REVISTA
VIDROO & ALUMÍ VIDR ALUMÍNIO edição #2
Evolução das Esquadrias
detalhes técnicos e curiosos
Construções Sustentáveis O futuro da construção civil
Edifícios Verdes Impulsionam a indústria do vidro
Phoenix
Centro Internacional de Mídia Phoenix Exemplo de Construção Sustentável V&A Novos programas otimizam a indústria de esquadrias
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EDITORIAL Vidro e Alumínio A segunda edição da revista Vidro & Alumínio leva você a uma viagem ao “túnel do tempo” com o consultor Antônio Cardoso, o Cardosinho, como é conhecido no segmento, explanando com competência sobre a evolução das esquadrias no Brasil. Entrevista com o arquiteto Eduardo Martins, descreve como os “edifícios verdes” impulsionam a indústria do vidro. Em Construção Sustentável trazemos os questionamentos: O que você sabe sobre o assunto? Quais os itens essenciais e critérios para a certificação LEED (o selo verde)? Confira em Vidros Sem Limites o empreendimento que tem a fachada feita em pele dupla, vidro e aço, inspirado no princípio que expressa a dualidade de tudo que existe no universo e descreve as duas forças opostas e complementares que estão presentes em todas as coisas. Em Tecnologia & Inovação conheça os novos softwares que otimizam o processo e controle de produção e facilitam o dia a dia dos empresários do setor do vidro e do alumínio. Saiba mais sobre a Estufa do Jardim Botânico de Curitiba; o monumento mais votado numa eleição para escolha das Sete Maravilhas do Brasil e que esbanja vidros em sua construção. Confira na seção ”Alumínio” como este metal tem conquistado arquitetos e engenheiros e acompanhe sua representatividade na comunicação visual e em projetos arquitetônicos inovadores. Em Decoração & Design, artistas radicalizam em obras e peças de arte utilizando o alumínio e o vidro em suas criações. Não deixe de ler a matéria sobre “O Vidro Negro”, a beleza que impressiona! E saiba mais a respeito de suas funcionalidades. A todos, uma boa leitura!
Expediente Direção Jean Carmona Reinaldo Campos Jornalista Ailton Fernandes Redatora Marcia Barros Diretor de Arte Victor Athayde Mota Diretor Marketing Reinaldo Campos Diretor Comercial Jean Carmona Executivo de Contas Cezar Carmona Distribuição Circulação: nacional. Tiragem: 10 mil exemplares. Periodicidade: trimestral. Distribuição digital: e-mail marketing, mídias sociais, boletins informativos, sites parceiros e portais do grupo. Público: arquitetos, construtores, engenheiros, vidraceiros, serralheiros, marceneiros, decoradores, designers de interiores, empresários ligados ao setor . Publicidade: Anúncios, reserva de espaços, informações. contato@vidroealuminio.com + 55 11 4604-6628 + 55 11 3439-7771 Imprensa: Sugestões de pautas, envio de releases. redacao@revistavidroealuminio.com.br
Os artigos assinados são de responsabilidade dos respectivos autores e podem não interpretar a opinião da revista.
Capa Centro Internacional de Mídia Phoenix Exemplo de construção sustentável.
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Todos os direitos estão reservados a Revista Vidro & Alumínio ®, a reprodução total ou parcial do conteúdo da revista, é permitido desde que citado a fonte.
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SUMÁRIO 66 | Decoração & Design
20 | Entrevista
8 | Notícias e Eventos 46 | Mercado
28 | Arquitetura & 6 V&A Construções Sustentáveis
08 | Notícias e Eventos
VidroSom 2014 Prêmio Destaque Anavidro
12 | Alumínio
Inovações na Construção Civil Alumínio e Versatilidade
20 | Entrevista
Arquiteto - Eduardo Martins
22 | Vidro Sem Limites
Centro de Mídia Phoenix Jardim Botânico de Curitiba
22 | Vidros | Arquitetura & Sem Limites 28 Construções Sustentáveis O India Tower
60 | Produção Indústrial
30 | Tecnologia e Inovação
A Evolução das Esquadrias Novos programas para indústria
38 | Coluna
Arquiteto - Edgard Panzeri
46 | Mercado
Alumínio na Comunicação Visual Reciclagem de Vidros Automotivos
60 | Produção Industrial Pintura Eletrostática Guindaste Aranha
12 | Alumínio
66 | Decoração & Design Seung Mo Park Vidro Negro
76 | On-line
revistavidroealuminio.com.br
78 | Onde Encontrar
30 | Tecnologia
82 | Design
Designer - Nir Chehanowski
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NOTÍCIAS & EVENTOS
EVENTOS Construir Rio 2014 - Rio de Janeiro, RJ - Riocentro 01/10/2014 a 04/10/2014 A Feira Construir Rio, mais importante evento de construção civil do Rio de Janeiro, chega a sua 20ª edição reunindo, em 21 mil m² do Pavilhão 4 do Riocentro, de 1º a 4 de outubro, cerca de 300 marcas nacionais e internacionais. Importante polo de negócios do setor, a Construir Rio apresentará soluções, tendências e lançamentos de produtos e ferramentas do mercado da construção civil.
Prêmio Destaque Anavidro 2014 - São Paulo - SP - Clube Paineiras 27/09/2014 Realizado desde 2006 pela Associação de Vidraceiros do Estado de São Paulo, a AVESP, o Prêmio Destaque Anavidro chega à 9º edição mantendo a tradição de identificar e premiar as empresas do segmento vidreiro que mais se destacaram nos últimos 12 meses, pela qualidade e excelência de seus produtos e serviços. O Prêmio será composto por 16 categorias distintas, e para concorrer às premiações, as empresas devem ser fornecedoras de produtos e serviços para o setor vidreiro.
Workshop Desenvolvimento de Superfícies Vítreas Auto-limpantes Belo Horizonte - MG - CEFET-MG - 16/10/2014 O Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais-CEFET-MG está organizando um workshop para apresentar os resultados do Projeto em parceria com 4 países (Itália, Espanha e Rússia) relativo ao desenvolvimento de superfícies vítreas auto-limpantes para os módulos fotovoltaicos que se realizará em 16 de outubro de 2014 em Belo Horizonte. Organização e coordenação do evento: Profa Dra Angela de Mello Ferreira (angelamelo@des.cefetmg.br).
2º Glass Show – Na Trilha do Vidro Segundo Semestre de 2014 O evento é uma ação conjunta da Glass Vetro, idealizadora do projeto e marca referência em soluções especiais para vidros, a Saint Gobain Glass, maior produtora de vidro impresso do Brasil e a Cebrace, líder de mercado de vidro plano e espelhos. Essa união leva a dez importantes centros brasileiros as inovações e oportunidades para arquitetos e profissionais do vidro, com apresentações das novas tendências da utilização de ferragens e vidros na arquitetura contemporânea. Confira a programação: www.glassshow.com.br
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CURSOS ABAL – Associação Brasileira do Alumínio Cursos e Palestras Presenciais
Extrusão do Alumínio – Anodização e Pintura – Usinagem do Alumínio e Suas Ligas – Estampagem do Alumínio - Metalurgia do Alumínio para Não Metalurgistas – Reciclagem do Alumínio, entre outros. Confira a programação no site da ABAL. Acesse: http://goo.gl/phn4of
AFEAL – Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio Curso de extensão Mackenzie – ESQUADRIAS - Especificação, Projeto, Fabricação e Instalação
Público Alvo: Engenheiros, Arquitetos, profissionais da construção, técnicos em edificações, alunos de pós- graduação e estudantes de graduação em engenharia, arquitetura, entre outros. Início: 20/09 à 08/11 (sábado) - Horário: 9h00 às 13h15 - Carga horária total: 40 horas/aula Programação de Setembro a Dezembro de 2014 Curso de Métodos e Processos Datas: 15, 16 e 17/05; 07, 08 e 09/08; 23, 24 e 25/10 na AFEAL - Duração 24hs Curso de CEM - Cálculos de Esquadrias Metálicas Datas: 14 e 15/03, 06 e 07/06, 26 e 27/09, 28 e 29/11 na AFEAL Curso de Serralheria de Alumínio 01/10 a 08/12 nas escolas SENAI Tatuapé - Duração 160 horas (período noturno) Curso de Serralheria de Alumínio 08/09 a 15/12 nas escolas SENAI Leopoldina - Duração 160 horas (período noturno) Esquadrias de Alumínio Auto Cad.2D 07/10 a 02/12 nas escolas SENAI Tatuapé - Duração 48 horas (período noturno) Curso Online Curso de Painéis de ACM – ACM FIRST Acesse a página de cursos no site www.afeal.com.br Para mais esclarecimentos contatar a AFEAL (11) 3221-7144/3392-4742
PROJETO CERTO VIDROS
Cursos e Projetos para Qualificação de Profissionais do Vidro Mais informações: Contato - Jotanael www.projetocertocursos.com.br | www.projetocertovidros.com.br cursos@projetocerto.com Tel.: (11) 9.4646-4242
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NOTÍCIAS & EVENTOS
VIDROSOM APRESENTA INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS Seminário VidroSom - Espaço Millenium, do Secovi - São Paulo 12/11/2014 A 6ª edição do VidroSom (Seminário de Soluções Acústicas em Vidro) está marcada para o próximo dia 12 de novembro, a partir das 13 horas, no Espaço Millenium, em São Paulo. Desta vez, o evento vai debater as principais “Inovações Tecnológicas” definidas a partir de estudo de casos desenvolvidos por especialistas da área do vidro acústico. Dirigido para arquitetos, especificadores, profissionais dos setores de vidros, esquadrias e acústica, o evento tem o patrocínio exclusivo da CEBRACE, apoio da AVEC Design, AFEAL, ITEC, ProAcústica e tem cunho social. O dinheiro arrecadado com as inscrições será revertido para a Nova 4E - Entidade Especializada em Pessoas Especiais, do bairro da Mooca (SP). Além disso, alunos de escolas da rede pública participarão de um concurso de desenho sobre poluição sonora. Outro destaque: lançamento do livro “Perturbações Sonoras nas Edificações Urbanas”, do advogado Waldir de Arruda Miranda Carneiro, em sua 4ª edição, que relata diversos processos judiciais abertos por conta do barulho provocado por construtoras, igrejas, discotecas e vizinhos, por exemplo. Na programação, destaque para as palestras do empresário Edison Claro de Moraes, diretor da Atenua Som e criador do evento, que vai falar sobre as Influências do vidro acústico nas janelas; do arquiteto Marcos
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Holtz, sócio da Harmonia Acústica, sobre a Acústica aplicada em edificações; e da engenheira civil Michele Gleice da Silva, diretora técnica do ITEC (Instituto Tecnológico da Construção Civil), que vai apresentar um panorama dos ensaios acústicos realizados em esquadrias de empresas inscritas no PSQ (Programa Setorial da Qualidade) da AFEAL. Evento consolidado Criado pelo empresário Edison Claro de Moraes, diretor geral da Atenua Som, e vice-presidente da ProAcústica, o VidroSom consolida-se como importante ferramenta de informação e capacitação técnica para os profissionais do setor sobre o valor agregado e a capacidade acústica do vidro. As duas primeiras edições foram realizadas no MAM (Museu de Arte Moderna), no Ibirapuera, em São Paulo: em 2009, foram apresentadas soluções técnicas e os sistemas eficazes para montar barreiras sonoras em ambientes comerciais, industriais e resi-
denciais; e em 2010, foram discutidas as novas perspectivas e os desafios da construção civil envolvendo o vidro. Já em 2011, o evento saiu de São Paulo e foi para o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), no Rio de Janeiro, e destacou as soluções acústicas para combater a poluição sonora; em 2012, mudou de capital novamente e foi realizado no auditório do Sinduscon-PR, em Curitiba, e abordou estudos de casos e a Norma de Desempenho 15.575. No ano passado, voltou pra São Paulo e teve como tema central o papel das esquadrias no desempenho das edificações e foi realizado simultaneamente ao Congresso Internacional de Soluções Arquitetônicas e Construtivas da AFEAL. Mais informações: Ópera Marketing Jornalista Responsável: Fernandes (MTb 12.642) Fone: (11) 2268-3191 V&A
Ailton
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ALUMÍNIO
ALUMÍNIO
VERSATILIDADE, QUALIDADE
E COMPROMISSO COM A
Esta matéria vai além de mostrar que o alumínio está cada vez mais presente em nosso dia a dia de diversas formas e nas infinitas possibilidades de seu uso. Mas também, no grande potencial de reciclagem desse metal, que contribui para um mundo mais viável
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SUSTENTABILIDADE
e demonstra compromisso com a sustentabilidade do planeta e com as futuras gerações. Somos o sexto maior produtor de alumínio primário e os investimentos no setor são grandes, resultando em exportações num ritmo crescente, na melhoria da produtividade
e no desenvolvimento de novos produtos e aplicações. A indústria do alumínio está pronta para esse crescimento e para se destacar no mercado mundial e através da versatilidade e criatividade dos produtos desenvolvidos se tornar cada vez mais competitiva e sustentável, para isso, investe parte de seus recursos em projetos sociais e ambientais. O Alumínio produzido no Brasil, além fornecer o alumínio primário a países como os Estados Unidos, Japão, Holanda e Bélgica, investe na meta de ampliar a exportação de produtos transformados, agregando mais valor aos produtos semi-acabados e acabados. Entre os produtos que mais se destacam, nos semi-acabados estão as chapas, folhas, tubos e perfis, e nos produtos acabados estão os fios e cabos, artigos para uso doméstico, rodas, pistões, blocos de motor, carcaças
de câmbio, trocadores de calor, embalagens e itens para construção civil, entre outros. É justamente por esta gama de produtos que o alumínio tem sido considerado uma das matérias primas mais versáteis. Em nossa vida cotidiana utilizamos diversos produtos produzidos a partir do alumínio. Panelas, embalagens para alimentos, medicamentos, bebidas, produtos farmacêuticos, de higiene e limpeza, folhas e laminados de alumínio, automóveis e diversos meios de transportes ônibus, caminhões, trens, navios e aviões. A aceitação do alumínio em
larga escala pelos consumidores deve-se também a qualidade que ele confere a seus produtos: reduz a umidade, preserva o sabor dos alimentos e facilita o transporte, pois materiais mais leves diminuem o consumo de combustível e a emissão de CO2 dos veículos. O alumínio está cada vez mais presente na arquitetura e decoração, nas construções urbanas, nos vários padrões de esquadrias e fachadas de alumínio. Além da durabilidade e resistência a corrosão, o alumínio se apresenta como a solução perfeita ao desgaste gerado por fatores ambien-
tais. Portões, janelas, boxes, fachadas, persianas, revestimentos, estruturas, mobiliário, sistemas de iluminação, soluções de isolamento térmico e acústico são algumas das opções presentes no mercado que se beneficiam destas caraterísticas pertinentes ao alumínio. Além de ter garantida sua presença no mercado brasileiro, o alumínio vem alcançando um crescimento contínuo no exterior. Seu lugar cativo no cotidiano dos brasileiros deve-se à praticidade de limpeza e demais condições que facilitam o dia a dia e proporcionam soluções, além de
ALUMÍNIO contribuir para um mundo melhor e sustentável. Desde 2001 o Brasil é o líder mundial na reciclagem de latas de alumínio e cerca de 75% de todo o alumínio produzido no planeta ainda está em uso. Dados da Associação Brasileira
de Alumínio (ABAL) apontam que em 2010 foram recicladas 17,7 bilhões de latas de alumínio consumidas, o que representa cerca de 97,6% de reaproveitamento das embalagens. Atualmente o aproveitamento é de 99%.
Diversas criações feitas a partir da reciclagem do alumínio merecem ser divulgadas por sua originalidade e criatividade. Os produtos resultantes desta reciclagem ganham cada vez mais modernidade e qualidade.
Colar do Escama Studio, que exporta os trabalhos de artistas espalhados por todo o Brasil. Criado a partir de anéis de latas de alumínio reciclados, juntamente com a técnica de crochê. Destaque para o design moderno.
Luminária feita com anéis de latinhas de alumínio. A ideia é do designer curitibano Maurício Affonso. Com visual sofisticado e original, o trabalho conquistou a terceira posição na Competição de Design Verde 2010, promovida pelo blog norte - americano Inhabitat.
Situado no Japão, o artista Macaon cria belas esculturas a partir de latinhas de alumínio. Nesta coleção são reproduzidos ícones da cultura pop como Batman, Pokémon, Darth Vader, Hello Kitty e outros. As esculturas não recebem pintura, sua cor resulta das estampas originas V&A das latas utilizadas.
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ALUMÍNIO
INOVAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL O CRESCIMENTO NO USO DO
A participação da engenharia nos processos de produção no setor da construção civil tem modernizado e inovado os projetos, aumentando o uso de estruturas pré-fabricadas de alumínio e substituido métodos tradicionais de alvenaria e madeira. As inovações antes aplicadas na fabricação de equipamentos aeroespaciais e adaptadas para a indústria automobilística passaram a fazer parte de projetos de engenharia e renovaram a construção de casas e obras de infraestrutura, alavancada pelas exigências ambientas e pelo próprio consumidor, em busca de alternativas mais práticas, modernas e econômicas. O Brasil participa ativamente deste processo de modernização, pois conta com empresas capazes de suprir o mercado, no que diz respeito a instalações, maquinário e produção. Uma delas é a ASA Alumínio, uma empresa nacional que ocupa
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ALUMÍNIO
lugar entre as maiores produtoras do mercado, capaz de competir com as grandes empresas do setor. Além de primar pela qualidade da matéria-prima e pela tecnologia, a ASA está equipada para produzir perfis de alumínio, atendendo às necessidades do mer-
cado, tanto na variedade quanto no tamanho dos perfis que produz. Atualmente é considerada a maior indústria de extrusão da América Latina. Para entendermos melhor esse crescimento na utilização do alumínio em esfera mundial, é
determinante conhecer os aspectos que fazem com que ele supere os materiais até então usados na construção civil. Um deles é a durabilidade e resistência a corrosão, que dão longevidade ao alumínio devido a anodização e pintura. O alumínio é considerado o material mais leve entre os usualmente empregados na edificação de telhados. Um vigamento feito de alumínio é nove vezes mais leve do que um que utilize madeira e até três vezes mais leve do que o de aço. Ainda assim, suporta todos os tipos de telhas e calhas. Para construir estruturas de telhados em alumínio, são utilizados perfis estruturais em alumínio extrudado. A técnica de extrusão permite uma infinidade de possibilidades quanto à forma que um determinado produto pode ter. Desenvolver um perfil específico pode simplificar um projeto, com o uso de menos peças ou facilitando a montagem. As muitas possibilidades que os perfis de alumínio oferecem permitem criar soluções atrativas, que reduzem custos e simplificam o trabalho. O alumínio é versátil e
atende a diversos projetos arquitetônicos. Os arquitetos foram conquistados pela variedade na apresentação do alumínio, que permite a combinação dele com diversos outros materiais. Além de mais eficaz e econômico que as estruturas feitas com madeira ou aço, o alumínio é recomendado para estruturas de prédios e residências, pois exige menos manutenção, devido sua durabilidade ser maior que a desses materiais. O alumínio demanda menor custo de mão de obra, porque o sistema dispensa ancoragens, pregos e serras. As medidas são precisas, o que evita desperdício e retrabalhos. Outro aspecto favorável está na flexibilidade para a montagem, mesmo com tempo úmido os módulos podem ser pré-montados na fábrica ou no local da obra. As estruturas de alumínio empregam o milímetro como unidade de medida, garantindo estruturas mais niveladas, e consequentemente, mais facilidade e precisão no assentamento de esquadrias, colocação de telhas e instalações elétricas e hidráulicas, resultando na redução
do custo de revestimentos. A estrutura de alumínio é muito versátil e permite adaptações, ampliações, reformas e mudança nas construções. Além disso, tem a característica de facilitar a instalações de água, ar condicionado, eletricidade, esgoto, telefonia, informática, etc. A versatilidade e benefícios da construção metálica tem possibilitado a utilização do alumínio em obras como: edifícios de escritórios e apartamentos, residências, habitações populares, pontes, passarelas, viadutos, galpões, supermercados, shopping centers, lojas e demais construções. A favor do alumínio, também estão o retorno sobre o investimento e o reconhecimento da importância das construções sustentáveis, já que tanto os perfis como o vigamento são 100% recicláveis, portanto a uso deste metal nas construções contribui para um maior aproveitamento e diminui a extração de outras matérias primas da natureza. Essas características que transformaram a construção civil no maior mercado para os produtores de alumínio no exterior, também tem estimulado os investimentos e avanços aqui, com instalações mais modernas, equipamentos de alta performance e inovações nos processos de fabricação, visando aumentar este crescimento e colocar o Brasil no mesmo nível de desenvolvimento de outros países. V&A
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ENTREVISTA
‘EDIFÍCIOS VERDES’ IMPULSIONAM A INDÚSTRIA DO VIDRO
O arquiteto Eduardo Martins é professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie, sócio-diretor da Purarquitetura e integrante do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade da AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura). Além disso, foi coordenador do projeto do Eldorado Business Tower, primeiro edifício de escritórios do País a obter a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), ‘selo verde’ que identifica as edificações que seguem os padrões internacionais de sustentabilidade. Eduardo Martins Arquiteto, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie, sócio-diretor da Purarquitetura e integrante do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade da AsBEA
Nesta entrevista exclusiva para a revista “Vidro & Alumínio”, o arquiteto destaca as principais características do empreendimento (iniciado no final da década de 90 e assinado pelo Escritório Aflalo & Gasparini Arquitetos), localizado em área contígua a do Shopping Eldorado, em São Paulo; explica porque os empresários da construção civil passaram a apostar em projetos voltados ao controle de energia e consumo de água. Apresenta as certificadoras LEED (americana) e AQUA (nacional); as características necessárias para um empreendimento reivindicar a certificação e, com absoluta autoridade, afirma: a sustentabilidade é referência de qualidade dos bons negócios imobiliários e impulsiona a indústria do vidro.
P – Por que o Edifício Eldorado Tower recebeu a certificação de ‘selo verde’? R – Quando o arquiteto Roberto Aflalo me convidou para participar deste projeto fiquei impressionado com as questões urbanísticas, do ponto de vista da metrópole e da sua inserção naquele complexo cruzamento. O projeto teve inicio no final da década de 90 com a determinação de se obter um baixo custo operacional. Isto é, a
questão de redução do consumo energético era o maior objetivo dos empreendedores. Todos os recursos foram usados para isso, principalmente o controle automatizado de supervisão predial. Durante a elaboração do projeto, os selos de sustentabilidade foram sendo criados e os incorporadores resolveram obter a avaliação do sistema LEED americano. Com o seu genuíno “DNA”, o projeto obteve a certificação “PLATINUM”, a máxi-
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ma desse sistema. P – Do ponto de vista da sustentabilidade, quais foram os principais benefícios da aplicação do vidro no revestimento de todas as fachadas no Edifício Eldorado Tower? R – Depois de vários estudos e projetos para a fachada branca desejada pelo Roberto Aflalo, surgiu a possibilidade de construí-la toda de vidro, como os edifícios das décadas de 60/70, quando se uti-
lizava vidros coloridos. A Schueco (empresa alemã) apresentou o sistema unitizado industrializado para montagem das fachadas, há época pouco utilizada por aqui, o que viabilizou a solução em vidros com a atualidade plástica atual. Em seguida a Glaverbel apresentou um vidro extra-clear, que não apresenta a coloração esverdeada do vidro convencional, dotado de uma extraordinária pintura cerâmica branca, que não descasca ou amarela com o efeito do sol. Pode ser comprovada a excelente reflexão da luz solar e o desempenho da economia com o ar condicionado. P - As janelas também ganharam tratamento especial? R – A expectativa estética era obter uma grande transparência durante o dia de fora para dentro e de dentro para fora a noite. Isto porque até então os vidros obtinham a proteção direta da luz solar através do espelhamento, gerando grande opacidade com o efeito espelho, na fachada durante o dia e a noite dentro do salão. Foi quando nos apresentaram o vidro Low-e que justamente apresenta esse desempenho esperado para o fator de sombra e de transparência, sem os indesejados efeitos de espelho. P - Por que os empreendedores decidiram apostar na sustentabilidade? R – A sustentabilidade envolve um custo inicial e a recuperação acontece só lá na frente. Os empresários sempre foram reticentes em relação ao custo das obras voltadas ao controle de energia e de consumo de água. Com a descoberta do impressionante aquecimento planetário, nasceu a consciência ecológica nos grandes empreendedores. Duas características principais são determinantes para um edifício evoluir no sentido da sustentabilidade: Respeito ao
meio ambiente, entendido aqui em suas inúmeras escalas de responsabilidade da edificação em relação ao planeta, ao país, a cidade, ao bairro, a vizinhança, aos futuros usuários e aos próprios construtores; e diminuição do consumo de energia, aqui também considerado em todas as suas dimensões e aspectos. P – O comportamento do consumidor também contribui para essa nova mentalidade? R – Hoje, quem procura um apartamento para comprar, sabe que um edifício sustentável tem um condomínio mais baixo. Afinal, existe economia em energia, água, limpeza, vários aspectos que começam a ser levados em conta. P – Como medir e avaliar o grau de sustentabilidade das edificações e, com isso, aumentar as performances de inserção das edificações? R – Foram criados vários sistemas de mensuração que contemplam aquelas edificações que se submetem aos seus parâmetros com um “selo”, que atesta e explicita os cuidados adotados no projeto, na obra e na operação. Existem várias etiquetas que podem ser obtidas, as mais respeitadas no Brasil são o sistema AQUA, desenvolvido aqui em São Paulo pela fundação Paulo Vanzolini e o sistema americano desenvolvido pelo LEED, or Leadership in Energy & Environmental Design do U.S. GREEN BUILDING COUNCIL.
mercial do imóvel, pelo reconhecimento de sua qualidade ecológica medida. P - Pode citar outros casos? R - Outros casos emblemáticos como o Complexo “Rochaverá” (localizado na Avenida das Nações Unidas, ao lado dos shoppings Morumbi e Market Place, em São Paulo), estão sendo importantes na divulgação dos conceitos de sustentabilidade através das suas ações organizadas, induzindo os compradores e os empreendedores a assumirem a responsabilidade pela sustentabilidade de suas obras. Podemos citar outros tipos de empreendimentos sustentáveis como a “Praça Victor Civita”, em Pinheiros e o Condomínio Rubens Lara do CDHU - Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano, em Cubatão. P – Arenas construídas para a Copa do Mundo no Brasil também foram certificadas. O que isso sinaliza, mostra para o mercado? R - Algumas arenas receberam certificação, entre elas o Maracanã no Rio; Fonte Nova em Salvador; Castelão em Fortaleza; a Arena de Manaus e Arena Multiuso em Recife. O impacto dessas obras é muito pequeno no parque de construções no Brasil e não vi nenhum reconhecimento na mídia, pela FIFA ou pelo governo. Essa conquista quase sempre vem de um esforço enorme e muita perseverança dos arquitetos que desenvolveram os projetos. V&A
P - Do ponto de vista econômico, quais são os benefícios de um edifício sustentável? R - O principal resultado econômico de um edifício que atinge um grau de sustentabilidade é a economia de energia em sua operação e, portanto, de dinheiro. Outro aspecto atual é a valorização co-
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CENTRO INTERNACIONAL
DE MÍDIA PHOENIX
EXEMPLO DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL
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O Centro Internacional de Mídia Phoenix localiza-se no Parque Chaoyang. A área da do terreno é de 1.8 hectares, a superfície total é de 65.000m2 e com uma altura de 55 metros. Além dos escritórios e de meios de comunicação e produção, o edifício oferece abundantes espaços abertos para o público, o que expressa o conceito do projeto único do Phoenix Mídia. A lógica do conceito de desenho é a criação de uma concha ecológica que abrigue os espaços individuais como um conceito de construção dentro da construção. As torres de oficinas independentes geram entre elas muitos espaços públicos partilhados. Entre os espaços partilhados, há escadas, plataformas, rampas e escadas mecânicas que enchem o espaço de dinamismo. Mais do que um edifício que se assemelhe a uma forma escultural, o Centro de Mídia baseia-se no conceito da “Faixa de Moebius” (uma faixa de Moebius é um espaço obtido pela colagem das duas extremidades de uma fita, após efetuar meia volta numa delas. Deve o seu nome a August Ferdinand Möbius, que a estudou em 1858). A estrutura proporciona à construção uma relação de harmonia com a irregularidade das ruas existentes. A construção traduz a ideia corporativa da Phoenix Mídia: integridade e ao mesmo tempo formas suaves. A divisão do prédio em espaços interiores sul e norte, permitem que a luz solar ilumine ambos os lados de maneira igual, o mesmo ocorre com a ventilação e a vista externa. Enquanto evita que os ruídos na sala de radiodifusão, afetem o lado oposto. Os conceitos de economia de energia e baixa emissão de carbono também se aplicam no pro-
jeto do edifício. Em vez de fixar os tubos de drenagem nas superfícies lisas, a água da chuva é recolhida escorrendo naturalmente ao longo da estrutura para o tanque de colheita que se localiza na parte inferior do edifício. Dentro do tanque, a água é filtrada e será reciclada para regar a cascata artificial e para outras funções de manutenção dentro do prédio. Além de uma arquitetura esteticamente original e moderna, durante o inverno em Pequim, a forma também diminui os efeitos do forte vento devido à sua grande altura, na verdade, a carcaça que recobre os prédios internos tem o intuito de amenizar os efeitos do clima, seja ele frio ou quente. O antigo prédio do Centro Internacional de Mídia Phoenix tinha um grande salão de radiodifusão, bem como pisos típicos de escritório empilhados verticalmente. Com estes dois elementos, era impossível obter um efeito harmonioso. No entanto, no projeto novo, os engenheiros e arquitetos recorreram ao padrão de Moebius, que é um tipo especial de superfície onde não há
lado de dentro ou de fora, ou seja, nela só há um lado e uma única borda que é uma curva fechada, a combinação de um andar alto com escritório e a sala de transmissão de mídia. A partir deste modelo, foi possível satisfazer as necessidades de programação da rádio bem como a dos outros estabelecimentos de apoio, como praça de alimentação, lojas, áreas de convivência, paisagismo, etc. A forma do novo projeto passou a integrar a cena natural do Parque Chaoyang de maneira mais harmoniosa. A lógica do conceito de design é criar um ambiente ecológico e que abrange os espaços individuais funcionais como um conceito de uma construção que abriga dentro dela outras construções, criando entre os dois lados da construção espaços públicos compartilhados, onde funcionários e visitantes interagem, favorecendo um ambiente de energia e dinamismo. O empreendimento de 50 metros de altura traz uma fachada de pele dupla, feita de vidro e aço, inspirada em dois pássaros fênix num abraço circular, base-
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ado no princípio filosófico Ying Yang (que expressa a dualidade de tudo que existe no universo e descrevem as duas forças opostas e complementares que estão presentes em todas as coisas). A fachada do edifício também atua como uma grande estufa, capaz de criar um clima mais agradável por comportar diversas áreas permeáveis no seu interior. Dentro do exoesqueleto, o projeto incorpora praças públicas e um centro de difusão aberta. Ali também estão implantados dois edifícios, um para abrigar os escritórios e estúdios da emissora de TV, enquanto o outro traz restaurantes, cafés e áreas de convivência, todos conectados por meio de rampas, escadas rolantes e passarelas.
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INFORMAÇÕES INTERESSANTES • O Centro de Mídia fica em Pequim, no meio de um parque arborizado, enquanto do outro lado, passam grandes avenidas movimentadas • Este projeto tem uma estrutura de barras de aço, sem começo nem fim e foi recoberto por uma fachada de vidro com pele dupla • A ideia de aplicar o conceito da faixa de Moebius partiu da intenção de integrar as pessoas de ambos os lados do edifício. Talvez você não saiba, mas este conceito já faz parte de muitas coisas presentes em nosso dia a dia. No funcionamento das escadas rolantes e das esteiras de bagagens nos aeroportos e até mesmo no mundo das Artes Plásticas, da Música, da Arquitetura, da Literatura, do Desenho de Moda, de jóias, de roupas e até da Psicanálise. Isso mesmo! A Faixa de Moebius ganhou destaque no mundo da Psicanálise com o francês Jacques-Marie Émile Lacan, que a utilizou como modelo de representação de nossa psiquê. Parece infinito, não é mesmo? Mas não é que o formato da “Fita de Listing-Möbius” nos remete mesmo ao símbolo do infinito? V&A
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VIDRO SEM LIMITES
O JARDIM BOTÂNICO SUA MAGNÍFICA ESTUFA DE VIDRO O Jardim Botânico de Curitiba ou Jardim Botânico Francisca Maria Garfunkel Richbieter, recebeu este nome em homenagem à urbanista Francisca Maria Garfunkel Rischbieter (pioneira no planejamento urbano da capital paranaense) e, é um dos principais pontos turísticos da cidade de Curitiba, capital do estado brasileiro do Paraná e localiza-se no bairro Jardim Botânico. Em 2007 foi o monumento mais votado numa eleição para escolha das Sete Maravilhas do Brasil, promovido pelo site Mapa -Mundi.
Inaugurado em 5 de outubro de 1991, o jardim contém inúmeros exemplares vegetais do Brasil e de outros países, espalhados por alamedas e estufas com estrutura de ferro recobertas por vidro, a principal delas com três abóbodas do estilo Art Nouveau foi inspirada no Palácio de Cristal de Londres, do século XIX. A estufa é climatizada e mantém espécies da Floresta Atlântica como Caraguatá, Caetê e Palmito. Do seu interior é possível ter uma vista privilegiada do jardim em estilo francês que circunda a estufa, devido ao envidraçamento de toda a estrutura metálica. Atrás dessa estufa está situado o Espaço Cultural Frans Krajcberg, nessa galeria estão expostas 110 obras de grande porte, todas elas feitas a partir de restos de árvores queimadas ou derrubadas de forma ilegal. Há também exposição de fotos tiradas pelo próprio es-
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cultor, venda de livros relacionados ao artista e a possibilidade de visitas monitoradas. A principal finalidade do espaço é, de acordo com Krajcberg, a conscientização
ambiental. Atualmente o Museu Botânico de Curitiba tem o quarto maior herbário do país, com aproximadamente de 400 mil exsicatas –
plantas secas preparadas para coleção botânica – além de coleção de amostras de madeiras e frutos. No parque também funciona um centro de pesquisa da flora do Paraná e do Brasil. Todo o Jardim Botânico possui uma área total de 278 mil metros quadrados, incluindo o bosque com mata atlântica preservada. O Jardim Botânico é um dos pontos turísticos mais conhecidos de Curitiba; a estufa do Jardim, de arrojada estrutura arquitetônica, é uma das imagens que mais se associam à cidade, também conhecida por seus planos urbanísticos e legislações que visavam conter seu crescimento descontrolado e que a levaram a ficar famosa internacionalmente pelas suas inovações urbanísticas e o cuidado com o meio ambiente. Curitiba foi citada em uma recente pesquisa publicada pela revista Forbes, como a 3º cidade mais sagaz do mundo, que se preocupa, de forma conjunta, em ser ecologicamente sustentável, com qualidade de vida, boa infraestruV&A tura e dinamismo econômico.
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ARQUITETURA E CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS
O INDIA TOWER
UM DOS 10 EDIFÍCIOS MAIS SUSTENTÁVEIS DO MUNDO O segundo país mais populoso do mundo, além de fazer parte das estatísticas na construção de arranha-céus, tem se destacado pelas construções sustentáveis. A inovação trazida pelos projetos dos prédios “desalinhados”, mais característicos na Índia, tem sido considerada uma das mais inteligentes, em relação à chamada construção verde. Uma destas construções faz parte da lista dos 10 edifícios mais sustentáveis do Planeta e integra a EUA LEED Gold Rating (EUA Certificação de Avaliação Ouro). Construir edifícios mais verdes é parte essencial de uma política ambiental séria e um dos passos para o início de mudanças rumo à sustentabilidade. O projeto permite a reutilização da água da chuva, proteção solar, iluminação excepcional durante todo o dia e ventilação natural. O India Tower, construído no sul de Mumbai, abriga um Park Hyatt Hotel. Muito semelhante a
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“pilha de caixas” de Tianjin, com 60 andares e 301 metros de torre. É subdividido em diferentes módulos, cada um ligeiramente virado para o próximo. Cada módulo é utilizado para atender uma finalidade em função do edifício, sendo um deles um hotel e os outros, unidades residenciais, um próximo de uma área de lojas e assim por diante. As características ecológicas incluem a captação das águas da chuva, a reciclagem das águas residuais e o revestimento exterior para limitar a intensidade do calor. A estrutura integra tudo, desde estratégias sustentáveis de uso comum como janelas sombreadas e orientação local apropriada, como áreas para o desenvolvimento de tecnologias verdes e produção de materiais ecológicos. A intenção de engenheiros e arquitetos é minimizar o consumo de recursos gastos na manutenção dos arranha-céus. Podemos citar alguns exemplos bastante inovadores no passado, alguns chegando ao ponto de projetar um edifício em torno de recursos sustentáveis, com turbinas eólicas, como no caso de Castle House, em Londres. A maioria deles, edificados nos Estados Unidos ou Grã-Bretanha, com algumas construções elevadas vindas de Dubai, por isso é muito bom ver o interesse na arquitetura sustentável em outras partes do mundo e a iniciativa de outros países na preservação dos recursos ambientais e conservação do meio ambiente. V&A
CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL
O QUE VOCÊ SABE SOBRE O ASSUNTO? A Construção Sustentável é um sistema construtivo que promove alterações conscientes no entorno, de forma a atender as necessidades de edificação e uso do homem moderno, preservando o meio ambiente e os recursos naturais, garantindo qualidade de
vida para as gerações atuais e futuras. Há alguns anos dizia-se que as construções sustentáveis seriam o futuro da construção civil, no entanto, ela já é parte significativa do setor, atingindo seguidamente, recordes positivos em empreendimentos e certificados.
Quais os itens essências de uma Construção Sustentável? • Gestão sustentável da implantação da obra; • Consumir mínima quantidade de energia e água na implantação da obra e ao longo de sua vida útil; • Uso de matérias-primas ecoeficientes; • Gerar mínimo de resíduos e contaminação ao longo de sua vida útil; • Utilizar mínimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural; • Não provocar ou reduzir impactos no entorno ou paisagem, temperaturas e concentração de calor, sensação de bem-estar; • Adaptar-se às necessidades atuais e futuras dos usuários; • Criar um ambiente interior saudável; • Proporcionar saúde e bem-estar aos usuários.
As construções que seguem os padrões internacionais de sustentabilidade podem receber o selo LEED, o principal selo da construção sustentável do mundo. Para que a edificação esteja apta a receber o LEED, são analisadas as ações antes, durante e depois da construção. Ele indica que o projeto do empreendimen-
to conseguiu unir o bem estar de seus funcionários, ações para a comunidade em que está inserido e principalmente a redução ou eliminação dos impactos junto ao meio ambiente. A emissão do selo LEED é realizada pela Green Building Council (GBC). As atividades da GBC de forma global iniciaram-
se em 2000 e no Brasil, em 2007. Em 2004 foi solicitado o primeiro selo LEED do Brasil e da América Latina e hoje o Brasil conta com 65 prédios certificados e 525 em processo de certificação. “O primeiro edifício sustentável do Brasil foi uma agência do Banco Real - ABN Amro Bank, certificado em 2007.”
Você sabe quais os critérios utilizados para avaliar a empresa quanto a sua certificação? 1. Uso racional da água; 2. Eficiência energética; 3. Redução, reutilização e reciclagem de materiais e recursos; 4. Qualidade dos ambientes internos da edificação; 5. Espaço sustentável; 6. Inovação e tecnologia; 7. Atendimento a necessidades locais, definidas pelos próprios profissionais da GBC.
Cada um dos itens avaliados possui pontuação específica e para que, uma empresa seja aprovada precisa atingir no mínimo 40 pontos. As empresas que trabalham para obtenção da certificação LEED, devido aos processos que são adotados, passam a consumir 30% a menos de energia, com relação à utilização da água, a economia é de até 50% e os resíduos são diminuídos em 80%. O mais importante é que essa cultura se perpetue pela empresa. V&A
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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
A EVOLUÇÃO DAS
ESQUADRIAS NO BRASIL O consultor Antônio Cardoso entra no ‘túnel do tempo’ e faz uma deliciosa viagem ao passado para contar como o segmento cresceu e tornou-se um dos mais importantes do construbusiness Para conhecer detalhes técnicos e curiosos sobre a história da indústria das esquadrias no Brasil, a revista Vidro & Alumínio conversou com um dos maiores especialistas do País em esquadrias, fachadas, acabamentos de superfície, equipamentos e acessórios. Antônio Cardoso ou simplesmente Cardosinho, como é sempre chamado, é uma lenda-viva do segmento. Começou a trabalhar ainda criança, nos tempos dos caixilhos de ferro. Ocupou diversos cargos na Alcan e depois na Alcoa. Atualmente, é consultor de esquadrias de alumínio pelo escritório AC&D consultoria, e autor do livro “Esquadria de Alumínio no Brasil”, já esgotado.
1950
Conforme seu relato, a indústria de esquadrias começou a dar os primeiros passos na década de 1950. Nesta época, surgiram as primeiras indústrias de alumínio impulsionadas pelas obras de construção de Brasília. Além disso, predominava pequenos serralheiros de janelas de aço. A madeira e o ferro, em abundância no País, também eram usados. Predominava medidas especiais. -- E o alumínio? Ainda sem a tecnologia na composição de perfis de extrusão para Esquadrias, o alumínio começou a ser introduzido no Brasil como componente das esquadrias de aço por meio de tubos, baguetes e trilhos.
1960
Antônio Cardoso conta também que o panorama começou a mudar na década de 1960. O alumínio passou a ser utilizado como matéria prima para a produção artesanal de esquadrias. Somente algumas poucas empresas conheciam o perfil extrudado. Considerada a obra prima das esquadrias, seu uso exigia tecnologia e experiência sobre o alumínio que o setor da construção civil não dominava. Em1964 foi criada a primeira linha de esquadrias de alumínio pela empresa Sonafo, uma das primeiras revendas de perfis de alumínio com filiais em várias cidades do País. A Linha 28, como foi batizada, (até hoje muito vendida no Rio), tinha os cortes dos perfis a 45 graus e não usava equipamentos para usinagens, como estampo, entestadeira e pantógrafo.
1970
No início da década de 70, o ferro e a madeira se industrializaram. O alumínio aproveitou a mão de obra e ganhou espaço. Com a memória em dia, Cardoso lembra outro fato histórico: “Não podemos deixar de falar do famoso ‘Milagre Brasileiro’, período em que o País experimentou excepcional crescimento econômico. Foi nessa época o primeiro grande avanço com o desenvolvimento da linha de perfis e um importante ganho de qualidade na vedação, com o início da fabricação de escovas de polipropileno”, frisou. Também vieram as primeiras Normas para Esquadrias.
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1980
Em seguida, Cardoso fala com emoção da década de 1980 e da primeira grande revolução experimentada pelo segmento de esquadrias no País. Faz questão de citar o nome do executivo Carlos Saldini, diretor da Alcan, na época, que implantou um sistema que simplificou e agilizou a fabricação de esquadrias no Brasil. -- Como funcionava esse sistema? -- Esse sistema – explica Cardoso – é composto de um projeto das tipologias das Esquadrias, mais perfis, mais componentes (roldana, escovas, guarnições), equipamento para industrialização, catálogos para comunicação interna e farto material de treinamento. A partir daí, a fabricação ficou mais fácil e muito mais rápida -- respondeu, acrescentando que, com esse novo conceito, foram feitos cortes nos perfis (foram substituídos de 45º para 90º) e passou-se a utilizar ferramentas de usinagens específicas para cada sistema. Neste período, foi criada a primeira norma sobre esquadrias de alumínio e, em 1983, fundada a AFEAL (Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias), assim como introduzidas as primeiras câmaras de ensaios pelo Instituto Falcão Bauer, aberta para uso de todas as empresas, pois até então só três grandes empresas, (Fichet, Pagani Pinheiro e Alcoa) tinham este recurso.
1990
A década de 1990 foi marcada pela abertura do mercado brasileiro para a importação de máquinas e equipamentos. Os empresários brasileiros, entre eles Roberto Papaiz, hoje diretor da empresa Eurocentro, visitaram diversos países da Europa, sobretudo a Itália, e trouxeram ideias e equipamentos utilizados em vários segmentos da indústria. Nesse período, a padronização torna-se uma realidade e cresce a comercialização de janelas de alumínio. Também foi criado o Código de Defesa do Consumidor.
2000
Cardoso não economiza adjetivos quando se refere a década de 2000. Afinal, foi um “período de gala” em que o segmento deu saltos enormes na qualidade dos produtos e experimentou uma série de inovações como o lançamento das persianas internas, sistemas de vedações, sistemas acústicos e aplicação do vidro duplo, por exemplo. -- Qual foi a inovação mais importante? -- Sem dúvida, foi o sistema de fachadas ‘unitized’ ou, unitizado, empregado pela primeira vez no edifício Bank Boston, em São Paulo, em 2001. Trata-se de um sistema modular, onde o módulo tem uma coluna des-
membrada em macho e fêmea, e a altura do módulo alcança o pé-direito do andar tipo da obra. A produção contempla a fixação da travessa horizontal na coluna tipo macho e fêmea, sendo que o vidro é colado diretamente nessa estrutura, formando o painel modular. Com a autoridade de quem conhece profundamente o assunto, Cardoso explica que os painéis são içados a partir da base da obra e levados mecanicamente até o vão, onde são instalados, lado a lado. Todo o processo é realizado sem necessidade do balancim. As operações de chegada e manuseio dos módulos são feitas pelo lado interno da obra, com o pessoal apoiado no piso. “O aspecto excepcional do sistema ‘unitizado’ é a velocidade para o término da fachada e, consequentemente, da obra. Afinal, trabalha tudo encaixado, sem parafuso, sem nada” explica. Por último, Cardoso apresentou números em relação aos materiais usados atualmente pela indústria na produção de esquadrias. O aço está na frente com 45%; a madeira ocupa o segundo lugar com 30%; o alumínio tem 23% em terceiro e o PVC, 2%.
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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
BUSCA INTENSA PELO AUMENTO DA QUALIDADE Melhorar a qualidade das esquadrias fabricadas no País. Nos últimos anos, este é o maior desafio enfrentado pela AFEAL (Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio do País). Afinal, de cada 10 esquadrias colocadas no mercado, menos da metade ainda não está em conformidade com as normas. Para mudar essa situação, a entidade realiza uma série de ações contra os fabricantes que não atendem as normas da ABNT. Por exemplo: promove ensaios em laboratórios e encaminha relatórios para os órgãos de defesa do consumidor informando o nome dos fabricantes e em quais lojas os produtos foram encontrados. Quando a aplicação da etiqueta de desempenho acústico passar a ser obrigatória, também vai contribuir para aumentar a qualidade das esquadrias, conforme determina a parte 4 da NBR 10821 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Antes mesmo disso, fabricantes de esquadrias já estão utilizando a etiqueta em seus produtos e catálogos. Explica-se: Como as construtoras estão solicitando o Rw (Índice de Redução Sonora Ponderado) das esquadrias, os fabricantes qualificados no PSQ Esquadrias de Alumínio, criado pela AFEAL, estão pouco a pouco realizando seus ensaios. Os valores obtidos nos ensaios feitos em laboratórios de acústica começam a ser divulgados na Tabela de Qualificação. (Veja modelo de etiqueta ao lado). O presidente da AFEAL (Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadrias), Lucínio Abrantes dos Santos, explicou que a eti-
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queta para informação do Índice de Redução Sonora Ponderado (Rw) foi baseada nos produtos fabricados no Brasil e que atendam a ABNT NBR 10821-2, nos ensaios de penetração de ar e estanqueidade à água. Nos níveis ‘C’ ao ‘A’ é possível Edificações habitacionais - desempenho, parte 4, que solicita desempenho acústico do dormitório em canto, portanto a construtora deve especificar a esquadria correta para
cada obra. “No Brasil, o mercado insiste em utilizar a esquadria de correr, que é a tipologia mais vulnerável em relação à acústica. Mas temos tecnologia para fazer esquadrias do tipo abrir e tombar, alçantes e outras que permitem uma vedação muito melhor da esquadria e, como consequência, uma redução sonora muito maior dentro do ambiente. Estas são as tipologias mais utilizadas na Europa e nos EUA” frisou o dirigente. E prosseguiu: “A classificação ‘A’ da esquadria é apenas o começo de uma esquadria com um ótimo isolamento acústico. Se a edificação estiver na rota de aviões, por exemplo, deve ser especificada uma esquadria de nível de desempenho acústico ‘A’, mas o construtor deve informar qual o Rw e qual a curva de frequência do som específica para a sua obra, para, então, ter uma esquadria que traga conforto ao seu cliente, o usuário final”. Ainda segundo o dirigente da AFEAL, a evolução das esqua-
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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO drias de alumínio fabricadas no Brasil passa pelas ações da entidade e envolvimento das empresas quanto ao enquadramento às normas; investimentos em capacitação de mão de obra, máquinas e equipamentos, melhorias
nos processos produtivos, intercâmbios internacionais, novas tecnologias e sistemas, além de responsabilidade dos empresários em ofertar produtos de melhor qualidade. “Os desafios da arquitetura e a
certificação LEED também induziram o desenvolvimento da nossa indústria, aumentando a qualidade e competitividade, inibindo a importação de esquadrias”, concluiu.
Novo laboratório O empresário Edison Claro de Morais, diretor da Atenua Som, empresa especializada na fabricação de janelas antirruído, e integrante do Conselho Deliberativo da AFEAL, sempre adotou uma postura crítica em relação a qualidade das esquadrias fabricadas no País. Tomando o cuidado de não generalizar, ele confessa que a qualidade “não é boa” e “muito abaixo” em comparação com o mesmo produto fabricado na Europa. Para ajudar a mudar essa situação, fez uma parceria com o PSQ (Programa Setorial da Qualidade), da AFEAL, e passou a fazer ensaios de esquadrias em seu próprio laboratório instalado em sua fábrica, no bairro do Cambuci, em São Paulo. Para o empresário, a evolução da qualidade das esquadrias fabricadas no País passa pela “educação” do consumidor, isto é, pelo maior conhecimento do consumidor de seus direitos e obrigações. Vidro O vidro é um companheiro inseparável de uma esquadria. Sua evolução técnica ganhou impulso no Brasil a partir da década de 1950. O desenvolvimento industrial de vidros com propriedades especiais permitiu especificações que garantem segurança em fachadas e coberturas, aumentando os níveis de conforto térmico e acústico. No interior das edificações, a evolução da tecnologia tem colocado no mercado vidros com características especiais, resultando em desempenhos excepcionais. Por exemplo: o desempenho relacionado à entrada de luz e à visibilidade através do vidro e o desempenho acústico, muito importante quando se pretende que o vidro reduza o nível de ruído ao adequado uso do edifício. Para hospitais ou instituições de ensino, por exemplo, os níveis são mais baixos. Para edifícios de escritório admitem-se níveis mais elevados, mas as normas brasileiras e as internacionais sempre limitam esses níveis de acordo com as frequências dominantes do ruído externo – ruídos de baixa frequência incomodam mais e são mais nocivos que os de alta. Adicionalmente, o vidro deve contribuir para o conforto térmico do ambiente interno, ou seja, tem que controlar a passagem de calor de um lado para outro. Em países de clima frio, o uso da calefação gera grandes custos e o que se pretende dos vidros é que permitam que o calor penetre no ambiente durante o dia, mas não deixem o calor sair durante a noite ou em períodos com temperatura externa muito baixa. Já nos países de clima quente, principalmente nos trópicos – nosso caso – o que se procura é barrar a entrada de calor durante o dia e permitir que ele saia com facilidade nos períodos com menos radiação e à noite. Sacadas envidraçadas As sacadas envidraçadas representam uma solução bonita e elegante para tornar os espaços mais aconchegantes. Afinal, recebem proteção acústica ou térmica em locais barulhentos, de inverno rigoroso ou de calor excessivo. O crescimento desse mercado levou à necessidade de parâmetros regulatórios para o segmento, como a NBR 16259, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em vigor desde 16 de fevereiro deste ano. Para Paulo Duarte, consultor especialista em fachadas, a norma NBR 16.259, da ABNT, demorou muito para sair, pois há bastante tempo já são realizadas instalações de fechamentos nos terraços e há muitos fornecedores no mercado, que sempre venderam tais instalações sem poderem dar qualquer garantia de desempenho. “Isso ocorre em consequência de uma grande falta de cuidados do consumidor”, frisou. V&A
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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
NOVOS PROGRAMAS
IMPULSIONAM A INDÚSTRIA DE ESQUADRIAS
A indústria de esquadrias não para de crescer no País. Por várias razões: avanço da construção civil, exigência de melhoria na qualidade dos produtos e chegada de novos materiais e equipamentos da Europa. Combinado com tudo isso, o produto ganhou mais espaço em áreas nobres de edifícios e residências. Para atender essa
nova realidade, é cada vez maior a necessidade de contar – entre outras coisas – com programas, sistemas e plataformas amigáveis capazes de dar o suporte necessário para a fabricação de esquadrias com qualidade e rapidez exigidas pelo mercado. Como se trata de investimento alto e que propõe significativa mudança na
rotina da empresa, e preciso conhecer e verificar sua funcionalidade, eficiência, confiabilidade e portabilidade. Conheça aqui três softwares usados em larga escala: FPPRO da Emmegisoft; Web3, da Fortmax; e CEM, da Esquadgroup e tire suas conclusões:
de negócio e destaca-se pelo comprometimento e orientação voltada ao cliente. Para oferecer soluções informáticas de alto desempenho para o mercado nacional, criou a unidade Sistemas para oferecer ao cliente exatamente a ferramenta que atenderá as suas necessidades. Para isso, desenvolve um amplo portfólio de produtos para as áreas técnica, produção e gestão, desde pequenas empresas que necessitam de informações básicas como também grandes fabricantes de esquadrias que precisam de uma gestão mais completa e detalhada.
mitido cadastrar ou alterar Perfis e Componentes, no entanto são disponibilizadas as informações oficiais dos fornecedores (MOF), contendo atualizações e manutenções regularmente.
CEM Principal característica do CEM, da Esquadgroup: o sistema cria e calcula esquadrias, além de emitir orçamentos, relatórios de corte, produção e montagem. O sistema possibilita também o levantamento de material e a emissão de inúmeros relatórios para a produção, incluindo listas de corte, montagem, romaneios de compra etc. Permite ainda a criação de esquadrias com a utilização de perfis e componentes dos principais fabricantes do mercado e obtém informações atualizadas dos principais fornecedores do mercado de esquadrias por meio do Mídia Ocial do Fornecedor. O CEM Light possui as mesmas características e funções. Atende empresas que utilizam exclusivamente produtos de mercado (Perfis e Componentes). Assim, não permite cadastrar ou alterar Perfis e Componentes. No entanto, são disponibilizadas as informações oficiais dos fornecedores (MOF), contendo atualizações e manutenções regularmente. Já o Eg Painel é um sistema na nuvem que controla sua obra. Com ele você visualiza os diferentes status de sua obra como separação de material, cortes, montagem, entrega e instalação. Além de realizar apontamentos das mesmas atividades, realiza apontamentos e faz consultas com a finalidade de ter um controle completo dos estágios de cada obra. Localizada na cidade Sorocaba, interior de São Paulo, a Esquadgroup é especializada em gerar soluções para o mercado de esquadrias. Com mais de 25 anos de experiência, possui oito unidades
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Derivado do software CEM, possui as mesmas características e funções, o CEM Light é um produto que atende com excelência as empresas que somente utilizam produtos de mercado (Perfis e Componentes). No sistema CEM Light não é per-
Derivado do software CEM Light, o sistema atende com excelência pequenas empresas que utilizam exclusivamente produtos de mercado (perfis e componentes). No sistema Smart CEM são disponibilizadas informações oficiais dos fornecedores (MOF), contendo atualizações e manutenções regularmente.Já o Eg Painel é um sistema na nuvem que controla sua obra. Com ele vc conegue visualizar os diferentes status de sua Obra, como separação de material, corte, montagem, entrega e instalação. Além de realizar apontamentos das mesmas atividades.
WEB3G O WebG3 é um sistema para esquadrias de Alumínio e Vidros Temperados desenvolvido pela Fortmax Sistemas que atua no mercado há 16 anos e tem sede na cidade de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Segundo a empresa, o programa proporciona economia na infraestrutura da empresa, pois não exige a instalação de servidor e nem cabeamento de rede, basta apenas um terminal com acesso à internet para empresa estar em pleno funcionamento, dispensando gastos com equipes de TI e a preocupação com backups ou segurança de dados. Rodrigo Trigo, gerente da empresa, aponta um diferencial do software de sua empresa: “Além do cálculo de algoritmos complexos executados em segundos num ambiente totalmente on-line, proporciona mobilidade e segurança”, frisou, acrescentando que por meio de seu notebook na obra de um cliente, ou de seu smartphone em um aeroporto, você pode calcular um orçamento, acompanhar o PCP da em-
presa ou, até mesmo, emitir uma nota fiscal. Já o PCP (programação e controle de produção) permite o acompanhamento em tempo real de qualquer obra dentro da indústria, podendo inclusive, ser acessado pelo seu cliente em tempo real. Além disso, possui quatro tipos de otimização de perfis, proporcionando o melhor aproveitamento para cada obra, otimizador bidimensional para cortes de chapas
de vidro, alumínio e ACM, propostas comerciais totalmente configuráveis, contratos além de relatórios de compra, montagem e relatório para tempera. Com mais de 3000 projetos de esquadrias de alumínio e temperados já disponíveis para o usuário, a empresa também pode realizar todo seu controle financeiro, emitir boletos e nota fiscal eletrônica para seus clientes.
SOFTWARE GRÁFICO O PFPRO, da Emmegisoft (empresa do Grupo italiano Emmegi) foi apresentado durante workshop na sede da AFEAL, em São Paulo, Tratase de um software gráfico criado executar desenhos e cálculos de esquadrias. Ulisses Albuquerque, técnico da empresa, explicou que o programa define o tipo da esquadria, faz cálculo de encomendas, geração de listas de produção para a fábrica, plano de cortes, orçamento, levantamentos de materiais e pedido aos fornecedores. Ainda segundo ele, o programa está disponível em diversas versões, utiliza ambiente parecido com o windows e pode ser adaptado para empresas de todas os tamanhos. “A utilização, extremamente simples, é caracterizada por interface totalmente gráfica, com a visualização real de perfis, nós, seções e tipologias. Pode funcionar em rede com arquivos compartilhados em bases de dados SQL” destacou o palestrante. Em seguida, fez diversas simulações para demonstrar a aplicação do produto com riqueza de detalhes: “O
programa não trabalha com fórmulas, mas com a posição dos materiais no ambiente CAD. É como se a peça estivesse na bancada”, explicou, acrescentando que pode ser integrado a outro software da empresa e, com isso, realizar o controle total de estoque, calendário de atividades com controle de cargas, alteração dos dados em massa, emissão de nota fiscal eletrônica, troca de arquivos de pa-
gamento/recebimento com qualquer banco, por exemplo. Concluiu a apresentação informando que o programa já foi instalado em 50 empresas de diversas cidades do País e que a implantação e treinamento levam, em média seis meses. Quanto ao custo, disse que o produto pode ser adquirido por módulos ou por meio de locação por um período de seis meses a um ano. V&A
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COLUNA
FACHADAS
Colunista Edgard Afonso Panzeri O mercado disponibiliza atualmente três tipos de Fachadas que envolvem vidro e alumínio: Fachada Cortina, Pele de Vidro e Glazing. São muito comuns hoje em dia os projetos em que a especificação descreve Pele de Vidro, mas o sistema de instalação na verdade será o sistema Glazing. Vamos então voltar um pouco na história da construção civil para entendermos melhor o porquê deste engano tão comum.
Fig.1 – Fachada Cortina
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Nas décadas de 60 e 70, com a evolução do mercado construtivo, surgiu a demanda de inovações que favorecessem a estética das edificações comerciais, sendo o vidro o foco principal. Para responder ao mercado desta época, surge a Fachada Cortina, que se caracteriza por colunas de alumínio fixadas em pontos estruturais da edificação (vigas de concreto, lajes e outros). Essas colunas possuíam presilhas e tampas e o vidro era fixado através de gaxetas de borracha. Neste sistema a massa de alumínio visível variava entre 40 e 160mm. Esse sistema é praticado até os dias de hoje em algumas edificações. (Fig. 01) No entanto, a Fachada Cortina ainda não atendia a expectativa dos arquitetos e construtores que esperavam projetos sem o alumínio aparente. Surge então a Fachada Pele de Vidro (fig.02), que com um perfil diferenciado permitiu a redução das molduras de alumínio visíveis e foi muito aplicado entre as décadas de 80 e 90. Mesmo com a sensível redução da visibilidade dos perfis na
Fig.2 – Fachada Pele de Vidro
Fig.3 – Fachada Glazing fachada, ao longo do tempo a demanda mudou e o mercado cada vez mais exigia fachadas que mostrassem apenas vidro, sem alumínio aparente. Surge então o Selant Structural Glazing (Envidraçamento Estrutural através de Selante), onde a fixação dos vidros no quadro é realizada com silicone estrutural. O desenvolvimento da tecnologia no setor também disponibiliza a fita adesiva dupla-face, especialmente desenvolvida para esse fim, que substitui o silicone estrutural. Atualmente o Structural Glazing é o sistema mais utilizado. Nas obras de grande porte, sua aplicação evoluiu para o Sistema Unitizado. Mas esse é tema para outra oportunidade. A partir de agora então você tem ideia da diferença entre os sistemas e suas vantagens e desvantagens. Vale lembrar que em qualquer um deles, é fundamental o cumprimento dos padrões construtivos e de projeto, além da atenção e cuidado para obtenção de um resultado satisfatório para todos os envolvidos. V&A
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MERCADO
O ALUMÍNIO
NA COMUNICAÇÃO VISUAL
A Comunicação Visual vem se especializando cada vez mais no uso de novas tecnologias e na aplicação de materiais que atendam às necessidades do cliente, e ao mesmo tempo, confiram modernidade, durabilidade e beleza aos projetos e serviços desenvolvidos. Muitos substratos são empregados neste sentido,
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mas devido às características do ACM (Aluminium Composite Material), este produto vem se destacando como a melhor solução na comunicação visual por sua versatilidade e excelência no acabamento. O ACM é um alumínio de alta resistência constituído por duas lâminas com um núcleo de polietileno, que variam de
espessura, acabamento e pintura, de acordo com o projeto desenvolvido. As chapas em ACM oferecem capacidade de conformação mecânica (modificar as características do material alterando a geometria da peça final) e planicidade, semelhante às grossas chapas de metal, contudo, as chapas de alumínio são cerca de 40% mais leves.
Por ser plano e moldável, o painel de ACM torna possível transformá-lo em diversas formas diferentes. Essa condição personalizável do material o qualifica como uma das melhores soluções para criação de revestimento para fachadas comerciais e residenciais, pilares, marquises, testeiras, colunas, pórticos, placas, totens, placas de sinalização e projetos especiais, com formas e medidas únicas. Outra importante característica desse material é a resistência a altas temperaturas e amortecimento acústico, além da facilidade na manutenção e limpeza, bastando apenas água e detergente. Para remover pichações e avarias mais específicas, basta utilizar um solvente adequado. Um dos Mega empreendimentos da Syene Empreendimentos, o Salvador Prime, tem a quinta maior fachada do mundo e a maior fachada da América Latina em alumínio. A fachada é revestida de Alucobond e tem painéis compostos de alumínio com 43 mil metros quadrados. A cobertura de alumínio composto na fachada do empreendimento é um
marco de modernidade e inovação na arquitetura baiana e brasileira. O diretor de desenvolvimento de negócios e planejamento estratégico da Alcan Composites Europa, ressaltou que o material é 100% reciclado. Entre as vantagens estão, a leveza do material que é ao mesmo tempo é mais rígido que os concorrentes do mercado, o conforto termo acústico que confere ao ambiente e a proteção da estrutura da fachada que soluciona problemas de construção. Existem fachadas que utilizam esse produto no mundo que estão completando 30 anos e se
mantém como novas. O Alucobond utilizado na fachada foi um dos grandes diferenciais na construção do Salvador Prime, a forma de aplicação do material se deu simultaneamente a elevação dos andares das edificações, para isso fizeram uso de alta tecnologia para controle de qualidade, finalização de acabamento e economia. O investimento total do empreendimento Salvador Prime foi orçado em R$ 200 milhões e na fachada foram gastos R$ 30 milhões. Além do Alucobond foram utilizados na fachada pele de vidro, castilharia e alumínio. O mul-
Edifício Salvador Prime
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MERCADO
tiuso Salvador Prime tem área total de 176 mil metros quadrados sobre uma base de 11,5 mil metros quadrados e o projeto é imponente pela verticalização. A qualidade dos empreendimentos da Syene conquistou o reconhecimento internacional. Na International Property Awards, uma das mais conceituadas premiações da construção civil do mundo, o projeto Salvador Prime concorreu com os melhores do mundo nas categorias multiuso e empreendimento sustentável. O Salvador Prime recebeu o título de melhor do Brasil na categoria empreendimento multiuso e também foi eleito como o melhor da América Latina, o que coloca o empreendimento como um dos seis destaques de todo o mundo. Essas premiações só confirmam que estamos no caminho certo, empregando na construção civil e na publicidade o que há de mais moderno e inovador no mundo. O revestimento de fachadas com placas de ACM é ideal para utilização em grandes dimensões, mas também tem sido explorado na criação de artes e layouts exclusivos, com formas e medidas, conferindo às fachadas um visual
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único, criativo e inovador. Além de favorecer a divulgação e publicidade de marcas e logotipos. A aplicação do ACM na publicidade e sinalização se estende a outras utilizações com o mesmo êxito. Totens de sinalização com grafismos estão presentes nos mais diversos tipos de negócios e setores. As placas de alumínio utilizadas para este fim recebem primer e tintas, ganhando a cor desejada e os grafismos, que podem ser feitos com vinil, letras caixa do mesmo material e impressão digital. Inúmeras empresas do setor, como a Alucobond, Alucomaxx, Alubond, Aluform, Tecbond e muitas outras, dominam e empregam estas técnicas no uso do ACM, o que resulta na diversificação dos projetos, contribuindo com visuais criativos que destacam os projetos uns dos outros e se traduzem em mais criatividade e inovação. No caso dos Totens, mais do que sinalizar, eles são uma das melhores maneiras de destacar sua empresa, devido à alta visibilidade de imagem (em até 360°). O Totem empresarial pode ser personalizado, dando-lhe o formato e layout desejado, a fim de obter
o melhor resultado na divulgação e publicidade de empresas. Os diversos usos do ACM, tem sido requisitados por inúmeras empresas, devido a forma prática e rápida com que os projetos são executados, além de obter ótimos resultados, pois uma fachada diferenciada em inovação e qualidade é um excelente meio de chamar atenção do público em geral e conquistar novos clientes. Mais do que isso, as empresas podem imprimir a “cara” de seu estabelecimento, através de uma identidade visual. Um dos projetos que conseguiu imprimir esta identidade com a mudança da fachada foi a Galeria Estar Móveis, com uma nova estrutura em alumínio composta por formas hexagonais e espaços para a abertura dos vidros, que transformou sua fachada, assemelhando-se a uma colmeia. A versatilidade do ACM aliada a equipamentos de ponta que garantam qualidade na produção, além de uma equipe altamente capacitada para atender com excelência a demanda de seu projeto, aliados a um bom layout e o desenvolvimento eficaz dos mesmos, fazem a diferença transformando seu marketing - num mercado cada vez mais exigente – em uma comunicação visual totalmente diferenciada que trará ótimos resultados para a publicidade de sua empresa,marca, loja, etc. V&A
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MERCADO
RECICLAGEM
DE VIDROS AUTOMOTIVOS
Atualmente a palavra da ordem é reaproveitar, utilizar os recursos naturais sem poluir o meio ambiente e reutilizá-los, diminuindo a exploração desses recursos e dos resíduos produzidos por eles.
O vidro é considerado uma matéria prima que não perde as suas propriedades durante o processo de reciclagem - tem característica praticamente infinita de reciclagem – o que faz dele um aliado do meio ambiente. Porém, no Brasil, a questão da reciclagem de vidros começou a ser abordada recentemente, poucas são as iniciativas de reaproveitamento deste material. O destino da maior parte do vidro já utilizado são os lixões e aterros sanitários. Quando falamos em reclicar, reaproveitar e reutilizar, estamos visando dois objetivos principais: o aproveitamento deste recurso natural 50 V&A
como matéria prima para fabricação de outros produtos e a preocupação com o impacto deste material quando lançado na natureza, considerando que o vidro leva mais de 5000 anos para se decompor. Baseada nesta preocupação – a proveniência de sua matéria-prima e a responsabilidade com os resíduos resultantes dela - a unidade de produção de vidros do grupo Saint-Gobain, é uma das pioneiras neste quesito, considerada atualmente, uma das referências no processo de reciclagem deste material. Através de uma parceria com a empresa Massfix, em reciclagem de
vidros de diferentes tipos, o grupo adquire atualmente 1800 toneladas de vidro reciclado por mês junto à empresa. Estes resíduos são provenientes de vidros automotivos, principalmente os vidros utilizados em pára-brisas. A Massfix se encarrega de coletar este tipo de material em empresas do segmento de vidros au-
tomotivos como Carglass e AutoGlass, faz a descontaminação (limpeza) e reciclagem destes, que depois de passarem por estas etapas podem ser novamente industrializados na produção de garrafas de cervejas nas fábricas da Saint-Gobain - em Porto Ferreira – SP e Campo Bom – RS. Segundo o chefe de desenvolvimento de recicláveis da Saint-Gobain Glass, Wagner Sabatini “a parceria com a Massfix gerou inúmeros benefícios para os negócios da empresa e consequentemente para o meio-ambiente e a sociedade em geral”. A ideia deste acordo teve início em 2005, quando a multinacional percebeu que a especialização no negócio de reciclagem da Massfix, que tem frota própria e atua nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, seria vantajosa para a empresa, reduzindo grandemente os resíduos de cacos de vidro de embalagens domésticas
– garrafas, sucos, remédios, entre outros – que são mais escassos no mercado devido não termos na sociedade esta cultura desenvolvida, nem por parte da sociedade, que na grande maioria não faz coleta seletiva, e nem por parte do governo que não tem um programa efetivo de coleta deste material. Hoje a matéria-prima reciclada para o processo de fabricação de outros produtos é basicamente proveniente de vidros automotivos, captados pelas empresas Carglass e Autoglass pela Massfix, e recicladas em sua fábrica que localiza-se em Guarulhos.
“Esta redução da dependência do vidro de embalagens foi extremamente vantajosa, pois passamos a utilizar o vidro de pára-brisas, que é encontrado mais facilmente e em maior quantidade no mercado, com menor custo, o que consequentemente aumentou o volume de utilização de cacos no forno. Resultando em mudanças financeiramente importantes, pois conseguimos diminuir o custo de fabricação e agregamos mais valor à compra de cacos”, afirma Wagner. Hoje em dia, a Saint-Gobain Glass produz um percentual de 55% de cacos de vidro automotivo
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MERCADO
reciclados no forno, podendo chegar até 80% de cacos reciclados, dependendo da disponibilidade deste material no mercado. Ou seja, há uma menor extração de matéria-prima natural - areia, sulfato, barrilha, feldspato e calcário - utilizados para a produção do vidro e uma economia de energia significativa, em torno de 30% dependendo da proporção de cacos utilizados. Isto porque o caco de vidro já está no processo de pré-fusão e demanda menos esforços. Há também uma prolongação da vida útil do forno, devido ao menor aporte energético”. Todos os dias são jogados toneladas de lixo fora, e o vidro é uma parte significativa deste lixo. A recicla52 V&A
gem é uma das maneiras de reduzir a poluição ambiental e o desperdício. Não se sabe com precisão quanto tempo o vidro leva para se degradar na natureza. Por isso, quando reciclado, além de não agredir o meio ambiente, ele é fundido e transformado em diversas outras coisas. O processo nas unidades de reciclagem, consiste em dividir o vidro em partes menores, esmagar, classificar e limpar, para então misturar outras matérias primas, como o carbonato de sódio e areia. Depois disso a mistura é utilizada para fabricar outros objetos. Infelizmente a reciclagem de vidro em geral, exceto por iniciativas de empresas privadas como as mencio-
nadas acima, ainda não pode ser considerada efetiva. Em nosso país não ocorre a coleta seletiva, todo vidro é coletado somente por catadores, e devido ao peso do vidro, o transporte inviabiliza a coleta de grandes quantidades. Entretanto, são inúmeras as vantagens em reciclar o vidro. A economia de energia na reciclagem é maior do que na produção primária, o vidro produzido a partir do vidro reciclado reduz a poluição do ar e da água em 20% e 50% respectivamente. Embora se fale muito a respeito das vantagens de se reciclar, no setor do vidro, isto ocorre apenas a partir de algumas iniciativas privadas. Portanto, é necessário que a empresa que irá se dedicar a reciclagem tenha em mente que, em primeiro lugar, o seu negócio é como qualquer outro no sentido de que ele deve gerar lucros para que possa ser realmente sustentável. No entanto, o processo da reciclagem do vidro implica em custos elevados, e por isso, uma série condições devem ser consideradas. A reciclagem deve ser encarada como um negócio que vai gerar resultado financeiro, justificando a sua prática além do aspecto educativo e ambiental. V&A
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MERCADO
O ITEC Laboratório de ensaios, especializado em esquadrias, o ITEC– Instituto Tecnológico da Construção Civil dispõe de diversas dimensões de câmaras de ensaio, dentre elas a câmara azul que é considerada a maior do país, voltada para ensaios de fachadas de até três pavimentos. O laboratório pode atender à demanda crescente de ensaios em janelas, portas e até fachadas-cortina realizando anualmente centenas de ensaios a pedido das construtoras e fabricantes. Nas câmaras citadas são executados três ensaios a saber: Penetração de ar, Estanqueidade à água e Comportamento quando submetido às cargas uniformemente distribuídas. Há ainda uma estrutura que permite a realização de ensaios referentes às operações de manuseio. O ensaio de penetração de ar avalia o conforto térmico, ao observar se o vento que eventualmente passa pela porta ou janela está dentro das tolerâncias normativas. Também é observado se a esquadria apresenta vazão de ar que possa interferir no desempenho da climatização do ambiente. Já o ensaio de estanqueidade à água simula chuva, através da aplicação de água com vazão constante e uma pressão de ensaio que é específica para a região onde será instalada a esquadria, pois a velocidade do vento varia conforme a região do país. O mapa de isopletas (veja ilustração) mostra a variação da velocidade de ventos nas várias regiões do país – no sul é maior do que no
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nordeste, por exemplo. A NBR 10821 especifica que a esquadria ensaiada quanto à estanqueidade a água não pode apresentar infiltração que cause escorrimento pela parede na sua face interna. Deficiências na vedação do encontro do montante e da travessa, no contramarco ou marco, pode colaborar para que ocorra destacamento da argamassa. No trilho da janela de correr, a lâmina d’água que se forma quando há ocorrência de chuvas, é escoada pelos rasgos de drenagem. Quando o dreno não está bem dimensionado, e as vedações também não estão em acordo, pode ocorrer o borbulho que causa respingos, bem como o transbordamento de água no trilho. O ensaio o de cargas unifor-
memente distribuídas, também conhecido como ensaio de deformação, permite fazer uma verificação estrutural da esquadria, através da aplicação de de pressões positivas e negativas (sucção), simulando rajadas de vento. Avalia a deformação dos perfis, ruptura do vidro ou componente, e perda de estanqueidade ao ar. A NBR 10821, específica ainda, os ensaios de operações de manuseio, voltados para os componentes das portas e janelas, de acordo com a tipologia (maxim-ar, de correr, pivotantes e outras), bem como com a resistência dos perfis às cargas decorrentes do uso normal da esquadria. O ITEC realiza ainda ensaios em guarda-corpos para edificações, de acordo com a NBR
14718, que podem ser realizados tanto no laboratório, quanto em protótipos instalados na obra. A realização destes ensaios também permite ao fabricante e construtora, avaliar o guarda-corpos quanto ao uso e segurança. Outros ensaios oferecidos aos nossos clientes é o ensaio de corrosão, tanto por exposição à névoa salina (salt-spray), quanto por exposição à umidade saturada. Ensaio este que simula em laboratório as condições de salinidade e umidade às quais produtos com tratamentos e pinturas diversas, estarão expostos nas obras. Uma novidade nos serviços prestados pelo ITEC é a realização da verificação quanto à infiltração de água em fachadacortina in loco, conforme método de avaliação apresentado no procedimento americano AAMA 501.2-03 – Quality Assurance and Diagnostic Water Leakage Field Check of Installed Storefronts, Curtain Walls, and Sloped Glazing Systems. Desenvolvimento de produtos Os ensaios em laboratório colaboram com o desenvolvimento de novos produtos, atividade que começa com o projeto da esquadria feito pelo fabricante. Deficiências da esquadria que não são visíveis no projeto, principalmente no item de estanqueidade a água, são reveladas nos ensaios. Até porque, muito do desempenho decorre das fases de montagem e de instalação da esquadria. Assim, se há deficiência na aplicação de silicone ou no dimensionamento da guarnição de borracha, por exemplo, a água encontra meios para passar para o ambiente, situação que não é possível prever no projeto. A experiência do ensaio permite ao fabricante aplicar as correções ou repassar
a informação para o instalador, indicando os cuidados necessários para garantir a estanqueidade. O ensaio também pode levar o fabricante a alterar detalhes, desde a inclusão ou redimensionamento de um componente, ou até mesmo todo o projeto. Novidades O ITEC encontra-se em fase de ampliação das instalações, e ampliação do escopo de ensaios, dentre eles destacamos os ensaios em sistemas de envidraçamento de sacadas, conforme a NBR 16259 e a construção de
uma câmara acústica, onde será possível avaliar o desempenho acústico de janelas e de outros materiais. Também está em fase de projeto a transferência do ITEC para uma nova sede em Atibaia – SP, com instalações mais amplas e modernas, que proporcionarão o aperfeiçoamento no atendimento aos nossos clientes em vários aspectos tais como: estrutura do laboratório, logística, agilidade e aumento da capacidade laboratorial para os atuais e novos ensaios. V&A
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MERCADO
VIDROS TEMPERADOS CERTIFICADOS PELO INMETRO
A empresa faz questão de oferecer essa autenticação para garantir mais segurança aos usuários Como destacado recentemente em reportagem exibida pela TV Globo, a certificação dos vidros temperados no Brasil pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) ainda não é obrigatória. Porém, zelando pela segurança de seus clientes, a PKO do Brasil, desde 2011, incluiu em seus processos de beneficiamento dos vidros temperados a autenticação desse órgão, que assegura a qualidade desses produtos, muito utilizados em boxes de banheiros, proporcionando mais segurança aos usuários. “Como não é uma medida obrigatória, a nossa certificação é voluntária, ou seja, fazemos questão de oferecer esse selo, que comprova que o material passou por todas as etapas devidas. Trata-se de uma garantia do processo”, explica Luis Villar, supervisor de Qualidade da PKO do Brasil. A excelência alcançada nos processos da PKO do Brasil, bem como a qualidade dos produtos ofertados, é garantida por certificações que confirmam o atendimento às normas técnicas e sistemas de gestão. Assim foi com a inclusão do selo do Inmetro aos vidros temperados e também a conquista e manutenção, desde 2007, da ISO 9001, que estabelece requisitos para auxiliar na melhoria dos processos internos, procedimentos fundamentais que refletem no produto final. Além
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disso, também merecem destaque os Certificados de Desempenho concedidos pelos fornecedores da PKO, que atestam a qualidade da empresa e aptidão para a comercialização dos produtos. “Estamos há 16 anos no mercado e conseguimos nos tornar uma das referências do setor vidreiro. Essa confiança e reconhecimento conquistados são frutos de um intenso trabalho, que visa atender as exigências de um público que busca excelente qualidade aliada à segurança, conforto e beleza na decoração. Essas são as marcas dos produtos e serviços da PKO”, destaca Myrian Ang, diretora de Marketing da companhia. A PKO do Brasil é uma empresa que atua nos setores de vidros
e pedras para diversos segmentos do mercado nacional. Criada há 16 anos e certificada pela ISO 9001, a PKO oferece produtos inovadores, com qualidade e segurança, que impressionam pela qualidade, design, sofisticação e requinte de detalhes. A empresa prioriza o comprometimento com o cliente, que conta inclusive com atendimento online e treinamento técnico sobre vidros para as diversas aplicações na construção civil. Além disso, a PKO dispõe de uma equipe de profissionais qualificados, aptos para o desenvolvimento de soluções dos mais diversos tipos de demandas, para oferecer suporte na execução dos projetos dos clientes. V&A
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MERCADO
UDINESE LANÇA LINHA
LINHA FLARE
A Udinese lança uma nova linha de acessórios que pela primeira vez no mercado brasileiro, permite integrar de forma harmônica o design de todo tipo de acionamentos de janelas e portas de uma habitação. Única empresa no setor, por fazer parte de um grupo tradicional na fabricação de fechaduras, a oferecer soluções desse tipo. Vêm de encontro à necessidade dos arquitetos e especificadores em manter uma única linguagem estética, tanto para porta como para janelas. Acompanhando o conceito de design próprio da Linha Flare, os novos modelos de Concha Flare, para portas e janelas de correr, proporcionam ao usuário mais segurança e melhor ergonomia
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durante o movimento de abertura e fechamento, resolvendo o clássico problema do efeito quebra unhas, graças a um botão de desbloqueio de nova geração e à sua maior profundidade para o acionamento. Permite a utilização em portas e janelas de maior dimensão, sem a utilização de puxadores auxiliares. Disponíveis em dois tamanhos, são indicadas para linhas do mercado com bitola acima de 32 mm, graças a sua largura e profundidade. Acompanhando o conceito de design próprio da “Linha Integrada Flare”, apresentamos o novo modelo de maçaneta para Fechaduras de Perfis e para portas em madeira. Sem parafusos aparentes, proporcionam melhor ergo-
nomia e design inovador, permitindo pela primeira vez integrar de forma harmônica todo tipo de janelas e portas da habitação. Cabe destacar o novo sistema de posicionamento da maçaneta, mantendo a mesma sempre na posição horizontal. Fecho para janelas maxim-ar , também acompanhando o design da “Linha Integrada Flare”, com inovador posicionamento de abertura e fechamento, mantendo as maçanetas na posição aberta ou fechada sempre alinhadas. Evitam-se assim danos ao produto e ao perfil e do aspecto ruim de apresentação quando instalado na esquadria. Não deixe conheçer os outros produtos da linha flare no site: www.udinese.com.br V&A
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PRODUÇÃO INDUSTRIAL
PINTURA ELETROSTATICA
ANOBRIL
Atualmente, o revestimento em pó é a tecnologia de acabamento de maior crescimento no mundo. A tinta em pó atua intensivamente em vários segmentos, fornecendo, de forma continua produtos de qualidade superior e tecnologia avançada. Mais do que um revestimento, a tinta em pó é a solução perfeita para aqueles que consideram qualidade, economia e serviço, fatores imprescindíveis na proteção de seus produtos. A tinta em pó a base de resina poliéster, de bom acabamento é especialmente indicada para peças expostas ao ar livre, graças à sua excelente resistência à intempérie e à calcinação. Como este grande produto possui uma camada de conversão livre de cromo e aprovado pela Qualicoat, a Anobril atende as necessidades de arquitetos e decoradores para a criação de esquadrias para fachadas e ambientes, dentro das mais atuais tendências construtivas. Alem de 2 cabines de pintura eletrostática, a Anobril também conta em sua planta com mais 2 unidades fabris, sendo uma para extrusão de alumínio de 6 polegadas que atende os segmentos de construção civil, bens de consumo e industrial, e uma outra unidade para anodização, com capacidade de 450 toneladas, para os acabamentos fosco, bronze, preto e acabamento acido para a indústria moveleira. V&A
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PRODUÇÃO INDUSTRIAL
TRANSPORTE NAS ALTURAS Especialista em equipamentos para movimentação vertical de cargas assume em oito anos a liderança no setor Com uma média de crescimento anual acima dos 10%, a Guindaste Aranha exibe uma trajetória marcada por investimentos eficazes e apostas acertadas, que a conduziram a uma rápida ascensão no mercado nacional. Fundada há pouco mais de oito anos, a empresa nasceu como prestadora de serviços no segmento de venda e locação de equipamentos, especializada em movimentação de cargas, transportes especiais, remoções técnicas e industriais. “Identificamos um cenário deficiente em equipamentos dessa categoria, além de um alto custo apresentado pela cadeia de instalação e transporte vertical, tanto de vidros e painéis unitizados em alumínio como de outros acabamentos pesados em fachadas comerciais especiais características dos grandes empreendimentos atuais”, comenta o engenheiro Jefferson Candeo, diretor comercial e sócio-fundador da Guindaste Aranha. Segundo ele, tais empreendimentos sempre pagaram caro pelo processo de locação, montagem de pórticos e encordoamentos, como vias, treliças talhas e GW, e raramente contavam com serviços ágeis e um cronograma confiável. Foi ao identificar esta lacuna que a Guindaste Aranha se lançou no trading de importação
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de equipamentos para a construção civil. “Os equipamentos que importávamos inicialmente eram geradores e torres de iluminação”, conta Candeo. “A partir daí, firmamos nossas primeiras parcerias, com a Luxalum Esquadrias Especiais, em São Paulo, e com o Grupo Paris, no Rio de Janeiro, líderes no segmento de fachadas e vidros especiais e pioneiros em investimentos inovadores e auto-suficientes quanto ao processo de instalação e verticalização de fachadas”, lembra Candeo. “Foram parceiros fundamentais, que nos apoiaram em relação ao uso bem sucedido e planejado de nossa linha de produtos”, ressalta o engenheiro. Segura de sua aposta no segmento, poucos anos depois a Guindaste Aranha já garantia seu espaço no mercado nacional, passando de uma empresa de pequeno porte e pouca expressão à posição de líder em vendas, assistência técnica, treinamento e locação de equipamentos em todo o País. “ Nossa media anual de vendas saltou de 20 para 100 equipamentos comercializados, somados às atuais 20 unidades que compõem nossa frota de locação”, revela o diretor. Em seus oito anos de percurso, a empresa tornou-se pioneira em soluções de içamento, trazendo para o Brasil o que há de mais avançado nesse campo. Atenta às tendências internacionais, passou a atuar como representante de marcas consolidadas
nos cenários europeu e asiático, como a italiana Kegiom Lifting, a dinamarquesa Intellitech e a chinesa Glassil. “Nossa estratégia comercial tem sido amparada por viagens técnicas internacionais constantes, para que as decisões de importação e transformação sejam sempre pautadas por ampla pesquisa e, sobretudo, em função da cadeia de valor e de know how global, procurando usar mão de obra nacional para aprimorar, adaptar e ‘tropicalizar’ soluções de acordo com as necessidades específicas do País”, diz Candeo. Além de ter se especializado na instalação e transporte vertical em fachadas, pisos e lajes elevadas, a Guindaste Aranha também oferece soluções específicas para a movimentação de cargas em locais confinados e de difícil acesso. É o caso, por exemplo, de grandes edifícios e shoppings comerciais que, na fase de acabamento, não podem mais contar com gruas e guindastes. “Nessa etapa da obra, o máximo que dá para usar é um elevador de cremalheira, para o transporte de cargas de andar em andar.” Apostas e desafios Entre as estratégias para se fortalecer no mercado, a empresa tem apostado em Infraestrutura de ponta, associada a uma equipe altamente treinada, prestação de serviços autorizados e revendas regionais, manutenção de uma frota de caminhões plataforma e
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PRODUÇÃO INDUSTRIAL carretas, além de motos para garantir um serviço de atendimento e pós-venda ágil e eficiente. “Ao investir em um equipamento importado, de alto valor agregado e origem confiável como são os de nossa linha, o cliente espera também a garantia de um pósvenda impecável e condizente com os padrões do fabricante”, diz Candeo. Para ele, outro diferencial que se tornou estratégico é atuação da empresa como distribuidora exclusiva. “Isso nos leva a buscar evolução constante em um atendimento de qualidade e personalizado. Como resultado, hoje temos clientes com mais de dez mini guindastes de nossa linha em sua frota própria, devidamente assistidos por nossa equipe.” Os últimos investimentos da empresa concentraram-se na aquisição de uma nova sede, em edifício próprio, na qual foi instalado um laboratório de assistência técnica online, equipado com tecnologias similares às da fábrica da Kegiom na Itália, e que dispõe de técnicos e instrutores treinados na unidade italiana. “Além de tecnicamente capacitados na área, nossos colaboradores são treinados para serem bons ouvintes, entenderem e estudarem cuidadosamente a necessidade das obras e projetos atendidos, para oferecer a melhor solução para cada caso, ainda que para isso tenhamos que sacrificar nossas margens e metas de market share. Essa filosofia tem sido determinante para a evolução de nossos negócios”, afirma Candeo. Entre os desafios para se consolidar no segmento, ele cita as dificuldades para atender às exigências da legislação tributária e aduaneira adotada no Brasil. “A política de comércio exterior brasileira nos submeteu a um longo processo de adequação. Infeliz-
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mente, os encargos financeiros e taxas alfandegárias, aliados ao alto custo de um sistema de transporte obsoleto, ainda fazem parte da rotina de nosso negócio”, comenta o empresário. Os últimos lançamentos da Guindaste Aranha incluem mini gruas para manipulação e instalação de painéis unitizados e vidros de até 200 kg e 4,5 m de altura e um cesto aéreo que permite que o mini guindaste aranha seja usado em funções de içamento e instalação, como plataforma aérea auto propelida. Para os próximos anos, a premissa é não parar de investir. “Sentimos certo impacto nas vendas, resultado do período nebuloso por que passa a economia nacional. Mas o empresariado brasileiro sabe que não pode parar de investir em tecnologia e maquinários que dinamizem os acessos, a logística e as instalações. É imprescindível também investir em qualificação profissional, para reverter o apagão de mão de obra vivido atualmente pela indústria e pelo mercado da construção. Momentos de crise são os mais indicados para nos reinventarmos e transformarmos os processos, enxugando custos operacionais e criando bases para fazer frente à concorrência”, conclui o executivo. V&A
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DECORAÇÃO & DESIGN
ESCULTURAS HUMANAS FEITAS COM
FIOS DE ALUMÍNIO
O Artista que criou essas verdadeiras obras de Arte é o coreano Seung Mo Park, radicado nos Estados Unidos e morador do Brooklyn. Suas peças retratam a figura humana e a esta série, Park deu o nome de Human. Seus trabalhos são tão realistas que mostram detalhes mínimos, fazendo com que as figuras pareçam mesmo humanas. A forma como constrói as dobras, como retorce os fios e retrata as feições, dão a impressão de que a qualquer momento as esculturas sairão andando. Vendo algumas de suas peças é possível supor qual o material que Park emprega em seu trabalho. Mas será que nosso palpite está realmente certo? Digo isto porque é difícil acreditar que todo esse movimento, traços, detalhes das roupas, dobras, posições e silhuetas foram feitos utilizando apenas fios de alumínio. Exatamente! As esculturas são feitas com camadas de fios de alumínio envoltos em formas de fibra de vidro. O artista corta e contorce as telas formadas pelos fios, ele molda cada arame da peça até conseguir deixar seu trabalho perfeito. Ele também é meticuloso na posição das figuras que cria, o que confere a cada escultura, detalhes únicos que possibilitam observar as ex-
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pressões, o drapeado do vestido, as ondas do cabelo e até os músculos. Após uma inspeção meticulosa, pode se ver como cada fio é firme, unido e uniformemente disposto. As esculturas são tão perfeitas que parecem tratar-se de homens e mulheres reais envolvidos em metal. Além do corpo e da pele, o
coreano acredita que é a posição da escultura que lhe atribui formas infinitamente diversas e ricas. O talento de Park é notável e seu trabalho é de uma beleza inegável, pois mostra com delicadeza as formas do corpo humano. Park é também especialista em fazer o mesmo com bicicletas ou instrumentos musicais e atualmente está desenvolvendo o projeto Objets, onde esculpirá estas formas entre outras. Para conhecer mais sobre o trabalho do Artista Seung Mo Park, acesse o site da revista. V&A
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DECORAÇÃO & DESIGN
O VIDRO NEGRO DESTAQUE EM PROJETOS ARQUITETÔNICOS, NA INDÚSTRIA MOVELEIRA E ALIMENTÍCIA
Um geólogo egípcio descobriu em 1996 um pedaço de vidro negro que acredita-se ser parte de um cometa que se desfez na Terra há 28 milhões de anos. A descoberta foi feita no deserto do Saara, próximo da fronteira com a Líbia, numa zona conhecida por ter vários fragmentos de vidro verde, formados depois de colisões de meteoritos há milhões de anos. De acordo com a NewScientist, a amostra descoberta por Aly Barakat está sendo analisada na África do Sul e os primeiros testes mostram que se trata mesmo de restos de um cometa que passou próximo da Terra. Esta poderá ser a primeira rocha que é um pedaço de cometa. Até agora, há apenas alguns grãos que se acreditam ter uma origem semelhante, mas nunca se descobriu nada devido o tamanho ínfimo. A aeronave da NASA já recolheu alguns pós do cometa Wild 2 em 2006 e há também alguns grãos descobertos no gelo da Antártida. Um grama de amostra da rocha foi sujeita a vários testes para determinar a sua composição e descobriuse que apresentou uma proporção de oxigênio e carbono em quantidades nunca vistas na Terra. Há ainda restos de diamantes que poderão ter sido formados com a propulsão, o calor e a colisão do cometa.
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A teoria que reúne mais consensos é que o cometa pode ter caído no deserto junto da Líbia. A explosão teria dado origem ao vidro verde e a rocha absorveu gases terrestres na sua descida. Com a conjugação de vários fatores, o carbono presente na rocha pode ter sido transformado em diamante. Ainda em 2014, a aeronave europeia Rosetta deve encontrar-se com um cometa e trazer amostras que possam ser contrastadas com este Vidro Negro e que confirmem as teorias atuais. Como é inerente ao ser humano imitar a natureza e assim inovar sempre, seja nas artes, na arquitetura, na moda, no design e na decoração. O Vidro Negro já encontra espaço garantido em diversas áreas. O Vidro Negro presente hoje no comércio é desenvolvido in-
dustrialmente, ganhando esta cor através de um processo no qual ele é laminado com resina. Este processo torna-o resistente e adequado para o uso em áreas externas, pois ele não desbota em contato com locais úmidos, água e raios UV. Para o uso interno, opta-se apenas pela laminação em diversos tons de preto, processo conhecido como insulfilm. Localizada em Melbourne, na Austrália, esta casa projetada pelos arquitetos do Studio Four, teve como proposta, usar formas e materiais simples e discretos, tornando a construção menos
relevante do que a paisagem ao redor, explica o autor. Além de conferir modernidade e beleza aos projetos, tem maior durabilidade. Se bem usado, o preto torna os ambientes discretos e elegantes. Por estas características ele tem sido empregado em projetos arquitetônicos modernos, na decoração e na indústria moveleira. Ao mesmo tempo, que controla a iluminação do ambiente, protegendo contra os raios solares, a passagem de calor e luz em excesso, cria resultados inusitados, pois sua coloração pode tanto
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DECORAÇÃO & DESIGN realçar quanto escurecer, criando espaços diferenciados no mesmo ambiente. Na indústria moveleira, devido sua sofisticação, o Vidro Negro é um dos preferidos, que o utiliza em variados móveis, em balcões, portas de armário, pés e tampos de mesas, divisórias, portas, janelas, revestimento de paredes, entre outros, conferindo-lhes um aspecto moderno e fino aos projetos.
A cor negra, normalmente associada a produtos “premium” ou de luxo, fica agora mais acessível para vinhos, cervejas e produtos alimentares. Segundo a Owens-Illinois, o novo processo é mais econômico que os processos tradicionais (coloração no “feeder” ou pós-decoração das garrafas), pois não requer alterações nas linhas de produção e não inviabiliza a inspeção automática das garrafas. Do ponto de vista do engarrafador e do consumidor, o Vidro Negro protege o produto da radiação UV, contribuindo para aumentar o seu tempo de vida útil. O “Black Glass” foi apresentado na feira VINITECH, em Bordéus, na França e desde então tem sido usado cada vez mais em embalagens de bebidas e alimentos. V&A O Cubo Negro de Vidro era uma antiga fábrica de caminhões na Lituânia que foi transformada em uma residência, combinando o vidro com as esquadrias escuras, a casa foi reformada mantendo os aspectos originais da obra. Esta casa, hoje utilizada como residência, já foi na idade média uma fábrica de fundição de canhões. Você sabia que, depois de 20 anos de ausência no mercado, a cerveja mexicana SIMPATICO regressou ao mercado norte-americano para estrear o “black glass”, o novo Vidro Negro resultante de um novo processo de fabricação desenvolvido pela Owens-Illinois.
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TS METAL BRASIL 55 (43) 3039-0005
Representante Autorizada TS METAL (TAIWAN) Variedade de Ligas de Alumínio; Alta Capacidade Tecnológica; Grande habilidade em desenvolver barras cilíndricas; Certificado ISO 9002; Capital aberto na Bolsa de Taipei; Barras Cilíndricas de Alumínio de 4 / 5 / 6 / 7 / 8 / 9 / 10 polegadas Liga
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DESIGN
BULBIFICAÇÃO
INOVAÇÃO EM LUMINÁRIAS 2D Bulbificação é um projeto de lâmpada originalmente baseado em um princípio inteligente, que forma imagens com fio frame, transferido para o material 2D, o acrílico. O desenho pode variar, pois é feito a partir de uma chapa de vidro acrílico, que é conhecido pelas suas propriedades de transmissão de uma luz brilhante, tornando-as fascinantes. Essas luminárias tem 50.000 horas de vida útil, pois a luz de LED não superaquece.
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O Designer de produto, Nir Chehanowski, do Studio Cheha, é o criador desse projeto. A ideia é usar objetos do cotidiano, preservando o antigo e o familiar e traduzí-lo para o novo e moderno, criando peças funcionais e criativas, com designers que enganam o olho, afirma o designer. As luminárias tem um bulbo, como se fosse uma base, um cas-
tiçal com uma lâmpada onde as chapas de acrílico de 5mm com formatos variados são encaixadas. A Bulbing usa a iluminação de LED para criar verdadeiras obras de artes luminosas e se você enjoar, pode trocar a placa de acrílico por outras com imagens igualmente originais. Conforme ela é posicionada, cria também um efeito 3D surpreendente. V&A
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O kit de alta performance da Tec-Vidro. t Inovador sistema de transferência de forças entre as peças móveis, que possibilita a movimentação das portas simultaneamente.
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