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o u t u b r o /2010
- R$ 5,90
Depois de 15 anos, o América está de volta à elite do Estadual Documentário mostra momentos da vida e da carreira de Ayrton Senna
Um craque problema?
Até que ponto as confusões de Neymar fora dos gramados podem atrapalhar o rendimento dentro de campo?
por Beto Lago
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os últimos anos, o atacante Neymar virou notícia em todo o Mundo. Primeiro, pela sua habilidade com a bola nos pés. Muitos queriam comparar o garoto como o novo Pelé do Santos. Depois, as diversas confusões armadas dentro e fora dos gramados, que veio tendo seu ápice com a demissão do técnico Dorival Júnior, do Peixe. A Revista Torcida questiona até que ponto o habilidoso garoto poderá vir a ser um problema para o futebol brasileiro? Nesta reportagem especial, conversamos com jornalistas locais, apresentamos as trapalhadas provocadas pelo jogador e vamos abrir a discussão: Neymar é vilão ou mocinho nesta história toda? Em outra matéria interessante desta edição apresentamos um pouco da história do América, um dos mais tradicionais clubes do futebol pernambucano e que, em 2011, volta à elite do Estadual depois de 15 anos. E os dirigentes sonham bem alto: um estádio para o clube e a vaga para o Brasileiro da Série D. Os 40 anos do Ginásio Geraldão, um dos principais palcos do esporte pernambucano; o futins, novo esporte que tem apenas atletas do nosso Estado na Seleção Brasileira; e as lembranças do piloto Ayrton Senna da Silva, que virou documentário, contando a trajetória deste grande ídolo do automobilismo mundial. As colunas de Kléber Medeiros com o marketing esportivo; as loucuras de Mário Júnior; os números sempre precisos de Adethson Leite; e a opinião de Léo Medrado, sem falar em dois artigos interessantes: a visão esportiva da mulher e as recordações de um ídolo, contada pelo amigo Iuri Leite. Aproveitem e curtam mais uma edição da nossa Revista Torcida. revista
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Craque problema
Editorial........................................................................ 4 Expediente e Opinião do Torcedor.................................... 6 Você na Torcida............................................................. 7 Giro da Torcida.........................................................8 e 9 Bom Moço ou Rebelde?........................................10 a 17 A Volta do América.............................................. 18 a 21
Quarentão do Esporte...........................................22 e 23 Maluco da Torcida...................................................... 24 Blog dos Números...................................................... 26 Bornze no Futins .................................................28 a 30 Mulher na Torcida .......................................................32 Garota da Torcida ................................................34 a 37 Uma Nova Mania ................................................38 e 39 Resistência em Teste........................................... 40 a 41 Simply The Best ................................................. 42 e 47 Um Jornal de Sucesso . ...................................... 48 e 49 Marketing Esportivo.............................................. 50 e 51 O Jogo Que Eu Vi................................................ 52 a 53 Tá Na Rede............................................................... 54
www.revistatorcida.com.br
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O craque mais polêmico do futebol nacional ganha a capa da Revista Torcida desse mês. A foto, de Douglas Aby Saber da Fotoarena/Folhapress, expressa de forma viva a dualidade desse jogador. Por Daniel Orange.
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Depois de 15 anos, o América está de volta à elite do Estadual Documentário mostra momentos da vida e da carreira de Ayrton Senna
UM CRAQUE problema?
Até que ponto as confusões de Neymar fora dos gramados podem atrapalhar o rendimento dentro de campo?
Concepção gráfica de Bruno Falcone
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Diretor de Redação
Beto Lago betolago10@uol.com.br (81) 9666.7596 Arte/Design
Daniel de Orange danieldeorange@gmail.com (81) 9708.6752 Projeto Gráfico Original
Bruno Falcone Stamford bfalconestamford@gmail.com (81) 9922.0982 Diretor Executivo e Marketing
Kléber Medeiros kleber@km2producoes.com.br (81) 9259.0850 / 9708.6744 Tratamento de Imagens
Carlos Andrade Estagiário
Flávio Júnior Colaboradores: Adethson Leite, Armando Artonni, Léo Medrado, Iuri Leite, Mário Júnior e Maura Barros Impressão:
MXM Gráfica e Editora Fone: (81)2138.0800 Endereço para correspondência:
Grupo Torcida Av. João de Barros, 1527, 2º andar, Espinheiro, Recife, Pernambuco CEP 52.021-180 Fone/Fax: (81) 3031.8111 Tiragem 10 (dez) mil exemplares
Jogos de Londres
Lendo a matéria sobre os Jogos Olímpicos de Londres (O Melhor de Todos), em 2012, me pergunto: o Brasil realmente tem condições de organizar um evento desse porte? Dayse Moura (Aflitos, Recife)
As Donas da Bola
Gostaria de dar os parabéns ao clube Acadêmica Vitória pelo excelente trabalho realizado com o futebol feminino (As Donas da Bola). Os clubes da capital – Sport, Santa Cruz e Náutico – deveriam se espelhar no exemplo do time de Vitória de Santo Antão, que, mesmo com muitas limitações, mostra que para se realizar um grande trabalho, precisa ter, acima de tudo, raça e força de vontade. Flávia Sales (Afogados, Recife)
Garota da Torcida
Se eu nunca havia pensado em deixar de lado o meu Santinha, mesmo com os resultados – ou a falta de – nos últimos anos, agora, depois de ver as fotos de Nathália Viegas, é que não abandono mesmo. E que os torcedores tricolores atentem bem ao recado dela: “Continuem apoiando nosso time. Vamos sair dessa situação e voltar à Primeira Divisão, que é o lugar do Santa Cruz”. É isso aí, Nathália!. Róbson Andrade (Arruda, Recife)
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Deusa tricolor
Meu Deus do céu! Onde vocês foram achar uma mulher tão linda como essa Nathália. Pena que foram tão poucas as fotos. Que tal repetir a dose, numa próxima edição? Tri! Tricolor! Tri-Tri-Tri-TriTricolor! Jailson Silva (Boa Viagem, Recife)
Velocidade
Parabéns à Revista Torcida pelo espaço dado à outros esportes e eventos que não têm tanta divulgação, como o Campeonato Pernambucano de Arrancada (Arrancada com Segurança). A matéria ficou excelente, as fotos ótimas. Que vocês sempre abram espaço para os esportes menos badalados. Mauro Castro (Caruaru, PE)
Exemplo
O vôlei brasileiro vem, através dos anos, mostrando como se deve gerir uma modalidade esportiva. Se o nosso futebol seguisse esse exemplo, com o material humano que temos à disposição, seríamos praticamente imbatíveis., porém, do jeito que está, deixaremos, em breve, de ser o “País do Futebol” para ser o “País do Voleibol”. Ana Beatriz Dantas (Espinheiro, Recife) AOS LEITORES
Para mandar sua opinião, sugestões ou críticas envie e-mail para: contato@revistatorcida.com.br
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Mande sua foto lendo a Revista para contato@revistatorcida. com.br, que vamos publicar nas próximas edições
Samantha Nicoleli: paixão pelo Santa Cruz supera os problemas
fotos: divulgação
O presidente do Náutico, Berillo Jr (E), não perde uma edição
Cláudio Barros Leal Filho: Com a bola e amor pelo Leão
João Henrique Paes Barreto: craque, com a camisa amarelinha
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Walter Lins Neto é um apaixonado pelas cores alvirrubras
Carlos Alberto em novo mandato
Carlos Alberto Oliveira foi reeleito para a presidência da Federação Pernambucana de Futebol para um mandato que vai até 2015. Por sugestão do Náutico, o mandatário do futebol estadual seguirá mais cinco anos, um a mais do que estava previsto anteriormente.
Briga de torcidas
Não adianta pensar em estádios modernos e estrutura de Primeiro Mundo para receber os torcedores na Copa do Mundo se não existe uma campanha forte para impedir a violência, que praticamente parte das torcidas organizadas. No clássico paraibano entre Botafogo e Campinense, no Almeidão,
Tevez diz que odeia jogar futebol
Para quem é um dos jogadores mais caros do futebol mundial, a frase do argentino Carlito Tevez dizendo que está cansado da rotina de jogador, que odeia o futebol, revista
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Tudo para que Carlos Alberto Oliveira esteja no comando da FPF durante o ano do centenário da entidade. Os vices-presidentes são Evandro Barros de Carvalho, Pedro de Paula Barreto e Pedro Lacerda, tendo ainda Murilo Falcão como diretor de futebol e João Caixero como secretário-geral da FPF.
membros das torcidas Jovem e Independente travaram uma batalha na arquibancada durante o jogo, dentro do estádio. Na saída, novas brigas e um tiro acertou um torcedor, que acabou falecendo. Vale lembrar que mês passado, em Campina Grande, outro torcedor foi assassinado a facadas, na saída do Amigão, em novo confronto de torcidas.
segundo o jornal inglês News of The World, causou rebuliço no mundo esportivo. Tevez, do Manchester City, quer parar de jogar ao fim da temporada europeia. Vamos ver se isso não apenas da boca pra fora.
Beto Monteiro brilha na Truck
Campeão brasileiro da Fórmula Truck em 2004, o pernambucano Beto Monteiro marcou um feito histórico no automobilismo brasileiro. Na oitava etapa do Nacional, ele conquistou a pole e venceu a prova com seu caminhão da Iveco, que
Invasão gringa
Quais são os três melhores jogadores do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão? São três estrangeiros, por ironia. Segundo os principais sites esportivos, na ordem são os argentinos Montillo, meia do Cruzeiro; Conca (foto), meia do Fluminense; e D´Alessandro, também meia do Internacional. E olhe que o chileno Valdívia, atacante do Palmeiras, chegou durante a Série A, o uruguaio Louco Abreu, atacante do Botafogo/RJ; e o sérvio Petkovic, meia do Flamengo, também querem entrar nesta seleta lista. Cadê nossos craques???
foto: divulgação
O Brasil domina o vôlei, em todas as categorias. No início de outubro, a Seleção Brasileira bateu Cuba, por três sets a 0, com parciais de 25/22, 25/14 e 25/22, em 1h14 de duelo, na cidade de Roma, conquistando o tricampeonato (2002,06 e 10). E se o time do técnico Bernardinho sofreu críticas, após a derrota para a Bulgária, dentro de quadra, mostrou que tem uma equipe praticamente imbatível nas decisões. O ponteiro Murilo, casado com a pernambucana Jacqueline, da Seleção Brasileira Feminina, foi eleito o MVP (o jogador mais valioso da competição), repetindo o feito na campanha vitoriosa da Liga. Outro destaque foi Leandro Vissoto: campeão em todas as categorias (infanto, juvenil e adulto).
Na decisão do terceiro lugar, a Sérvia bateu a Itália por 3 x 1 e ficou com o bronze. E no dia 29 deste mês, tem início o Mundial Feminino, no Japão. A Seleção Brasileira viaja como uma das favoritas para tentar este título inédito na história do vôlei feminino.
venceu pela primeira vez uma corrida. E dois feitos na história de Beto Monteiro: o primeiro piloto a conquistar a pole e vencer uma prova na Truck com três caminhões de diferentes montadoras: Ford, Scania e Iveco. Foi com um Ford que ele foi campeão da categoria.
foto: Wallace Teixeira/Photocamera
foto: divulgação
A melhor seleção do Mundo
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Ricardo Nogueira/Folhapress
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moço rebelde? Uma das maiores revelaçþes do futebol brasileiro, o atacante Neymar vive arrumando problemas fora dos gramados
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no Santos. Mas, foi no dia 7 de março de 2009, contra o Oeste de Itápolis, pelo Paulistão, que fez sua primeira partida como jogador profissional. E, na semana seguinte, diante do Mogi Mirim, o primeiro gol. Coincidentemente, no mesmo jogo o amigo Paulo Henrique Ganso também marcou. Neymar foi eleito o atleta-revelação do campeonato, mas o fraco Brasileiro tirou um pouco o brilho inicial. A chegada de Dorival Júnior mudou a vida do garoto. Ao lado de Ganso, André e do ídolo Robinho, Neymar conquistou o Paulista, com um feito impressionante: cinco gols em cinco clássicos. No semestre, o título da Copa do Brasil, com shows espetaculares em várias partidas. E veio a Seleção Brasileira. Se Dunga não levou o garoto para a Copa do Mundo da África do Sul, coube a Mano Menezes ao honra da primeira convocação. Neymar tem experiência com a camisa amarelinha. Ele já defendeu as Seleções Brasileiras Sub-16 e Sub-17. Participou do Campeonato Mundial Sub-17 de 2009, onde o Brasil foi eliminado logo na primeira fase da competição. Já na Seleção de Mano, foi convocado pela primeira vez no dia 26 de julho, para um amistoso contra os Estados Unidos, em Nova Jérsey, onde marcou um gol. Tudo isso foi fruto de um trabalho iniciado por Dorival Júnior. Que soube levantar a moral em momentos complicados ou aliviar a vida do garoto nas diversas “travessuras”. Mas, a última brincadeira acabou sendo fatal para Dorival, ocasionando a saída do técnico e uma crise dentro do clube santista. “Ao logo dos meus sete anos de carreira como técnico, nunca tive problema nenhum de indisciplina. Mas com o Neymar, estão acontecendo alguns fatos. O Neymar já cometeu alguns erros, e cada um deles
Ricardo Nogueira/Folhapress
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eymar é considerado uma das maiores revelações do futebol brasileiro. Do ano passado pra cá, o jovem atacante do Santos saiu do anonimato. De um talento que começava a despontar, Neymar se transformou em referência no cenário internacional. Chegou a ser cogitado a sua venda para o Chelsea, da Inglaterra. Uma negociação que chegava aos R$ 100 milhões, a maior do futebol brasileiro. Ele preferiu ficar. O Santos reuniu a imprensa e fez o anúncio que sacudiu o mundo esportivo: um jogador preferiu ficar no Brasil. Porém, os últimos acontecimentos envolvendo o jogador, abriu vários questionamentos: Neymar é vilão ou vítima? Ele vem sendo perseguido ou persegue seus adversários? O caso envolvendo o jogador com seu maior defensor dentro do Santos, o ex-técnico do clube, Dorival Júnior, serviu de motivação para esta discussão. Após o jogo contra o Atlético/GO, o técnico do time goiano, Renê Simões, foi bem enfático na sua análise sobre Neymar. “Com toda a experiência que eu tenho, com todos esses anos de futebol, eu nunca vi alguma coisa ou alguém tão mal-educado como esse Neymar. Em nome da arte, em nome do futebol, estão criando um monstro. Um monstro de Seleção Brasileira. Ele ainda não é um homem. Ele é muito mal-educado. O que ele fez em campo é inadimissível”. A confusão armada acabou provocando a saída de Dorival Júnior do Santos. Nos primeiros jogos, a torcida santista até que tentou ensaiar vaias pra cima do garoto. No clássico contra o Corinthians, chegou a se ouvir vaias. E mesmo com a derrota, Neymar fez um bom jogo. Contra o Cruzeiro, as pazes com a torcida, com uma bela exibição e um golaço. Neymar tem toda sua história futebolística
A juventude de Neymar e as companhias podem ter atrapalhado o rendimento dentro de campo
tem que ser corrigido rapidamente. Ele precisa de um amadurecimento rápido, caso contrário será ruim para todos nós. O caminho para ele atingir tudo o que outros jogadores conseguiram pode se tornar mais complicado sem a postura que nós esperamos”, comentou Dorival Júnior. Ninguém da diretoria do Santos confirma, mas o jogador foi multado em R$ 54 mil, sem confirmar o real salário do jogador. A família também foi chamada para tentar ajudar o atacante, que por sinal controla o dinheiro ganho no clube e dos patrocinadores.
Mas, será que Neymar aprendeu a lição ou vai continuar aprontando das suas nos gramados? OPINIÕES - O caso envolvendo o técnico Dorival Júnior não foi o primeiro e, muito provavelmente, não será o último de Neymar. Mas, o que será preciso fazer para Neymar conter este estilo bad boy, garoto problema no futebol brasileiro? Para os cronistas pernambucanos, a diretoria do Santos precisa agir rápido para evitar que o estilo de vida do jogador venha a interferir no revista
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Caio Guatelli/Folhapress
desempenho nos gramados. “Neymar está longe de ser um “bad boy”. É um garoto que cresceu economicamente, se tornou celebridade e mimado demais, muito cedo. Um garoto que não tem referências positivas, e que precisa de um educador. Mas, que acabou perdendo esse responsável, com a atitude negativa da diretoria do Santos”, afirmou o comentarista da Rádio Transamérica, Cabral Neto. Já para o colunista do Diario de Pernambuco, Stênio José, o trabalho de base precisa ser modificado. “Felizmente existem pessoas no futebol como o técnico Renê Simões. É claro que o puxão de orelhas que ele aplicou no atacante santista não vai revista
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salvar todos os garotos bons de bola (e outros nem tanto) de terem a “cabeça virada” pelo dinheiro ou pela fama. Mas foi um alerta importante, que deve levar alguns dirigentes e mesmo treinadores a repensarem a formação pela base”. Detalhe também lembrado por Cabral Neto. Essa atitude tem reflexo direto nesse garoto que ainda está formando sua personalidade. Quais os valores que ele aprende com isso? Quais os limites que ensinaram a ele? Qual o caminho que mostraram a esse talentosíssimo atleta, mas ainda adolescente? A repercussão dentro do próprio elenco santista pode ser mais uma barreira que esse jovem terá que superar”,
Na Seleção Brasileira, Neymar foi para um jogo e foi “esquecido” por Mano Menezes nos dois outros
completou. Comentarista esportivo da SporTV, o jornalista Álvaro Filho é da opinião um pouco diferente dos companheiros. Para ele, foi criado uma polêmica muito grande em cima dos acontecimentos envolvendo Neymar. “Neymar não é o primeiro, nem será o último bad boy do futebol brasileiro e mundial. Ponto final. As pisadas de bola são tão reprováveis quanto são elogiáveis os dribles deles, mas é preciso lembrar que se trata de um garoto de 18 anos, um adolescente na verdade, e quem nunca na adolescência não se rebelou contra a autoridade, inclusive paterna?”, disse Álvaro.
“A saída é a mesma, se arrepender, pedir desculpas e tentar melhorar. Melhor seria que fosse diferente, mas enquanto não for, quem o contratar sabe que estará levando o pacote completo”, completou. E o que aconteceu com Dorival Júnior poderá mudar dentro do Santos? Será que o novo treinador vai ter condições para “peitar” o jovem talento? “A demissão de Dorival Jr. soa como um aviso claro a quem quer que venha assumir o comando técnico da equipe: ´O Santos tem dono!´. Quanto a Dorival, pode escrever, saiu do Santos muito maior do que chegou!”, finalizou Cabral Neto. Alguns comentaristas do Sudeste do País, bem mais próximos do que aconteceu,
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Desde garoto que o jovem talento já aparecia nas listas das convocações das Seleções de Base
reprovaram as atitudes de Neymar. Lédio Carmona, um dos mais conceituados comentaristas da SporTV, foi duro nas suas palavras. “Neymar acha que ser craque lhe garante salvo-conduto para qualquer besteira que pense em fazer. Ter talento e ser um projeto (ainda não finalizado) de craque não permite que entenda que o campo é só dele. Ele deve pensar assim, no ritmo do Twitter que, por revista
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sinal, ele usa tão mal: ´Quem joga aqui sou eu. Me sigam, é melhor para vocês´”. Algumas definições sobre Neymar tive oportunidade de ler e ouvir nos últimos dias, mas foi do repórter Rob Hughes, do jornal The New York Times, que veio uma bela definição sobre o futuro de Neimar. “O medo de que ele possa desenvolver mais hábitos de Maradona do que de Pelé exercita a mente de um País onde o futebol está tão enraizado”.
As trapalhadas de Neymar Os chapéus
Em dois momentos, Neymar acabou
mexendo com a fúria dos adversários. Na partida contra o Corinthians, na Vila Belmiro, aplicou um chapéu no zagueiro Chicão com a bola parada. E repetiu o gesto contra o Avaí, também na Vila, em cima do volante Marcinho Guerreiro.
A briga religiosa
Um dos momentos que marcou a vida do jogador foi quando negou a descer do ônibus do clube durante uma visita a um lar espírita de Santos que tem crianças portadoras de paralisia cerebral, durante a Páscoa. Evangélico, Neymar alegou motivos religiosos. Dias depois, após pressão da opinião pública, o atacante realizou a visitação.
As baladas
Jovem, Neymar gosta de curtir algumas baladas. E ao lado dos amigos Ganso, Madson e André, chegou atrasado à concentração do Santos no dia do embarque para Goiânia. Ficou fora do jogo e foi punido. Ele achou a atitude da diretoria um tanto quanto exagerada.
O Twitter
Neymar “ama” demais a página na rede social.
Sempre está presente nela. Chegou a fazer desabafos contra torcedores e árbitros. Chegou a colocar a mensagem “Juiz ladrão vai sair de camburão”, contra o árbitro Sandro Meira Ricci. Alegou que um invasor teria colocado a mensagem.
Debochado
Contra o Avaí, o técnico Antônio Lopes acusou o jogador de debochar de seus jogadores, sempre fazendo referências ao patamar financeiro milionário. Jogadores de outros clubes já confirmaram a versão de Lopes.
Briga em Fortaleza
Contra o Ceará, em Fortaleza, Neymar reclamou da pancadaria e, após o jogo, foi tirar satisfação com o lateral alvinegro, João Marcos.
A briga com Dorival
Na partida diante do Atlético/GO, Dorival Júnior não deixou que Neymar cobrasse um pênalti. Revoltado, discutiu com o treinador e com o capitão Edu Dracena. No vestiário, mais polêmica. O auxiliar de Dorival, Ivan Izzo, interveio e tentou apaziguar o clima, pedindo calma a ambos. O atacante relatou a Ivan que Dorival o havia chamado de “moleque”. O assistente de Dorival, porém, deu apoio ao técnico. Neymar, revelando estar definitivamente muito chateado com a situação, lançou um copo de isotônico em direção ao rosto de Ivan Izzo.
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A volta do
América
Um dos mais tradicionais clubes do futebol pernambucano, o Mequinha retorna à elite e sonha com vaga na Série D
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o futebol pernambucano, todos dizem que o segundo time no coração é o América. E a “imensa torcida” explodiu de alegria com o resultado do Campeonato Pernambucano da Série A-2, quando o alviverde conquistou uma das vagas à elite estadual, ao terminar em segundo lugar na competição estadual, perdendo para o Petrolina. Longe da Primeira Divisão desde 1995 e próximo do centenário (que acontece no dia 12 de abril de 2014), o América, clube da Estrada do Arraial, é um dos mais tradicionais do futebol nacional. Nasceu João de Barros e virou América anos depois, em homenagem ao time carioca. São seis títulos estaduais (1918, 19, 21, 22, 27 e 44). Só não conquistou o Pernambucano de 20 por ter desistido de participar da competição. Coisas do futebol da época. O título da década de 40 foi o último que não ficou com o Trio de Ferro da capital. A última decisão foi em 1952, perdendo para o Náutico. Ainda são nove vices do Pernambucano (sendo o último em 1952) e 11 conquistas do extinto Torneio Início. E, poucos sabem, mas os duelos com os grandes também tem suas expressões. O jogo
contra o Náutico é conhecido como o “Clássico da Técnica e da Disciplina”; na partida diante o Sport, temos o “Clássico dos Campeões”; e o confronto contra o Santa Cruz é chamado de “Clássico das Amizades”. O América ficou conhecido nos últimos anos como o “andarilho do futebol pernambucano”. No Estadual da Segunda Divisão deste ano o campo foi o Ademir Cunha, em Paulista. E o presidente do clube, João Antônio Moreira, avisa que a cidade da Região Metropolitana vai continuar sendo a casa do torcedor americano. “Desde o momento em que conquistamos nossa vaga, estamos conversando com a Prefeitura do Paulista. O estádio tem condições de receber um grande público, principalmente nos duelos contra os grandes. Virou a casa do torcedor do América, que se sente bem no Ademir Cunha”, disse o dirigente. Vale lembrar que o projeto do clube sempre foi ter um estádio. A sede do América, que fica na Estrada do Arraial, desde 1951, vem sendo colocada em diversas conversas para servir como moeda de troca para a construção do estádio e do Centro
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à elite do futebol estadual. Vale destacar o currículo vitorioso de Paulo Júnior. Em 2009, conquistou o título da Copa do Interior pela seleção do Paulista e conseguiu montar a equipe do Salgueiro que iniciou a campanha deste ano da Série C. No comando do América pelo Pernambucano da Série A2, Paulo Júnior contabilizou nove vitórias, três empates e sete derrotas, em 18 jogos disputados. A equipe esmeraldina somou 30 dos 54 pontos possíveis, o que dá um bom aproveitamento de 55,6%. Paulo Júnior é filho de Paulinho, um dos craques do passado do Náutico, da época do hexacampeonato estadual. E o Glorioso Alviverde da Estrada do Arraial promete voltar a ser grande no futebol pernambucano. E, pelo trabalho que está sendo planejado, o periquito – mascote oficial do América – vai aparecer por todo o Estado. foto: armando artoni
de Treinamento do clube. Atualmente, a sede funcionada um colégio e está em uma área bem valorizada. Um projeto foi apresentado aos torcedores e à imprensa ainda no ano passado e gira em torno de R$ 1 milhão. Além do estádio, moderno, com capacidade para cinco mil pessoas e com espaço para ampliações. Ao lado, um CT para receber a futura geração do América. Tudo, porém, vem sendo trabalho na surdina, com muito cuidado. Mas, o pensamento do América é outro em 2011. “Evidente que estamos fazendo tudo com o maior cuidado, sem dar passos largos. Mas, vamos brigar para ser a quarta força do futebol pernambucano. Com isso, estaremos garantindo uma vaga no Brasileiro da Série D”, planeja João Antônio Moreira. Para isso, a diretoria acertou a renovação do técnico Paulo Júnior, responsável pela volta do clube
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fotos: Divulgação
Recortes de jornais e a maquete do futuro CT e estádio do clube. Em destaque, o poeta e torcedor do Mequinha João Cabral de Melo Neto
Quarentão do esporte Geraldão completa 40 anos e Prefeitura da Cidade do Recife anuncia projeto de reforma e modernização do ginásio
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Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães foi fundado em 12 de novembro de 1970, durante a gestão do prefeito Geraldo Magalhães Melo. No começo, o lugar era utilizado para a prática esportiva, mas eram os shows que chamavam a atenção de toda a cidade para a Avenida Mascarenhas de Morais. “Não havia muitos eventos esportivos. A agenda do ginásio era repleta de espetáculos musicais”, diz Jair Rodrigues Batista, 60, aposentado, funcionário do Geraldão entre 1970 e 2009. Como o Geraldão era o único local da cidade apto a receber grandes shows, a exemplo das revista
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apresentações de Julio Iglesias, Margot Fontaine e o Holiday OnIce, as atividades esportivas ficavam um pouco esquecidas. “Na época que cheguei ao ginásio, não havia alunos nas escolinhas até porque tinha que se pagar uma mensalidade, mas sempre houve atividade esportiva aqui”, relata Mário José Santana, funcionário há mais de 20 anos. Hoje, o Geraldão não recebe mais os shows que recebia, até porque foram abertas outras casas de espetáculos pela cidade. Em compensação, nunca houve tantos alunos nas escolinhas esportivas. Atualmente, são mais de três mil alunos matriculados em mais de 20 modalidades. “Antes, o
fotos: divulgação PCR
ginásio era o equipamento referência na realização de shows e eventos e isso ficou esquecido durante um bom tempo. Mas o Geraldão voltou a ter esse papel e adquiriu a importância de órgão irradiador da política de esporte e lazer do município”, diz Eduardo Granja, diretor-presidente da autarquia. O Geraldão é uma autarquia ligada à Secretaria de Educação, Esporte e Lazer da Prefeitura do Recife e é o órgão responsável por coordenar as políticas de esporte e lazer do município. Além dos Círculos Populares de Esporte e Lazer (CPEL), Futebol Participativo e o Esporte do Mangue, a autarquia
ainda é responsável por grandes eventos como a Corrida das Pontes, os Jogos Municipais da Pessoa Idosa, Jogos Municipais da Pessoa com Deficiência e Jogos Escolares do Recife. Neste ano, o prefeito João da Costa deve anunciar a abertura da licitação para contratação do projeto de reforma e modernização do Geraldão. “Já existe o projeto, que está na fase final de estudos e que atenderá os padrões internacionais para receber grandes eventos”, diz Eduardo Granja. O cronograma de obras será montado para que atrapalhe minimamente as atividades.
Diversas escolinhas e atividades especiais estão sempre lotadas no Ginásio de esportes revista
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Por Mário Júnior
A salvação do nosso futebol! D
epois de passar vários dias pensando, meus amigos, cheguei a uma conclusão. Sabe o que precisa acontecer para os nossos times melhorarem seu desempenho no futebol nacional: acabar com a Copa Pernambuco. Porque ninguém aguenta mais ver o Santa Cruz fora da Série D e sempre repetir a mesma coisa: vamos voltar agora o pensamento para o tricampeonato da Copa Pernambuco. Meu Deus do Céu! Chega! Se levasse para a Libertadores, Sul-Americana, Copa do Brasil ou Liga dos Campeões, tudo bem! Mas, como nada disso acontece, chega! Vou falar com meu amigo Carlos Alberto Oliveira para que ele possa resolver essa bronca. Tenho certeza que ele vai achar a melhor solução. Quem sabe se mudar o nome da competição não melhore a situação que passam os nossos clubes. Como já observamos, o Náutico está aí brigando para não cair para a Série C em 2011. O Santa Cruz está amargando a Série D desde 2009, já vai entrar para o terceiro ano. E o Sport? Por favor, rubronegros, não comemorem ainda porque não está na hora. Sabemos que o Sport tem um bom elenco, mas não acabou a Série B. Precisamos ser realistas e não ilusionistas, principalmente quando o assunto é a Série A. Observo que vários comentaristas falam do sucesso do futebol pernambucano que ainda não vejo. Sinceramente, precisamos salvar os nossos times de um vexame maior na competição nacional. Seria melhor que Náutico, Sport e Santa Cruz jogassem apenas o Campeonato Pernambucano, sem causar falsa possibilidade de classificação no Brasileiro. Falo das Séries A, B, C e D. Ainda bem que não existe a Série E.
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Mas, deixando de lado um pouco Náutico e Sport, vou falar agora da minha preocupação com o Santa Cruz. Depois de ver o fenômeno Tiririca em São Paulo nestas eleições, acho que tenho a solução par ao Santa Cruz sair dessa situação, que não é brincadeira. Já conversei com alguns amigos e telefonei para o Zé Lezin da Paraíba e ele aceita ser o novo presidente do Santa Cruz. Independente de quem seja eleito para o biênio. Ele é uma pessoa alegre, feliz e está sempre sorridente e talvez assim o Santa Cruz consiga sair dessa péssima fase que já vem se arrastando no Mundão do Arruda. Sobre o Náutico, agora já sei o que realmente está acontecendo. É que não me lembro quem prometeu, mas prometeram um boi para o Pai Edu. Pagaram a dívida. Ótimo, agora, segundo informações, pagaram pela metade. É por isso que o Náutico está sofrendo essa fase de resultados negativos. Atenção, Dr. Birilo, vamos pagar o débito corretamente para Pai Edu. Já sobre o Sport, estive conversando com o prefeito da Ilha do Retiro, José Alves, e ele me disse que os caranguejos estão felizes da vida pelo espaço que está sendo preservado para eles nos jogos na Ilha. Tá vendo, aí Sílvio Guimarães, bastou você cumprir o prometido que tudo está mais calmo na Ilha da Fantasia. Parabéns aos rubro-negros. Por falar em rubro-negro, por onde anda Gustavo Aguiar, aquele que só aparece na Ilha do Retiro quando o Sport ganha? Será mesmo que ele mudou de cazaca e agora é torcedor da Barbie? Falando em Barby, lembrei que o Santa Cruz pode passar seu estádio para o Morada da Paz, pois se trata de uma terra morta. E o Náutico, finalmente, poderia realmente realizar o projeto do La Barbienera...
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por Adethson Leite
Corrida em busca da evolução C
erta vez ouvi de um dirigente do futebol pernambucano que “planejamento é dinheiro no bolso!”. A resposta era referente ao que o clube planejava para a próxima temporada que estava por vir, diante de desafios importantes para o clube. Na condição de Administrador de Empresas, essa frase caiu em meus ouvidos como um atentado ao conceito de gestão, ou, no mínimo, total falta de capacidade para que esse mesmo dirigente pudesse encontrar alternativas para seguir o caminho óbvio de quem vive no lado “B” dos recursos financeiros. Nas universidades, até os últimos dias que por lá estive presente, bem como nas especializações que entendo importantes por fazer, sempre foi clara a lição de que quantos menores os recursos, maior a habilidade necessária para se planejar. Bem, talvez nem todos tenham assistido às mesmas aulas, ou com os mesmos professores, sei lá... Quem acredita que “planejamento é dinheiro no bolso”, nunca deve ter parado um momento sequer para pensar um pouco mais adiante, sendo um perfeito ícone que representa o administrador que só pensa no hoje e não semeia os caminhos do amanhã. Planejar, meus caros, consiste em detalhar passo a passo, em diversos cenários (do pior ao melhor, em escala de decisões) o caminho a seguir. Isso passa desde o contato entre o clube e sua torcida até chegar nas contratações de atletas. De outra forma, é saber quais medidas devem ser tomadas para que o clube, no caso do futebol, possa evoluir, mas ao mesmo tempo atender às necessidades básicas de sua torcida. Muitos dirigentes incompetentes acreditam revista
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que fundamental é pensar no dia de hoje, no salário que vence na semana, na vitória que precisa ser alcançada. Lógico que também faz parte da missão de um “cartola”, mas, abdicar de planejamento é simplesmente assumir a posição de eterno bombeiro. Chega um momento que o desgaste vai ser tão grande que tanto torcida quanto o próprio dirigente se sentirão injustiçado com as cobranças. Será que só eu enxergo assim? Não adianta só pensar em futebol de base. Não se consegue assim. Mas nem por isso, pode deixar de lado o trabalho como um investimento para gerar valores que ao poucos (preste bem atenção nessa expressão: aos poucos) vão sendo lançados no time principal ou trabalhados em clubes parceiros, gerando dividendos aos clubes formadores. Essa é a grande saída de médio e longo prazo (ou seja, leva um certo tempo para apresentar resultados). No marketing, por exemplo, os nossos clubes precisam evoluir bastante. Ações coordenadas, entrega do que “promete”, contrapartidas para o associado, identidade e valorização da marca de forma efetiva, combatendo pirataria e trazendo a responsabilidade de fiscalização para o próprio torcedor são aspectos que precisam ser melhor trabalhados e principalmente “comunicados”, de forma a sensibilizar seu público alvo. As dificuldades financeiras existem, mas não consigo entender como um time capaz de levar 50.000 torcedores para um jogo de Série D apresenta dívidas e quadro financeiro assustadores. Algo precisa mudar, evoluir, ser repensado. Ou então, quem deve se repensar sou eu....
Resistência
em teste fotos: marcos costa
Academia Fix promove I Iron Man e estimula a prática de exercícios e de superação entre atletas e alunos
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ara testar a capacidade física dos seus alunos e público em geral a Academia Fix, localizada no Clube dos Oficiais de Pernambuco, no Espinheiro, realizou em setembro o I Iron Man Fix. A competição de força e resistência foi dividida entre categorias de peso para os homens (até 69kg, 70kg até 79kg e superior a 80kg) e para mulheres uma categoria única. As provas envolveram exercícios de barra, leg press, abdominal e marinheiro. Para o estudante André Paixão, 24 anos, este tipo de evento é mais uma oportunidade de incentivar a prática esportiva. “É muito interessante este tipo de atividade porque
estimula a prática de exercícios e desenvolve ainda a necessidade de superação, testa nossos limites”, ressaltou. Para Daniel Albuquerque, sócio da Fix Academia, além do lado da saúde, estas ações promovem a interação entre os alunos. “Os alunos dos diversos turnos passam a se conhecer e ainda tem uma repercussão muito boa entre os que não participaram, a tendência é sempre termos mais inscritos”, afirmou Daniel que prepara a academia para realizar a terceira edição do Fix Camp, em outubro. O evento é também um teste de resistência que mistura exercícios físicos com testes militares. O terceiro Fix Camp deve reunir mais de 150 pessoas.
Atletas aprovaram o programa idealizado pela Academia Fix, com o Iron Man
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por Maura Regina de Barros, Ouvidora do Clube Náutico Capibaribe
Ouvindo e torcendo H
á oito anos, nem imaginava ter contato mais próximo com o futebol, torcia mas nada que ultrapassasse o âmbito da televisão e das rádios. Pertencente a uma família alvirrubra, acompanhei e vesti as cores vermelha e branca. Com o nascimento do meu filho em 2001, ano em que se comemorava o Centenário do Glorioso Clube Náutico Capibaribe, ficou mais forte essa identificação. Os anos passaram, resgatei o título patrimonial deixado por meu pai, e a cada dia ia conhecendo o clube pelo qual resolvi torcer. Paralelamente concluí meu curso em uma faculdade pertinho do Palacete Alvirrubro. De tanto ver as manifestações e ouvir os gritos da torcida e o toque da sirene que ecoava sempre que o Náutico ganhava, comecei a sonhar em trabalhar lá. Apresentei-me, mas nada de respostas positivas. Porém, ao fazer uma especialização na área de Ouvidoria, precisava escolher uma empresa para desenvolver um Projeto Experimental. Nem pensei duas vezes: Clube Náutico Capibaribe. Dessa vez tive sucesso, para minha felicidade me chamaram. Então, desde janeiro de 2005 minha vida mudou. É como se tivesse realizando um sonho. Esbarrei em muitas portas, pesquisei muito, conheci muita gente, virei o clube de “pernas para o ar”. Confesso não foi fácil e ainda não é. Houve épocas em que pensei em desistir, mas segui forte. Concluí o
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projeto e, ainda 2005, fui nomeada Ouvidora. Tarefa difícil, ouvir, entender, representar o torcedor perante a Direção do Clube. Ser esse canal direto, torcedor x clube e clube x torcedor. Trabalhar com a emoção e a paixão das pessoas apresenta muitos desafios, mas é muito gratificante. Fico sempre preocupada em dar a melhor solução e a resposta correta e rápida. Mas nem sempre tenho esse resultado. Por muitas vezes as respostas são positivas, mas não agrada a um grupo. A Ouvidoria recebe, encaminha, verifica, elabora projetos para melhorias buscando sempre o bom senso. Muitos criticam, outros elogiam, mas o trabalho é feito com responsabilidade e amor. Hoje me considero não só Ouvidora, que escuta, encaminha e passa as respostas. Também recepciono as visitas de escolas, turistas, represento o clube, entro em campo com os mascotes, elaboro projetos, pois penso na instituição Náutico, sua história, seus valores, sua imagem e, é claro, na sua torcida. Não posso demonstrar paixão clubística, a imparcialidade na função é primordial. Mas os torcedores, amigos, que me conhecem sabe que sofro quando perdemos, fico feliz quando ganhamos. Alimento sempre a esperança de um clube forte e vitorioso. E é assim, escuto, compartilho, dialogo, respeito, mas não posso deixar de lado meu AMOR PELO TIMBA.
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Garra e
beleza E
ssa libriana tem paixão pelas cores vermelho e preto. E vibrou como poucos na final da Copa do Brasil, no emocionante duelo contra o Corinthians. E diferente de tantos fãs, Thaisa Wanderley prefere um outro ídolo do Sport: o volante Daniel Paulista. Então, torcedor leonino, fique esperto, porque você pode esbarrar com esta bela torcedora nas cadeiras da Ilha do Retiro. Agradecimento especial ao pessoal do Espaço Sport, a loja oficial do Sport Club do Recife.
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Perfil
Nome: Thaisa Melo Ferreira Wanderley Apelido: Tata Altura: 1m62 Peso: 58kg Data de Nascimento: 26/09/1991 Signo: Libra Profiss達o: Comerciante Jogo que mais marcou sua vida: A final da Copa do Brasil Qual o melhor jogador do Sport: Daniel Paulista Sonho: Ser feliz pra sempre Comida: Sushi Filme: Uma Linda Mulher Hobby: Viajar O que pretende ser: Uma grande comerciante Qual seu recado para a torcida do Sport: Vamos apoiar nosso time comparecendo sempre aos jogos!!
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bronze no
futins
Esporte tem Seleção Brasileira formada por atletas pernambucanos, que brilharam no Mundial da Itália
É
um esporte diferente e de pouco interesse do público. Mas, com a Seleção Brasileira formada totalmente por pernambucanos. E a equipe brasileira de futins acabou conquistando, no mês passado, o terceiro lugar no Mundial de Roller Soccer 2010, na cidade de Piacenza, na Itália. O futins surgiu aqui em Pernambuco, em 1996, de uma combinação do futsal com as brincadeiras sobre patins e uma bola de futebol de campo. A nova modalidade esportiva despertou a paixão de jovens, adultos, meninos e meninas unindo, em um só momento, diversão, esforço físico e educação. Vale destacar a dedicação destes jogadores, que viajaram para a cidade italiana com poucos recursos financeiros e nenhum apoio. E o que é pior: com apenas cinco atletas inscritos para a disputa do Mundial, número mínimo para participar da competição. O destaque do time brasileiro foi Philip Pereira, que acabou marcando 12 gols e foi um dos artilheiros do Mundial. Na primeira revista
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fase, o Brasil venceu Itália (8x3) e Paris (5x1), empatando por 1x1 com Marseille (França). Perdeu para o Toulon, da França, na segunda fase e, nas semifinais, outra derrota, para Eslovênia. Na decisão do terceiro lugar, vitória sobre Holanda, por 5x2. Uma novidade interessante é que o Campeonato Mundial de 2011 vai acontecer aqui em Pernambuco (com local ainda a ser escolhido pela organização), entre o período de 17 a 21 de agosto. Já foram confirmadas equipes da França, Estados Unidos, Itália e Eslovênia.
Conheça um pouco das regras do Futins:
1 - Os jogos são disputados por equipes formadas por 5 (cinco) jogadores cada, em quadra de hóquei com equipes uniformizadas. 2 - O jogo é no estilo “indoor”, onde a quadra é cercada por muros e/ou telas e a bola só sai de jogo se ultrapassar os limites do muro/ tela, ou alcançar o teto. 3 - A bola do jogo é de futebol, número 5
foto: divulgação
O futins é um esporte novo, mas que ganhou força nacional graças ao talento dos pernambucanos
(cinco). 4 - Em caso de saída de bola, o jogo é reiniciado com a bola próximo ao local de saída. 5 - A bola é sempre (re)colocada em jogo com os pés. 6 - As barras possuem dimensões de 3 (três) metros de largura por 1 (um) metro de altura. 7 - São equipamentos: capacete, joelheiras, cotoveleiras bem como, qualquer outro equipamento de proteção que não ameace a integridade física dos demais jogadores. 8 - As partidas são compostas de dois tempos de 25 (vinte e cinco) minutos com 5 (cinco) minutos de intervalo. 9 - O número de substituição é ilimitado e não requer autorização do árbitro da partida. 10 - As equipes marcam 1 (um) ponto por cada gol. 11 - Somente um jogador por vez pode ocupar a área do gol para defender sua meta, sendo permitido aos demais jogadores do time apenas cruzar a área por tempo menor que 4 (quatro) segundos. 12 - Não há goleiros, portanto não é permitido a nenhum jogador em nenhum momento (inclusive nas penalidades máximas) tocar a
bola com as mãos, sendo o time penalizado se assim fizer. 13 - Em caso de penalidades máximas, se o jogador escolhido para defender a meta tocar a bola com as mãos o gol é validado instantaneamente, não sendo necessária a marcação de nova penalidade. 14 - São consideradas infrações penalizáveis: mão na bola, atraso intencional de jogo por uma das equipes, conduta anti-desportiva e jogo perigoso, sendo todas elas de interpretação do árbitro. 15 - Só é permitido aos jogadores manter contato com o chão através das rodas dos patins, sendo consideradas “fora de jogo” quaisquer atletas que estiverem com qualquer outra parte do corpo em contato com o solo. 16 - É estritamente proibido aos jogadores o uso de jogadas que ameacem a integridade física dos demais, incluindo, mas não se restringindo, os “carrinhos”. 17 - Aos jogadores não é permitido utilizar as paredes e barras para saltar, deslizar, impulsionar ou obter vantagem de natureza física. 18 - Demais regulamentos desportivos são similares aos do futebol. revista
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Uma nova
Mania
Futebol Sete Society se consolida com o final do Campeonato Estadual e Bijousete conquista primeiro título da entidade
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levantar a taça inédita. O jogo foi bem futebol society virou mania no movimentado no início, mas o Bijousete foi Estado. Os campos estão invadindo aos poucos dominando a partida e, no fim, os espaços pela cidade, que antes uma goleada por 5x1. Na decisão do terceiro eram ocupados por campos de peladas. lugar, o Cartilagem empatou com a AABB/ E o que é ainda melhor: com lotação Recife, por 1x1, e ficou com a medalha por praticamente cheia em todos os horários. conta da melhor campanha. Até mesmo na madrugada, com equipes O presidente da Federação promovendo torneios. Por conta disso, o Pernambucana de Futebol primeiro Campeonato 7, Omar Ramos, está feliz Pernambucano foi um Federação Estadual também com o crescimento do grande sucesso. Nove equipes disputaram o está promovendo a Segunda esporte nos últimos seis torneio, com mais de Divisão e a realização da meses. “É importante, agora, que todos os clubes oitenta jogos ao longo de Copa Pernambuco possam ajudar neste cinco meses de disputa. No trabalho diário para fim, o título do Bijousete, fortalecer o esporte no que garantiu o direito de Estado. Esse trabalho também se deve ao ser o nosso representante no Campeonato empenho do ex-presidente Júlio Arcoverde, Brasileiro, que será disputado em novembro, que muito fez pela categoria”. na cidade cearense de Arati. Vale destacar que a Federação O Bijousete, do meia atacante Williams também conta com a Segunda Divisão Vassoura (que atuou no Vera Cruz), entrou do Pernambucano e que, em breve, irá em campo precisando apenas de um promover a Copa Pernambuco da categoria. empate na final contra o Pioneira para revista
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fotos: Divulgação
Torneios de futebol society sempre atraem um grande número de jogadores e de famílias revista
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foto: David Leah/AFP
simply
the best revista
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O filme mostra a carreira do brasileiro desde sua estreia na Fórmula 1, em 1984. Entrevistas inéditas, imagens de TV e da família serão exibidas. A narração será em inglês, e a versão brasileira terá legendas em português. O título em inglês é “Senna– Beyond the Speed of Sound” (Além da Velocidade do Som). Será exibido por aqui no dia 12 de novembro, uma semana depois do GP Brasil de Fórmula 1. No Japão, porém, a estreia será no dia 8 de outubro. VENCEDOR - Poucos pilotos na história do automobilismo mundial tiveram tanto carisma. Esse paulista nascido no dia 21 de março de 1960, em São Paulo, foi um talento dentro da pista. Foi três vezes campeão mundial de Fórmula 1 (1988, 1990 e 1991), vice no controverso Mundial de 1989 e tantos outros títulos do kart e até na Fórmula 3 inglesa, um ano antes de receber o convite para dirigir pela TolemanHart. Ele começou no kart, com um motor de cortador de grama de 1 HP, presente dado pela irmã Viviane. O convite da Toleman foi aceito e sempre existiu uma polêmica sobre a não ida dele para a Brahham, que na época tinha o também brasileiro Nelson Piquet. Muitos afirmam que Piquet teria sido o responsável pela sua não ida. Mas, na verdade, a escuderia queria um piloto italiano e Teo Fabi foi o contratado, deixando Senna de lado. Marcou o primeiro ponto na segunda corrida (GP da África do Sul). Em uma prova marcante do GP de Mônaco, Senna quase vence com a Toleman. Na chuva, começou a ultrapassar a todos e quando estava próximo de passar Alain Prost, a comissão terminou a corrida. Ironia, já que anos depois, Senna virou “Mister Mônaco”, pelas seis vitórias em um dos mais tradicionais autódromos da Fórmula 1. Da Toleman foi para a Lotus, em 1985 e, na equipe, venceu seis corridas em três temporadas. Em 1988, foi para a McLaren, escuderia que imortalizou Ayrton Senna. A feroz competição entre Senna e Prost fez
foto: AFP
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m primeiro lugar, queria pedir desculpas ao nosso leitor por ter usado um título em inglês. Quando pensei em escrever sobre Ayrton Senna, em cima do lançamento mundial do Documentário sobre a vida do piloto, lembrei de um show da cantora Tina Turner, na Austrália, em 1993, quando chamou Senna ao palco e disse que ele era the best (o melhor). E, logo a seguir, cantou a canção Simply The Best (Simplesmente o Melhor), referindose ao piloto, que declarou ser fã da cantora. Para tentar explicar o fenômeno Ayrton Senna da Silva e lembrar um pouco da história do piloto, tive o cuidado de rever cenas antigas. É impressionante como você ainda se emociona ao ver Senna guiando como poucos, sendo gentil com o torcedor ou como foram as vitórias nos dois GPs do Brasil, em Interlagos, em 1991 e 1993. No primeiro, um carro com problemas, apenas a sexta marcha funcionando no câmbio manual e um Ricardo Patrese tirando a diferença nas últimas voltas. Mas Senna, com uma impressionante habilidade, vence a prova e sobe ao pódio, exausto, com pouca força, mas que levanta a bandeira do Brasil, o troféu de vencedor e derrama a champanhe da vitória na cabeça. E em 1993, outra vitória no GP Brasil, no início da temporada. Após a bandeirada, na curva oposta de Interlagos, os torcedores invadem a pista, impedem Ayrton e os demais pilotos de chegarem aos boxes. Mesmo com tanta gente, Senna sobe no carro e vai “para os braços” da sua torcida. São cenas que o fã, o amante do automobilismo e até mesmo aquele torcedor que não conheceu o piloto terá a oportunidade de ver em breve. Produzido pela britânica Working Title, com autorização da família e de Bernie Ecclestone (dono da FOM, empresa responsável pelos direitos comerciais da Fórmula 1), o documentário tem direção de Asif Kapadia, roteiro de Manish Pandey e produção de James Gay-Rees, Tim Bevan e Eric Fellner.
rachar a relação entre os dois e culminou com um alto número de dramáticos acidentes entre eles. A dupla venceu 15 das 16 corridas disputadas, com predomínio total da McLaren MP4/ 4 em 1988, e Senna conquistou seu primeiro campeonato mundial. Depois, o bi em 1990 e 1991. Em 1994, foi correr na Williams-Renault, mas que poderia ter sido um ano antes. O “inimigo” Prost acabou atrapalhando a sua ida, alegando uma cláusula contratual. Senna até que tentou de todo jeito fazer parte da equipe vencedora da época. Mas, ao fim do contrato e a aposentadoria de Prost, Frank Williams não pensou duas vezes e acertou com Senna. A corrida em San Marino marcou o fim de uma carreira vitoriosa. Senna passou o fim de semana diferente. O carro não estava produzindo bem e uma série de acidentes chamou a atenção do piloto. Primeiro, Rubens Barrichello perdeu o controle da Jordan e voou da pista para a barreira de pneus, saindo com pequenas escoriações e um nariz quebrado. No treinos livres do sábado, o austríaco Roland Ratzenberg, pela Simtek, bateu na curva Villeneuve,
falecendo minutos depois. Senna passou o final da manhã reunido com outros pilotos, buscando melhoria na segurança dos carros. Senna decidiu correr e transformou para todo o mundo o dia 1º de maio de 1994 como um dos mais tristes para o esporte. Aos 34 anos, Ayrton Senna bateu violentamente na curva Tamburello. O ACIDENTE - Segundo os médicos, a morte aconteceu diante do impacto inesperado, com a sua Williams atingindo o muro a 208 km/h. A força da batida foi tanta que a roda voou quase 60 metros, o carro ainda voltou para a pista, atingindo o capacete na fronte, bem acima do olho direito. Especialistas fizeram cálculos da quantidade de movimento de uma roda de 17 kg e a força proveniente do impacto, concluindo que seria insuportável sobreviver ao impacto. Estima-se que as forças envolvidas no acidente de Ayrton sugerem uma taxa de desaceleração equivalente a uma queda vertical de 300 metros. O capacete de Senna mostrou um grande afundamento acima da viseira. No hospital, depois de
Com a Williams, Senna sofria dificuldades com o carro e acabou perdendo a vida no GP da Itália, em 1994
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foto: IAN KENINS/AFP
Com a McLaren, Senna conquistou três títulos mundiais e virou o maior nome do automobilismo
constatada a morte cerebral, foram vistos três graves traumas: um choque na têmpora e que rompeu a artéria temporal, uma fratura na base do crânio e um pedaço de fibra de carbono do carro danificou o lobo frontal. Infelizmente, a FIA e autoridades italianas ainda tentam manter a versão de que Senna não morreu na pista, mas no hospital. Pelas leis italianas, uma pessoa que morre em um evento desportivo, essa morte tem que ser investigada fazendo com que o evento seja cancelado. Tudo que as autoridades não desejavam. No mesmo GP da Itália, também tivemos a morte do austríaco Roland Ratzenberger, correndo pela Simtek, que bateu violentamente na curva Villeneuve. Um acidente entre J.J. Lehto e Pedro Lamy fez arremessar dois pneus para a arquibancada, ferindo vários torcedores. O italiano Michele Alboreto, da Minardi, perdeu um pneu na saída dos boxes e se chocou contra os mecânicos da Ferrari, ferindo também um mecânico da Lotus. Investigações foram feitas, julgamentos realizados, mas a Justiça Italiana absolveu todos os acusados. Para a perícia, Senna perdeu o controle do carro devido à quebra da coluna de direção de sua Williams. Uma fatalidade. revista
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A morte de Senna provocou uma mudança radical na segurança do automobilismo, principalmente para quem sempre foi preocupado com o potencial perigo do esporte. Normas foram implementadas para a Fórmula 1, com o redesenho de curvas, colocação de novas barreiras e a segurança no carro, inclusive com o cockpit sofrendo alterações. Em Interlagos, Senna virou nome de curva, logo após a reta dos boxes. Quando vivo, Senna sempre se preocupou com as crianças pobres e, diferente de muitos ídolos que falam e não fazem nada, o piloto deu início ao projeto que foi criado pela família: o Instituto Ayrton Senna, com sede em São Paulo e espalhado por diversas cidades brasileiras. Em 2009, em uma eleição feita pela revista inglesa Autosport, Senna foi considerado por 217 pilotos que passaram pela Fórmula 1, o melhor de todos os tempos. O que veremos em novembro, aqui no Brasil, é apenas mais uma homenagem ao maior nome do automobilismo brasileiro e, para muitos, mundial. Uma lenda do esporte. Sei que pilotos como Nelson Piquet (extraordinário) e Emerson Fittipaldi (o primeiro) estão entre os maiores, mas o carisma de Ayrton Senna era único. E, como bem disse a cantora Tina Turner: Senna, Simply The Best.
foto: PASCAL PAVANI/AFP
Dados estatísticos
Títulos da Fórmula 1: 1988, 1990, 1991, todos com McLaren-Honda Vitórias: 41 (25,5%) Pole positions: 65 (40,4%) Pontos acumulados: 614 pontos para o campeonato mundial (610 dos quais úteis, já que segundo as regras implementadas pela FIA na temporada de Fórmula 1 de 1988, os cinco piores resultados conseguidos eram subtraídos) GPs em que participou: 163 GPs finalizados: 105 (65,2%) Número de desistências: 56 (34,8%) Média de pontos por corrida: 3,81 (ou 3,79 se forem apenas contabilizados os 610 pontos) Pódios: 80 (49,7%) Número de vezes na liderança: 109 Número de GPs na liderança: 86 Voltas na liderança: 2982 Km na liderança: 13 676 Total de voltas percorridas: 8 219 Total de quilômetros percorridos: 37 934 Largadas na primeira fila: 87
Vitórias com pole position: 29 Vitórias de ponta a ponta: 19 Voltas mais rápidas: 19 Máximo de poles conseguidas numa só temporada: 13 (em 1988 e 1989) Pole positions sucessivas: 8, nos seguintes países: Espanha, Austrália, Brasil, San Marino, Mônaco, México e EUA (1988) e Brasil (1989) Pole positions sucessivas numa só temporada: 6 (em 1988) GPs onde mais venceu: Mônaco (6 vezes: 1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993) Hat Trick (pole, vitória e melhor volta no mesmo GP): 7 (Portugal, 1985; Canadá e Japão, 1988; Alemanha e Espanha, 1989; Mônaco e Itália, 1990) Grand Chelem (Hat Trick e corrida inteira na primeira posição): 4 Vitórias consecutivas: 4 (em 1988: Inglaterra, Alemanha, Hungria e Bélgica; em 1991: EUA, Brasil, San Marino e Mônaco) Dobradinhas (com o companheiro de equipe, Alain Prost): 14 (10 em 1988 e 4 em 1989, com Senna na frente em 11 dessas vezes) Fonte de informação: Wikipedia revista
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ostumo repetir, com frequência, que esta será a década do esporte no Bras il. Fora a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016, serão realizados ainda a Copa das Confederações, Jogos Militares Mundiais, entre muito outros. E o porquê da “década”? É o legado que eventos desse porte deixam para a população, não apenas com as estruturas físicas – estádios, ginásios, etc. – mas o envolvimento de todos com os eventos. E o mercado brasileiro, como um todo, já está atento a esse movimento. A primeira prova disso é o crescimento com os gastos em publicidade, apenas no primeiro semestre de 2010. Enquanto nos Estados Unidos, maior mercado global, o crescimento foi de 3,8%, no Brasil o percentual foi de 50,2%. E essa diferença não se deve apenas ao fato dos americanos ainda sentir os resquícios da crise. A média global foi de 12,8%. (Números recentemente divulgados pela Nielsen). Boa notícia: parte desse investimento é no segmento esportivo. Grandes empresas já se convenceram que esse é um grande filão de investimento. Faltam ainda quatro anos para a Copa do Mundo, e três empresas nacionais já são patrocinadoras oficiais do Mundial da Fifa: a cervejaria Brahma, o Banco Itaú e a Telefônica Oi. Já tivemos a Seara como uma das patrocinadoras do Mundial da África do Sul. revista
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Fora tantas outras que certamente se juntarão a essas, focando o “esporte” como fonte de divulgação de seus produtos, serviços ou apenas de suas marcas. E o longo período para os eventos mais importantes – quatro anos para a Copa e seis anos para as Olimpíadas – dão às empresas possibilidade de criarem, desde já, oportunidades de ativação de suas marcas com esses eventos. Essas empresas certamente estarão – ou já estão?! – de olho nas audiências nos jogos, no público nos estádios e nas animadas fan fests. Apenas como exemplo, a Visa, uma das patrocinadoras oficiais da Fifa, investiu 185 milhões de reais no Mundial da África. Muito, não? Mas quer saber quanto ela faturou? Eu também; o número não foi divulgado. Mas soube-se que a administradora de cartões de crédito registrou um incremento de 65% nas transações com seus cartões, na África do Sul, no período da Copa. Fora a publicidade em cada partida disputada: cerca de 9 minutos. Segundo o periódico americano Financial Times, o primeiro mundial de futebol realizado no continente africano atraiu cerca de 1 bilhão de dólares em patrocínios. Sem dúvida, números que impressionam. E o Brasil tem um grande desafio que não é apenas realizar um grande evento. É fazer dele o mais rentável da história.
fotos: divulgação
A década de ouro
por Kléber Medeiros
Brincadeira de adulto Quem nunca brincou de Super Trunfo? Muito popular nos anos 80, esse tipo de jogo resiste até hoje, com um foco maior em velocidade: carros, motos, aviões e derivados. Mas quer agora novos adeptos: os fãs de futebol. O seu fabricante, Grow, decidiu lançar novos jogos, com os principais times da história dos maiores clubes paulistas.
Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo estão representados nas cartas que competem em quesitos como “Partidas”, “Vitórias”, “Derrotas”, “Gols Pró” e “Gols Contra”. O uniforme, no estilo retrô, ilustra cada uma das cartas. A empresa já promete mais clubes para 2011. Vamos torcer que os times pernambucanos façam parte dessa próxima coleção, pois será um interessante resgate do futebol de nossa terrinha.
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Chuteira Camaleão
A TIM volta a investir “pesado” no futebol. Tendo como estratégia se aproximar de seus clientes por meio do futebol, a operadora de telefonia móvel fechou contrato com dois clubes de grande torcida: os paulistas Corinthians e Palmeiras. E são contratos longos: 2012 e 2013, respectivamente.
A Penalty, uma das maiores marcas de material esportivo do país, aproveitou o mês das crianças para lançar a Chuteira Camaleão. O calçado, específico da linha infantil, muda de cor quando exposto ao sol, e vem com um bola. Nas versões campo, society e futsal, custarão em torno de R$ 90,00. revista
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De pai para filho; de corpo e alma “E
u sou Santa Cruz/ De corpo e alma/ E serei sempre de coração...” O compositor Sebastião Rosendo, autor deste hino do Santa, definiu bem essa relação de paixão entre o corpo e a alma, assim como o Santa Cruz e ainda entre o pai e filho. Como meu pai Ronildo Maia Leite falava, vou contar essa história para vocês, camaradas. Nasci cheirando a Revolução de 64; meu pai relatando no jornal Última Hora, os movimentos revolucionários e lutando para batizar meu nome. Para homenagear a esquerda que lutava contra as forças do exército, meu nome era para ser Yuri Gagarin, com Y! Mas o padre não deixou, já que é um nome russo do regime comunista. Assim, ficou só Iuri – com I e sem Gagarin, pois era época de repressão. Na revolução, meu pai foi preso e, por alguns anos, ficou desempregado; ninguém queria aceitar um homem de esquerda no mercado de trabalho. Naquela época comunista, não era anarquista. Era que não aceitava a ditadura e defendia a democracia. Dessa maneira, em 1966, seu Queiroz chamou meu pai para trabalhar na agência de publicidade Abaeté, com a função de redator. Ficou pouco tempo. Por um simples motivo que ele fazia questão de repetir quantas vezes fosse necessário: “no seu sangue, corre tinta de jornal”. Não à toa, recebeu um convite para voltar para imprensa. Mas com uma condição: tinha que ser na editoria de esportes para não se envolver em outros cadernos. Assim, foi para já extinto Diário da Noite (diga-se de passagem,
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foi um jornal vespertino do grupo Jornal do Commercio do Recife, que circulou até o início dos anos 80, fazendo um jornalismo popular) comandar o caderno. Mesmo ganhando metade do salário da Abaeté, ele aceitou. Afinal, era do que ele realmente gostava: do cheiro dos jornais, de escrever. Aí, começou a minha relação do Santa Cruz com meu pai, que me levava a tiracolo para todos os jogos. Lembro que encontrava, nas cabines das rádios, amigos do meu pai como Chico José e Luiz Cavalcanti. A imprensa esportiva é responsável pelo orgulho que temos de torcer por times locais. É o único Estado do Nordeste que as três principais torcidas são de Pernambuco. Pensamos primeiro aqui, depois é que vêm os times do Sudeste. Lembramos sempre o “ta lá”, de Ivan Lima. Recordamos, claro, de César Brasil, com a sua expressão superconsolidada: “O placar tá na velha base do zero a zero”. E ainda de Barbosa Filho, que falava sempre “A República independente do Arruda”, como também de Adilson Couto, que reinou com “Meu coração tá fazendo tuntuntum de alegria”. Não se pode esquecer Vicente Lemos, que criou o gol longo que Jota Soares e batizou de “a sirenada de Vicente”. Inesquecível ainda é Roberto Queiroz, que inventou, na hora de gritar gol , “e que gol... “. Existem tantos outros nomes... Entre eles, Ralph de Carvalho e o garoto prodígio de Vitória de Santo Antão, Rembrandt Júnior. Brilham ainda Natan Oliveira, Roberto Nascimento, Léo Medrado, Maciel Júnior,
Iuri Maia Leite, Diretor Comercial da Globo Nordeste
Aderval Barros, Rodrigo Raposo, Aroldo Costa... Enfim, são muito os nomes da TV e do rádio pernambucanos que têm esse dom de formar talentos. O orgulho de todo pai é que seu filho vista a mesma camisa – e vestir desde garoto. Fui na inauguração do Arruda, em 1972, no jogo contra o Flamengo do Rio e, depois, na ampliação em 1982. Posso falar que o Arruda é a minha casa; sou das ruas das moças, sou da rua do canal, sou da Avenida Beberide; sou da padaria do índio, sou do Mercado da Encruzilhada. Sou da Avenida Norte. Todo domingo esse é o meu caminho. Meu inicio com o Santa foi na arrancada do penta na década de 70. Tantos nomes vêm à minha mente... Entre eles, Luciano, a Maravilha do Arruda, e Givanildo, o Topo-Giggio, que ajudaram a quebrar o jejum do Corinthians. Além deles, também despontam Ricardo Rocha e Rivaldo, campeões brasileiros, e Ramon, artilheiro do campeonato brasileiro de 1973, formando dupla de ataque com Fernando Santana. E ainda Nunes, o cabelo de fogo, campeão mundial pelo Flamengo.
E me lembro bem de Fumachu, Betinho, Erb, Detinho, Cabral, Pedrinho, San Birigui, Pio, Zé do Carmo. Peço perdão porque são tantos grandes nomes do Santinha que, com certeza, me esqueci de mencionar vários. Todos contribuíram com o futebol brasileiro. Não ligo muito quando falam que o Santa está nas séries D, C ou B – são apenas letras e mais letras; não têm vida, pois não falam nem andam. A camisa do Santa fala e anda sozinha, tem alma, flutua em campo. As camisas jogam sozinhas. Quando um time chega nesse estágio da amisa ser maior do que o jogador, é possível se orgulhar e dizer que se veste um manto sagrado. Pai, por duas vezes e em público, na placa do Bar Pra Vocês, no Pina, onde recebemos juntos no dia 28 de janeiro de 1999, e ainda na homenagem da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB), eu disse que TE AMO e agora, mais uma vez, agradeço a você por ter me tornando Tricolor do Arruda. O corpo do meu pai não está mais aqui, mas com certeza a alma dele permanecerá eternamente no Arruda. Por isso, eu sou Santa Cruz de corpo e alma...
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por Léo Medrado
Abaixo a Democracia A
ntes que me julguem como alguém defensor das torturas ocorridas na época da ditadura, deixo bem claro que estou me referindo estritamente ao quesito FUTEBOL. Abaixo a democracia no futebol. Amigos, a história está aí pra não me deixar mentir. As seqüelas deixadas nas eleições são por demais maléficas aos nossos clubes. Os derrotados nas urnas passam a torcer contra o grupo eleito e, ainda que inconscientemente, contra o próprio clube. É a tão propalada vaidade, natural do ser humano, mas elevada à quinta potência nos dirigentes. Automaticamente, a oposição pode ou não ser extremamente prejudicial. Funciona assim: Enquanto o time estiver vencendo, tudo anda, tudo funciona. Mas se o time encara uma seqüência de derrotas, o bicho pega. A torcida vive de resultados. Não deveria ser dessa forma, mas é. O torcedor é paixão acima de qualquer razão. Quando se perde, o presidente é incompetente, o diretor é ladrão, o técnico é burro e o jogador não passa de um perna de pau. Ora, mas um mês atrás eram todos competentes...e daí?! Voltemos a história. Década de setenta. Um colegiado é criado no Arruda. Caixero, Aguiar, Castro, Mattos, grandes tricolores formam um “grupão” e um sucede ao outro no fim de cada
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mandato. O resultado dessa união: Um Santa politicamente sólido, forte e com o melhor time da sua história: Gilberto (Jair); Carlos Alberto Barbosa, Lula, Levi e Pedrinho; Givanildo, Carlos Alberto Rodrigues e Mazinho; Fumanchu, Ramon (Volnei) e Pio. Em 75, ganhou do Palmeiras de Ademir da Guia em SP e desclassificou o Flamengo de Zico em pleno Maracanã, chegando na quarta colocação no Brasileiro. Década de noventa. O Sport de Luciano Bivar une-se ao Sport de Vanderson Lacerda. O resultado dessa união: Oito títulos estaduais em onze anos (90 a 2000) e dez anos na primeira divisão, com direito a belas campanhas nos Brasileiros. Início do novo milênio. O Náutico unese em torno do nome de André Campos. O clube que havia conquistado quatro títulos em trinta e dois anos, entre 69 e 2000 (74, 84, 85, 89), conquista três títulos em quatro anos (01, 02 e 04). Não são apenas números. São constatações. A recíproca também comprova. O Náutico desunido penou por três décadas. No rompimento entre Bivaristas e Vandercistas, até água faltava nos chuveiros do clube e o Sport não foi pra Série C por um gol de saldo. E o Santa está aí pra quem quiser confirmar, ratificar a tese. Eleição em clube só serve pra desunir. Pra criar grupos e sub grupos. Quando há consenso, união, o caminho do sucesso é mais brando, palpável, defensável, tranquilo, coe rente, respaldável ...
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