Estudo da Década 70

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

HISTÓRIA DA ARTE

Goiânia, 29 de Março de 2010 2


Alunas: Adryana Martins Resende Gabriella Elem de Freitas Mariza Rodrigues da silva Lívia Santos Mesquita

Trabalho interdisciplinar sobre a década de 70 desenvolvido para o professor Marajá pelas alunas Adryana Martins, Gabriella Elem, Mariza Rodrigues e Lívia Santos, estudantes do 1º período do curso de design de moda.

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SUMÁRIO

Introdução ----------------------------------------------------------------------------- pag.04, 05 e06 Desenvolvimento------------------------------------------------------------------------------- pag. 07 Moda --------------------------------------------------------------------------------------------- pag. 07 Música ------------------------------------------------------------------------------------------- pag. 08 Tecnologia -------------------------------------------------------------------------------------- pag. 08 Esporte ------------------------------------------------------------------------------------------ pag. 08 Economia --------------------------------------------------------------------------------------- pag. 09 Guerras, Golpes militares, revolução, e conflitos -------------------------------------- pag. 09 TV ------------------------------------------------------------------------------------------------ pag. 09 Cinema ------------------------------------------------------------------------------------ pag. 09 e 10 Imagens ------------------------------------------------------------------------------- pag. 11, 12 e 13 conclusão ---------------------------------------------------------------------------------------- pag. 14 Bibliografia -------------------------------------------------------------------------- pag. 15, 16 e 17

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INTRODUÇÃO

Os anos 10 caracterizam-se pela corrida ao futuro. Ocorre uma mudança fundamental, que se iniciara com o afrouxamento da postura em “S” e o uso do vestido “império”. As saias ficam estreitas, os chapéus tornam-se imensos e há botões por toda a roupa. Com o surgimento do decote em “V” ocorre uma evolução dos vestidos, que agora não possuem mais gola. Os loucos anos 20 como ficaram conhecidos essa década, que aconteceu no período entre-guerras, foi uma época de prosperidade econômica, na qual os Estados Unidos da America se consolidaram como potencia mundial. Mas com a queda na bolsa de valores de Nova Iorque (1929) a prosperidade teve uma forte queda. Já a Europa sofria fortes conseqüências com a primeira guerra mundial. No Brasil acontecia a “Semana da Arte Moderna, que contou com a participação de escritores, artistas plásticos, arquitetos e músicos”. O ano de 1922 foi um tanto conturbado, ocorre o movimento tenentista, a eleição de Artur Bernardes e a fundação do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Iniciaram também as primeiras transmissões de rádio no Brasil. A moda já estava livre dos espartilhos, as saias já mostram mais as pernas, na maquiagem à tendência era o batom com a boca em forma de coração, os olhos eram fortes com as sobrancelhas tiradas e o risco pintando a lápis, a pele era bem branca. A silhueta era tubular, os vestidos eram mais curtos, leves e elegantes com os braços e costas a mostra. O tecido predominante era a seda. Os chapéus ficaram restritos ao uso diurno. A atenção era toda voltada aos tornozelos. Foi à época da estilista Coco Chanel, com cortes retos, capas, blazers, cardigãs, colares compridos, boinas e cabelos curtos. Chanel introduz a moda do bronzeado forçando assim as primeiras roupas de banho sem costa. A prosperidade e a liberdade marcaram o ano de 1925, animado pelo som do jazzband e o charme das melindrosas (mulheres modernas da época). Ocorre neste ano uma verdadeira revolução: as saias curtas. No final dessa década o cinema começa influenciar diretamente a moda, e as atrizes chegam a usar suas próprias roupas nas filmagens. Começa ai o glamour. A década de 30 é marcada pelo domínio dos grandes estúdios de Hollywood. É também marcada pela utilização do som na sétima arte e que viria a transformar a indústria. Os períodos de crises não são caracterizados por ousadias na forma de se vestir, eles redescobriram as formas do corpo da mulher através de uma elegância refinada e sem ousadias. As saias ficaram longas e a cintura retorna a seu lugar. Neste começo de década, os ombros largos e os quadris estreitos parecem ser o ideal de toda mulher, personificado na figura de Greta Garbo. As atrizes de cinema desempenham o papel quase que de árbitros da moda. A moda e a arte se misturam. O cinema difunde como padrão de beleza a mulher esguia com silhueta perfeita. Os cabelos frisados. O estilo art-deco e a aerodinâmica norteamericana dominaram a década de 30. Existiu também o surgimento de novos materiais como baquelita, amplamente utilizada para a fabricação de jóias leves, inspiradas em temas do momento. A década termina com mulheres freqüentando alguns lugares sozinhas e fumando. A segunda Guerra Mundial já havia começado na Europa na década de 40. Nesta década o governo decretou novas regras de racionamento que limitava inclusive a 5


quantidade de tecidos na fabricação das roupas. Com a escassez de tecidos as mulheres reformavam suas roupas e utilizavam materiais alternativos como a viscose, o raiom e as fibras sintéticas. Os cabelos estavam mais longos que os dos anos 30, os grampos eram usados para prendê-los e formar cachos, os lenços também eram muito utilizados e os chapéus eram muito criativos. A maquiagem era improvisada com elementos caseiros. Em 1944, a alegria invadiu as ruas, assim como os ritmos do jazz e a meias de náilon americanas. Em 1945, foi criada uma exposição de moda, com a intenção de angariarem fundos e confirmar talento da costura parisiense. Christian Dior em sua primeira coleção apresentada surpreendeu a todos com suas saias rodadas e compridas, cintura fina, ombros e seios naturais, luvas e sapatos de saltos altos. Dior estava com o seu “New Look” jovem e alegre. Era a visão da mulher feminina, que iria ser o padrão dos anos 50. A America do sul vira moda. Carmem Miranda alcança grande projeção. O prêt-à-porter marca presença no final da guerra, e a roupa é produzida em serie. Já começam a existir os tecidos fabricados em laboratório. Com o fim dos anos de guerra e do racionamento de tecidos, a mulher dos anos 50 se tornou mais feminina e glamurosa, eram gastos metros e metros de tecido pra confeccionar um vestido. Essa silhueta extremamente feminina e jovial atravessou toda a década de 50 e manteve-se como base para a maioria das criações desse período. E foi Christian Dior que liderou, ate sua morte em 1957 às novas tendências que foram surgindo quase a cada estação. Com o fim da escassez dos cosméticos, a beleza se tornaria um tema de grande importância. Era tempo de cuidar da aparência. A maquiagem valorizava o olhar, usava-se rimel, sombras, lápis pra os olhos e sobrancelhas, alem do indispensável delineador que realçava a intensidade dos lábios e a palidez da pele. Era também o auge das tintas de cabelos. Dois estilos de beleza feminina marcaram os anos 50, o das ingênuas chiques, encarnado por Grace Kelly e Audrey Hepburn e o estilo sensual e fatal de Rita Hayworth e Ava Gardner. Mas os grandes símbolos de beleza nesta década era Marilyn Monroe e Brigitte Bardot. A alta costura viveu seu apogeu durante os anos 50. O grande destaque na criação de sapatos foi Roger Viviver que criou o salto-agulha e o salto-choque (encurvado para dentro), além do bico chato e quadrado. A guerra fria entre os Estados Unidos e a União Soviética ficou marcada pelo inicio da corrida espacial em uma verdadeira competição pela liderança na exploração do espaço. A televisão se popularizou. Valores conservadores estavam de volta, a mulher do anos 50, além de bela devia ser boa dona de casa, esposa e mãe. Com o som do rock and roll a juventude buscava sua própria moda. Aparecendo assim a moda colegial, as moças usavam alem de saias rodadas, calças cigarretes ate os tornozelos, sapatos baixos, suéter e jeans. O cinema lançou a moda do garoto rebelde que usava o blusão de couro e jeans bem representado por James Dean no filme “Juventude Transviada”. Os anos 50 chegaram ao fim com uma geração de jovens, filhos do chamado “baby boom”, que vivia no auge da prosperidade financeira. A nova década começava com grandes mudanças no comportamento, iniciada com sucesso do rock and roll e o rebolado frenético de Elvis Presley, seu maior símbolo. Os anos 60, acima de tudo, viveram uma explosão de juventude em todos os aspectos. Os jovens influenciados pelas idéias de liberdade começavam a se opor a sociedade de consumo vigente. Era o fim da moda única, que passou a ter varias propostas e a forma de se vestir se tornava cada vez mais ligada ao comportamento. A grande vedete dos anos 60 foi, sem duvida, a minissaia criada por Mary Quant e o Francês André courréges. Na America, Bill Blass, Anne Klein e Oscar de La Renta tinham seu próprio 6


estilo, variando do psicodélico ou geométrico e o romântico. As mudanças no vestuário também alcançaram a lingerie, com a generalização do uso da calcinha e da meia-calça. O unissex ganhou força com os jeans e as camisas de gola. A alta costura cada vez mais perdia terreno, o numero de maisons caiu de 39 pra 17. Nessa época, Londres havia se tornado o centro das atenções, a final estavam la o grande fenômeno musical de todos os tempos, os Beatles. A moda masculina foi muito influenciada pelas roupas que os quatro garotos de Liverpool usavam especialmente os paletós sem colarinho. No Brasil, a jovem guarda fazia sucesso na televisão e ditava moda. Wanderlea de minissaia, Roberto Carlos, de roupas coloridas e como na musica, usava botinha sem meia e cabelo na testa. A palavra de ordem era “eu quero que vá tudo pro inferno”. O movimento artístico que causou maior impacto foi à arte pop. A Op Art também fez parte dessa época e estava presente em estampas de tecidos. Manifestações e palavras de ordem mobilizaram jovens de diversas partes do mundo, eles produziam movimentos hippie, que pregava a paz e o amor através do poder da flor (flower Power), do negro (Black power), do gay (gay Power) e da liberação da mulher (women’s lib). Toda rebeldia dos anos 60 culminaram em 1968. O movimento estudantil explodiu e tomou conta das ruas em diversas partes do mundo e contestava a sociedade, seus sistemas de ensino e a cultura em diversos aspectos, como a sexualidade, os costumes, a moral e a estética. No Brasil lutava-se contra a ditadura militar e a reforma educacional. Talvez o que mais tenha caracterizado a juventude dos anos 60 tenha sido o desejo de se rebelar pela busca por liberdade de expressão e liberdade sexual. O surgimento da pílula anticoncepcional foi responsável por um comportamento sexual feminino mais liberal. O fim da década de 60 foi coroada com a chegada do homem a lua e com grande show de rock o “Woodstock Music & Art Fair que reuniu cerca de 500 mil pessoas em três dias de amor, musica, sexo e drogas”.

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DESENVOLVIMENTO

Se os anos 50 foram marcados pelo conservadorismo do pós-guerra e os anos 60 pela primeira invasão britânica no pop, os anos 70 chacoalharam todas as estruturas. Foi à década de uma movimentada cena alternativa, a década da radicalização de experiências comportamentais, a década da contracultura, do underground, dos jornais, revistas, livros e discos independentes. Uma década de revisões e ampliações, mas não propriamente de invenções. A “década do eu”, do desejo de mudar o mundo. Para muitos, a década do “vazio cultural”, para outros, anos alucinados. Moda As roupas dos anos 70 caracterizam uma época, oferecendo um estilo diferente e ilustrando os hábitos de vida da juventude. A moda passou a ser idealizada de fora para dentro, do povo para os fabricantes, da rua para os salões. O antigo conceito de exclusividade caducou e a manifestação dominou o mercado. Anti-moda era palavra chave. Desde as calças boca de sino (figura 01), os trajes de algodão barato, tudo era permitido, em caso de duvida, as pessoas decidiram-se pelo jeans. O jeans (figura 02), aqui também, se sofisticou recebeu vários tipos de tratamento (délavé, manchado, escovado, aveludado) e tornou-se a segunda pele das pessoas. A moda aqui era dificílima de ser definida. Usou-se de tudo, as saias subiam e desciam como elevador. A roupa unissex ganha força com os terninhos e os conjuntos de jeans. Originalmente concentrada em um estilo de vida ideal, o hippie acabou virando modismo. O estilo teve uma exposição global em 1969 durante o festival de Woodstock, em Nova York, influenciando milhares de pessoas a adotar o visual, valorizando peças despojadas e explorando o colorido das estampas (figura 03). A moda era abusar das cores quentes e das estampas que faziam sucesso. O xadrez para o homem era indispensável. Na maquiagem a região dos olhos eram mais valorizados, as sombras e lápis recebiam cores ligadas à natureza, como o verde e o azul (figura 04). O cabelo tem aspecto natural e ondulado. A década caracteriza-se pelo sucesso das discotecas. “As mulheres contaram com peças ousadas e diferentes durante a década”. As atrizes da serie americana “As Panteras” influenciaram na maquiagem e no penteado (figura 05). No ritmo de John Travolta, os homens passaram a usar calças boca de sino, camisetas floridas e óculos escuros que enfatizavam o charme masculino. A disco music marcou muito os anos 70 misturando elementos do soul, funk e salsa, começou como coisa de latinos e negros nas grandes cidades americanas e ganhou o mundo. A moda glitter emplacou. O “paz e amor” foi cedendo espaço à moda disco. Era época dos famosos sapatos plataforma, da calça boca de sino, meias de lurex (figura 06), e do poliéster e dos signos do zodíaco. A maquiagem usavase o glitter prata nos olhos e têmporas davam glamour à geração disco. A boca era sempre finalizada com gloss. A discoteca tornou-se palco de todos os figurantes que acreditavam que cada um pode ser uma estrela por 15 minutos. A discoteca virou um dos símbolos supremos do período. Ela resgatou o desejo pela dança através do “clássico” Os Embalos de Sábado á Noite estrelado por John Travolta (figura 07). 8


No mundo há protestos contra as experiências atômicas, o fim da Guerra do Vietnã, uma crise internacional de petróleo e a morte da cantora que marcou época nos anos 60, Janis Joplin. Surge então o movimento punk, que revolucionou a moda da década de 70. Os adeptos usavam roupas pretas e rasgadas, piercings, maquiagem berrante e cabelos coloridos (figura 08) chocando assim a sociedade da época. Mais é mais para essa tribo. O cabelo, grande destaque, recebia cores inusitadas, como o vermelho e amarelo. Os olhos dramáticos eram febre entre os seguidores. O movimento eclodiu em bairros operários dos subúrbios da Inglaterra. Eles defendiam o direito a diversão, a liberdade, a alegria simples e genuína de uma musica de três acordes falando da vida comum de pessoas comuns. Música As musicas dos anos 70 ate hoje fazem sucesso. Nessa década também houve o nascimento de diversas bandas, como U2 e Iron Maiden. O rock progressivo também viveu seu grande momento com Pink Floyd. Foi nessa safra que surgiu o Queen, um dos primeiros grandes exemplos do rock de arena. Mais ou menos nesta mesma época começa a aparecer nas paradas mundiais o supra-sumo dos anos 70, o grupo ABBA (figura 09), uma das mais bem sucessidas invenções da década. Uma parcela crescente de jovens continuou fascinando-se pelas drogas, e a cocaína acabou por se transformar em indicadora de status. Virou presença indispensável e indisfarçável nas festas sofisticadas. No Brasil inicialmente pelo som de Pra Frente Brasil de Miguel Gustavo, musica consagradora da conquista do tricampeonato mundial de futebol no México pelo Brasil. Muitos outros artistas também despontaram em suas carreiras: Elba Ramalho, Alceu Valença, Zé Ramalho, Gonzaguinha, Ivan Lins, Djavan, Martinho da Vila e Tim Maia entre outros. A caminhada da diversidade de nossa cultura musical popular continua. Através do comportamento diferenciado também podemos destacar dos grandes ícones: Raul Seixas e Nelsinho Motta (figura 10). Tecnologias Nos anos 70 no Brasil, poucos lares tinham TVs coloridas (Figura11), que só apareceram com mais força por volta de 1975 por causa das novelas produzidas em cores. Os telefones de tecla só foram surgir bem no finalzinho dos anos 70 que ate então eram usados aqueles de disco (figura 12). Os relógios digitais eram com displays de leds vermelho e lembravam calculadoras. Os primeiros videogames dos anos 70 eram jogados nas TVs. O metrô só chegou com força, no final dos anos 70 e inicio dos anos 80. O “Fusca” era um carro muito popular, existiam também outros como o “Corcel”, o “Chevette” e a “Brasília”. Acontece também o lançamento do primeiro microprocessador do mundo (Intel 4004). A missão espacial Viking I explora o planeta Marte. O walkman se tornou uma “droga musical”. Esportes Ocorreu durante a década de 70 três copas do mundo, sendo que na de 1970 no México o Brasil foi o grande campeão (figura 13), alimentando o ufanismo do “ame-o ou deixe-o”, o consumismo e a euforia que não demoraram a entrar em choque com a censura e 9


as perseguições políticas. Também foi realizado nesta década os Jogos Olímpicos de Munique (Alemanha) e o de Montreal (Canadá).

Economia A economia mundial entra em recessão após a crise do petróleo, quando a OPEC (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) triplica o preço do barril de petróleo. O Brasil sofrerá com muito mais intensidade os reflexos desta segunda crise do petróleo, tendo a inflação gradualmente acelerado seu ritmo de crescimento, por conta dos seguidos aumentos dos combustíveis no mercado interno. Guerras, Golpes Militares, Revolução e Conflitos. Ocorre no Chile o golpe militar liderado pelo general Augusto Pinochet que derruba o governo de Salvador Allende. Com derrota dos Estados Unidos, termina a Guerra do Vietnã. A revolução dos Cravos em Portugal acaba com o regime militar no país. No Brasil os anos 70 foram anos de contraste, inicio com o apogeu do golpe militar, do regime implantado pelos militares, mas também foi o declínio deste regime implantado desde o inicio dos anos 60. Foram anos de ditadura, falta de liberdade, censura e perseguições. Mas foram anos de resistência, formada pelos intelectuais, estudantes, operários e artistas. Os anos 70 podem ser vistos como anos de chumbo brasileiro, ano em que os movimentos sociais foram sufocados, muitos presos políticos, tortura, exílio forçado, mas também vivenciou o fim deste regime no final da década com o ressurgimento dos movimentos sociais e a derrota do regime militar. Televisão Nesta década, a rede globo se consolida. Quarenta por cento das casas já tinha televisão fazendo com que o Brasil se tornasse um dos mais dinâmicos mercados de TV do terceiro mundo. Muitos programas fizeram sucesso nesta década como o “Chico City”, “Sitio do Pica-pau-amarelo” (figura14) e a “Grande Família”. As internacionais “Panteras”, “Hulk” e “Cyborg”. Grandes desenhos despontaram no sucesso: “Pica-pau”, “Pernalonga”, “Tom e Jerry”, entre muitos outros. Cinema O cinema viveu uma fase de ouro. Nos anos 70 surgiram diretores como Stanley Kubrick, Francis Ford Coppola, Martin Scorsese, George Lucas e Steven Spielberg. Dentre os temas mais abordados destaques para os filmes que retratavam catástrofes e os que tinham a musica ou a dança como pano de fundo. Podemos destacar alguns entre os vários filmes como, por exemplo: O poderoso Chefão, O Exorcista, Tubarão, Guerra nas Estrelas, Embalos de Sábado a Noite e o Super-Homem (figura15).

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O que mudou, afinal, foram às formas de manifestação e expressão que acabaram se tornando mais sutis, menos ingênuas, e ate mais debochadas. Fomos nós tornando mais cínicos à medida que as autoridades se tornaram mais repressoras. Aprendemos assim a escrever nas entrelinhas, a deixar o dito pelo não dito, ou, nas palavras do poeta compositor tropicalista, morto em 1972 (Torquato Neto): “Começamos a ocupar espaço, amigo, eu digo: brechas (...) Eu acredito firme que sem malandragem não há salvação”.

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ANEXOS

Figura 02: Calรงa jeans http://discotecaanos70.zip.net/

Figura 01: Calรงa boca de sino http://stelarenata.blogspot.com/2009/10/quem-sou-eu.html

Figura 03: Moda anos 70 http://operacaomoda.blogspot.com/2009/10/ pedido-de-leitor-festa-anos-70.html

Vivienne westwood (Maquiagem) http://www.sempretops.com/moda/moda-anos-70 -roupas-estilos-e-como-se-vestir-fotos/

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Figura 05: As panteras http://soraiadavid.blogspot.com

Figura 06: Meias de lurex http://operacaomoda.blogspot.com/2009/10/ pedido-de-leitor-festa-anos-70.html

Figura 09: Grupo ABBA

Figura 07: Filme, Os embalos de Sรกbado a noite http://www.adorocinema.com/filmes/embalos-sabado-noite/

Figura 08: Punk http://colonline.blogspot.com/2008/09/ o- punk-nao-morreu.html

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Figura 11: TV http://decada-de-70.blogspot.com/

Figura 10: Raul Seixas http://www.folhadaregiao.com.br/ noticia?126371

Figura 12: Telefones de disco http://www.ibiubi.com.br/ produtos/aparelho-telefone-disco/

Figura 13: Brasil campe達o http://oglobo.globo.com/esportes/

Figura 15: Super Homem http://images.google.com.br

Figura 14: Sitio do pica pau amarelo http://www.estadao.com.br/fotos/sitio600.jpg

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CONCLUSÃO

O legado dos anos 70 talvez seja a luta pela liberdade de expressão em todas as suas dimensões. A luta pelo fim da censura, pela igualdade de condições e oportunidades para homens e mulheres, pela liberdade de opção sexual, liberdade para criar sua própria moda com o “faça você mesmo”, liberdade para dançar como quiser. Até hoje, a década é uma referência para os criadores de moda, que se inspiram nas múltiplas tendências dos anos 70: hippie, glitter, disco, punk e até a moda engajada, que ironicamente, chegou a adotar o estilo militar nas roupas. Para o Brasil pelo menos, talvez os anos 70 não tenham terminado em 1979, mas um pouco depois, com a luta pela abertura política, com a luta pelas “Diretas Já” em 1984, com o amadurecimento de uma produção cultural de peso no cinema, na musica, na televisão, ou ate mesmo, em 1982, com a derrota da Seleção Brasileira na Copa, doze anos depois da conquista do tri. Na década de 80 as pessoas voltam-se para a natureza e pra uma vida mais simples. O impacto do feminismo começa a se fazer sentir. As mulheres lutam cada vez mais para se firmar em ambientes antes reservados apenas aos homens, tornando a competição entre os sexos mais evidente. As mulheres adotam alguns elementos da indumentária masculina, não apenas os adaptando, como haviam feito na década de 20, mas usando calças de terno, suspensórios e coletes. O homem passa a se preocupar mais com a cultura perdida.

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