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STATO Pré-Sal e o delírio privatista. Entrevista com Sérgio Ricardo Cruz de Jesus

Filme Humor E mais...

A história do petróleo no Brasil



Índice Especial: A história do petróleo no Brasil pág. 4 O novo mapa do petróçeo no Brasi pág. 6 lGlobalização para o Pré-Sal pág. 7 Opinião pág. 10 Stato Entrevista pág. 11 Pré-Sal e o delírio privatista pág. 13 Perfil pág. 15 Stato Recomenda pág. 16 Humor de Stato pág. 17

Editorial Caro leitor, com o objetivo de abordar, e elucidar dúvidas sobre o tema em questão (Pré-Sal), Status, faz uma abordagem, independente, levando em consideração a opinião de nossos colunistas e entrevistados. Em nossos artigos, você leitor, terá a oportunidade de acompanhar a repercussão do tema, sob o espectro de inúmeros pontos de vista, dando a você a oportunidade de se deleitar com uma leitura crítica e pessoal sobre o tema. Status abre um harmonioso espaço de debate ideológico e divergências de opinião, no mais profundo espírito democrático, a que se pauta nossa linha editorial. Nesta edição, vocês acompanharão uma reportagem especial detalhando a história, e a saga do petróleo no Brasil. Como se desenhou através de décadas a evolução de grandes descobertas e a modernização da nossa maior empresa estatal. As opiniões expressas em entrevista por um diretor da Petrobras, legítimo representante da sociedade civil e dos anseios otimistas de nossa sociedade. Ficarão atualizados sobre as mais recentes descobertas de petróleo e suas perspectivas socioeconomias. Status, aborda através de seus colunistas, os erros do passado, do presente, e os meios pelos quais não podemos seguir a obsoleta cartilha do ufanismo. Um estudo através de pesquisas e da da comparação, pelo qual entendemos os erros e acertos daqueles que no passado já passaram por experiências parecidas, e quais as lições, que deles podemos tirar, em benefício de nossa causa. Não impomos aos nossos leitores, um “pacote fechado”, uma opinião formada, uma conclusão imperfeita, à este tema, tendo em vista sua complexidade, e seus futuros desdobramentos. Temos a convicção de que cada leitor, fará da melhor forma, seu juízo de valor. Estaremos assim, de modo informativo e democrático, abrindo para a construção de opiniões inteligentes e relevantes ao tema em questão.



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Especial: A história do petróleo no Brasil. Da descoberta à criação da Petrobrás. Em 1938, quando pela primeira vez jorrava de um pequeno poço em Lobato (BA), localidade próxima de salvador, o "ouro negro", jamais podia se imaginar, a pujança deste rico recurso natural em solo nacional, e com ele todas as suas beneces. Hoje, sob as sombras do pré-sal, a panacéia, a solução econômica de todos os males do país, encontramos um momento propício para a discussão e reflexão desta jornada. A história do petróleo no Brasil.

experimental. Em 1941 é descoberto a primeira jazida econômicamente viável, de petróleo no Brasil, no município de Candeias (BA).

então ficavam a cargo da iniciativa privada, tais como: importação e exportação de petróleo e derivados, passam ao controle integral do estado. Em 1968, quando da primeira

No período entre 1858/1892, é inaugurado na localidade de Bofete (SP) a prática exploratória de petróleo no país, o poço perfurado por Eugênio Ferreira de Camargo, atinge 488 metros de profundidade. Encontra-se entretanto, apenas água sulfurosa. Em 1930 o engenheiro agrônomo Manoel Inácio Bastos, tem a iniciativa pioneira de mobilizar a opinião pública, nesta mesma região moradores já se utilizavam de uma "lama preta" como fonte de iluminação residencial em seus lampiões. Somente nove anos mais tarde (1939), já depois da criação do CNP (Conselho Nacional do Petróleo), é viabilizada a primeira exploração de uma jazida terrestre no Brasil, o poço DNPM-163, ainda que esta não tivesse viabilidade econômica, sendo de caráter

Em 1946 ganha folêgo o movimento nacionalista em defesa da soberânia nacional do petróleo e de outros recursos naturais, sob a constituição de 1946. "O petróleo é nosso !" Foi o famoso slogan de inspiração nacionalista do Governo Vargas, ante a campanha liberal dos setores conservadores encampados pela UDN, que defediam a exploração pela iniciativa privada e o investiento d o c a p i t a l e x t e r n o . Ta l movimento ("O petróleo é nosso") logra êxito, e culmina em 1953 na assinatura da Lei No. 2004, que instituia a criação da Petrobras, bem como Conselho Nacional do Petróleo, que regulamentava a exploração, logística, distribuição e refino do petróleo. Estas medidas de viés nacionalista, são intensificadas em 1963 com o monopólio integral. Atribuições que até

Estruturação da industria petroleira e quebra de paradigmas. descoberta de pretróleo em alto mar, não se tinha idéia do grande passo que estariamos dando rumo a auto-suficiência e a o p o t ê n c i a l desenvolvimento e inclusão do Brasil, em um celeto clube de potências petrolíferas em escala mundial. Entretanto já em peleno período do regime militar, conviviamos com a censura, perseguições e com a falta de liberdade política, porém vigorava no país o período conhecido como "milagre econômico", a industria do petróleo embalada neste rítimo de crescimento, passa por grandes transformações e conquistas. Não obstante vieram os percalços,


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Não obstante vieram os percalços, enfrentamos a primeira e a segunda crise mundial do petróleo, o que leva a implantação de um grandioso e pioneiro programa energético, o Pró Álcool. Décadas mais tarde, seria o Brasil, um grande beneficiário, n a v a n g u a r d a d a sustentabilidade e do desenvolvimento de energias sustentáveis, graças a força do Biodiesel e principalmente do Etanol, energias de biomassa fortemente presente na nossa matriz energética. Estes programas tiveram como embrião o Pró-Álcool, ainda que a priori pouco se vislumbrava este resultado, tendo em vista que se tratava de um programa emergencial. Ao fim da década de 60, especificamente o ano de 1968, marca a descoberta de petróleo em alto mar, no campo de Guaricema (SE). Sob a demanda desta nova descoberta é construida a primeira plataforma: A Petrobrás 1 (P-1), dando grande impulso a indústria naval brasileira. No período compreendido entre a década de 70 até a virada do século, a Petrobras logra sucessivos êxitos na descoberta de gigantes poços petrólleo: Albacora, Marlim, Rocador,

ambos situados na Bacia de Campos (RJ). A virada do século também marca um recorde mundial atingido pela estatal, a empresa passa a produzir petróleo a 1.877 metros de profundidade. Essa história de sucesso é acompanhada também por um grande desenvolvimento de tecnolgias de exploração e refino, além de grandes aquisições em logística e infra estrutura, dispondo de plataformas semi-submersíveis e um amplo sistema de gasodutos. Todos estes fatores levam o Brasil em 2006, ao nível de auto-suficiência em abastecimento de combustíveis fósseis. O maior desafio porém, estava por vir. Em 2007 é

descoberta a grande "província" petrolífera , o Présal. Uma imensa reserva situada à "meros" 7 mil metros de profundidade, abaixo de uma espessa camada de sal. Estudos preliminares estimam, que apenas no poço de Tupi, na Bacia de Santos (SP), haja uma quantia aproximada de 5 a 8 bilhões de barris de petróleo. Junto ao ufanismo, e as esperanças, vêm também grandes incertezas, quanto a viabilidade econômica, técnológica para exploração. Nenhuma empresa ou consórcio, hoje tem técnologias viáveis para esta empreitada. A Petrobras é hoje sem dúvida a empresa com a melhor tecnologia e "knowhow" de esploração de petróleo em águas profundas. Entretanto este status por sí só não basta, é necessário saber se tal empreitada terá viabilidade econômica e como caminhará a processo de capitalizção da Petrobras, bem como os marcos regulatórios do modelo de exploração e distribuição dos "royalties", a serem definidos pelo congresso nacional nos próximos anos. Aguardemos!


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O novo mapa do petróleo do Brasil.

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m um país como o Brasil, dotado de uma extensa costa atlântica, já eram inúmeras as possibilidades concretas de exploração econômica desta gigantesca fronteira marítima, que variam desde de atividades rentáveis que demandam um grau de intervenções menores, como a pesca e o turismo, até a e x p l o r a ç ã o d e hidrocarbonetos, que começou a ganhar musculatura nos anos 80. Nada comparado entretanto a mais recente descoberta feita no Brasil. Em uma extensa faixa litorânea, conhecida como plataforma continental, que se estende do Espírito Santo à Santa Catarina, com dimensões aproximadas a cerca de 149.000 km², encontra-se a nova província petrolífera brasileira, o chamado Pré-Sal. Abaixo de uma camada de sal de até 2km de espessura, situada até 5km abaixo da superfície do oceano, está bem guardada uma grande reserva de óleo e gás, até então de acordo com estimativas do governo, próxima em cerca de 50 bilhões de barris de

petróleo, este por sua vez com características de alta qualidade para o mercado, o óleo já identificado no pré-sal tem uma densidade que varia de 28,5 à 30 API, ou seja, baixo teor de enxofre e baixa acidez. Foram pesquisadas de maneira mais detalhada até o momento, os campos de Libra e Tupi, ambos situados na Bacia de Santos, no litoral paulista, sendo o poço de Tupi, o primeiro a ser descoberto, enquanto que o poço de Libra, somente mencionado nos últimos dias devido a mais uma grande descoberta, cuja as estimativas revelam cerca de 3,7 à 15 bilhões de barris. De acordo com estes dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo), Libra pode ter um volume recuperável superior às atuais reservas brasileiras. Os números que já colocavam o Brasil em um seleto “hall” de países produtores de petróleo, podem elevar ainda mais sua posição neste mercado. Tal como a grandeza destas reservas e sua rentabilidade financeira, estão os desafios técnicos e estruturais para transformar estes recursos naturais em recursos financeiros e benefícios sociais. Uma reestruturação da industria naval brasileira, bem como a capacidade instalada dos fornecedores, aprimoramento técnico e acadêmico, se tornam fundamentais para a implementação de um ambiente favorável à alavancagem de um grande desenvolvimento econômico e social. Entretanto ainda pairam no ar uma série de questões relevantes a serem debatidas por nossos representantes políticos, bem como a sociedade. O atual

marco regulatório e principalmente a distribuição de royalties, apresentam sérias distorções. Atualmente a distribuição destes recursos não consegue contemplar de forma equilibrada os municípios e principalmente a população, que deveria ser alvo dos recursos sociais, em tese beneficiários dos royalties. Ainda existe uma imensa desigualdade geográfica em regiões produtoras, municípios extremamente ricos que convivem com grandes desigualdades internas, municípios paupérrimos, localizados em regiões produtoras, não agraciadas no bolo dos recursos. Tendo em vista este cenário, está posto o grande desafio do pré-sal, sua função social. Discuti-se portanto a criação de um grande fundo social soberano, com o objetivo de unificar o investimento social de forma equilibrada entre estados e municípios brasileiros. Sendo o petróleo um recurso público, explorado, gerido e licitado por empresas empresas estatais, deve este exercer um papel em grande medida de desenvolvimento social e econômico de todos os brasileiros.


7 A caravana passa e os "passados" ficam olhando... Globalização para o Pré-Sal: problema ou solução? uando a discussão mundial é meio ambiente e produtos renováveis a globalização torna-se palco do grande espetáculo. Antes, os impérios s o b e r a n o s e r a m incontestáveis, o mundo era dividido em dois blocos. Anteriormente, só o Estado governava, impunha suas regras. Mas antes, a chamada de universalização, trouxe agora novos parâmetros. Não há quem governe o povo como no imperialismo, na tirania, na monarquia que os senhores dava-se terras, logo o servo devia produzir seu sustento, tudo era preestabelecido tinha um padrão de conduta.Os cidadãos comuns anseiam ser liderados,quando o assunto e fronteiras,nação,espera-se que o estado lidere, que zele p e l o r e c u r s o s naturais,distribua,e canalize os impostos, arrecadados da forma mais justa,mais que acima de tudo os proteja dos invasores externos. Em tempos atuais não existe mais um centro de tudo, como se a sociedade sofresse contínuas intervenções, e como se fosse espiada o tempo todo. Quando a questão e a relação entre estados, nem sempre e harmônica,e verdadeira,mais sim uma relação de dependência,no mundo globalizado onde colaboração

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e indispensável(informação verbal) embora,co Segundo Cornellius Costoradis (1999), “o Estado deve ser como um jardim onde tudo está na mais perfeita ordem. O Estado deve ser uma forma específica de distribuir e condensar o poder social, e principalmente a capacidade reforçada de ordenar, ele deve ser separado, nas formas civil, c l e r i c a l o u m i l i t a r, u m a organização hierárquica com c o m p e t ê n c i a delimitada.(Segundo,zygmunt 1999) Antes, o espaço territorial e soberania eram impostos por guerra, o mundo era dividido em dois blocos. O que sustentava a soberania dos Estados era os denominados tripés: economia, cultura e militar. O tripé da soberania foi quebrado sem expectativa de concerto. Alguns Estados para se sustentarem tiveram que abrir mão de fatias parciais de sua soberania para preservar sua capacidade de policiar a lei, e a ordem. Segundo o radical a n a l i s t a ( E r i c Hobsbawm,1999), no cabaré da globalização o Estado vai-se despindo e fica só com as necessidades básicas, seu poder de repressão. Quando a discussão é petróleo todos os Estados sofrem interferências d e e m p r e s a s externas.Pesquisas revelam( revista exame,2008 edição 925)

quais são os países de maior volume e reserva petrolífera: o ranque é Arábia Saudita, Canadá, Irã, Iraque, Kuwait, Emirados árabes, Venezuela, Rússia, Líbia e Nigéria. Dentre todos eles, o que foi palco de recentes conflitos, disputa de poder e soberania foi o Iraque, embora seja a quarta maior reserva confirmada, não exerce sua soberania totalitária, várias empresas interferem diretamente nessa exploração petrolífera, que são elas 190 multinacionais que governam o mundo da lama negra, entre elas a Shell, que é uma empresa holandesa, na qual atualmente possui várias parcerias com países do mundo. Tem feito tentativas de aumentar a produção diária de 24 milhões de barris para 4,5 milhões até 2012. O dinheiro estrangeiro é essencial para recuperar a economia e gerar oferta de trabalho em alguns países onde a taxa de desemprego é alta. No decorrer do tempo foram surgindo os blocos de Estados: Nafta, Asean, MERCOSUL, União-Europeia. Quando essa discussão é nacional, o petróleo brasileiro depois de mais de meio século de pesquisa e experiências acumuladas, surge o Pré-Sal. Daí o investimento em geólogos e geofísicos em águas profundas que teve


8 início em 1980. Só 2007 obtiveram-se resultado do grande esforço, graças à descoberta na Bacia de Santos. O Brasil pretende até 2020 exportar 1,8 milhões de barris. Em 2007, a Petrobras tem grande expectativa de que a descoberta vai impulsionar em larga escala a economia abrindo espaço para o campo social, parcerias com universidades e institutos de pesquisas, gerando empregos, rendas, estímulo aos profissionais ao aumento da receita tributária, aumento da receita da União, Estados e municípios. O recurso servirá para contratar empresas que ficaram incumbidas do risco e x p l o r a t ó r i o . No Pré-Sal,(revista exame,18/11/2009 edição 956) tanto a baixa como a alta produtividade, o Governo Federal e Congresso Nacionalista iram trabalhar nas novas regras do setor de forma que exerça com soberania a sustentabilidade, o controle das atividades produtivas para que os brasileiros sejam os maiores beneficiados da então descoberta. O Estado brasileiro constitui o chamado marco regulatório que é o conjunto de leis, normas e diretrizes que regulam as atividades relacionadas no setor que cria, fiscaliza e controla o exercício. A Agência Internacional de Energia estima que de 2006 a

2030, o crescimento da demanda mundial de energia será de 45%. Pelas projeções, o petróleo e o gás natural diminuirão sua participação na matriz energética mundial de 55% para 52% e na brasileira de 47% à 41%. O petróleo será ainda indispensável nos próximos 20 anos, e serão necessárias descobertas de grandes volumes. Esse recurso esgotável é uma causa de crises, conflitos e guerras internacionais, onde os países mais industrializados e as grandes companhias petrolíferas privadas mundiais são fortemente dependentes da i m p o r t a ç ã o . Segundo (Zygmunt, Bauman, 1999) No ano 1977, já dizia o professor de Harvard , diplomata e ex-secretário, que “se não tiverem equilíbrio do petróleo e recursos naturais mundialmente, no preço de custo de extração e transporte, irá acontecer no cenário mundial um desequilíbrio”. Tal visão entre primeiro e segundo choque de petróleo, os maiores consumidores deveram montar um sistema mais eficiente de pressões e constrangimentos políticos e econômicos ou até m e s m o m i l i t a r e s , consequentemente necessário uma segurança nacional mais dirigida para esses fins. É notório o desequilíbrio, pois os maiores consumidores nem sempre são os que dispõem de

maior reserva e outrora não dispõem de tecnologia de exploração quando o tem. Outros possuem grandes produções, enormes reservas e um mercado pequeno. Alguns países são típico exportadores de petróleo bruto. Os países da OPEP têm 65% do volume. Outros países compõem o restante da reserva, o Brasil está entre os que possuem 8% da reserva provada. Dando um giro no mundo, 77% das reservas de óleo e 51% de gás são estatais, o Estado ainda consegue manter a maior parcela. Já o Brasil, diante do mercado internacional encontra-se em vantagem, pois tem grande mercado consumidor, matriz energética diversificada, fontes renováveis, alta tecnologia da instabilidade institucional, econômica e jurídica, e ainda tem chance de tornar-se um grande exportador de derivados de p e t r ó l e o b r u t o . Segundo uma pesquisa da (ONU,1991) se os 358 bilionários do mundo decidirem dividir suas fortunas e ficassem só com 5 milhões cada um deles, o restante da população mundial praticamente dobraria a renda. O problema globalização torna-se cada vez mais difícil ou quase impossível reunir questões sociais numa efetiva ação coletiva. A globalização consiste em redistribuir a


9 soberania, o poder e a liberdade de agir desencadeadamente. Em todo o globo, críticos julgam que essa integração menos ingênua do que se imagina, só 22% da riqueza global pertencem aos países em desenvolvimento. Para o autor do livro A mentira da promessa do livre comércio, cria-se um teatro em que as pessoas morrem de fome, e que as doenças são as mesmas do tigre Asiático, ou seja, algo encoberto. Usa-se o discurso de matar dois coelhos com uma só cajadada, porque 23% da população vivem em plena pobreza, e bons capitalistas precisam levar comida para os famintos, pois a riqueza é global, já a pobreza é local. No mercado do petrolífero como também em outros seguimentos da economia mundial, as opiniões são a m b í g u a s p a r a ( Zygmunt,1999) os interesses são sempre de um grupo pequeno e os benefícios também, eles atropelam como um rolo compressor a cultura, as etnias, em alguns casos até territórios, espaços e o meio ambiente não recebem o devido respeito e embora seja regulamento por leis,quase sempre o estado perde seu poder de soberania,e torna-se relevante. Segundo. (Eric Hobsbawm,2005)o único modo eficiente da distribuição das riquezas mundiais e por

intermédio do estado e das autoridades públicas.Por esse motivo,ele crê que o Estado Nacional continua sendo indispensável.Talvez suas funções econômicas não o sejam tanto quanto antes,mas as redistributivas são mais importante do que nunca.Não cabe ao estado em sua forma atual,realizar a redistribuição mas que esta precisa ser garantida por algum tipo de autoridade pública.O que aconteceria se isso não ocorrer?esta e uma questão a qual o fim do século XX já nos proporciona algumas indicações. Bibliografia BAUMAN, Zygmunt. Tradução de Penchel, MARCUS. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999. BAPTISTA, Z. M. Castro. Direito Ambiental Internacional: Política e Consequências. São Paulo: Pilares, 2005. EXAME. A fortuna do petróleo. São Paulo: Abril. Ano 42. Ed. 92527/08/2009, p. 22-40. EXAME. Brasil petróleo: O capital chega ao Pré-Sal. São Paulo: Abril. Ano 43. Ed. 95618/11/2009, p. 36-38. EXAME. O poder da super

Petrobras. São Paulo: Abril. Ano 44. Ed. 976- 22/09/2009, pag. 27-39.

Informação fornecida Joelma Francele, após visualização do filme( Dr. Strange Love). Outubro de 2010.


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Opinião:

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om a descoberta das reservas de riquezas minerais, encontradas na camada do pré-sal, não se pode chegar à simples conclusão que ela vai acabar com o problema de desigualdade social em nosso país, visto que no indicador dos 20 maiores detentores de reservas de petróleo no mundo, pode se vislumbrar países como: Angola ou Nigéria onde o IDH é baixíssimo, apresentam alto coeficiente de Gini (medidor da concentração de riquezas), e em contra partida, países como a Noruega, grande produtora de petróleo, cuja modelo de concessão e fundo soberano é exemplo em termos de investimento social, segundo a ONU, tem o melhor IDH do mundo, é detentora de um dos melhores coeficientes de Gini. Partindo desse pressuposto, não podemos nos contentar apenas com a posse, mais sim, com a estratégia que será usada pelo governo, para auxiliar na distribuição dessa possível renda. Como diz o expresidente da república Fernando Henrique Cardoso, em entrevista, "Não há uma discussão substantiva sobre o modelo”. Em outras palavras falta "reflexão estratégica" da parte do governo e da população brasileira. Logo o que deve ser ressaltado, é que se não houver essa preocupação com a distribuição estratégica dessa renda, poderá ocorrer u m a u m e n t o n a s desigualdades sociais no Brasil. Em outras palavras, deixar quem é rico mais rico, e quem é pobre na mesmice. A descoberta desta riqueza

poderia gerar o que conhecemos como “doença holandesa”, ou “maldição do petróleo”, uma intensa centralização econômica neste mercado, que gera extrema dependência deste nicho de mercado, levando à instabilidade econômica, tendo em vista que a economia fica vulnerável a oscilação internacional do preço do mineral. Entretanto, em um país como o Brasil com grande diversificação da economia e de recursos em termos de energias renováveis como o biodiesel e o etanol, ficamos menos vulneráveis, desde que se tome medidas estratégicas a fim de se evitar a centralização em uma comodite. Outro ponto de destaque é a tentativa do governo, com a criação do fundo social, onde irá atuar em determinadas áreas como: desenvolvimento social; regional em áreas de combate à pobreza; educação; saúde; cultura; ciência; tecnologia e ambiental. Este ponto se torna visível e preocupante quando se trata de divisão dos royalties, visto que o Rio de Janeiro e Espírito Santo não aceitam a

divisão igualitária da riqueza. Ramificações do uso como: a aprova da inclusão da previdência pública entre uma das áreas que será beneficiada pelo fundo social, demonstra o quão banal a distribuição desse fundo pode se tornar. O Presidente Luís Inácio Lula da Silva criticou essa aprovação na câmara dos Deputados, mas infelizmente não teve êxito. O que falta na população brasileira hoje é consciência política. Por isso que os anos de 1964 é visto como exemplo, pois naquele contexto, as pessoas se rebelavam contra o sistema e hoje simplesmente o sistema as encolhem. Segundo a IPEA – no artigo: Desigualdade de Renda no Brasil: uma análise da queda recente (volume 1) - a partir do século XX, o coeficiente de Gini caiu de 0,593 para 0,552Dados de 2008. A miséria cai de 38,2% em 2002, para 28% em 2007, que vai muito além das metas do milênio definidas pela ONU que, era de 50% até 2015. Todavia, ainda temos muito caminho pela frente.


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Stato Entrevista:

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entrevistado desta edição, Sérgio Ricardo Cruz de Jesus, 47 anos, gerente de produção e técnico de operações de treino, da Refinaria Gabriel Passos (REGAP - MG), 26 anos a serviço da Petrobras, nos concedeu uma entrevista, onde faz um relato muito pessoal e passional, quanto a mais recente e relevante descoberta de petróleo no Brasil, o Pré-sal. De modo geral, como Sr. avalia esta recente descoberta no Pré-sal? Aconteceu no Brasil a maior descoberta de petróleo dos últimos 30 anos. Foi trabalho da nossa Petrobras. É imenso “lago de petróleo” debaixo do fundo mar. Para chegar lá os petroleiros vão furar poços de até 8.000 metros . Os tubos atravessarão montanhas de sal. Por isso chama-se pré-sal. Essa riqueza vale hoje algo em torno de 14 TRILHÕES DE REAIS, se esse "lago" tiver 100 bilhões de barris do chamado ouro negro. O Brasil será um dos maiores produtores e exportadores do mundo. Com esse dinheiro o governo poderá garantir, o atual orçamento da saúde, durante 280 anos. Se a verba for dirigida para a educação, o petróleo do pré-sal pode sustentar as despesas de 2009 durante 825 anos. As novas reservas de petróleo possibilitam construir 258 milhões de casas populares. Ou 41 milhões de postos de saúde. A exploração do Pré-sal é viável atualmente? Garantir o pré-sal para os

brasileiros foi a primeira determinação do presidente aos seus auxiliares, cuja diretriz era para preparar a nova lei de exploração do petróleo no Brasil. O país não pode perdera chance de melhorar a educação, a saúde, a habitação, a cultura, o lazer e tudo que o ser humano necessita. Para garantir os interesses do Brasil, o presidente pediu o apoio do povo. "Quero convocar cada brasileiro e brasileira a participar desse grande debate". Trabalhadores, donas de casa, lavradores, empresários, intelectuais, cientistas, estudantes, servidores públicos, todos podem e devem contribuir para que tomemos as melhores decisões. Quais as expectativas econômicas relacionadas do Pré-Sal? O Brasil não pode virar apenas um vendedor de petróleo. A exploração do pré-sal pode gerar milhões de empregos e ajudar a construir uma economia poderosa. Deveremos exportar o que vale mais, como a gasolina, o óleo diesel, os produtos petroquímicos e outros, emfim devemos agregar valor à nossas matérias-primas. Vamos ter uma poderosa indústria petrolífera, fortalecer a indústria naval e transformar o Brasil num dos maiores polos mundiais da indústria petroquímica. Trazer o petróleo do fundo da terra exige centenas de navios, muitas plataformas de exploração no mar, mais usinas siderúrgicas para produzir o aço dos oleodutos, alem de sondas para furar os poços e helicópteros para levar os petroleiros aos

locais de exploração. Novas refinarias e novos terminais portuários também serão construídos. Tudo isso pode e deve ser produzido no Brasil para criar empregos, e milhares de vagas nas faculdades, porque precisaremos de engenheiros, geólogos, químicos, economistas, eletricistas, mecânicos e outros trabalhadores qualificados. Como o Sr. avalia os prós e contras deste processo? Há aproximadamente 150 anos o petróleo nos proporcionam alegrias e tristezas. É uma matéria prima básica de onde se obtém produtos químicos, fertilizantes e defensivos agrícolas, combustíveis para a indústria, o gás de fogão, a gasolina, o diesel, o querosene, o asfalto e muito mais. Mas é exatamente por isso, por valer muito e ser essencial para tantas coisas que a disputa pelo petróleo causou muitas atrocidades. Para explorar o petróleo e controlar seu abastecimento governos e empresas provocaram guerras, golpes de estado assassinatos. Muito sangue, ganância e luta pelo p o d e r. A s e m p r e s a s estrangeiras de petróleo e seus amigos no Brasil declararam guerra à Petrobras e contra a mudança da lei. Eles querem a lei do governo FHC e do PSDB que entrega nosso petróleo a preço de banana. Mentem para esconder seus objetivos. Fingem não saber que todos os países que têm grandes reservas mudaram a lei para garantir o controle do Estado. As multinacionais do petróleo querem nosso PRÉSAL.


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Hoje elas controlam 7% das reservas mundiais contra os 77% que estão com as empresas estatais dos países exportadores de petróleo. Se depender dos inimigos da Petrobras e do Brasil, o dinheiro do pré-sal vai engordar os lucros dos bancos e das multinacionais do petróleo. Querem meter a mão nos recursos da plataforma continental brasileira onde se localiza o pré-sal. Isso explica o bombardeio contra a Petrobras nos jornais, nas revistas e nas emissoras de radio e televisão. Por isso quiseram levar adiante uma CPI contra a Petrobras, a empresa que orgulha os brasileiros.

Existe na atualidade mao-deobra especializada suficiente para alavancar o processo da exploração do Pré-Sal? Como ficara o investimento em combustíveis alternativos, não poluentes, haverá uma estagnação neste sentido, ou os recursos destinados ao Pré-Sal não afetarão esta crescente demanda mundial? A Petrobras abriu concursos para contratação de funcionários, encomendou plataformas, modernizou e ampliou refinarias, além de construir uma grande infraestrutura de gás natural e e n t r a r n a e r a d e biocombustíveis. O governo popular apostou e a empresa correspondeu. Com o trabalho,

a competência e a dedicação dos petroleiros a Petrobras é o orgulho do país. É a maior empresa do Brasil e a quarta das Américas. A Petrobras vai investir mais de 330 bilhões de reais nos próximos quatro anos.


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Pré-Sal e o delírio privatista.

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a década de 1970, os maiores investimentos d a e s t a t a l concentravam-se em seu parque de refinarias. Nessa época, o preço do petróleo no mercado internacional era baixo demais para justificar grandes investimentos em prospecção do óleo nas bacias sedimentares brasileiras. Os choques de preços do petróleo mudaram essa história. Já na década de 1980, o óleo despontava como o grande vilão da balança comercial brasileira representando cerca de 50% do total das importações do país. A autosuficiência com relação ao combustível transformou-se em prioridade nacional. No entanto é possível existirem empresas estrategicamente importantes para a economia do país, competitivas no mercado, que distribuam dividendos aos seus acionistas e tenham o Estado como controlador? Há três décadas dizia-se que não. As empresas estatais eram demonizadas como símbolos de ineficiência, cabides de emprego, e o Estado moderno deveria se desfizer delas, porque ter empresas lucrativas é prerrogativa do livre mercado. A política de privatizações começou a ser posta em prática no primeiro ano do governo Collor, com seu Programa Nacional de Desestatização (PND), de 1990. Depois do impeachment, tomou posse o vice Itamar Franco, contrário ao plano. A ofensiva seria retomada pelo governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), que se caracterizou pela interrupção

de investimentos nas estatais, com objetivo de fragilizá-las e repassá-las ao setor privado. Para satisfazer seus compromissos com o mercado, o governo colocou o Estado a serviço das privatizações: a transferência do controle das empresas para o setor privado foi viabilizada com a participação dos fundos de pensão dos funcionários das empresas públicas, e o principal financiador foi o BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Nos últimos dois anos tem-se dado destaque às novas reservas petrolíferas nas Bacias de Santos e Campos, mais conhecidos como a área do pré-sal. Muito também tem sido falado sobre os interesses estrangeiros, mais especificamente o norteamericano, por esta gigantesca reserva. Esta descoberta terá a capacidade de modificar a percepção acerca do Brasil no sistema internacional, tanto do ponto de vista político, quanto econômico. A economia capitalista é movida à energia, e, sem dúvida alguma, a americana é baseada no petróleo. Por isso mesmo este tema faz parte das agendas econômica, diplomática e de segurança nacional de Washington. Contudo, partir deste princípio e aludir que os norte-americanos veem as novas descobertas com a ganância suficiente para tomá-la, é temerário, principalmente quando estas afirmações são dadas por representantes do Estado brasileiro. Neste sentido, se destacaram como o diretor de

exploração e produção da Petrobrás, Guilherme Estrela, diz que a volta da quarta frota pode ser considerado uma ameaça (TEREZA, PAMPLONA e LIMA: 2009), ou então o próprio Presidente da República, que o País tem grandes patrimônios como a Amazônia e o pré-sal e precisa defendê-los. O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou que o sucesso da estatal é fruto de uma política de governo e só foi possível graças à eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 e à sua reeleição em 2006. "O presidente Lula fez a diferença", diz, em entrevista à Agência Estado. Segundo ele, se o resultado das eleições tivesse sido outro, com a vitória de José Serra em 2002 ou de Geraldo Alckmin em 2006 ambos do PSDB -, a Petrobras teria tomado outro rumo: "Partes da empresa poderiam ter sido privatizadas." Em resposta às declarações de Gabrielli, o líder do PSDB na Câmara defendeu o governo tucano. "O que fez a Petrobras ser o que ela é foi a lei de 1997, que abriu o setor de petróleo, atraiu investimentos e tornou a empresa competitiva. Isso ocorreu com (governo) Fernando Henrique Cardoso. "Eu acho esse Sérgio Gabrielli um primata, um ignorante”, reagiu. As informações são do jornal O Estado de São Paulo. A revista britânica The Economist critica a postura do governo Lula ao afirmar que o País está "se apaixonando novamente pelo Estado". A publicação questiona se o Brasil está aprendendo as


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lições erradas da recuperação econômica, diante do papel mais forte assumido por empresas estatais após a crise. Para a publicação, a pressão para reinventar estatais "também ignora o sucesso da privatização". A Petrobras só se tornou líder em exploração em alto-mar depois que dois quintos (2/5) de suas ações foram listadas em Bolsa, acredita a The Economist. Além disso, avalia, a Vale passou de um conglomerado de tamanho médio para uma das maiores mineradoras do mundo após a sua venda para o setor privado. São apresentados dois modelos para maior desempenho estratégico da empresa em diversos Estados, o de concessão e o de partilha. Os modelos de concessão e de partilha diferem quanto aos direitos sobre os fluxos de caixa gerados pelo projeto. Grosso modo, no modelo de concessão, há um pagamento fixo upfront, ou seja, antes do começo da exploração. Esse pagamento dá direito total à empresa sobre o fluxo futuro de caixa gerado pelo projeto. Comumente usam-se leilões para definir a empresa que

explorará as jazidas. No caso mais típico, as empresas dão lance, chamado de bônus de assinatura, que é esse pagamento inicial. Abstraindo de outras dimensões do leilão, ganha a empresa que propõe o maior bônus de assinatura. Em suma, num leilão de concessão, a empresa "compra" o fluxo futuro de caixa pagando um bônus de assinatura. Já no modelo partilha, a empresa e o poder concedente (o governo) são sócios no fluxo futuro de caixa. Por isso o nome partilha. No leilão a empresa dá um lance igual à participação que ela quer no fluxo futuro de caixa. Aquela que der o menor lance ganha o leilão. Há vantagens e desvantagens em ambos os sistemas. Os países que adotam este modelo em geral, são países detentores de grandes reservas e que possuem grande volume de produção. Destacam-se Angola, Rússia, Indonésia, Líbia, Nigéria, Curdistão e Cazaquistão.A decisão é caso a caso e deve envolver não só argumentos econômicos, como de viabilidade política e celeridade na exploração. É preciso não menosprezar a importância desse último ponto.

A mudança proposta pelo governo envolve uma tramitação difícil no legislativo. Isso atrasará todo o processo de exploração do Pré-sal. Dada as altas taxas de troca intertemporal da economia brasileira, esse atraso é certamente muito custoso para o conjunto da sociedade. Tanto o modelo de partilha, quanto o de concessão permite a participação de empresas privadas na exploração e na produção. Na área do Pré-Sal, considerando que a Petrobras é uma empresa estatal, comprometida com o desenvolvimento do país, com largo conhecimento técnico para a operação em águas profundas e descobridora dessas importantes riquezas, a ela foram concedidas algumas prerrogativas e obrigações. No entanto, nada que se aproxime do retorno ao monopólio da empresa.


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Perfil:

Nome: Dilma Vana Roussef Nascimento: 14 de dezembro de 1947, Belo Horizonte. Cargo Atual: Presidente eleita do Brasil (2011-2014) Cargo Passado: Ministra de Minas e Energia e Ministra-chefe da Casa Civil durante o Governo Lula. Interesses no Pré-sal: Adimitiu que o présal vai antecipar a erradicação da pobreza. Não privatizar a Petrobras e o Pré-sal, além de utilizar os recursos em educação, saúde, cultura, meio ambiente, ciencia e tecnologia. Com os recursos do Pré-sal, tornar o Brasil a quinta maior economia do mundo. Defenderá tratamento diferenciado aos estados produtores na distribuicao de royalties de pretoleo.

Nome: José Sergio Gabrielli de Azevedo Nascimento: 03 de outubro de 1949, Belo Horizonte Cargo Atual: Presidente da Petrobras (desde 2005) Cargo Passado: Diretor das Relações de Investimentos da Petrobras. Interesses no Pré-sal: Fim do modelo de concessão e das rodadas de licitação dos blocos petrolíferos. Reincorporação à Petrobras das atividades de operação e construção de dutos, terminais marítimos e embarcações para o transporte de petróleo, derivados e gás natural, acabando com a segregação imposta pelo Artigo 65 da Lei 9478/97, que resultou na criação da Transpetro S. Controle social da destinação dos recursos gerados pela produção de petróleo e gás natural, através de instrumentos que garantam ao povo brasileiro os benefícios destas riquezas. Monopólio do Estado na exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural no Brasil, através de uma Petrobras 100% pública.


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Stato Recomenda...: Ouro Negro – A Saga do Petróleo Brasileiro

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lagoas, 1910. O médico e geólogo alemão José Gosch (Odillon Wagner) desenvolveu uma pequena fábrica de beneficiamento de xisto. Seu sonho, porém, é implantar uma companhia de petróleo. Gosch trabalha em parceria com o cunhado Inocêncio (Daniel Dantas) que desenvolve ligações ambíguas com Otto Manheimer (Felipe K a n n e m b e r g ) , conceituado técnico americano contratado pelo governo brasileiro. O assassinato de José Gosch em 1918 interrompe a busca do petróleo em Alagoas. Em meados dos anos 20, seu filho Pedro (Thiago Fragoso) e o afilhado João (João Martins) se formam em Engenharia e perseguem, por caminhos diferentes, o sonho deixado por José Gosch. Paralelamente à busca do petróleo brasileiro, esses personagens viverão também intensas histórias passionais. Em uma trama de paixões e sonhos, apenas um objetivo: o sonho do progresso nacional.

Ouro Negro é livremente inspirado em fatos e personagens reais. Em suma, Ouro Negro fala sobre a história do petróleo no Brasil, os conflitos gerados pela disputa entre nacionalistas e grupos internacionais, a dificuldade que os

pioneiros tiveram de provar que era possível extrair essa riqueza de nossos solos e como o governo teve um papel decisivo e influenciou nessa empreitada.


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Humor de Stato:




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