2 minute read

CREMOSIDADE E UM TOQUE DOCE

Next Article
A NÃO SER

A NÃO SER

Para o molho espesso e adocicado q.b. que cobre a francesinha da Taberna Belga, a harmonização vínica recai sobre um tinto do Alentejo. Em relação à homóloga portuense, troca-se a salsicha fresca por linguiça de porco preto.

”NÃO LEVA NATAS, NEM MOLHO DE MARISCO”, esclarece Andreia Garcia. A administrativa da Taberna Belga desmente alguns dos rumores em volta da receita do molho de francesinha da casa, sem desvendar os ingredientes. “O do Porto é mais líquido e picante. O nosso é mais espesso - há quem diga que leva natas, por causa da espessura - e não colocamos muito picante, porque temos muitas famílias com crianças”, explica. No entanto, os apreciadores de picante podem sempre pedir uma versão mais apurada.

Advertisement

O molho, ligeiramente adocicado, é uma criação de Sérgio Mota, que começou por ter um café ali perto onde fazia cachorros com um molho muito parecido ao atual. Por incentivo dos clientes foi aprimorando a receita e decidiu dar uma oportunidade às francesinhas. Abriu a primeira Taberna Belga há 15 anos, inicialmente com dez lugares numa pequena sala, que entretanto se expandiu para mais duas e uma esplanada que somam à volta de uma centena de lugares, e ainda uma segunda casa, muito próxima dali.

Mas não é só no molho que a

TABERNA BELGA

Rua Cónego Luciano Afonso dos Santos. Tel.: 253 042 708 Das 12h às 18h30 e das 19h às 24h. Encerra ao domingo ao almoço

Preço médio: 15 euros

Cartuxa Colheita Tinto

Região: Alentejo

Castas: Trincadeira, Aragonez, Alicante Bouchet e Castelão

Preço: 19,99 euros francesinha da Taberna Belga difere da homóloga portuense.A francesinha clássica troca a salsicha fresca com linguiça de porco preto de Barrancos e leva ainda bife de entrecôte do Uruguai. A restante composição é a já conhecida de todos os amantes da sanduíche: pão de forma, fiambre, queijo e ovo.

A ementa contempla ainda outras variantes, como a francesinha tradicional, feita com lombo de porco assado, a francesinha com lombo de boi, a francesinha no pão (em pão de cachorro, ao estilo da poveira), a de frango ou peru e a de legumes“leva cogumelos frescos, e hambúrguer vegetariano ou vegano”, informa Andreia. É servida com o molho original ou uma alternativa 100% vegetal, que “não difere muito no sabor”, garante a responsável.

Ainda que as cervejas artesanais, principalmente as belgas - daí o nome da casa - dominem a carta de bebidas, os vinhos também estão bem representados, com uma seleção sucinta mas eclética. A sugestão da casa para acompanhar a francesinha é o Cartuxa Colheita tinto. “É o que achamos que liga melhor a nível de sabores”, justifica Andreia. AC

PERTO DA HORA DE ALMOÇO AUMENTA A AZÁFAMA na cozinha do restaurante Puro, aberto pelo chef António Amorim nas imediações do Marquês de Pombal há cinco anos. A aposta nas francesinhas não estava nos planos iniciais, mas o chef natural de Baião, Trásos-Montes, percebeu que havia procura por parte dos lisboetas e visitantes do norte (que entram a medo e rapidamente se deixam conquistar). O menu tem oito, das quais as Puro e a Do Carago são as mais pedidas, revela.

O chef confeciona-as com toda a propriedade, ou não tivesse vivido uma “infância e adolescência rodeadas de francesinhas”, no Porto, para onde se mudou em busca de trabalho aos 13 anos. A “receita original” aprendeu-a com uma cozinheira que havia trabalhado na Regaleira, origem histórica das francesinhas. Contudo, parece terse perdido no tempo. Para marcar a diferença, selecionou os ingredientes pela qualidade: o pão tostado, a carne macia, a salsicha fres-

This article is from: