Vida dupla
Clara Maria Mota Dias Giulia Lombello Santos Nicole Cristina Moreira
Vida dupla Meu nome é Oliver Halston, e passei alguns anos da minha vida pensando em algo grandioso para criar. Certo dia me veio a ideia: por que não criar uma máquina de clonagem? Dediquei-me totalmente a esse projeto. Foram meses de testes falhos, peças que faltavam, enfim, sem o sucesso que eu esperava. Até que, finalmente, a máquina ficou pronta, muito melhor do que eu havia imaginado.
Testei-a com um pequeno rato e o resultado fora incrível! Testei com animais maiores e o resultado foi satisfatório. Então, resolvi testar com um humano. A questão era: Quem iria acreditar em mim? Quem acreditaria que poderia mesmo ser clonado sem sofrer nenhum dano? Eu! Eu tinha a certeza de que realmente funcionava.
Liguei todos os botões necessários e entrei na máquina. Perdi a consciência após um leve choque e, quando me dei conta, havia outro “eu”. Fiquei muito surpreso com tamanha eficácia. Aproximei-me e disse: ─ Olá. Por incrível que pareça, o clone me respondeu: ─ Oi! ─ Quero que assuma o meu lugar, vá até o cinema com Sophie e Thiago. ─ Claro. Sem eu precisar dizer algo, ele pegou o telefone e ligou para Sophie, confirmando o encontro. Estava com fortes dores de cabeça, então resolvi ir me deitar. Não sei quantas horas dormi, mas, quando acordei, o clone estava na cozinha, preparando o jantar. ─ Olá. ─ Oi. ─ respondi e fui me sentar perto dele. ─ O cinema foi sensacional, o filme era muito engraçado, pena que você não pode ir. ─ É, deve ter sido mesmo. ─ Estou preparando um strogonoff de carne. Meu coração acelerou. O clone também sabia do que eu gostava. Minha invenção era realmente incrível! Resolvi que iria mostrar para todos a minha máquina. Fiz vários cartazes e espalhei pela cidade. Já no primeiro dia, choveram pessoas em
meu laboratório. Com um grande número de clonagens, a máquina pifou, porém não percebi e continuei, freneticamente. Após certo tempo, recebi uma ligação: ─ Olá, é o Senhor Halston? ─ disse a mulher, com uma voz apavorada. ─ Oi, é sim. ─ Algum dia atrás fui até o seu laboratório testar a sua invenção, e agora o meu clone está louco! ─ Desculpe, mas louco como? ─ Ele saiu quebrando tudo, dizendo que iria dominar o mundo! Quando ouvi aquilo, não acreditei, não poderia ser verdade. Continuei clonando as pessoas, porém mais ligações surgiram, e eu continuava as ignorando.
Até que, certo dia, assistindo ao jornal, eu vi que a cidade vizinha estava destruída. Grande parte dela estava em chamas, e só então percebi que o culpado, na verdade, era eu. Entrei em pânico. Meu plano havia fracassado, eu havia fracassado! Sem saber o que fazer, decidi parar de clonar as pessoas e jogar a máquina fora. Mas já era tarde demais, pois grande parte da cidade estava destruída. Começou o que podemos chamar de “guerra”. Os clones se transformavam em algo parecido com extraterrestres e estavam determinados a acabar com a raça humana e dominar o mundo. Liguei a televisão e coloquei no noticiário. Os clones colocavam fogo em lojas e casas, matando dezenas de pessoas. E tudo isso, graças à minha criação. Graças a mim.
Era horrível o medo que eu sentia das pessoas virem me procurar. Enquanto eu pensava em um jeito de tentar acabar com aquela guerra, tudo só piorava. Dezenas de pessoas eram mortas em menos de meia hora. As criaturas que eu havia criado se multiplicavam. A cidade, em chamas, em pedaços, a qualquer momento não existiria mais. O noticiário dizia que 120 pessoas haviam morrido e só tinha se passado uma hora e meia. O que irá ser dos que ainda estavam vivos? Até quando eles ainda estariam vivos? Como poderíamos destruir os clones? Eram as perguntas que não saíam da minha cabeça e, infelizmente, eu não tinha resposta para nenhuma delas. Decidi sair de casa e enfrentar os clones. E por incrível que pareça, enfrentar aquelas criaturas iria ser algo impossível. Mesmo assim, eu tentei. As ruas estavam totalmente destruídas, havia gente morta e fogo por absolutamente todos os lugares.
Os clones começaram a correr em minha direção, até que encontrei dezenas de pessoas com armas e escudos, determinadas a enfrenta-los. Quer dizer, foi o que eu pensei. As dezenas de pessoas que eu encontrara estavam, sim, determinadas a matar, mas não os clones, e sim a mim.
Eu compreendia a raiva que carregavam dentro delas. Tentei explicar que eu não imaginava que essa guerra aconteceria e que eu não tinha culpa. Mas a raiva, o ódio, a fúria falavam mais alto. Elas iriam me matar. Comecei a correr desesperadamente, escalar muros e árvores, porém não era o suficiente, os clones eram capazes de me alcançar. As pessoas estavam atirando flechas e pedras, sem a menor piedade. Algumas delas me acertavam, mas eu não podia parar de correr em nenhum momento. Até que eles me pegaram. Os clones queriam me devorar e as
pessoas queriam me esquartejar. Eu não tinha saída e nem esperança. Era o meu fim. Após me capturarem, me deixaram preso até a morte. A única coisa que posso dizer é que os clones se reproduziram mais e mais e dominaram o mundo!
Clara Maria Mota Dias Giulia Lombello Santos Nicole Cristina Moreira
Fontes das imagens: http://www.ocaodeguardanoticias.com.br/2014/04/o-bico-e-incrivelmaquina-de-clones.html http://lomonne.blogspot.com.br/2010/08/10-coisas-que-as-mulheres-fazemaos.html http://conexoesclinicas.com.br/cartas-entre-freud-e-einstein-sobre-a-guerra/ https://www.youtube.com/watch?v=G5RkbGG40KE http://www.fatosdesconhecidos.com.br/e-possivel-que-aconteca-uma3aguerra-mundial-quais-seriam-os-grupos http://forum.outerspace.terra.com.br/index.php?threads/t%C3%B3picooficial-copa-do-mundo-do-brasil-fifa-2014.382920/page-512