A definição das espécies de um projeto paisagístico dependerá do clima da região, do tamanho do local e do objetivo da área verde. Para evitar problemas com fiações subterrâneas, são recomendados espécies com raízes menos agressivas. Algumas árvores frutíferas podem ser uma boa opção, como por exemplo, a laranjeira, a mexeriqueira, a pitangueira e a romãzeira que são menores; já a macieira, o kiwizeiro ou a amoreira são mais rústicas com raízes invasivas. Cada jardim pode ter um estilo diferente, como o ‘clássico’, composto por mudas podadas, como buxinhos, murtas e azaléias, além de pinheiros como a kaizuca, mais solicitada neste tipo de paisagismo. Outro estilo muito utilizado é o ‘tropical’, com espécies de folhas largas e flores em boa parte do ano, onde são utilizadas palmeiras, alpinas, heliconias, philodendros, dentre muitas outras classes tropicais. A escolha de diferentes espécies com alturas diversas tornam o paisagismo visualmente agradável e harmonioso, inclusive em relação à arquitetura da construção. Mas não basta plantar, é necessário fazer uma manutenção com podas corretas mensais para conter o crescimento. Por questão de segurança, quando as copas das árvores próximas à rede de energia estiverem sem manutenção há muito tempo, e estiverem atingindo os fios elétricos, deve-se chamar a Concessionária de energia da cidade solicitando a poda. Hoje é possível contratar um trabalho especializado de manutenção terceirizado, que cuida para que o paisagismo permaneça sempre bonito e verdinho. Porque ser paisagista? Antes de decidir-se pela arte de criar jardins, pergunte-se: qual o motivo de optar por isso? É o glamour, os rendimentos, a chance de se tornar famoso? Se as respostas forem essas, considere que ainda lhe faltam fundamentos essenciais. O paisagista precisa ter algo de mágico, para transformar devaneios em imagens bucólicas, mas também deve ter consciência de que terá que se embrenhar pelos caminhos do conhecimento científico que lhe servirão de suporte para seu trabalho. Entre as muitas razões para esta escolha não esqueça que em algum momento você irá se perguntar se esta era sua verdadeira vocação. Para que ser paisagista? Enquanto o “porque” encontra sua justificativa por algo que decidimos lá atrás, o “para que” pede a resposta das consequências do que faremos como paisagistas. Se o resultado for o de criar algo que pede manter os olhos abertos para que a alma das pessoas possam sentir deleite, teremos conseguido um bom objetivo. E se essas mesmas pessoas sentirem que o jardim lhes ensina uma lição de cores e de formas fundamentais, você terá a resposta a essa pergunta. Sentirá também a plena felicidade de ser cúmplice do Sol, que dança nessa paisagem inventada até deitarse no horizonte, alegre como você, por ter acariciado a natureza tornando-se paisagista.