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Edição de
Primavera
ANO III N. 14 Setembro 2012 R$ 6,90
Desenvolvimento Os primeiros passos do seu bebê
Educação Financeira Aprendendo a lidar com o dinheiro desde cedo
Carreira Maternidade desperta o olhar empreendedor
Pós-Parto Dieta saudável para a mamãe que amamenta
Entrevista exclusiva com Aline Barros A cantora fala sobre família e carreira com exclusividade para a Vida bebê
Colegio Portinari
Editorial “Mas é certo que a primavera chega. É certo que a
vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.” Cecilia Meirelles A natureza é perfeita, Deus é perfeito e a vida segue seu ritmo de crescimento. Nessa edição vamos falar da emoção do pai presente na hora do parto, hoje cada vez mais comum, também sobre a alimentação da mamãe que amamenta, os primeiros passos do bebê e seus cuidados, quando devemos começar a falar em dinheiro com nossos filhos, entre outros assuntos. Aproveitando esse clima de renovação e crescimento é com muita alegria que anuncio a chegada do Caderno Especial Vida Mulher. Um espaço com dicas de beleza, saúde, bem estar físico e emocional, comportamento, posturas e qualidade de vida. Através de profissionais cuidadosamente convidados buscamos respostas para dar mais vida aos nossos anos e mais anos a nossa vida! Aproveitem.
Raquel Penedo Oliveira Editora
Sumário Namoradinho de infância Vitrininha
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Editorial de Moda
amamenta
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Brinquedo seguro tem selo Educação financeira Depressão pós-parto
A dieta saudável da mamãe que
23 28
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O pai na hora do parto
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Aprendendo a andar
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Tirando as fraldas para dormir Fimose
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Cuidado com os cabelos
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Segurança em locais públicos
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Aline Barros abre o coração
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Empreendedorismo após a maternidade
57
74 78 82
Dicas de Saúde e Bem estar Incontinência Urinária
Capa Aline Barros com sua filha Maria Catherine
Foto: Rafael Kistenmacker 3
Namoradinhos de infância
Márcia Maria Toledo CRP 0640033 Psicóloga e Psicoterapeuta
De repente, no meio de uma mistura de fantasia e realidade, a criança surge com uma conversa bem típica da infância: o primeiro namoradinho ou namoradinha, normalmente proveniente do ambiente escolar. Segundo a psicóloga Márcia Maria Toledo, a criança, desde bebê, é apresentada ao mundo da imaginação e fantasia pelos pais e pessoas próximas a ela, começando pelas roupas, brinquedos, decoração do quarto de menino e menina. Em festas de primeiro aniversário, elas se tornam as princesas e eles viram os super heróis, como personagens de um mundo de fantasia. E todos eles, é bom lembrar, tem um parceiro ou parceira, como o Rei Leão, a Branca de Neve, a Smurfete, a Barbie e entre outros tantos. De acordo com a especialista, a criança vive esse universo de fantasia desde a primeira infância, até os três anos aproximadamente e, a partir dos quatro anos, fica mais fortemente marcados a brincadeira do faz de conta. “Nesta fase também, como ela está com desenvolvimento psicossocial mais relacionado aos amigos da escola, aquisições acadêmicas e já dissocia, de alguma forma, a realidade 4
de fantasia, é comum, viver a ‘realidade’ de seus personagens principais”, explica. Por isso pais, não se assustem quando aquela criança inocente chegar em casa da escolinha e falar do seu namoradinho ou namoradinha. A psicóloga explica que nesta fase do desenvolvimento, chamada de segunda infância, a criança também começa a discriminar a formação de gênero e por isso é tão comum indagarem sobre as diferenças entre meninos e meninas. “Mas apenas se tratam de diferenças anatômicas e de papéis desempenhados”, observa. MODELO Por isso, o papel dos pais como modelo é fundamental, principalmente neste período, que é de identificação com o genitor do mesmo sexo e suas principais qualidades, e defeitos também. E, como em geral todos tem seus namorados, a criança também terá. “Mas não se trata de nada preocupante, apenas uma reprodução do que a sociedade e a realidade apresentam. O problema se torna grave, quando a criança é exposta a cenas e situações que apresentem conteúdos mais ínti-
mos e relacionados à sexualidade”, alerta a psicóloga. Uma vez que ela ainda não desenvolveu capacidade de compreensão para tal, essas situações impróprias tornam-se uma violência em relação a sua inocência e desenvolvimento emocional. “Nesses casos, é comum observarmos a criança reproduzindo tais cenas nas brincadeiras de faz de conta. Portanto, os pais deveriam procurar observar quais informações chegam para seus filhos”, aconselha. Quanto à conduta a ser adotada quando surgem os primeiros namoradinhos ou namoradinhas, a especialista avisa: «Não há uma receita pronta”, resume. Apenas deve-se explicar aos filhos que existem namoros específicos para cada fase, ou seja, para crianças, o namoro é apenas para referir que se tem namorado, mas não há contato físico, como casais mais velhos, o papai e a mamãe, por exemplo. Dessa forma, não há motivos para mais preocupações ou necessidades de repressões. “E é bem verdade que crianças que não são expostas a cenas inadequadas para a idade, não terão modelos inadequados para reproduzir”, conclui.
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Vitrininha
Fotos: Demétrio Razzo
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Editorial gestante, bebĂŞ e infantil
Fotos: Inez Miranda
Brinquedo seguro tem selo Brinquedo é sinônimo de euforia para a garotada desde a hora da compra e é exatamente neste momento que os pais devem redobrar a atenção com a qualidade desses produtos. Com o objetivo de preservar a segurança e a saúde das crianças, todo brinquedo comercializado no Brasil deve ser certificado, independente de ser nacional ou importado. A certificação é obrigatória para faixa etária de até 14 anos. De acordo com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), a certificação de brinquedos é compulsória e visa evitar possíveis riscos que, mesmo não identificados pelo público, podem surgir no uso normal ou por consequência do uso indevido. As avaliações realizadas por organismos ligados ao órgão são determinadas de acordo com o tipo do brinquedo e baseadas na composição dos materiais utilizados, na avaliação da intenção do uso e na forma de uso do brinquedo pela criança.
Isso significa que brinquedos com selo foram submetidos aos principais testes de impacto, queda (quando verifica-se o possível surgimento de partes pequenas ou cortantes, pontas agudas ou algum mecanismo interno acessível à criança), mordida (visa descobrir se o brinquedo pode gerar partes pequenas, pontas perigosas ou partes cortantes quando arrancadas pela boca), tração (checa a possibilidade do surgimento de ponta perigosa e do risco da criança cair sobre esta ponta), químico (analisa a presença de, dentre outros elementos, metais pesados nocivos à saúde), inflamabilidade (testa se o produto entra em combustão rapidamente e se o fogo se espalha pelo corpo da criança, caso passe com o brinquedo perto do fogo) e ruído (avalia se o nível de ruído do brinquedo está dentro dos limites estabelecidos na legislação).
VISUALIZAÇÃO
O selo pode vir diretamente impres-
so, em etiqueta autoadesiva indelével na embalagem ou afixada ao próprio produto em etiquetas de pano, como no caso de pelúcias. Nos produtos que contém brinquedos como brindes, devem existir informações sobre sua certificação impressas na embalagem do produto. O Inmetro alerta que no mercado informal é frequente o número de casos de brinquedos falsificados. Por esse motivo, recomenda que, para a sua saúde e segurança, o consumidor deve comprar brinquedos em estabelecimentos comerciais legais (mercado formal) e, ainda, verificar se a embalagem não foi violada. Comprar para a faixa etária adequada à criança, ler as instruções e retirar o brinquedo da embalagem antes de entregar à criança (principalmente para aquelas com menos de três anos de idade) também proporcionam mais segurança neste momento tão divertido: brincar.
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Educação financeira desde cedo Andrea de Deus Economista e Pesquisadora
De várias cores, tamanhos e modelos, os cofrinhos podem se tornar verdadeiros aliados dos pais na hora de cumprirem uma missão que envolve toda a família: a educação financeira. Apesar dos avanços econômicos e da expansão do crédito nos últimos anos, o Brasil ainda não é um país que tradicionalmente proporciona esse aprendizado desde cedo. Portanto, essa tarefa tem que ser realizada em casa. De acordo com Andrea de Deus, economista e pesquisadora associada ao LabGeti (Laboratório de Gestão de Tecnologia e Inovação) do Departamento de Política Científica e Tecnológica da Unicamp, a criança é sempre capaz de entender o que os pais explicam desde que o ensinamento seja objetivo, claro e adequado à faixa etária. “A partir dos três anos a criança já começa a compreender o conceito de certo e o errado. É o momento adequado para que os pais iniciem a educação, a disciplina, o respeito e os limites, sobretudo os limites financeiros da família”, orienta. Segundo a pesquisadora, por volta dos cinco anos a criança já é capaz de reconhecer o dinheiro, as notas e as moedas. Aos pais, cabe começar a explicar o que precisa ser comprado para a família, para casa ou para os filhos mesmos.
Para isso, podem recorrer ao bom e velho cofrinho, oferecendo-o inclusive como forma de presente aos filhos. “Quando se quer comprar algo, deve-se ensinar a criança a perguntar: há dinheiro suficiente no momento?”, exemplifica. Andrea aconselha os pais a mostrarem o cofrinho aos filhos com frequência, contar junto o dinheiro, realizar a compra ou explicar que naquele momento não há ainda o valor suficiente. “O fato de não se ter o dinheiro não deve ser entendido como algo negativo,
mas aproveitado pelos pais como oportunidade para o aprendizado. Aguardar o momento certo e continuar enchendo o cofrinho pode ser muito divertido”, avisa. À medida que a criança cresce, as lições de matemática na escola também vão auxiliar e muito na educação financeira. Conforme o amadurecimento dos filhos, os pais já podem começar a expor a renda da família, despesas, reservas e ensinar o conceito de planejamento para organizar os gastos. Traçar metas também é um método valioso nesta fase, ou seja, Fotos: Demétrio Razzo
Débora e Levi Com incentivo e bom exemplo o filho aprende desde cedo a lidar com o dinheiro 23
se a criança quer um determinado brinquedo terá que exercitar a paciência para poupar e obter a quantia necessária. Dessa forma, se sentirá estimulada a pesquisar o preço quando for adquirir o que tanto deseja. MESADA A mesada é outra ferramenta de educação financeira, mas que deve ser utilizada para crianças maiores. Na opinião da economista, a faixa etária mais adequada é a partir dos dez anos. “É importante incentivar a criança a usar a mesada para engordar o seu cofrinho, para gastá-la nas férias, numa viagem ou na compra de algo mais caro”, exemplifica. Junto com a mesada, os pais devem sempre lembrar os filhos que seus irmãos têm pedidos e que o
atendimento de todos os desejos nos. “O padrão de consumo dos de toda a família pode ser muito pais, a disciplina e o bom exempesado no orçamento doméstico. plo devem ser condizentes com o que ensinam e exigem dos fiLIMITES lhos. Crianças são observadoras, Se na empolgação com os gas- inteligentes e não se convencem tos a mesada acabar antes da daquilo que não é verdadeiro”, hora, os pais devem ser capazes declara. de avaliar o melhor momento de Para a pesquisadora, adultos sem intervir. “Não colocar limites ao controle de suas contas pessoais, uso do dinheiro é não educar. Já que gastam demais e tentam osimpor limites demais pode frus- tentar padrão de consumo superior trar a criança. Conceder um em- a sua renda não são pessoas conspréstimo e descontar da próxima cientes dos seus limites financeiros. mesada é um bom caminho nes- Isso afeta outras dimensões da vida ses casos, mas deixe claro para e da convivência pessoal. a criança que ela está devendo Por isso, a economista acrescenta porque gastou além do que rece- que a educação financeira consbeu”, recomenda. tituiu apenas uma das importanAndrea enfatiza que a educação tes necessidades da formação de financeira é responsabilidade da um cidadão. “Educar dá trabalho, família, de onde deve partir os exige tempo e atenção. É preciso bons exemplos para os peque- amar”, completa.
Felipe e Levi A medida que cresce, a criança também começa a participar da matemática financeira da casa 24
Eu tive depressão pós-parto
depoimento
Viviane Cristina Batistella CRP 06/53569-4 Psicóloga Meu nome é Viviane, sou psicóloga e atuo como psicoterapeuta há mais de quinze anos. E há quase um ano e meio sou também a mãe do Arthur. Meu objetivo com este depoimento é o de alertar e desmistificar um assunto rodeado de tabus e falsos conceitos: a depressão pós-parto. Acredito que muitas de vocês já tenham lido sobre o assunto, principalmente hoje que temos o mundo disponível em nossas mãos. Difícil mesmo é falar de como, de fato, a depressão pósparto acomete mulheres de todas as idades em todo o mundo. A pergunta mais sem nexo que ouvi quando estava doente foi: -Mas você com depressão pósparto? Você é psicóloga! Como se médicos não adoecessem, e cirurgiões dentistas não tivessem dor de dente! Eu tive depressão pós-parto e é disso que quero falar com vocês. Acredito que contando minha história, eu possa ajudar muitas mulheres e muitas famílias a perceberem e conduzirem melhor o problema. Quero também lembrar que, ser psicóloga me ajudou a perceber o que eu tinha, mas não me isentou de adoecer e de sofrer. Somos humanos e cada vez mais temos que entender que esta condição implica sempre em am26
biguidades, seja de sentimentos ou de pensamentos. Por mais que a maternidade seja um momento repleto de alegrias, há que se ter consciência de que há muito mais do que o que vemos nos lindos comerciais de TV. Seu corpo muda, sua vida muda, sua mente muda, seus pensamentos mudam, e seus sentimentos também. Minha gestação foi tranquila e sem problemas físicos, porém, emocionalmente foi um pouco conturbado e intenso. Logo depois do parto, vieram problemas de ordem profissional e acredito que estes tenham também me deixado mais sensível, porém, essencialmente, a queda brusca de hormônios, associada à mudança radical das atividades da vida diária, me levaram a um estado de profundo desânimo e distorção da realidade. Via minha vida sem perspectiva nenhuma, não tinha forças físicas e mentais para levantar da cama. Cuidar do meu filho se tornou um fardo e eu não me sentia mais se-
gura sozinha. Ao ouvir meu filho chorar, queria correr, fugir e parecia que nunca mais eu seria feliz. Junto disso sentia uma culpa enorme por não estar “radiante” com a chegada do Arthur que foi muito desejado, esperado e planejado. Sentia-me impotente diante do choro dele, não sabia o que fazer e concluía que como mãe, eu havia fracassado. Comecei a ter muitos medos, muitas inseguranças e meus sentimentos eram confusos. Não queria visitas e meu cansaço físico e mental era imenso. Ao perceber meu estado pedi ajuda à minha família e à enfermeira que estava vindo para cuidar do meu filho, por quem tenho uma gratidão enorme. Acredito no poder da mente humana, não só por conta da minha profissão, mas por filosofia de vida eu me propus a sair dessa. Optei por tentar sem o uso de medicamentos. Iniciei o uso de vitaminas e fitoterápicos, sempre deixando claro o que eu
“Ter depressão pós-parto não significa que você ame menos ou não ame seu filho”.
sentia para mim mesma e para os que me cercavam. Falava, e acima de tudo, aceitava meu estado, minhas fraquezas, meus limites. Acredito que esconder e negar a realidade são sempre péssimas decisões. Procurei a todo o momento não me julgar e entender o que eu estava passando. Acredito que a maior dificuldade das mulheres que passam por este estado seja a culpa e a cobrança, tanto do meio quanto de si mesma. Os dias foram passando, tudo foi se encaixando e hoje estou seguindo minha vida normalmente. É possível enfrentar o problema e passar por ele, desde que se aceite. Negar nunca resolveu nada na vida de ninguém, e neste caso vale a regra.
tindo. Seus hormônios estão em desequilíbrio, isso altera a forma como você vê o mundo, as pessoas e as situações. Tudo vai passar, acredite; - Ter depressão pós-parto não significa que você ame menos ou não ame seu filho; - Procure ajuda de um psicólogo, ele pode ajudar a sair mais rápido
do estado depressivo. Quero finalizar lembrando que todos nós estamos sujeitos a tudo, viver é essencialmente experimentar momentos bons e ruins . Ser feliz faz parte da vida. Ao decidir ser mãe você escolheu ser feliz, apesar dos pesares. Nós, seres humanos fomos feitos para “dar certo”, este é o curso natural da vida!
informações IMPORTANTES - Segundo pesquisas a depressão pós-parto atinge aproximadamente 15% das mães de todo o mundo, porém acredita-se que este número seja bem maior; - Evite preocupar-se com isso durante a gravidez, somente após o parto, caso sinta-se deprimida, procure seu obstetra e conte a sua família seus sentimentos; - Aos familiares vai uma dica: procurem ficar atentos, entendam, não julguem e principalmente, apoiem; - A ingestão de antidepressivos é eficaz e ajuda muito, mas deve ser feita com acompanhamento médico especializado; - Tenha clareza dos seus limites físicos e emocionais, peça ajuda para quem lhe for mais próximo e confiável; - Não se culpe, você não é menos mãe por conta do que está sen27
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menor tempo possível. Para as crianças que continuam a sugar mesmo depois de alimentada, pode-se tocar a chupeta na região de seus lábios, deixar que ela a abocanhe e assim que começar a sugar deve-se puxá-la para trás várias vezes, para que sugue com mais força e se canse. Assim que ela parar a sucção devemos retirar a chupeta da boca. Evite o uso durante o dia enquanto a criança faz atividades como brincar e enquanto dorme. Para a chupeta não se tornar hábito, não de-
vemos associá-la com situações de conforto e desconforto, por exemplo, quando a criança cair, ou estiver com fome, não dê a chupeta para ela parar de chorar, pois assim ela pode associá-la com conforto, o que dificultará muito seu abandono. Fraldas não devem ser amarradas na chupeta, pois podem contribuir para o agravamento de flacidez dos músculos da face e provocar prejuízos para as arcadas dentárias. Lembrando ainda que a amamentação por período longo é a melhor maneira para se evitar o uso da chupeta.
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Chupeta - Modo de usar
Nos primeiros quatro meses de vida da criança a sucção é reflexa, pois este é um dos reflexos que vão garantir sua sobrevivência. Nesta fase tudo que chegar à boca vai desencadear sucção. Algumas crianças não demonstram necessidade de sugar chupeta, outras podem apresentar o reflexo de maneira mais exacerbada e continuam sugando mesmo estando sem fome. Neste caso a chupeta pode ser usada com alguns critérios e deve-se utilizá-la o
O Power Patle é um equipamento norte americano que promove vibrações, indicado para prática de atividade física e reabilitação, tornando-se um novo conceito em exercícios físicos. Voltado também para o fortalecimento muscular, o Power Plate difere das atividades convencionais, em que se utiliza a sobrecarga de pesos para resistência, e apenas utiliza o peso do próprio corpo. O sistema de vibração da placa promove aumento da gravidade e do peso corporal durante os exercícios, o que leva ao aumento da aceleração corporal gerando intensos estímulos de reflexo e contração muscular. São realizados diversos exercícios no equipamento, os quais são adaptados de acordo com o perfil de cada pessoa, sejam sedentárias ou atletas de alto
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Um novo conceito em exercícios físicos
rendimento, obesos, idosos ou Entre os benefícios promovidos pela prática do Power Plate estão: adolescentes. O treino exige concentração, cons- Ganho de força e de tônus muscular; - Melhora do equilíbrio e prevenção de quedas na terceira idade, - Aumento da densidade óssea no combate à osteoporose; - Redução de gordura corporal e visceral; - Aumento da circulação sanguínea, - Redução de celulite; - Redução da retenção de líquido; - Alívio de dores musculares; - Melhora do bem-estar e qualidade de vida; - Ótimos resultados em reabilitacientização da postura e da forma ção pós-trauma e lesões, em arcorreta em executar as posições du- trose, em fibromialgia, em dores rante os exercícios, evitando lesões crônicas, assim como em alterae sobrecargas, sendo assim, deve ções hormonais. ser orientado por um profissioDra. Luisa Crivelin Cavinatto nal qualificado. Crefito 131987 - F | Fisioterapeuta
Casa da Árvore
Novo espaço Mais bonito Pensando em você!
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A dieta da mamãe que amamenta Regina Alves CRN3 10.271 Nutricionista
Depois de nove meses de muitas alegrias, expectativas e também ganho de alguns quilinhos extras, muitas mulheres almejam fazer as pazes com a balança de forma precoce e até perigosa após o nascimento do bebê. De acordo com a nutricionista Regina Alves, especialista em Nutrição Clínica Preventiva, a dieta pós-parto para quem está acima do peso ideal deve ser restritiva em calorias, ou seja, com diminuição na quantidade e não da qualidade do cardápio. “As escolhas devem ser mais saudáveis, evitando-se alimentos industrializados e valorizando os mais naturais. É como se morássemos no campo e tivéssemos acesso somente a alimentos que a terra nos dá, como vegetais, frutas, ovos, aves, peixes e alimentos integrais”, afirma. A boa notícia para quem vai reduzir o consumo de calorias, desde que de forma equilibrada, é que não há nenhum tipo de risco de diminuição da qualidade e da quantidade do leite materno. “Não existe mulher com leite fraco ou ruim. Se ela respeitar o ritmo e o tempo do seu bebê, a cada mamada o cérebro terá o estimulo adequado para aumentar a produção do leite cada vez mais”, explica.
Fotos: Demétrio Razzo
Camila e Caio A ingestão de muito líquido, preferencialmente com poucas calorias, devem fazer parte da rotina
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CALORIAS Para as mamães que estão de bem com a balança, não é necessário elevar a quantidade de calorias ingeridas diariamente apenas porque estão amamentando. “Isso só é indicado se a mulher estiver abaixo do peso ideal ou emagrecendo demasiadamente. Então pode consumir cerca de 2.200 a 2.500 calorias ao dia”, aconselha. Caso contrário, o indicado é comer o necessário para suprir a fome fisiológica (até 2.000 calorias) e não o apetite psicológico. ALIMENTOS FUNDAMENTAIS Independente das questões relacionadas ao peso, alguns alimentos são essenciais no cardápio da mulher que amamenta. Segundo a nutricionista, as proteínas, vitaminas e sais minerais em geral,
especialmente o mineral cálcio, são fundamentais durante o aleitamento materno. Regina lembra que as proteínas são encontradas nas carnes (preferencialmente magras), em todos os tipos de feijões, no leite e seus derivados, os quais também são a principal fonte de cálcio. Quanto às vitaminas e minerais, essas podem ser encontradas principalmente nas frutas, vegetais e nos cereais integrais. Para aproveitar o gasto energético aumentado para a produção do leite materno e diminuir o peso adquirido durante a gestação, a mulher deve fazer três refeições completas ao dia, com café da manhã, almoço e jantar, além de pequenos lanches no meio da manhã e, no meio da tarde. Se preferir, uma hora antes de
dormir pode ainda ingerir frutas, leite, iogurte ou cereais integrais. BEBIDAS A nutricionista garante que, a princípio, não há alimentos proibidos para a mulher durante o aleitamento. Todos os alimentos ingeridos passam pelo processo digestivo onde são «desmontados» em suas partículas menores, absorvidos para o sangue materno, depositados nas reservas da mãe e só depois dessas etapas ocorre a formação do leite. “Esse leite terá a matéria prima ‘oferecida’ principalmente pelos estoques da mãe. Então o cuidado real deve ser em evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, fumo, drogas e medicamentos que têm a propriedade de absorção imediata após o uso”, recomenda.
Marcelo, Camila e Caio Mesa farta de vegetais estimula a alimentação saudável e equilibrada da mamãe e da família 34
O leite materno é o único alimento capaz de suprir sozinho as necessidades nos seis meses iniciais de vida
Mitos e verdades
Segundo Regina, o leite materno é o único alimento considerado com perfil 100% completo e capaz de suprir sozinho as necessidades nos seis meses iniciais da vida de um ser humano. “Nem mesmo a água, que também é tão importante na vida adulta, se faz necessária nesse período inicial”, afirma. Por esse motivo, a matéria prima utilizada na sua formação deve ser de primeira qualidade e a oferta deve ser variada e rica em líquidos pouco calóricos (água, água de coco, sucos de frutas cítricas diluídos em água), vitaminas, frutas, verduras, legumes, castanhas e cereais integrais, além das proteínas.
Ao contrário de muitas crenças populares, a nutricionista garante que nenhuma bebida alcoólica ajuda a aumentar o leite materno, nem mesmo a cerveja preta. “É mito”, assegura. Já a canjica pode auxiliar, assim como um copo de leite ou um pedaço de queijo magro devido à proteína e ao cálcio encontrado no leite de vaca. “Mas a canjica não deve ter leite condensado porque a caloria a mais iria atrapalhar e não ajudar”, alerta.
dicas
Muito líquido para a produção do leite materno
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Sugestão de Cardápio CAFÉ DA MANHÃ Leite desnatado + 2 fatias pão integral com queijo branco + fruta qualquer de tamanho médio. LANCHE DA MANHÃ Fruta ou iogurte com até 60 calorias . ALMOÇO Salada mista de abobrinha, com cenoura, vagem, ou qualquer outro “legume”. Temperada com pouco sal, azeite sem exagero, pois apesar de saudável também tem calorias e limão que contem vitamina C que auxilia na absorção do ferro da refeição. Arroz integral com feijão (pode
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ser substituído por ervilha, lentilha, grão de bico, soja, etc.). Picadinho de carne ou filé de frango ou peixe grelhado ou empanados e assados no forno. LANCHE DA TARDE Fruta, iogurte e granola ou 1 xícara de leite desnatado com café, 1 pão integral e 1 fruta. JANTAR Em um dia frio pode ser uma sopa de legumes variados (cenoura, chuchu, abobrinha, vagem, brócolis, etc.), com 1 tipo de carne (frango, carne bovina ou peixe) e 1 tipo só de carboidrato (arroz, macarrão, batata,
mandioquinha, cará, inhame ou mandioca) ou então legumes refogados com frango desfiado ou carne moída e uma porção pequena de arroz ou macarrão ou purê de mandioca (que altera menos a glicemia que o purê de batatas). A refeição da noite não precisa excluir o carboidrato, o que precisa ser reduzida é a gordura, prefira sempre carnes magras e brancas que além de baixo teor de gordura tem digestibilidade facilitada, proporcionando sono de melhor qualidade. * Sugerido pela nutricionista Regina Alves.
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A presença do pai na hora do parto
Dr. Marco Antonio Lopes Lima CRM - 85916 Ginecologista e Obstetra
Fotos: Arquivo pessoal
Emoção: Primeiro contato entre pai e filho ocorreu dentro da sala do parto 40
O nascimento sempre foi e continuará sendo um momento especial e privilegiado na vida das mamães, mas já não é mais tão exclusivo a elas. Em vez de conhecerem os pequenos somente por meio dos antigos vidros dos berçários, cada vez mais os papais compartilham a vinda de seus filhos ao mundo. Lágrimas de alegria, agradecimento a Deus e o sentimento de felicidade plena completam o cenário de pura emoção que marca o surgimento da família. De acordo com o ginecologista e obstetra Marco Antonio Lopes Lima, cada hospital adota critérios específicos para a inclusão paterna na sala de parto e, para isso, a participação nos cursos de gestantes é muito importante. “Através das palestras, os pais aprendem como se comportar durante o parto”, afirma. O especialista também lembra que o Ministério da Saúde estimula o parto humanizado e nele o pai acompanha a mulher no pré-parto, parto e pós-parto. Apesar dos incentivos, Lima pondera que existem situações mais complicadas, como os casos de emergência e prematuridade. “Nesses casos, a vida da mãe ou do bebê são primordiais e o pai pode não
estar preparado psicologicamente. Porém, cada caso é único e deve ser visto de forma individual”, explica. Há homens que também não se sentem confortáveis ao presenciar esse momento tão íntimo da mulher ou até mesmo passam mal diante dos atos médicos que fazem parte do parto. BENEFÍCIOS Independente desses casos, o médico enfatiza que o parto é um momento único e de extrema alegria para o casal. “É o primeiro contato familiar entre pai, mãe
A presença do pai na hora do parto proporciona mais segurança para a mãe
“É um momento indescritível na vida de um homem. Presenciar o nascimento do meu filho foi como um sonho, um presente de Deus”. Wagner Morente pai do Cauã Morente
Ainda na maternidade, pai participa dos primeiros cuidados
e filho. Psicologicamente e afetivamente, é muito bom o casal estar junto durante a chegada do bebê”, observa. Além desses fatores, na maioria dos casos, a partiruente se sente mais segura com a presença do pai na sala de parto junto dela. Esse momento é tão importante que, em 14 anos de profissão, o obstetra revela que cada parto que realiza tem a mesma sensação, como se fosse sempre o primeiro. “É um momento indescritível. A humanização na medicina não é diferente na obstetrícia”, conclui. 41
Emoção: Primeiro contato entre pai e filho ocorreu dentro da sala do parto
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Tratamento da obesidade localizada
A Eletrolipólise também conhecida como Eletrolipoforese é um tratamento estético cuja técnica consiste na aplicação de uma microcorrente específica de baixa frequência através de agulhas de acupuntura. Essa corrente atua diretamente nos adipócitos e lipídios acumulados, produzindo sua destruição e favorecendo sua posterior eliminação. Esse tratamento apresenta vários efeitos fisiológicos que são: - A vasodilatação que causa um aumento do fluxo sanguíneo local, com estímulo do metabolismo celular, facilitando a queima calórica e melhorando o trofismo celular. Com a vasodilatação também aumenta a microcirculação melhorando alterações circulatórias e congestivas e consequentemente diminuindo ou eliminando a tão indesejada celulite. - A microcorrente faz com que ocorra um movimento iônico que altera a polaridade da membrana celular, estimulando o consumo de energia a nível celular. - Estimula o sistema simpático para liberar catecolaminas e assim realizar a
Dra. Carina Balloni Florindo Fisioterapeuta Crefito 3 - 26040/F hidrólise dos triglicerídeos, causando a redução do tecido adiposo. Os adipócitos (células do tecido adiposo) armazenam triglicerídeos, ou seja, calorias nutricionais que, ao excederem a sua utilização, transformam-se em gordura localizada. Realizando a quebra dessas células de gordura, facilita sua eliminação pelo organismo. As sessões têm tempo de duração de 40 minutos e após a sessão da eletrolipólise deve-se aplicar algum tratamento complementar como drenagem linfática, ou isometria (por exemplo, a corrente russa). As sessões devem ser realizadas com periodicidade de uma ou duas vezes na semana e com um mínimo de seis sessões podendo chegar a 10 sessões. Os efeitos prolongam-se por mais algumas semanas, por isso, deve-se julgar os resultados após 45 dias do fim do tratamento. É indicado que seja somado ao tratamento uma dieta hipocalórica e hipossódica além de atividade física controlada, pois há potencialização da lipólise local.
Sua indicação: Tratamento da obesidade localizada (diminuição do perímetro em abdômen, coxas e quadril), celulite, em pós-lipoaspiração como complemento da cirurgia. Deve ser realizado por um profissional capacitado que realize uma avaliação inicial descartando todas as contraindicações.
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Segurança das crianças em locais públicos
Wagner Geromin Capitão da PM
Bastam alguns segundos de distração e o que era para ser um dia de passeio ou de compras pode se transformar em pesadelo para os pais que perdem os filhos de vista. Segundo o capitão Wagner Geromim Valente, chefe do Setor de Comunicação Social da Polícia Militar (PM), o problema ocorre normalmente em centros comerciais, locais de diversão pública e desportiva. “A incidência também é alta em rodoviárias, parque de diversão e outros locais que associam a aglomeração de pessoas ao interesse das crianças, ou seja, elas se fixam em algo que lhes atrai e podem se distanciar. Nesse lapso de tempo muitas vezes ocorre o desaparecimento”, explica. Ele acrescenta que tarefas muitas vezes importantes para os adultos, como fazer compras, podem se tornar entediantes para as
to com crianças e, quando isso não for possível, os pais devem estar muito atentos ao que elas falam ou onde e em quem RISCOS Os casos de desaparecimento de prestam atenção. “O foco de crianças são resolvidos, em média, visão da criança é fantasioso. em menos de uma hora. Porém, Ela ainda pode ser vítima de mesmo que o tempo de desapa- atropelamentos, quedas e até recimento seja curto, o distancia- mesmo acompanhar outros mento temporário é suficiente adultos que lhe distraírem”, para causar desespero nas crian- afirma. ças, dor nos familiares e desenca- Nunca se aparte de seu filho, nem dear até crimes, como sequestros. o deixe sob a responsabilidade de Além disso, o capitão Geromim estranhos. lembra que os pais ou respon- Outra dica valiosa é levar semsáveis podem responder judi- pre fotos atualizadas dos filhos cialmente por abandono de na carteira. “E nas vestes dos incapaz, conforme previsto na pequenos, procure deixar um papel com dados como nome, legislação. endereço, nome dos pais e telefone, bem como se a criança DICAS VALIOSAS Diante do elevado número de é portadora de alguma doença riscos, o capitão Geromim acon- e necessita tomar medicações selha evitar fazer compras jun- periódicas”, conclui. crianças, que facilmente dispersam a atenção para outro foco.
“Nunca se aparte de seu filho, nem o deixe sob a responsabilidade de estranhos”.
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Orientação começa em casa Antes de sair de casa, instrua seu filho sobre a possibilidade de desaparecimento e como ele deve agir. Explique que deve sempre procurar um policial ou se estiver perdido em centros comerciais, busque algum funcionário uniformizado da loja ou supermercado. Essas pessoas saberão, certamente, que é mais fácil a criança permanecer nas imediações de seu desaparecimento e estarão aptas a auxiliar na localização dos pais de forma segura. “No entanto, se ela procurar pessoas comuns, o pedido de socorro pode ser até ignorado ou ainda a tentativa de levar a criança até sua casa pode agravar a situação, devido à dificuldade de localização da residência da criança, por exemplo,” alerta. Quando a Polícia Militar (PM) for acionada no próprio local de desaparecimento ou pelo telefone 190, a recomendação é fornecer informações também importantes, como as características da criança, cor de roupa ou sinais particulares que facilitem a identificação.
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Aprendendo a andar
Dr. José Carlos Marotti CRM - 61510 Pediatra
Um passinho aqui, outro lá, um desequilíbrio talvez ou até uma corridinha que encanta. Pronto: seu bebê aprendeu a andar e alcançou um novo patamar rumo a sua independência. Além de ser uma fase de muita graciosidade dos pequenos, trata-se de um marco na vida dos nossos filhos. Segundo o pediatra José Carlos Marotti, não existe idade certa para os primeiros passos, porém, em média, eles costumam ser dados entre 12 e 14 meses. “Mas já tive pacientes que com 10 meses estavam andando e outro que, com quase 16 meses, ainda não tinha chegado a essa fase”, conta. A explicação para tanta variação é bem simples: cada criança é única e deve ser respeitada dessa forma. O médico acrescenta que não existe nenhum tipo de influência genética para o aprendizado mais cedo ou mais tarde. Ao longo do primeiro ano de vida, o bebê vai adquirindo aos poucos coordenação motora e força muscular, aprendendo a sentar, virar e engatinhar, embora alguns pulem essa última etapa. Inicialmente, para ficar em pé, a criança começa a tentar se levantar se apoiando em alguma coisa. Quando estiver mais 52
confiante, arrisca a dar alguns passos segurando nos móveis e, talvez nessa fase, solte as mãos e se equilibre sozinha. Uma vez que consiga fazer isso, começa a tentar dar alguns passos. Também a partir daí, o bebê vai passar a tentar descobrir como dobrar
crânio”, afirma. Segundo o pediatra, no Canadá, por exemplo, não é permitida a comercialização deste equipamento e nos Estados Unidos já se discute a proibição. “No Brasil os ortopedistas não recomendam o uso”, declara.
“Sentir medo é muito importante na prevenção natural dos acidentes”.
os joelhos e sentar, quando estiver Isso porque o andador interfere no descobrimento natural dos de pé. pontos de equilíbrio e, quando a criança está no equipamenANDADORES Acessório comum no passado e to, acaba não depositando muito utilizado para estimular a seu peso e equilíbrio sobre a criança a dar mais rapidamente planta dos pés. “Desta forma, os primeiros passos, o andador já vai demorar mais tempo para não é mais indicado atualmente. alcançar o seu andar natural”, “O risco de acidentes é muito explica. elevado e com muita frequên- Os pais podem estimular o ficia há casos até de fratura de lho a andar posicionando-se à
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frente dele e lhe oferecendo suas mãos, para que caminhe em sua direção. Também pode usar brinquedos que permitam que a criança empurre e se apoie ao mesmo tempo. SEGURANÇA Enquanto o bebê não caminha totalmente sozinho, os pais muitas vezes precisam equacionar o excesso de zelo e a necessidade de estimulá-lo para o aprendizado. Marotti é cauteloso e enfatiza que toda criança é naturalmente muito rápida e desde os três meses já se mexe no berço. “Então com três meses já não se deve deixar um bebê sozinho na cama, por exemplo, por sequer cinco segundos. O risco de cair é muito grande”, alerta. Com o passar do tempo, à medida que a criança cresce, os cuidados aumentam. “Imagine uma criança de um ano que certamente vai colocar o dedo na tomada, beber qualquer líquido que esteja próximo ou até colocar objetos no ouvido ou nariz. O zelo deve ser de 24 horas com muita observação, sempre conversando sobre o que pode ser perigoso”, aconselha. O pediatra lembra que sentir medo é muito importante na prevenção natural dos acidentes e, em caso de quedas, comuns nessa fase, é bom que os pais saibam as condições que elas ocorreram. “Como esperamos que os pais estejam sempre próximos de seus filhos, é importante que saibam em que local foi a contusão e a reação da criança, pois a maioria das quedas são leves. Quando forem mais graves, devem se deslocar para o Pronto-Socorro para avaliação de um médico”, conclui. 54
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Tirando as fraldas para dormir Como a revista Vida bebê mostrou na edição anterior, a retirada das fraldas requer altas doses de paciência, criatividade e bom humor na rotina da família. Esses itens se repetem quando o assunto é desfraldamento noturno, etapa que também deve começar sem pressa e somente quando a criança conseguir ficar sem fraldas durante o dia, o que não existe idade certa para acontecer. Especialistas garantem que, se o seu filho molha com frequência a fralda à noite, por exemplo, é porque não está na hora de tirá-la e a antecipação pode tornar o processo mais lento e difícil. É bom lembrar que o controle da urina e das fezes durante o dia pode demorar semanas ou até meses, de acordo com o tempo de adaptação e amadurecimento de cada criança.
Por outro lado, quando o seu filho obtém sucesso nesse processo, é comum que se recuse a colocar a fralda na hora de dormir. Isso ocorre pela vontade de “não querer mais ser um bebê” e também devido à sensação de ser capaz de pedir para ir ao banheiro à noite. Se houver insistência, recomendase fazer a experiência por alguns dias. Mas, se a cama amanhecer molhada frequentemente, é melhor insistir no uso da fralda noturna. Com muita calma e carinho, combine com seu filho que você vai voltar a colocar a fralda e que, se ele acordar sequinho no dia seguinte, poderá passar a dormir sem ela. No entanto, os pais nunca devem se esquecer que as “escapadas” de xixi ou até o cocô podem ocorrer de vez em quando afinal, muitas crianças nem sempre acor-
dam para pedir para ir ao banheiro como os adultos fazem diante dessas necessidades no período noturno. A melhor forma de prevenir os acidentes é forrar o colchão. HÁBITOS QUE AJUDAM Para estimular e facilitar o abandono da fralda noturna, os pais devem oferecer menos líquidos quando se aproxima a hora de dormir. Incentivar a criança a fazer xixi antes de ir para a cama é um hábito fundamental. Outra dica é lembrar seu filho, antes que ele pegue no soninho, que ele está sem fralda. Se mesmo assim a criança ficar molhada, não dê broncas. Tenha perseverança, pois o desfraldamento é um processo gradual e nem sempre tão rápido como alguns pais imaginam.
Diferenças entre meninos e meninas Como muitas vezes a vontade de fazer xixi e cocô vem juntos e nem sempre a criança sabe identificar as diferenças, o ideal é começar a ensinar o menino a fazer xixi e cocô do mesmo jeito, ou seja, sentado, pelo menos no começo. Depois, mostre que ele tem de colocar o pênis para baixo, com a mão, para que o xixi não escape para todo lado. Uma vez que ele esteja fazendo xixi direitinho sentado, você pode propor que ele tente fazer em pé na privada. Use um banquinho com cuidado para ver se ele não vira ou escorrega e não tenha pressa. No caso das meninas, que em média abandonam as fraldas mais rapidamente, um dos aprendizados mais relevantes é a higiene. Mostre a sua filha que é preciso passar o papel sempre da frente para trás, e não o contrário. Assim, evita levar bactérias da região do ânus para a vagina e a uretra, o que pode causar infecções urinárias, mais comum entre as meninas durante o desfraldamento. Se for difícil para ela aprender a se limpar, sugira que peça para chamar você inicialmente, principalmente depois do cocô. 57
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Fimose - Alguma dúvida? Dr. Romalino Marques CRM - 88502 Cirurgião Pediátrico
Dúvida comum entre as mamães de meninos, a higienização íntima dos pequenos requer cuidados específicos desde os primeiros meses de vida para evitar consequências devido à fimose. De acordo com o cirurgião pediátrico Romalino Marques, a fimose patológica consiste na impossibilidade da exposição completa da glande (cabeça do pênis). Isso ocorre devido à presença de um anel de constrição fibrótico em alguma parte do prepúcio(pele que cobre essa região da genitália masculina). A origem do problema pode ser congênita, ou seja, desde o nascimento, ou ainda pode ser adquirido, desenvolvido por balanopostite ou deslocamentos traumáticos. Segundo o médico, a massagem para facilitar o desprendimento da pele deve ser feita após o nascimento. “Deve ser realizada de maneira suave, sem provocar dor, sangramento ou fissura, porém é preciso evitar o procedimento quando a criança estiver com assadura ou vermelho na ponta, pois a finalidade é expor a glande, facilitar a micção, a higiene e evitar infecções”, explica. A medida que a criança cresce,
facilita-se a higiene íntima diária, com o uso de água e sabonete. CIRURGIA Marques explica que a cirurgia é indicada em casos de parafimose (quando prepúcio permanece completamente retraído, levando contrição dolorosa da glande peniana dificultando o retorno para extremidade do pênis), balanopostite (processo inflamação superficial ou infecção da glande do pênis com repetições), trauma (acidente de bicicleta, por exemplo),
infecções urinárias (bactérias) e nefropatias (infecções crônicas dos rins).“Isso ocorre após os cinco anos, quando a criança não consegue expor a glande para a higiene íntima devido ao excesso de pele que favorece assaduras. “Esta conduta é orientada pela Sociedade Brasileira da Cirurgia Pediátrica”, explica. O procedimento é de pequeno porte, com anestesia geral e local, podendo retornar a escola ou creche em torno de 15 dias e esportes 40 dias.
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Retratinhos
o e Francesc d l e M a li Giu 7 meses
Felipe Seiti Yamada Oliveira 7 meses
Gabriel Enrico Scherrer e Marina dos Reis 6 meses
Maria Clara Scherrer 6 anos
s eve N a n Julia meses 8 60
Gabriel N eves 6 meses
Caderno Especial Ano I no. 1
Para todas as mulheres! Antes, durante e depois da maternidade.
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Aline Barros abre o coração
Fotos: Rafael Kistenmacker
Aline com sua filha Maria Catherine
Mãe, esposa, cantora e colecionadora de prêmios. Não importa a definição, afinal Aline Barros exerce mesmo muitos papeis e nesta edição abriu o coração para a revista Vida bebê. Aos 35 anos, casada e mãe de dois filhos (Nicolas de nove anos e Maria Catherine de sete meses), Aline Barros é um nome de referência e expressão no segmento em que atua. Entre várias conquistas na sua trajetória de sucesso, se tornou vencedora de quatro Grammy Latinos e um Dove Awards. “Não sei dizer ao certo como tudo começou. Aliás, acho que tudo começou desde o ventre de minha mãe quando Deus então escreveu a minha história! Meu pai descobriu esse dom em mim! Mas deixou que tudo acontecesse muito naturalmente”, afirma. Aline conta que amava cantar quando criança, quando tudo parecia uma grande brincadeira e, somente mais tarde, percebeu que esse era o projeto desenhado para sua vida. O talento lhe rendeu os prêmios que ela classifica como presentes muito especiais. “Fico muito feliz em ver meu trabalho reconhecido mundialmente e principalmente porque consigo meu principal objetivo, que é levar a palavra do Senhor para cada pessoa. Sou muito grata também a todos que fazem 63
parte do meu dia a dia”, declara. No universo de vários CDs e DVDs gravados, entre coletâneas e infantis, a cantora não sabe mencionar apenas uma música que tenha lhe marcado mais. “Amo todo meu trabalho. Não sei dizer apenas uma música. Todas elas marcaram de algum modo,
um momento, uma fase”, revela. Aline conta que um dos segredos para alcançar o sucesso é sempre meditar na Bíblia. Também muito presente no universo infantil, a cantora deixou ainda uma mensagem que serve de inspiração para os pais. “Então farás prosperar o teu
caminho, mostrando a eles o que realmente tem valor para vocês. Mesmo com o passar dos anos, nada poderá destruir ou corroer esse tesouro que é eterno e os ajudará a trilhar um caminho de sucesso se forem obedientes a essa palavra, honrando a Deus todo tempo”, enfatiza.
A seguir, conheça um pouco mais da vida de Aline Barros. Vida bebê - O que é maternida-
de para você?
Aline Barros - Ser mãe é um
grande presente de Deus. Viver essa experiência tem sido um grande desafio e uma tremenda responsabilidade. Mas como em tudo que faço meu manual de instrução é a Bíblia, tenho aprendido como orientar, conduzir, corrigir meus filhos e dar a eles a direção que precisam para crescerem não apenas em estatura, mas cheios da graça de Deus! Ensiná-los o caminho da verdade é meu dever e quando estiverem mais velhos não se desviarão desse caminho.
Vida bebê - Como planejou a che-
gada dos filhos, considerando que sendo uma pessoa pública não poderia parar com o trabalho? Aline Barros - A gente não planejou a chegada do nosso primeiro filho. Simplesmente ele chegou num momento muito lindo das nossas vidas. Nick, como o chamamos carinhosamente, é um menino lindo e aguardava com muita expectativa a chegada de um irmãozinho ou irmãzinha. Depois de oito anos, chega a notícia de que Maria Catherine está para chegar e a alegria foi geral! continua na página 66 64
Modelo: Maria Catherine Figurinista: Pamela Gonรงalves
Vida bebê – O público, em sua com verdadeiras maratonas de Aline Barros - A mulher é um
maioria, conhece a cantora Aline Barros, mas sabemos que Aline é mãe e esposa também. Como conciliar a rotina de gravações, shows e família? Aline Barros - Há tempo para todas as coisas debaixo do céu. O detalhe mais importante é saber priorizar aquilo que precisa ser priorizado e investir com excelência e qualidade cada momento da vida que estiver ao lado deles. Dessa forma, nossa família se torna mais bonita e cada dia mais forte com a presença de Jesus na nossa casa!
shows e compromissos com a igreja e familiares? Aline Barros - O cuidado com a saúde é essencial, a alimentação é importante e a atividade física também. Manter o coração e mente saudáveis o tornará ainda mais bonito por fora, por isso, eu nunca deixo de malhar minha mente lendo a Bíblia!
Vida bebê - Deixe uma mensa-
gem para seus fãs e em especial para as leitoras da revista Vida bebê, que também são mulheres com diversos papeis, sejam eles o Vida bebê - Dona de uma bele- de mãe, esposa, empreendedora za peculiar, quais os segredos para ou tantos outros que cercam o manter-se sempre tão bela mesmo universo feminino.
ser incrível, não é mesmo? O que você coloca em suas mãos ela transforma. Por exemplo, se você apresenta para ela alguns ingredientes ela te devolve um bolo maravilhoso. Se você apresenta para ela uma casa, ela te devolve um lar. Se você coloca dentro dela uma semente, ela te devolverá um filho! A mulher tem dentro dela esse DNA. É altamente criativa. Assim como o Deus que a formou de forma única e singular, precisamos entender quem realmente somos e sabe o que eu descobri? Que somos herdeiras do maior amor que existe, o amor de Deus. Sinta-se amada por aquele que conhece tudo a seu respeito e viva para Ele com todas as suas forças!
“Manter o coração e mente saudáveis o tornará ainda mais bonito por fora, por isso, eu nunca deixo de malhar minha mente lendo a Bíblia!”
Aline com sua família 66
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Cuidado com os Cabelos Dra. Ligia R. Giacon CRM - 79750 Dermatologista
Soltos ou presos, longos ou curtos, enrolados ou lisos, coloridos ou naturais, fortes ou quebradiços, brilhantes ou sem vida. Ufa! Quantos adjetivos para descrever algo que literalmente não sai das nossas cabeças: o cabelo. Responsável pela moldura principalmente dos rostos femininos, o cabelo requer cuidados que começam bem antes de ir ao salão de beleza ou até mesmo no consultório de um especialista. Um deles é a proteção contra a radiação solar, como alerta a dermatologista Ligia Giacon. “Além de causar danos à pele, a radiação agride os cabelos, deixando-os mais quebradiços e sem vida. Também provoca a oxidação dos pigmentos que dão cor aos cabelos, desbotando os fios”, explica. Devido a esses fatores, um cuidado básico ainda muito esquecido é a proteção com bonés e chapéus ou simplesmente prendê-los com tranças ou coques de preferência com os cabelos secos. A dermatologista também recomenda o uso de cremes sem enxágue (leave in) que contenham filtro solar, uma opção mais recente aplicada com os cabelos ainda molhados. “Esses filtros agem nos fios minimizando a de70
gradação da estrutura dos fios pelos raios ultra violeta. Alguns tipos de filtros têm carga elétrica positiva, que se liga ao fio com carga elétrica negativa, formando um filme protetor que o envolve”, esclarece. Ainda no quesito proteção, são recomendados produtos com silicone que agem fazendo uma barreira que protege os fios das altas temperaturas do secador e da prancha, ao difundir o calor ao longo da fibra. Além disso, refletem a luz, aumentando o brilho dos cabelos e ajudam a mantê-los desembaraçados. A médica também lembra que a aplicação de máscaras hidratantes torna os fios mais saudáveis, pois eles tendem a ressecar tanto pelas condições ambientais (sol, umidade baixa, piscina) como pelo uso frequente de produtos químicos (tintura, alisamento, etc.). “Mas é melhor evitar métodos que combinem hidratação com aquecimento térmico, porque prejudicam o fio assim como o uso frequente de secadores e chapinhas”, aconselha.
ser sinônimo de mais uma forma de danifica-los, se não observados cuidados simples. “Por isso, preferira os pentes de dentes largos, fazendo-o sempre das pontas em direção à raiz, de preferência com os cabelos secos porque o cabelo molhado fica mais suscetível à quebra”, avisa.
QUEDA Quando o assunto é cabelo, não há quem nunca tenha se queixado pelo menos uma vez sobre queda. Ligia esclarece que a queda temporária ocorre em homens, mulheres e crianças. “Ela acontece quando há perda de um número maior de fios por dia em decorrência da alteração no ciclo capilar”, afirma. Cada fio de cabelo tem uma fase de crescimento, seguida de um período de repouso e outro de queda, de tal forma que quando o cabelo cai outro já deve estar nascendo no seu lugar. “Quando vários fios entram na fase de queda ao mesmo tempo (chamada fase telógena), ocorre uma perda abrupta de inúmeros fios com decorrente diminuição de volume”, DESEMBARAÇANDO declara. Para muitas mulheres, o simples Isso costuma ocorrer após um ato de desembaraçar os fios pode evento indutor que, pode ser
desde um problema de saúde (como anemia, distúrbios de tireóide e deficiências nutricionais), dietas com grande perda de peso (com uso de determinados medicamentos), estresse físico (após grandes cirurgias e após doenças graves) e emocional (perda de um ente querido, excesso de tarefas). “Como depois da fase de queda o cabelo entra na fase de crescimento novamente, essa perda de fios costuma ser totalmente recuperada a partir do momento que o mecanismo indutor foi corrigido”, tranquiliza.
Calvície genética Já a calvície genética é mais frequente em homens e raramente em mulheres. É um quadro geneticamente determinado, sendo frequente o relato de casos semelhantes na família. Segundo a dermatologista, pode se iniciar a partir da puberdade e costuma evoluir mais rápido naqueles casos que se instalam mais cedo, na adolescência. “Ocorre o afinamento gradual dos fios, sem necessariamente haver o aumento da queda de cabelos. Mas se ocorre uma perda maior, a recuperação não costuma ser total nesses pacientes como o que acontece naqueles com queda temporária”, compara. Em mulheres pode haver associação com problemas hormonais que devem ser investigados se encontrados outros sinais e sintomas concomitantes, como alterações do ciclo menstrual, aumento de pêlos no corpo, agravamento de quadros de acne e alterações de peso.
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Empreendedorismo após a maternidade
Celso Leite Consultor em Economia e Administrador de Empresas
Você certamente já ouviu ou leu a bela frase: “quando nasce um bebê, nasce também uma mãe”. No entanto, muitas mulheres têm ajudado a completar essa afirmação: “quando nasce uma mãe, nasce também uma empreendedora”. Embora ainda não existam estatísticas oficiais que relacionem a maternidade com a abertura do próprio negócio, o consultor em economia e administrador de empresas Celso Leite assegura que 74
as mulheres brasileiras passaram a empreender cada vez mais nos últimos anos, contribuindo para o desenvolvimento econômico do país, para o mercado de trabalho e para a própria autoestima feminina. Em países desenvolvidos, como nos Estados Unidos e Canadá, por exemplo, esse comportamento resultou em um fenômeno denominado mompreneur, que significa mãe empreendedora. Segundo o especialista, esse per-
fil é motivado muitas vezes pelo desejo da mulher conciliar a vida profissional, sua independência financeira e o acompanhamento de perto do crescimento dos filhos. Em outras palavras, elas buscam o progresso sem comprometer a maternidade. A flexibilidade de horários, sem a necessidade de cumprir uma jornada fixa diariamente como a maioria das mulheres com carteira assinada, é um dos atrativos para a inserção feminina no universo
empreendedor. “Proprietárias do próprio negócio, essas mulheres também tem ainda a possibilidade de, eventualmente, até levar filhos para o local de trabalho, o que dificilmente seria permitido em um emprego”, observa. EM BUSCA DO SONHO Há ainda mulheres que, ao se tornarem mães, se sentem mais encorajadas para buscar a idealização daquele sonho antigo de ter o próprio negócio ou simplesmente se sentem mais seguras para inovar no mercado. Muitas vezes, na própria rotina de mãe, elas percebem a necessidade de um produto ou serviço que o mercado não oferece e apostam nessa demanda. Leite lembra que em Limeira atualmente é fortíssima a atuação feminina na cadeia produtiva do setor joalheiro, de moda (como lojas de roupas, calçados e acessórios), revendas, beleza e cuidados pessoais (como salões de beleza e clínicas de estética) que contam com elevada, senão total, presença feminina. PRESTADORA DE SERVIÇOS Ainda depois da maternidade, há outra parcela de mulheres que conseguem manter a carreira, mas dão um novo formato a profissão, passando a atuar, por exemplo, em novas atividades do mesmo ramo ou se tornam prestadoras de serviço, outro segmento em ascensão na economia brasileira, segundo Leite. ORGANIZAÇÃO Seja qual for a característica da mulher empreendedora, ele ressalta que a abertura do próprio 75
negócio requer ainda o apoio dos parentes para cuidar dos filhos, de babás ou de empregadas domésticas (esta também uma ocupação tipicamente feminina, hoje a caminho da extinção). Para mulheres que trabalham em casa, a organização é fundamental para não permitir que a vida de empreendedora afete a dinâmica familiar e vice-versa. Reservar um cômodo para ser transformado em escritório e definir horários são fundamentais para o sucesso profissional. “Vale fazer um treinamento, curso e ter disciplina para cumprir horários, tanto de trabalho quanto de família”, recomenda. O consultor em economia vai além e cita que o equilíbrio emocional é um dos requisitos mais importantes no empreendedorismo. “A pessoa poderá passar a entender-se como vítima de uma situação ou como heroína e passará a exigir que outros familiares lhes assistam, esquecendo-se de que cada um tem seu próprio caminho e suas próprias obrigações”, conclui.
Tenho perfil empreendedor?
Antes de se aventurar no mundo empreendedor, o consultor em economia lembra que as respostas para algumas perguntas podem determinar ou não o sucesso do negócio. “Será que eu tenho mesmo um perfil empreendedor? Gosto de correr riscos? Vou me acostumar com horários irregulares? Quais minhas competências?”, exemplifica. Depois dessa etapa, é preciso uma boa pesquisa de mercado, preparação para a nova atividade, aprendendo a calcular custo e preço, traçar estratégia de mercado, aprender a lidar com o público-alvo, planejamento, etc. “Isso tudo só para começar”, conclui.
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Dicas de Saúde e Bem Estar Algumas providências são capazes de realmente aumentar a sua chance de viver mais e melhor. Pequenas mudanças podem fazer muita diferença. Comer bem, beber bastante água, incluir atividades físicas em sua rotina, combater a fadiga, eliminar o estresse e a insônia, não fumar, não exceder na bebida, manter o coração e o cérebro funcionando bem. E para isso não é preciso privar-se de tudo, apenas a mudança de alguns hábitos pode ser suficiente para dar mais vida aos nossos anos e mais anos à nossa vida.
Sem Estresse
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Mexa-se Exercícios físicos é uma maneira segura de reduzir o estresse. Exercite-se por 30 minutos todos os dias. 78
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Sono Não durma menos de 6 horas, o cérebro pode liberar hormônios relacionados ao estresse. Nas fases conturbadas, procure dormir mais.
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Organize-se Se sempre tem muito a fazer e pouco tempo para dar conta de tudo, planeje a semana com uma agenda.
4 Poluição Sonora As mulheres parecem menos tolerantes ao barulho, então sempre que possível diminua o som.
5 Faça oração Para muitas pessoas, a oração parece ser algo complicado, mas é simplesmente falar com Deus. Momentos de meditação acalmam o coração.
6 Descanso merecido Planeje férias, não abra mão dela. Programe passeios com marido e filhos se for casada, ou com amigas, tenha sempre momentos de lazer.
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7 Desligue a TV Trabalho e TV em excesso estão intimamente ligados aos estresse. Comprove como você ficará menos estressada se passar algumas noites sem TV. Haverá tempo para conversar, concluir afazeres ou apenas ir para a cama mais cedo.
8 Relaxe na banheira A água quente acalma o sistema nervoso, os efeitos serão melhores se você colocar na banheira um óleo essencial relaxante.
9 Arte e beleza Sempre que puder coloque flores em casa ou na sua mesa de trabalho. Ouça boa música, visite exposições de arte.
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A incontinência urinária feminina Marcela Bonin Monteiro Fisioterapeuta Crefito 3/57043 -F
A incontinência urinária é definida pela Sociedade Internacional de Continência, como qualquer perda de urina, ou seja, a bexiga tem capacidade em manter a urina armazenada até chegar a um local adequado para realizar a eliminação. Qualquer que seja o motivo da perda, ela deve ser investigada, pois com o passar dos anos, as perdas tendem a se acentuar causando o isolamento social e a consequente queda da qualidade de vida e da qualidade do envelhecimento. Muito comumente, as mulheres relatam usar absorventes como forma de prevenir as perdas, mas isso só ajuda a acentuá-la já que, usando absorvente, tendem a “relaxar” se ocorrer qualquer perda. Dentre os fatores que colaboram com o surgimento das perdas estão: hereditariedade, obesidade, número de gestações, fumo, sedentarismo, exercícios físicos de impacto, menopausa, e nos homens, após a cirurgia de retirada da próstata. As perdas urinárias caracterizam-se pelos seus sintomas mais comuns, dentre eles: perdas ao esforço físico
Expediente
(tosse, espirro, riso, exercícios físicos e carregar peso), urgência miccional (sente que a bexiga está cheia de uma hora para outra), urge-incontinência (sente a bexiga cheia, e não consegue segurar até chegar ao banheiro), idas frequentes ao banheiro com ou sem perdas, acordar várias vezes à noite ou acordar ao urinar. A fisioterapia é recomendada pela literatura como primeira escolha de tratamento, podendo ser associadas aos medicamentos e após a falha dos procedimentos anteriores, a cirurgia. A fisioterapia não exclui o medicamento muito menos a cirurgia, mas é um recurso seguro, indolor e com efetivos resultados na maioria dos casos. Após uma avaliação ginecológica, a qual será vista a condição muscular, existem alguns testes que irão complementar a avaliação física, como o diário miccional, em que será anotada a quantidade de idas ao banheiro, e as perdas durante o dia e noite. Pode ser feito também, o teste do absorvente (Pad Test), o qual o absorvente é pesado antes e após a sessão e enquanto
Coordenação e edição Raquel Penedo Oliveira
Fotografia Inez Miranda Demétrio Razzo
Comercial Aderley Negrucci 9155-5100
Jornalista responsável Erica Samara Morente MTb 53.551
Projeto gráfico e diagramação Depto. de arte - Vida bebê
Administrativo 3713-2212 | 3446-2919
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estiver sendo usado, serão orientados exercícios físicos para promover a perda. O Stop Test é comumente orientado como se fosse exercício, mas ele somente serve para a paciente reconhecer se consegue ou não realizar a contração muscular a ponto de parar o jato de urina. Atenção: ele não deve ser repetido constantemente, pois a repetição pode causar infecção urinária. Após a avaliação ser concluída, iniciam-se os exercícios. Estudos comprovam que somente a demonstração de figuras ou explicação oral não faz com que os pacientes contraiam os músculos necessários e de forma efetiva. A fisioterapia uroginecológica oferece bons resultados na maioria dos casos, exclui a cirurgia em alguns e aprimora os resultados quando associada à terapia medicamentosa. Achar que é normal perder urina porque sua avó perdia, não faz parte de um envelhecimento saudável! Antes da cirurgia, existe a opção conservadora que é a fisioterapia uroginecológica.
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