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25 DE JULHO é O DIA NACIONAL DO ESCRITOR
O Dia Nacional do Escritor surgiu por meio de uma portaria, assinada em 21 de julho de 1960, do então ministro da Educação e Cultura Pedro Paulo Penido (1904-1967). A escolha do dia 25 de julho para a comemoração do Dia Nacional do Escritor ocorreu porque, naquele ano, nessa data, seria realizado o I Festival do Escritor Brasileiro, no Rio de Janeiro, promovido pela União Brasileira de Escritores (UBE), cujo vice-presidente era o escritor Jorge Amado (1912-2001) Assim, o ministro, por considerar o 25 de julho uma data significativa em função da realização do festival patrocinado pela União Brasileira de Escritores (UBE) e pelo fato de que, segundo ele, essa instituição “tem prestado à cultura nacional relevantes serviços, estimulando as letras e defendendo os direitos de quantos a elas se consagram”, instituiu o Dia Nacional do Escritor, com o objetivo de homenagear escritores e escritoras de todo o país
No Dia Nacional do Escritor, são realizadas solenidades e outros eventos em escolas, bibliotecas, academias e órgãos públicos para comemorar o trabalho e a vida de escritoras e escritores brasileiros
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Essa data é propícia à reflexão acerca das dificuldades pelas quais, eventualmente, essa classe passa no que se refere à produção e divulgação de seus trabalhos, bem como em relação a questões legais que envolvem o direito de autor É também uma data oportuna para ações que visem à valorização da literatura nacional e que busquem incentivar a leitura de obras brasileiras Assim, bibliotecas e editoras podem aproveitar esse dia para divulgar os clássicos da literatura nacional e apresentar obras contemporâneas de autores e autoras já consagrados ou de novos talentos Já às escolas cabem a valorização e enaltecimento da cultura brasileira a partir da divulgação das obras e de informações sobre os seus autores ou autoras
Portanto, tal dia é uma oportunidade de colocar em foco as personalidades canônicas de nossa literatura, os grandes nomes da literatura brasileira, homenageados pela sua contribuição às artes e à cultura nacional Além de ser, também, ocasião de resgatar autoras e autores que caíram no esquecimento, mas que merecem, seja por questões estéticas ou históricas, o reconhecimento nacional
Alguns escritores/as brasileiros/as e suas respectivas obras:
Álvares de Azevedo (1831-1852): “Lira dos vinte anos” (1853).
Aluísio Azevedo (1857-1913): “O cortiço” (1890)
Augusto dos Anjos (1884-1914): “Eu” (1912)
Caio Fernando Abreu (1948-1996): “Morangos mofados” (1982).
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987): “A rosa do povo” (1945).
Carolina Maria de Jesus (1914-1977): “Quarto de despejo: diário de uma favelada” (1960)
Castro Alves (1847-1871): “O navio negreiro” (1868).
Clarice Lispector (1920-1977): “A hora da estrela” (1977).
Conceição Evaristo: “Ponciá Vicêncio” (2003).
Cora Coralina (1889-1985): “Poemas dos becos de Goiás e estórias mais” (1965).
Cruz e Sousa (1861-1898): “Broquéis” (1893).
Ferreira Gullar (1930-2016): “Poema sujo” (1976).
Haroldo de Campos (1929-2003): “Galáxias” (1984)
João Guimarães Rosa (1908-1967): “Grande sertão veredas” (1956).
Jorge Amado (1912-2001): “Capitães da areia” (1937)
José de Alencar (1829-1877): “Lucíola” (1862), “Iracema” (1865) e “Senhora” (1875).
Lima Barreto (1881-1922): “Triste fim de Policarpo Quaresma” (1915).
Luiz Gama (1830-1882): “Primeiras trovas burlescas de Getulino” (1859)
Machado de Assis (1839-1908): “Memórias póstumas de Brás Cubas” (1881), “Quincas Borba” (1891) e “Dom Casmurro” (1899)
Maria Firmina dos Reis (1822-1917): “Úrsula” (1859).
Mário de Andrade (1893-1945): “Macunaíma” (1928).
Murilo Rubião (1916-1991): “O pirotécnico Zacarias” (1974)
Olavo Bilac (1865-1918): “Poesias” (1888).
Paulo Leminski (1944-1989): “Distraídos venceremos” (1987).
E aí, bora visitar a Biblioteca mais próxima e (re) ler um desses livros?
Abraços e cuidem-se!
Prof. Moacir Castro