útil, para ter uma missão´ e clamei um aviso, que ele me mandasse um sinal”, relembra com lágrimas de felicidade nos olhos.
O terço e a resposta
E o sinal veio. Mais tarde, ao receber a visita de aniversário da Andréa, uma grande amiga, que havia retornado recentemente de Roma, Noely foi presenteada com um terço. “No que eu peguei o terço da mão dela, ele estourou na minha mão. Ela começou a chorar e eu disse “é um sinal. Eu vou viver”. Ali, naquele momento, a angústia passou. Eu posso dizer que a minha cura veio da minha fé”, afirma.
Pouco mais de um mês depois, em 26 de junho, o telefone tocou. Era a vida nova que se anunciava por meio de um novo fígado, vindo de um rapaz falecido aos 33 anos (olha o número de novo). Após quase 12 horas de cirurgia, comandada pela equipe do Dr. Carneiro de Albuquerque, e após vencer uma grave hemorragia e convulsão, Noely foi extubada no dia 27 de junho.
Com a autoridade de quem havia vencido a maior batalha de sua vida, pediu sorvete de limão. “Um mês depois eu já fui dirigindo de carro até o médico. Tomei bronca, mas fui. Não tem jeito. Eu amo viver”, comemora Noely, que em 10 de maio completará 52 anos de uma história que inspira o mundo por onde passa.
Falando em aniversário, naquele dia ela será abençoada com o recebimento da vacina contra a pandemia que aflige o mundo neste momento. Vale lembrar que, no ensaio dessa matéria, Noely vestia os looks da Mil Pontos Fashion, localizada em Porto Feliz, no interior de São Paulo, mesma cidade onde ela reside. Confira mais detalhes desta inspiradora história no Facebook noely.roqueprieto, no Instagran @reflexoesnoely ou pelo e-mail reflexoesnoely@gmail.com Carlão Bernini - Ilustrador -Designer
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Dr. Carlos Humberto Seraphim, Noely e Dr. Antonio Carlos Palandre Chagas
Noely como o marido Luiz Carlos Prieto Noely e sua mãe Neuza Maria Roque Dr. Flair José Castilho, Noely e
Dr. Fabio Kassab
Noely Prieto e Dr.Luiz Carneiro de Albuquerque
Durante a entrevista Noely se emocionou ao lembrar dos fatos Roberta Roque Baradel é a revisora textual
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