A boneca sat창nica
Autoras: Gabriela Lopes Silva Isadora Xavier de Almeida Luana Beatriz F. Silva
7째 C
A boneca satânica Em uma noite muito fria e nublada, eu e minhas amigas, Spencer e Hanna, estávamos em minha casa nos arrumando para uma festa muito estranha e misteriosa que fomos convidadas. O que nos causava mais espanto era o endereço da festa ser numa igreja abandonada há muito tempo, que ficava na região mais deserta da cidade. Nós já tínhamos conversado, refletido e analisado muito sobre essa estranha festa, porém algo estava me deixando muito inquieta, então novamente voltei a discutir com minhas amigas: - Gente, eu ainda não estou entendendo o porquê dessa festa? Quando falei isso, notei que elas ficaram mais relaxadas, pois também estavam apreensivas. Então, Spencer deu continuidade: - Também não, mas acho melhor tentarmos descontrair um pouco, pois, com medo ou não, combinamos que nos três iríamos. No entanto, Hanna disse aflita: - Mas...mas, e se isso for uma pegadinha, ou pior, uma reunião para vandalizar a igreja? - Ai minha santinha, e se for isso, e a polícia nos pegar? Alisson, por favor, não deixa a gente fazer essa burrada. Ao perceber que ela começou a "viajar na maionese", cortei suas suposições, dizendo: - Vamos parar de "chororô" e fazer progresso, peguem suas bolsas, subam no salto, empinem o nariz e vamos para festa.
Nesse momento eu estava cumprindo o papel de uma verdadeira líder, corajosa e decidida, honrando meu maravilhoso nome, Alisson Lauren Di Laurentis Rollins. Então saímos com o carro do meu pai. Durante o percurso, ninguém falou absolutamente nada. Quando chegamos na igreja, percebi que ela era diferente de todas que eu já tinha visto. Era feita de rochas muita sólidas, sem nenhuma rachadura ou defeito. Para mim, o arquiteto daquela igreja era muito crítico e detalhista. No topo de uma das suas quatro torres, tinha uma faixa branca com a seguinte mensagem: " A FESTA SATÂNICA É AQUI. SE VOCÊ É UM DOS NOSSSOS CONVIDADOS, VÁ PARA O PORÃO, NO ALOJAMENTO DOS MORTOS". Como tinha que ser exemplo para minhas amigas, respirei fundo, segurei as lágrimas, chamei elas e entramos na igreja. Logo na entrada, encontramos uma menina gótica com a lista dos convidados em suas mãos. Ela procurou nossos nomes na lista e, ao encontrar, nos liberou e pediu que seguíssemos reto e descêssemos dois andares de escada, e então chegaríamos no local da festa. Chegando no local, percebi que estávamos em um enorme salão com muitos detalhes banhados a ouro e uma música de fundo bem sinistra. No meio desse salão, todos meus colegas de classe estavam sentados no chão, exceto Calleb, que estava de pé no centro de todos. Quando sentamos, Calleb começou a falar: - Boa noite! Convidei vocês para esse encontro, pois acredito serem valentes o suficiente para enfrentar algo anormal. E acredito que, se dissesse
o verdadeiro nome desse encontro, muitos de vocês não viriam, por isso o intitulei de "festa". Ao ver que muitos ficaram assustados, resolvi fazer a primeira pergunta: - Mas então, qual é o verdadeiro nome desse encontro? Muito grosseiramente, Calleb respondeu de uma forma coletiva, e depois deu continuidade a seu discurso: - É o seguinte: primeiro, não quero nenhuma interrupção durante meu discurso; e segundo, vocês precisam ter calma e muita atenção, porque vocês irão saber o nome e o motivo desse encontro. Pois bem, acredito que posso continuar. Primeiramente vou contar uma lenda para refrescar um pouco a cabeça de vocês. Reza a lenda que, há muito tempo, uma mãe comprou para sua filha uma boneca da Xuxa, que era sucesso na época. Porém, o que ninguém sabia era que essas bonecas eram possuídas por espíritos do mal. Então, em um certo dia, a boneca matou a menina. Naquela época, esse estranho acontecimento causou muito espanto em todos os fabricantes e vendedores da marca de bonecas infantis, com isso resolveram trancar todas as bonecas nessa igreja, onde ficariam presas para sempre. Mas esqueceram que esses espíritos podiam sair dos corpos dessas bonecas. Dizem que esses espíritos são impiedosos, furiosos e vagam essa igreja para toda eternidade. E que apenas uma única pessoa conseguiu fazer um pacto com eles, porém um dia desapareceu, e depois de cinco semanas seu corpo foi encontrado morto, bem aqui nesse salão. No entanto, isso não vem ao caso, é só uma curiosidade. Entretanto, acho que podemos cativar esses espíritos, e assim fazer com que fiquem do nosso lado, e então poderemos usá-los ao nosso favor. Contudo,
para chamar a atenção deles, basta fazer uma oração de invocação, e eles estarão aqui. Depois eu irei conversar com eles e estabelecer um pacto. Como a maioria dos convidados concordou, fomos obrigadas a participar. Quando fizemos esse ritual de invocação, as luzes começaram a piscar e um vento muito frio começou a entrar pela porta. Depois várias vozes diferentes começaram a gritar o mais alto possível, e todos correram em todas as direções para tentar fugir. Todavia, parecia que essas vozes estavam em todos os lugares. O chão começou a quebrar, meus colegas caíram no chão, e eu e minhas amigas resolvemos nos esconder atrás de uma enorme pilastra. Depois de longos minutos, todos aqueles corpos que estavam no chão sumiram, as vozes pararam e o chão voltou como estava antes. Saímos do nosso esconderijo e decidimos voltar cada uma para sua casa. Quando cheguei em casa, fui direto para meu quarto, procurar na internet, sites sobre os espíritos das bonecas da Xuxa. Ao ler um relato feito por um exorcista muito famoso, chamado Gabriele Amorth, fiquei muito assustada. Concluí que aqueles que tinham caído no chão, na igreja, foram mortos e suas almas convertidas para mal. O exorcista escreveu que esses espírito fazem isso com todos aqueles que encontram, é como se fosse o "trabalho" deles, que têm como objetivo adquirir o máximo de almas possíveis, pois têm um plano muito maligno contra o mundo, mas Gabriele ainda não sabe de fato o que eles irão fazer. Depois de horas de pesquisa, resolvi tentar dormir e no outro dia decidir o que fazer. De manhã, quando acordei, estava bem mais calma. Concluí que tudo iria acontecer no seu tempo e, com ou sem espíritos, um dia todos iriam morrer
e o mundo iria acabar. Decidi, então, fazer absolutamente nada, apenas esquecer aquela apavorante noite e seguir a vida. Autoras: Luana Beatriz F. Silva, Gabriela Lopes Silva e Isadora Xavier de Almeida – 7° C.