Manual de Fotogravura

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M A N U A L D E FOTOGRAVURA

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introdução

Originalmente, o termo fotogravura (photogravure) era usado para designar o processo de reprodução de uma imagem por meios fotomecânicos. A história da fotogravura está intimamente ligada à da fotografia, ambas marcadas pelas descobertas do inventor francês Nicéphore Niépce, que, no início do século XIX, observou a propriedade fotossensível do betume da Judéia, um hidrocarboneto similar ao asfalto de petróleo, que é utilizado até hoje nos processos artísticos de gravação. Niépce cobriu uma placa de cobre com esta substância diluída em óleo de lavanda e, em contato com um desenho em transparência, a expôs ao sol durante 8 horas. A luz que incidia sobre esta placa endurecia o betume da Judéia, tornando essas áreas insolúveis. Após a exposição, a placa era lavada em óleo de lavanda e as áreas não atingidas pela luz eram removidas para posterior gravação com ácido nítrico. Nascia assim a heliogravura (que significa gravação através do sol), o primeiro processo fotomecânico de reprodução de uma imagem, que permanece até hoje como a base da fotogravação. Com séculos de avanços tecnológicos, a fotogravura tradicional foi sofrendo transformações e aperfeiçoamentos pelo setor gráfico. Novos materiais foram adaptados para facilitar e agilizar a demanda da indústria, resultando nos três principais sistemas de reprodução fotomecânica que conhecemos: Em relevo (fototipografia) – Processo no qual a imagem a ser impressa é fixada na superfície da placa através de um fototipo (imagem em transparência) positivo, criando uma imagem em relevo. Esta imagem receberá a tinta que vai se transferir para o papel, atuando como uma espécie de carimbo. Na indústria gráfica, este processo de impressão chama-se tipografia e a matriz em relevo é denominada clichê. Em côncavo (heliogravura) – Também conhecido como fotogravura em entalhe, é o processo oposto à fotogravura em relevo, pois a imagem positiva é gravada nos sulcos da matriz através de um fototipo negativo. Esses sulcos retém a tinta que irá se transferir para o papel. Seu equivalente industrial chama-se rotogravura. Em plano (fotolitografia) – Neste processo não existem incisões na matriz. A imagem, formada por um fototipo positivo (fotolito), tem a propriedade de repelir ou não a tinta pelo princípio de incompatibilidade água-gordura. Este método deu origem ao processo de impressão denominado “offset”. Mesmo com a modernização dos processos fotomecânicos, a fotogravura artesanal continuou – e continua – agradando a muitos artistas como um meio rico em alternativas para desenvolver a linguagem fotográfica. Hoje em dia, devido à diversidade de métodos existentes para transportar uma imagem para uma matriz de impressão, convencionou-se chamar de fotogravura, todo o sistema de gravação artesanal que se utiliza da linguagem fotográfica como meio de expressão. Podemos dividir o processo de transferência da imagem fotográfica para a matriz em 3 grupos: Processo Fotográfico: Um fototipo é revelado diretamente na matriz revestida com material sensível a luz. Processo Serigráfico: É feita uma tela serigráfica da imagem, imprimindo-a na matriz com tintas especiais Processo de Transferência Direta: Este é o processo mais recente de todos, onde é feita uma impressão digital ou fotocópia a base de polímeros (toner) que é transferida para a matriz através de calor ou solventes.

A fotogravura é uma técnica usada há séculos como um método alternativo que está entre a gravura tradicional e a fotografia. Diversos artistas se utilizaram desta técnica em seus trabalhos, obert Rauschenberg, James R osenquist, Lesley Dill, R obert Mapplethorpe, como: Deli Sacilotto, R Robert Rosenquist, Robert Paul W underlich, Chris W ebster elden, Thereza Miranda, Beatrice Sasso, Alex Flemming, Wunderlich, Webster ebster,, Dan W Welden, Maria do Carmo Freitas Freitas, dentre outros. O método aqui apresentado destina-se a explorar os recursos da transferência a base de solvente, uma técnica que apresenta muitas vantagens por ser simples, rápida, de baixo custo e de resultados surpreendentes, permitindo que qualquer pessoa a com noções básicas de gravura tradicional possa explorar a infinidade de recursos que a técnica pode oferecer.

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história

1822

Joseph Nicéphore Niépce tenta obter imagens gravadas quimicamente com a câmara escura. Nesta época, a litografia era muito popular na França, e como Niépce não tinha habilidade para o desenho, tentou obter por processo fotomecânico uma imagem permanente sobre a matriz litográfica. Após uma tentativa frustrada de usar resina vegetal para fixar as imagens, Niépce observa a propriedade fotossensível do Betume da Judéia, um hidrocarboneto similar ao asfalto de petróleo que endurecia sob a ação do sol. A partir deste ano ele começa a reproduzir desenhos, colocando estes em contato com uma matriz recoberta com betume da Judéia diluído com óleo de lavanda e expondo ao sol durante algumas horas. A placa então é lavada com óleo de lavanda, retirando as áreas que não foram expostas ao sol, criando assim um negativo da imagem. No início, Niépce usou pedras litográficas como matriz, para posteriormente usar vidro, cobre e estanho. Esse processo foi batizado por Niépce como Heliogravura.

1826

Expondo uma de suas matrizes ao sol por aproximadamente 8 horas no interior de uma câmara escura, consegue uma imagem do quintal de sua casa. Niépce passa então a utilizar o sistema de água-forte para gravar suas imagens no cobre. A matriz revelada era colocada em um recipiente com ácido nítrico, que atacava as áreas em que o metal ficava exposto.

1829

Niépce assina um contrato de parceria com Louis-Jacques-Mandré Daguerre, intencionado a reunir esforços para o aperfeiçoamento da heliogravura.

1833

Morre Niépce, deixando sua obra nas mãos de Daguerre.

1835

Daguerre, conforme conta a história, exausto e decepcionado por não conseguir obter resultados satisfatórios, jogou uma de suas chapas num armário e esqueceu-se dela. Alguns dias mais tarde, à procura de alguns químicos, abriu o armário e deparou-se com ela intacta, sem que a imagem tivesse sofrido alteração alguma. Percebeu, então, que com a força com que havia jogado a chapa, alguns frascos se quebraram, entre eles um termômetro de mercúrio, cujo vapor havia fixado a imagem. Daguerre, então, desenvolveu o fixador à base de vapor de mercúrio, tornando possível a fixação de sua emulsão fotossensível, criando a Daguerreotipia. Wi l l i a m H e n r y F o x - Ta l b o t c o n s t r ó i u m a p e q u e n a c â m a r a d e m a d e i r a carregada com papel de cloreto de prata e a expõe à luz durante meia hora. A imagem negativa era fixada com sal de cozinha e submetida a um contato com outro papel sensível. Desse modo a cópia apresentava-se positiva sem a inversão lateral. A mais conhecida mostra a janela da biblioteca da abadia de Locock Abbey, considerada a primeira fotografia obtida pelo processo negativo/positivo.

1839

No dia 19 de agosto, a daguerreotipia foi apresentada aos franceses, e se tornou uma data histórica na cronologia da fotografia mundial. F o x Ta l b o t m o s t r a a s u a i m p o r t a n t e i n v e n ç ã o d o p r i m e i r o p r o c e s s o fotográfico que possibilitava, através do negativo original em papel, produzir quantas cópias positivas se quisesse, também em papel. Estas processo feito por cópias de contato foi chamado de Calotipia.

1840

D r. A l f r e d D o n n é p u b l i c a d e t a l h e s d o s e u p r o c e s s o e m j u n h o , a p ó s patentear seu método de gravar placas de daguerreótipos. Ele mostra suas impressões de daguerreótipos gravados para a Academia Francesa de Ciência no mesmo ano.

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1841

Georg Meisenbach inventa a reprodução a meio tom, decompondo a imagem em uma pequena malha de pontos minúsculos de tamanho variável, chamada retícula. Esse processo foi chamado de Autotipia

1844

Talbot é o primeiro a lançar um livro ilustrado com fotografias, chamado “The Pencil of Nature”

1850

O litógrafo francês Firmin Gillot patenteia em 21 de Março a Zincotipia ( o r i g i n a l m e n t e d e s i g n a d a Pa n i c o n o g r a f i a ) , a q u a l v i r i a m a i s t a r d e a originar a fotogravura em zinco.

1851

Daguerre morre em 11 de Julho

1852

Talbot descobre uma gelatina que se torna insolúvel quando misturada com dicromato de potássio e exposta a luz. Ele patenteou a técnica como “photoglyphic engraving”, porém alguns anos mais tarde passa a ser conhecida como “photogravure”

1854

Charles Négre publica a primeira reprodução de uma fotogravura em uma página de texto de “La Lumiere”.

1855

A l p h o n s e L o u i s Po i t e v i n , e s t u d a n d o a s p r o p r i e d a d e s d a g e l a t i n a bicromatada, descobre um outro processo, mais simples, de reprodução de imagens: a fotolitografia, ou fototipia, que permite a impressão direta de imagens sobre pedra e sobre zinco.

1858

Talbot muda seu processo, adicionando água-tinta de breu à superfície da gelatina exposta, sendo então gravada em percloreto de ferro. Ele obteve maiores variações tonais devido ao grão delicado da água-tinta

1864

Joseph W. Swan e John W. Sawyer patenteiam sua versão do tecido de carbono. Adolphe Braun of Dornach compra os direitos da patente e publica o processo de transferencia de carbono para reprodução de desenhos e pinturas de artistas famosos.

1872

Charles Gillot inventa a fotogravura de linha

1878

Herbert Eugene Ives para fotogravar.

1879

K a r k We n z e l K l i c ( K a r e l V á c l a v K l i t s c h ) , b a s e a d o n o s p r e c e i t o s d a fotogravura de Talbot, cria um híbrido da técnica, a qual ele chama de “Photogravüren”

1880

Aparição da primeira fotogravura direta no New York Daily Graphic.

1889

O fotógrafo inglês Peter Henry Emerson eleva a fotogravura a um tipo de arte independente através do seu livro “Naturalistic Photography”; Após isso, muitos fotógrafos, como James Craig Annan, Alvin Langdon Coburn, Malcolm Arbuthnot e Rudolf Dührkoop aprendem essa técnica, que passa a alcançar status artístico, ao invés de mera forma de reprodução

1893

“On English Lagoons”, livro de Peter Emerson, foi impresso através de placas gravadas por ele mesmo

1895

Karl Klic aperfeiçoa sua técnica, criando a rotogravura.

1896

O húngaro E. Porzolt regista a primeira máquina fotocompositora.

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inventa

o primeiro processo de autotipia prático

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1900

Georg C. Murray inventa as chapas litográficas bimetálicas (alumínio e cobre)

1903

A r e v i s t a C a m e r a Wo r k , d e A l f r e d S t i e g l i t z , p u b l i c a t r a b a l h o s q u e misturavam fotografia e arte plástica, incluindo numerosas fotogravuras.

1908

O sistema de impressão offset é criado por Ira W. Rubel

1920

A partir deste ano, a fotogravura clássica começa a desaparecer gradativamente, por ser uma técnica muito cara. Apenas fotógrafos de arte e artistas plásticos usaram a fotogravura, como uma forma alternativa de arte. A serigrafia, há muitos séculos usada na China, surge em força nos Estados Unidos e na Europa.

1937

Aplicação do controle sobre papel e tintas nas máquinas de rotogravura através de célula fotoelétrica.

1938

Em 22 de Outubro, Chester Carlson realiza as primeiras experiências do processo de fotocópia a seco, a xerocópia.

1944

A Xerox inventa a xerografia.

1948

Primeira demonstração pública de uma máquina fotocopiadora xerográfica

anos 7 0

A fotogravura tem um revival nesta década, através dos ensinamentos de Deli Sacilotto, diretor do Institute for Research in Arts, Graphicstudio, da Universidade da Flórida. Ele redescobriu o processo original, dando a artistas e fotógrafos o acesso a um novo meio de expressão. Grandes a r t i s t a s c o m o Ro b e r t R a u s c h e n b e r g , Ro y L i c h t e n s t e i n e A n d y Wa r h o l desenvolveram seus projetos em fotogravura sob a tutela de Deli Sacilloto. Thereza Miranda Introduz a técnica da fotogravura artística no Brasil Experiências em fotogravura usando telas de serigrafia

anos 8 0

Utilização de fotocópias para confecção de fotogravuras.

anos 9 0

Com a popularização dos computadores pessoais, uma nova técnica de transferência foi criada com intuito de facilitar a criação de placas de circuitos impressos: a transferência térmica, ou press-n-peel . Este mesmo processo foi aproveitado por gravadores para aplicação da fotogravura em metal.

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processos tradicionais

Aqui estão apresentadas as técnicas mais conhecidas de se transferir uma fotografia para a matriz de metal. Cada processo tem em comum o fato de que depois da transferência a matriz recebe tratamento com breu em pó e depois é gravada com ácido ou mordente (água-tinta). Não é intenção descrever cada técnica em detalhes, sendo listados de uma forma breve, apenas para efeito de conhecimento e elucidação das vantagens e desvantagens de cada um. Como referência, todos os processos estão descritos de maneira a resultar em uma matriz em côncavo, bastando apenas usar um fototipo invertido (negativo/positivo) para se criar uma matriz em relevo. É também desconsiderada a técnica aplicada à litografia, já que a transferência direta por solvente já apresenta resultados satisfatórios.

1 )–tr a n s f e r ê n c i a f o t o g r á f i c a Heliogravura de Niépce • O betume da Judéia é dissolvido em terebentina • Uma placa de cobre bem polida e limpa é coberta com uma fina camada deste verniz • Um fototipo positivo é colocado em contato com a placa já seca, e exposta ao sol durante mais ou menos três dias. Após a exposição, as áreas que tiveram contato com a luz tornam-se insolúveis em seu próprio meio. • A placa é mergulhada em uma bacia contendo terebentina, que irá dissolver as áreas não expostas à luz, revelando a imagem em negativo. Gelatina Bicromatada • Prepara-se uma solução de gelatina, água destilada e bicromato de potássio • Em um quarto escuro, sob luz de segurança (luz vermelha), essa solução é aplicada a uma placa de cobre polida, acoplada a uma centrífuga que deverá girar a mais ou menos 30rpm. A centrífuga é necessária para que a emulsão seja depositada de maneira uniforme na matriz. • No verso do fototipo positivo é aplicada uma camada de vaselina sólida que irá prendê-lo à matriz com a emulsão já seca. • A placa é exposta à luz solar durante 10 minutos ou sob luz elétrica durante 15 minutos • Novamente sob luz de segurança, a placa é lavada com benzina, revelando a imagem Emulsão Serigráfica • A solução fotossensível é preparada em um quarto escuro, sob luz de segurança, misturando uma tampa de garrafa PET de emulsão serigráfica resistente a água para 10 gotas de sensibilizante (dicromato de amônio). Essa solução é aplicada à matriz polida com a ajuda de uma centrífuga ou um pincel de pelo bem macio. • Depois da emulsão seca, o fototipo positivo é preso à matriz com fita adesiva e exposto à luz elétrica. O tempo de exposição vai depender do tipo e da distância da fonte de luz. • Após a exposição, a placa é lavada em água corrente até a imagem ser totalmente revelada Sensibilizante em Spray • Em um quarto escuro, sob luz de segurança, uma camada uniforme de spray fotossensível é aplicado na superfície da matriz já polida, que deverá ficar em repouso até sua total secagem. • Um fototipo positivo é preso à placa emulsionada e exposto à uma fonte de luz ultravioleta durante 1 ou 2 minutos. • A placa é então mergulhada em uma solução de hidróxido de sódio para revelação da imagem. Película Fotossensível • A película fotossensível é um adesivo revestido por uma capa protetora. Este adesivo deve ser colado na matriz já polida e só então, em um quarto escuro, sob luz de segurança, a capa protetora é retirada. • Um fototipo positivo é preso à placa com a película e exposto à uma fonte de luz ultravioleta durante o tempo pré-determinado pelo fabricante do adesivo. • Após a exposição, a placa é lavada em água corrente até a imagem ser revelada

obs.: Na atualidade, os processos fotográficos de transferencia não apresentam nenhuma vantagem prática para o artista. Além de serem complicados, caros e demorados, requerem uma infinidade de aparatos e cuidados, e são de difícil controle, proporcionando resultados inesperados. Esse tipo de processo é recomendado somente para aqueles que buscam um conhecimento amplo sobre fotogravura ou para os que buscam um maior preciosismo técnico.

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2) – t r a n s f e r ê n c i a s e r i g r á f i c a • Pelo processo tradicional, revela-se em negativo uma matriz serigráfica com emulsão resistente a solventes. • A imagem é estampada na matriz com asfalto ou tinta sintética

obs.: O processo serigráfico popularizou a fotogravura por ser uma alternativa mais barata e relativamente mais fácil de transferir uma imagem para a matriz, e é utilizada até hoje por muitos gravadores. Porém, ainda assim é um trabalho demorado, devido a necessidade de se fazer uma matriz anterior, que requer equipamentos e técnicas especiais.

3) – t r a n s f e r ê n c i a d i r e t a Por Solvente • Uma fotocópia da imagem desejada é colocada em contato com uma matriz polida. • Uma folha de papel jornal é umedecida com solvente (thinner) e colocada sobre a placa com a fotocópia. Rapidamente, a placa é passada na prensa de calcogravura. Ao retirar o papel da cópia, nota-se que o toner foi parcialmente transferido para a matriz. • Pulveriza-se betume da Judéia bem fino sobre a matriz, retirando o excesso com um pincel de pelo macio. O betume que aderiu à imagem da placa é fixado através de calor, criando uma película protetora contra o ácido. Térmica • A imagem desejada é fotocopiada em papel não absorvente (laserfilm, polyester, easypill, press-n-peel) e colocada em contato com uma matriz polida. • Com um ferro de passar na temperatura mais alta, esfrega-se o papel até que a imagem seja totalmente decalcada para a matriz

obs.: Os processos de transferência direta são os processos mais práticos, fáceis e baratos frente a todos os outros, requerendo apenas uma fotocópia da imagem desejada. Porém, os métodos conhecidos não resultam em boa qualidade de transferencia , pois no processo térmico, a menos que se use uma prensa térmica, é muito difícil controlar a uniformidade do calor empregado, principalmente em chapas que excedam o tamanho do ferro; já o processo de transferencia por solvente, devido a ausência de textura na matriz, não permite que o toner se deposite de maneira uniforme em sua superfície, além do fato de que o toner passado para a placa não é suficiente para repelir o ácido, sendo necessário aplicar uma camada de betume da Judéia, que deixa a imagem granulada e com pouca definição.

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fotogravura em metal

O processo aqui proposto é um simples aperfeiçoamento da técnica de transferência direta por solvente. Como dito anteriormente, este processo é o mais simples e econômico de todos, porém era insatisfatório nos seguintes aspectos: • Devido a ausência de textura na matriz, necessária para absorver o toner da fotocópia, a imagem era transferida de forma irregular • A quantidade de toner transferido era insuficiente para isolar a matriz do ácido, sendo necessário aplicar uma camada de betume da Judéia em pó para criar uma película protetora que deixava a imagem granulada e com pouca definição. Para resolver esse problema, foram necessárias apenas duas modificações no processo original: Trocar o papel da fotocópia: O papel sulfite usado em fotocopiadoras absorve o toner, deixando boa parte ainda presa ao papel na hora da transferência. Optou-se então pelo papel couché 120/150 gm 2 , por ser um papel pouco absorvente mas permeável para a ação do thinner. A alta gramatura permite que o thinner não dissolva a imagem por completo, atuando apenas o necessário para a transferência. Não destacar a fotocópia da matriz: Mesmo com o papel não absorvente, a imagem não se fixa completamente na matriz. Se o papel é destacado, boa parte da imagem continua presa nele. É necessário então que o papel seja amolecido na água, para então ser descamado com a ajuda de uma esponja. O papel ao ser molhado começa a se dissolver, desprendendo o toner de sua superfície, permanecendo intacto e completamente transferido para a matriz Acredita-se que com esta nova técnica, a fotogravura se torne um pouco mais acessível para todos os gravadores que desejam criar um trabalho inovador a partir de imagens fotográficas.

1)preparação da imag em A imagem final para transferência deve ser impressa em papel couché (aqui chamado de papel de transferência) de aproximadamente 120 gm 2 , no lado mais brilhoso, através de algum processo de impressão a base de toner sólido (impressão a laser ou fotocópia tradicional). Este requisito é fundamental para que o toner seja perfeitamente fixado na matriz. Como o toner serve de isolante para a gravação, é necessário também que a imagem esteja negativada. Recomenda-se que o tamanho máximo da imagem seja 1cm menor que os lados da placa. Para se obter essa imagem final, utiliza-se um desses métodos: Fotocópia direta: • Tirar uma fotocópia em negativo diretamente de uma fotografia em papel. Neste caso, a fotocopiadora deve possuir os recursos de negativação e ampliação (caso a fotografia seja menor que o tamanho final da imagem). Este processo resulta em imagens mais contrastadas, sem tonalidades definidas Fotocópia Indireta Indireta: (Este processo requer computador, scanner, editor de imagens e qualquer impressora) • • • •

Digitalizar a imagem através de scanner Tratar a imagem Imprimir a imagem em qualquer papel Fotocopiar a imagem para o papel de transferência

Impressão a Laser: (Este processo requer computador, scanner, editor de imagens e impressora a laser) • Digitalizar a imagem através de scanner • Tratar a imagem • Imprimir em papel de transferência através de uma impressora a laser [( m a n u a l d e f o t o g r a v u r a )

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Nos processos de fotocópia direta e impressão a laser, a fotografia deve ser redimensionada e negativada através de um editor de imagens. Outro benefício também proporcionado por estes processos é a possibilidade de se reticular a fotografia, o que garante uma maior variação tonal da imagem. [ Para tratar a imagem utilizando o Adobe Photoshop ] a) Ajustar o tamanho • Ajustar a imagem ao tamanho desejado. >> Image / Image Size / Digitar o tamanho da altura e largura da imagem final b) Negativar • transformar a imagem em tons de cinza >> Image / Mode / Grayscale / Discard Color Infirmation – OK • Negativar a Imagem >> Image / Adjustments / Invert c) R eticular Reticular • Ampliar a retícula da imagem >> Image / Mode / Bitmap - Resolution – output: 300 pixels/inch Method: Halftone Screen – OK Halftone Screen – Frequecy: 30 lines/inch Angle 45º Shape: Round – OK • Voltar para tons de cinza >> Image / Mode / Grayscale - Size ratio: 1 – OK d) Salvar >> File / Save as Save As: Nome do arquivo: a sua escolha Formato: JPG – OK

2) p r e p a r a ç ã o d a c h a p a : • Chapa de latão ou cobre, na espessura de 1, 1 ½ ou 2 mm, absolutamente plana • Chanfrar as bordas para evitar que o papel se rasgue na impressão e arredondar as quinas para não ferir a mão • Friccionar pedaços de lixa d’água n.º 600 ou superior no sentido longitudinal e transversal • Havendo arranhões, desbastar com raspador no sentido do traço, alisando com brunidor e óleo • para polir a chapa use algum limpador de metais, como Kaol ou Brasso, polindo com uma estopa até a placa ficar perfeitamente espelhada • Remover toda a gordura da superfície do metal, esfregando com uma gaze uma pasta feita com álcool e gesso cré, branco de Espanha ou talco. Amônia e ácido acético também servem para desengordurar. Remover toda a pasta com álcool puro e enxugar através de papel absorvente ou calor • Depois de limpa, a chapa não deve ser novamente tocada, pois qualquer gordura irá interferir na hora da gravação

3) t r a n s f e r ê n c i a : • Preparar a prensa de calcografia com pressão média • Sobre a prensa, colocar a chapa já polida e desengordurada . Sobre a chapa, colocar a imagem impressa com a face do toner virada para a placa. Se a imagem impressa não tiver um formato regular, é necessário que se corte as sobras de papel • Sobre uma folha de papel jornal, aplicar um pouco de thinner, espalhando com uma estopa. Vire o papel e continue esfregando com uma estopa até perceber que o thinner foi distribuído uniformemente sobre o papel jornal. • rapidamente após a aplicação do thinner, colocar o papel jornal sobre a placa com a xerox e passar pela prensa 3 vezes seguidas. • Após passar pela prensa, retire o papel jornal de cima da xerox, mas não retire a xerox da placa. Leve a placa à geladeira por mais ou menos 10 minutos. Isso fará com que o toner se solidifique novamente. Caso não disponha de geladeira, deixe a placa descansar por, aproximadamente meia hora

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• Ao tirar a chapa da geladeira, leve-a a uma bacia contendo água e sabão de coco e deixe repousar por mais 20 minutos. A água e o sabão de coco vão amolecer o papel • Passados os 20 minutos, com a ajuda de uma esponja de cozinha (face amarela) comece a esfregar o papel com muita suavidade. O papel irá se descamar aos poucos, deixando apenas o toner preso à placa. Esfregar com cuidado até retirar todo o papel da superfície da placa • Tendo todo papel sido retirado da placa, enxugue-a com um secador de cabelos ou pressionando papel absorvente. • Com a placa seca, aplique com uma estopa um pouco de álcool com talco esfregando suavemente. Por fim, passe um pouco de álcool puro para tirar o talco e enxugue com papel toalha ou secador de cabelo

4) g r a v a ç ã o : • Levar a chapa para a caixa de breu. É necessário que o breu esteja bem moído para que não interfira na retícula. Após o breu ter se assentado à placa, fundi-lo através de calor • Isolar o verso da chapa com verniz de água-forte ou colando uma folha de contact. • levar a placa para uma bacia com mordente (de preferência percloreto de ferro, que evita que as retículas mais grossas se juntem). Como os meios-tons da imagem são formados por retículas, não há necessidade de se conseguir tons de cinza através de tempos de exposição ao ácido. A não ser que o trabalho exija um tom mais suave na imagem, a placa deve ficar o tempo necessário para se conseguir um negro aveludado. • Após a última mordida, remover com thinner todo material depositado na placa, deixando apenas a matriz com a imagem gravada

5) i n t e r f e r ê n c i a s : A fotogravura artística não é uma mera forma de reprodução fotomecânica. Não basta apenas transferir uma imagem para a chapa, há de se trabalhar esta fotografia como base para o trabalho artístico. Uma infinidade de interferências podem ser adicionadas a essa placa, como grafismos, manchas, tipologias, desenhos, etc. Não há limites também de técnicas, podendo se utilizar os processos tradicionais de gravura em metal, como água-forte, lavis, ponta-seca, rolete, berceaux, verniz mole e todo e qualquer meio para se conseguir, através de uma fotografia, uma imagem inovadora. As interferências podem ser feitas antes, durante ou depois da gravação em água-tinta. Tudo vai depender do resultado pretendido. Somente a experiência prática vai indicar qual tipo de técnica cada trabalho necessita.

5) i m p r e s s ã o : • Um papel de boa qualidade é deixado em uma bacia com água filtrada. O tempo vai depender de cada tipo de papel • A placa, já livre de qualquer material, é levada à mesa de entintagem. Com um pedaço de entretela ou com uma rolha a tinta é espalhada sobre a matriz com movimentos circulares e com um pouco de pressão que irá empurrar a tinta para os sulcos da gravação • Com uma espátula de plástico, o excesso de tinta é retirado da superfície da placa. Usar um pedaço de entretela para retirar o resto da tinta. • Com um pedaço de papel de seda ou cristal, a placa vai sendo limpa com movimentos circulares sem nenhuma pressão na mão. A placa deve ser limpa até não sobrar tinta em sua superfície • Secar o papel de impressão entre mata-borrões ou folhas de jornal, até que não sobre mais nenhum brilho de água sobre a superfície do papel • A matriz entintada é levada ao centro da mesa da prensa de metal. O papel úmido é colocado sobre a matriz. Em seguida, coloca-se uma segunda folha seca sobre a folha de impressão e, finalmente, dois feltros de boa qualidade, um grosso e um fino. Passa-se então a matriz pela prensa, imprimindo a imagem no papel.

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fotogravura em alumínio Este processo já vem sendo utilizado com sucesso desde a década de 80 para se transferir uma fotocópia para a matriz litográfica. A única adaptação feita neste processo foi a busca por uma definição maior da imagem, já que a fotocópia não possui uma boa variação tonal. Esse problema foi corrigido ampliando-se a retícula da imagem em 35 lpi (linhas por polegada). Com esta lineatura, a imagem se mantém uniforme, não escurecendo ao entintar da matriz, preservando todas as nuances da fotografia.

1) p r e p a r a ç ã o d a i m a g e m : A imagem final para transferência deve ser impressa através de algum processo de impressão a base de toner sólido (impressão a laser ou fotocópia tradicional). Este requisito é fundamental para que o toner seja perfeitamente fixado na matriz. É necessário, também, que o tamanho máximo da imagem seja 1cm menor que os lados da placa. Ao contrário da Fotogravura em Metal a imagem deve continuar positiva. Para se obter essa imagem final, utiliza-se um desses métodos: Fotocópia direta: • Tirar uma fotocópia diretamente de uma fotografia em papel. Fotocópia Indireta Indireta: (Este processo requer computador, scanner, editor de imagem e qualquer impressora) • • • •

Digitalizar a imagem através de scanner Tratar a imagem Imprimir a imagem com a impressora disponível Fotocopiar a imagem

Im pressão a Laser: Impressão (Este processo requer computador, scanner, editor de imagem e impressora a laser) • Digitalizar a imagem através de scanner • Tratar a imagem • Imprimir através de uma impressora a laser [ Para tratar a imagem usando o Adobe Photoshop] a) Ajustar o tamanho • Ajustar a imagem ao tamanho desejado. >> Image / Image Size / Digitar o tamanho da altura e largura da imagem final b) R eticular Reticular • Transformar a imagem em tons de cinza >> Image / Mode / Grayscale / Discard Color Infirmation – OK • Ampliar a retícula da imagem >> Image / Mode / Bitmap - Resolution – output: 300 pixels/inch Method: Halftone Screen – O Halftone Screen – Frequecy: 35 lines/inch Angle 45º Shape: Round – OK • Voltar para tons de cinza >> Image / Mode / Grayscale - Size ratio: 1 – OK C) Salvar File / Save as Save As: Nome do arquivo: a sua escolha Formato: JPG – OK

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2) p r e p a r a ç ã o d a c h a p a : • Chapa de alumínio, na espessura de 0.5, 0.8 ou 1 mm, absolutamente plana, arredondada nas bordas • Criar grãos na superfície da matriz (granir), esfregando pó de esmeril n 150 com uma pedra litográfica ou borriquete, até que a placa fique completamente texturizada. • Lavar a matriz em água corrente, esfregando pequenos chumaços de algodão em movimento circular até retirar toda oxidação da placa (tom acinzentado do algodão). • Despejar um pouco de ácido acético glacial a 10% , movimentando a matriz para que o ácido percorra toda sua superfície. Deixar repousar durante 2 minutos e repetir a operação 3 vezes. • Lavar a placa com água corrente e depois secá-la com um abanador ou um secador de cabelo, mantendo ela na vertical, para evitar empoçamento. • Depois de limpa a chapa não deve ser novamente tocada.

3) t r a n s f e r ê n c i a : • Preparar a prensa de calcografia com pressão média • Sobre a prensa, colocar a chapa já granida . Sobre a chapa, colocar a imagem impressa com a face do toner virada para baixo. • Sobre uma folha de papel jornal, aplicar um pouco de thinner, espalhando com uma estopa. Vire o papel e continue esfregando até perceber que o thinner foi distribuído uniformemente sobre o papel jornal. • rapidamente após a aplicação do thinner, colocar o papel jornal sobre a placa com a xerox e passar pela prensa 3 vezes seguidas. • Após passar pela prensa, retire as folhas de cima da matriz e a imagem estará transferida.

4) i n t e r f e r ê n c i a : A fotogravura artística não é uma mera forma de reprodução fotomecânica. Não basta apenas transferir uma imagem para a chapa, há de se trabalhar esta fotografia como base para o trabalho artístico. Uma infinidade de interferências podem ser adicionadas a essa placa, como grafismos, manchas, tipologias, desenhos, etc. Não há limites também de técnicas, podendo se utilizar os processos tradicionais de litografia, como lápis litográfico, tinta litográfica, tusche e todo e qualquer meio para se conseguir, através de uma fotografia, uma imagem inovadora. Obs.: A chapa, ao contrário da pedra litográfica, não deve ser raspada

3) a c i d u l a ç ã o : • Pulverizar talco sobre toda superfície da matriz, esbatendo com uma estopa limpa. Não utilizar breu moído, pois pode interferir no grão do alumínio. Retirar o excesso com um espanador • Aplicar goma arábica a 12Bé misturada com ácido tânico, massageando a matriz com a palma da mão durante 2 minutos. Esticar a goma com um pano macio, limpo e seco até obter uma fina película. • Deixar repousar durante 40 minutos • Preparar acidulação base (TAPEM): 10 gotas de ácido fosfórico 30 ml de goma 12 Bé 5 grãos (1 colher de café rasa) de ácido Tânico TAPEM = Base PH 1,5 • Acidular conforme a intensidade do material gorduroso:

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Muito fraca: Goma pura + tânico Fraca: 1 parte de base + 2 partes de goma com tânico Média: 1 parte de base + 1 partes de goma com tânico Forte: 2 parte de base + 1 partes de goma com tânico Muito forte: Base pura • Deixar descansar por 40 minutos

6) v i r a g e m : • Lavar a matriz com água e esponja litográfica para retirar a goma antiga • Esticar uma nova camada de goma+tânico sobre a matriz úmida • Secar • Tirar a imagem com solvente e estopa. Não usar thinner • Aplicar uma camada uniforme de asfalto líquido com estopa e retirar o excesso • Lavar a matriz com água e esponja comum, retirando o excesso de água com esponja litográfica • Entintar a pedra com rolo de couro até a imagem voltar. Eventuais correções podem ser feitas nesta etapa: Para apagar uma determinada área, usa-se lixas grossas ou pó de esmeril. Para adicionar , é necessário ressensibilizar a área, aplicando ácido acético glacial 5% por 3 vezes em intervalos de 2 minutos. • Esfregar com uma estopa limpa uma pasta feita com goma arábica e carbonato de magnésia por toda superfície da placa. Esfregar suavemente em área de imagem e com vigor nas áreas brancas. • Repetir o processo de acidulação

7) i m p r e s s ã o : • Repetir o processo de viragem até o entintamento. Não deixar a placa secar • Umedecer levemente o papel de impressão com uma esponja litográfica • A matriz entintada é levada ao centro da mesa da prensa de calcografia. O papel úmido é colocado sobre a matriz. Em seguida, coloca-se uma segunda folha seca sobre a folha de impressão e passa-se então a matriz pela prensa, imprimindo a imagem no papel.

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bibliografia

hotogravure - A Comprehensive W orking Guide to the Fox • Zoete, Johan de . “A Manual of P Photogravure Working Method”, Pawprint Books - 1988 Talbot Klic Dustgrain Method” hotogravure: Demystifying the • Morrish, David ; MacCallum, Marlene. “Copper Plate P Photogravure: rocess”, Focal Press - 2003 Process” rintmaking in the Sun” • Welden, Dan; Muir, Pauline. “P “Printmaking Sun”, Watson-Guptill Publications - 2001 • Buti, Marco ; Anna Letycia. “Gravura Metal”, EDUSP - 2002 Gravura em Metal” • Fajardo, Elias; Sussekind, Felipe ; Vale, Marcio do. “Oficinas: Gravura”, SENAC - 2002 Oficinas: Gravura”

Esta apostila pretende informar, ampliar e facilitar o estudo e o conhecimento da técnica de fotogravura, principalmente do método de transferência direta por solvente. Sendo ela resultado de pesquisas práticas é importante que a partir dos métodos aqui descritos, se experimentem outras fórmulas que venham contribuir para o crescimento da qualidade do processo. Dúvidas, críticas e sugestões serão sempre bem-vindas Rafael Frota www.rafaelfrota.zzn.com rafaelfrota@gmail.com (cc) 2006 -Licença Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial 2.5 Brasil http://creativecommons.org/licenses/by-nc/2.5/br/

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