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Amy Winehouse
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Amy Winehouse nasceu em Southgate, no norte de Londres, em 14 de Setembro de 1983. Em criança, costumava ouvir músicos de jazz, como Frank Sinatra, Dinah Washington e Ella Fitzgerald, que exerceram fortes influências nas suas composições. Aos nove anos de idade, foi incentivada pela sua avó Cynthia a matricular-se numa escola de artes particular para promover a sua educação vocal. Aos dez anos de idade, fundou uma banda de rap amadora chamada Sweet ‘n’ Sour, e em 1996, conseguiu uma bolsa de estudos para frequentar o colégio Sylvia Young Theatre School, mas foi expulsa após um ano por indisciplina. Mais tarde, aos catorze anos, foi matrículada na escola Brit Performing Arts and Technology School, e na mesma idade, começou a usar drogas. Aos quinze anos de idade, compôs as suas primeiras canções e começou a atuar em pequenos clubes de jazz em Londres. No ano de 1999, Amy ingressou como vocalista de uma pequena banda local, chamada National Youth Jazz Orchestra, e gravou uma fita demo com o cantor Tyler James, que a enviou aos gerentes da agência A&R.
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Darcus Breeze ouviu um dos demos da cantora quando um dos seus gerentes foi mostrar-lhe algumas das canções em que estava a trabalhar e, acidentalmente, tocou uma das canções de Winehouse. Breeze decidiu que queria contratá-la, mas levou cerca de seis meses para conseguir encontrar a cantora. Foi apenas em 2001 que foi convidada a fazer um teste vocacional para a Island Records e, posteriormente, assinou contrato com a gravadora, que produziu o seu álbum de estreia.
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Vinte anos mais tarde, depois do seu nascimento , Amy entrega ao mundo o seu primeiro disco, com sonoridade urbana e, fortemente, influênciado pelo jazz. A cantora fez covers de ídolos, e o seu talento influênciou artistas no mundo inteiro. O seu trabalhou inaugural desenvolveu-se, com letras puras, que falam essencialmente, sobre paixões.
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Em 2002, Amy Winehouse mudou-se para Camden Town, para finalizar o seu trabalho de estreia. Frank foi lançado em 20 de outubro de 2003. O álbum conta com 13 músicas e quase uma hora de duração, com faixas estendidas devido a composições paralelas ao final de algumas canções. A recepção do álbum por parte da crítica foi bastante calorosa, não faltando também comparações de Amy Winehouse com outras cantoras como Nina Simone, Billie Holiday, Sarah Vaughan e Dinah Washington, entre outras.
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Frank é uma homenagem a Frank Sinatra, artista cujo espírito carrancudo, pode ser percebido como atmosfera central do disco. Em essência, a música que abre o disco, Stronger Than Me é uma das canções mais simples do disco. Essa canção dá o tom que permeia as composições que se seguem: os relacionamentos amorosos, a mulher de enorme força, mas que assume necessitar de carinho e cuidado; e, para finalizar, a posição quase feminina dos homens frente a determinados assuntos num namoro. A canção lançada como single, saiu em 6 de outubro de 2003 e debutou na 71.ª posição da tabela musical UK Singles Chart. O álbum acabou por ser certificado com disco de ouro pela Indústria Fonográfica Britânica, por ter vendido cem mil cópias no Reino Unido. Nos Estados Unidos, o álbum foi lançado apenas em 20 de novembro de 2007 e vendeu 307 mil cópias, alcançando a 61.ª posição da parada de álbuns do país, a Billboard 200. No ano de 2004, a cantora recebeu duas indicações ao prémio BRIT Awards nas categorias Artista Solo Feminina Britânica e Ato Urbano. Além disso, venceu um prémio Ivor Novello Awards com a canção “Stronger Than Me”, enquanto Frank foi incluído no livro de referência musical 1001 Albums You Must Hear Before You Die (2005) e recebeu uma indicação ao Mercury Prize Awards de Álbum do Ano. Após finalizar os seus projetos com o álbum, ela desapareceu da atenção da imprensa e ficou cerca de dezoito meses sem realizar nenhum empreendimento musical.
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You should be stronger than me You’ve been here seven years longer than me Don’t you know you supposed to be the man? Not pale in comparison to who you think I am You always wanna talk it through - I don’t care I always have to comfort you when I’m there But that’s what I need you to do - Stroke my hair Cause I’ve forgotten all of young love’s joy Feel like a lady, and you my lady boy You should be stronger than me But instead you’re longer than frozen turkey Why’d you always put me in control All I need is for my man to live up to his role You always wanna talk it through - I’m okay I always have to comfort you every day But that’s what I need you to do ? Are you gay? Cause I’ve forgotten all of young love’s joy Feel like a lady, and you my lady boy He said the respect I made you earn Thought you had so many lessons to learn? I said you don’t know what love is, get a grip Sounds as if you’re reading from some other tired script? I’m not gonna meet your mother anytime I just wanna grip your body over mine Please tell me why you think that’s a crime I’ve forgotten all of young love’s joy Feel like a lady, and you my lady boy You should be stronger than me
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Amy Winehouse
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Amy Winehouse voltou à atenção da imprensa britânica em 2006, devido à sua drástica perda de peso e ao seu consumo excessivo de álcool e drogas. Nesse período, ela também chamou atenção para a sua imagem, que ficou caracterizada pela maquilhagem e por um penteado inspirado pela moda das décadas de 1950 e 1960. Além disso, o seu relacionamento conturbado com o assistente de vídeo Blake Fielder-Civil foi muitas vezes comentado nos tabloídes. Resultante dessa relação, Back to Black foi lançado como o segundo álbum de estúdio da cantora. Segundo e último álbum de estúdio gravado por Amy Winehouse, Back to Black foi uma sensação em geral no mundo da música. Lançado oficialmente em Outubro de 2006, o disco alcançou progressivamente os números mais altos dos rankings musicais, as notas mais altas em revistas especializadas e críticas elogiosas, focando principalmente na evolução de Amy Winehouse e na sua ousadia em guinar a criação musical para algo menos jazzístico-clássico, uma espécie de antônimo de Frank, o seu primeiro álbum.
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As canções incluídas nesse trabalho foram fortemente influênciadas pela música soul da década de 1960, pelo R&B contemporâneo e o ska. A própria cantora, em entrevistas posteriores, disse que não queria seguir a mesma pegada do jazz “puro”, com acordes mais complexos, harmonias que precisavam de maior cuidado, retoques e revisões. A sua intenção era trazer algo mais despojado, mais… “popular”, e por isso mesmo percebe-se que Back to Black se aproxima de ritmos, tons e melodias realmente mais diretas, embora ainda traga um excelente trabalho de musicalização. O mix de estilos e a maior liberdade que Winehouse teve para trabalhar fez de Back to Black um grande acerto musical. Os seus produtores permitiram
maiores experimentações e até apoiaram o trilha mais soul/R&B que a cantora propunha. Também as composições sofreram uma sensível alteração. Enquanto o tom quase prepotente das letras de Frank, apontavam para uma independência feminina em relação ao homem e uma “pouca importância” dada ao relacionamento; em Back to Black, o tom é de uma amargura genuína, algo vindo da vida pessoal da artista, que acabara de terminar um relacionamento e esteve, em meados de 2005, com sérios problemas relacionados as drogas pesadas e álcool.
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A postura nada defensiva e mais ousada fazse sentir em todo o álbum. Já de início, o grande single do disco, Rehab, é uma canção visivelmente pessoal e impossível de não “viciar” quem a ouve. Ritmo, cadência de notas, forte realismo e melodia tornaram Rehab um verdadeiro hit musical, e certamente serviu como cartão de visitas para a venda do disco, que em pouco tempo já era um dos maiores sucessos no Reino Unido.
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Temos em seguida o pessimismo melódico e a verdade nua e crua de You Know I’m no Good, que apesar de maravilhosamente bem cantada traz algo na letra algo que pode ser contestado por muitos fãs de certos Bonds: uma citação elogiosa a Roger Moore. Me and Mr Jones tem a cara de R&B dos anos 50-60, com vocal feminino durante toda a canção e forte toque na marcação de ritmos, mesmo com instrumentos melódicos. Just Friends foi um dos hits do álbum e uma das canções mais seguras, mais simples e mais poderosas. Na voz de Amy Winehouse a mensagem e a própria música tornaram-se ainda mais interessantes e chamativos. Assim é o caso de Back to Black, a música-título do álbum. Não se trata de algo simples
como Just Friends, mas traz o mesmo poder na voz e a mesma potência musical encontrada em Rehab - mais compassada, dissonante e com vocal acompanhando alguns trechos. Back to Black obteve um bom desempenho comercial. Foi o álbum mais vendido do mundo em 2007, com um total de seis milhões de cópias comercializadas, e o sétimo mais vendido de 2008. Em agosto de 2011, Back to Black tornou-se o disco mais vendido do século XXI, com mais de mais de 3.300 milhões de cópias distribuídas, passando a ocupar em dezembro o segundo lugar. Mundialmente, a obra havia vendido mais de vinte milhões de cópias até 2012, o que o fez entrar para a lista dos álbuns mais vendidos do mundo.
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No ano de 2008, Amy Winehouse participou da 50.ª edição dos Grammy Awards, onde venceu cinco das seis categorias em que estava a concorrer: Canção do Ano, Gravação do Ano, Melhor Performance Vocal Pop Feminina, Artista Revelação e Melhor Álbum Vocal Pop. Por esse feito, a cantora entrou para o livro The Guinness Book of World Records como a artista feminina britânica que mais foi premiada em apenas uma edição dos Grammy Awards.
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As principais influências musicais de Amy Winehouse eram cantores de soul e jazz das décadas de 1940 e 1960, como Ella Fitzgerald e Sarah Vaughan. Porém, alguns artistas de música gospel, como Mahalia Jackson e Aretha Franklin, também exerceram certa influência na artista. Durante a sua infância, a inglesa costumava ouvir músicos como Dinah Washington, Billie Holiday e Frank Sinatra, que exerceram fortes influências nas composições e estilo musical do seu álbum de estreia, Frank, incorporando nas suas canções elementos de jazz e R&B.
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No entanto, durante o desenvolvimento do seu segundo álbum de estúdio, Back to Black, Winehouse citou como principais influências os grupos femininos dos anos 1950 e 1960, comentando: “Andava a ouvir diversos grupos femininos dos anos 1950 e 1960. Gostava da simplicidade deles. Vão direto ao assunto. Então comecei a pensar em escrever canções daquela maneira”. A principal dessas bandas foi The Shangri-Las,a qual ela citou como sua inspi ração. Numa entrevista dada pela cantora à emissora de televisão BBC Music, gravada no festival Other Voices, na Irlanda, ela revelou que a sua canção preferida era “I Can Never Go Home Anymore”. “Quando eu e o meu namorado terminamos, eu passei a ouvir aquela canção repetidamente enquanto estava sentada no chão da minha cozinha com uma garrafa de Jack Daniels”, disse ela. Outro grupo que exerceu influência notável na artista foi The Ronettes, já que o penteado usado por ela nesse período, chamado beehive, foi inspirado no mesmo que as mulheres usavam na época.
Além desses artistas, ela também teve como influência os seguintes cantores e bandas: Marvin Gaye, The Specials, Ray Charles, Donny Hathaway, The Shirelles, The Zutons, Salt-n-Pepa, TLC e Sam Cooke. Ao longo da sua carreira, Amy Winehouse também influênciou alguns artistas. A cantora galesa Duffy citou-a como uma das suas influências musicais e foi comparada a ela devido à semelhança do estilo musical das duas cantoras. O mesmo ocorreu com a britânica Adele que, além de ser denominada pela imprensa como A Nova Amy Winehouse, revelou que Winehouse é a sua inspiração. Ela também influênciou a cantora norte-americana Lady Gaga, que comentou: “Amy mudou a música pop para sempre. Terei para sempre um amor muito profundo por ela”. Outros artistas influênciados pela cantora são: Lily Allen, Florence Welch, Dionne Bromfield, Caro Emerald, Jesuton, Nina Zilli e Rebecca Ferguson.
Em 2010, o rapper Jay-Z disse em entrevista à rádio BBC que Amy Winehouse revigorou o cenário musical britânico, afirmando: “Há uma forte pressão vinda de Londres neste momento, o que é ótimo. Ela existe desde a época da AmyWinehouse, acho. Quer dizer, desde sempre mas eu acho que este novo ímpeto teria sido provocado por ela”. Charles Aaron, editor da revista norte-americana Spin, comentando a influência exercida pela cantora sobre Adele, Corinne Bailey Rae, Eliza Doolittle, dentre outras artistas femininas britânicas, escreveu: “Amy Winehouse foi o momento Nirvana para toda estas mulheres. Todas fazem referência a ela [a Amy Winehouse] em termos de atitude, estilo musical ou moda”. Em 2011, Adrian Thrills, do jornal britânico Daily Mail, disse: “Sem a Amy não haveria Adele, Duffy e nem Lady Gaga”, completando: “Mesmo agora, numa época em que o pop feminino domina as tabelas musicais, como Adele, Beyoncé, Katy Perry e Gaga, nada se aproxima da força emocional de Back to Black”.
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Voz e estilo musical Desde a sua estreia com o álbum Frank, a sua voz recebeu comparação frequente às de Sarah Vaughan, Dinah Washington, Norah Jones, entre outras. Alexander Billet, crítico do website Dissident Voice, disse que a voz da cantora tinha um poder incomum e uma força inegável. Outros críticos elogiaram a sua voz após o lançamento do seu segundo álbum de estúdio Back to Black. O estilo musical interpretado por Amy Winehouse combinava uma ampla gama de elementos de vários gêneros, como soul, jazz, rhythm and blues (R&B), neo soul, blues, ska e reggae, embora este último não tenha sido muito abordado. Desde a sua estreia com o álbum Frank, Winehouse foi avaliada em função da sinceridade, originalidade e sarcasmo de suas letras, e os seus textos foram reconhecidos como autobiográficos. Numa crítica feita para o seu trabalho de estreia, Beccy Lindon, do jornal britânico The Guardian, escreveu: “Situado algures entre Nina Simone e Erykah Badu, o som de Winehouse é, simultaneamente, inocente e delicado”.
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Greg Boraman, escritor da emissora de rádio e televisão BBC Music, disse: “As influências de Amy (Vaughan e Dinah Washington) são óbvias mas menos marcantes, contudo, Winehouse tem a atitude, talento e ousadias suficientes para fazer com que qualquer comparação seja fugaz e sem sentido”. Com o lançamento de seu segundo álbum de estúdio, Back to Black, Editores da revista Mojo disseram: “Winehouse continua sendo uma das vozes mais originais da música moderna e agora está a emergir indiscutivelmente como a melhor cantora de soul da sua geração”. Jake Henneman, da revista Crawdaddy!, elogiou as músicas do disco descrevendo-as como: “Um sensual neo soul e R&B”. Jude Rogers, da publicação britânica New Statesman, chamou-o de: “Um impressionante álbum de soul, absorvendo os sons de Motown e dos grupos femininos da década de 1960 e cuspindo-os de volta com brio, glamour e um toque contemporâneo”.
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Por volta das 15h54min de 23 de julho de 2011, duas ambulâncias foram chamadas para a casa de Winehouse em Camden, Londres, devido a um telefonema à polícia britânica para atender uma mulher desfalecida. Pouco tempo depois, as autoridades metropolitanas haviam confirmado a morte da cantora. Posteriormente, foi aberta uma investigação a fim dedeterminar a causa da morte de Amy Winehouse, porém os primeiros resultados não foram conclusivos e uma análise toxicológica foi necessária. No dia da morte, a editora discográfica Universal Music Group emitiu um comunicado expressando seu pesar pela morte inesperada da cantora. Além disso, artistas como U2, Lady Gaga, Nicki Minaj, Bruno Mars, Rihanna, George Michael, Adele, Kelly Clarkson e Courtney Love fizeram tributos a Amy Winehouse. Diversos fãs também prestaramhomenagens a ela, deixando garrafas de bebidas alcoólicas, taças, cigarros e diversas fotos da cantora em frente à sua casa em Camden Town. A sua morte também trouxe de volta os seus materiais discográficos aos rankings ao redor do mundo.
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Autor Ana Rita Arcos Título Amy Winehouse/Diva do Soul Edição 1a / 2013 Editora Editorial Caminho Revisão de textos Catarina Martins Lugar e data de emissão Porto, 2013 Páginas 48 Altura 22,5 cm Largura 18,5 cm Acabamento Brochura Tiragem 1 Impressão e Acabamento Qualquer Ideia Gramagem 190gr Nome do Papel Moken Capa Ana Rita Arcos Design Grafico Ana Rita Arcos Tipografia Source Sans Pro DEATHE MAACH NCV Brannboll Fet Remachine Script Personal Use Tratamento da imagem Ana Rita Arcos ISBN 9789722107082