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Prof. Daniel Contro fala sobre educação bilíngue

Alfabetização Bilíngue: você precisa saber disso!

Nos últimos anos, centenas de Escolas Bilíngues se espalharam pelo país. No ABC o cenário se repete especialmente na Educação Infantil e Ensino Fundamental. Mas será que é mesmo bom negócio matricular o filho numa Escola Bilíngue?

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É preciso cautela antes de optar por esse modelo. Especialistas alertam para possíveis problemas no futuro. Pesquisas mostram que as famílias procuram o Ensino Bilíngue motivadas por dois objetivos: para garantir um bom inglês aos filhos ou quando a família quer mudar de país. Aos pais que vão deixar o país, os especialistas entendem ser uma boa opção. Iniciar a criança num currículo parecido àquele que ela vai vivenciar lá fora ajuda em sua adaptação.

Porém, quando o objetivo é apenas garantir a aquisição do inglês, pode ser um mau negócio. Alguns problemas merecem ser considerados, a começar pela defasagem dos conteúdos nacionais, prejudicados pela ênfase dada ao segundo idioma.

No futuro, quando o jovem tiver que enfrentar os vestibulares nacionais mais concorridos, vai lhe fazer falta o que não aprendeu.

O domínio do inglês pode acontecer por outros meios. Há bons cursos paralelos ou mesmo colégios cujo ensino do idioma é pra valer.

Para entender mais sobre esse

Fruto do árduo trabalho desenvolvido pelo Fundo Social de Solidariedade de São Bernardo (FSS), o projeto "Adote uma Entidade" passou a ampliar seu alcance em ações, com visitas de empresários às instituições cadastradas no Fundo. O objeto é estreitar os laços e ampliar a percepção das empresas quanto ao trabalho desempenhado por esses grupos dedicados ao trabalho social. "É necessário desmistificar a ideia de que pessoas em vulnerabilidade social são apenas receptivas aos donativos de toda espécie que recebem. Todas essas têm potencial de contribuir para si e também ao crescimento daquele que doa, sendo pessoa física ou empresa. Há mão de obra disponível, conhecimentos diversos pela experiência de vida acumulada, de acordo com a idade, jovens que podem integrar ações voltadas ao maior envolvimento social nas empresas. São inúmeras possibilidades. O "Adote uma Entidade" contempla essa demanda represada", explica a presidente do Fundo Social de São Bernardo, Márcia Morando.

Em fevereiro, a agenda deste Projeto destacou a incursão à ASIMD – Associação Social Irmã Maria Dolores – com atividades há cerca de 40 anos, nos bairros do Batistini e da Paulicéia.

Na companhia do FSS, os executivos do Grupo ITEB conheceram parte das instalações, trajetória e resultados já obtidos por essa Associação. O Grupo é voltado à fabricação de itens e componentes em borracha à Indústria de diversos segmentos, com 70 anos de mercado.

 Professor Daniel Contro

assunto, confira o texto abaixo escrito pelo Prof. Daniel Contro, diretor geral do Liceu Jardim, conceituada escola da cidade de Santo André.

Com a palavra, o mestre

Com 22 anos de existência, o Liceu oferece o ensino bilíngue no modelo ideal: com aulas no contraturno, desenvolvendo o currículo internacional em toda a sua extensão, em parceria com a Cambridge International.

A aquisição da língua escrita representa um dos maiores saltos de desenvolvimento do cérebro. Nessa fase, o cérebro ganha uma arquitetura neuronal inestimável na estrutura da inteligência. Assim, quanto mais rica a alfabetização de uma criança, melhores serão suas estruturas cognitivas. Neurocientistas não deixam dúvida de que a linguagem é a matriz do pensamento. Pesquisadores, todavia, contrariando o modismo presente no Brasil, não recomendam a alfabetização em língua estrangeira. Fica simples de entender. Se a linguagem é quem mais desenvolve o cérebro, este não poderá ser desenvolvido numa língua que a criança não domina. Uma língua tem várias camadas de complexidade. A primeira, e mais elementar, é sua sonoridade, pela qual a criança aprende a falar. Ao ouvir os adultos ao redor, assimila a sua fonética e passa a reproduzir o que houve. Contudo, o manejo proficiente de um idioma vai muito além dos seus códigos fonéticos e de escrita. Envolve sutilezas como entonação, ironia, sotaques, nuances semânticas, expressões não verbais e outros elementos culturais e psicológicos peculiares da língua; complexidade muito acima da percepção de um aprendiz.

Assim, alfabetizar em um idioma estrangeiro, sem o domínio de todo seu contexto semântico, empobrece essa experiência prodigiosa e, por conseguinte, a arquitetura cerebral. A mente não é instada a desenvolver toda magnitude do seu potencial. Nem mesmo os mais renomados tradutores penetram a alma de um idioma estrangeiro. Diz-se que todo tradutor é um traidor. Que dizer de uma criança, apenas iniciada no universo de uma língua estrangeira!

É bom que aprenda outro idioma desde tenra idade. Não, todavia, que nele seja alfabetizada. Como diretor de escola, tenho recebido um número crescente de alunos alfabetizados em língua estrangeira. Sem exceção, revelam graves defasagens das habilidades e competências esperadas.

 Vista aérea do Colégio Liceu Jardim em Santo André

pRojEtos sociais

Fundo Social de Solidariedade de São Bernardo destaca projeto à maior integração entre parceiros e instituições sociais

Omar Matsumoto/PMSBC

 Adote uma Entidade

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