AS AVENTURAS DE UM BÊBADO PERDIDO NA CIDADE
ANDEI BUSCANDO NOVAS FORMAS DE SAIR DO TÉDIO PASSEI CRUZANDO AS RUAS DA CIDADE AO ENCONTRO DE UM MOMENTO PARA ME DISTRAIR DEPOIS DE ME DELICIAR NA COMPANHIA DE MUITO VINHO, SAIR PERDIDO NA CIDADE. RUAS PARECIAM LABIRINTOS SÓBRIOS, NÃO SABIA ONDE ESTAVA MAIS. O VINHO COMEÇOU A FAZER EFEITO AVASSALADOR. LOUCURA, LOUCURA, LOUCURA, LOUCURA. NÃO SABIA AONDE IRIA IRIAM CHEGAR MEUS PENSAMENTOS NÃO ME OBEDECIA MAIS. MINHA MAGRELA NÃO ME TRANSIA SEGURANÇA MAIS. CAIR, CAIR, CAIR E CAIR. SAIR CABALANDO E ROLANDO PELAS RUAS DA CIDADE. AS PESSOAS ME OLHAVAM, ORA DESPREZANDO, ORA ME CONDENANDO. OS BECOS PARECIAM MAIS ESTREITOS. BUSQUEI NA FÉ, A CALMA QUE GOSTARIA. OREI, OREI, OREI E OREI. AS RUAS ERAM COMPLICADAS, AVIAM BURRADOS POR TODOS OS LADOS. ELAS PARECIAM LONGAS DE MAIS. O MEU DESTINO AINDA ESTAVA LONGE, ENTÃO PAREI NUM BUTECO E COMECEI A TOMAR UMA CERVEJINHA. BEBER, BEBER, BEBER, E BEBER. SAIR E FUI PASSANDO PELO CAIS DA CIDADE, PERDIDO NOS MEUS PENSAMENTOS E ENFIM SABENDO ONDE ESTAVA. A PONTE PARECIA O ABISMO MAIS ATRAVESSEI COM CORAGEM. CHEGUEI À MINHA CASA, E MERGULHEI NUM SONO PROFUNDO, AO ACORDAR VIR QUE AS FERIDAS DA QUEDA ERAM PEQUENAS EM SI TRATANDO DE AVENTURAS PERIGOSAS.