Revista Vida bebê - Edição 33

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ANO IX N. 33 Junho/2017 R$ 8,90

Edição de Inverno

Educação

Os benefícios da arte desde cedo Comportamento

Que mundo queremos?

Caderno Especial - Lançamento exclusivo de negócios

www.vidabebe.com.br



Editorial É tempo de comemorar, mais um ano de Vida bebê, mais um tempo presente nas famílias que vivem a alegria do universo infantil de perto. Tempo de ensinar e de aprender, buscar conhecimentos e se surpreender com o desenvolvimento de uma geração que parece que nascem sabendo, ou que aprendem rápido demais. O jeito é nos atentarmos a tudo, nos adaptando e crescendo com eles. Podemos não dominar a tecnlogia com a mesma facilidade dos pequenos, mas dar bons exemplos e ensinar os verdadeiros valores são nossa responsabilidade e sempre será, dos adultos. Eu pessoalmente sinto uma alegria imensa em fazer parte desse processo. A Vida bebê junto com nossos convidados promovemos conteúdos relevantes ligados a saúde, educação e comportamento. Vamos em frente e juntos preparar a próxima geração para um futuro de bem e para o bem. E nossa capa não poderia ser mais festiva, cinco lindas princesas encantadas e encantando a todos nós! Comemore conosco! Vida bebê - 8 anos!

Raquel Penedo Oliveira Editora

O conteúdo das reportagens são de inteira responsabilidade dos colaboradores, assim como as informações contidas nos anúncios.

www.vidabebe.com.br

e-mail: revistavidabebe@gmail.com

Capinha

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Sofia Uehara Nabas Sophia Ferreira Moreno Aymê Botter Mendes Incerpi Valentina Quinteiro Buzolin Masutti de Camargo • Letícia Batistella Mesquita Vestem: Charlotte Foto: Studio Michele Stahl


Índice

20 30 Que mundo queremos?

O problema dos alimentos industrializados

40 Doenças cardíacas na infância

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66 Benefícios das artes para as crianças

Consumo do álcool durante a gestação


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Editorial bebĂŞ e infantil Fotos: Studio Michele Stahl



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Que mundo queremos?

Assim como milhares de pessoas em todos os cantos do planeta tentam refletir sobre questões universais como a sustentabilidade, o aquecimento global ou as guerras, certamente você também já se perguntou de que maneira poderia contribuir para um mundo melhor e uma sociedade mais justa e humanitária. Quem nunca sentiu uma sensação incômoda de omissão ou impotência perante o caos em que a humanidade se encontra sob vários aspectos? Violência nas mais diversas formas, dependência química em larga escala, surgimento de novas doenças, escassez de recursos naturais e uma sucessiva inversão de valores que parecem colocar a vida em segundo plano em detrimento a outras ambições como poder, status ou riqueza. Mas como dar nossa contribuição para melhorar o mundo e fazer nossa parte diante de dilemas tão complexos? Como pensar em ajudar a sociedade se não raramente somos afliVida bebê |20

gidos por um sentimento de culpa por sequer cuidarmos como queríamos dos nossos filhos, da nossa família ou de nós mesmos? Talvez a resposta esteja exatamente neste caminho inverso.

Se queremos plantar alguma semente boa no mundo, talvez seja mais viável primeiro plantá-la em nosso quintal. RESPONSABILIDADE A missão de ser pai ou mãe vai muito além do laço de sangue. Exige cuidar e acompanhar amorosamente o desenvolvimento do filho, proporcionando educação e transmitindo valores e princípios. Isso tudo dá trabalho, é verdade, mas a repercussão dessa relação se dará no mundo, no convívio em sociedade. Portanto, a paternidade ou a maternidade são oportunidades que Deus nos concede para contribuir

para um mundo melhor. Por isso, ser pai ou mãe exige tanta responsabilidade e comprometimento, afinal, quando cuidamos de um filho, é do mundo que estamos cuidando também. Dessa forma, é tão importante refletir sobre o tipo de ser humano que estamos criando em nossas casas para desempenhar seu papel no mundo. O que ensinamos aos nossos filhos será determinante no que encontraremos em nossa sociedade depois. O que plantamos hoje e a forma como plantamos junto às crianças impactará coletivamente. E que tipo de sociedade queremos? Que mundo vislumbramos amanhã com nossas atitudes de hoje junto aos pequenos? Educar exige esse olhar amplo que ultrapassa os muros das nossas casas e nos responsabiliza sobre o futuro de forma abrangente. Essa missão é complexa, profunda e não tem receita. Portanto, além do instinto soberano de amor que sentimos pelos nossos filhos e da dedicação incansável, também pode-


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mos recorrer a outras formas para Por outro lado, quando não exermelhorar a qualidade de educação cemos o papel de pais como deveríque proporcionamos a eles. amos, estamos indiretamente contribuindo de maneira negativa para INFORMAÇÃO COM o mundo do qual tantas vezes nós CREDIBILIDADE mesmos nos queixamos. O acesso a informação com credibilidade, por exemplo, é um PLANTE AMOR caminho muito pertinente. Hoje Se é uma sociedade mais amorosa o mercado oferece inúmeras que almejamos, temos de plantar formas e conteúdo farto sobre a amor. Pode até parecer repetitivo, educação dos filhos. Cabe a nós mas em várias circunstâncias a falpais buscarmos esse material, ta desse ingrediente básico nas reselecionar e aplicar aquilo que lações, dentro dos lares, reflete lá acreditamos. fora no convívio em sociedade. Uma mãe que se informa sobre amamentação está plantando uma Portanto, é fundasemente positiva no mundo. Não é simplesmente da saúde física e mental não desperemocional do seu filho que ela está diçarmos a chance cuidando, mas sua atitude de amor e responsabilidade repercutirá em de amar efetivauma geração que está por vir. Desde os primeiros cuidados com mente nossos filhos os dentinhos até o momento de mae fazer nossa parte tricular o filho na escola ou no cursinho, por exemplo, a família que nesta busca intermise atenta às necessidades e acompanha efetivamente a vida dos seus fi- nável por um munlhos sem dúvida dará a sua parcela do melhor. de contribuição para a sociedade.

Até quando nos cobramos e achamos que estamos fazendo pouco já estamos em busca desse ideal comum, pois nosso senso de responsabilidade nos convida o tempo todo a melhorarmos sempre em nossos papeis. Numa sociedade marcada pelo imediatismo e uma alta dose de individualismo, não é nada fácil exercer a paternidade e a maternidade, mas são essas missões divinas que também nos tornam pessoas melhores e nos fazem acreditar em um mundo melhor. Ora, poucas as relações exigem tanto sair da zona de conforto como a de pais e filhos. É neste laço familiar que aprendemos a sermos menos egoístas, adiando muitas vezes a realização de nossos sonhos e desejos em prol da necessidade do outro, seja ela física ou emocional. Muitas vezes temos que saciar a vontade ou a necessidade de um filho em detrimento às nossas, seja pelo fim das noites tranquilas de sono nas primeiras semanas de vida do bebê até a eterna preocupação e zelo. Vamos todos fazer um mundo melhor.

Erica Samara Morente Jornalista

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Alimentos industrializados podem causar alergias e recusa alimentar. A modernidade, a tecnologia e as mudanças no estilo de vida transformaram o dia a dia das pessoas, tornando a alimentação um processo cada vez mais rápido, prático e muitas vezes fora de casa. Com isso, o consumo de alimentos industrializados aumentou na maioria das famílias. Esses alimentos contêm em sua composição, além de produtos para aumentar sua durabilidade, substâncias químicas que podem alterar o bom desenvolvimento de qualquer pessoa. “Isso se deve, entre vários fatores, ao menor valor nutricional, podendo acarretar a longo prazo doenças cardiovasculares, obesidade e alergias” afirma a fonoaudióloga Eliane Assis Souza Penachim. Ela acrescenta que, de acordo com José Carlos Perini, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, observou-se uma mudança no perfil da prevalência das alergias no Brasil, com os casos de pessoas com alergias alimentares associadas aos produtos industrializados. “Ainda não existem motivos comprovados que expliquem essas mudanças, mas supõe-se que se deva as alterações nos hábitos alimentares, dietas repetitivas ou muito restritivas, menor contato com a natureza e maior ingestão de alimentos industrializados”. Nos bebês, por exemplo, as consequências do consumo dos aditivos Vida bebê |30

presentes nos alimentos industrializados podem permanecer até a fase adulta, dependendo do tipo de problema. “São conservantes, acidulantes, estabilizadores, aromatizantes, corantes, entre outras substâncias que poderão resultar em refluxo gastroesofágico e até recusa alimentar”, observa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos ou mais afinal, é a melhor forma de nutrição. Alguns bebês lactentes, que se alimentam essencialmente de leite materno, podem apresentar alergia ou intolerância ao leite, tendo cólicas, diarreia, refluxo, gases, distensão abdominal e até mesmo baixo ganho de peso e crescimento.

Nestes casos, a mãe faz o acompanhamento médico e dieta de exclusão de leite, derivados e qualquer produto que tenha em seu preparo alimentos que podem causar prejuízo ao bebê, pois tudo que ela ingere passa para o filho através do leite. Já no caso dos bebês com alergia a proteína ao leite de vaca, apenas a presença de traços de leite na dieta da mãe é suficiente para causar reações. Vale ressaltar que quando o bebê tem alergia, a mãe deve continuar amamentando e seguir a dieta isenta de leite e seus derivados. O refluxo gastroesofágico (quando o alimento volta do estômago para o esôfago) pode ser considerado normal quando a criança vomita o leite em pequena quantidade ou não apresenta choro, distensão abdominal, desconforto ao mamar, perda de peso e outras características. Porém, é importante saber que estas mesmas características estão presentes na doença do refluxo e devem ser avaliadas pelo pediatra. “Esta é uma doença que tem tirado o sossego de muitos pais e bebês e pode ter um agravamento quando a mãe se alimenta com produtos industrializados”, alerta. A partir do sexto mês de vida alguns bebês começam a receber outros alimentos como frutas, sucos e papas salgadas, além da introdução


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de fórmulas para substituição do leite materno ou como complemento. Todo esse processo deve ser feito sob orientação do pediatra. Segundo ela, nesse momento, é necessária atenção para não introduzir alimentos industrializados e se atentar para aqueles que hoje são considerados mais alergênicos como de leite de vaca, ovo, trigo, frutos do mar, amendoim, peixes, castanhas e soja. A alergia alimentar é uma reação contrária do sistema imunológico quando consumimos um alimento, ou seja, o organismo entende como uma ameaça e reage para combatê-la. As reações acometem a pele podem dar coceiras e urticarias, sintomas gastrointestinais, dor abdominal, sintomas respiratórios, tosse e outros. “Por isso é tão importante o incentivo ao aleitamento materno, pois ele ajuda no amadurecimento do sistema imunológico do bebê. Já os alimentos industrializados são repletos de alergênicos”, compara. A partir da introdução da alimentação para a criança, é imprescindível

o cuidado com a qualidade, variedade e valor nutricional. Um bebê com histórico de dificuldades na amamentação, refluxo gastresofágico ou alergia alimentar provavelmente apresentará recusa na introdução alimentar, afinal, suas experiências sensoriais não foram boas. No desenvolvimento neonatal alguns bebês apresentam dificuldades para amamentar, coordenar respiração e deglutição tendo muitos engasgos, soluços, vômitos, choro ao mamar, que podem ser indicativos de alterações relacionadas à refluxo gastroesofágico ou alergia a proteína do leite de vaca. “Na introdução alimentar a criança pode apresentar ainda alguns sintomas, além de perda de peso que é de suma importância. Converse sempre com o pediatra, faça os acompanhamentos mensais e sempre que necessário, pois, em qualquer alteração, o médico poderá fazer toda orientação e recomendação necessárias, inclusive com indicação do fonoaudiólogo”, pontua.

Dicas importantes Para os lactentes com refluxo ou alergia *Mãe e bebê devem estar confortáveis *Evite vestir o bebê com roupas apertadas *Evitar balançar o bebê após a mamada *Coloque o bebê na vertical após a mamada *Eleve a cabeceira do berço Para crianças maiores *Oferecer alimentos em quantidades pequenas para encorajar a criança a comer *Não fazer "aviãozinho”, pois desvia a atenção e compromete a percepção dos alimentos

TRATAMENTOS Os problemas decorrentes do excesso de alimentação industrializada podem e devem ser revertidos assim que diagnosticados. O plano de tratamento pode ser feito por meio de orientações sistemáticas à família ou em terapias semanais aplicadas diretamente ao bebê ou criança. “Por se tratar de questões vitais como comer, é muito importante que o profissional oriente de forma adequada, demonstrando à família que realmente será uma parceria para a cura e o melhor desenvolvimento da criança”, enfatiza. No caso do refluxo gastroesofágico, o tratamento pode ser feito através de medicamentos ou cirurgias em casos mais graves. Na alergia alimentar, o tratamento depende do sintoma manifestado, podendo ser através de medicamento ou a exclusão do alimento que provoca a reação alérgica. Já na recusa alimentar deve-se fazer uma avaliação médica para excluir causas orgânicas decorrentes de patologias específicas.

*Incentive a participação da criança durante preparo dos alimentos e na montagem do seu prato *Ofereça produtos integrais, ricos em fibras *Com crianças seletivas, ofereça de 8 a 15 vezes o mesmo alimento para certificar-se de que realmente não gosta daquele alimento *Evite líquidos durante as refeições *A Sociedade Brasileira de Pediatria sugere que sucos devem ser evitados ou ofertados os elaborados com a própria fruta, naturalmente *É importante aprender a mastigar bem para desenvolver estruturas como dentes, músculos favorecendo um crescimento harmonioso das estruturas da face.

Eliane Assis Souza Penachin Fonoaudióloga Vida bebê |32


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Doenças cardíacas na infância

As doenças cardiovasculares dos adultos, como a hipertensão arterial, também podem atingir com mais incidência as camadas mais novas da população à medida que o excesso de peso alcança índices preocupantes na infância. Segundo a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), aproximadamente um terço das crianças com idades entre cinco e nove anos no Brasil está acima do peso. De acordo com a cardiologista pediátrica Vanessa Vieira de Moraes e Souza, essa estatística pode ser associada ao surgimento de algumas doenças cardiovasculares. A especialista pondera que a doença coronariana do adulto pode ser prevenida desde a infância por meio de hábitos adequados, relacionados à dieta balanceada e saudável e à prática de atividades físicas apropriadas. A prioridade na ingestão de frutas, legumes, verduras, carnes magras e sucos é um exemplo clássico em detrimento aos produtos industrializados ou alimentos ricos em gorduras, conservantes e sódio. Vida bebê |40

“Portanto, é importante salientar que, de alguma maneira, as doenças em geral podem ser evitadas, fazendo parte da medicina preventiva e que sem dúvida, deve ser priorizada e praticada intensamente desde o nascimento. “ Dessa forma, é responsabilidade de cada um, fazendo parte da preservação da vida, a adoção de atitudes saudáveis ao longo dos anos, reforça. Desde o nascimento até os seis anos de idade a principal causa da hipertensão, por exemplo, são as patologias de origem renal e em segundo lugar estão as doenças cardiovasculares congênitas. Porém, dos seis aos doze anos, soma-se a essas

duas causas a chamada hipertensão essencial, que é mais frequente no adulto, podendo ser postergada com hábitos saudáveis. O tratamento vai depender da causa, mas sempre deve-se tomar condutas não farmacológicas e farmacológicas. OUTRAS DOENÇAS Além da hipertensão, outras doenças relacionadas ao coração exigem atenção dos pais. O sopro, por exemplo, é uma manifestação acústica (um barulho) que ocorre por uma movimentação exagerada do sangue que se desenvolve dentro do coração ou nos vasos sanguíneos. “Esse ‘barulho’ assemelha-se a um sopro, daí o nome”, acrescenta. Segundo a médica, ele pode ser dividido em funcional ou patológico. O funcional ocorre na ausência de anomalias anatômicas do coração ou da circulação. Tais sopros são universais, ocorrendo praticamente em todos os indivíduos, porém são especialmente evidentes em crianças. Já os sopros patológicos, no entanto, estão relacionados às doenças cardíacas com alteração anatômica, seja ela congênita (desde o nas-


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cimento) ou adquirida durante a infância. As doenças congênitas são consideradas “defeitos” no coração originadas durante o desenvolvimento do coração na vida fetal no primeiro trimestre de gestação. Já as alterações adquiridas mais comuns advêm de quadros infecciosos, agressão imunológica ou ainda por doenças autoimunes. Ela menciona que, conforme várias estatísticas, as cardiopatias congênitas ocorrem de sete a dez em cada mil recém-nascidos vivos. Cresce a incidência em abortos espontâneos para vinte a trinta para cada mil fetos. CARDIOPATIA CONGÊNITA A médica lembra que na infância é possível checar as condições do coração por meio de um exame de imagem chamado ecocardiograma com Doppler, semelhante a um ultrassom. Já no feto o mesmo exame pode ser realizado com estudo detalhado do coração, de preferência entre vinte e duas a vinte e oito semanas de gestação. Vários podem ser os fatores de risco extrínsecos, como drogas, medicamentos e infecções maternas. Além disso, algumas doenças maternas podem predispor a doenças cardíacas no feto.

“No entanto, apenas 10% das malformações cardíacas apresentam fatores de risco. Portanto, 90% são de origem genética, ou seja, sem causa aparente e sim por uma falha na transmissão de um gen” Portanto, esses fatores genéticos dificilmente podem ser evitados ou combatidos por uma conduta saudável da mãe. TRATAMENTO Os tratamentos para as doenças do coração variam. Segundo ela, primeiramente é necessário saber qual o tipo de cardiopatia, pois elas são representadas por uma variedade de anomalias. “Dependendo do caso, pode haver fechamento espontâneo sem necessidade de intervenção. O tratamento medicamentoso é necessário para

reduzir os sintomas das doenças e levar a uma melhor qualidade de vida. No entanto, na maioria das cardiopatias congênitas a intervenção se faz necessária através do cateterismo ou cirurgia cardíaca para correção do defeito”, informa. SAÚDE BUCAL Outro tema pertinente quando o assunto é doença cardiovascular é a saúde bucal. A especialista alerta que o cuidado inadequado da higiene bucal pode ter complicações infecciosas no próprio coração durante manipulações bucais como procedimentos gengivais e nos dentes, após extração dentária, tratamento de canal dentário e de cáries profundas perigengivais. Em decorrência do manejo dentário, criam-se condições para penetração do germe, aí presente, na corrente sanguínea e consequentemente no coração, causando uma doença chamada endocardite infecciosa. A população em geral apresenta risco de endocardite em uma situação como essa. “No entanto, em crianças que já apresentam alguma lesão cardíaca o risco é aumentado. Daí a necessidade de atenção com a saúde bucal”, completa.

Dra. Vanessa Vieira de Moraes e Souza Cardiologista pediátrica

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Benefícios das artes no desenvolvimento das crianças

A arte é uma das maneiras mais completas que o ser humano utiliza para expressar seus sentimentos e emoções em qualquer fase da vida. Na infância, além dessa possibilidade ampla de expressão, promove o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da imaginação. De acordo com a artista plástica Taís Leme, a arte também pode ser utilizada como forma de comunicação, sendo fundamental para o desenvolvimento da criança, pois auxiliará em todo o processo de busca por autonomia e identidade. “Vivemos em uma época em que infelizmente as crianças perdem cada dia mais a oportunidade de usar a criatividade infantil. Portanto, consideramos que a arte deve ser introduzida da forma mais lúdica possível, como se fosse praticamente uma brincadeira”, aconselha. Entre diversos benefícios, o contato com a arte desde os primeiros anos Vida bebê |50

de vida permite que a criança conheça novos paradigmas do meio em que vive, passando a transformá-los em opiniões críticas. Isso é possível por meio da sua capacidade cognitiva, que é o ato ou processo de conhecer que envolve atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. IDENTIFICANDO COMPORTAMENTOS Para pais e educadores, a arte também representa um meio para identificar os mais diversos comportamentos das crianças como timidez, agressividade ou até mesmo hiperatividade. Além disso, segundo ela, embora aparentemente a criança pareça estar em um momento lúdico, fazendo algo que lhe propicia prazer, a atividade artística é uma ferramenta muito utilizada também na formação psicoemocional e motora.

“A pintura, por exemplo, é a transformação do pensamento em formas e cores, podendo ser um ato criativo onde se liberam suas emoções, sentimentos e visão pessoal do mundo onde vive” Através das manifestações artísticas percebem-se os desejos, fantasias, medos e ansiedades, assim como aspectos afetivos e cognitivos de sua personalidade, sendo possível ainda, analisar o nível de maturidade intelectual da criança.


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Deste modo, nota-se que as crianças que vivem em ambientes relacionados com a arte tendem a melhor se posicionarem socialmente devido a presença da expressão da personalidade, ou seja, aprende a fazer suas escolhas, opinar ou criticar. “Isso a afetará positivamente em fatos isolados como na escolha de um produto ou até mesmo, futuramente, de um curso ou trabalho”, enfatiza. Uma criança segura com suas próprias opiniões, destaca-se em relação àquelas mais retraídas que, de um modo geral, têm como característica não serem persuasivas e não saberem escolher o que desejam. Ou, ainda, mesmo quando sabem, nem sempre dizem por vergonha ou medo. APRENDENDO A OBSERVAR A pintura também pode significar um ato de observação em que através de um motivo (objeto físico ou impresso) junto às instruções de um professor capacitado, são analisadas questões como profundidade, proporção, sombra e luz, brilho e saturação de matizes, entre outros fatores aplicados a pintura. Cabe ainda a esta atividade estimular a interação social. “Neste aspecto leva-se em consideração o trabalho realizado individualmente, uma vez que cada criança tem seu estilo

e comportamento específico, ou seja, introvertido ou extrovertido”, acrescenta. Para estimular, guiar e compreender a criação de cada criança é preciso conhecê-la e compreendê-la. INCENTIVO DESDE CEDO

Em tempos em que muitos pais e educadores enxergam nos dispositivos tecnológicos uma concorrência desleal para outras atividades importantes para o desenvolvimento das crianças, o incentivo à arte se torna ainda mais imprescindível. De acordo com a artista plásticas, o despertar para artes começa através de desenhos livres ou condicionados. No entanto, não se pode impor o que e de que forma a criança deve desenhar ou pintar, muito menos a

cor empregada nos objetos representados. “Isso deve fluir da criança, como forma de auto expressão”, alerta. PROCESSO DE CRIAÇÃO Na educação artística, por exemplo, a avaliação não está no final da obra e sim em seu processo de criação. Deve-se levar em consideração a ideia criativa, o processo pelo qual se desenvolveu tal criação e o que inspirou a criança. “É pertinente levar em conta o seu lado emocional ou afetivo. Enfim, procurar saber o porquê a criança desenvolveu aquilo e como o fez”. Independentemente do ambiente escolar, o início das atividades com crianças em ateliês ou espaços semelhantes normalmente é a partir de cinco anos de idade. Segundo ela, nesta fase da vida o indivíduo inicia sua memória, proporcionando assim que a criança aprenda não apenas imitando o passo a passo do professor, mas sim que memorize as técnicas aplicadas. Além do desenvolvimento emocional e das habilidades, a arte também agrega bagagem cultural, sendo também de grande relevância para o conhecimento histórico e até mesmo estimulando o interesse pela pesquisa e conhecimento de forma extremamente atrativa, interativa e permanente.

Taís Leme Artista Plástica

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Carina FisioVita

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Maria Clara Ramos

Alice Cardoso Baruta

Pietro de Lima

Fotos: Arquivo Pessoal

Retratinhos


Caderno Especial Ano V no. 19

Lançamento

Conhecimento, Network e Parcerias

Vendas Saúde

O consumo de álcool durante a gestação pág 72

A qualificação como diferencial pág. 66


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A qualificação como diferencial nas vendas

No mundo dos negócios ou nas mais simples situações rotineiras, o processo de vendas está presente na vida de todos nós e nos influencia o tempo todo direta ou indiretamente. Também é por meio das vendas que os rumos da economia de uma cidade, região, estado ou nação podem ser traçados. Por isso, esse é o tema de lançamento do novo projeto da Revista Vida Bebê, que a partir de agora presenteia seus anunciantes com parcerias e cursos exclusivos ministrados por profissionais gabaritados de diversas áreas. Apesar da complexidade e dos impactos, o conceito da venda pode ser resumido em uma palavra: servir. A definição é do consultor Luis Pimentel, especialista em Consultoria e Treinamento de Vendas e Marketing. “Vender é possibilitar às pessoas adquirir bens e serviços para satisfazer suas necessidades e desejos e, com isso, obter nossa remuneração. Vender não é empurrar, forçar, enganar e iludir. É servir. E isso requer mais do que uma ou várias habilidades, mas sim conhecimento e atitude”, declara. Vender, portanto, também pode ser considerada uma atividade técnica, o que exige aprendizado, treinamento e qualificação. Alguns dons podem ser muito úteis, Vida Mulher | 66

mas desde que sejam aliados às técnicas de vendas. “A habilidade natural da comunicação por exemplo, ou técnicas que podem ser aprendidas como oratória e falar em público, podem contribuir”, pontua. O vendedor deve desenvolver a habilidade de conversar fazendo perguntas adequadas que levam ao sucesso nas vendas afinal, entender as necessidades e os desejos dos clientes é um passo muito importante.

O convencimento do cliente para a proposta, produto ou serviço só se dará após a devida apresentação dos benefícios que interessam a ele. “Esses benefícios devem ser levantados nesta fase da venda: o descobrimento das necessidades e desejos dos clientes”, observa. CENÁRIO ECONÔMICO Evidentemente que a concretização da venda também está condicionada ao cenário econômico. Porém, o

especialista lembra que crises sempre existiram e sempre existirão. “No passado recente, veremos que houve altos e baixos na economia desde a época do Sarney, em 1985. A empresa ou o profissional não pode se acomodar no período de fartura, nem se desesperar no período de vacas magras", pondera. No momento atual, é necessário parar, estudar, avaliar alternativas, reunir a equipe, tomar decisões e buscar a qualificação. Não há outro caminho. “É necessário fazer contas, avaliar rentabilidade dos produtos, definir uma estratégia clara e trabalhar firme, com foco e objetividade. Ou seja, é preciso realizar um diagnóstico comercial para verificar todos esses pontos”, enfatiza. DIAGNÓSTICO COMERCIAL Antes de partir para um treinamento e qualificação é preciso avaliar os processos internos de vendas, o faturamento, a rentabilidade, o mix de produtos, vendas por cliente, perfis, etc. Essa etapa é fundamental, porque treinar e qualificar sem saber claramente onde se quer chegar pode não surtir o efeito desejado. O diagnóstico comercial vai avaliar, por exemplo, o comprometimento, o conhecimento técnico e


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as habilidades de vendas da equipe, os indicadores de performance comercial da empresa (se tiver, porque muitas infelizmente não têm), a capacidade de conquista e fidelização de clientes. Este levantamento inicial vai apontar as oportunidades de melhorias nas vendas da empresa. Em tempos de concorrência ainda mais acirrada nos mais diversos segmentos do mercado devido aos altos índices de desemprego da população e ao endividamento das famílias, alguns diferenciais de uma empresa com sucesso nas vendas merecem ser destacados. “Sem dúvida, o que faz a diferença é o relacionamento com clientes e a clareza na definição do posicionamento da empresa”. Posicionamento é importante, porque o cliente não compra só preço. Ele também valoriza prazos de entrega, excelência nos produtos e serviços, conveniência, experiência inesquecível ou serviços de valor agregado.

Como exemplo clássico vale citar a maioria das empresas corretoras de seguros, que só se lembram do cliente alguns dias antes da renovação do seguro. Ou seja, ao longo do ano não se preocuparam em desenvolver ações de fidelização visando garantir a satisfação dos clientes. Na hora da renovação, o cliente vai optar pelo menor preço, uma vez que o diferencial da corretora atual não fez diferença durante o ano. O vendedor também é responsável por isso. “Empresas e vendedores deveriam tomar a iniciativa do contato. Aliás, iniciativa é a melhor palavra a ser empregada nos momentos de dificuldades econômicas. Quem sai e chega na frente, bebe água limpa". NOVOS NEGÓCIOS É sempre possível buscar novos negócios dentro do próprio cadastro da empresa. Mas é preciso iniciativa da própria equipe para reestabelecer o contato com os clientes.

Os ativos podem receber condições especiais de aquisição, pagamentos, promoções exclusivas, entre outros. Já os inativos valem tanto quanto uma mina de diamantes sobre a qual estamos sentados reclamando da crise. “Vamos lapidar os diamantes. Dá trabalho, mas vale muito. Isso significa trabalhar este mailing inativo, oferecer os produtos e serviços e começar tudo de novo. Muitas vendas virão. Vamos ensinar a equipe como fazer estes contatos e reativar este cadastro”. No entanto, na prática, Pimentel observa que os empresários e empreendedores são solitários e muitas vezes tendem a tomar decisões sozinhos. Por isso, devem procurar ajuda dentro das próprias equipes e até mesmo fora da empresa, pois ajudas externas podem ajudar a "pensar fora da caixa", conhecer outras experiências até de outros segmentos de negócios e assim ampliar a capacidade de visão do negócio e do mercado.

Motivação e Vendas É impossível falar em vendas sem abordar um aspecto de extrema relevância: a motivação. Os vendedores dever ser estimulados para os desafios das metas e objetivos e cabe ao líder desenvolver a habilidade de conquistar a equipe para as metas. Pressão e estímulo caminham juntos e devem ser dosados para não estressar por um lado ou acomodar por outro. Pimentel lembra que um dos parâmetros para obter o equilíbrio entre esses dois extremos são os indicadores de performance. O líder deve medir tudo, esforço e resultado. “O que não pode ser medido, não pode ser gerenciado”.

Luís Pimentel Consultoria e treinamento em vendas e marketing www.luispimentel.com.br 19|98167-2151

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Consumo do álcool durante a gestação: Qual o verdadeiro risco?

Quanto uma mulher pode beber de álcool durante a gravidez? Não existe uma dose limite pré-estabelecida para a ingestão do álcool pela gestante que não prejudique o bebê, garantem os especialistas. O álcool na forma de bebida é uma droga lícita para consumo, encontrada em todo o mundo e há séculos consumida por homens e mulheres, em diferentes situações e contextos, e na grande maioria das vezes associado à diversão e encontros sociais. Por se tratar de uma droga psicotrópica ela atua no sistema nervoso central, provocando mudanças no comportamento de quem a consome, além de, potencialmente, desenvolver dependência. Embora a prevalência do alcoolismo entre as mulheres ainda seja significativamente menor que a encontrada entre os homens - cerca de 33% - estudos epidemiológicos sugerem haver novas tendências no padrão do uso do álcool entre elas. Um artigo de Hermann Grinfeld, doutor em Neurociências e Comportamento pela Universidade de São Paulo, membro do Grupo sobre os efeitos do álcool na gestante, no feto e no recém-nascido da Sociedade de Pediatria de SP e referência no assunto, aborda o fato Vida Mulher | 72

das mulheres iniciarem o hábito de beber mais tardiamente que os homens. No entanto, os problemas relacionados ao uso/abuso de álcool surgem mais precocemente, se levado em consideração o tempo de uso. Além disso, segundo ele, os efeitos dessa substância no organismo das mulheres são mais exacerbados em comparação aos homens devido ao fato delas terem uma maior biodisponibilidade ao álcool. Isso ocorre devido a maior proporção de gordura corpórea, menor quantidade de água total no organismo e a menor atividade da enzima álcool-desidrogenase responsável por metabolizar essa substância. Assim, o impacto causado pelas bebidas alcoólicas no organismo das mulheres é maior do que no organismo masculino. No caso de mulheres grávidas as consequências do consumo das bebidas alcoólicas são ainda mais avassaladoras. De acordo com Hermann Grinfeld, aproximadamente 55% das mulheres adultas grávidas consomem bebidas alcoólicas, dentre as quais 6% são classificadas como alcoolistas. O médico geneticista e pesquisador da USP de Ribeirão Preto, que trabalha em parceria com APAE de

Limeira, Prof. Dr. João Monteiro de Pina Neto, explica que em 1973 foi publicado, pela primeira vez, nos Estados Unidos, dados sobre os efeitos fetais do álcool na gestação “O álcool é hoje considerado o agente mais tóxico para o SNCSistema Nervoso Central- tanto de adultos, como principalmente para os fetos. Quando álcool cruza a placenta, ele vai direto para o sangue fetal e se distribui para todos os tecidos e órgãos do feto, agindo de forma a induzir uma destruição neuronal, provocando extensas lesões”. Dentre os danos ocasionados pelo consumo do álcool na gestação, podemos destacar a grande incidência de abortos espontâneos, retardo de crescimento intrauterino, trabalho de parto prematuro, microcefalia, mal formações renais, ósseas, cardíacas, de cerebelo, hipocampo e córtex pré-frontal, além daquela que é considerada uma das doenças com maior comprometimento neuropsiquiátrico em bebês de mulheres que beberam em excesso na gestação – a Síndrome Alcoólica Fetal - SAF. O termo SAF foi batizado em 1973 por Jones & Smith e se refere a um conjunto de características e atrasos no desenvolvimento de crianças


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nascidas de mães que consumiram álcool durante a gravidez. Este padrão característico de anomalias acomete cerca de 1 a 3 crianças a cada mil nascidas vivas (embora não haja dados oficiais no Brasil) e é caracterizada principalmente por: •dismorfismos faciais (como fissura palpebrais curtas, filtro liso e lábio superior fino); •déficit de crescimento pré e/ou pós natais; •alterações do sistema nervoso central associado à deficiência intelectual. Além destas, os indivíduos afetados pelo consumo do álcool na gestação, também podem apresentar problemas comportamentais e de aprendizagem, hiperatividade, problemas de memória, atenção, concentração, linguagem, audição, dificuldades em solucionar problemas e conflitos interpessoais. Por esta razão a Organização Mundial da Saúde (OMS) é inflexível, e tem como recomendação acerca do consumo do álcool no período gestacional uma só: nenhuma dose da ingestão de qualquer tipo de álcool

durante toda a gestação. PREVENÇÃO: ÚNICO CAMINHO

O melhor caminho sempre é a prevenção já que os efeitos do álcool ocasionados pela ingestão materna de bebidas alcoólicas durante a gestação não têm cura. Estudos apontam para a necessidade do apoio de equipes multidisciplinares para o sucesso de programas que visam a redução da incidência da SAF. Pensando nisso, é que há dez anos uma equipe especializada da APAE de Limeira promove anualmente uma campanha que visa alertar o maior número de pessoas possíveis sobre os perigos do consumo do álcool na gestação. O assunto é abordado em palestras, treinamentos para capacitação de profissionais das áreas da saúde e educação, bem como ganha evidência na comunidade através da parceria com a mídia local e com a distribuição de materiais impressos com orientações técnicas específicas. “Esta campanha nasceu para alertar o maior número de pessoas pos-

sível sobre o perigo do álcool na gestação e, principalmente, informar que, hoje, ele é a principal causa ambiental de Deficiência Mental, e essa causa, todos nós podemos prevenir, é uma questão de consciência, por isso, o diferencial deste trabalho é que ele acontece fora da entidade", diz Luciana Benedetti Lavoura - coordenadora da Equipe de Prevenção APAE Limeira. Sabemos que na Europa ou Estados Unidos já existem centros de formação para treinamentos nesta área e o consumo de álcool na gestação é visto e abordado como um problema de saúde pública. Aqui no Brasil, infelizmente, ainda estamos engatinhando neste processo, no entanto, o que podemos fazer além de tentar identificar essas crianças, garantindo a elas um acompanhamento especializado é garantir que as informações cheguem até a comunidade, e que as mulheres e especialmente as gestantes compreendam, que gerar uma vida é um dos momentos mais lindos de uma mulher e que ele deve vir acompanhado de conhecimento e responsabilidades”, diz.

Luciana Benedetti Lavoura Coordenadora da Equipe de Prevenção

Raquel Vieira Assessora de Imprensa

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