Ano IV Número 13 Janeiro/Fevereiro/Março/2012 Revista feita por e para aquaristas amantes da natureza
Distribuição Gratuita
Córrego Azul A Importância de Concursos Regionais Entrevista com Renato Kuroki Limpeza de Difusor de CO2
Dieta alemã para peixes de todas as nacionalidades.
Seus peixes podem ter uma alimentação de primeiro mundo. Divididas entre as linhas especial e premium, as rações oferecem alto valor nutricional para diferentes espécies. Além da melhor nutrição, diferenciais tornarão o aquarismo cada vez mais interessante e prático: grânulos que afundam a diferentes velocidades, eficiência na alimentação de todos os peixes e o exclusivo sistema click. Com ele, você disponibiliza a quantidade exata de alimento a ser oferecida aos peixes. JBL. Alemã por natureza.
Editorial Iniciamos este editorial priorizando dar satisfação aos nossos leitores sobre o fato de não termos lançado esta edição na data correta, visto que se trata de edições trimestrais. O motivo do atraso foi o livro lançado recentemente pelo Rony Suzuki, Guia de Plantas Aquáticas. Estávamos envolvidos com essa obra e a Revista precisou esperar. Mas ela volta agora com força total e com vários artigos interessantes. Na parte de expedições, temos uma sobre o Córrego Azul que fica no Mato Grosso do Sul, onde podemos conferir informações e fotos sobre a fauna e a flora dentro e fora do rio. Nas fotos submersas, verdadeiras florestas aquáticas. Quem ainda não teve a oportunidade de conversar com Renato Kuroki, grande aquapaisagista brasileiro que vivenciou o hobby no Japão, ou mesmo ouvir suas palestras, temos uma pequena amostra de seu conhecimento numa entrevista onde ele nos passa um pouco da experiência que teve no aquarismo oriental. Vale a pena conferir! Trazemos, também, um guia para limpeza do difusor de CO2, um equipamento tão útil que costuma perder sua eficiência pela sujeira que Revista Aqualon
acumula. Com essa leitura é possível efetuar esse trabalho com um pouco mais de facilidade. O ano de 2011 já se foi, mas ficará em nossa lembrança como um ano memorável para o aquarismo nacional. Com apoio da Internet, pudemos conferir a movimentação que teve o nosso hobby e o número de adeptos que surgiram. E com eles, novos locais para informações importantes, como tantos sites e blogs criados pelos amigos aquaristas. No ramo do Aquapaisagismo tivemos um destaque maior, não que este seja mais importante que os demais segmentos, mas pelo fato de termos concursos que acabam avaliando a qualidade dos hobbystas do nosso país, como o caso do talentoso Luca Galarraga que obteve o 18.º lugar no IAPLC. Continuando neste assunto, trazemos uma análise do Concurso Paranaense de Aquapaisagismo para mostrar a importância de concursos regionais no desenvolvimento do hobby. A Equipe Aqualon deseja a todos um feliz 2012 e muitos peixinhos na vida de cada um de nós.
Sumário 4 - Expedição: Córrego Azul Mauricio Xavier de Almeida
foto: Mauricio Xavier de Almeida
9 - A Importância de Concursos Regionais Americo Guazzelli
foto: Adriano Nicácio
13 - Galeria de Peixes Chantal Wagner Kornin & Cinthia Emerich
foto: Chantal Wagner Kornin
16 - Galeria de Plantas Aquáticas Rony Suzuki
foto: Rony Suzuki
18 - Entrevista com Renato Kuroki
foto: Renato Kuroki
24 - Limpeza de Difusor de CO2 Fabio Yoshida
foto: Fabio Yoshida
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Expedição:
Córrego Azul Texto e Fotos: Mauricio Xavier de Almeida (Aquamazon)
Na primeira vez que estive em Bonito-MS, ganhei de presente do guia de turismo Deividy Machado Xavier o excelente livro “Nos Jardins Submersos da Bodoquena”, onde tomei conhecimento da existência do Córrego Azul. Encantado com as imagens do livro, fiquei muito curioso para conhecer este local pessoalmente, e após 4 anos, juntamente com o Projeto Bonito, Aquaplants e Ecosys, a Aquamazon foi até o Córrego Azul matar essa curiosidade e estudar o local. E valeu muito a pena. Localizado a 270 km de Campo Grande, capital do Estado do Mato Grosso do Sul, o município de Bodoquena é banhado pelo Rio Salobra, onde se esconde este lindo afluente chamado Córrego Azul.
Rio Salobra
Não sendo explorado pelo turismo ou pesca, é pouco conhecido e de difícil acesso. Com a ajuda de uma guia de turismo da cidade de Bonito-MS, conseguimos a localização e acesso por uma fazen-
da de arroz à beira do Rio Salobra. O Rio Salobra é muito rico em peixes, além de ser um dos mais importantes afluentes do Rio Miranda. Para se ter uma ideia, na fazenda utilizada como apoio há um mirante sobre o Rio Salobra de onde jogamos alimentos no rio e pudemos ver uma grande quantidade de Piraputangas e Dourados saltando para fora d’água. É realmente impressionante! A pesca é proibida neste rio, inclusive existe uma lei que proíbe a navegação de embarcações com motores acima de 25 HP. 4
Revista Aqualon
Iniciamos a navegação pelo Rio Salobra rumo ao Córrego Azul. O trecho de 1 hora foi bem agradável e pudemos apreciar muitos pássaros, vegetação fechada às margens e alguns jacarés.
Jacaré
Chegando ao encontro do Córrego azul com o Rio Salobra, Pássaros não há como passar despercebido – as águas do Córrego Azul parecem pintar o Rio Salobra como uma tela viva onde o Córrego Azul é o pincel com tinta azul, o Rio Salobra a tela e o artista é a mãe natureza executando uma obra de arte em movimento, um encontro inesquecível! No local do encontro das águas já é possível visualizar os ramos de Eichornia azurea a uma profundidade de 3 metros, alcançando a superfície do Rio Salobra. O Córrego Azul tem aproximadamente Encontro das águas: 500 metros de compriCórrego Azul (Direita) com o Rio Salobra (Esquerda) mento e a navegação Revista Aqualon
é muito difícil, pois a vegetação predominante é a Eichhornia azurea que, tanto dentro como na superfície da água, não deixa o barco fluir. Avistamos uma árvore com uma bela sombra e desembarcamos em terra para continuarmos a Cristalinidade da água expedição nadando. Em alguns pontos a água é tão transparente que o leito do Córrego parece estar a centímetros de profundidade, onde na realidade tínhamos entre 3 e 4 metros de profundidade. O azul da água é tão impressionante que parece estar tingida de azul. Esse efeito se dá Tonalidade azul da água pelo leito branco formado por conchas de pequenos caramujos, a coluna d’água de 2 a 8 metros e a incomum proporção de 49,2 PPM de magnésio. A vegetação aquática é muito densa, porém, com pouca variedade de plantas. Superficialmente e dentro Echinodorus bolivianus d’água, a Eichhornia azurea predomina, porém, ao mergulhar, podemos notar algumas outras plantas como lindos carpetes de Echinodorus bolivianus, Echinodorus uruguaiensis, Riccia fluitans e alguns musgos. Carpete de E. bolivianus Embora não fotografadas, é pos5
Riccia fluitans
Flor da Eichhornia azurea
Floresta de Eichhornia azurea
Microbolhas de CO2
sível encontrar no Córrego Azul Ceratophyllum demersum, Lemnacea eWolffiella lingulata e Utricularia gibba. Diferentemente do Rio Salobra, a fauna aquática do Córrego Azul é muito pobre. Atribuímos este fator à altíssima concentracão de CO2, apresentada nos testes a uma concentracão de 43,5 PPM, resultando uma baixa concentração de O2. Encontramos apenas pequenos cardumes de peixes do gênero Astyanax. Quanto mais próximo da nascente do Córrego Azul, a água passava a ficar cheia de microbolhas de CO2 trazidas junto com a água do subsolo. Em alguns pontos encontramos dutos com enorme quantidade de água brotando do subsolo e fazendo a água cristalina parecer efervescente – literalmente água com gás. O visual subaquático em alguns pontos é sombrio e nos faz lembrar enormes florestas clímax, onde as árvores são a Eichhornia azurea. 6
Troncos
Os galhos e troncos mortos de árvores da mata ciliar, naturalmente bem posicionados sob a água, nos fizeram mais uma vez ver a mãe natureza como um artista – mas, desta vez, aquapaisagista!
Galhos Revista Aqualon
Wagner Bianchini Jr. da Aquaplants
Walmir Margeotto coletando ĂĄgua para o laboratĂłrio
Anålise laboratorial da ågua: Nitrato (N-NO3): 0,1 PPM Nitrogênio Amoniacal (N-NH3): 0,1 PPM Fósforo (P): 0,001 PPM Potåssio (K): 0,1 PPM Cålcio (Ca): 57,0 PPM MagnÊsio (Mg): 49,2 PPM Ferro (Fe): 0,03 PPM Cobre (Cu): 0 PPM Manganês (Mn): 0 PPM Zinco (Zn): 0,03 PPM Boro (B): 0 PPM Sedimentos em suspensão: 6 PPM pH: 7,1 CO2: 43,5 PPM Dureza total: 344,9 PPM Realização: Aquamazon, Ecosys e Projeto Bonito.
Aquaplants,
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Referências: SCREMIN-DIAS, E. et al. Nos Jardins Submersos da Bodoquena. Campo Grande, MS: Ed. UFMS, 1999. 160 p. SANTOS, G. R. G. Projeto Bonito: A Arte de Reproduzir a Natureza. Bauru, SP: Edição do Autor, 2010.
Equipe que participou da expedição na sede da fazenda à beira do Rio Salobra: Mauricio Xavier, guia, piloto do barco, Walmir Margeotto, Wagner Bianchini Jr. e Guy R. G. Santos Revista Aqualon
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Rua Fernando de Noronha, 931 - Londrina - PR
Peixes
fotos: Chantal Wagner Kornin
Por: Chantal Wagner Kornin & Cinthia C. Emerich
fotos: Cinthia Emerich
Poropanchax normani
Fême
Fêmea cuidando dos filhotes
a
Ahl, 1928
Nome Popular: Killifish lampeye, Lampeye de Norman Família: Poeciliidae / sub-família Aplocheilichthyinae Origem: África Tamanho: 3 a 4 cm Comportamento: São peixes gregários e devem ser criados em cardumes com mais de 6 indivíduos. São tímidos, não apreciam luz intensa e gostam de se abrigar entre as plantas. Nadam nas partes média e superior do aquário. Agressividade: Peixe pacífico Manutenção: Tamanho mínimo do aquário: 30 litros. Bem plantado, com abrigos. Não é um killifish anual e tem longevidade de até 3 anos. Temperatura: 22 a 26 ºC pH: 6.5 a 7.2 Alimentação: Onívoro. Tem tendência ao carnivorismo e se alimenta de insetos e crustáceos na natureza. Aceita qualquer tipo de ração, com preferência para as específicas para espécies pequenas. Alimentos vivos melhoram a saúde e incentivam a reprodução. Dimorfismo Sexual: Os machos têm linhas amarelas nas bordas das nadadeiras enquanto
a fêmea é totalmente desprovida de cores. Machos maduros têm as nadadeiras mais longas e afiladas, que tendem a ficar mais belas com o avanço da idade. Ambos têm a característica mancha neon azul nos olhos. Reprodução: A reprodução é fácil, em grupo ou casal em um aquário com os parâmetros da água adequados para a espécie. As fêmeas desovam ovos grandes e aderentes sobre plantas de folhas finas, como musgo. Mops/bruxinhas específicos para reprodução de killifish também podem ser usados. Peixes saudáveis podem desovar quase diariamente por certo período e, por serem não anuais, os ovos sempre devem estar submersos e bem oxigenados. Os pais comem os ovos e devem ser separados para garantir maior sobrevivência de alevinos. A eclosão ocorre entre 12 e 14 dias e os recémnascidos precisam de alimentos microscópicos, como infusórios, antes de crescerem o suficiente para comer náuplios de artêmia. Outras informações: O nome popular em inglês significa literalmente “olhos de lâmpada” e deriva do fato de que a metade superior dos olhos possui um belíssimo reflexo neon azulado que evidencia este singelo peixe.
Apistogramma cacatuoides Hoedeman, 1951 Nome Popular: Apisto cacatua Família: Cichlidae Origem: América do Sul/Brasil, Colômbia e Peru Tamanho: Aproximadamente 8 a 9 cm Comportamento: Nada junto ao fundo, gosta de se esconder em tocas e/ou folhas. Agressividade: Alta com os semelhantes, pacífico com os demais. Manutenção: Aquários acima de 50 litros, com substrato fácil de ser cavado, troncos e folhas fornecendo local para abrigo e desova. Temperatura: 24 a 28 ºC pH: 6.0 a 7.4 Alimentação: Onívoro, aceita de tudo, complementar a ração semanalmente com alimentos vivos. Dimorfismo sexual: O macho é maior, mais colorido, apresenta a nadadeira ventral maior, pontas das nadadeiras anal, dorsal e caudal fi-
nas, os raios da nadadeira dorsal são maiores e o ventre é retilíneo. A fêmea possui coloração amarelada, pontas das nadadeiras anal, dorsal e caudal arredondadas, ventre roliço e é menor que o macho. Reprodução: Ovíparo, a fêmea irá depositar os ovos em um local seguro, eles eclodem em aproximadamente 48 horas e após alguns dias os alevinos já consumiram o conteúdo do saco vitelino e começam a se alimentar de rações específicas para alevinos de ovíparos e alimentos vivos. Os pais cuidam dos filhotes e, justamente por isso, não devem ser mantidos em aquários comunitários quando em casais. Durante esse período a fêmea apresenta uma coloração amarela intensa e se torna muito agressiva com qualquer ser que considere uma ameaça a seus filhotes, o que pode incluir até mesmo o macho.
Plantas aquáticas Por: Rony Suzuki
Rotala sp. “Green” Inflorescência Folhas emersas Inflorescência
Família: Lythraceae Origem: Ásia Hábito: Aquática emergente Tamanho: 30 a 40 cm de altura Temperatura: 18 a 30 °C Folhas emersas Iluminação: Moderada a intensa pH: 5 a 8 Manutenção: Fácil Crescimento: Rápido Propagação: Sua reprodução se dá através do corte e replantio do ramo. Plantio: Planta para área intermediária a fundo. Recomenda-se plantá-la em molhos com 3 ramos e espaçamento de 3 cm entre eles. Uma das plantas mais utilizadas para obter moitas densas. Sua coloração verde contrastando com plantas de coloração avermelhada fica muito bonita. Serve para a área intermediária do aquário. Para mantê-la sempre saudável e baixa é necessário fazer várias podas para que as ramificações laterais se desenvolvam mais. Uma característica dessa planta é que, por mais intensa que seja a luz, ela jamais ficará avermelhada.
Rotala wallichii Koehne (1880) Família: Lythraceae Origem: Ásia Hábito: Aquática emergente Tamanho: 20 a 40 cm de altura Temperatura: 18 a 28 °C Iluminação: Moderada a intensa pH: 5 a 8 Manutenção: Médio a difícil Crescimento: Rápido, quando em perfeitas condições. Propagação: Sua reprodução se dá através do corte e replantio do ramo. Plantio: Planta para área intermediária e fundo do aquário. Recomenda-se plantá-la em molhos com 3 ramos e espaçamento de 3 cm entre eles. É uma planta de extrema beleza! Suas folhas finas e delicadas, de coloração rosada a avermelhada, geram um belo contraste entre as plantas de folhas esverdeadas. Fica melhor se plantada em moitas na parte do fundo do aquário, formando uma “cortina” exuberante, mas também pode ser utilizada na parte intermediária, desde que sob podas constantes, mantendo uma altura que não comprometa o visual da montagem. A Rotala wallichii é sensível à presença de algas nas folhas, podendo sufocar em pouco tempo. Pela delicadeza de suas folhas, é alvo constante de algumas espécies de peixes e invertebrados. Fique atento!
(Produtos, peixes e manutenção)
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Entrevista com RENATO KUROKI Fotos: Renato Kuroki
Trabalhando na montagem do Ancient Forest
- Dados pessoais: Nome: Renato Massuo Kobe Kuroki ou apenas Renato Kuroki. Idade: 41 anos. 18 deles vividos no Japão - Começou no aquapaisagismo em 2006 motivado pelos aquários de Takashi Amano e incentivado por seu Mestre Minoru Yamagishi. - É membro do Layout Freaks, também conhecido como Negishi Team. - Aprendeu o Nature Aquarium com feras no aquapaisagismo japonês, dentre eles, Minoru e Akira Yamaguishi, Yutaka Kanno, Hidekazu Tsukiji e Juinichi Itakura. - Através de seu Mestre e seu grupo, teve oportunidade de conhecer Takashi Amano pessoalmente. - Participou de 2 ADAs Seminars com Takashi Amano. - Trabalhou 1 ano e meio na Aquabase e é consultor ADA no Brasil. 18
Revista Aqualon
Quando você foi para o Japão e quanto tempo ficou lá? Fui em Junho de 1991 e morei lá até o final de 2009 (18 anos). Qual era o objetivo da sua ida? Era ficar por lá por uns 2 anos e voltar para me dedicar aos estudos. Além do trabalho, você tinha algum hobby? Passeios? Sim, aprendi a tocar violão e fiz por muitos anos Capoeira, como uma forma de manter minhas raízes. Você tinha algum contato com o aquarismo aqui no Brasil? Sim, por influência do meu irmão Ricardo Kobe, lembro-me que íamos à Aquário do Brasil procurar peixes, ajudava a fazer os aquários no final da década de 70, início dos 80. Quando e como você começou a conhecer e se interessar pelo aquapaisagismo? Em meados de 2005 meu irmão me pediu uns catálogos (ele estava no Brasil) de uma tal ADA, nem sabia do que se tratava. Ao me deparar com ele, fiquei maravilhado (o catálogo de 2005 foi um dos melhores, tem um acervo muito grande de aquários plantados de Takashi Amano), não acreditava como alguém conseguia fazer e manter todos aqueles lindos aquários, verdadeiras obras de arte. Quem e o que te incentivou? Meu mentor e incentivador foi meu Mestre Minoru Yamaguishi, que conheci numa visita a sua loja à procura de alguns produtos, me deparei com seu plantado, que considero um dos mais belos que já vi: o “fuufu unsui kai”, que foi 22.º colocado no IAPLC 2007. Ele me perguntou se eu gostaria de fazer Revista Aqualon
Com o Mestre Minoru Yamagishi aquários como aqueles que ele tinha, respondi que sim, então, ele me convidou a participar do seu grupo e me ensinou tudo sobre aquário plantado. Como conheceu o ADA Gallery? Quais os contatos que teve? Foi em 2006, meu irmão foi visitar a família no Japão e aproveitou para conhecer o ADA’s Gallery, aproveitei a oportunidade e fui também. Fiquei hipnotizado em estar naquele “templo” rodeado pelos aquários de Takashi Amano , não havia truque, era tudo real, me defrontar com aquapaisagismo desta forma, para mim, foi como que descobrir o que eu realmente sempre quis fazer. Morando no Japão, pude depois ir em várias oportunidades. O aquarismo é tradição no Japão? Sim, e muito, é uma tradição que vem de muito tempo e tem relação direta com a cultura dos lagos japoneses (ikes). Os japoneses se preocupam muito na formação de
Homenagem ao Mestre Yamaguishi IAPLC 2011 (da esquerda p/ direita: Yukata Kanno, Hidekazu Tsukiji e Juinichi Itakura)
aquaristas desde muito cedo, escolas têm aquários para que os alunos aprendam a cuidar deles, é tradição em datas festivas, algumas barracas de feirinhas brindam as crianças com Kingyos. A média de aquários per capita no Japão é uma das maiores do mundo. 19
Sobre a cultura e tradição em torno do aquarismo em geral no Japão, você acredita que poderemos chegar a um nível semelhante no Brasil? Ou aqui, o “comercialismo” adjacente à técnica prejudica a essência do significado deste hobby? Sim, mas pode levar um pouco de tempo, temos muitos desafios à frente, vejo boas iniciativas para fortalecer o aquarismo aqui no Brasil, que podem levar a uma mudança na forma de encararmos e trabalharmos nosso hobby. Quanto ao comercialismo, acho que é um processo natural e acontece muito devido ao crescimento do nosso mercado, graças a ele houve uma entrada de novos produtos com tecnologia mais avançada e,
Loja especializada em Aquapaisagismo
Estudos de Layout (filme 4x5 polegadas)
consequentemente, pudemos desenvolver layouts melhores e mais estáveis, vem colaborando muito para o desenvolvimento do hobby.
tos e a variedade muito grande também, sem falar em peixes, plantas e hardscapes, não dá para comparar, é quase uma covardia. Já aqui, acho que o aquarista brasileiro é um herói da resistência, impostos elevados encarecem os equipamentos e também temos ainda carência de produtos para o hobby.
Faça um comparativo entre as lojas no Japão e no Brasil. No Japão quando entramos numa loja os atendentes são muito bem informados, técnicos e dominam o que fazem. A informação é fácil. A propósito, no Japão existem escolas de aquarismo que formam profissionais para trabalharem nas lojas e empresas do ramo. Aqui no Brasil ainda estamos longe dessa realidade, não temos um profissionalismo no hobby como acontece por lá, falta informação mais técnica e confiável, sei que as coisas estão mudando, mas é importantíssimo instruir muito bem os novos hobbystas.
Feira Fair Pet Japan: muitas opções para aquaristas 20
Como você avalia a facilidade de acesso a equipamentos no Japão e como se compara com o que ocorre no Brasil? No Japão os equipamentos são muito mais bara-
Como é o acesso a material de qualidade para hardscape no Japão? Praticamente toda loja vende hardscape, mas nas lojas especializadas em aquapaisagismo (e são muitas) encontramos hardscape de alta qualidade, troncos de diversas partes do mundo, rochas de diferentes lugares, cores e texturas, a oferta é grande. Como é o acesso à fauna para as montagens no Japão? A oferta é muito grande, se não encontramos o que queremos na loja, podemos escolher em livros catálogos de peixes e o distribuidor envia ao lojista, é muito fácil e barato. Revista Aqualon
Quais as principais diferenças entre um aquário montado no Japão e um montado no Brasil? Os equipamentos que usamos no Japão são tops de linha, a qualidade de produtos e materiais se reflete na qualidade dos aquários, no Brasil ficamos muito limitados pela pouca oferta de Hardscape para desenvolver os layouts, o que impossibilita muitas vezes a execução de uma boa idéia, pelo simples fato de não encontrar os materiais para produzi-lo, no Japão isso raramente acontece. Mas, por outro lado, essa dificuldade desenvolveu uma habilidade de adaptação e criatividade que é um ponto forte do nosso aquapaisagismo. No Brasil nos preocupamos com os problemas antes mesmo das montagens, como as algas, isso ocorre no Japão? Não, a preocupação com algas quase não existe e também a incidência. Primeiro acho que os orientais não economizam com filtragem, geralmente usamos mais de 2 bons canisters, existe uma grande preocupação com o equilíbrio biológico (bactérias).
Segundo que 100% dos aquapaisagistas usam o sistema Nature Aquarium, que consiste principalmente em um sistema de substrato que simula o que acontece nos rios e lagos na natureza, ele cria um ecossistema propício para a propagação das bactérias importantes do ciclo de Nitrogênio e Fósforo, sintetizando estes dois no interior do substrato e disponibilizando para as raízes das plantas, deixando a coluna d’água livre destes nutrientes e, por consequência, diminuindo a incidência das temidas algas. Como resultado, aquários plantados mais simples e fáceis, sobrando mais tempo para gastar com o Layout. É incomum entre os aquapaisagistas japoneses o uso de testes de Nitrato, Nitrito, Fosfato e Amônia, devido a tal segurança que este sistema propicia. Como você vê o aquapaisagismo no Brasil? Qual futuro nos espera? Vejo com muito otimismo, acho que não é coincidência nossas recentes e excelentes colocações nos concursos, somos muito criativos e conseguimos muitos bons aquários, mesmo com tantas dificuldades, a tendência é cada vez mais o hobby se popularizar e vermos cada vez mais o surgimento de novos talentos. Como você vê o aquapaisagismo em relação ao conservacionismo, visto que o hobby se baseia no amor à natureza? Acho que nosso hobby desenvolve a consciência ecológica no aquarismo, ao percebemos que em nossos “pequenos mundos” os mínimos desequilíbrios geram grandes problemas, acredito que o aquapaisagista é inspirado pela natureza e deve lutar para que sua “musa inspiradora” continue bela e preservada.
Fazendo manutenção de um plantado no ADA’s Gallery Revista Aqualon
Há união entre os aquapaisagistas no Japão
Uma visita ao ADA’s Gallery (Renato, Mestre Yamaguishi, Shinji Fujieda e Juinicho Itakura) para o crescimento do hobby? Como é esse processo? Sim, há muita união e respeito entre os Aquapaisagistas japoneses, existe uma hierarquia invisível (cultural), onde Takashi Amano e outros grandes mestres japoneses como Minoru Yamaguishi, Masashi Ono, Yuji Yoshinaga, Haruji Takee etc. transmitem seus conhecimentos para seus korrais, que são alunos e seguidores que formam grupos e times em torno deles.
Layout Freaks 21
Posso citar dois grandes grupos como exemplo: o Layout Freaks (Kanagawa), que é o maior grupo de aquapaisagismo no Japão e do qual sou membro, e o Aqua Buredo (Kobe), todos têm como foco a produção de layouts de alta performance e a disputa pelo IAPLC, dando ênfase à superação de seus limites na elaboração e produção de seus Layouts, com a colaboração do grupo. Isso sempre motiva a criação de grandes trabalhos todos os anos e, consequentemente, dissemina a paixão pelo Hobby. Quanto tempo dedicava aos aquários no Japão e quanto dedica aqui? No Japão a dedicação era diária, levava como estudo, então, ficava muitas horas trabalhando neles, acho que na média, 3 horas, gastava 80% do meu tempo trabalhando o layout e 20% com manutenção. Com o Ancient Forest a dedicação foi maior ainda, cheguei muitas vezes a ficar de 6 a 10 horas trabalhando no layout dele. Aqui no Brasil o aquapasagismo se transformou em profissão e não consigo me dedicar como antes,
acho também que com o passar do tempo a experiência ajuda muito na hora de desenvolver o layout, acho que isso faz com que não precisemos gastar tanto tempo quanto antes. Quais as colocações obtidas em concursos e quais foram os trabalhos? “Cristalino, a Dream in the Forest Colours” (90X45X45cm) – 43.º no IAPLC 2008. “Ancient Forest” (90X45X45cm) – 38.º no IAPLC 2009. “Chapada’s Dream” (60X30X30cm) - vice campeão categoria nano CBAP 2010. “Igarapé, Refuge in the Forest” (60X30X30cm) – 67.º no IAPLC 2011. Qual a montagem que te deu maior satisfação e por quê? Sem dúvidas, o Ancient Forest foi a montagem que me deu maior satisfação e projeção internacional, acho que com ele aprendi muito e amadureci muito como aquapaisagista.
É muito importante ter equipamentos de boa qualidade, pois evitará dores de cabeça que irão acontecer, equipamento bom se compra apenas uma vez. Procurar informações de pessoas que realmente têm uma história, experiência e produzem plantados de qualidade, pois elas irão agregar muito, e respeite todos eles, mesmo que você não goste do estilo. Reúna-se em grupo para trocar experiências, assim você obterá resultados melhores e mais rápidos. Seja humilde, só assim você continuará crescendo no estudo do aquapaisagismo. Como você define o estilo Nature? Para mim a definição artística é simples: é a procura incessante pela perfeição do natural nos mínimos detalhes em nossas montagens, tendo sempre como fonte de inspiração a própria natureza, podendo ser interpretativa ou descritiva.
Existem lendas no aquarismo ou mitos que precisam ser derrubados? No pouco tempo que estou no Brasil me deparei com muitos, ainda é comum encontrar pessoas que têm conceitos totalmente enganosos a respeito, decorrente de teorias e “achismos” que permeiam o nosso hobby, isso se deve ainda pela falta de conhecimento sobre o aquapaisagismo por parte dos profissionais do aquarismo e hobbystas, que em sua maioria ainda desconhecem os seus fundamentos.
Recebendo uma menção honrosa pelo Ancient Forest IAPLC 2011 22
Quais os conselhos que você daria aos que ainda não vivenciaram o aquapaisagismo, tanto o que fazer quanto o que não fazer? Procurar conhecimento, isso será o diferencial para o sucesso.
Os Mestres Haruji Takee , Minoru Yamaguishi, Masashi Ono, foram homenageados no 10 aniversário do IAPLC Revista Aqualon
Existe diferença nítida entre os estilos oriental e ocidental? Acho que os Orientais se espelham muito em Takashi Amano, muito técnicos e que por motivos talvez culturais deem muito valor aos pequenos detalhes (ângulo de pedras, sombreamento, assimetria, contraste etc.) para formar o todo, já os ocidentais são mais intuitivos e focam mais na idéia geral sobre o layout. Como define seu estilo? Existem detalhes que denunciam suas montagens como uma assinatura ou cada uma é livre da influência de conceitos? Acho que tenho muitas influências do estilo japonês como o senso “Nature” nos detalhes, mas acho que procuro em minhas montagens uma harmonia entre estética e rusticidade natural, o que se traduz em aquários intensos e leves ao mesmo tempo. Renato Kuroki por Renato Kuroki: Um brasileiro com alma japonesa, que ama o que faz e se empolga com cada novo projeto, que procura aprender ensinando e ouvindo os outros, e que tem um grande comprometimento com o aquapaisagismo, um legado transmitido por seu mestre Minoru Yamaguishi, a quem é muito grato e tem o maior respeito.
Renato e Mestre Amano em seu primeiro ADA’s Party (2007) Revista Aqualon
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Limpeza de Difusor de CO2 Texto e fotos: Fabio Yoshida
Figura 01
Porém, como todo e qualquer equipamento/acessório utilizado no aquário, é necessária uma manutenção periódica. No caso dos difusores que utilizam pastilha de cerâmica, o problema maior é o crescimento de algas cobrindo a superfície da pastilha, dificultando, assim, a saída do CO2 e também prejudicando a estética. Neste artigo será apresentada uma das maneiras utilizadas para realizar a retirada destas algas, que julgo como a mais simples e que necessita de produtos que estão ao alcance de qualquer pessoa. Como dito anteriormente, o difusor cria uma camada de algas sobre a superfície da pastilha (fig.01). Veja na figura 02 que realmente a camada de algas praticamente “fechou” a superfície, comprometendo completamente a difusão do CO2.
Com o aumento da utilização de sistemas de CO2 pressurizados em aquários plantados, cada vez mais aquaristas têm aderido ao uso de difusores com corpo de vidro/acrílico e pastilha de cerâmica. Esses modelos de difusores são os preferidos por possuirem uma excelente estética e difusão melhor que a maioria das pedras porosas normalmente utilizadas. 24
Figura 02
1- Equipamentos e produtos necessários Para iniciar a limpeza do difusor é necessário: - Um recipiente que comporte o difusor totalmente submerso. Para exemplificar, utilizaremos um copo; - Uma pequena quantidade de água sanitária. Neste exemplo serão utilizados aproximadamente 15 ml; - Água limpa para diluição da água sanitária; - Água limpa para enxágue; - Escova de dentes ou outra escova para limpeza da cerâmica; - Seringa com agulha.
2- Preparando a solução e submergindo o difusor Coloque a água sanitária no recipiente e complete com 2/3 da capacidade com água limpa (figura 03). Acomode o difusor dentro do recipiente e complete com água limpa até que o difusor esteja completamente submerso (figura 04).
Figura 03
Figura 04 Revista Aqualon
Dica: na maioria das vezes o difusor está com gás em seu interior, fazendo com que ele flutue. Uma maneira de evitar que isso ocorra e também realizar uma limpeza interna é inserir dentro do difusor a solução com utilização de uma seringa com agulha, através da entrada de CO2 do difusor. Deixar o difusor submerso na solução até que a as algas sejam completamente eliminadas (figura 05). Não foi enconFigura 05 trado um tempo aproximado de submersão, já que isso depende da quantidade de algas, tamanho do difusor e concentração da solução. Este difusor do exemplo passou o período noturno completo, sendo retirado somente na manhã seguinte.
3- Retirada de resíduos e enxágue
O difusor deverá ficar semelhante ao mostrado na figura 06, totalmente sem algas. A solução que foi inserida no interior do difusor deve ser retirada Figura 07 também com a seringa com agulha, devendo ser injetada no seu lugar água limpa para posterior retirada, realizando, assim, também um enxágue da parte interna.
4- Finalizando a limpeza Para finalizar a limpeza e evitar que qualquer resíduo de água sanitária seja introduzido no aquário, aconselha-se a realizar uma última imersão em uma solução com água limpa e desclorificante (figura 07). É aconselhável que seja inserida essa solução (água limpa + desclorificante) dentro do difusor também.
Retirando o difusor da solução, deve-se, então, com Aconselha-se também que a dosagem do desclorifiauxílio de uma escova de dentes, limpar os resídu- cante deve ser superior à indicada na bula. os das algas que ficaram na superfície da pastilha de cerâmica. 5- Recolocando o difusor no aquário Após a última imersão, enxágua-se o difusor com água limpa, retira-se a solução de dentro com a ajuda da seringa com agulha novamente, e está pronto para utilização (figura 08).
Figura 06
Realizando manutenções periódicas em seu difusor, com certeza prolongará sua vida útil e sempre apresentará uma estética perfeita.
Figura 08
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EXPEDIENTE:
Seja um Aquarista Consciente: * Não solte peixes, plantas ou qualquer outro animal aquático nos rios ou lagos. A soltura desses animais pode causar impactos ambientais muito sérios, prejudicando fauna e flora nativa!
* Não coloque juntas espécies de peixes de pH diferentes. Certamente uma delas será prejudicada, podendo adquirir doenças e contaminar todo o restante.
* Não superalimente os seus peixes, pois o excesso * Não inicie o hobby se não estiver disposto a dispensar os cuidados básicos que os peixes exigem. de alimento pode poluir a água do seu aquário. Com pouco tempo de dedicação obterá sucesso e * Não compre rações vendidas em saquinhos plás- isto se transformará em lazer. ticos transparentes. A luz retira todas as vitaminas e proteínas da ração. Estas também não possuem * Seja observador. É preciso conhecer o comportaprazo de validade. Procure comprar rações de boa mento dos habitantes de seu aquário para se anteciqualidade que você notará a diferença na saúde de par aos problemas que possam surgir. seus animais. * Lembre-se: Peixes são seres vivos e não merca* Não Superpovoe o aquário, pois o excesso de dorias que podem ser descartadas a qualquer mopeixes debilitará todo o sistema de filtragem do mento. Preserve a vida! aquário, podendo levar seus peixes à morte. * Finalizando, PESQUISE! Atualmente podemos * Não compre peixes que estejam em aquários usar a internet como uma forte aliada para alcançar que tenham peixes doentes ou mortos. Eles podem um aquarismo saudável e consciente. Temos vários transmitir doenças para todos os peixes que você já sites/fóruns que pregam a prática correta do aquarismo. Citaremos apenas alguns dos mais confiápossui em seu aquário. veis, em ordem alfabética: * Não compre peixes por impulso. Pesquise antes a respeito da espécie. Muitas podem ser incompa- www.aquaflux.com.br tíveis com o seu aquário, seja por agressividade, www.aquahobby.com www.aquaonline.com.br parâmetros da água ou tamanho do aquário. www.forumaquario.com.br Foto da Eichhornia crassipes: Americo Guazzelli
Revista Aqualon é uma publicação da Aqualon - Aquarismo em Londrina. Com distribuição gratuita, visa divulgar o aquarismo em todos os seus segmentos, desde os aquários propriamente ditos até os aspectos ecológicos que o hobby abrange. Editor: Rony Suzuki Coordenação: Americo Guazzelli e Rony Suzuki Projeto gráfico e diagramação: Evandro Romero e Rony Suzuki Periodicidade: Trimestral Tiragem: 2500 exemplares Revisão: Americo Guazzelli Fotografia: Americo Guazzelli, Chantal Wagner Kornin, Cinthia Emerich, Fabio Yoshida, Mauricio Xavier de Almeida, Renato Kuroki, Rony Suzuki. Colaboraram nessa edição: Americo Guazzelli, Chantal Wagner Kornin, Cinthia Emerich, Fabio Yoshida, Mauricio Xavier de Almeida, Renato Kuroki e Rony Suzuki. Para anunciar na revista: revistaaqualon@gmail.com (43) 3026 3273 - Rony Suzuki Colaborações e sugestões: Somente através do e-mail: revistaaqualon@gmail.com As matérias aqui publicadas são de inteira responsabilidade dos autores, não refletindo necessariamente a opinião da Revista Aqualon. Não publicamos artigos pagos, apenas os cedidos gratuitamente para desenvolver o aquarismo. Permite-se a reprodução parcial ou total dos artigos e outros materiais divulgados na revista desde que seja solicitada sua utilização e mencionada a fonte.