TORCIDA w w w . r e v i s t a t o r c i d a . c o m . b r w w w. t o rc i da.com.br
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A N O 1 - N Ú M E R O 3 - D E Z E M B R O /2009 - R$ 5,90
A CAMINHO
da copa 2010
Na primeira fase do Mundial da África do Sul, o Brasil encara Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal
Magrão Mestre das luvas e das baquetas
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Veja tabela do Estadual com os jogos da TV
> Joanna Maranhão
de bem com a vida em Belo Horizonte
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por Beto Lago
A Seleção Brasileira já conhece seus primeiros adversários na Copa do Mundo da África do Sul, em 2010. Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal serão os primeiros que vamos encarar, no caminho brasileiro para o hexa mundial. Alguns falam que esse é um dos “grupos da morte”. Outros (e entro neste time) gostaram dos nossos rivais da primeira fase. Nesta edição da Revista Torcida, você vai conhecer os grupos e saber um pouco dos nossos primeiros adversários. Verá, também, uma matéria sobre o maestro e goleiro Magrão, o que a acupuntura traz de bem para a vida dos esportistas. Vai conhecer o Centro de Hipismo de Candeias e duas boas entrevistas: com Ricardo Malta, que comanda o CT Wilson Campos, do Náutico, e a nadadora Joanna Maranhão, que abre seu coração e fala sobre tudo. Tudo, mesmo! Novamente aos amigos da Revista Torcida, um muito obrigado pelo carinho e atenção de todos que encontramos na rua. Um feliz Natal e Ano novo!
Frank Fife/AFP
A Copa já começou!
Você na Torcida ........................................ 5 Giro Esportivo .......................................... 6 O Caminho para o Hexa ............................ 8 O Maestro Magrão.................................. 14 Coluna Léo Medrado .............................. 18 Somente Vexame .................................. 20 Coluna Mário Júnior ................................ 24 Ainda é força no Nordeste ....................... 26 Tabelão ......................................... 28 e 29 Coluna Blog dos Números ........................31 O Futuro do Náutico................................ 32 Coluna Mulher na Torcida ........................ 36 “Sou mais forte” ..................................... 38 Testando os Limites................................. 42 Formando Campeões.............................. 44 A favor do Esporte .................................. 46 Coluna Marketing Esportivo ...................... 48 Uma Atitude Campeã .............................. 50 Giro do Amadorismo ............................... 52 Craques Corporativos .............................. 53 Charge de Humberto .............................. 54 www.revistatorcida.com.br
Carlinhos Bala curtiu a primeira edição da Revista Torcida
Robert Mocock (e) e Léo Lemos (d), com Kléber Medeiros (c)
Francois Xavier Marit/AFP
A opinião e a sua presença na TORCIDA
Diretor de Redação Beto Lago betolago10@revistatorcida.com.br / (81) 9666-7596 - Direção de Arte/Design Falsford Design falsford@gmail.com / (81) 3465-4195 - Projeto Gráfico Bruno Falcone brunofalcone@revistatorcida.com.br / (81) 9708-6748 - Diretores Executivo e Comercial Kléber Medeiros kleber@revistatorcida.com.br / (81) 9259-0850 e Léo Medrado leomedrado@revistatorcida.com.br / (81) 9973-2010 - Fotógrafo Wilson Neto tencorreia@ gmail.com / (81) 8749-0249 - Reporter Hildo Neto hildoneto@revistatorcida.com.br / (81) 8814.1964- Colaboradores: Adethson Leite; Humberto Araújo, Iana Gouveia e Mário Júnior. Impressão MXM Gráfica e Editora (81) 2138.0800 Endereço para correspondência: KM2 concepção gráfica e design de Bruno Falcone
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Produções - Av. João de Barros, 1527, sala 201, Espinheiro, (81) 3427-9961 - Recife/PE Tiragem: 10 (dez) mil exemplares
Amigo leitor da Revista TORCIDA, agora você vai ter uma série de opções para mandar sua mensagem, sua opinião e até enviar sua foto para a nossa redação. O site www.revistatorcida.com.br já está no ar, apresentando todas as edições. Em breve, o editor Beto Lago e o repórter Hildo Neto vão ter espaços para conversar com os internautas, com notícias e informações atualizadas do futebol pernambucano, brasileiro e mundial, além dos esportes olímpicos. E ainda temos a nossa comunidade no Orkut e você pode nos seguir no Twitter. Estamos antenados e atentos aos principais acontecimentos do mundo esportivo. Através do nosso e-mail - contato@revistatorcida.com.br - você pode dar sua opinião sobre as principais reportagens da Revista TORCIDA, além de comentar sobre os nossos colunistas. A sua foto também pode aparecer nas páginas da Revista. Envie uma imagem de qualquer evento esportivo pelo Mundo ou até mesmo da sua equipe do bairro, para ser publicada na seção Galera da TORCIDA, que estará na próxima edição. Você será manchete da Revista do mês que vem e dos subsequentes. Participe e avise aos amigos. A sua colaboração conosco não tem limite. Mande-nos opinião, charges, fotos ao lado de personalidades do esporte, sugestão de matérias, críticas ou até mesmo piadas. Entre na TORCIDA conosco. revista
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A polêmica das arenas
Pernambucanos invadem a Bahia
Sport e Náutico vão precisar, agora, pensar em melhor planejamento para 2010. E já sabemos quais serão os nossos adversários na Segunda Divisão de 2010. Além de Coritiba e Santo André, também rebaixados, e a turma que se manteve na B, temos América/MG, ASA, Icasa e Guaratinguetá, clube que subiram da Terceira Divisão na competição deste ano. Sem a presença de nenhum dos grandes do Clube dos 13, o caminho está mais nivelado, com igualdades de forças na briga pelas quatro vagas para o próximo ano.
Quando foram anunciadas as cidades que sediariam os jogos da Copa de 2014 no Brasil, a polêmica foi grande com relação às arenas. Natal, que planejava construir uma arena para 45 mil torcedores, já repensa o seu projeto. A ideia agora é reduzir a Arena das Dunas para 30 mil torcedores e, ao lado, erguer outra arena, preferencialmente para o futebol de areia, com capacidade para 15 mil pessoas. Assim, poderia aproveitar o sol da cidade para receber eventos do esporte e se transformar até mesmo na capital do futebol de areia no Nordeste.
POR ESTADOS
Na SoccerEx
A Megasports Marketing Esportivo, empresa pernambucana especializada no negócio esportivo, comandada por Gustavo Aguiar (que faz parte da coordenação da campanha Todos com a Nota) realiza seu primeiro passo de expansão da empresa. Foi inaugurada no mês de novembro a primeira filial na cidade de Salvador, Bahia. Fazendo negócios com os clubes de futebol da Bahia desde 2003, Gustavo Aguiar resolveu que havia chegado o momento de fixar um escritório na capital baiana. “Fechamos o primeiro negócio em Salvador com o Bahia, em 2003, quando levamos a Quartzolit para patrociná-lo. Naquele mesmo ano fechamos uma parceria com o Vitória para cuidar dos contratos de licenciamento de produtos. A partir daí nosso vínculo com o estado foi se solidificando cada vez mais”. A Megasports surgiu em 2001, de um sonho de trabalhar com futebol e com o desejo de poder implantar, principalmente no futebol, uma gestão profissional em todos os setores, incluindo o marketing. “Não acredito no sucesso de um clube de futebol que seja composto por diretores amadores, não funciona mais. Já fui convidado por dois ex-presidentes do Sport para fazer parte da sua diretoria, mas agradeci
Pernambuco – 2 (Sport e Náutico) São Paulo – 6 (Santo André, Portuguesa, São Caetano, Bragantino, Ponte Preta e Guaratinguetá) Rio de Janeiro – 1 (Duque de Caxias) Minas Gerais – 2 (Minas Gerais e Ipatinga) Paraná – 2 (Coritiba e Paraná) Bahia – 1 (Bahia) Goiás – 1 (Vila Nova) Santa Catarina – 1 (Figueirense) Rio Grande do Norte – 1 (América/RN) Alagoas – 1 (ASA) Ceará – 1 (Icasa) Distrito Federal – 1 (Brasiliense)
O número de clubes registrados no País
A CBF apresentou um cadastro com todos os clubes registrados oficialmente na entidade. Estão no registro 783 clubes profissionais, sendo que o maior número está concentrado na região Sudeste, com 235 equipes (30%), seguido pela região Nordeste, com 227 clubes (29%). São Paulo é o estado que tem o maior número de clubes, com 132. revista
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divulgação
A Série B em 2010
o convite e neguei porque estaria contrariando meus conceitos”, disse Gustavo. Para ele, “os clubes estão começando a compreender a importância do marketing para eles, eles precisam compreender que marketing esportivo é completamente diferente de publicidade. Ele tem algumas características positivas e negativas que só o futebol tem, no momento que os clubes entenderem isso e profissionalizar seus departamentos de marketing e colocarem especialistas nisso, o resultado será extremamente positivo”. A Megasports atende a todo o Nordeste. Dentre os serviços oferecidos pela empresa estão a comercialização de placas nos estádios de futebol do Nordeste, captação e negociação de patrocínios esportivos.
Os maiores exportadores Jabulani, a bola da Copa George Braga (E), secretário de Esportes do Governo do Estado, marcou presença na SoccerEx, a feira mundial de futebol, na África do Sul. O evento reuniu dirigentes, empresários e personalidades do esporte. George Braga teve a oportunidade de falar sobre o Estado e o projeto da Cidade da Copa. A SoccerEx também recebeu os representantes das outras cidades-sedes brasileiras da Copa do Mundo de 2014, além do Clube dos 13, que instalou um estande especial, contando a história e a trajetória esportiva dos seus 20 clubes filiados - com destaque para o Sport.
A empresa de consultoria financeira Crowe Horwath RCS apresentou estudo mostrando os clubes maiores exportadores de atletas do futebol brasileiro, no período de 2003 a 2008. O Inter/RS encabeça o ranking, com arrecadação de 91,5 milhões de euros, seguido pelo São Paulo, com 82,5 milhões de euros. Cruzeiro (68,6 milhões de euros), Santos (56,7 milhões de euros), Atlético/PR (48 milhões de euros), Corinthians (47,4 milhões de euros), Palmeiras (44,2 milhões de euros) e Grêmio (39,8 milhões de euros) são os demais líderes deste ranking. Enquanto isso, os clubes pernambucanos ficam sonhando...
A nova bola da Copa do Mundo se chama “Jabulani”, que significa “Celebrar” no idioma Zulu. A bola da Copa de 2010, a primeira em continente africano, quer representar o colorido do continente africano e a variedade cultural da África do Sul. Ela tem 11 cores, em referência aos 11 jogadores em campo por cada seleção. Esta também é a 11ª bola da Adidas da Copa do Mundo. E a África do Sul possui 11 línguas oficiais e 11 províncias. A Adidas explicou que a bola, de design inovador, é formada por oito painéis tridimensionais que resultam em uma esfera perfeita. revista
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O CAMINHO
Alexander Joe/AFP
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Brasil pega Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal na primeira fase da Copa do Mundo da Ă frica do Sul. TĂŠcnico Dunga aprovou grupo da Canarinha
para o hexa revista
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Stephane de Sakutin/AFP
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Mundo futebolístico parou para acompanhar o sorteio dos grupos da Copa da África do Sul. E a Seleção Brasileira vai ficar no Grupo G, encarando Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal. Não é o chamado “grupo da morte”, mas se os brasileiros tiveram sorte por ficar no grupo G (onde as distâncias de viagens serão menores), não contaram com ela durante o sorteio, quando irá enfrentar duas fortes seleções de seus continentes. O Brasil estreia na Copa do Mundo no dia 15 de junho, em Johanesburgo, contra a Coreia do Norte, no estádio Ellis Park, local em que a seleção conquistou a Copa das Confederações neste ano. No dia 20 de junho, o Brasil encara a Costa do Marfim, novamente em Johanesburgo, mas no estádio Soccer City. E encerra a participação na primeira fase no dia 25 de junho, contra Portugal, em Durban. A Costa do Marfim, do craque Didier Drogba, é um time que vem apresentando crescimento técnico nos últimos anos e que para muitos é a mais forte seleção do continente. Enquanto Portugal, que mesmo não revista
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tendo Felipão no comando da equipe tendo passado por uma repescagem para chegar ao Mundial, conta com craques do nível de Deco e Cristiano Ronaldo, um dos melhores jogadores do atual futebol mundial. Uma vantagem do Brasil é jogar o primeiro duelo diante da Coreia do Norte, considerada uma das mais fracas do torneio. Na segunda fase do Mundial, o cruzamento será com o grupo H e nele consta a temida Espanha, que briga com o Brasil pela liderança do ranking da Fifa. Se os brasileiros forem o primeiro e os espanhóis também, evitamos o confronto na fase seguinte da Copa. Se ficar em primeiro lugar no Grupo G, o Brasil pode enfrentar Espanha, Itália, Argentina e Alemanha apenas na final se essas seleções também ficarem na liderança na primeira fase. E em um caminho mais fácil, o Brasil teria pela frente Chile ou Suíça nas oitavas, Holanda ou Paraguai nas quartas, França e Inglaterra na semifinal. O Brasil, por jogar no grupo G, terá menos desgastes nas viagens. Serão 598 km de deslocamento, um pouco a mais que a Argentina
(331 km). A França, por exemplo, vai percorrer 2.484 km nos seus três jogos iniciais, quase o mesmo que Portugal (2.461 km), Holanda (2.258 km), Inglaterra (2.141 km) e Itália (2.137 km).
DUNGA
Mesmo encarando adversários fortes, o técnico da Seleção Brasileira, Dunga, considerou a chave “razoável”, afirmando que Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal trarão muito mais pontos positivos do que negativos à Seleção Brasileira. “Com um grupo desse, todo mundo fica concentrado, atento e não tem euforia que sempre tem com o Brasil. Sempre que o Brasil joga, as pessoas acham que o time tem obrigação de ganhar, mas todo mundo tem. Nós temos o dever de buscar o resultado e neste momento preciso ter tranquilidade para trabalhar, tem um tempo maior de preparo e todo mundo ficar concentrado”, disse. A formação dos outros grupos da Copa do Mundo também foi comentada por Dunga como equilibrada, mas o fato de ficar no grupo G deixou o treinador bem contente. “Vamos fazer
A bela atriz Charlize Theron apresentou a bola Jabulani, que será utilizada na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul
os dois jogos no mesmo local (Johanesburgo), saio para Durban e, se der tudo certo, volto para Johanesburgo. Ficamos com uma base fixa e facilita bastante”, comentou Dunga. Dos nossos adversários da primeira fase, Portugal é quem tem a melhor colocação no ranking da Fifa, ocupando a quinta posição. Costa do Marfim está em 16º lugar, enquanto que os norte-coreanos estão na longínqua 84ª colocação. Por sinal, a Copa do Mundo da África do Sul não terá o chamado “grupo da morte”, diferente de anos anteriores. A Argentina ficou no grupo B, ao lado de Nigéria, Coreia do Sul e Grécia. Os alemães, no grupo D, pegam Austrália, Sérvia e Gana, enquanto que a Itália vai encarar Paraguai, Nova Zelândia e Eslováquia. A Copa do Mundo de 2010 será inaugurada no dia 11de junho, com a anfitriã África do Sul, do técnico brasileiro Carlos Alberto Parreira, pegando o México, no novo e belo estádio Soccer City, em Johanesburgo. A sorte foi lançada e que a Seleção Brasileira consiga chegar ao seu sexto título mundial. Boa sorte, Brasil! revista
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COREIA DO NORTE
Ela foi responsável por uma das maiores zebras em Copas do Mundo.Em 1966, bateu a Itália e chegou a estar vencendo Portugal por 3x0, mas levou a virada e perdeu por 5x3 nas quartas de final. Hoje, 44 anos depois, a Coreia do Norte volto ao Mundial para tentar repetir o feito da rival Coreia do Sul,quarta colocada na Copa de 2002. Poucos jogadores são destaques da equipe, como o artilheiro da seleção, HongYong Jo, que nas Eliminatórias marcou quatro gols. Ele joga no Rostov, da Rússia. O técnico é Kim Jong-Hun.
COSTA DO MARFIM
Um time consistente, maduro e com um craque em campo, Didier Drogba. Assim será nosso segundo adversário na primeira fase, a Costa do Marfim. A seleção se classificou com antecedência para o Mundial, tendo o atacante do Chelsea sendo um dos destaques, vivendo até uma das suas melhores temporadas. Além de Drogba, os marfinenses contam com outros destaque no cenário europeu, caso de Kolo Touré, zagueiro do Manchester City, seu irmão Yaya Touré, volante do Barcelona, o lateral Eboué, do Arsenal, e o meia-atacante Salomon Kalou, também do Chelsea. Na Copa de 2006 foi eliminada na primeira fase. A equipe é comandada por Vahid Halilhod
PORTUGAL
Portugal teve que passar pela repescagem europeia para conquistar sua vaga na Copa
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do Mundo da África do Sul. Mesmo sem ter o brasileiro Luiz Felipe Scolari no comando da seleção, os portugueses possuem uma constelação de craques, começando com o astro Cristiano Ronaldo, do Real Madrid. Três brasileiros também odem formar na seleção do técnico Carlos Queiroz: o meio-campista Deco, o zagueiro Pepe e o atacante Liedson. Esta será a quinta Copa do Mundo de Portugal, tendo chegado em terceiro lugar no Mundial de 1996, na Inglaterra.
CURIOSIDADES DAS SELEÇÕES
Nas 18 edições das Copas, em seis delas os donos da casa se sagraram campeões. Curiosamente, de todos os sete campeões mundiais, somente a Seleção Brasileira nunca brindou sua torcida com o título. Uruguai (30), Itália (34), Inglaterra (66), Alemanha (74), Argentina (78) e França (98) souberam usar a força vinda das arquibancadas para levantar a taça. França, Itália e Alemanha ainda tiveram a chance de garantir mais um caneco: sediaram o mundial pela segunda vez, em 38, 90 e 2006, respectivamente. A campanha, porém, não foi a esperada: foram desclassificadas antes das finais. O Brasil (50) e Suécia (58) foram os únicos países sede que perderam uma final de Copa sob os olhares atônitos de seus torcedores. Na história dos Mundiais, os donos da casa já jogaram 103 vezes. Foram 69 vitórias, 16 empates e apenas 18 derrotas.
Frank Fife/AFP
Conheça um pouco dos nossos adversários
Tabela da Copa 2010 GRUPO A África do Sul México
Uruguai
França GRUPO C
GRUPO B Argentina Nigéria Coreia do Sul Grécia
GRUPO D
Inglaterra
Alemanha
Argélia Eslovênia
Gana Sérvia
Estados Unidos
GRUPO E
Austrália
GRUPO F
Holanda Japão
Itália
Dinamarca
Eslováquia
Camarões
GRUPO G
Nova Zelândia Paraguai
GRUPO H
Brasil Coreia do Norte
Espanha Chile
Portugal
Suíça
Costa do Marfim
Honduras
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O MAESTRO revista
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Magrão
Um dos principais ídolos da torcida do Sport, o goleiro também é um regente dentro de casa, com a família e tocando bateria
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o futebol, o termo “maestro” é dado para aquele jogador que dá o ritmo do jogo e comanda o time em campo, mas, dificilmente, é aplicado aos goleiros, responsáveis por organizar a “casa” atrás. No caso do arqueiro do Sport, Magrão, se não pode ser considerado um regente dentro das quatro linhas, fora delas, desempenha bem o papel. Carinhoso e atencioso com os filhos e a esposa, o “paredão da Ilha” troca as luvas pelas baquetas, a bola pela bateria e comanda a “banda” da família, que conta com a filha mais velha, Gabriela, no violão, e a mulher, Marylu dos Santos, no teclado e voz. Os dois mais novos, Lucas e Rafael, devem seguir o caminho do pai. “Quando era pequeno, pegava panela e começava a fazer batucada. No ano passado, comprei uma bateria e estou fazendo barulho, respeitando a vizinhança, claro”, conta Magrão, com um sorriso. Brincadeiras a parte, Alessandro Beti Rosa, de 32 anos, conquistou o respeito da torcida e se tornou um dos grandes atletas do futebol estadual ao ser um dos responsáveis pela bela participação do Sport na Libertadores e na conquista da Copa do Brasil. Ele foi um dos poucos poupados pela galera rubronegra pelo rebaixamento à Série B do Brasileiro. Para se desligar totalmente e aliviar as tensões de
um ano onde o Leão foi do céu ao inferno, o goleiro viajará para a Europa nas férias. “Todos em casa vivem a mesma coisa, não só eu. Então, vamos para fora do País para esfriar a cabeça e tirar o futebol, porque foi pressão”. De origem italiana, Magrão espera conhecer um pouco mais a cultura do país do avô e provar as delícias da culinária. “Não faço nenhuma massa, mas como bastante”, diz, apesar do seu biotipo, motivo pelo qual foi parar no gol. “Eu jogava na linha, por sinal, até direitinho, mas meu pai foi me colocando no gol, por ser magrinho e ele ficar com medo que eu me machucasse”. Dessa fase até o Nacional (SP) foi um pulo. Foi lá, que ainda na categoria infantil, veio o apelido: Magrão (alto e quase raquítico). Nesta época, inspiravase nas defesas de Cláudio Taffarel e Ronaldo, ex Corinthians. A família sempre o apoiou na decisão de se tornar um jogador profissional. No Sport desde 2005 e com contrato até 2012, Magrão só conseguiu assegurar a titularidade a partir de 2007, ano em que ficou conhecido por ter sofrido o milésimo gol de Romário. “Quando aconteceu isso, fiquei chateado porque toda hora tinha que responder a mesma pergunta. Hoje, pelo contrário, vou ter história para contar aos meus netos, porque os meus filhos já sabem”, comenta o goleiro. revista
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> Perfil do maestro Alessandro Beti
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Nome: Alessandro Beti Rosa
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Lugar inesquecível: Praia de Majorlândia, Aracati/CE
Clubes Anteriores: Nacional-SP, Portuguesa-SP, Fortaleza-CE, Ceará-CE, Botafogo-SP, Rio Branco-SP. Data de Nascimento: 09/04/1977 Comida preferida: Massas em geral Cor preferida: Preto Medo: De ter uma lesão séria Música preferida: Tua Graça me Basta (Toque no Altar) Quantos filhos: Rafael, Lucas e Gabriela O que mais detesta: Falsidade Animal de estimação: Não Cantor(a) que prefere: Ana Paula Valadão Filme: Desafiando Gigantes Toca instrumento: Sim. Bateria Lugar para descansar: No meio do mato, em Hotéis Fazenda Mania: Não tem Defeito: Muito fechado Qualidade: Ser amigo Se não fosse jogador, seria: Trabalharia numa gráfica Hobby: Cinema Sonho: Jogar na Europa Mensagem para os admiradores: Façam o bem, pois a gente colhe aquilo que planta.
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por Léo Medrado
1987: a verdade A
final, quem foi campeão brasileiro em 87? Quem tem menos de 30 anos vive num fogo cruzado de informações desencontradas e contraditórias sobre o assunto. Tentarei repassar agora, a verdade dos fatos, com minuciosos pormenores daquele campeonato. A CBF, alegando falta de dinheiro, declarouse incompetente para realizar o Campeonato Brasileiro. Os clubes do Sul/Sudeste aproveitaram a oportunidade para elitizar e organizar uma competição que fosse rentável. Foi criado o famoso “Clube dos Treze”, que tinha Fla, Flu, Bota e Vasco, do Rio de Janeiro; Corinthians, São Paulo, Santos e Palmeiras, de Sampa; Grêmio e Inter, do Rio Grande do Sul; e Cruzeiro e Atlético, de Minas Gerais. Pra não evidenciar o preconceito com as demais regiões, os 12 times resolveram aceitar o Bahia, de Paulo Maracajá. Os demais clubes do Brasil se rebelaram. A CBF voltou atrás e resolveu formatar a competição. O Clube dos Treze resolveu ampliar a penetração nos estados para o movimento ganhar credibilidade. Convidou um clube do Paraná (Coritiba), um de Goiás (Goiás) e um de Pernambuco (Santa Cruz). Guarani, Sport e Atlético/PR ameaçaram entrar na Justiça para embargar o campeonato. Pequeno detalhe: o vice-campeão do ano anterior, que foi o Guarani, estava fora do Brasileirão. A Justiça, facilmente, daria ganho de causa aos rebelados. Foi quando a CBF propôs dois módulos, denominados VERDE E AMARELO, cada um com 16 clubes. Os dois mais bem classificados se enfrentariam no final. Os dezesseis times do Clube dos Treze compuseram o VERDE, que ganhou prestígio com a Coca-Cola revista
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e o Açúcar União bancando a competição. Ambos, Coca e Açucar, patrocinaram dois dos veículos mais importantes da comunicação brasileira: a Rede Globo e a revista Placar. Aí entra um ponto importante: Guarani, Sport e Atlético/PR foram convencidos a disputar o AMARELO, sob a premissa de que seria um caminho mais fácil ao título, em detrimento a perda financeira que teriam, ao ficar de fora do VERDE. Com o cruzamento dos módulos assegurado, os três aceitaram ficar no AMARELO com outras 12 equipes (o América/RJ desistiu na última hora). Aos poucos, porém, a mídia sobre o módulo VERDE foi crescendo. Passou a ser chamado de Copa União, alusão ao patrocinador. O Clube dos Treze, então, resolveu virar a mesa e durante a competição decidiu que o campeão brasileiro seria o vencedor da Copa União, sem o cruzamento dos módulos, previsto no regulamento. Fla e Inter decidiram o módulo VERDE (Copa União). Sport e Guarani decidiram o AMARELO. No regulamento, estas decisões não serviriam pra nada, pois os quatro, Fla, Inter, Sport e Guarani já estariam classificados para o quadrangular que decidiria o campeonato. Tanto que, após 13 cobranças de pênaltis pra cada lado, os presidentes de Guarani (Beto Zini) e Sport (Homero Lacerda) viram que estavam batendo pênaltis pra nada e encerraram as cobranças. Zini aceitou que o título simbólico do módulo AMARELO fosse dado ao Sport. Só que, Fla e Inter decidiram módulo VERDE com a mídia espalhando para o resto do País que era a decisão do
brasileiro. O Fla venceu por 1x0, comemorou como se fosse o campeão e o Inter calou-se, de olho na segunda vaga do País para a Libertadores. E a CBF? Bem, sob pressão de Sport e Guarani, que ameaçavam ir à Fifa, a CBF marcou as datas do cruzamento. No dia 24 de Janeiro de 88, o Sport entrou em campo para enfrentar o Inter, que não veio ao Recife. A CBF configurou o WO, sob o desdém do Clube dos Treze. No dia 27, seguinte, foi a vez do Flamengo não comparecer. Outra vez WO. Sport e Guarani seguiram a tabela e se enfrentaram nas datas marcadas. Em 30 de janeiro, os dois se enfrentaram e houve empate: 1x1. E no dia 7 de fevereiro, foi realizada a final, com o Sport vencendo o Guarani por 1x0, gol de Marco Antônio, de cabeça. Detalhe: o SBT transmitiu o jogo para o Brasil inteiro, informando ser a legítima final do Brasileirão. O Flamengo reivindicou a Taça de campeão do Brasil. A CBF, em princípio, ameaçou ceder à pressão da imprensa carioca. Sport e Guarani recorreram,
então, à Fifa. A ENTIDADE MÁXIMA DO FUTEBOL MUNDIAL, com o regulamento na mão, declarou o Sport campeão brasileiro e definiu o time da Ilha, ao lado do Guarani, como legítimos representantes do País na Libertadores da América. E mais: ameaçou punir a CBF, A Seleção Brasileira e o Flamengo, caso não fosse cumprida a sentença. Só assim, a CBF entregou a taça ao Sport. Uma pergunta simples: se houvesse a mínima chance do Flamengo ser declarado campeão, porque a Fifa optaria pelo Sport? Essa história, que antigamente se escrevia ESTÓRIA quando era inventada, do Flamengo hexa, é conversa pra boi dormir. O Flamengo ganhou, com louvor, cinco campeonatos brasileiros. Tentar, na marra, legitimar uma farsa é, no mínimo, massificar uma grande inverdade. A taça tá na Ilha, o Sport foi à Libertadores... O Flamengo campeão brasileiro de 1987 não é mentira... É pior do que mentira. É a invenção da verdade.
O Flamengo campeão Brasileiro de 87 não é mentira... É pior do que mentira. É a invenção da verdade
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SOMENTE
vexames Sport, Náutico e Santa Cruz passam o ano de 2009, principalmente nos Campeonatos Brasileiros, com grandes decepções para seus torcedores revista
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m 2009 que tinha tudo para ser marcante para o futebol pernambucano. A expectativa era que os três grandes do nosso Estado pudessem fazer bonito nas competições nacionais. O título da Copa do Brasil em 2008 credenciava o Sport a um “ano de ouro”, como vinha sendo colocado pelos dirigentes. No Náutico, a intenção era melhorar a imagem do clube depois de dois anos sofrendo na Primeirona. E o Santa Cruz, crescia a esperança pela nova diretoria que tomava posse e uma boa campanha na Série D. Tudo deu errado, somente ilusões e decepções para os nossos torcedores. O primeiro vexame dos grandes veio com o Santa Cruz. A eleição de Fernando Bezerra Coelho trouxe uma nova esperança ao torcedor coral. De cara, um Estadual melhor que nos anos anteriores, jogando de igual para igual contra Sport e Náutico, clubes com receitas e estruturas melhores que o Tricolor. O terceiro lugar assegurou a vaga na Série D e, a partir daí, começou o desastre. Na primeira fase, foram seis partidas, nenhuma vitória no estádio do Arruda, e uma eliminação precoce na Quarta Divisão Nacional, sendo lanterna com cinco pontos. Um vexame que manchou a imagem do clube no cenário nacional. Uma página negativa que foi escrita na história de um clube de 95 anos. A Copa Pernambuco acabou sendo um momento de recuperação do Santa Cruz. Foi formada uma nova equipe, com um técnico jovem e que busca um espaço no futebol. O treinador Dado Cavalcanti aproveitou o torneio semiprofissional para apresentar novas caras, recuperar antigos atletas e apresentar ao novo técnico do clube, o
experiente Lori Sandri, o que pode e o que não será utilizado em 2010. O título, em cima do Central de Caruaru, virou consequência do trabalho bem feito por Dado. O Náutico era o clube que caminhava para tentar apagar as decepções dos últimos campeonatos nacionais. Nos dois anos anteriores, o Timbu brigou para fugir do rebaixamento na última rodada. Os milagres do goleiro Eduardo diante do Santos, no ano passado, não precisavam ser repetidos. Depois de um Estadual mediano, o Náutico começou bem o Brasileirão, com o técnico Waldemar Lemos, vencendo e mostrando um bom futebol. Mas, o “canto da sereia” acabou seduzindo o treinador, que deixou o clube pernambucano para o Atlético/PR. Veio Márcio Bittencourt e o time desandou. Foram sete partidas e nenhuma vitória, e pior, nenhum empate. Deixou o time nas últimas colocações. A diretoria tentou corrigir o planejamento e trouxe Geninho. Voltou a ganhar a confiança do elenco e, aos poucos, o time começou a conquistar pontos importantes. Mas, ao perder Gilmar para o futebol francês, o Timbu desandou. A chegada de Bruno Mineiro deu nova vida, mas faltava qualidade ao elenco. O rebaixamento foi sacramentado na penúltima rodada, ao perder para o Santo André. Agora, amarga mais uma Segunda Divisão e vai ter que ter muito cuidado para não entrar em parafuso, já que o clima político, diante da eleição do clube alvirrubro, pode mexer com os bastidores do Náutico. E o que dizer do Sport? Campeão da Copa do Brasil, o clube passou por uma eleição que mexeu revista
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com a própria história do clube. De um lado, um candidato (Sílvio Guimarães) apoiado pelo presidente (Milton Bivar). Do outro, um grupo de ex-presidentes (Homero Lacerda, Luciano Bivar, Wanderson Lacerda e tantos outros). A vitória de Sílvio foi esmagadora e parecia que a administração teria continuidade. Ledo enganho! A Libertadores poderia ser a prova que o clube estava forte, interna e externamente. A primeira fase foi sensacional, com a primeira colocação diante de revista
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adversários mais fortes. Mas, teve a falta de sorte de pegar, novamente, o Palmeiras. A eliminação foi nos pênaltis, em plena Ilha do Retiro. Mesmo com o título estadual, o quarto consecutivo, o time acabou caindo em parafuso. Primeiro, a saída de Nelsinho Batista, que brigou com Paulo Baier (que também deixou o clube) e com dirigentes do clube. O elenco não aprovou a saída do treinador e muito menos a vinda de Emerson Leão – que chegou para saldar parte da
dívida que tem com o clube. Desde a primeira rodada do Brasileirão, o Sport sempre permaneceu nas últimas colocações. Brigava, rodada após rodada, para tentar sair da zona de rebaixamento. Saiu Leão e veio Péricles Chamusca, com a missão de salvar o clube. Os cinco anos fora do futebol brasileiro foram fundamentais para o trabalho não produzir bons resultados. O Sport contratou mais de um time durante o Nacional, perdeu dirigentes e foi rebaixado quando
faltavam quatro rodadas para o fim. Pela 3ª vez em sua história, o Leão repetiu os vexames de 1999 e 2001, igualando o recorde do Sergipe, último lugar do Nacional em 1972, 1973 e 1985. Não vendeu Ciro, que hoje virou a cara de um time que chegou ao estrelado e vive uma realidade verdade e crua, da total falta de planejamento. Quem sonhou em ter um “ano de ouro”, viu o Sport ser rebaixado, com fragilidades dentro do elenco e dentro da própria diretoria. revista
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Por Mário Júnior
Até onde vai a força dos nossos clubes?!?! S
erá que a situação que envolve os nossos clubes não está relacionada aos nossos presidentes. Este ano, nem Maurício Cardoso, nem Sílvio Guimarães e nem Fernando Bezerra Coelho mostraram força para salvar os nossos times desta situação de rebaixamento. Pior foi o Santa Cruz, que não conseguiu subir de divisão e o presidente FBCD agora quer “virar a mesa”. Existe isso!!! Será que o Santa Cruz vai conseguir ficar na Série D para a próxima temporada??? Estava pensando aqui: precisamos de pessoas que possam ter força para comandar Náutico, Sport e Santa Cruz. Aproveito esse espaço para indicar alguns nomes importantes. Para o Santa Cruz, eu indico Hugo Chávez, que já mostrou que tem condições de administrar qualquer clube, pois a Venezuela hoje é um país extraordinário de se viver. Para o Sport, a minha indicação é para Fidel Castro. Esse sim, sabe o que é comandar uma nação, fez coisas maravilhosas em Cuba e com seu conhecimento vai poder ajudar e muito a nação rubro-negra. Nação essa que o nosso comentarista, Chapa do Carmo, acha que vai ser pentacampeão estadual. Já a situação do Náutico com esse vai e vem, somente uma pessoa pode ajudar o Timbu no ano que vem: Manoel Zeláia. Esse sabe o que nunca fugir das suas responsabilidades como presidente. E a nossa situação está cada vez pior. Náutico e Sport na Série B no próximo ano e o Santa revista
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Cruz na Série D, isso se fizer um bom Estadual. Já para a Federação Pernambucana de Futebol, o meu indicado é Evo Morales. Esse gosta de petróleo. Não tem como não dar certo. Se essas pessoas pudessem participar do nosso futebol, com certeza, a situação dos nossos clubes seria maravilhosa. Aproveito esse espaço para divulgar que no próximo ano estaremos juntos, lado a lado, com os nossos times na Copa do Brasil. Vamos torcer para que o Santa Cruz não enfrente nenhum adversário da região Norte para não cair na primeira fase. Recordo que dá última que o nosso amigo Chapa do Carmo comandou o Santa Cruz na Copa do Brasil, o time Tricolor acabou sendo eliminado pelo Fast Club, do Amazonas. Recentemente, estava participando de um debate sobre a fórmula de disputa do nosso Campeonato Brasileiro e cheguei a uma conclusão: seria melhor que não tivesse rebaixamento, porque somente assim evitaríamos ser rebaixados. A coluna deste mês é dedicada ao nosso grande atleta Zé do Carmo, que recentemente foi homenageado no Rio de Janeiro, em uma festa que o Vasco promoveu para os campeões brasileiros de 1989 (20 anos). E neste mês de dezembro quem patrocina esta coluna é o Papai Noel da Seleção do Rádio, o nosso Chapai Noel (Zé do Carmo). A todos que estão lendo essa coluna, um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de realizações.
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AINDA É FORÇA
no Nordeste Nossos clubes realizaram péssima campanha no Brasileirão, mas Pernambuco não perderá espaço
P
ernambuco continua mostrando força no cenário nacional. Mesmo com nossos clubes realizando campanhas decepcionantes no Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão deste ano, com Sport e Náutico rebaixados, e o Santa Cruz não conseguindo avançar da primeira fase do Nacional da Quarta Divisão, o nosso Estado vai continuar abrindo uma boa distância dos baianos pela briga da sexta posição do ranking da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). No início do próximo ano, a CBF apresenta os números atualizados da temporada. Atualmente, são mais de mil pontos de vantagem para o nosso principal rival do Norte/Nordeste. Pernambuco soma 4.127 pontos, contra revista
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3.021 da Bahia. Na Copa do Brasil, os clubes da Boa Terra devem acumular mais sete pontos, enquanto que nossos representantes – Náutico, Santa Cruz e Central - somaram cinco pontos, já que o Sport estava na Copa Libertadores da América e não tem pontuação em termos de ranking. O estado do Paraná está na quinta colocação, com 4.811 pontos. O líder do ranking da CBF nas federações é de São Paulo, com 16.187 pontos, seguido por Rio de Janeiro (9.054), Rio Grande do Sul (5.616) e Minas Gerais (5.238 pontos). O Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão pode diminuir um pouco esta diferença, mas é preciso lembrar que o Vitória da Bahia ainda faz uma campanha mediana e vai somar poucos pontos. Além disso, o Bahia
está na Segunda Divisão e no ranking dá uma contagem de pontos bem maior que a Terceira Divisão, onde está o Salgueiro. Hoje, o Sport é o melhor do Norte/Nordeste, ocupando a 15ª posição, com 1.422 pontos. O Bahia está na 18ª colocação, com 1.287 pontos, enquanto que o Vitória ocupa a vigésima colocação, com 1.238 pontos, seguidos por Santa Cruz (1.134) e Náutico (1.132 pontos). Na liderança do ranking, a briga promete ser boa. O Corinthians, por ter conquistado a Copa do Brasil, já acumulou 30 pontos e com os 1.998 pontos que tinha, já encostou no Grêmio, líder com 2.039 e que disputou a Libertadores neste ano. Agora, é ver a definição da classificação geral da Série A e poderemos ver quem vai liderar o ranking oficial da CBF. revista
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JOSÉ DO REGO MACIEL
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S. C. DO CAPIBARIBE
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SANTA CRUZ ELÁDIO DE B. CARVALHO AFLITOS
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A Revista TORCIDA publica, mais uma vez, a tabela dos jogos de ida do Campeonato Pernambucano da Série A-1. Os jogos transmitidos pela Rede Globo podem sofrer alterações durante a competição estadual.
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Jogos de ida do Estadual
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por Adethson Leite
A Copa de 2010 O
assunto em foco agora é a Copa de 2010 na África do Sul, um desafio e tanto para as 32 seleções classificadas no evento máximo do futebol mundial. O Brasil com suas cinco estrelas no peito é candidato natural em qualquer disputa e carrega a responsabilidade de voltar a vencer após a queda sofrida para o eterno algoz, a França. A França, aliás, estará presente, mesmo que muita gente na Irlanda não tenha gostado muito da idéia, após um lance irregular que selou o destino de uma das vagas nas eliminatórias Européias. Um assunto e tanto para se debater a presença ou não de recursos eletrônicos no apoio à arbitragem. Entre as seleções que já levantaram a taça, as presenças garantidas de Itália, Alemanha, Argentina, Uruguai e Inglaterra garantem que todos os 18 campeonatos terão seus vencedores representados. Outras forças tradicionais como Dinamarca, Portugal, Espanha e Holanda também trazem riqueza ao evento, que não contará com as presenças de Rússia, Polônia, Hungria e Ucrânia, eliminadas nas seletivas. A América do Sul teve o Brasil do surpreendente Dunga como campeão da eliminatória. A folga não foi grande e a vantagem sobre o Chile e Paraguai, 2º e 3º colocados, foi de apenas um ponto. Quem também penou foi a Argentina, classificada com a modesta 4ª posição, além do Uruguai que precisou garantir o carimbo do passaporte na repescagem. A decepção foi o Equador, que não confirmou a evolução obtida na copa passada, além da apagada campanha da Colômbia. revista
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Na Europa, Holanda e Espanha deram um verdadeiro passeio em seus grupos, classificandose com 100% de aproveitamento. Sem maiores problemas, Dinamarca, Alemanha, Inglaterra e Itália também venceram seus grupos, feito obtido com maior dificuldade por Suíça, Eslováquia e Sérvia. Na repescagem, além da França, Portugal, Grécia e Eslovênia também se deram bem. A Concaf teve como grande surpresa Honduras, que desbancou Costa Rica em disputa acirrada e dramática até a última rodada. Estados Unidos e México, como esperado, garantiram suas vagas, com melhor campanha dos americanos na fase final. Nas eliminatórias Africanas, nenhuma grande surpresa, com Camarões, Nigéria, Argélia, Costa do Marfim e Gana se juntando aos anfitriões e formando o bloco de seis representantes do continente. Na Ásia, Japão se juntou às duas Coréias como representantes do continente e Austrália e Nova Zelândia serão os representantes da Oceania. O Brasil é a única seleção que participou das 18 edições da Copa do Mundo. Alemanha e Itália aparecem em seguida com 16 participações, enquanto a Argentina já se fez presente em 14 edições. Em 2006, tivemos a maior média de público no formato de 32 clubes com 51.370 presentes por jogo totalizando 3.287.655 pessoas ao longo dos 64 jogos da competição (2º maior público na história da competição superado apenas pelos 3.587.538 dos Estados Unidos, em 1994) e a barulhenta torcida Africana promete não fazer feio. revista
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O FUTURO
do Náutico
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Ele comanda o futuro do Náutico e sabe da necessidade de que todo torcedor do Náutico precisa ajudar ainda mais na reforma e ampliação do Centro de Treinamento Wilson Campos, na Guabiraba. Para Ricardo Malta, o CT é o futuro do clube, que poderá competir de igual para igual com todos os grandes clubes do futebol brasileiro. Nesta entrevista à radialista Kelly Santana, Malta mostra o que está sendo feito no CT do clube alvirrubro e pede a ajuda de todos os simpatizantes.
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R
evista Torcida - Como estava o CT antes da entrada do Instituto Wilson Campos? Ricardo Malta - O CT se encontrava com um campo de treinamento, e mesmo assim, estava acabado. Existia, além de outras coisas, muito cupim e o gramado precisaria ser recuperado. RT - Qual a verba que o Instituto arrecada vindo do próprio Náutico? RM - O Conselho passa, em media, vinte e cinco mil reais por mês e o Executivo repassa valores quando jogadores são negociados. No ano passado recebemos cento e vinte mil reais l da venda de Wellington e, neste ano, com a venda de Gilmar foi repassada a quantia de trezentos mil reais. RT - Qual o valor das obras? RM - O orçamento dos campos contando desde a terraplanagem do terreno é em torno de trezentos e cinqüenta mil reais, quanto ao Centro de Apoio ao Atleta ficar em torno de setenta mil reais. RT - As campanhas criadas para ajuda do CT deram certo, quanto arrecadam? RM - Neste caso temos que separar a campanha da Celpe, que foi um fracasso total, quando arrecadamos menos de quinhentos reais por mês. Mas, de depósitos bancários, os números também são tímidos, não chega a mil quinhentos reais por mês. Quanto à campanha dos caminhões de areia teve alguma boa mobilização principalmente dos alvirrubros que trabalham na Chesf e do grupo Garra, liderado pelo médico Ivson Henriques. Aliás, este grupo já tinha contribuído com a doação de mil metros quadrados de pedras para o estacionamento. Recebemos cem mil reais de um conselheiro que não quis se identificar e cinqüenta e três mil reais do empresário e conselheiro Américo Pereira. RT - O que ainda falta fazer? RM - Este ano, vamos terminar com seis campos de futebol, sendo quatro profissionais, e de toda estrutura que foi feita, como caixa de água, estacionamento, arruamento e etc. No próximo ano teremos que começar, além do nosso hotel, mais revista
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dois campos profissionais e um auxiliar, obras de arruamento, terraplanagem, muros, proteção dos morros e outras ações. RT - Na parte social como é a integração da comunidade com o CT? RM - Existem hoje na escolinha em torno de quinhentos alunos (no começo do ano eram 280), desses alunos mais de cem são bolsistas: ou não pagam mensalidades ou as mensalidades são simbólicas. Também cedemos os nossos campos para às escolas publicas da região e ONGs, que trazem seus alunos para fazer a educação física, atividades extracurricular, lazer, esportes. Enfim, integração através do esporte. RT - Quais são as dimensões dos campos e o que já tem de estrutura? RM - As dimensões dos campos é 120m x 80m, e esses campos podem ser adaptados para qualquer tamanho. Teremos campos auxiliares com 60m x 40m. Hoje, temos uma estrutura razoável no CT, além de um alojamento para 44 atletas com cozinha industrial, ar-condicionado, sala de
administração, sala de fisioterapia, academia, dois vestiários, estacionamento para cinquenta atletas, espaço modesto para imprensa, caixa de areia com campo de futevôlei. Até o fim do ano estaremos inaugurando além dos quatro campos citados mais uma caixa de água de cinquenta mil litros (outra foi recuperada), mais um estacionamento para carros e ônibus, calçamentos, calçadas jardins, cercas vivas ao redor dos campos, poço tubular com vazão de oito mil litros por minuto e também o plantio de mais de mil mudas de arvores. Fora isto, devemos também inaug urar um Centro de Apoio aos Atletas, consultórios médico e odontológico. RT - Fale um pouco sobre o que pretendem fazer pelas divisões de base, além do futebol? RM - Como já falei, esses dois anos foram bons do ponto de vista de estruturação física do CT. Agora, devemos focar as divisões de base com mais profissionalismo, ou seja, contratar um diretor para esta divisão e a partir daí reforçar nossa comissão técnica e médica e dar mais condições aos nossos futuros atletas na parte física e psicóloga e moral.
Acredito que o Centro de Apoio ao Atleta já vai ajudar neste sentido. RT - Essa estrutura que tem hoje é do profissional ou das divisões de base? RM - A estrutura que temos hoje é usada pelo profissional e pelos juniores, mas a partir de dezembro podemos abrigar todas as categorias além das escolinhas. RT - E o projeto enviado para o Ministério dos Esportes? RM - O nosso hotel já esta no Ministério dos Esportes. Está dependendo de questões burocráticas que estamos resolvendo, acredito que no ano que vem este projeto sai do papel. RT - Quanto falta em verba para que o CT termine? E o que irão entregar ainda este ano? RM - Acredito que com mais três milhões de reais terminaremos o CT profissional e o de divisões de base. Depois temos intenção de fazer daquele espaço um clube de campo para os nossos associados. Gostaria de salientar também que todos esses campos que estamos fazendo são com o que há de melhor em temos de tecnologia de irrigação, drenagem e grama que existe no Brasil. RT - Depois que o Instituto assumiu o CT quais foram os benefícios? RM - Não sei ao certo quantos títulos foram, mas com certeza foram mais de dois se a gente contar os juniores e infantis. O Instituto serve como apoio para o desenvolvimento do CT. Nos dois últimos anos, a estrutura cresceu. A partir de dezembro poderemos fazer um trabalho de base com mais profissionalismo, o que a gente não podia fazer antes devido a falta de estrutura. RT - E depois da eleição no clube, como ficará o comando do CT? RM - O próximo presidente deve escolher um novo diretor do CT e Superintendente do Instituto Wilson Campos, que na pratica é uma pessoa só acumulando as funções. E este nome tem que ser aprovado pelo Conselho. revista
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por Iana Gouveia, jornalista (Rádio Folha)
Invasão feminina As mulheres estão invadindo os estádios de futebol. Isso é uma realidade. Loucas, desnorteadas, descabeladas, vão de ônibus, taxi, a pé, pegam o carro do pai, do namorado, e lá estão elas, nas arquibancadas, cadeiras, na geral. Não, não é pra mim. Decididamente não deixaria minha casinha segura para me arriscar em campo. As torcedoras, no entanto, estão lá, gritando gol, xingando o juiz, esculhambando o narrador, chorando pelos jogadores. Não, não, não. Antigamente (sim, digo antigamente, porque não sou mais tão jovem, apesar da bela aparência...kkkkk), via minha tia com o radinho de pilha no ouvido, escutando os jogos do Santa Cruz (alguns dirão que, naquele tempo, valia a pena). Ela não perdia um jogo, sequer. E eu me perguntava: “que graça tem isso?” E ela continuava com o radinho no último volume, torcendo pelo Santinha (que Deus a tenha – minha tia). Até hoje não consigo revista
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As mulheres estão invandindo os estádios de futebol. Mas, decididamente, não deixaria minha casinha segura para me arriscar em campo. Até hoje não consigo entender esse fanatismo pelo futebol entender esse fanatismo. Fui a estádio de futebol três vezes na vida: uma para acompanhar as namoradas dos repórteres (eu era uma delas) e fiquei pra lá de arretada quando o time (que nem lembro) fez o gol. Eu estava distraída e perdi o lance. Puts, cadê o replay??? Ah, deixa pra lá. A segunda vez foi na folga desse meu namorado. A gente passou 15 minutos dentro do estádio e foi embora. Achei tudo muito barulhento, um calor
danado e o torcedor, um louco. A terceira vez talvez tenha sido a mais divertida: foi no Maracanã. Tinha ido ao Rio de Janeiro fazer a cobertura da visita do Papa João Paulo II e a gente passou no Maraca para ver como estavam os preparativos para um evento que ia ter lá. Aí eu esnobei. Pisei naquele gramado fofinho, tirei fotos, acenei, enfim, eu fui A TORCEDORA. De quem, não me perguntem (talvez já prevendo o título do Flamengo, este ano). Fiz tudo isso pra tirar onda da cara do então namorado, que ainda não tinha ido por lá. Bom, minha experiência com campos de futebol foram essas. Hoje em dia, morando perto de um estádio, ouço apenas os gritos, xingamentos, fogos de artifício vindos das bandas de lá, em dias de jogos. Como o time foi rebaixado, no último jogo não ouvi nada, graças a Deus. Daí, eu pergunto: mulher em estádio de futebol? Se você é dessas, parabéns pela coragem e iniciativa. Pra mim, a bola não rola, não. revista
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forte”
HILDO NETO
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evista Torcida - Recentemente, você renovou sua permanência no Minas Tênis Clube até dezembro de 2010. O que te motivou a permanecer em Belo Horizonte por mais um ano? Joanna Maranhão - Eu me apaixonei pela estrutura do Minas, pela cidade, pelo grupo. Também tive uma empatia muito grande com o Vanzella (técnico), gosto da forma que ele trabalha, da forma com que ele lida com os atletas. Somos uma equipe que está crescendo e isso me motiva demais. Acordo todos os dias com vontade de
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ir para o treino, dar meu melhor e apoiar meus companheiros de equipe. Isso tudo me deu a certeza de continuar com o Minas em 2010. RT - Seus resultados na etapa da Copa do Mundo de Moscou impressionaram o País. A que você atribui este desempenho? JM - Eu venho treinando forte há alguns anos, mesmo os resultados terem estado meio ‘estancados’, eu continuava treinando e sabia que mais cedo ou mais tarde eu ia colher os frutos disso, chegou o momento. Atribuo os resultados a um monte de coisa, o Nikita (técnico que acompanhou a carreira de Joanna no Recife), o Minas, minha motivação,
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“SOU MAIS
De bem com a vida e num excelente momento na carreira, a nadadora pernambucana Joanna Maranhão, 22 anos, concedeu entrevista para a Revista TORCIDA. Amadurecida, a atleta comenta sobre sua ida para Belo Horizonte, os objetivos para os Jogos Olímpicos de Londres-2012, a lição que tirou da polêmica envolvendo o abuso sexual e muitos outros assuntos
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minha família. Acho que tudo isso tem mais importância do que eu fiz na água, sem eles nada seria possível. RT - Você disse em entrevista que está colocando desafios em sua carreira. Quais são seus planos para 2010? JM - Comecei a trabalhar com metas bem audaciosas, afinal, o que tenho a perder? Nada! Portanto, tenho meus objetivos arquivados e a cada competição mando para o Vanza e a gente discute o que é possível e o que pode ser feito. Meus planos para 2010 são de continuar treinando forte e competindo melhor ainda, é tudo que posso dizer. RT - É possível sonhar com uma medalha em olímpica em Londres-2012? JM – Por que não? Estou numa crescente e tudo é possível, mas o caminho é árduo, ainda tenho muito para melhorar, graças a Deus! RT - Quais serão as maiores dificuldades para subir ao pódio na Inglaterra? JM - Não penso nas dificuldades, penso no que posso fazer para conquistar um feito como esse. Se eu pensar nas dificuldades, vou dar crédito a elas. Prefiro pensar ‘olha só o quanto de coisa posso fazer pra melhorar minha performance’ e continuar correndo atrás. RT - Você acredita que chegará com um bom nível competitivo nas Olimpíadas de 2016? JM - A princípio pretendo terminar minha carreira em 2012, esses são meus planos desde 2008, mas quem sabe o dia de amanhã, né? Vou vivendo, se eu ainda aguentar contar azulejo pode ser (Riso). RT - Logo depois de Atenas-2004, você optou por treinar nos Estados Unidos e não obteve os resultados esperados. O que mudou nesta segunda saída do Estado? JM - Eu hoje estou mais velha, mais experiente, a mudança não é tão brusca quanto ir para outro país. Além do que, eu já conhecia muita gente do Minas e eles foram muito receptivos. Isso fez com que eu me sentisse em casa logo nas primeiras semanas. revista
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RT - Como está a sua relação com a CBDA? JM - Está melhorando, hoje eles me escutam mais, o diálogo está mais aberto e isso já é um caminho. É necessário ouvir mais os atletas, apoiar mais os técnicos. É por isso que lutamos sempre. RT - O esporte brasileiro tem sido abalado por escândalos de doping. O que você pensa a respeito disso? JM - Eu acho vergonhoso. Por que alguém faz uso dessas coisas? Que mérito a pessoa tem? Prefiro ser, sei lá, a melhor das piores sem tomar nada, do que a melhor o mundo fazendo uso de coisas como essa que podem diminuir meu tempo de vida no futuro. Eu não consigo entender, não entra na minha cabeça, isso é coisa de gente covarde. RT - Você é apaixonada pelo Sport. O que você achou do rebaixamento do Leão para a Série B? JM - Eu sinto muito mesmo. Mas cair é bom porque quando a gente retorna, volta mais forte! Eu sei que o Sport tem futebol, diretoria e torcida suficientes para dar a volta por cima. Ano que vem, eu vou estar mais apaixonada pelo meu clube do que nunca, não largo o Sport nem que ele vá para a Série Z! RT - Quase todos os atletas de ponta pernambucanos tiveram que deixar o Estado para conseguir alcançar resultados mais expressivos internacionalmente. Na sua opinião, o que Pernambuco precisa para manter os atletas de altorendimento treinando no Estado? JM - Sinceramente? É difícil treinar em Pernambuco por várias razões. Clima muito quente, falta de competitividade, falta de apoio são algumas delas. Eu fiquei até maio de 2009 sem receber um tostão, não tava dando para me manter, dai eu pensei: ‘eu vou ficar de mártire por quê?’ E resolvi ir embora, não é a toa que a maioria vai embora, tem que mudar a mentalidade das pessoas para o esporte amador. RT - Como era e como está a sua relação com Nikita?
JM - Continua a mesma, pena que não nos vemos com tanta freqüência. Eu sempre converso com ele, nos falamos muito pelo MSN. Nikita para mim é o cara. Se não fosse por ele, eu nem estaria mais nadando. Ele cuidou de mim desde 1999. Tenho um carinho e respeito por ele que nem sei como descrever e tenho certeza absoluta que ele está vibrando com as minhas conquistas, mesmo que a gente não esteja mais trabalhando junto. Tive muita sorte de ter um técnico como ele na minha carreira. RT - Como está a sua vida fora das piscinas? JM - Está ótima! Como minha mãe sempre disse: a cabeça rege o corpo e minha cabeça está ótima e com isso o resto flui. Estou continuando meu curso de educação física em Belo Horizonte à noite, é puxado, mas aos poucos eu chego lá. É importante não parar de estudar. Fiz vários amigos maravilhosos na cidade e estamos sempre juntos. RT - Que lição você tirou de toda aquela história
envolvendo o abuso sexual? JM - É difícil analisar essa situação toda, mas hoje eu vejo que absolutamente tudo valeu a pena. A justiça pode tardar, mas não falha de jeito nenhum. Eu hoje sou uma pessoa mais forte graças a tudo que passei e Deus ainda me deu a oportunidade de ajudar outras crianças e mulheres que passaram por isso. É uma benção. RT - Que recado você manda para a torcida pernambucana que te acompanha? JM - Só tenho mesmo a agradecer. Aqueles que torcem a favor eu mando um MUITO OBRIGADA, porque esses nunca desistiram de mim. Às vezes, eu era parada no meio da rua em Recife e as pessoas diziam ‘você não é a Joanna? Vamos lá, continua treinando que você consegue dar a volta por cima!’. Coisas assim, não tem preço, sabe? E para os que torceram contra, por favor, continuem! Isso me motiva muito mais (risos) Brincadeirinha gente... revista
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Academia Fix, no Espinheiro, promove exercícios simulando treinamento militar com seus alunos
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ma mistura entre exercícios, muito sol e vontade de testar os limites. Estes foram os componentes da segunda edição do Fix Camp. Realizado pela academia Fix, localizada no Clube dos Oficiais, no Espinheiro, o objetivo da iniciativa é simular um treinamento militar. “A nossa idéia quando criamos este evento foi trazer algo diferente para as nossas aulas, como no primeiro tivemos muito sucesso, resolvemos repetir a dose”, explica Daniel Albuquerque um dos sócios da academia. Para participar era necessário somente a doação de i kg de alimento não perecível que depois foi doado para as ações sociais da Igreja Batista da
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TESTANDO os limites
atividades. Para o representante comercial, Geraldo Júnior, 30 anos, são essas iniciativas que ajudam os alunos terem mais vontade de freqüentar uma academia. “Com certeza é um grande diferencial, além de estarmos trabalhando a saúde, estamos também ajudando as pessoas que precisam”, ressaltou Geraldo que levou para o Fix Camp sua mãe, 53 anos e sua irmã, 25 anos. ”Isso é uma terapia que não tem idade”, finalizou. “Vim na primeira vez e foi muito bom, Além do exercício físico, é uma atividade bem divertida”, completou Hélida Suzana que entre idas e vindas já pratica.
Candelária, em evento Candeias. O teve mais de 100 inscritos. A competição começou as 9h de um sábado de muito sol e contou com provas que mesclaram resistência, força e agilidade. As equipes foram divididas por cores e começaram a competição com alongamento e uma caminhada superior a 1 km. Depois as várias equipes ficaram se revezando nas estações (jump, abdominal, bike, rastejamento, Max Circuito, ginástica e corrida) todas acompanhadas pelos instrutores da academia. Os alunos e convidados ainda poderam usufruir de uma grande mesa de frutas para repor as energias durante as
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FORMANDO
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Centro Hípico Zona Sul, em Candeias, completa 20 anos de atividade, com uma nova geração de campeões no esporte pernambucano
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Centro Hípico Zona Sul chega aos 20 anos, mas nestas últimas temporadas adotou uma filosofia de profissionalização. E os números podem mostrar bem isso: saiu de 11 cavalos nos estábulos do local para 32 animais e acaba de formar uma nova geração de jovens cavaleiros e amazonas para o desporto nacional. A mudança radical foi iniciada por Carlos Avelar, que assumiu o Centro Hípico com a proposta de mudar o conceito. “Tinha que pensar na profissionalização, começar a pensar em conquistar novos clientes. Evidente que vamos ainda melhorar o Centro, mas os números já mostram que estamos no caminho certo”, comentou Carlos Avelar, que comanda uma área de dois hectares. Dois professores são os homens de confiança do diretor: André Felipe e Antônio Santana são os responsáveis pelo crescimento técnico dos cavaleiros e amazonas. “O crescimento foi importante para o esporte pernambucano, que contava apenas com o Caxangá. Hoje, temos um local e estamos com uma geração forte, com títulos locais e nacionais”, comentou Santana. revista
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Os talentos são fáceis de apontar, baseado no ranking estadual, nordestino e nacional. Juliana Avelar salta na categoria 70cm, sendo vencedora da etapa de Natal e Salvador, além de conquistar o título Pernambucano e do Circuito Regional. Outro talento é Carlos Alberto Oliveira Neto, que em menos de um ano já conquistou dois vice em etapas regionais (Recife e Maceió) e se prepara para saltar na categoria 1m. Na prova de aniversário do Centro Hípico, ele disputou a prova de 1m e chegou em segundo lugar. “É o tipo de garoto que estamos precisando aqui. Em pouco tempo, conseguiu entrar na disputa com gente mais experiente e estamos vendo uma evolução enorme dele”, disse o professor André Felipe. Outro jovem talento na 70cm é Caio Martiniano. Na categoria 80cm, destaques para Matheus Guedes, Isabela Pereira e João Victor Pozer, e na categoria 90cm, destaques para Maria Vitória Miranda e Paulo Miranda. A proposta do Centro Hípico Zona Sul é aumentar ainda mais o número de alunos na escolinha. “Hoje, temos 22 alunos, mas ainda vamos crescer esse número.”, disse Carlos Avelar.
A garotada do Centro Hípico de Candeias já conquista títulos nos rankings estadual e regional
Carlos Alberto Neto é um dos destaques e já prepara novos saltos
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A FAVOR
do esporte revista
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Cada vez mais procurada por atletas, a acupuntura se transforma numa técnica alternativa para tratamento e prevenção de lesões
A
cura de dores através de agulhas pode parecer paradoxal, mas esta técnica tem se popularizado no âmbito desportivo. Vários atletas profissionais e até mesmo aqueles de finais de semana recorrem à acupuntura como forma de prevenir e tratar lesões. Um dos maiores jogadores do futebol mundial, Ronaldo, voltou aos gramados este ano, após quatro cirurgias no joelho, com o auxílio das agulhas. Técnica terapêutica milenar de origem chinesa, acupuntura é utilizada no tratamento de dores em geral, especialmente do aparelho músculo-esquelético, gastrite, stress, distúrbios hormonais, insônia, asma, distúrbios menstruais, paralisia facial, sinusite, entre outras. Quem faz sessões de acupuntura garante que não dói e se sente muito bem durante e após o tratamento. Algumas pessoas chegam até a dormir enquanto as agulhas estão agindo. Única pernambucana campeã da Maratona Internacional do Rio de Janeiro, Edvânia Maria Valério, está se submetendo a técnica para voltar correr. Ela se recupera de uma tendinite no Tendão de Aquiles do pé direito. “Chegaram a me indicar cirurgia, mas creio que não vou precisar”, diz. Necessitando competir o mais rápido possível, pois depende das premiações das corridas para sobreviver, a maratonista confia no poder das agulhas. “Quero começar a treinar em fevereiro, para voltar a correr em abril”, afirma a atleta. Campeão Sulamericano Master de Judô, em setembro deste ano, Sérgio Nagai, recorreu à acupuntura para se recuperar de dores lombares. “Eu não podia nem me levantar direito. Tinha que ser devagar, se não doía muito”, lembra. Com pouco mais de um mês de tratamento, o judoca disputou o Pan-Americano, nos Estados Unidos, e ficou com a segunda colocação. “Eu sou meio receoso com
este negócio de agulha. Na primeira sensação, veio a dúvida: será que vai doer? Mas durante a sessão, você não sente dor nenhuma”. Os dois atletas são tratados pelo presidente da Associação dos Fisioterapeutas Acupunturistas do Brasil (AFA Brasil), Arlindo Rossi, que atende no Parnamirim, no Recife. Ele já cuidou de vários jogadores de futebol, como Geraldo, ex-Náutico e Sport, e Fernando Fumagalli, atualmente no Vasco e ídolo da torcida rubro-negra. “Todos nos procuraram a nível curativo, com grandes resultados, pois os atletas têm um grande poder de recuperação”, comenta o fisioterapeuta, especialista em acupuntura e com formação em osteopatia. Rossi recomenda a acupuntura para todas as modalidades, não só para curar lesões, mas para preveni-las. “É um tratamento natural que não envolve substância química e não agride o organismo”. Além da tradicional agulha, também existem outros métodos alternativos como ventosas, massagens, e até o calor proveniente da queima da moxa, preparada à partir da erva artemísia (moxabustão). “A acupuntura não trata a doença, mas cuida do individuo globalmente”, completa a acupunturista Bruna Medeiros. As agulhas, feitas de aço inoxidável, são descartáveis. O valor das sessões varia de acordo com o tratamento, em média, R$ 100,00.
SERVIÇO
Acupuntura - Consiste na execução de técnicas e métodos de estimulação, bem como de sedação de pontos energéticos predeterminados do organismo humano, mediante inserção de agulhas apropriadas e uso de instrumentos e processos adequados, com a finalidade de promoção e recuperação das funções de órgãos e sistemas do paciente. revista
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por Kléber Medeiros
Puma revê valor de patrocínio para Bolt Fotos/divulgação
O jamaicano Usain Bolt, que nas Olimpíadas de Pequim 2008 conquistou medalhas de ouro e quebrou os recordes nos 100 metros rasos, nos 200 metros rasos e nos 4x100 metros rasos, passará a ser dono do maior salário da história do atletismo, a partir de janeiro de 2010. Se esses valores forem confirmados, Bolt deve atingir US$ 10 milhões na próxima temporada apenas com premiações, cotas de participação em corridas e contratos publicitários.
O clube dos galácticos Kaká e Cristiano Ronaldo vai lançar, ainda no primeiro trimestre de 2010, uma completa linha de lingerie, intitulada “Little Kiss” (pequeno beijo), cujo público-alvo será as torcedoras. Sutiãs, calçinhas, além de outros produtos da coleção, terão as cores e escudo do clube, além de estampas dos seus craques.
Inspirado no Cleveland Cavaliers, equipe da NBA, que desenvolveu perucas que imitam o cabelo do pivô brasileiro Anderson Varejão, e que fazem o maior sucesso entre seus torcedores, o Vasco da Gama decidiu lançar “trancinhas” iguais às usadas pelo Carlos Alberto.
Itaipava na Stock Car
Novotel patrocina Rally
A Copa Nextel Stock Car de 2010 tem um novo patrocinador. Além da Caixa Econômica Federal, General Motors e Ipiranga, a Itaipava é a grande novidade entre os cotistas da Rede Globo para as transmissões televisivas . A temporada de 2010 acontecerá no período de 28 de março a 5 de dezembro e primeira prova será em São Paulo.
A rede de hotéis Novotel é o mais novo patrocinador do Rally Dakar 2010, que será realizado de 01 a 17 de janeiro, na Argentina e Chile. Por meio de ações de marketing a rede divulgará seu novo empreendimento: o Novotel Buenos Aires. Em sua 2a.edição na América do Sul, terá uma audiência estimada em 2.2 bilhões de espectadores.
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A Marta Lima Comunicação, agência responsável pelo marketing do Sport, estará lançando a nova campanha de sócios em janeiro. E quem vai escolher o nome da campanha é o próprio torcedor do Sport, através de um hotsite que terá cinco nomes pré-definidos. Até o final de dezembro sai o resultado, com o nome mais votado. Endereço do hotsite: www.nosporteutenhovoz.com.br.
Foto/Photocamera
Real Madrid lança lingerie Vasco venderá “tranças”
Campanha de sócio do Sport Club do Recife
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George Braga apresentou projeto para transformar o Centro Santos Dumont em local para o pentatlo moderno, de olho nos Jogos de 2016
UMA ATITUDE
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Secretaria de Esportes apresenta candidatos ao prêmio do desporto e Santos Dumont vai virar Centro de Excelência
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ma promessa de outra grande festa da Secretaria de Esportes para a entrega do Prêmio Atitude Campeã para o dia 17, no Centro Esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem. Cinco atletas olímpicos e três paraolímpicos, indicados pelos presidentes de todas as federações vão disputar a premiação máxima, contando com votos da imprensa esportiva (júri técnico) e da votação popular, com a urna eletrônica que foi levada a mais de 30 municípios do Estado. Os atletas olímpicos que entram na disputam são a pentatleta Yane Marques, o triatleta Carlos Henrique, o representante do atletismo Jonathas Silva, a jogadora de handebol de areia Priscilla Annes e a nadadora Etiene Medeiros. Na ala dos atletas portadores de necessidades especiais foram escolhidos Jenifer Martins, José Soares e Sueli Guimarães, todos do atletismo. A premiação do Atitude Campeã não teve mudanças em relação à edição anterior. Em 2008, a goleira Bárbara Micheline ganhou as duas categorias. Jenifer Martins (voto popular) revista
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e o nadador Ivanildo Vasconcelos (técnico) também levaram a taça. “Estamos apostando em uma grande festa para encerrar o calendário esportivo do Estado. Inclusive, vamos contar com a presença do ministro dos Esportes, Orlando Silva. Estes atletas que estão concorrendo foram escolhidos pelos dirigentes e tiveram destaques, em suas modalidades, no esporte pernambucano”, comentou o secretário de Esportes do Governo do Estado, George Braga. O nome de Yane Marques como uma das candidatas também chega para ratificar o pentatlo moderno como o esporte que será escolhido pelo Estado para se tornar referência nacional. A proposta do Ministério dos Esportes é que 100 cidades tenham Centros de Excelências em diversas categorias e Pernambuco vai abrir o esporte que vem crescendo a cada ano, com medalhas importantes nas competições nacionais. “Vamos mudar a cara do Santos Dumont, transformando o local em um Centro de Excelência para o pentatlo moderno. Já investimos no local mais de um milhão de reais e realizamos
reformas em alguns locais, como piscina, grade do arremesso, mas vamos mudar a pista de atletismo e colocar para funcionar um alojamento”. E ninguém pense que “ao abraçar” o pentatlo, os outros esportes serão esquecidos. “Vamos
manter todos os projetos, a nossa bolsa. E ao modernizar o Santos Dumont, todos os esportes, como atletismo, natação, esgrima e tiro ao alvo também vão ganhar locais de alto nível”, finalizou George Braga.
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Troféu dos campeões O artista plástico Paulo Solaris adicionou uma nova página à sua já extensa lista de obras voltadas ao automobilismo de competição: são de sua autoria os troféus que a Confederação Brasileira de Automobilismo vai entregar aos vencedores dos brasileiros deste ano. Executado em metal polido e madeira fosca, a obra de Soláriz consegue associar elementos que destacam a leveza da velocidade com a pompa da vitória, resultado traduzido na figura estilizada daquilo que o autor chama de “Deusa da Vitória dando a bandeirada de chegada”. ele, essa imagem reflete a vivência no esporte que adotou quando foi assistir a primeira edição da prova mais clássica do automobilismo nacional: Segundo Cleyton Pinteiro, presidente da
Confederação Brasileira de Automobilismo, ao entregar uma obra de Paulo Soláriz aos campeões brasileiros de 2009, esse reconhecimento ganha uma dimensão mais ampla: “Além do valor intrínseco da conquista de um campeonato de nível nacional, esse troféu representa também a capacidade criativa e o espírito de luta, valores identificados na obra”.
CRAQUES CORPORATIVOS
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úcio Surumbi domina a bola no campo de ataque e solta uma bomba no ângulo direito do goleiro adversário para alegria dos seus companheiros de equipe. Este golaço podia ser um lance da época em que o comentarista jogava pelos gramados do País como zagueiro, mas ocorreu no Campeonato de Funcionários da Rede Globo Nordeste. O clima é o mesmo de uma equipe profissional, as cobranças, esquemas táticos e até as jogadas, dignas do “Bola Cheia” ou “Bola Murcha”. No segundo semestre, ou até mesmo durante o ano inteiro, é normal que as empresas realizem torneios entre os colaboradores. Como forma de integração, diversão e prazer, as organizações procuram proporcionar este tipo de evento para os profissionais. Torneios de futsal, vôlei e até de kart estão entre as competições realizadas. O esporte se apresenta como um fenômeno sociocultural que pode vir a colaborar para a manutenção da saúde e integração social entre funcionários, proporcionando-lhes bem-estar e aumentando o seu vínculo com a empresa.
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“A prática esportiva, além de aproximar os funcionários, libera a tensão e a pressão do trabalho”, comenta Surubim, que garante não ter vantagem pelo fato de ter sido jogador rofissional. “Aqui tem muito talento e os caras correm mais do que eu”. Estudos comprovam os efeitos positivos da participação dos funcionários em programas de atividades físicas. Já foi por diversas vezes demonstrado que existe progresso na disposição para o trabalho, aumento da autoestima e melhoria no relacionamento com os colegas. O diretor comercial da Rede Globo Nordeste, Iuri Leite, acredita que toda empresa tem que se preocupar com a qualidade de vida dos funcionários. “Estes campeonatos criam um espaço de relacionamento e facilitam as relações do diaa-dia”. O torneio da Globo não divide os times por departamento. Os jogadores são distribuídos de forma que as equipes fiquem equilibradas. “Ninguém critica o futebol do outro. Não existe discriminação de quem é melhor ou pior”, completa Leite. revista
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por Humberto AraĂşjo
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