1 minute read

Crianças até dois anos não devem ter contato com telas

uso de telas afeta diretamente a criança na interação com outros membros da família e pode orientar equivocadamente a forma de comunicação, uso das palavras e desenvolvimento da linguagem. “Muitos pais chegam ao consultório com queixas sobre atraso na fala, di culdades de comunicação, mau uso da linguagem, entre outros desa os, associando a transtornos ou patologias. Porém, quando vamos investigar o estilo de vida da criança, vemos que os hábitos familiares estão associados ao mau uso das telas, in uenciando diretamente nos costumes desenvolvidos”, explica.

Segundo a especialista, os meios mais utilizados e que permitem que a criança exceda os limites, in uenciando no seu desenvolvimento cognitivo, são celulares, tabletes, televisão, jogos e, para os mais crescidinhos, as redes sociais, que, além de in uenciar em todo o desenvolvimento, aumentam o risco de problemas emocionais como ansiedade e depressão, que também podem desencadear reações severas no desenvolvimento de alguns dos sentidos.

Advertisement

Menos Concentra O E Intera O Social

A exposição precoce às telas altera o processo natural de aprendizagem e desenvolvimento da criança, barrando processos neurais que in uenciam em diversas capacidades, principalmente concentração e interação social, fatores essenciais para a evolução apropriada da fala e linguagem. “Alguns dos problemas mais comuns apresentados pelo uso são: vocabulário restrito, brincar restrito, principalmente o simbiótico (brincadeiras de faz de conta), evitar manter-se na mesma atividade quando há di culdade, interferindo na aquisição de novas habilidades e di culdades dialógicas.

Nem sempre é possível dedicar toda atenção à criança e essas novas tecnologias tornaram-se essenciais para suprir a participação dos pais. Nem tudo é nocivo, pode haver alguns ganhos, mas não se comparam com as perdas. “Se não é possível controlar 100% o acesso, há formas de driblar o conteúdo consumido, o que requer nparticipação ativa dos pais e pro ssionais para eleger conteúdos que contribuam no processo de aprendizagem”, naliza a especialista.

Para orientar os pais e responsáveis, a OMS (Organização Mundial da Saúde) disponibiliza uma tabela com recomendações por idade: crianças de 0 a 2 anos de idade não devem ser expostas a telas devido ao período de desenvolvimento neural e cognitivo; crianças de 2 a 5 anos devem ser limitadas a aproximadamente uma hora por dia. A partir dos 5 anos, o acesso dever ser de até duas horas e com monitoramento de conteúdo, devido à in uência emocional que alguns conteúdos podem oferecer.

@dra.camilla.guarnieri dracamilla.com.br

This article is from: