ANO V N. 19 Dezembro 2013 R$ 6,90
Verão
Cuidados especiais com as crianças na estação mais quente
Saúde
Quando devemos checar a saúde visual de nossos filhos
Escola
Expectativa da adaptação dos filhos e dos pais no próximo ano letivo
Julia Gomes e Marcella Ramalho contam sobre trabalho, escola e amigos
Edi çã Ver o de ão
Caderno Especial presente na vida de todas as mulheres
www.vidabebe.com.br
Editorial
Raquel Penedo Oliveira - Editora da Vida bebê recebendo Selo Empresa Cidadã - Parceiros da Apae, na foto com sua filha Fernanda e seu marido Dr. Luis Fernando Oliveira
Parece incrível né? Mais um ano chegou ao fim. Ano que vem, muitas crianças terão seu primeiro dia na escola, outros indo para um novo colégio, novos professores, e aí muitos pais e filhos, passam pelo que chamamos de adaptação; nossa primeira matéria fala sobre isso. Outro assunto, é o verão, que já está aí e com ele devemos ter alguns cuidados especiais com as crianças, saibam mais detalhes nessa edição. O caderno especial Vida Mulher traz várias matérias interessantes, uma delas é sobre alienação parental, leia e saiba mais Raquel Oliveira sobre Penedo este assunto. Editora E novamente recebemos o selo Empresa Cidadã - Parceiros da Apae, estamos felizes e honrados com o privilégio de ter nosso nome vinculado a uma instituição tão séria e importante. Obrigada APAE! Parabenizo aos demais empresários que lá estavam conosco e convido àqueles que ainda não conhecem esse projeto da APAE, que busquem informações e participem também. Como eu disse o privilégio é nosso!
Boas festas e feliz 2014!
Sumário
Capa
04 - Adaptação na escola 10 - Vitrininha 14 - Editorial de Moda 22 - A importância do Ultrassom 28 - Saúde ocular das crianças 32 - Maquiagem na infância 42 - Atrizes falam de carreira e infância 46 - Verão - Cuidados com as crianças 52 - Retratinhos 56 - Mara Lima - dedicação às crianças 58 - Contraceptivos de longa duração 62 - Alienação parental 65 - Emagrecimento Julia Gomes e Marcella Ramalho Vestem: Charlotte Foto: Demétrio Razzo 3
Adaptação a vida escolar Valéria Cristina Teodoro Coordenadora Pedagógica
Antes de definir em qual escola matricular os filhos, os pais normalmente realizam uma ampla pesquisa sobre as instituições de ensino, seus métodos, conceitos, estrutura e buscam referências. E mesmo depois de pensar muito, refletir e finalmente decidir, é comum no momento da adaptação da criança surgirem algumas dúvidas. Essas incertezas já podem começar a serem minimizadas ainda na própria fase de escolha da escola. Segundo a coordenadora pedagógica Valéria Cristina Teodoro, os pais devem buscar a instituição de ensino na qual a proposta pedagógica e os valores sejam os mais próximos da família. É necessário também checar se o estabelecimento oferece atividades extracurriculares, conhecer o espaço físico e número de alunos por sala. “Todos esses aspectos são importantes, mas o principal é que as crianças sejam bem recebidas e se sintam acolhidas neste novo espaço que será muito importante e marcante na vida delas”, pontua. É essencial a confiança dos pais para que a criança se sinta segura no novo ambiente, pois o inicio da vida escolar é um momento muito importante para toda a família. “Quando os pais visitam 4
a escola, queremos que sintam-se acolhidos, pois eles vêm com seus medos, inseguranças, angústias em deixarem seus filhos no ambiente escolar. É neste momento que começa a adaptação”, afirma. Transmitir os benefícios que o ambiente escolar irá proporcionar para o desenvolvimento da criança nos aspectos físico, psicológico e social é um dos pilares para que a adaptação efetivamente ocorra de forma satisfatória. TRANQUILIDADE A adaptação deve ser realizada de maneira bem tranquila para família e filho. Assim, primeiramente, a mãe pode ficar junto dentro do ambiente escolar e aos poucos vai “saindo de cena” para que a criança possa interagir e criar vínculo com os amiguinhos e com as pessoas que cuidarão dela. Segundo a coordenadora pedagógica, aos poucos a criança vai percebendo como é gostosa essa nova vida e entendendo o que significa a escola. Nesse período as mães podem observar as atividades desenvolvidas, conhecer um pouco mais as pessoas e se acalmando gradativamente, pois elas têm a oportunidade de ver na prática o ato
de cuidar e o de educar na escola. “Muitas choram e se sentem culpadas, o que é natural. Mas, com o passar do tempo, elas vão observando o desenvolvimento de seus filhos, o cuidado a eles dedicado e aos poucos vão se adaptando a esta nova fase”, conta. O processo de adaptação é o mesmo, tanto para as famílias que matriculam as crianças logo aos quatro meses como para aquelas que adiam para depois de um ano. “Todas demonstram preocupação, ansiedade e angústia, o que é natural”, relata. A única diferença é que, quando as crianças são menores, a adaptação é mais necessária aos pais, que ficam apreensivos ao delegar os cuidados que até então eram feitos só por eles. Quando as crianças são maiores, segundo ela, a adaptação costuma ser mais tranquila para os pais, pois os filhos já verbalizam e compreendem o que está acontecendo. Muitos se despedem dos pais e se integram com as outras crianças no primeiro dia de adaptação. “Por mais que os pais estejam apreensivos, é importante não passar essa preocupação para a criança e sim ressaltar os pontos positivos falando bem da escola, das novidades, dos amigos e das brincadeiras”, recomenda.
SAÚDE A imunidade da criança pequena algumas vezes é instável, pois estão desenvolvendo suas defesas através do sistema imunológico. “Assim, quando elas dão entrada no ambiente escolar, passamos algumas orientações para os pais. A criança doente precisa de mais atenção, descanso e acolhimento da família”, afirma. Mas também é importante que a escola tenha um profissional na área da enfermagem preparado para realizar os primeiros cuidados nas crianças caso seja necessário. SENSAÇÃO DE CULPA Muitos pais às vezes se sentem culpados por não poderem estar o tempo todo com seus filhos, principalmente os pais das crianças que ficam em período integral. A coordenadora enfatiza que não há razão para se sentirem assim, pois se a escolha da escola for bem feita e os pais se sentirem seguros em deixarem seus filhos enquanto trabalham, este espaço será de grande desenvolvimento e aprendizado para a criança. “O melhor é esquecer a culpa e aproveitar com qualidade o tempo que eles têm com seus filhos”, aconselha. Ela lembra que a escola é um espaço de desenvolvimento e de muito aprendizado para as crianças. Lá elas vão se socializar, aprender a vencer a timidez e a insegurança, trabalhar em grupo, desenvolver a coordenação motora, aprender a lidar com o tempo, espaço, lateralidade, percepção, desenvolver a linguagem, pensamento lógico e tudo isso de uma maneira lúdica e prazerosa.
Dicas importantes • É fundamental que alguém da família acompanhe os primeiros dias na escola. • A adaptação varia de criança para criança. • Deve ser feita aos poucos e com tranquilidade. • Os pais devem respeitar o período estabelecido pela escola. • Se os pais confiam na escola, sentirão segurança na separação e esse sentimento será transmitido à criança. • E imprescindível que a mãe permita a aproximação da criança com a professora e amigos.
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Vitrininha
Fotos: Demétrio Razzo
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Editorial gestante, bebĂŞ e infantil Fotos: Inez Miranda
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Dr. Juliano B. Bullamah CROSP - 70.167 Endodontista e Reabilitações Estéticas
Facetas Cerâmicas Com a evolução da odontologia, o cirurgião dentista não é mais visto como alguém que causa dor e medo, mas sim como um profissional que pode transformar o sorriso e a vida das pessoas. As facetas cerâmicas são usadas quando há intenção de modificar ou devolver a forma original do dente, ou para corrigir imperfeições como dentes quebrados, desalinhados, desgastados, e com sinais de envelhecimento. Também chamadas de lentes de contato, as facetas depois de cimentadas nos dentes se tornam invisíveis ao olho nu, assim como as lentes de contato ópticas. Com uma espessura que varia entre 0,3 a 0,5mm, as facetas são confeccionadas e cimentadas com pouco ou nenhum desgaste prévio da estrutura
dental. As principais vantagens desse tratamento estético, além da conservação da estrutura dental, são a durabilidade e a capacidade de imitar as características estéticas do esmalte dentário obtendo um resultado estético favorável e funcional. O tratamento é feito em três etapas. Na primeira, o cirurgião dentista faz fotos e a moldagem dos dentes do paciente em seguida é feito um enceramento no modelo e possível trans-
ferência para a boca do paciente com o objetivo de visualizar o resultado final do trabalho, feito isso as facetas são confeccionadas em porcelana pura e cimentadas nos dentes finalizando o tratamento. O paciente deve fazer o acompanhamento e visitas semestrais ao cirurgião dentista, e manter a higiene oral adequada. Um sorriso comprometido pela falta de estética diminui a sua qualidade de vida, por isso procure sempre um profissional especializado.
Arquivo pessoal
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Uma evolução na arte da estética dental
A importância do ultrassom na gestação Dra. Damiana Bergamo CRM 121.426 Médica Nuclear e Ultrassonografia Geral Além da emoção que envolve a ultrassonografia, o exame que se tornou obrigatório na obstetrícia é fundamental em cada fase da gravidez para a saúde da futura mamãe e do bebê. Segundo a ultrassonografista e médica nuclear Damiana Maria Bergamo, trata-se de um meio de diagnóstico simples, de baixo custo, não invasivo, sem efeitos colaterais e que deve ser realizado pelo menos três vezes ao longo da gestação. No primeiro trimestre pode ser feito por duas vias: transabdominal ou transvaginal. Nesta fase, a ultrassonografia engloba da sexta até a décima quarta semana de gestação, quando são avaliados o útero, o saco gestacional, a vesícula vitelínica (que nutre o embrião), o concepto (tamanho, número, localização, batimentos cardíacos), as regiões parauterina e retrouterina e os ovários. "Nesse exame o comprimento do concepto é o indicador mais preciso da idade gestacional", pontua. Outro indicador fundamental é a TN (translucência nucal). Trata-se de uma medida da espessura da nuca do feto que pode indicar algumas anomalias cromossômicas, como a síndrome de Down. Já no segundo e terceiro trimestres os exames visam avaliar a apresentação e a situação fetal, ou seja, se estão “encaixados” na 22
pelve materna, como estão os batimentos cardíacos e o número de fetos. No caso de gestação múltipla, avalia-se ainda se há uma ou duas placentas e um ou dois sacos gestacionais, definindo se serão idênticos ou não. A médica também lembra que nestas etapas verificam-se também a quantidade do líquido amniótico, a localização definitiva da placenta, além de detectar pacientes com maior risco de parto prematuro através da análise do colo do útero. Esses exames permitem ainda a avaliação do peso do bebê e sua anatomia, checando, por exemplo, se existe alguma malformação no crânio, no coração, na coluna vertebral, nos órgãos do abdome, nas extremidades (braços e pernas) e número de vasos do cordão umbilical. A ultrassonografia morfológica deve ser realizada entre 20 a 24 semanas pela possibilidade de se examinar adequadamente os órgãos internos e as extremidades. “Contudo, mesmo em outras idades gestacionais, este exame deverá ser realizado de forma sistemática e mais completa possível”, observa. A sensibilidade diagnóstica das malformações fetais neste período está em torno de 83,5% e a especificidade de 99,8%. Além disso, é possível rastrear de forma precoce algumas alterações hemodinâ-
micas fetal e materna, como a hipertensão específica da gestação. ANORMALIDADE O apoio emocional à gestante é especialmente relevante nas situações que envolvem um diagnóstico de anormalidade fetal. “Ter um filho nos dias de hoje tende a ser uma decisão planejada. Os casais desejam ter poucos filhos, mas filhos perfeitos. Assim, o choque do diagnóstico provoca uma dramática interrupção do processo psíquico normal de gestação, levando a uma regressão da mulher ao primeiro trimestre, quando a discriminação mãe–bebê está pouco evidente, isto é, o feto volta a ser sentido pela mãe como uma parte sua, o que reforça a necessidade do apoio emocional”, esclarece. A médica também explica que a ultrassonografia possibilita que o diagnóstico de anormalidade fetal seja antecipado e essa precocidade na comunicação é entendida como minimizadora do problema, na medida em que há mais tempo para os pais se prepararem emocionalmente para a realidade. “Esse preparo diz respeito, principalmente, à aquisição pelos pais de clareza sobre o problema do bebê e sobre as atitudes necessárias frente à condição de anormalidade fetal”, acrescenta.
É menino ou menina? Saber o sexo do bebê é um dos momentos mais esperados. Embora a partir de 11 semanas comece a diferenciação da genitália externa do feto, as diferenças são muito sutis para o diagnóstico adequado nesse período. Entre 12 e 14 semanas, o tubérculo genital ainda possui o mesmo comprimento em ambos os sexos e a fase para melhor visualização e precisão é a partir de 20 semanas. “Mesmo assim o diagnóstico muitas vezes não depende do médico e sim de outros fatores que podem influenciar na taxa de acerto, como posição fetal, quantidade de líquido amniótico, obesidade da paciente e resolução do equipamento”, explica a médica.
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Os avanços tecnológicos Nos últimos anos, obteve-se avanço considerável com a incorporação da tecnologia 3D e 4D. Este exame deve ser realizado entre 26 e 29 semanas, pois neste período o feto já tem uma boa quantidade de tecido gorduroso em baixo da pele e ainda tem bastante líquido, o que é necessário para formação de imagens nítidas. “Após 30 semanas podemos eventualmente obter imagens com resultados satisfatórios, entretanto isto se torna muito difícil, pois o espaço dentro do útero acaba reduzido e o rosto fica a maior parte do tempo coberto”, explica. Segundo ela, esse exame também é indicado para avaliar malformações superficiais, como implantação baixa de orelha ou pés tortos, por exemplo. Por outro lado, é bom saber que há casos em que a imagem não traduz bons resultados, como a posição fetal (quando o feto está com a face voltada para as costas da mãe torna-se impossível de gerar uma imagem do rosto) e as características do líquido amniótico, que provém para o aparelho o contraste necessário para a formação de uma boa imagem. Se o líquido for escuro e a superfície da pele for branca, produz as condições técnicas necessárias para a reconstrução da imagem. Quando o volume está diminuído ou fica muito branco, pode impossibilitar a boa imagem. A qualidade também está diretamente ligada à passagem do som pelos tecidos maternos. Em situações onde o som tem dificuldade de passar, como pacientes com fibrose por cirurgias prévias ou pacientes obesas, a imagem poderá ficar ruim. “Para obtermos uma boa imagem 3D/4D devemos ter uma imagem satisfatória no exame de 2D. Se a imagem estiver ruim no 2D, provavelmente você não verá nada no 3D/4D”, avisa. A duração do exame depende muito da qualidade das imagens obtidas. Em condições favoráveis pode ser fácil e rápido obter imagens bonitas. Em situações desfavoráveis tenta-se obter imagens até o limite máximo de 20 minutos. Além deste tempo, torna-se inútil continuar tentando, pois, com o passar do tempo o feto acaba percebendo a movimentação sobre o abdome e instintivamente protege a face, cobrindo-a com os membros ou virando o rosto para o lado da coluna materna. Damiana lembra que o ultrassom morfológico 3D/4D consegue captar imagens tridimensionais e em movimento, ou seja, em tempo real, o que permite a visualização nítida da anatomia e da face do feto. É um excelente método complementar à ultrassonografia convencional nos casos de malformação fetal, contribuindo na análise mais detalhada do tamanho e localização das estruturas acometidas.
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aleitamento. A pega correta da mama e a retirada também ajudam a não machucar. Outro aspecto a ser considerado são as queixas com relação a crianças que encurtam o período entre as mamadas e/ou que demoram para mamar, associadas a dificuldade em ganhar peso ou mesmo perda de peso que podem estar relacionadas ao frênulo de língua encurtado que dificulta a extração do leite da mama. O desmame precoce historicamente é responsável pelo aumento de uso de mamadeira, chupeta e sucção de dedo. A amamentação é considerada fator de prevenção de distúrbios de fala, mastigação, respiração e deglutição, sendo também um potente estímulo para o correto desenvolvimento da face.
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Seu bebê mama bem? Estudos mostram que a população está ciente dos benefícios da amamentação, porém observa-se na prática relatos de dificuldades para amamentar. Grande parcela das mães faz uso da amamentação exclusiva (somente peito) por período bem menor que o recomendado. As causas apontadas são, segundo as mães, o fato de o leite ter secado; rejeição pelo bebê; retorno da mãe ao mercado de trabalho; doença materna; dores ao amamentar; problemas na mama e doenças da criança. Muitas destas causas podem ser evitadas com orientações às gestantes ou mães no período inicial do aleitamento natural. Normalmente as dores para amamentar e fissuras nas mamas podem ser evitadas utilizando-se posições adequadas das mães e dos bebês durante o
Drenagem linfática: Saudável e linda na gestação
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Dra. Carina Balloni Florindo Crefito 3 - 26040/F Durante a gestação a mulher passa por transformações físicas e emocionais e, portanto, conviver bem com essas mudanças é imprescindível para a saúde da mãe e do bebê. Segundo a fisioterapeuta Carina Balloni Florindo, as alterações hormonais promovem a reabsorção de sódio causando a retenção hídrica. Com isso a gestante tem um aumento de 30% a 50% do volume sanguíneo, podendo reter até oito litros de água acima do normal. "Esse acúmulo de líquido causa desconforto, inchaço, sensação de peso nos pés e pernas, dificuldade dos movimentos e as vezes até parestesias", explica. Carina enfatiza que a fisioterapia tem um papel de prevenção e de reabilitação nessas pacientes tão especiais, utilizando da drenagem linfática manual. A drenagem linfática é uma massagem suave e lenta que estimula o sistema linfático, ativa a circulação sanguínea, diminui a retenção de líquido, promove hidratação da pele, melhora o sistema imunológico, elimina toxinas pela
urina, previne celulite, diminui as tensões e reduz as dores musculares. Além disso, proporciona sensação de bem estar e alívio dos demais sintomas relacionados com a alteração hormonal, como enxaqueca, insônia, constipação intestinal e cansaço. Através da drenagem linfática consegue-se resgatar a harmonia entre corpo e mente fortalecendo ainda mais o vínculo mamãe-bebê. "São indicadas até duas
sessões por semana", lembra. O tratamento é contraindicado para grávidas com hipertensão não controlada, insuficiência renal, trombose venosa profunda, infecções de pele e erupções cutâneas. A fisioterapeuta acrescenta que a drenagem deve ser realizada por um profissional qualificado que tenha conhecimento sobre o sistema linfático e as mudanças fisiológicas que ocorrem no organismo durante a gravidez.
Andreza Flávia P. Rosada - 32 semanas
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Saúde ocular das crianças Dra. Luciana Oyi de Oliveira Oftalmologista CRM - SP 85249
Antigamente a primeira consulta oftalmológica das crianças ocorria normalmente quando a professora percebia uma eventual dificuldade no aprendizado, o que poderia comprometer até mesmo a alfabetização. Hoje o conceito mudou e o entendimento sobre a saúde ocular na infância já é bem mais abrangente. O desenvolvimento normal da criança depende em grande parte, da visão, um dos nossos principais sentidos. A oftalmologista Luciana Oyi de Oliveira explica que, de acordo com o consenso da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, o primeiro exame ocular deve ser o teste do reflexo vermelho ou teste do olhinho, como é mais conhecido. O procedimento é realizado pelo pediatra ou oftalmologista antes da alta da maternidade ou até um mês após o nascimento. A especialista enfatiza que esse teste tem como objetivo detectar doenças oculares presentes já a partir do momento do nascimento ou logo após as primeiras semanas de vida e tratá-las em tempo hábil. São exemplos dessas doenças o retinoblastoma (tumor intraocular mais frequente na infância), a catarata congênita (perda da transparência do cristalino que pode acontecer, por exemplo, quando a mãe contrai rubéola durante a ges28
tação), a toxoplasmose congênita (doença infecciosa contraída durante a gestação e transmitida da mãe para o feto, a qual pode danificar a retina do olho), o glaucoma congênito (lesão do nervo do olho causada por grande aumento da pressão intraocular devido a uma malformação no segmento anterior do olho), a retinopatia da prematuridade (bebês prematuros pertencentes ao grupo de risco para o desenvolvimento dessa retinopatia são submetidos ao exame de mapeamento de retina semanas após o nascimento e então periodicamente para que o tratamento seja prontamente instituído caso seja necessário) e as altas ametropias, ou seja, grande miopia, hipermetropia ou astigmatismo já ao nascimento. CEGUEIRA INFANTIL Ainda de acordo com o consenso, com o objetivo de prevenir a cegueira infantil, o ideal é que os bebês sejam examinados a cada seis meses pelo médico oftalmologista até completarem dois anos de idade. Já crianças nas fases da pré-escola e escolar, segundo ela, devem ser submetidas a exame de rotina anual, caso não tenham queixas oculares ou doenças já diagnosticadas. “Quando há queixa ou quando os pais, familiares ou professores no-
tam alteração no olho da criança, independentemente da idade, o oftalmologista deve ser procurado sem demora”, aconselha. ESTRABISMO Se os pais de um bebê notam olho torto, pode se tratar de um caso de estrabismo, doença na qual a visão do olho que a criança desvia pode ficar definitivamente baixa na idade adulta. Esse risco é elevado se o tratamento adequado não for realizado no período em que a visão ainda está se desenvolvendo, ou seja, até 8 a 10 anos de idade. OLHOS LACRIMEJADOS Se o bebê tem lacrimejamento e secreção, apesar dos olhos não ficarem vermelhos, pode ser um caso de obstrução de vias lacrimais. A oftalmologista orienta os pais a ficarem atentos e lembra que o problema exige confirmação pelo médico, que definirá os procedimentos. OS ÓCULOS Já em fase escolar, se uma criança se queixa de dor de cabeça e fica com olhos vermelhos após esforços visuais ou, ainda, no fim da tarde, vem com bilhete da escola relatando que está muito dispersa ou tem pouca disposição para leitura, pode continua
se tratar de caso de erro de refração. “Traduzindo: falta de óculos. É hora de buscar orientação médica e fazer o teste de visão”, completa. O uso de óculos de grau na infância, quando bem indicado pelo médico oftalmologista, é de suma importância para o desenvolvimento normal da criança. “Os pais devem compreender e explicar para os filhos que o não uso correto dos óculos prescritos pode causar, além de dores de cabeça, mau desempenho escolar e atraso no aprendizado”, afirma. É importante salientar também que graus mais altos não corrigidos podem causar o não completo desenvolvimento da visão. “A visão se desenvolve até os 8 a 10 anos de idade se não houver impedimentos para isso. Nos casos de estrabismo, o uso de óculos, quando necessário, faz parte do tratamento”, pontua. ADAPTAÇÃO
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Algumas dicas práticas podem facilitar a adaptação aos óculos na infância, como lentes endurecidas e hastes longas, para que as crianças pequenas não arranquem os óculos do rosto. As hastes devem ainda envolver as orelhas ou até possuir fita ou elástico atrás da cabeça para prender a armação, de acordo com a necessidade. A criança deve, junto com os pais, escolher uma armação de óculos adequada, considerando tamanho, encaixe no rosto, conforto e beleza, pois se não gostar da armação, será mais difícil convencê-lo a usar. A escola também deve ser informada sobre a necessidade do uso dos óculos. “Os professores podem ajudar a criança a aceitar seus óculos e ser respeitada pelos coleguinhas”, destaca. CONJUNTIVITE Ainda no ambiente escolar, ou-
tro problema de visão que merece atenção é a conjuntivite. “Se a criança amanhece repentinamente com os olhos grudados, inchados e vermelhos, pode ser portador de conjuntivite infecciosa e só após consulta médica os pais saberão como proceder. O oftalmologista indicará se deverá ficar afastada da escola para evitar transmissão ou não”, esclarece. PREVENÇÃO DE ACIDENTES Além da atenção dos pais com os problemas mencionados, Luciana reforça que os cuidados para evitar traumatismos oculares, como perfurações ou queimaduras, também são importantíssimos na prevenção da cegueira infantil. Por isso, é imprescindível a participação de pais e cuidadores na criação de ambientes mais seguros para as crianças, pois a maioria dos acidentes acontece no ambiente doméstico.
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Maquiagem na infância
Camila Falcão Publicitária, jornalista e blogueira www.camillafalcao.com
A maquiagem chegou às crianças. Como sabemos boa parte do aprendizado infantil se dá por imitação. Portanto, é super natural a menina se espelhar na mãe e repetir seu comportamento: se interessar por maquiagem, usar seus batons e sombras, calçar seus saltos altos, colocar seus brincos e colares. Sempre de forma lúdica e sem nenhuma preocupação com sua imagem pessoal. O que era uma mera atitude infantil de “brincar de ser gente grande”, hoje em dia deixa o Brasil nos primeiros lugares dos países que mais vendem cosméticos especializados para o público infantil. A criança acha sua imagem mais importante do que viver a vida de criança, quando vai para a escola ou a um passeio parece mais um mini adulto. O interesse cada vez mais precoce se deve tanto à cultura da moda, ao incentivo dos pais e à mídia que cria cada dia produtos mais chamativos, com embalagens e propagandas que deixam os pequenos fascinados. Menina-mulher não é legal (ao menos em minha opinião). O uso muito cedo da maquiagem pode fazer com que a criança só se sinta bem se estiver com a maquiagem. 32
Para ela, estar na moda é a melhor maneira de estar bonita, havendo o risco de erotização precoce. Além de queimar etapas na infância e estimular o desenvolvimento precoce da sexualidade, o uso da maquiagem pode provocar reações alérgicas, pois a pele da criança é mais fina e sensível que a de um adulto. Especialistas alertam os riscos do uso prematuro da maquiagem. Os dermatologistas explicam que a pele das crianças é mais sensível e por isso absorve em maior quantidade as substâncias contidas nela, podendo causar alergias. Mesmo que a alergia não apareça de imediato, com o passar do tempo, a pele da criança absorve essas substâncias e, consequentemente, as alergias podem aparecer até com produtos que não tenham nada com a maquiagem, como uma tinta de caneta que contém substâncias em comum. Geralmente, produtos de maquiagem específicos para crianças não contêm substâncias “pesadas”. O risco é quando a mãe empresta à filha seus produtos, o que acontece na maioria das vezes. O melhor é usar produtos aprovados pela Anvisa (Agência Na-
cional de Vigilância Sanitária), específica para o público infantil. Uma maquiagem infantil boa é aquela que sai mais facilmente (com água), diferente das feitas para adultos. Mesmo a maquiagem infantil deve ser usada com moderação. Alguns produtos têm até o gosto ruim, justamente para que as crianças não levem à boca. A infância passa tão rápida, porque tantas mães querem “pular” essa fase tão gostosa? Vamos deixar a criança simplesmente com cara e pele de criança.
Dicas
A idade mínima para que a criança comece a se pintar deve ser sempre aquela em que tenha discernimento para evitar passar o produto dentro dos olhos ou da boca, ou seja, a partir de seus quatro anos de idade. “A região dos olhos é particularmente sensível, não é proibida, mas deve ser evitada nas crianças com tendências alérgicas. E na hora de retirá-las usar sempre um demaquilante, também hipoalergênico, evitar produtos alcoólicos e com muito perfume e dar preferência às tintas a base de água que saem com água e com sabonete neutro.”
“O uso muito cedo da maquiagem pode fazer com que a criança só se sinta bem se estiver com a maquiagem.”
“A pele das crianças é mais sensível e por isso absorve em maior quantidade as substâncias contidas nela, podendo causar alergias.”
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Como é a síndrome do pânico? A síndrome do pânico é um transtorno psicológico caracterizado pela ocorrência inesperada de crises de pânico e por sensações ansiosas de ter novas crises. A crise de pânico é um período de intensa ansiedade, com inicio súbito e sensação de catástrofe iminente. Os sintomas aparecem repentinamente e duram minutos, mas para quem os sente parece uma eternidade, entre esses sintomas estão: taquicardia, falta de ar, dor, formigamento, tremores, náuseas, boca seca, sensação de iminência de morte, entre outros. Cada crise de pânico é única, umas com mais sintomas, outras menos, mas todas geram pensamentos catastróficos, como sentimento de perda de controle, desmaios ou morte. É importante ressaltar que as crises de pânico se iniciam com o disparo de uma reação de ansiedade, que logo ativa um medo em relação à sensação que a pessoa sente frente às reações que desencadeiam em seu corpo. E com isso a pessoa costuma viver na expectativa de ter uma nova crise. Neste momento a psicologia entra para ajudar a pessoa a sair dessas sensações de ansiedade antecipatória, pois muitos evitam certas situações cotidianas, restringem suas vidas com medo de vir a acontecer uma nova crise. O Transtorno de Pânico é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) constando da classificação internacional de doenças (CID 10), na classe dos Transtornos Mentais. E aparece no DSM IV-R (DIAGNOSTIC AND STATISTICAL OF MENTAL DISORDERS, 4rd Edition Revised) da Associação Americana de Psiquiatria. Assim, a síndrome do pânico é uma patologia e precisa ser tratada para que a pessoa volte a ter uma vida saudável.
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Atrizes falam sobre carreira e infância O interesse pela carreira artística não tem idade para surgir e não é a toa que muitas crianças alimentam esse sonho desde muito pequenas se projetando como cantores, modelos, atores ou atrizes. Inspiração não falta e nesta edição a revista Vida bebê traz entrevistas com as atrizes mirins Júlia Gomes e Marcella Ramalho, que compartilharam um pouco do universo da fama e da vida pessoal com nossos leitores. Ambas garantem que é possível vi-
venciar as alegrias da infância, sem abrir mão do trabalho e dos estudos, além dos momentos em família. Júlia Gomes interpretou mais recentemente a personagem “Elisa”, em Amor Eterno Amor. No próximo trabalho, a atriz participará do elenco de Chiquititas, onde vai interpretar Marian. Já o último trabalho de Marcella Ramalho foi na novela Sangue Bom, em que fez dois papeis: a versão infantil da personagem de Sophie Charlotte, a Amora, e Mayara, sobrinha de Amora. Foto Arquivo pessoal
A seguir, saberemos um pouco mais do dia a dia dessas lindas e dedicadas atrizes, mas acima de tudo crianças.
Julia Gomes Vida bebê - Como foi o despertar da sua vocação artística? Júlia Gomes - Eu comecei minha carreira artística fazendo campanhas publicitárias quando eu tinha um aninho. Já adorava as câmeras desde pequenininha. Com três anos iniciei um curso de musicalização infantil e teatro. Eu sempre gostei de ir a peças infantis. Aos seis anos passei no meu primeiro teste para um musical e nunca mais parei. Vida bebê - No seu dia a dia, como se divide como atriz, aluna e criança? Júlia Gomes - Para mim é natural estudar e trabalhar. Eu me divirto na escola na hora do intervalo e no trabalho é a mesma coisa. Quando tem uma pausa, paro para me divertir jogando stop com meus colegas de elenco ou brincando no ipad ou ds. Eu estudo de manhã todos os dias e o trabalho é na parte da tarde. E sou criança sempre! Vida bebê - Como concilia a agenda de trabalho sem desperdiçar
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os preciosos momentos de brincadeiras, de lazer com a família e a necessidade de estudar e se preparar nos períodos de provas? Júlia Gomes - Eu estudo em uma escola construtivista, então sou avaliada diariamente. Estudo todos os dias de manhã e na escola presto bastante atenção nas aulas para me sair bem nos deveres. Eu escolhi trabalhar. É isso que me faz feliz e tenho sorte de ter minha família me apoiando e sempre perto de mim. Eu tenho momentos para brincar todos os dias e quando tenho folga faço passeios com minha família, adoro visitar meus bisavós, os vejo toda semana e, se eu não consigo ir a
casa deles, eles veem até a minha. Vida bebê - Quais seus cuidados para se manter sempre linda? Júlia Gomes - Tenho uma mãe dedicada que sempre cuida de mim e eu me alimento bem. Na minha bolsa sempre tem uma maçã ou uma barrinha de cereal e também levo sempre comigo uma garrafinha de água. Procuro me alimentar a cada três horas. Adoro salada, verduras e frutas. Vida bebê - É possível distinguir fãs e amigos? Júlia Gomes - Sim. Mas algumas fãs são tão presentes no meu dia a dia que se tornaram amigas. Vida bebê - Seguir a vida artística quando se tornar adulta é um
sonho ou você tem outros planos profissionais? Júlia Gomes - Não me imagino fazendo outra coisa na vida. Não vejo isso como um sonho. Acho que vou crescer atuando e cantando. Vida bebê - Qual a mensagem que você deixa para os fãs e para nossos leitores? Júlia Gomes - Quero agradecer o carinho dos meus fãs. Eu fico muito feliz quando recebo cartinhas e mensagens de que estão gostando do meu trabalho. Fiquem ligados nas minhas redes sociais que vai ter muitas novidades e nunca desistam dos seus sonhos! Me sigam no Instagram: Julinhagomes. Beijinhos
Marcela Ramalho
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Foto Arquivo pessoal
Vida bebê - Como foi o despertar da sua vocação artística? Marcella Ramalho - Com sete anos eu mesma demonstrei interesse e pedi a minha mãe. Queria muito desfilar e fazer propagandas. Depois de agenciada, não parei mais e participei de muitos testes e muitos trabalhos de publicidade. Com a mudança da minha família para o Rio de Janeiro, veio junto também o meu primeiro teste para novela Sangue Bom e fui aprovada. Fiquei muito feliz! Quero fazer isso para sempre. Gosto muito de atuar. É muito legal! Vida bebê - No seu dia a dia, como se divide como atriz, aluna e criança? Marcella Ramalho - E tudo muito tranquilo, pois estudo de manhã e gravo à tarde, após o horário da escola. Faço ainda aulas de inglês, violão e dança. Nos meus momentos de lazer, gosto muito de estar
com meus amigos e família, tocar violão, escutar música, jogar videogame e dançar. Vida bebê - Como concilia a agenda de trabalho sem desperdiçar os preciosos momentos de brincadeiras, de lazer com a família e a necessidade de estudar e se preparar nos períodos de provas? Marcella Ramalho - Minha família sempre priorizou os meus estudos, administrando com responsabilidade todos os meus trabalhos e momentos de lazer. Vida bebê - Quais seus cuidados para se manter sempre linda? Marcella Ramalho - Sou criança. Apenas gosto de estar com rou-
pas confortáveis. Vida bebê - É possível distinguir fãs e amigos? Marcella Ramalho - Acontece naturalmente, sem problemas. Adoro receber o carinho dos fãs nas ruas e nas redes sociais. Leio os recadinhos e tento responder a todos, na medida do possível. Quando alguém me reconhece, fico feliz, pois é sinal que meu trabalho já está sendo reconhecido. Vida bebê - Seguir a vida artística quando se tornar adulta é um sonho ou você tem outros planos profissionais? Marcella Ramalho - Eu gosto de ver minhas cenas e tento ver
onde eu acho que poderia fazer melhor, onde foi a parte que eu mais gostei, etc. É mesmo um sonho realizado! Não sinto cansaço, pois não vejo as gravações, fotos e desfiles como um trabalho. Eu me divirto desfilando, fotografando e atuando. Pra mim é como se fosse uma brincadeira e estou sempre cercada de pessoas queridas, que gosto de estar perto. Tenho vontade de continuar atuando e estudando interpretação, além de continuar realizando meus trabalhos de publicidade. Agradeço a Deus, minha família, fãs e amigos pela saúde, apoio e imenso carinho! Muito obrigada!
Foto Demétrio Razzo
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Guia de Verão: Cuidados com as crianças
Dra Angela Fugita CRM - SP 29366 Pediatra
Calor, férias e muita diversão. Essa mistura combina, é claro, com diversos tipos de passeios, além de inúmeras brincadeiras ao ar livre na piscina ou na praia. Para que as férias deixem apenas boas lembranças para toda família, alguns cuidados com a saúde e com a segurança das crianças são fundamentais. O aviso é da pediatra Ângela Fujita. Seja qual for o ambiente de curtição da garotada, no parque, no clube ou em casa, a médica enfatiza que principalmente nesta época precisamos incentivar os pequenos a ingerir muita água e sucos naturais. “As crianças gastam horas com brincadeiras e esquecem se hidratar”, observa. PISCINA Para quem tem piscina em casa é sempre oportuno lembrar de mantê-la limpa, com cloro e pH adequados. Mas, se aparecerem lesões na pele ou conjuntivite após seu uso, é necessária a reavaliação dos produtos utilizados. A pediatra recomenda que, se surgirem alguns incômodos nos olhos, lave-os bem com água do filtro fervida, muitas vezes ao dia. “Mas, se continuarem irritados, com secreção e coceira, é melhor procurar um profissional da área para fazer uma avaliação e um tratamento adequado”, aconselha. Na pele há várias lesões que podem aparecer nesta época, desde àquelas mais avermelhadas simples até as que apresentam erupções. “Procure usar um sabonete neutro de glicerina, lavar bem os pés e enxugar bem entre os dedos para não deixar umidade, onde podem se alojar fungos e provocar até mesmo uma micose”, orienta. 46
Se eventualmente surgirem lesões que coçam ou ardem entre os dedos, lave bem com água e sabonete neutro e procure um médico para receitar uma medicação específica. SEGURANÇA Além dos cuidados com saúde, a pediatra reforça que o ambiente da piscina também exige atenção redobrada com a segurança da garotada. “É sempre válido lembrar: nunca deixe crianças sozinhas na piscina. Desde as pequenas, mesmo em piscinas infláveis, até as crianças maiores, em piscinas normais estão sujeitas a acidentes”, avisa. O risco de ocorrem quedas, tropeções ou mal estar dentro da piscina exigem que o adulto fique de olho o tempo todo nas crianças, inclusive naquelas que sabem nadar ou que esteja usando boias. “Se a criança cair com o rosto na água e não conseguir se levantar, bastam dez centímetros de profundidade de água para se afogar”, explica. Caso isso ocorra, limpe bem as vias aéreas, boca e nariz, vire a criança de bruços e imediatamente faça manobras para retirar o excesso de água. Se necessário, faça a respiração boca-a-boca com massagem cardíaca e chame um grupo especializado em salvamento. ALIMENTOS As altas temperaturas demandam também cuidados extras com a alimentação. É comum em muitas residências a preparação da refeição para o almoço com uma quantidade suficiente para o jantar. “Por isso, no momento em que os alimentos estiverem prontos, já separe as porções e coloque-as de imediato na geladeira para esfriar, acon-
dicionados em recipientes próprios, como aqueles de plástico”, aconselha. A pediatra também alerta sobre os alimentos que estragam rapidamente, como leite, peixes, frutos do mar, carne de porco, ovo e maionese. Eles devem ser sempre mantidos sob refrigeração e consumidos de imediato. “Não queira reaproveitar os alimentos que sejam suspeitos. Eles podem estar em início de decomposição e o sabor, com muito tempero, e a boa aparência, podem esconder um alimento estragado. É melhor descarta-los quando tiver dúvidas do que correr o risco de contaminar a família toda”, completa. Muitas viroses típicas desta época do ano são provocadas pelo consumo de alimentos estragados. Além disso, nunca é demais lembrar dos hábitos básicos de higiene: lave bem as mãos, os ovos, as frutas, as verduras e coloque-as de molho por uma hora em um recipiente com água e cloro. Existem no mercado produtos próprios para esta finalidade. Em geral, bastam cinco gotas para um litro de água. AR CONDICIONADO Mesmo nos dias mais quentes, cuidado com a temperatura do ar condicionado. Para as crianças, este deve ser mantido sob a temperatura de 25º C em média. “Lembre-se que o ar condicionado resseca o ar ambiente, a pele e a mucosa. Não fique tempos longos expostos aos seus efeitos”, orienta. PRAIA Se a programação de férias da sua facontinua
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mília inclui praia, leve água e alimentos como bolachas sem recheio, biscoitos ou frutas para o consumo durante a viagem, pois se tiver algum engarrafamento, estarão preparados para a espera que pode ser longa. Quando chegar, certifique-se que o seu guarda-sol não está próximo de saídas de esgoto (aquela água que fica escorrendo pela areia, muito comum em nossas praias). Leve protetor solar acima de 50 FPS para as crianças e use em abundância nas áreas que vão ficar expostas. “Repita este procedimento a cada três horas ou quando retornarem da água. Não exponha sua família ao sol. Lesões de queimaduras solares podem desencadear câncer de pele no futuro”, pontua. Os horários mais adequados para ir à praia é pela manhã até às 11 horas, e à tarde, após às 17 horas. “Não leve sucos de frutas cítricas para as crianças ingerirem na praia, pois provocam queimaduras na pele. Tome cuidado ao prepararem bebidas com limão ou
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outras frutas como abacaxi, laranja ou manga. O resíduo deste ácido pode provocar queimaduras”, enfatiza. Mesmo que sua família ficar sob a proteção do guarda-sol, não deixe as crianças pequenas ficarem “fritando”, pois essa, segundo a médica, é a fórmula da desidratação e da insolação. “Mesmo embaixo das barracas, a areia reflete os raios solares e os potencializa. Procure levar as crianças pequenas no horário adequado e mantenha os mesmos horários dos hábitos alimentares e de sono, no mesmo ritmo que é adotado em sua casa”. Dê vários banhos apenas com água para refrescar as crianças e, para evitar lesões de pele, use muito amido de milho nas dobras das pernas e dos braços, pescoço e após as trocas de fraldas. Se apresentarem vômitos ou diarreia, procure um serviço médico. Só um profissional da saúde pode avaliar se a criança está ou não desidratada. “A desidratação em crianças provoca uma
alteração metabólica, que pode levar ao choque e até à morte”, enfatiza. OUTRAS DICAS Também com o calor aparecem muitos insetos. Por isso, proteja sua residência com uma dedetização prévia, retire os pratos dos vasos de plantas e corte as flores que possam armazenar água e se tornarem criadouros de pernilongos. Use loção para proteger a pele exposta a picada destes insetos, mas lembre-se de que crianças menores de seis meses não podem utilizar estes produtos. Quando usar repelentes, não se esqueça de passar também nas orelhas. Roupas leves, de algodão e de preferência claras, tênis com meias de algodão para praticar esportes ou chinelos de borracha para ir à praia completam a lista de conselhos valiosos da especialista, que conclui: “Muita água! Muita alegria! Esta é a receita para aproveitarmos bem esta época do ano”.
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Fotos: Arquivo Pessoal
Retratinhos Bianca Falcão Brito Reis
Bianca Mello de Oliveira
Théo Marques Oliveira Samuel de Paula Braga
Enzo Fujii Jaber
Caderno Especial Ano II no. 6
Direito
Denegrir imagem do ex-cônjuge para o filho pode causar punição
Mara Lima
Cantora fala de seu trabalho e ministério com crianças.
Saúde
Conheça mais sobre os contraceptivos de longa duração
Comportamento
Dicas preciosas para não desistir de sua meta para emagrecer 53
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Mara Lima - dedicação às crianças Mara Lima Cantora
A paranaense Mara Lima construiu ao longo de seus 30 anos de carreira um ministério respeitado, sólido e reconhecido no meio cristão e secular. Atualmente, além de cantora, Mara também é Deputada Estadual. Mara tem hoje 38 álbuns gravados e dois DVDs. O reconhecimento de seu trabalho resultou em milhões de discos vendidos ao longo de sua carreira, tanto sucesso lhe renderam diversos discos de ouro, platina, duplo de platina, triplo de platina. Seu penúltimo trabalho “Presença de Deus” lhe rendeu um Disco Triplo de Platina, as vendas do álbum passam 300.000 cópias e mesmo após quatro anos do lançamento do álbum suas vendas continuam fortes. Sempre com a dedicação de uma profissional que deseja realizar o melhor para Deus e para seu público, a cantora lançou no início de 2013 o vídeo clipe de “Vou Tocar o Céu” a música titulo do novo CD e prepara um DVD comemorativo aos seus 30 anos de carreira e lançará para o Natal seu 2º DVD infantil. Mãe, esposa, avó, empresária, deputada e também muito dedicada ao seu ministério infantil, a cantora Mara Lima cedeu uma entrevis56
ta exclusiva para a Revista Vida bebê, contando um pouco sobre seu trabalho com as crianças e como surgiu todo esse carinho e dedicação pelos pequeninos.
de Deus. Além disso, atinjo como cantora várias gerações, desde crianças a idosos, os pequenos amam minhas músicas e cantam mesmo sendo para o público adulto e como as letras são mais Como aconteceu o inicio da criação difíceis para eles, também, quis do Ministério infantil e por quê? fazer um projeto exclusivo para O ministério com crianças está no os pequeninos. meu coração há muitos anos. Já viajei o Brasil todo e muitos outros pa- Como é feita a escolha de reperíses, e vi a "deficiência" de material, tório? enfim, conteúdo voltado para o pú- Além de ensinar coisas comuns blico infantil cristão. Vemos o meio como respeitar as pessoas, cosecular lançando materiais todos mer bem, lavar as mãos, tomar os dias para os pequenos e no meio banho, honrar os pais e a orar. gospel poucos pensam e desejam Procuro fazer letras fáceis de deatingir esse publico. Pensamos em corar e cantar justamente para um trabalho voltado à educação cris- os pequenos aprenderem fácil. tã, músicas que ensinam a respeitar Também gosto de regravar canos pais, amiguinhos, aos mais velhos. ções antigas e que fizeram parte Músicas que ajudam a dividir e da vida dos pais dessas crianças compartilhar de momentos e ex- que ouvem hoje. Músicas com periências. A viver com as diferen- muito sentimento e melodia e ças sabendo sempre respeitar a que muitas vezes ficam esquecitodos, independente de religião, das. Por exemplo: regravei "Se raça ou posição social. eu fosse um elefante" "Senhor põe um anjo aqui", "O Sabão" e Qual o propósito do trabalho infantil? muitas outras. Atingir nossas crianças com a palavra de Deus, ensinar o bom ca- Dos seis CDs lançados para as minho, serem honestas, respeitar crianças, tem algum que tenha os pais, respeitar os animais, en- um significado especial? fim, ensiná-las a ter carácter, cida- O primeiro é muito especial, é dania e serem meninos e meninas claro, porque marcou o início des-
se projeto. Mas o mais recente "Mara Lima & Seus Amiguinhos vol. 6" também é muito especial pois teve a participação dos meus três netinhos, Gabriel (10), Sarah Victória (4) e Lucas (3).
DVD infantil, todo feito em 2D e 3D, com muita música e diversão para a garotada. Vem muita coisa boa por aí.
Deixe um recadinho para nossos leitores. Quais os novos projetos? Gostaria primeiramente de agraEstamos finalizando meu novo decer a todos pelo carinho, a
Revista Vida bebê por abrir este espaço para mim e meu trabalho, a todos os leitores, amigos e fãs que me acompanham sempre, que Deus abençoe a todos vocês, que tenham um Natal maravilhoso de muitas alegrias e um 2014 repleto de muita saúde, amor e paz.
Foto arquivo pessoal
Mara Lima com seus netos Gabriel, Lucas (colo) e Sarah Victoria
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Contraceptivos de longa duração Dr. Marco Antonio Lopes CRM 85916 Ginecologista e Obstetra Apesar da indústria farmacêutica dispor de diversos tipos de pílulas contraceptivas convencionais, que permitem o ciclo menstrual normal, é crescente a busca por métodos de longa duração, principalmente por mulheres que não planejam engravidar nos próximos anos ou que não desejam ter filhos, mas não querem ser submetidas aos procedimentos irreversíveis. O ginecologista e obstetra Marco Antônio Lopes Lima esclarece que os procedimentos médicos irreversíveis exigem muita segurança na decisão e envolvem técnicas cirúrgicas, o que assusta um pouco algumas pacientes. Já os métodos de longa duração trazem como principais aspectos positivos a comodidade e a segurança, além de proporcionarem o alívio para alguns sintomas que possam estar associados à menstruação, como a Tensão Pré Menstrual (TPM) e a dismenorreia, que
é cólica menstrual acompanhada de outros incômodos que dificultam a realização das atividades habituais da paciente. “Como a maioria dos métodos contraceptivos de longa duração levam à amenorreia, que é a ausência de menstruação, acabam por afastar esses incômodos”, explica. Além de evitar a gravidez, os métodos de longa duração podem ser uma alternativa mais viável para aquelas mulheres que se esquecem de tomar a pílula diariamente. CONTROLE DO SANGRAMENTO Outro aspecto benéfico é a possibilidade de diminuição dos sangramentos menstruais abundantes. Isso ocorre, de acordo com o especialista, porque suas fórmulas são à base de progesterona. “Esse hormônio isolado causa uma diminuição do endométrio (camada interna do útero que descama na menstruação), levando a
uma diminuição do fluxo menstrual ou até a ausência da menstruação, na maioria dos casos”, esclarece. Outro fator relevante, que ajuda explicar a preferência por esses contraceptivos, é que esses métodos são utilizados algumas vezes no tratamento de patologias como miomas uterinos e a endometriose. PERFIL Com tantos papeis assumidos pelas mulheres na sociedade contemporânea, traçar o perfil daquelas que recorrem aos contraceptivos de longa duração é difícil, mas, em geral, o público é constituído de pacientes com rotina acelerada, com compromissos diversos no trabalho, além de exercerem suas atribuições como donas de casa, esposas e mães. “São mulheres que normalmente não gostam de menstruar e, portanto, se mais se adequam ao método”, pontua. continua
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Mulheres no pós-parto acabam optando também por esses métodos com mais facilidade, além daquelas que se encontram na peri menopausa, que é o tempo de oscilações hormonais em torno da menopausa, tanto os anos que antecedem a ela quanto o primeiro ano e depois. TIPOS MAIS COMUNS Atualmente são considerados três principais tipos de métodos de longa duração: o DIU de cobre, o SIU hormonal e o implante subcutâneo. O DIU de cobre, segundo ele, é considerado uma barreira e tem validade de dez anos. Os índices de eficácia são inferiores aos das pílulas anticoncepcionais. O SIU hormonal também é considerado um método de barreira, mas tem progesterona em sua formulação. Tem uma validade
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bem inferior, de cinco anos. O SIU, sistema intrauterino, também conhecido é como DIU hormonal, é um dispositivo em formato cilíndrico colocado no útero que dificulta a movimentação dos espermatozoides e inibe o crescimento do endométrio. Este método não substitui o preservativo, pois não previne contra doenças sexualmente transmissíveis. O implante transdérmico também tem progesterona em sua composição e tem duração aceitável de três anos. COMO ESCOLHER De acordo com o ginecologista, não existem critérios estabelecidos que para a definição do método mais indicado para cada mulher. “Na escolha do método deve-se individualizar cada caso, cada queixa
ou necessidade”, declara. É preciso ponderar ainda que há casos em que os contraceptivos de longa duração podem não significar, necessariamente, a melhor indicação. “Em um primeiro momento, não existe contraindicação. Deve-se evitar a indicação dos métodos contraceptivos de longa duração para pacientes que nunca tiveram uma gravidez, uma vez que eles causam uma atrofia do endométrio, o que pode comprometer o futuro obstétrico da paciente. Nesses casos devem-se dosar bem os riscos e os benefícios”, conclui. Do ponto de vista econômico, se for observado o tempo em que esses métodos têm de ação, com durabilidade de três, cinco ou dez anos, podem ser considerados mais vantajosos em relação aos convencionais.
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Alienação Parental Dra. Marcelli Penedo Delgado Gomes Defensora Pública
O rompimento dos laços matrimoniais muitas vezes vem acompanhado de uma conduta do casal que pode tornar a separação mais dolorosa para as famílias com crianças: a alienação parental, ou seja, falar mal do ex-cônjuge para o próprio filho denegrindo, dessa forma, a imagem paterna ou materna. Segundo a defensora pública Marcelli Penedo Delgado Gomes, a expressão Síndrome de Alienação Parental (SAP) foi elaborada nos Estados Unidos, em 1985, por Richard Gardner, professor do departamento de psiquiatria infantil da Faculdade de Columbia. Tecnicamente, trata-se de um distúrbio que aflige crianças e adolescentes vítimas da interferência psicológica indevida realizada por um familiar com o objetivo de fazer com que rejeite um dos genitores. Ela explica que normalmente a alienação parental ocorre quando, após a separação do casal, um dos parceiros não consegue assimilar adequadamente a ruptura conjugal, o que pode desencadear o sentimento de rejeição e provocar, por sua vez, o desejo de vingança. “De62
sencadeia um processo de destruição, de desmoralização e de descrédito do ex-cônjuge. Nestas situações, o filho é usado como instrumento da agressividade, podendo ser levado até a odiar o outro genitor e a rejeitá-lo. Trata-se de verdadeira campanha de desmoralização”, explica. Ela acrescenta que o filho, que ama o seu genitor, é levado muitas vezes a afastar-se dele, que também o ama. Essa situação dolorosa causa uma contradição de sentimentos e destruição do vínculo entre ambos. “Se visualizando até na condição de ‘órfão’ do genitor, a criança alienada acaba identificando-se com o genitor patológico, passando a aceitar como verdadeiro tudo
que lhe é dito”, esclarece. Marcelli também afirma que a criança passa por uma crise de lealdade, pois a lealdade para com um dos pais implica deslealdade para com o outro, tudo isso somado ao medo de abandono. “Posteriormente isso tudo pode acarretar num sentimento de culpa, quando na fase adulta, o filho constatar que foi cúmplice de uma grande injustiça”, alerta. Diante de tantas consequências graves para a vida emocional do filho, a defensora afirma que a alienação parental consiste em uma verdadeira forma de abuso que compromete também o sadio
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“A alienação parental consiste em uma verdadeira forma de abuso que compromete também o sadio desenvolvimento de uma criança ou de um adolescente.”
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desenvolvimento de uma criança ências jurídicas da síndrome da alieou de um adolescente. nação parental. Para efeitos da lei, são considerados atos passíveis de LEI punição a promoção de campanha Devido aos riscos e da necessi- de desqualificação, a imposição de dade de coibir e até punir essa dificuldades para o exercício da auprática, há três anos passou a vi- toridade parental, a omissão das gorar em todo território brasilei- informações pessoais relevantes, ro a Lei Federal 12.317, em vigor a apresentação de falsa denúncia desde agosto de 2010. para obstaculizar a convivência, a Ao longo desse período de vi- mudança do domicílio para local gência, a norma perfaz impor- distante, sem justificativa, entre tante passo contra a síndrome outras atitudes previstas. da alienação parental, já combatida em outros países, como nos PUNIÇÕES Estados Unidos, em que esta Se caracterizada a síndrome da alieconduta chega a ser considera- nação parental ou conduta que dida crime. ficulte a convivência paterno-filial, No Brasil, essa legislação traz o sem prejuízo da responsabilidade conceito, exemplos e as consequ- civil ou criminal do alienador, a au-
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toridade judicial poderá advertir o alienador, ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor vítima da alienação, multar o alienador, inverter a guarda ou alterá-la para o modelo compartilhado. O juiz pode até suspender o poder familiar. “A lei permite que o magistrado tome essas decisões de acordo com cada caso”, acrescenta. Com a abrangência da lei e à medida que seus efeitos se consolidam, a expectativa é que os atos de alienação parental passem a ser coibidos com mais seriedade. “Isso é fundamental, pois causam grave dano social, ferindo psicologicamente as crianças e adolescentes de forma muito séria”, conclui.
Emagrecimento A chegada do último mês do ano é sempre muito convidativa para fazermos aquele tradicional balanço e principalmente para traçarmos as metas que tanto almejamos para o ano que se aproxima. Algumas delas já foram definidas nos anos que se passaram, mas mesmo assim decidimos repeti-las. Se você cara leitora lembrou que entre o vai e vem de calendários o emagrecimento aparece de forma insistente como meta, pensou em um dos melhores exemplos afinal, quem de nós nunca desejou fazer as pazes com a balança em vários momentos de nossas vidas? O problema é que a mesma facilidade com que prometemos para
nós mesmas que perderemos alguns quilinhos, temos também para desistir deste objetivo. Entender esse comportamento talvez seja o primeiro passo para muda-lo. Será que não estamos ainda nos iludindo com fórmulas mágicas? Ou será que somos radicais de mais ao mergulhamos de cabeça em cada regime novo que surge? Desistimos facilmente após uma simples recaída aos pratos mais calóricos ou nos decepcionamos com a falta de resultados instantâneos que aguardávamos? SAÚDE Independentemente das causas
ou da quantidade de quilos que se deseja perder, é fundamental ter em mente que a saúde é na verdade o grande objetivo a ser almejado. A estética, cara leitora, se torna secundária e, por isso mesmo, não precisamos literalmente sofrer ao abrir mão de todos os alimentos que apreciamos ou até nos sentirmos fracas para ficar em forma, como ocorre com dietas mais extremas. Quem busca qualidade de vida deve almejar prioritariamente uma alimentação saudável e, se quereContinua
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mos resultados duradouros, inevitavelmente teremos que passar por uma reeducação alimentar. É importante lembrar que ao priorizarmos alimentos saudáveis em nosso cardápio, como frutas, verduras, legumes, carnes magras e alimentos integrais em nossas refeições não significa que ficaremos proibidos de ingerir outros produtos considerados vilões pelos mais radicais, como doces. Até o chocolate pode ser consumido, desde que respeitemos as quantidades consideradas moderadas. Se organizar no dia a dia para variar os alimentos saudáveis, procurar receitas e cardápios leves e ao mesmo tempo muito saborosos e surpreendentes também ajuda a manter uma alimentação mais equilibrada. E se de repente surgir aquele convite para uma festinha de aniversário ou uma pizza com os amigos, não se martirize! Vá ao evento, mas tenha moderação. E se por acaso exagerar, lembre-se que é possível compensar no dia seguinte. Se possível, não se pressione, se cobre um pouco menos e tente praticar alguma atividade física. Se pensar em desistir, desista dessa ideia e não de emagrecer afinal, além da necessidade de cuidar de sua própria saúde, lembre-se que você é exemplo para os seus filhos e todos que te cercam.
Expediente
10 dicas preciosas 1 – Tenha em mente que a saúde e a qualidade de vida devem ser os seus principais objetivos 2 – Não se iludam com fórmulas mágicas de emagrecimento 3 – Evite dietas radicais; prefira a reeducação alimentar 4 – Tenha paciência e busque resultados gradativos, porém duradouros 5 – Não desanimem se tiver uma recaída com pratos mais calóricos 6 – Se exagerou hoje, compense o excesso com uma alimentação mais leve amanhã 7 – Não desista se a perda de peso for inferior ao esperado; cada organismo tem seu ritmo 8 – Procure inserir uma atividade física na sua rotina, mesmo que seja uma caminhada 9 – Lembre-se que os alimentos saudáveis também são saborosos; pesquise deliciosos pratos que podem agradar o paladar sem comprometer o emagrecimento 10 – Pensou em desistir de sua meta? Desista dessa ideia e não de emagrecer. Cuide-se e seja um exemplo para todos os que te cercam!
Coordenação e edição Raquel Penedo Oliveira
Fotografia Inez Miranda Demétrio Razzo
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