A menina que fazia chover

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Este livro é dedicado a todas as pessoas que, de perto ou de longe, participaram das deliciosas histórias aqui relatadas. Mas é especialmente dedicado, a todos os filhos e filhas, sobrinhos e sobrinhas, primos e primas, netos e netas, bisnetos e bisnetas e demais descendentes que ainda estão por nascer. Para que eles saibam que seus bisavôs e bisavós, avôs e avós, pais e mães, tios e tias, primos e primas viveram momentos muito felizes juntos, e que esses momentos estão gravados para sempre em suas vidas e na vida de todos que deles participaram. ABRIL 2011

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ssa é a história de uma menina sonhadora que morava bem no alto de uma montanha em uma cidade maravilhosa. Da janela do seu quarto ela podia ver a cidade lá embaixo e sentia que estava no céu. Já que estava no céu, ela pensava, um dia ia fazer chover. Mas nem tentava.

É que não dava tempo. Ela era a filha mais velha de uma família com muitos irmãos, e desde cedo tinha muitas tarefas e responsabilidades. Mas a vontade de fazer chover não desaparecia.

Depois ela cresceu, foi para a escola, e logo teve que ir trabalhar para ajudar a família. E nada de ter tempo para fazer chover. Um dia ela foi convidada para ir a um baile e pensou:

- Hoje é que eu não faço chover mesmo!

No baile ela conheceu um lindo rapaz que logo a pediu em casamento. Ela achou que ele era um pouco apressado. Ele explicou que era melhor casar logo, antes que chovesse. Ela não entendeu direito a explicação, mas achou que aquele interesse pela chuva era um bom sinal.

Casaram, tiveram filhos, trocaram fraldas, mudaram de casa, viajaram, educaram os filhos, mudaram de casa de novo, trocaram mais fraldas, mudaram de casa mais uma vez, ufa! E nada de sobrar tempo para fazer chover.

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Mas o tempo passou e seus filhos cresceram. E foram embora.

A Menina que Fazia Chover.

E daí finalmente havia tempo de sobra para fazer chover. Mas então ela estava cansada demais e sem vontade de fazer chover. E ficou triste. Mas logo ela descobriu que não era tristeza. Era outro sentimento. Ela estava com saudades daquela menina que queria fazer chover. E a saudade era tanta, que ela olhou para o céu e gritou: EU QUERO QUE CHOVA!

E finalmente gotas de chuva começaram a cair. Mas era uma chuva mágica. E gota de chuva mágica é diferente de gota de chuva normal. Ao invés de pingos d’água, começaram a cair do céu balas de todas as cores e sabores. E ela se sentiu novamente como aquela menina, naquela janela, lá naquela cidade maravilhosa. E para cada bala que ela conseguia pegar, uma linda criança se aproximava dela. Rapidamente a casa se encheu de crianças e ela pôde ver que seus filhos, que eram crianças novamente, estavam entre elas. Quanta felicidade! E cada uma dessas crianças contou para ela uma história. E esse foi o dia mais feliz na vida da menina que fazia chover. QUER SABER QUE HISTÓRIAS SÃO ESSAS? Vire a página e conheça cada uma delas.

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10 10 LEI DE MURPHY 11 CONCEITO DE FEBRE 12 QUANDO ABRIR A BOCA É UM PROBLEMA 12 BABÁ TAMBÉM É CRIANÇA 13 QUEM PRECISA DE AJUDA? 13 NIETSCHE CONTINUA VIVO 16 O QUE SE COME NO INFERNO 16 LIÇÃO DE GENÉTICA 17 LIÇÃO DE “ANATOMIA” 17 DISTRIBUIÇÃO DE PAPÉIS: 18 QUANDO O NENÊ ESTÁ A CAMINHO ESCOLHENDO UM BICHO

UM DILEMA DO PASSADO, DO PRESENTE E DO FUTURO

CONCEITO DE MADRASTA 18

19 ENCARANDO ÉDIPO 19 HIERARQUIA FAMILIAR I OU QUEM É QUEM? 22 HIERARQUIA FAMILIAR II 22 HIERARQUIA FAMILIAR III 23 SUPERANDO ÉDIPO 23 O QUE NÃO SE FAZ PARA “SUBIR NA VIDA”! 24 ACEITANDO SEUS MONSTROS 24 PARA ALÉM DE CAIM E ABEL 25 SEXOLOGIA 28 SAUDADE 28 LIÇÃO DE OBEDIÊNCIA. OU DE DIPLOMACIA? 29 O QUE É O CASAMENTO 30 PAPAI SABE TUDO 30 FALECIMENTO 31 PRECAUÇÃO 31 CONCEITO DE ANJO

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Quando o Nenê Está a Caminho

(2002)

Helena estava grávida do Marcos e chegou o momento de contar para as crianças a novidade. Contada a novidade a reação foi aquele misto de alegria e desespero.

Café da manhã de um dia comum. Correria. O pão de uma das crianças cai no chão. Julia, de doze anos, pergunta para o Ricardo: - Como é mesmo aquela lei que dá tudo errado e o pão sempre cai com a manteiga pra baixo?

Mais tarde quando a Madalena, a melhor babá do mundo, pergunta para a Julia o que ela tinha achado da novidade, veio a resposta mais sincera de todos os tempos:

- Lei de Murphy, Ricardo responde. Breno, de oito anos, pergunta.

“Nena, sabe que eu tô gostando mais do que eu tô odiando!”

Escolhendo um Bicho As crianças, tentando convencer o Ricardo sobre a aquisição de um cachorro, acabaram se cansando e a conversa desandou para a palhaçada. Os maiores começaram a pedir os bichos mais estranhos, especificamente um tubarão, um jacaré e uma baleia. Então Ricardo disse: Ah! Então eu quero um elefante. Marcos, então com quatro anos, que até aquele momento estava quietinho, só ouvindo, saiu com essa frase.

Lei de Murphy

(2006)

- Mas ele testou isso?

(2007)

- Não sei se ele testou mas não funciona para gatos. Os gatos sempre caem em pé, brinca Ricardo. Quando Ana, de 10 anos retruca.

- É porque nos gatos não tem manteiga.

Um dia ainda passarei manteiga num gato só para ver se ele cai de costas no chão!

- Não pai, nós estamos falando de “coisas aquáticas”!

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E Ricardo, claro, enfiou o rabo entre as pernas. Santa ignorância de adulto!!

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Conceito de Febre =

(2005)

Viajando de Guaecá a Itanhaém na BR 101, na altura de Maresias, cheia de curvas, Marcos com quase três anos diz: Helena “mede” a febre e diz:

O Ricardo e a Helena iam sair à noite e comunicaram o Breno, a Julia e a Ana sobre o fato. O Breno, que andava numa fase carente, logo reclamou que não queria ficar sozinho.

- Não está não!

Mais um pouco Marcos repete:

Logo foi explicado que a Nena ficaria com eles e que seria muito bom pois eles poderiam brincar bastante. E Breno disse:

- Mãe, tô com febre.

Helena mede de novo e nada. E assim vai.

- Mas eu quero ficar com um adulto!

Dali a pouco Marcos vomita para valer no carro novo. Vai daí que descobrimos que para as crianças é bem mais fácil dar um nome ao seu mal estar.

Viajando de Curitiba a Campinas a Ana diz que está com enjôo. Ricardo diz para ela abrir a janela e respirar fundo. E a Julia emenda: - E não abra a boca pra nada!

Informação importante: dias antes a Ana tinha vomitado em cima da Julia numa viagem com o Roberto, pai delas. 12

(2001)

A Nena, considerada por alguns como a melhor babá do mundo, sempre brincou muito com as crianças. Vai daí que o Breno, então com 3 anos, certa vez saiu com essa.

- Mãe, tô com febre.

Quando Abrir a Boca é um Problema

Babá Também é Criança

(2002)

Quem Precisa de Ajuda?

(2004/2005)

O Marcos tinha aprendido a andar fazia pouco tempo e precisava descer a escada. A Nena zelosa como sempre disse para ele pegar na sua mão. Marcos, cheio de si, disse que descia sozinho. O Breno, que passava por perto, todo solícito disse:

- Pode deixar Nena que eu dou a mão para você descer a escada!

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Nietsche Continua Vivo

(2002)

Lição de Genética

(2003)

Um dia, uma amiga da Laura fez um comentário sobre o olho azul da Maria, que era recémnascida. E a Laura mais que depressa disse:

Em mais uma viagem de Curitiba a Campinas, Ana, com seis anos, reclama do Breno, com quatro anos que, para variar, está só pegando no pé dela. Querendo dizer “Pelo amor de Deus!” diz “ Pela morte de Deus!”

- Mas vai ficar preto. O meu também nasceu assim!

Ricardo emenda:

- Nossa Ana, que frase mais nietschiana! E ela muito compenetrada responde:

Lição de “Anatomia”

- Muito obrigada!

O Que se Come no Inferno?

(2005)

(2008)

Sempre interessada nos variados usos e combinações das palavras, certo dia Maria sai com essa pergunta:

- É quem não tem língua que fala pelo cotovelo?

Vovó Ruth em suas andanças pelo mundo comeu sopa de cobra e gafanhoto frito. Sem saber é claro. Tudo obra das galhofas do Vovô Rogério. As crianças amam a história.

Vai que um dia na hora do almoço a Julia pergunta:

- Onde foi mesmo que a Vovó comeu sopa de cobra e gafanhoto frito? E Ana de pronto: 16

- No inferno!

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Distribuição de Papéis:

(2008)

Um Dilema do Passado, do Presente e do Futuro.

Conceito de Anjo

(1996)

Toda noite, ao colocar o Tiago para dormir a Luciana se despede dizendo: “Durma com os anjos”. Certa noite o Tiago, aos três anos, pergunta: Mãe, o que são anjos? Pega de surpresa, Luciana titubeia, se enrola, começa a responder como pode. Tiago, desconfiado, conclui: Você não sabe, né?

Maria e Marcos, com cinco anos, e Breno com nove anos, brincam de Piratas do Caribe. Na hora da distribuição dos papéis Maria fica com o papel da protagonista Elizabeth (claro!). Mas Breno adverte: - Maria, a Elizabeth é “super” linda, mas ela é “super” maltratada na estória.

- Ah! Então eu não quero ser ela, diz a Maria.

- Bom então você pode ser a Tia Dalma que é amiga dos piratas e não é maltratada. Só que ela é “super” feia, diz o Breno tentando encontrar uma saída.

Encarando Édipo

- Ah! Então também não quero ser ela, conclui Maria, já antecipando os dilemas do futuro.

Conceito de Madrasta

(2007)

(2006)

Marcos, com três anos de idade, após uma seqüência de beijos e abraços efusivos na Helena, parou e olhando direto nos seus olhos, com uma expressão muito séria e com uma voz consternada, pergunta: “Mas porque eu não sou o seu casamento?”.

Emilia e Juliana conversam com a Maria. Emilia explica que é madrasta da Juliana. Maria, olhando com um certo ar de pena para Juliana diz: - E ela manda você limpar a escada?

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Hierarquia Familiar I ou Quem é Quem?

(2007)

Certo de que Marcos reivindicaria a propriedade da mãe, Ricardo pergunta:

Maria, mais ou menos com quatro anos, assiste a tudo com olhar compenetrado. Ao final da cena, que não nos atrevemos a adjetivar, pergunta para a Adriana:

- Então quem é o dono da mamãe?

E a resposta veio rápida e certeira:

- Ela é a mãe dele?

Certo dia o Marcos, aos cinco anos, se comparou a um príncipe de alguma estória. Ricardo rapidamente disse que se ele, Marcos, era o Príncipe, ele, Ricardo, era o Rei. Marcos concordou. Como Vovô Rogério assistia a conversa os dois ficaram meio constrangidos. Afinal qual era a posição do Vovô? Ricardo pergunta ao Marcos:

Se eu sou o rei e você o príncipe, o que o Vovô Rogério é?

(2009)

Ricardo, Helena e Marcos conversam sobre assuntos diversos. Ricardo brinca que a Helena vai ter que fazer determinada coisa porque ele mandou e ele é o “dono dela”. Marcos reclama dizendo que ele não é dono da Helena.

Vovó Ruth dá uma daquelas broncas no Vovô Rogério por conta de alguns excessos alimentares (no ponto de vista dela, não no dele, é claro).

Hierarquia Familiar II

Hierarquia Familiar III

- O dono da mamãe é o Vovô Rogério!

(2008)

Superando Édipo

(2000/2001)

Noite de reveillon em Lagoinha. O ano é 2000 ou 2001. Todos se preparam para a grande festa. Tiago, um pré-adolescente, precisa guardar um livro no quarto mas Luciana está se trocando. Ele, como sempre um gentleman, pede ao Sabino, então namorado da Luciana: - Sabino, você que pode ver a minha mãe pelada, pode por favor guardar esse livro no quarto.

Sem titubear Marcos responde: - O Vovô é o primeiro ministro! Acertou na mosca! 22

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O Que Não se Faz Para “Subir na Vida”!

(2010/2011)

Marcos tinha uma semana de vida e estava saindo pela primeira vez de casa. Breno, então com quatro anos, sentado ao lado da Helena que estava com o Marcos no colo, abriu a janela do carro.

Férias de verão na virada de 2010 para 2011. Inauguração da casa nova de Guaecá.

Num dos quartos estão reunidas as adolescentes Julia, Laura, Ana, Bia (namorada do Tiago) e Natalia.

A Helena então explicou que como o Marcos ainda era muito fraquinho não podia tomar vento. Diferente dele, Breno, que era forte e podia tomar vento. Num raciocínio relâmpago Breno dispara:

Maria, então com sete anos, não podia ficar de fora e queria logo também ficar no “quarto das adolescentes”. Lá pelas tantas, Vó Ruth, preocupada com o congestionamento, diz para a Maria ir tomar banho no banheiro dela porque ali tinha muita fila. E a Maria, que não perderia seu status de adolescente por nada desse mundo, sai com essa:

- Se ele é fraco e eu sou forte, então eu posso matar ele, né? Helena, um tanto alarmada, respondeu imediatamente que não. Breno não se contentou e argumentou em sua linguagem própria.

- Vó, eu adoro fila!

Aceitando Seus Monstros Um dia Marcos, aos seis anos, foi proibido de comer sobremesa porque fez manha na hora do almoço. Ele fica bravo e decide fugir de casa. Prepara sua mala, a tarde passa e a fuga não acontece. No dia seguinte durante o almoço Ricardo fica sabendo da história e pergunta: Mas afinal, por que você não fugiu? Daí veio a resposta que provavelmente ajudará a economizar alguns anos de psicanálise:

Para Além de Caim e Abel

(2003)

(2009)

- Mas se ele “sesse” do mal e eu “sesse” do bem, então eu podia matar ele, né? Novamente Helena responde que não. Mas Breno não se contentou e continuou.

- Mas se ele “sesse” do mal e viesse para matar toda a nossa família, então eu podia matar ele, né?

Helena então explicou que ninguém é totalmente do bem, nem totalmente do mal. Breno ficou em silêncio profundo. E até hoje, para alegria de todos, Breno e Marcos brincam muito juntos, brigam e fazem as pazes sempre.

“Pai, com o medo de monstro que eu tenho não ia dar certo.” 24

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Sexologia

(2003)

As histórias na família se entrelaçam. Certa época a Adriana contava uma história de uma conversa entre o Tiago e a Laura onde o assunto era sexo. A conversa era hilária e tinha sido motivada pelo fato da Laura estar particularmente interessada no assunto, afinal era época em que a Maria estava chegando. E ela andara fazendo perguntas à Adriana. Julia aos 9 anos na época, ouvindo em silêncio, de repente, cheia de si, sai com essa:

Luciana e Tiago, então com quatro anos, moravam na França. Adriana, que também estava por lá levou Tiago para passear na EuroDisney.

Antes de saírem, Luciana deu as orientações costumeiras para o Tiago sobre obediência, e ressaltou a necessidade dele se agasalhar porque acabara de sair de um resfriado ou algo assim.

- Se a Laura queria mesmo saber sobre sexo, ela deveria perguntar para a minha mãe, que entende mesmo de sexo. (pausa). Porque ela já fez três vezes! (Uma dedução para lá de óbvia, uma vez que Marcos, terceiro filho de Helena, havia nascido).

Saudade Adriana e Laura estavam morando na França por conta do doutorado da Adriana, mas o Sergio tinha ficado no Brasil. Laura teve que inventar mil e uma maneiras para lidar com a saudade do pai e do restante da família. Certa vez, fingindo que escrevia em um guardanapo de papel, dizia naquela língua típica de quem começa a falar:

Lição de Obediência. ou de Diplomacia?

(1997)

O passeio estava ótimo, e lá pelas tantas a Adriana preocupada com a saúde do Tiago perguntou:

(1998)

- Tiago, você não está com frio? Você não quer colocar o casaco? E a resposta do diplomata da família foi:

- Eu não estou com frio, mas se você achar que eu estou, eu coloco o casaco.

- “Iquito” mamãe, “iquito” papai, “iquito” vovó. (repete algumas vezes) Eu não tenho meu pai aqui, só tenho o nome. E continuava a “escrever em voz alta”. - Mamãe “Cequêla” Leite, Papai “Cêquela” Leite, Vovó “Cequêla” Leite...

A saudade que poetas precisaram de sonetos e mais sonetos para conseguir expressar, Laurinha o fez em poucas palavras. 28

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O Que é o Casamento?

(1993)

- Eu adoro a bisavó. Ainda bem que ela NUNCA faleceu!

Precaução

- ISSO é o casamento!!

Helena havia mostrado a lua cheia para a Julia, então com dois anos, e ela tinha ficado maravilhada.

(2009)

Maria, aos seis anos, brinca alegre e contente com um presente que ganhou da bisavó. Lá pelas tantas, suspira de felicidade e diz:

O ano era 1993 e Marina tinha então cinco anos. Ela e o Ricardo estavam no banco de trás do carro. Na frente Rubinho e Regina, com menos de um ano de casados discutiam sobre qual o melhor itinerário para chegar a algum lugar. A discussão rolando: vira para direita porque é melhor. Não, o melhor caminho é seguindo em frente. Você não sabe de nada. E por aí a fora. Quando a discussão parou, ficou o maior silêncio. Daí a Marina solta essa:

Papai Sabe Tudo

Falecimento

(1996)

(1997)

Laura andava enciumada em relação a sua prima Ana, e já havia levado uma bronca por ter batido nela. Mais tarde, durante a festa de aniversário da Júlia, Laura está dentro da piscina de bolinha e do lado de fora Aninha se desequilibra e cai. Laura diz: - Fui eu que empurrei, mãe?

Noutra ocasião a lua estava novamente linda, só que minguante. Ao ver a lua Julia falou: - Ah! Quebrou.

Em seguida olhou para a Helena e num tom tranquilizador disse: - Papai conserta.

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CRIAÇÃO DAS HISTÓRIAS DAS CRIANÇAS: Ana de Cerqueira Leite Hexsel; Breno de Oliveira Pimentel; Julia de Cerqueira Leite Hexsel; Laura de Cerqueira Leite; Maria de Cerqueira Leite; Marcos de Cerqueira Leite Pimentel; Marina de Oliveira Pimentel; Tiago Cerqueira Leite Meneghini

PESQUISA DAS HISTÓRIAS E ACERVO ARTÍSTICO: Adriana Cerqueira Leite; Helena Cerqueira Leite Pimentel; Luciana Cerqueira Leite; Ricardo Pimentel. CRIAÇÃO DE “A MENINA QUE FAZIA CHOVER” Ricardo Pimentel. PROJETO GRÁFICO Estúdio Borges; LaBarca Estúdio Criativo. ILUSTRAÇÕES Vinício Adamante

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