Backstage ed 239 planeta rock

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SOM NAS IGREJAS

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Sumário Ano. 21 - outubro/ 2014 - Nº 239

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Imaginar um festival de rock em terras em que predomina o sertanejo parece miragem, mas a terceira edição do Planeta Rock mostrou que é possível, sim, derrubar barreiras e preconceitos. Desde a qualidade técnica da produção, som e iluminação e bandas concorrentes até a preocupação em oferecer uma contrapartida social à comunidade local, o festival mostrou que tem tudo para ficar.

O estádio e o estúdio

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Surge uma nova modalidade de estúdios que une duas paixões brasileiras: música e futebol. Construído dentro do Estádio do Morumbi, o Audio Arena é dedicado a gravações.

NESTA EDIÇÃO 14

Vitrine Novidades com os transmissores e receptores da Lyco e o KArray KH15 para médias e grandes aplicações como salões de cultos e eventos corporativos.

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Rápidas e Rasteiras A SSL disponibiliza software para download gratuito para os consoles SSL Live e a d&b Audiotechnik apresenta a tecnologia OCA para os usuários dos amplificadores D80.

30 Gustavo Victorino Confira as notícias mais quentes dos bastidores do mercado.

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Gigplace Gabriel Bocutti fala sobre a profissão de técnico em espetáculos teatrais.

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Digico SD7 Com recursos I/O incríveis, o modelo estabelece novos padrões de processamento digital de alta densidade com a tecnologia Super FPGA.

42 Novidade no monitor Com os modelos da série KH, a Neumann oferece monitores em três classes de tamanho para fluxos de trabalhos totalmente digitais.

58 Novo jeito de fazer negócio Alheios às feiras do setores, alguns empresários já enxergam um modelo de negócios que se encaixa melhor ao perfil dos seus clientes.

76 Mixagem em mono Embora seja usada somente em alguns projetos experimentais, a mixagem em mono ainda deve ser levada em conta nas produções.

96 Vida de Artista Dando continuidade à série sobre a história dos discos de sua carreira, Luiz Carlos Sá chega ao seu décimo-segundo trabalho, o Ao Vivo - Com a Sinfônica de Americana.


Expediente

Iluminação - Muito antes do show

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Na edição 2014 do Samba Brasília os lighting desingers contaram com o recurso de pré-programação da iluminação dos shows. Antes mesmo das apresentações acontecerem, era possível saber exatamente como ficaria a luz no palco.

CADERNO TECNOLOGIA 60 Tecnologia Com um ambiente operacional totalmente redesenhado, o Sample Tank3 chega ao mercado oferecendo qualidade e diversidade sonora aliadas à facilidade de uso.

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Logic Pro Ideias e dicas que podem deixar o trabalho mais fácil e trazer todo o potencial do Logic Pro X para um uso efetivo nas suas produções.

68 Pro Tools A automação começou a atrapalhar o seu trabalho? Selecionamos algumas soluções a partir de problemas mais comuns.

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Ableton Live Uma das habilidades do Ableton é a de importar e manipular grande variedade de mídias, como videos e imagens.

78 Gravando Baixo Com a grande quantidade de gravações realizadas em home studio, o uso do Direct Box (DI) pode captar o som real do baixo.

CADERNO ILUMINAÇÃO 82 Vitrine A Star Lighting Division apresenta o novo moving LED Quad Beam, com controle individual de cada LED.

84 Iluminação cênica A evolução nas técnicas de controle dos equipamentos, antes uma tarefa mais limitada e manual no início da iluminação cênica, ganhou mais possibilidades a partir dos consoles com microprocessadores.

Diretor Nelson Cardoso nelson@backstage.com.br Gerente administrativa Stella Walliter stella@backstage.com.br Financeiro adm@backstage.com.br Coordenadora de redação Danielli Marinho redacao@backstage.com.br Revisão Heloisa Brum Tradução Fernando Castro Colunistas Cezar Galhart, Cristiano Moura, Gustavo Victorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg, Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, Marcello Dalla, Ricardo Mendes e Vera Medina Edição de Arte / Diagramação Leandro J. Nazário arte@backstage.com.br Projeto Gráfico / Capa Leandro J. Nazário Foto: Ricardo Boni / Divulgação Publicidade / Anúncios PABX: (21) 3627-7945 publicidade@backstage.com.br Webdesigner / Multimídia Leonardo C. Costa multimidia@backstage.com.br Assinaturas Maristella Alves PABX: (21) 3627-7945 assinaturas@backstage.com.br Coordenador de Circulação Ernani Matos ernani@backstage.com.br Assistente de Circulação Adilson Santiago Crítica broncalivre@backstage.com.br Backstage é uma publicação da editora H.Sheldon Serviços de Marketing Ltda. Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - Jacarepaguá Rio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150 Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549 CNPJ. 29.418.852/0001-85 Distribuída pela DINAP Ltda. Distribuidora Nacional de Publicações, Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 Cep. 06045-390 - São Paulo - SP Tel.: (11) 3789-1628 CNPJ. 03.555.225/0001-00 Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviada cópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados.


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Imaginar um festival de rock em terras em que predomina o gênero sertanejo parece sonho ou miragem, a princípio, mas a terceira edição do Planeta Rock mostrou que é possível, sim, derrubar barreiras. Qualidade técnica tanto das bandas concorrentes quanto da produção foram um dos quesitos que mais impressionaram. redacao@backstage.com.br Fotos: Ricardo Boni / Divulgação

O ROCK

NÃO MORREU I

dealizado por André Fachinetti, diretor da Fama Produções, o Planeta Rock chegou para ficar. A terceira edição do festival que abriga um concurso

de bandas e apresentação de artistas de renome do cenário do rock nacional fez a cidade de São José do Rio Preto (SP) estremecer ao som estridente e distorci-


“O grande diferencial desse evento é realmente as bandas do concurso se apresentarem no mesmo palco, na mesma estrutura dos artistas de renome”, avalia Vinícius Rocha, diretor de produção do Planeta Rock. Segundo ele, o festival proporcionou mais experiência às bandas locais, principalmente àquelas que já haviam participado das duas edições anteriores. “Acredito que tivemos uma evolução local proporcionada pelo festival, porque a gente tem outros festivais de rock, mas em formatos menores, com outra logística, então hoje eles já chegam com os instrumentos prontos, afinados”, observa Vinícius.

do do bom e velho rock and roll. Durante quatro noites, bandas iniciantes vindas de diversos estados do Brasil tocaram no mesmo palco dos já consagrados Detonautas, Raimundos, Ira! e Ultraje a Rigor. E a festa ainda teve uma pitada de solidariedade: o ingresso era um quilo de alimento não perecível, doado ao Banco de Alimentos da cidade paulista. Segundo Fachinetti, o concurso tem como objetivo dar oportunidade para novas bandas se apresentarem em uma estrutura de palco profissional, para um grande público, além de incentivar e di-

vulgar todos os estilos do rock. “Ter recebido inscrições de 13 estados brasileiros mostra que o nosso concurso está ganhando cada vez mais espaço, se consolidando como um dos melhores do país”, comenta.

A cidade também já vê o festival de outra forma. Um dos termômetros foi a qualidade das bandas inscritas. “No começo tínhamos bandas de garagem, e agora já temos bandas que já têm um trabalho e têm o objetivo de realmente competir no concurso, colocar a sua música”. Vinícius se refere também às ban-

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“ ” Para mim, é um sinal de que o rock está voltando em termo nacional e um evento de rock tem público e pode acontecer no Brasil (Roberta, vocalista da Canto Cego).

Bandas iniciantes se apresentaram em quatro dias de festival

das que vieram de fora, a maioria com propostas definidas, trabalho já gravado, e alguns até com produtora. A banda Canto Cego, 1ª colocada no festival - categoria composição - com a música autoral Nuvem Negra, é um exemplo. Com quatro anos de estrada, a banda formada por Roberta (vocal), Ruth Rosa (bateria), Magrão e Rodrigo Solidade (guitarra), já havia participado de outros festivais e aberto show para os Detonautas, no Rio de Janeiro. “Para mim, é um sinal de que o rock está voltando em termo nacional e um evento de rock tem público e pode acontecer no Brasil”, afirma Roberta. Outras, além do prêmio nas mãos, já saíram com trabalho garantido. A Gang Bang, 1ª colocada na categoria interpretação, conquistou os jurados do festival e também futuras apresentações no pub local Vila Dionísio. Interpretando a música Stand Up and Shout, da banda fictícia Steel Dragon, do filme Rock Star, os integrantes Rafael (baixo), André (vocal), Claudio (bateria), Leandro e Gustavo (guitarras) apostaram no visual da década de 80 para subir ao palco. “A gente se espelha no Steel Dragon e resgata o visual. Foi uma experiência nova, porque a gente ganhou visibilidade”, afirmou Rafael.

De acordo com André Fachinetti, para a 3ª edição houve mudanças como a criação de duas categorias: interpretação e composição. “Acredito que temos muitos talentos escondidos, então a oportunidade é essa”, afirmou. Isso significa que a estrutura foi bem diferente em relação aos anos anteriores. “Eu prezo o público e o artista principal, mas a menina dos meus olhos são as bandas, então o motivo de estar fazendo um festival na terra do sertanejo é acreditar primeiro na cultura. Eu faço cultura, minha empresa é de cultura, e eu acredito em todos os segmentos que têm cultura. Esse é um dos maiores motivos de o Planeta Rock ter nascido”, completa.

PARCERIAS O Planeta Rock é realizado por meio do Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (PROAC). “Você apresenta o projeto, pois existe uma comissão que faz essa análise e entende se o projeto é bom ou não. E a comissão entendeu que o Planeta Rock era bom. Depois de aprovado, é a vez de passar a esses parceiros; fomos buscar parcerias para mostrar o projeto. No primeiro teve uma certa timidez, mas no outro ano, pela qualidade do projeto, das bandas concorrentes e


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para que as pessoas aceitem mais a variedade, em vez de ficar presas às modinhas. “As pessoas não gostam do novo, só do velho”, lamentou.

STAGE MANAGERING

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Estrutura do palco contou com extenso backline e cinco roadies em cima do palco

Área abrigou palco e camarotes

bandas principais, teve um crescimento do projeto e mais visibilidade. Estamos trazendo quatro shows de peso este ano, e o ingresso é um quilo de alimento”, analisa. Ainda segundo Fachinetti, a edição de 2014 contou com novos parceiros e outra novidade: a venda de ingressos para os camarotes. “A minha grande preocupação como realizador do evento é fazer que essa ponte crie braços. Sabemos que precisamos ter artista principal e que o público se interessa, mas ter bandas de qualidade faz com que o público se interesse também e aqui não está sendo diferente. O público está chegando antes para ver as bandas do concurso. É sinal que o festival está ganhando

Concurso contou com bandas covers

Mapa de luz desenhado para atender a todos

maiores proporções. Os próprios artistas principais estão dizendo isso”, complementa. Para Marquinho, guitarrista dos Raimundos, os festivais são uma ótima vitrine, mas o cenário do rock nacional tem que ter mais diversidade de bandas. E os festivais como esse podem até ser a salvação do cenário do rock e uma saída

Fazer com que bandas ainda iniciantes dividam a estrutura de palco com bandas de renome é um esforço a mais na logística. “A gente tem que trabalhar com tudo separado. Mesas separadas, backline separado, para a gente poder usar o mesmo set sem atrapalhar nem uma coisa nem outra”, explica Vinícius. As bandas que participam do concurso, por exemplo, recebem uma lista com o backline básico, mas elas têm algumas opções de peças que podem levar. “A gente faz um check de som para todas as bandas, deixa presetado, então as bandas não passam som antes, e é por isso que elas tocam a primeira música, que é de livre escolha, para ter a passagem de som, além de ser um aquecimento. Somando montagem, a primeira música de passagem e a música valendo dá uma média de 20 minutos cada banda “, enumera o produtor. Outro cuidado é deixar todos os participantes a par do regulamento e da organização do evento. No período de seleção das bandas, por exemplo, a produção envia um comunicado destacando todos os critérios do regulamento, contato da produção e elaboração do rider das bandas. “Como é rock a gente tem poucas variações e acaba sendo um facilitador. O que fazemos para evitar complicação é não deixar mexer na posição do backline, na posição da bateria, se tem um caso extremo de um baterista canhoto, por exemplo, a gente se antecipa e avisa antes. Mas a gente tenta trabalhar com uma troca bem rápida por conta desse preset que já está pronto”, avalia Vinícius. Por mais que o nível do concurso tenha crescido, não é fácil escapar


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O corpo de jurados ficava a um metro atrás e mais alto na FOH. Tínhamos a missão de levar uma mix padrão para todas as bandas do festival, sendo elas profissionais ou amadoras (Rogério, da Dicksom Entretenimentos)

do nervosismo de iniciantes. A maioria nunca havia tido a oportunidade de se apresentar em uma estrutura média de palco. Então, o que é simples, pode se tornar complexo, como o simples esquecimento de plugar o cabo na pedaleira. Para evitar isso, a produção já deixava 5 roadies em cima do palco para auxiliálos, dois na bateria, um em cada guitarra, e um fazendo baixo, ou vocal, ou teclado.

SOM E LUZ Dividir o palco em dois eventos distintos, digamos assim, foi bastante desafiador na

questão técnica. Para Rogério Dias Moreno, coordenador técnico geral da Dicksom Entretenimento, responsável pela sonorização e iluminação do evento, embora não tenha havido dificuldades em sonorizar a área, que era extensa, a empresa disponibilizou quantidade suficiente de caixas, mais as torres de delays, somadas ao projetos de vídeo com 2 telões em cada torre. “Utilizamos o software de alinhamento Mecanco, da própria Attack, para acertarmos os ângulos do PA e o RTA do processador DBX para o alinhamento do sistema”, explica Rogério.

Sonorização ficou sob responsabilidade da Dicksom

Equipe Dicksom no Planeta Rock 2014 Rogerio Moreno Coordenador Geral Alberto Moreno Técnico de P.A. para os Shows Sidney Giraldi Técnico de P.A. para o Festival Adriano Gomes Técnico de monitor para os Shows Denílson Souza Técnico de monitor Festival Jorge Manchini Auxiliar de Palco Carlos Fernando Auxiliar de Palco Paulo Cordeiro Técnico de iluminação

Marco Aurélio Auxiliar de iluminação Wagner Muccillo Operador de Iluminação Festival André Pereira Operador de Iluminação Platéia Jonatan Lopes Operador de Seguidor Mateus Xavier Operador de Seguidor David Junior Auxiliar de vídeo Odenival Castro Logistica e transporte Carlos Benetti Logistica e transporte


Iluminação cuidadosa similar aquelas encontradas em shows de rock de bandas consagradas

relação ao festival e tudo com praticáveis com rodízio, de modo que ao final da passagem de som das atrações principais, nada fosse mudado até o início do show. “Montávamos então um novo palco para o início do festival com equipamentos de mesma qualidade”, afirmou Rogério. Atender a 4 shows distintos e 30 concorrentes em um festival, é um trabalho relativamente com-

traje) que não poderia ser um Ampeg SVT-3 PRO (foi providenciado um Hartke System 5000). Para comandar, Rogério conta que foram disponibilizadas 01 AVID SC28 no PA, que ficou como master, além de 01 Yamaha PM5D e 02 Yamaha LS9. “A SC48 e a PM5D, foram usadas como consoles principais (P.A. e monitor respectivamente) para as atrações de cada noite, exceto no show do Ira!, que

Na configuração do sistema foram usadas uma coluna por lado com 12 caixas VRD 112A, Attack, e subs EAW modelo SB850, por lado. Já as duas torres de delay foram configuradas com 4 caixas EAW KF650, cada torre. De acordo com Rogério, era possível medir picos de até 130dB na curva C na house mix. Outra característica foi a diferença de volume entre os shows de encerramento e as apresentações das bandas concorrentes, que ficou na ordem de 3 dB a menos. “O corpo de jurados ficava a um metro atrás e mais alto na FOH. Tínhamos a missão de levar uma mix padrão para todas as bandas do festival, sendo elas profissionais ou amadoras. Havia apenas uma música de passagem de som e a outra valendo. Algumas das bandas, seria a primeira vez que se apresentavam para tamanho público. Sendo assim, com um “safety mode” de alguns decibéis à menos, conseguimos um excelente resultado de homo geneidade entre as bandas do festival”, ponderou Rogério. Em um festival deste porte, obrigatoriamente é necessário usar backline, patch e captação completamente distintas para os shows em

Em um festival deste porte, obrigatoriamente é necessário usar backline, patch e captação completamente distintas para os shows plexo, pois, sim, existe limite financeiro. Então a solução foi montar um rider único para poder atender de forma adequada à todos. Algumas particularidades, claro, surgiram como o amplificador de guitarra do Scandurra (Ira!), que tinha que ser um Fender Hot Rod DeVille e o amplificador do Mingau (Ul-

adicionamos uma PM5D no PA, e no show do Ultraje, que utilizou uma Digico SD11 para o monitor. Para o festival (concurso de bandas), utilizamos 02 LS9”, enumera. Atender bandas iniciantes e as já consagradas num mesmo palco foi um dos desafios por se tratar de situações completamente distintas.

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No palco, foram usadas duas consoles LS9

As bandas já consagradas, apesar de terem em seus riders exigências de equipamentos de altíssima qualidade e pouca flexibilidade de equivalência, sempre vêm acompanhadas de grandes profissionais gabaritados, o que facilita o check sound e, consequentemente, o andamento do show. Em contrapartida, as bandas iniciantes, apesar de não serem tão exigentes tecnicamente, necessitam e muito do empenho profissional da equipe técnica, desde a regulagem de um amplificador de guitarra à mix de monitor e PA . A iluminação foi outro show à parte. Pouquíssimos festivais de bandas iniciantes podem se dar ao luxo de contar com uma iluminação cuidadosa, como se viu no Planeta Rock. “Apesar do som ser imprescindível em um show, as lembranças que ficam, são iluminadas e em cores. Além de ser uma exigência da FAMA Pro, sempre tivemos um cuidado especial desde o Planeta Rock de 2013, no som e na luz do festival, para que as bandas tivessem a sensação de um show mesmo”, afirma Rogério. O desafio era parecido com o do som. Fazer a iluminação tanto para as bandas de encerramento, que trouxeram seus técnicos de iluminação e mapas de iluminação, quanto para as bandas iniciantes, cujo mapa de luz foi projetado pelos técnicos da Dicksom. De

acordo com Rogério, o objetivo era seguir o mais fielmente possível o mapa de luz de cada show, acrescentando alguns movings ou algumas PAR LED para complemento da luz do festival. “Após a programação da luz feita pelo iluminador de cada show, fazíamos uma programação independente para o festival. Nosso maior colaborador nesta parte foi o Wagninho (Wagner Muccillo) que em algumas noites, com apenas alguns minutos que lhe restou de tempo para programar algumas chases, fez realmente um trabalho excepcional”, elogia. Foram usados Beam 300, Beam 230 e Spot 575 para contra-luz; Strobos Atomic 3000 para efeitos; Wash 108 LED e ParLED3WRGB para Wash de palco; PAR64 foco 5 para luz de frente; Elipsoidal para focos e Brute para luz de plateia. Ainda na plateia, foram posicionados alguns Mac250 da Martin e refletores RGB de LED. Para comandar, uma Régia 2010 para luz principal e uma Régia Tiger para luz de plateia. “O tempo foi o total desafiador, finalizávamos um show às 4 horas da manhã e às 10 horas voltávamos para trocar todo o mapa de luz e assim ficar pronto às 13 horas para receber a atração do dia”, completa.


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