RITA CENTEIO PORTFOLIO
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V* Rita Centeio
Av. Infante D. Henrique, nº14 1ºC 2660-450 Stº Antº dos Cavaleiros Portugal Tel.: (00351) 918262895 ritacenteio.portfolio@gmail.com 20/02/1985
Formação
_2003-2010 Mestrado Integrado em Arquitectura, Universidade Lusíada de Lisboa
_09/2008-11/2008 Adobe Graphic Design, centro de formação The.edge
_04/2008-05/2008 Curso de formação no software VectorWorks Architect e Renderworks, Techlimits Informática, Lda
RITA RODRIGUES CENTEIO
Este portfólio é uma selecção do conjunto de trabalhos académicos realizados na disciplina de projecto ao longo do curso de Arquitectura. Todos eles abordam a pré-fabricação e modularização de perspectivas diferentes, sendo que O projecto do 3ºano centra-se na construção de uma fachada a partir de peças standard que permitem diferentes situações lumínicas consoante a combinação dessas peças, produzindo ao mesmo tempo uma imagem muito forte, que representa a “marca” que aí está sediada – Peter Saville – designer gráfico. O projecto do 4ºano aborda a modularização, não do ponto de vista da pré-fabricação como no trabalho do 3ºano, mas consiste antes numa estrutura que se desenvolve a partir de um esquema triangular, através do qual se constrói todo o conjunto habitacional, bem como todas as infraestruturas necessárias, reorganizando o tecido urbano e construindo um novo modelo de cidade. O projecto do 5ºano tem por base oito peças pré-fabricadas a partir das quais, através de diferentes possibilidades de combinação, se constrói um passeio marítimo, um museu, e habitações de permanência temporária, inventando, assim, uma nova frente marítima. A identidade desta zona gera-se através da unidade que a sua imagem global transmite, conseguida a partir da repetição de um conjunto de peças que constituem todo o construído.
MODU
3ºano ESTÚDIO + HABITAÇÃO
FACHADA MODULAR
4ºano PLANEAMENTO URBANO + HABITAÇÃO
HABITAÇÃO MODULAR
ULAR 5ºano PASSEIO MARÍTIMO + MUSEU + HABITAÇÃO
PASSEIO MODULAR
Mร DULO
3ยบ ano Projecto
Foi pedido que se pensasse num projecto que albergasse a casa e o estúdio do Peter Saville, designer gráfico, num mesmo edifício, servindo assim de local de residência e de trabalho. Era muito importante conseguir uma imagem bastante forte para o edifício, na medida em que representaria a “marca” Peter Saville. Assim, a fachada é constituída por grandes painéis de vidro e por uma malha metálica que controla a entrada de luz no interior do edifício. Essa malha forma-se a partir da sobreposição de peças metálicas com a forma das duas primeiras letras do nome do designer - S e A (SAville). Consoante a concentração das peças nos painéis, pode entrar mais ou menos luz no edifício. Ao mesmo tempo que filtram a luz exterior, estas peças permitem criar uma imagem forte e clara que permita associar facilmente o edifício à marca.
painel frontal
CORTE PAINÉIS (peças - letras)
peças de ligação
Laje
Mร DULO
4ยบ ano Projecto
Esta proposta projectual resulta da análise do Pinhal Novo segundo duas vertentes. Por um lado, uma análise ao construído, levando à constatação de que esta Vila se encontra completamente descaracterizada, sem qualquer lógica de organização espacial, nem plano de expansão, que estruture o crescimento que esta zona tem vindo a sofrer. Para dar resposta a estes problemas, gera-se uma nova lógica de expansão através da modelação do terreno, conferindo não só uma nova ordem estrutural a este sítio, mas também uma identidade. A dispersão que se verifica hoje no Pinhal Novo, deve-se essencialmente ao facto de o Pinhal Novo se ter desenvolvido de início à volta da estação de comboios. Uma das causas da dispersão, foi este crescimento concêntrico, em que se concentraram os equipamentos colectivos junto à estação e a partir daí desenvolveram-se vários quarteirões de habitações, sem nenhum planeamento coerente, acabando por dispersar à medida que se afastam do centro (da estação). No entanto isto é só uma das possíveis consequências de um crescimento concêntrico. Se olharmos com atenção, qualquer das grandes cidades ou áreas metropolitanas que conhecemos em Portugal, se desenvolve de forma concêntrica, e esta é uma das características que mais influência tem na falta de qualidade das nossas cidades. A maior parte das cidades concentra os seus equipamentos e postos de trabalho no centro, fazendo crescer as áreas habitacionais para zonas cada vez mais periféricas, gerando as conhecidas zonas dormitório, e tornando os centros urbanos áreas com grande dinamismo e até bastante saturadas durante o dia, e desertas durante a noite. Deste ponto de vista, e tentando combater essa concentricidade, surge a "cidade-linear", como uma solução que pretende que o número de habitações seja proporcional ao número de equipamentos e às áreas verdes e de cultivo, conseguindo com que uma cidade cresça principalmente e antes de mais em qualidade e não em quantidade. Assim, ancorada à cidade préexistente, começa a crescer uma cidade que a completa e ao mesmo tempo que se pode expandir pelo infinito. A ideia é a de um corredor, com várias faixas que correspondem a áreas verdes de lazer, de cultivo, a áreas habitacionais... e que variam de espessura (ou percentagem) segundo as necessidades das populações e da própria cidade, gerando espaços com diferentes qualidades, proporcionando diferentes tipos de apropriação e promovendo a relação entre os indivíduos. No entanto, embora este sistema de faixas conceda a possibilidade de se repetir ou aplicar em qualquer sítio, o projecto do Plano relaciona-se directamente com o lugar, com o Pinhal Novo. A forma como as faixas se relacionam entre si e com o lugar (neste caso com a cidade pré-existente), é específico e diferente de qualquer outro lugar. O que define uma possibilidade de expansão é o sistema de faixas e a forma como se desenvolvem as tipologias habitacionais.
Pinhal Novo planeamento urbano
linha ferroviária estação ferroviária atravessamento viário, pedonal e ciclável zona ajardinada equipamento público - bancos percurso pedonal ciclovia
acesso ao Centro de Saúde estacionamento zona de água para lazer zona ajardinada
estrada coberturas ajardinadas acesso às habitações zona relvada à cota das hortas campos agrícolas pré-existentes
zona de água para lazer zona ajardinada acesso às habitações hortas, cobertura das habitações ciclovia
zona pavimentada
equipamento público, bancos estacionamento estrada
passeio
campo polidesportivo
zona ajardinada
campos de cultivo pré-existentes
zona relvada à cota das hortas áreas de cultivo pré-existentes acesso às habitações estrada coberturas ajardinadas
percurso pedonal acesso ao Infantário ciclovia zona ajardinada do Parque Urbano
acesso ao Centro de Artes percurso pedonal acesso ao Health Club
zona ajardinada acesso pedonal à Feira Levante zona pavimentada da Feira Levante
vinhas pré-existentes passeio ciclovia acesso pedonal à Feira Levante zona ajardinada do Parque Urbano zona pavimentada da Feira Levante acesso da cota da Feira à cota do Parque
percurso pedonal do Parque Urbano
acesso ao silo automóvel
ciclovia estrada
cemitério pré-existente
O sistema habitacional desenvolvido parte da forma triangular como base, resultando num conjunto habitacional agregado, uniforme à escala da cidade, mas capaz de introduzir grandes possibilidades de variabilidade à escala da tipologia, e de quem percorre os espaços, reconhecendo neles qualidades distintas, longe de cair numa monotonia espacial. A importância deste sistema está na eficácia com que concentra o edificado habitacional, contrariando a tendência de dispersão verificada nas periferias das grandes cidades. Este sistema exige que as habitações se construam sempre agregadas umas às outras. Tendo em conta que os acessos se fazem maioritariamente pelas coberturas, que são percorríveis em toda a sua extensão, e que a forma de aceder a uma habitação é através da cobertura de outra, o sistema só funciona se as habitações estiverem obrigatoriamente agregadas, induzindo assim à concentração. Para além desta intenção, este sistema promove também uma mudança na atitude cívica dos habitantes, na medida em que as suas hortas são na cobertura das suas habitações, e que as coberturas são percorríveis, transformando-se num enorme jardim de cultivo. Quase sem se aperceberem, cada um dos habitantes está no fundo a construir um troço de espaço público, assumindo a atitude de que o que é público é da responsabilidade de todos, desenvolvendo a pouco e pouco um sentimento de cidadania. Por outro lado, visto as hortas serem uma das premissas do enunciado, o facto destas se situarem exactamente por cima das habitações, faz com que cada morador se sinta de certa forma obrigado a cuidar desse bocado de terra, nem que crie apenas uma zona relvada, pois o cuidado que irá ter com a sua horta, irá ter implicações directas no comportamento da sua habitação, nomeadamente a nível de isolamento térmico (visto a terra ser um óptimo isolante). É a partir da ideia de triangulação existente nas habitações, que se passa progressivamente para a escala dos equipamentos e da cidade. Um dos objectivos deste trabalho, e a razão pela qual se opta por uma imagem tão forte ao nível da cidade, é a de resolver o problema de descaracterização evidente no Pinhal Novo. A imagem resultante deste plano, não só caracteriza, personaliza, dá uma alma a esta vila/ cidade, como permite também que esta se possa vir a desenvolver, servindo como um instrumento de marketing territorial.
Tipologias Habitacionais sistema evolutivo
Planta de Cobertura
T1
Planta de Percursos_cota 0
T1
T2
T2
T1
T3
T1 T2
T2 T1
Tipologias Habitacionais vista de topo
T1
Tipologias Habitacionais perspectiva do exterior
entrada da habitação
T2 Opção1
Tipologias Habitacionais perspectiva do exterior
entrada da habitação
T2 Opção2
Tipologias Habitacionais perspectiva do exterior
T3
Mร DULO
5ยบ ano Projecto
O projecto consiste numa plataforma/ passeio marítimo que avança sobre o rio, a partir de um determinado número de peças standard préfabricadas, que se repetem segundo um determinado esquema ao longo da margem, passível de se repetir pela extensão que se pretender. Estas peças desenham-se como esculturas, formando tanques/ reservatórios de água que vão construindo plataformas inundáveis, introduzindo variantes nas possibilidades de vivência do percurso consoante as marés. Funcionando como os antigos moinhos de marés, estas peças produzem energia a partir da variação dos níveis da água, permitindo alimentar a iluminação ao longo de todo o percurso. O exercício deste projecto, reside na invenção de um passeio marítimo que não se limita a uma plataforma sobre a qual se pode andar, mas que se acrescenta reinventando uma estrutura comum nas margens do rio Tejo – moinhos de marés – e com isso enriquecer o percurso marítimo a partir do ambiente que se produz através dos reservatórios de água, que vão enchendo e esvaziando consoante as marés, produzindo sons, privilegiando a presença da água na vivência do passeio marítimo.
Passeio MarĂtimo sistema modular
8 PEÇAS
COMBINAÇÃO A
COMBINAÇÃO B
COMBINAÇÃO C
A B B C A B A C A B A C B B A C B A A C B A B C B A B C A A B C
esquema: ABBABAAB - a combinação C, bem como os bancos ao longo do passeio, introduzem-se de 3 em 3 peças de modo a assegurar uma boa iluminação nocturna (através dos bancos que têm encastrados o sistema lumínico), bem como a eficiência energética do passeio (através do gerador que constitui a peça C)
Quanto ao museu, muita da pesquisa fez-se em torno da definição do que pode ou deve ser um museu contemporâneo, do modo como se poderiam articular os espaços de exposição permanente e os de exposição temporária, e de como se deveriam comportar na transformação e estruturação do espaço exterior e interior, qual a natureza dos espaços interiores de uma estrutura tão particular e de um programa tão múltiplo e aberto como o de um museu. A massificação de consumo, levou à construção dos novos espaços públicos como cenários de distribuição e consumo, quer seja de bens, cultura, ou informação. Os museus são um destes cenários, e com o acesso à cultura por parte das massas, transformaram-se em espaços de consumo, onde as ofertas culturais se multiplicam, com tendência para um carácter globalizante, caracterizando-se pela contínua ampliação da gama de actividades desenvolvidas no seu interior. Deste ponto de vista, o projecto do museu foi concebido, nessa lógica, como uma estrutura, ou um organismo, que precisa sempre cada vez de mais espaço, e que se encontra em constante ampliação. Assim, o museu surge como a continuação do passeio marítimo, constituído pelos mesmos modelos de peças pré-fabricadas, mas onde a água que existe no passeio no interior dos tanques, dá agora lugar a espaços de exposição. Esta estratégia, permite que o espaço do museu possa ser sempre acrescentado. Uma vez que o passeio marítimo já lá está construído, sempre que for preciso ampliar o espaço de exposição, esvazia-se uma peça do passeio marítimo, que deixa de funcionar como moinho de maré, e passa a funcionar como parte do museu.
Museu modular
b
a
Planta Piso -2
a
b
Corte b 0
0 1 2 3 4 5 6
exterior; exposiçao de fotografia exposiçao permanente exposiçao temporária armazém do atelier atelier cobertura espaço exterior do atelier
rio
1
2
3
4
5
6
0
exposiçao permanente
1
caixa de luz de atelier
2
vegetaçao
3
exposiçao temporária
4
acesso à exposiçao de fotografia
5
exposiçao permanente
6
acessos
7
átrio/ recepçao
8
entrada de luz
9
acesso para WC
10
armazém da cafetaria
11
cobertura
rio
Corte a
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
O volume que dá origem às habitações é uma das peças base pré-fabricadas, através das quais se constrói o passeio marítimo. Cada habitação é uma dessas peças invertida, e o desenho proposto reflecte e expressa essa condição, consistindo na definição do vazio da própria peça. É a partir do desenho desse espaço oco que surge o espaço habitado. Exteriormente, a empena tem a forma tradicional de uma habitação como se se tratasse de uma construção de telhado de duas águas. O interior é desenhado como um espaço único que se prolonga sobre o rio através de um grande vão que se abre emoldurando a paisagem, e que ocupa uma face inteira do objecto, do qual surge uma saliência paralelepipédica onde se desenvolve o espaço de dormir e a casa de banho, compartimentos de dimensões reduzidas, com o objectivo de privilegiar o espaço de estar. A separar estes dois espaços encontra-se uma estrutura de armazenamento e preparação de alimentos, que assegura a privacidade da zona de dormir e de higiene. As habitações estendem-se ao longo do passeio marítimo, que garante uma das formas de acesso ou, como alternativa, existe também um caminho sinuoso que liga o Portinho da Costa ao passeio, criando um percurso cénico pelo pinhal e a paisagem. À noite, juntamente com as casas dos geradores eléctricos, as habitações desenham um ritmo de luz que desenha a margem deste troço e a define, pela primeira vez, como uma identidade própria.
Habitações
pré-fabricadas
O volume da habitação é uma das peças que constitui o passeio marítimo, invertida, à qual se subtraem algumas partes para permitir o acesso das pessoas e a entrada de luz, oferecendo vistas sobre o rio e sobre o céu.
Alรงado poente
Alรงado sul
Alรงado nascente
Alรงado norte
0
4
Corte c
1
2
3
5
6
7
8
9
4
c
2
31.35m2
3
0
1
4 3
10
11
0
vidro duplo
1
assento almofadado
2
lajeta de betão
3
estrutura de suporte em madeira
4
contraplacado branco de 10mm
5
autonivelante
6
regularização
7
tela asfáltica
8
roofmate 4cm
9
betão
10
canalizações de água
11
electricidade
0
entrada
1
sala
2
cozinha
3
zona de dormir
4
casa de banho