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NOVOS VINHOS NUMA QUINTA SECULAR

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A NÃO SER

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MONÇÃO A Falua lançou as novas colheitas do Barão do Hospital. À edição de 2021 dos monocastas Alvarinho e Loureiro junta-se ainda o primeiro Reserva Alvarinho, feito em exclusivo com as uvas da propriedade do século XII. TEXTO DE ANA COSTA FOTOGRAFIA DE PEDRO GRANADEIRO/GI

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OBarão do Hospital Alvarinho 2021 e o Loureiro 2021 são as mais recentes colheitas da Falua a chegar ao mercado, depois das edições de 2020, que assinalaram o lançamento do projeto Quinta do Hospital, em Monção. A estes dois vinhos junta-se ainda uma nova referência, o Reserva Alvarinho 2020, com estágio de um ano em garrafa. Metade do lote fez fermentação e estágio em inox, sobre borras, e a outra metade em barrica. Mas é ”uma madeira respeitadora da fruta”, subtil, realça a enóloga Antonina Barbosa (na foto), diretora-geral e diretora de enologia da Falua.

Para a empresa, com operação centrada no Tejo, a aquisição da Quinta do Hospital marcou uma primeira aposta na região dos Vinhos Verdes. Para a monçanense foi um regresso a casa.

Ali, num vale abraçado por montanhas, onde se cozinham as características distintivas da subregião de Monção e Melgaço, Antonina Barbosa quer fazer vinhos que “reflitam o terroir” e a história da propriedade. Se os dez hectares de vinha que rodeiam o solar seiscentista da Quinta do Hospital - e de onde saem os Alvarinhos da casa - não têm mais de uma década, a origem destas terras remonta a tempos anteriores à fundação de Portugal. Acredita-se que no século XII, D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, tenha doado a propriedade à Ordem do Hospital, conhecida por prestar auxílio aos peregrinos e passantes - o Caminho de Santiago ainda contorna a quinta -, para que esta se instalasse no Condado Portucalense.

“No século XVI passou para mãos privadas e foi construído o solar, apesar da ordem se ter mantido por mais um século na quinta”, conta Antonina. Barão do Hospital foi o título dos proprietários da casa brasonada, que batiza agora os vinhos. “Achamos que seria uma boa marca para abraçar todo o nosso projeto”, diz a enóloga. É que enquanto o Alvarinho é todo produzido na propriedade, o Loureiro “é a nossa viagem pelos Vinhos Verdes”, defi ne. Vai buscar uvas a Ponte de Lima, Esposende e Marco de Canaveses. “O lote de todos é sempre melhor que o lote de cada um individualmente”, admite. “ É um Loureiro representativo do que é a região”.

Para este ano estão ainda previstos lançamentos no campo dos espumantes. Até lá, quem quiser provar os novos vinhos pode fazê-lo durante uma visita à propriedade (por ma rcação). Além dos passeios guiados que levam a conhecer os recantos desta quinta secular, e que incluem uma prova comentada, também estão disponíveis experiências gastronómicas, como almoços ou jantares vínicos e piqueniques no pequeno olival. ●

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