ÍNDICE Capa do Módulo I
9
Editorial
10
Apresentação
11
I.1 – Introdução ao conceito do Turismo: Definições técnicas e definições heurísticas 12 Figura 1 – Cronologia do conceito de turismo
12
Figura 2 – Grand tour
12
Figura 3 – Thomas Cook
13
Figura 4 – Definição e anatomia de um turista
13
Figura 5 – Evolução dos termos visitante, turista e visitante de dia
14
Síntese dos documentos
14
I.2 – A sociologia do turismo e o turismo
15
I.2.1 – As diversas abordagens ao estudo do turismo
15
Figura 6 – Evolução oferta turística
15
Figura 7 – Evolução dos transportes
16
Figura 8 – Investimento em turismo
17
Figura 9 – Journal of travel research/Tourism management
18
I.2.2 – O caso particular da sociologia do turismo
19
Figura 10 – Stress VS Lazer
19
Figura 11 – Sociologia do turismo
20
I.2.3 – Relação da sociologia do turismo com outras disciplinas
21
Figura 12 – Turismo e hospitalidade
21
Figura 13 – Sociologia do turismo e peregrinações
22
ÍNDICE I.2.4 – O turismo como fenómeno interdisciplinar ou facto social total
23
Figura 14 – Inatel/turismo e mudança social
23
Síntese dos documentos
24
Ensaio crítico
25
Capa do módulo II
34
Editorial
35
Apresentação
36
II.1 – Teorias da motivação humana
37
II.1.1 – A dimensão psicológica do turismo
37
Polaroid 1 – Hierarquia das necessidades de Maslow
37
Polaroid 2 – Primeiros turistas no Iraque desde 2003
38
II.1.2 – A motivação da viagem e do turista
39
Polaroid 3 – Motivações libertadoras vs constrangedoras
39
Polaroid 4 – Tipos de motivação do turismo
40
Polaroid 5 – Variáveis sociais no turismo
41
Polaroid 6 - Variáveis sociais no turismo 2
42
Polaroid 7 - Variáveis sociais no turismo 3
43
II.1.3 - A personalidade e os valores e a sua relação com o turismo
44
Polaroid 8 – Personalidade e valores
44
Polaroid 9 – Aprendizagem e turismo
45
Síntese dos documentos
46
II.2 – Sociologia do turismo: a dimensão sócio cultural do turismo
48
II.2.1 – Comportamento pessoal, interpessoal e transpessoal
48
Polaroid 10 – Níveis de comportamento
48
ÍNDICE II.2.2 – Comportamentos sociais e culturais em turismo
49
Polaroid 11 – Normas e interacção no turismo
49
Polaroid 12 – Sinalização turística no Algarve
50
II.2.3 – Grupos, organizações, sociedades e massas na actividade turística51 Polaroid 13 – Tipos de grupos
51
Polaroid 14 - Organizações
52
Polaroid 15 – Organograma do turismo de Portugal
53
Polaroid 16 – As massas na actividade turística
54
II.2.4 – Os ciclos de vida familiar e o seu impactes na actividade turística55 Polaroid 17 – Fases do ciclo de vida familiar
55
Síntese dos documentos
56
II.3 – Estratificação e status social no turismo
58
Polaroid 18 – Dinheiro e status
58
II.3.1 – Classes sociais e turismo
59
Polaroid 19 – Classes sociais
59
II.3.2 – Turismo de elite e turismo de massas
60
Polaroid 20 – Turismo de elite
60
Polaroid 21 – Turismo de massas
61
II.3.3 – Turismo social, juvenil e 3ª idade
62
Polaroid 22 – Turismo social
62
Síntese dos documentos
63
II.4 – Os valores sócio espirituais do turismo
65
II.4.1 – A religião e os valores espirituais do turismo
65
ÍNDICE Polaroid 23 - Peregrinações
65
II.4.2 – Turismo religiosos e turismo cultural e espiritual
66
Polaroid 24 - Catolicismo
66
Polaroid 25 - Protestantismo
67
Polaroid 26 - Judaísmo
68
Polaroid 27 - Islamismo
69
Polaroid 28 – Hinduísmo e Budismo
70
Síntese dos documentos
71
II.5 – O turismo como aglutinador do ócio e do tempo livre
72
II.5.1 – Ócio e tempo livre
72
Polaroid 29 – Ócio e tempo livre
72
Polaroid 30 – Puro ócio
73
II.5.2 – Funções desempenhadas pelo ócio
74
Polaroid 31 – Funções desempenhadas pelo ócio
74
Polaroid 32 – Actividades do ócio
75
Polaroid 33 – Acções recreativas do ócio
76
Síntese dos documentos
77
Ensaio crítico
79
Capa do módulo III
97
Editorial
98
Apresentação
99
III – O turismo e a sociedade
100
III.1 – Mudanças culturais e reestruturação do turismo
100
ÍNDICE Pergaminho 1 – Ecoturismo/Turismo verde
100
Pergaminho 2 – Práticas culturais contemporâneas
100
Pergaminho 3 – Turismo rural, cultural e natural
101
Pergaminho 4 – Conservação de espaços
101
Síntese dos documentos
101
III.2 – Tipologias da procura turística : Os turistas nos seus diversos tipos 103 Pergaminho 5 – Tipos de turistas segundo Cohen
103
Pergaminho 6 – Turistas segundo Yannakis e Gibson I
104
Pergaminho 7 – Turistas segundo Yannakis e Gibson II
104
Pergaminho 8 – Tipologia de Plog : Psicocêntricos
105
Pergaminho 9 – Tipologia de Plog: Alocêntricos
105
Pergaminho 10 – Tipologia de Plog: Quase-Alocêntricos
106
Pergaminho 11 – Tipologia de Plog: Cêntricos
106
Pergaminho 12 – Tipologia de Plog: Quase Alocêntricos
106
Pergaminho 13 – Alocêntricos com elevada energia
107
Pergaminho 14 – Alocêntricos com baixa energia
108
Pergaminho 15 – Alocêntricos com elevado e baixa energia
108
Tipos de Turismo
109
Pergaminho 16 – Turismo de recreio
109
Pergaminho 17 – Turismo de repouso
109
Pergaminho 18 – Turismo cultural
110
Pergaminho 19 – Turismo étnico ou cultural?
110
Pergaminho 20 – Turismo de natureza
111
ÍNDICE Pergaminho 21 – Turismo de negócios
112
Pergaminho 22 – Turismo desportivo
112
Síntese do documentos
113
III.3 – Impactes do turismo
115
III.3.1 – Impactes ambientais
115
Pergaminho 23 – Conservação de locais arqueológicos e históricos
115
Pergaminho 24 – Melhorias de condições com o turismo
115
Pergaminho 25 – Impactes negativos I
116
Pergaminho 26 – Impactes negativos II
116
Pergaminho 27 – Medidas de controle de impacte ambiental I
117
Pergaminho 28– Medidas de controle de impacte ambiental II
118
Pergaminho 29 – Medidas de controle de impacte ambiental III
118
III.3.2 – Impactes económicos
119
Pergaminho 30 – Empregos directos e indirectos
119
III.3.3 – Impactes sociais e culturais
119
Pergaminho 31 – Relacionamento entre turistas e comunidade anfitriã 119 Pergaminho 32 – Impactes sociais e culturais positivos
120
Pergaminho 33 – Impactes sociais e culturais negativos
120
Pergaminho 34 – Modelo irridex
121
Pergaminho 35 – Modelo de Ajuste
121
Pergaminho 36 – Classificação dos turistas na óptica do impacte na sociedade residente
122
Síntese dos Documentos
123
Ensaio crítico
126
ÍNDICE Reflexão final
156
Bibliografia
157
9
Editorial Neste mundo globalizado, onde o stress impera, a necessidade do escape é constante. Para quem pode, o turismo é um escape aos dias cinzentos do quotidiano. Quem nunca sentiu vontade de fugir perante situações menos favoráveis?
De um ponto de vista individual o turismo é quase uma necessidade para equilibrar sentimentos. A importância de tal fenómeno é óbvia para as pessoas enquanto seres humanos e como tal seres sociais, assim como é
imperativa para os países que o fomentam, visto o turismo ser um forte dinamizador económico para as finanças. Tendo como objectivo demonstrar a importância do turismo com a sociedade actual e explicar o seu gigantesco raio de acção foi criada a “ Escapadelas – O Turismo de A a Z “.
Dividida por 3 edições mensais e tendo como filosofia “ imagens que valem mais que mil palavras” serão apresentadas imagens que depois de
comentadas
e
analisadas
ilustrarão
a
evolução,
importância
e
multidisciplinaridade do Turismo. Tendo em conta a disciplina de Sociologia do Turismo e uma pesquisa profunda apresento estas edições únicas onde o
Turismo será posto a nu.
Esta primeira edição foca a introdução ao conceito de turismo assim como a sociologia do turismo e o turismo como fenómeno interdisciplinar.
10
Apresentação Chamo-me Roberto Carvalho, 34 anos, casado e resido na Régua. Trabalho no agrupamento vertical das escolas da Sé – Lamego executando as funções de técnico operacional e sou estudante do 1º ano de Informação Turística na ESTGL de Lamego. A elaboração deste portfolio seduziu-me visto nunca ter feito algo do género e estar extremamente curioso para ver o resultado final. Devido a clara importância do turismo e da sua constante relação com as áreas mais diversas da sociedade espero apresentar imagens que contem histórias.
Ficha técnica
Coordenador: Sandra Antunes
Proprietária/ Editora: IPV – ESTGL
Redacção: Roberto Carvalho
Assinaturas: Roberto Carvalho
Grafismo: Roberto Carvalho
Distribuição: Manualmente
Colunistas: Roberto Carvalho
Tiragem: Número único para a disciplina de Sociologia do Turismo
Redacção, Administração e Serviços Comerciais: Roberto Carvalho Marketing: Roberto Carvalho
Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios, e para quaisquer fins, inclusive comerciais.
11
I.1 – Introdução ao conceito de turismo: definições técnicas e definições heurísticas Figura 1 – Cronologia do conceito de turismo
Figura 2 – Grand Tour
1838
Fonte: Elaboração própria Fonte : Criação própria
12
Figura 3 – Thomas Cook
Fonte: Elaboração própria
Figura 4 – Definição e anatomia de um turista
Fonte: Elaboração própria
13
Figura 5 - Evolução dos termos de visitante, turista e visitante-de-dia
1937
1954
Comité Estatístico da Sociedade das Nações
O.N.U
Síntese dos documentos Depois de muita pesquisa optei por elaborar uma barra cronológica (Doc.1) onde destaco datas importantes na evolução do conceito de turismo. Desde os primórdios da história do turismo
muitas
foram
as
vozes
que
se
levantaram com o objectivo de caracterizar da
1963
Conferência das Nações Unidas sobre o Turismo e as Viagens Internacionais em Roma
melhor maneira esta nova filosofia de vida.
Iniciado com o Grand Tour (Doc.2) o turismo começou a “ gatinhar” apenas para os aristocratas que por motivos de status social e
cultural se deslocavam em viagens de duração média, de três anos, entre Inglaterra e França. Falar de turismo sem falar de Sir Thomas Cook 1989
Jafari
(Doc.3) não tem qualquer sentido visto ser considerado o pai de todo o fenómeno turístico. Foi Cook o verdadeiro mentor do turismo excursional, realizando, em 1941 o primeiro tour
1993
O.N.U
em grupo rumo a Leicester. O reinado de Cook
ainda se mantém ligado ao turismo pois muitos são os “seus” aviões que hoje transportam milhares de pessoas diariamente. Fonte: Elaboração própria 14
Síntese dos documentos (cont) Mas se a definição certa para o Turismo foi um processo lento, o mesmo podemos aplicar ao “cliente” do turismo : O turista (Fig.4). A generalização dos transportes veio confundir a visão global do turismo. Era necessário diferenciar os turistas dos visitantes e estes, dos visitantes-de-dia. Para explicar a evolução do termo turista elaborei outra barra cronológica .
I.2 – A Sociologia do Turismo e o Turismo como fenómeno interdisciplinar
I.2.1 – As diversas abordagens ao estudo do turismo Figura 6 – Evolução oferta turística
Fonte: Elaboração própria
15
Figura 7 – Evolução dos transportes
Fonte: Elaboração própria
16
Figura 8 – investimento em turismo
Fonte: Elaboração própria 17
Figura 9 – Journal of travel research\ Tourism Management
Fonte: Elaboração própria 18
I.2.2 – O caso particular da Sociologia do Turismo Figura 10 – Stress vs. Lazer
Fonte: Elaboração própria 19
Figura 11 – Sociologia do turismo
Fonte: Elaboração própria 20
I.2.3 – Relação da Sociologia do Turismo com outras disciplinas Figura 12 – Turismo e hospitalidade
Fonte: Elaboração própria 21
Figura 13 – sociologia do turismo e peregrinações
Fonte : Elaboração Própria
22
I.2.4 – O Turismo como fenómeno interdisciplinar ou facto social total Figura 14 – ~Inatel/turismo e mudança social
Fonte: Elaboração própria
23
Síntese dos Documentos Sendo o Turismo um fenómeno interdisciplinar é necessário, para o melhor entender , conhecer as diversas abordagens ao estudo do mesmo. A abordagem horizontal assenta o sucesso do turismo no desenvolvimento dos transportes (Fig.7) e da criação de boas infra-estruturas (Fig.6). Por outro lado uma abordagem institucional considera
instituições ou organizações que integram actividades turísticas (Fig.8). No âmbito da abordagem da Gestão, que se orienta para o estudo das empresas , surgiram publicações tais como Journal of travel research e The Business of Tourism Management (Fig.9). O turismo converteu-se numa nova forma de vida, sendo assim é alvo do estudo da área da sociologia que estuda os aspectos do tempo livre e do descanso. A alienação do homem assim como o enfado da vida (Fig.10) moderna são factores que induzem ao turismo. A sociologia do Turismo (Fig.11) relaciona-se com outras disciplinas visto o turismo ser
multidisciplinar. Dentro das várias disciplinas destaco a sociologia da hospitalidade (Fig.12) que foi estudada em sociedades simples e tradicionais. Projectos como o inatel (Fig.14), que fomentam o turismo para as classes menos favorecidas, usando as
viagens como meio de comunicação e proximidade social são de extrema importância. O turismo aproxima culturas, credos e paixões abrindo nas nossas vidas portas, com mundos novos, onde podemos e devemos comunicar. Todos este Documentos foram pesquisados on-line, escolhidos e posteriormente trabalhados porque ilustram pontos importantes do módulo I.
24
Ensaio Crítico A evolução histórica do turismo conheceu 3 fases distintas: a idade clássica, moderna e contemporânea. A primeira vai desde os primórdios das primeiras civilizações até metade do séc. XVIII. Todo este fenómeno teve inicio com a invenção da roda, que permitiu desenvolver os meios de transporte para os fins comerciais. 150 A.C os romanos criaram a maior rede de estradas construídas e há mais de 5000 anos , eram
organizadas viagens pelo rio Nilo, no Egipto, para visitar templos que existiam ao longo daquele rio. A Grécia atraía multidões nos jogos Olímpicos e oferecia atracções como produções teatrais, banhos termais e competições atléticas. Em 25 A.C com o
desenvolvimento das estações termais, em Roma, nascem os verdadeiros centros de turismo que se prolongam até os dias de hoje. Cerca de 900 A.C. as viagens tinham como principal razão as peregrinações a locais como Santiago de Compostela. No século XIV já existiam guias de viagens que forneciam aos peregrinos indicações detalhadas sobre pontos de interesse e tipos de alojamento que poderiam encontrar.
Posteriormente , os portugueses preparam a suas expedições na conquista de novos mundos, seguindo-lhes os espanhóis, ingleses, franceses e holandeses transformando assim o mundo e permitindo a universalização das viagens. Com o século XVIII chega a
idade moderna do turismo, justificada pelas grandes mudanças do ponto de vista tecnológico, económico, social e cultural, que introduzem mudanças significativas nas viagens. As viagens de recreio, protagonizadas pelas camadas sociais de maiores recursos, surgem como forma de aumentar os conhecimentos, procurar nos encontros e experiências. Na segunda metade do século, a generalidade das pessoas cultas viajavam por toda a Europa, este passeio cultural de longa duração denominou-se por Grand Tour ( Doc.2) passando a ser essencial visitar Paris, Florença, Roma ou Veneza.
25
Ensaio Crítico Com o Grand Tour nasce o conceito de turismo e, pela primeira vez, começam a designar-se as pessoas que viajam por turistas. Estima-se que termo tour tenha aparecido em 1760, mas foi em 1838 com a obra de Stendhal, Mémoires d´un Touriste, que a expressão touriste se generalizou . Em Portugal, Eça de Queiroz usou o termo touriste em os Maias. A palavra só foi transposta para a língua portuguesa no
início do século XX. O fenómeno turístico começa a ser alvo de estudos e são vários os investigadores que o tentam descrever. Em 1929 tanto Glucksmann como Scwinck apresentam um conceito de turismo relacionado com o tráfego e significava
superação de distâncias espaciais por parte de uma classe social económica mais alta. Em 1930 Bormann e Morgenroth associam a palavra turista a quem viajava por mero prazer ou para aumentar seus conhecimentos, excluindo quem se deslocava por motivos de saúde, profissionais ou religiosos. Em 1935, Glucksmann, surgiu com a melhor definição do turismo enunciada antes da II Guerra Mundial ao dizer « Turismo
é a soma das relações existentes entre as pessoas que se encontram de passagem num lugar de estância e os naturais desse lugar». Em 1942 Krapf e Hunziker, da escola berlinesa, dizem que o turismo é o conjunto de relações e fenómenos produzidos pela
deslocação e permanência de pessoas fora do seu lugar de domicilio, na medida em que as ditas deslocações e permanência não sejam motivadas por uma actividade lucrativa. Mais recentemente, em 1989, Fúster considera que o turismo por um lado é o conjunto de turistas, por outro , são os fenómenos e relações que esta massa produz em consequência das suas viagens. Turismo é todo o equipamento recepto de hotéis, agência de viagens, transportes, espectáculos e guia-intérprete assim como todas as organizações privadas ou públicas que surgem para fomentar as infra-estruturas.
26
Ensaio Crítico Em 1990, McIntosh define o turismo como a soma de fenómenos e relações que resultam da interacção de turistas, fornecedores de serviços, governos e comunidades receptoras no processo de atrair e acolher turistas e outros visitantes. Em 1993 , a OMT define o turismo como sendo o conjunto das actividades desenvolvidas por pessoas durante as viagens e estadas em locais
situados fora do seu ambiente habitual por um período consecutivo que não ultrapasse um ano, por motivos de lazer, de negócios e outros. Esta evolução no conceito do turismo é apresentada sob forma de uma barra cronológica (Fig.1) ,
idealizada por mim. Em 1941 nasceu o turismo organizado com Thomas Cook (Fig.3), este organiza a primeira viagem colectiva com duração de um dia e com 570 passageiros entre Loughborough e Leicester para assistirem a uma manifestação anti-alcoólica. Em 1864 Cook organizou a primeira excursão acompanhada no regime “tudo incluído” para 500 turistas com a Suíça como
destino. Um ano depois Cook organiza outra viagem no mesmo regime rumo aos E.U.A. Em 19867 a Agência de Viagens “ Thomas Cook & Son “ emite o primeiro voucher. As suas iniciativas marcam, a mais importante etapa da história do
turismo e estão na origem do turismo dos nossos dias. As definições de turista (Fig.4), visitante ou visitante-de-dia sempre foram uma necessidade visto, ser importante ,a nível estatístico, interpretar qualquer dado relativo ao turista. Em 1937, o Comité Estatístico da Sociedade das Nações definiu como turista todas as pessoas em viagem de prazer, por razões de família, saúde, semelhantes, pessoas que viajam para reuniões, que viajam por negócios e visitantes de cruzeiros marítimos, mesmo quando a duração da sua estada seja inferior a 24 horas. 27
Ensaio Crítico Em contrapartida as pessoas que cheguem com ou sem contrato de trabalho para
exercer uma ocupação ou iniciar uma actividade profissional no país, pessoas que venham fixar a sua residência no país, estudantes e jovens alojado em escolas, os fronteiriços e pessoas domiciliados num país e que exercem a sua profissão noutro e os viajantes de passagem por um país que não parem, inclusive quando a travessia do mesmo demore mais do que 24 horas não são considerados turistas. Em 1954, segundo a ONU qualquer pessoa que permaneça num país estrangeiro mais de 24 horas e menos de 6 meses, sem distinção de raça ou religião é considerado Turista, ignorando assim o turismo interior. Em 1963, em Roma a
conferência das Nações Unidas sobre o Turismo e as Viagens Internacionais estabelece que o termo visitante, bem como os seus derivados turista e excursionista eram reservados exclusivamente às deslocações a um país por parte dos residentes de outro país, isto é, às deslocações internacionais, neste contexto só era considerado visitante, e consequentemente turista, quem se deslocasse ao estrangeiro e o turismo identificava-se como os movimentos internacionais, excluindo o turismo interno. Finalmente, de acordo com a última definição adoptada pela ONU (1993) com a
recomendação da OMT o visitante é toda a pessoa que se desloca para fora do seu ambiente natural, durante num período inferior a 12 meses sem exercer uma actividade remunerada no local visitado. Turista é todo o visitante que passa pelo
menos uma noite num estabelecimento de alojamento colectivo ou privado no local visitado. Visitante do dia é todo aquele que não passa a noite no local visitado. Esta evolução está apresentado na barra cronológica (Fig.5) totalmente elaborada por mim. 28
Ensaio Crítico Olhando para a figura 4 a primeira ideia que nos passa pela cabeça é que se tratam de turistas, mas como já vimos a classificação de turista não é somente feita através de um tipo de calções, com uma máquina fotográfica ao pescoço e um mapa no bolso. Muitos são os visitantes que se misturam com os turistas e para os conseguirmos diferenciar devemos ter em conta alguns elementos básicos
do conceito de visitante tais como o ambiente habitual, a duração da permanência (limite máximo de 12 meses), a residência habitual visto que o critério de classificação de um visitante não é a nacionalidade mas sim a sua residência e a
actividade remunerada (critério mais importante). Como função de especificar o papel comportamental dos turistas a ser estudado , as definições heurísticas não precisam de se conformar às prescrições oficiais, podendo variar com a perspectiva de análise de cada projecto de investigação, sendo assim estas definições têm pelo menos 3 componentes como a distância coberta pelas
viagens, a duração das mesma e o propósito ou motivação. Tendo em conta o raio de acção do fenómeno turístico, para ser compreendido é necessário abordar o estudo do mesmo de varias perspectivas. Segundo uma
abordagem horizontal o sucesso do turismo assenta no desenvolvimento dos transportes (Fig.7), da criação de boas infra-estruturas (Fig.6) ou da atribuição de uma dimensão turística ao ambiente ou à cultura. Nesta perspectiva não é dada ênfase ao turismo mas sim às actividades que lhe servem de suporte em virtude de não ser considerado como um sector autónomo. A utilização desta abordagem limita o reconhecimento das suas verdadeiras dimensões. A abordagem institucional considera os vários intermediários que executam as actividades do turismo desde Estado, órgãos locais e agências de viagem. 29
Ensaio Crítico Uma abordagem económica analisa o turismo e as suas contribuições para as economias nacionais e para o seu desenvolvimento económico. A figura 8 demonstra exactamente esse ideia, assim como o interesse de órgãos locais em conseguir fomentar o turismo nos seus raios de acção. Nesta abordagem o turismo produz bens e serviços, estimula a produção de bens não especificamente
turísticos mas consumidos pelos turistas e cria empregos em áreas especificas. A desvantagem desta abordagem é que negligencia as dimensões psicológicas, cultural, ambiental, sociológica e antropológica do turismo. A abordagem histórica
não muito utilizada devido ao recente fenómeno de turismo de massas e envolve a analise da evolução das actividades turísticas permitindo conhecer as causas da inovação, crescimento e o declínio das actividades e recolher lições para o futuro. A abordagem do produto dedica-se ao estudo de vários produtos e serviços turísticos e da forma como são produzidos, comercializados e consumidos. A
abordagem geográfica estuda as localizações das áreas turísticas e os movimentos das pessoas criados por essas áreas. A abordagem de gestão orienta-se para o estudo das empresas e das actividades de administração necessárias para operar
um empreendimento turístico, tais como planeamento, pesquisa, publicidade, controlo e outras. Envolve o estudo dos vários produtos turísticos e contribui para adequar a gestão e seus procedimentos à mudança que ocorre no contexto turístico. Possui como principais revistas o journal of travel research e o tourism management (Fig.9).
A abordagem de sistema tem grandes vantagens visto
integrar as outras abordagens ao investigar quer a dimensão micro do turismo, quer a macro do fenómeno turístico, fluxos e correntes e turismo nacional e internacional. 30
Ensaio Crítico A abordagem social estuda o comportamento dos indivíduos enquanto turistas, as suas relações com os outros, bem como o impacte do turismo nas sociedades. Como fenómeno eminentemente social, o turismo é estudado sobre diferentes aspectos tais como migração temporária, consumidor de tempo e espaço, intercâmbio de valores, formas de comunicação e relação humana, forma de
recuperação das forças produtivas e enquanto sonho e mito. O reconhecimento do fenómeno social do turismo está bem patente na declaração de Manila sobre o turismo mundial. O turismo converteu-se num modo de vida do nosso tempo
sendo estudado pela sociologia do ócio, tempo livre e nas actividades de lazer. Esta nova forma de sociologia pode se caracterizar como sendo o estudo dos aspectos do tempo livre e da civilização do ócio, concretizado em viagens e nas actividades turísticas de descanso, recreio, divertimento e cultura. Nos tempos modernos o stress impera, sendo assim é normal que o tempo de férias seja
empregue de maneira a fugir da rotina e descontentamento diário. A figura 10 retrata essa situação mostrando de um lado o stress e o reverso da moeda se optarem pelo turismo. Sociologicamente o turismo pode ser estudado a nível
individual (motivações que induzem à viagem) , interactivo
(interacção dos
turistas com os locais), dos destinos e impactes (modelo de Fase e modelo de Ciclo) e finalmente histórico (sob ameaça de destruição dos recurso naturais desenvolveu-se esta tendência para preservar e minimizar impactes). A figura 11 apresenta uma ideia vaga de sociologia que estudará o impactos na sociedade de todo fenómeno turístico. Na relação com as diferentes especialidades da sociologia, o turismo tem uma vinculação com a Sociologia do ócio e tempo livre ( estuda o comportamento transpessoal, a sociologia do estranho (estudo dos
permanentes e semi-permanentes tais como minorias ou expatriados).
31
Ensaio Crítico A sociologia da hospitalidade (Fig.12) define-se como sendo a parte da sociologia que estuda a hospitalidade em sociedades simples e tradicionais, acto de extrema importância para o desenvolvimento do turismo. A maneira como um turista é recebido e apoiado pela comunidade do local visitado é meio caminho andado para um possível regresso. A comercialização deste conceito em turismo coloca
alguns problemas importantes relativos às contradições entre a troca social, envolvida na hospitalidade, e a troca
económica envolvida em transações
empresariais. A sociologia de viagem é ainda uma área pouco desenvolvida mas é
importantes para o estudo dos turistas. A sociologia de religião, especificamente de peregrinação (Fig.13), abriu uma perspectiva nova e inesperada em turismo. Muitos são os locais que sobrevivem devido a fé de muitos. Fátima é o exemplo mais claro do contexto nacional. A sociologia industrial aplicada ao turismo ( engloba as relações psicossociais internas e externas da empresa entres os seu
diferentes níveis). A sociologia do mercado turístico define-se como o estudo científico dos comportamentos e das relações transpessoais entre a oferta e a procura. Finalmente a sociologia das relações turísticas internacionais define-se
como o estudo cientifico do comportamento transpessoal das sociedades, comunidades e organizações internacionais relacionadas com o turismo nos âmbitos político, económico, social, cultural, laboral, etc. O turismo abraça umas vasta gama de sectores económicos. Devido a diversidade de componentes de oferta e procura turística deparamos com a necessidade de obter interpretações diversificadas, quer no que respeita à investigação quer aos campos de aplicação de conhecimentos. O impacto positivo na sociedade é imperativo, o simples acto de viajar tornou-se objecto de estudo, mas as
motivações de cada pessoa tornam cada viagem numa viagem apenas.
32
Ensaio Crítico O turista geralmente procura o oposto da sua vida diária, quem normalmente passa o dia em trabalhos duros procura sítios calmos e vice versa. Infelizmente a necessidade de algum poder monetário é imperial, e agora, graças ao desenvolvimento dos transportes é mais fácil nos tornarmos um turista. Para quem nunca teve essa oportunidade
por motivos económicos ou até pelos
simples facto de total desconhecimento, graças a alguma instituições tem agora esta oportunidade. Com o Inatel (Fig.14) o turismo sénior é uma realidade. São situações que ligam o turismo e o bem estar da sociedade . O turismo tem um
potencial incrível e pode, bem trabalhado, render tanto a nível económico, cultural e pessoal. O turismo segura países que vivem no limiar da pobreza, emprega milhares de pessoas directamente e alimenta outras tantas indirectamente. Estas figuras foram escolhidas para nos contar a história do turismo, o seu impacte social e deixar no ar que mais transformações ocorrerão. A barra cronológica que fiz poderá e deverá sempre continuada pois o turismo não parou….ele transforma-se.
Não perca a próxima edição de Escapadelas!!
Dimensões do turismo
33
34
Editorial Dividida por 3 edições mensais e tendo como filosofia “ imagens que valem mais que mil palavras” serão apresentadas imagens que depois de comentadas e
analisadas ilustrarão a evolução, importância e multidisciplinaridade do Turismo. Tendo em conta a disciplina de Sociologia do Turismo e uma pesquisa profunda apresento estas edições únicas onde o Turismo será posto a nu. Tendo em conta o sucesso da última edição, e querendo dar continuidade ao estudo do Turismo, dedico esta edição à dimensão psicológica do turismo. Para tal, serão apresentados vários polaróides, que retratam de alguma maneira todo o conhecimento apresentado no módulo II.
Abordarei nesta edição o motivo que nos leva a viajar, as motivações que nos fazem perder horas num avião e no respectivo aeroporto, o comportamento social e cultural do turismo e as diferentes classes sociais e valores no turismo.
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Apresentação Chamo-me Roberto Carvalho, 34 anos, casado e resido na Régua. Trabalho no agrupamento vertical das escolas da Sé – Lamego executando as funções de técnico operacional e sou estudante do 1º ano de Informação Turística na ESTGL de Lamego. A elaboração deste portfolio seduziu-me visto nunca ter feito algo do género e estar extremamente curioso para ver o resultado final. Devido a clara importância do turismo e da sua constante relação com as áreas mais diversas da sociedade espero apresentar imagens que contem histórias.
Ficha técnica
Coordenador: Sandra Antunes
Proprietária/ Editora: IPV – ESTGL
Redacção: Roberto Carvalho
Assinaturas: Roberto Carvalho
Grafismo: Roberto Carvalho
Distribuição: Manualmente
Colunistas: Roberto Carvalho
Tiragem: Número único para a disciplina de Sociologia do Turismo
Redacção, Administração e Serviços Comerciais: Roberto Carvalho Marketing: Roberto Carvalho
Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios, e para quaisquer fins, inclusive comerciais.
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II.1 – Teorias da Motivação Humana II.1.1 – A dimensão psicológica do turismo Polaroid 1 – Hierarquia das necessidades de Maslow
Fonte : Elaboração própria
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Polaroid 2 – Primeiros turistas no Iraque desde 2003
Fonte : elaboração própria
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II.1.2 – A motivação da viagem e do turista
Polaroid 3 – Motivações libertadoras vs. constrangedoras
Fonte : Elaboração própria
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Polaroid 4 – Tipos de motivação do turismo
Fonte : Elaboração própria
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Polaroid 5 – Variáveis sociais no turismo
Fonte : Elaboração própria
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Polaroid 6 – Variáveis sociais no turismo 2
Fonte : Elaboração própria
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Polaroid 7 – Variáveis sociais no turismo 3
Fonte : Elaboração própria
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II.1.3 – A Personalidade e os Valores e a sua relação com o turismo Polaroid 8 – Personalidade e valores
Fonte : Elaboração própria
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Polaroid 9 – Aprendizagem e turismo
Fonte : Elaboração própria
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Síntese dos documentos A escolha dos documentos apresentados recaiu na internet. Depois de alguma pesquisa apresento os polaróides, que não são mais do que minimontagens que ilustram toda a dimensão psicológica do Turismo. O Polaroid 1 retrata a hierarquia de necessidades de Maslow. Esta teoria não é mais do
que uma ordenação de níveis de prioridades, em que uma pessoa só será motivada para cumprir uma necessidade de nível alto se as necessidades mais baixas já estiverem satisfeitas. Para um turista resolver sair de casa e viajar existirá uma motivação que o leve a agir. Os motivos são vários, desde a simples curiosidade até a adrenalina que certos locais podem transmitir. O Polaroid 2 retrata exactamente este tipo de motivação que mistura a adrenalina com perigo e cultura, apresentando Jo Rawlins, a primeira turista em território iraquiano depois de 2003. O Polaroid 3 retrata as motivações
associadas ao turismo que são divididas em motivações constrangedoras (reuniões e negócios) e libertadoras (férias e repouso). O Polaroid 4 retrata os vários tipos de motivação que se dividem por motivações físicas,
culturais, interpessoais e de prestígio ou status. Toda a motivação que nos leva a satisfazer necessidades depende de pessoa para pessoa. Estas variações dependem do sexo do turista (Polaroid 5), idade (Polaroid 6) e nível educacional (Polaroid 7). Independentemente da motivação que leva determinado turista a viajar, a personalidade do mesmo é de extrema importância na hora de escolher um destino. Uma pessoa introvertida dificilmente se tornará um turista locais onde exista muito contacto social.
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Os valores são também de extrema importância no turismo visto que eles modelam a vida de todos e são centrais nos traços de personalidade de cada um de nós. O Polaroid 8 retrata a personalidade e os valores, grandes influentes no sector turístico. Finalmente, o Polaroid 9 retrata a aprendizagem no turismo, no sentido que apesar de uma determinada
pessoa ter uma personalidade aventureira jamais será turista se não for educado como tal. O acto de viajar é aprendido tal como o de comer ou vestir. Se durante a educação forem incutidos hábitos aventureiros, tais
como escuteiros, a probabilidade de se tornarem turista aumenta, se optarem pelo sedentarismo da televisão o prazer de viajar é trocado pelo acto de não fazer nada.
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II.2 – Sociologia do turismo: A dimensão Sócio cultural do Turismo
II.2.1 – Comportamento pessoal, interpessoal e transpessoal Polaroid 10 – Níveis de comportamento
Fonte : Elaboração própria
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II.2.2 – Comportamentos Sociais e Culturais em Turismo Polaroid 11 – Normas e interacção no turismo
Fonte : Elaboração própria
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Polaroid 12 – Sinalização Turística do Algarve
Fonte : Elaboração própria
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II.2.3 – Grupos, Organizações, Sociedades e Massas na Actividade Turística Polaroid 13 - Tipos de grupos
Fonte : Elaboração própria
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Polaroid 14 - Organizações
Fonte : Elaboração própria
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Polaroid 15 – Organograma Turismo de Portugal
Fonte : Elaboração própria
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Polaroid 16 – As massas na actividade turística
Fonte : Elaboração própria
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II.2.4 – Os Ciclos de Vida Familiar e o seu Impacto na Actividade Turística
Polaroid 17 – Fases do ciclo de vida familiar
Fonte : Elaboração própria
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Síntese dos documentos O acto de viajar implica sempre um intercâmbio social e cultural. Para muitos turistas este intercâmbio é o motivo primordial do turismo. O comportamento assumido por quem está ligado ao turismo estabelece-se a nível pessoal, interpessoal e transpessoal. O Polaroid 10 retrata estes
diversos níveis na medida que apresenta, o comportamento de um turista com um guia, de um agente de viagens e um turista e o comportamento mediante o grupo ao qual pertence. Existindo, com o turismo, uma mistura de culturas é lógico deduzir que as “marcas” deixadas por trocas sociais acompanham o turista nas suas memórias de viagens. Existe no turismo um processo de socialização, e sendo assim é essencial existir um conhecimento de normas sociais para evitar comportamentos inadequados. O Polaroid 11 apresenta algumas normas, essenciais para quem desconhece os modos
adequados de comportamento em determinada localidade, assim como representa o intercâmbio social entre um turista e um membro da comunidade local visitada. O resultado do não respeito das normas ou do
mau comportamento encontra-se apresentado no cartoon. Para evitar o desrespeito e facilitar a vida do turista são várias as sinaléticas existentes. O Polaroid 12 apresenta a reforma da sinalização turística e rodoviária no Algarve. O agrupamento social de pessoas que desempenham um qualquer papel relacionado com turismo é constituído por quatro tipos de unidades colectivas, divididos por Grupos, Organizações, Sociedades e Massas. O Polaroid 13 representa os três tipos de grupos diferentes (grupo de referência, primário e secundário). 56
O Polaroid 14 representa as organizações na medida que retrata conjuntos colectivos com limites fixos e identificáveis, com ordenação normativa, com um sistema hierárquico, com um sistema de comunicação e com um sistema de membros coordenado tais como empresa de transportes ou agência de viagens. Como características principais, as organizações possuem uma
estrutura organizativa, níveis de comando, objectivos económicos e sóciolaborais, relações humanas e de comunicação entre os membros que compõem a organização e possuí ainda relações comerciais, de
comunicação, de prestação de serviços turísticos e de relações públicas com o exterior. O Polaroid 15 retrata toda a mecânica necessária de uma organização, apresentando para tal o organograma do Turismo de Portugal. As Sociedades não são mais do que um conjunto de pessoas que estabelecem relações transpessoais. São formadas por pessoas e
agrupamentos diversos, ou seja engloba grupos e massas. As massas são agrupamentos não organizados, com grandes quantidades de pessoas, transitórios e fluidos, retratados no Polaroid 16. O turismo depende sempre
do ciclo de vida familiar. Os factores da idade, do estado matrimonial ou a presença de crianças influenciam o turista. O Polaroid 17 retrata as várias fases mais comuns do ciclo de vida familiar, representando os séniores, casados com e sem filhos e divorciados. Todos os documentos foram pesquisados on-line através do google image e seleccionados por mim.
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II.3 - Estratificação e status social no turismo
Polaroid 18 - Dinheiro e status
Fonte : Elaboração própria
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II.3.1 – Classes Sociais e Turismo
Polaroid 19 – Classes Sociais
Fonte : Elaboração própria
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II.3.2 – Turismo de Elite e Turismo de Massas
Polaroid 20 – Turismo de Elite
Fonte : Elaboração própria
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Polaroid 21 – Turismo de Massas
Fonte : Elaboração própria
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II.3.3 – Turismo Social: Familiar, Juvenil e 3ª idade
Polaroid 22 – Turismo Social
Fonte : Elaboração própria
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Síntese dos documentos O status configura-se como o lugar que cada pessoa ocupa na estrutura social. Os elementos que diferenciam os estratos sociais são a riqueza, o rendimento, o prestígio e o poder. O Polaroid 18 retrata exactamente a necessidade de riqueza para se poder situar num estrato de categoria mais
alta. Como membro de uma sociedade, a posição que cada pessoa ocupa obriga um conjunto de comportamentos que a sociedade prescreveu: os papéis. Todos nós temos os nossos papéis dentro da sociedade, todos sabemos como reagir em determinada situação, determinado local ou com determinadas pessoas. A noção do local ou situação está sempre dependente do alvo da mensagem. Neste sentido a divisão da sociedade, tal como a conhecemos, divide conjuntos de indivíduos que podem estar dispersos, mas possuem características comuns, reconhecidas pela
sociedade que vivem. O Polaroid 19 retrata as três classes da sociedade. Dentro de cada classe existem os seus respectivos turistas. O aspecto social, ou respectiva categoria reflecte-se no destino de férias. A classe baixa e
média-baixa,
tradicionalmente
escolherá
um
turismo
de
massas,
perfeitamente retratado no diapositivo 21, enquanto um turista da alta sociedade, com largo poder económico escolherá, como retratado no Polaroid 20, umas férias de elite, praticando golfe ou visitando praias paradisíacas..
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O fenómeno turístico não se fica apenas pelo turismo de elite e de massas, o turismo social é uma realidade. Este tipo de turismo é praticado por grupos de baixos rendimentos, apoiados e facilitado por serviços isolados e facilmente reconhecíveis. Os factores que influem no turismo social são a
idade, situação económica, nível cultural entre outros. O turismo social é dividido em turismo familiar, turismo estudantil e turismo da terceira idade. O Polaroid 22 retrata esta divisão. Todos os polaróides foram elaborados a partir de imagens disponíveis on-line no Google images.
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II.4 – Os valores Sócio-espirituais do Turismo II.4.1 – A religião e os valores espirituais do turismo
Polaroid 23 - Peregrinações
Fonte : Elaboração própria
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II.4.2 – Turismo religioso e turismo cultural e espiritual Polaroid 24 - Catolicismo
Fonte :
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Polaroid 25 – Protestantismo
Fonte : Elaboração própria
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Polaroid 26 – judaísmo
Fonte : Elaboração própria
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Polaroid 27 – Islamismo
Fonte : Elaboração própria
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Polaroid 28 – Hinduísmo e Budismo
Fonte : Elaboração própria
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Síntese dos documentos O turismo como actividade humana está impregnado de valores humanos e espirituais. O homem moderno dispõe de pouco para tempo para si mesmo, quanto mais para Deus. O turismo proporciona esse encontro com a paz interior e é também, um factor de paz entre povos ao oferecer
conhecimento mútuo das pessoas, a redução das distancias entres as classes sociais e as raças humanas, uma maior compreensão e solidariedade internacional, o respeito pelos direitos humanos, a criação de uma ordem sobrenatural e de cooperação para a paz internacional. A peregrinação é uma das formas de viajar mais antigas e congrega valores espirituais que se prendem às raízes comuns da consciência colectiva da maior parte da sociedade. Assim sendo, a peregrinação é uma viagem para um lugar sagrado marcado por aparições ou locais que produziram milagres. O
Polaroid 23 retrata a famosa peregrinação de Santiago de Compostela assim como Fátima. O turismo religioso liga-se ao turismo cultural mas distinguese claramente deste. As seis diferentes religiões do mundo, retratadas nas
polaróides 24, 25, 26, 27 e 28, têm critérios próprios éticos e espirituais, cada religião delimita seus locais sagrados, santuários, mosteiros, igrejas que depois se convertem em centros ou lugares de peregrinação para os turistas crentes numa determinada religião ou fé. Estas religiões do mundo configuram duas tendências em termos turísticos separadas pela peregrinação. Uma tendência acredita que o conceito de peregrinação faz parte integrante da religião enquanto a outra não a valoriza. Todos os polaróides foram elaborados por mim cm imagens disponíveis on-line
através do Google images. 71
II.5 – O turismo como aglutinador do ócio e do tempo livre II.5.1 – Ócio e tempo livre Polaroid 29 – Ócio e tempo livre
Fonte : Elaboração própria 72
Polaroid 30 – Puro ócio
Fonte : Elaboração própria
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II.5.2 – Funções desempenhadas pelo ócio Polaroid 31 – Funções desempenhadas pelo ócio
Fonte : Elaboração própria
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Polaroid 32 – Actividades do ócio
Fonte : Elaboração própria
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Polaroid 33 – Acções recreativas do ócio
Fonte : Elaboração própria
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Síntese dos documentos O ócio é o conjunto de actividades, incluindo as turísticas, às quais um indivíduo se pode entregar livremente, seja para descansar, divertir-se ou para aumentar seus conhecimentos sem a pressão das obrigações profissionais, familiares e sociais. Existem 5 concepções diferentes de lazer
no sentido que uma, representa uma dicotomia de trabalho e não trabalho, outra alega que o ócio é um estado natural do ser humano, a terceira concepção alega que o ócio é um instrumento social, uma quarta concepção alega que o lazer é uma estado de espírito e finalmente, a quinta e última, define o lazer como uma síntese de todas as anteriores, definindo o lazer como uma construção multidimensional que abarca um vasto leque de determinadas actividades e experiências. Os polaróides 29 e 30 retratam o verdadeiro significado do ócio ou lazer, apresentando imagens onde o
relaxe e o “desligar” dos assuntos obrigatórios é notório. As funções desempenhadas pelo ócio, segundo Dumazedier, são divididas em funções psicossociais (função de descanso, função de diversão e função de
desenvolvimento), funções sociais
(função da socialização, função
simbólica e função terapêutica) e funções socioeconómicas (poder de compra e nível de consumo da população). O Polaroid 31 apresenta o rosto de Dumazedier, sociólogo sobre o qual me baseei para esta parte do módulo II, assim como retrata o descanso, socialização e divertimento. Entendendo o recreio como o conjunto de acções e actividades que as pessoas desenvolvem livremente, de forma positiva e agradável durante o ócio ou lazer e sem qualquer compromisso. 77
Síntese dos documentos As actividades de ócio estão dividas em actividades físicas, manuais, culturais, sociais e actividades turísticas e de viagem. O Polaroid 32 retrata as várias categorias de actividades, apresentando imagens de desporto, artesanato, consolidação de amizades e o descanso. Todas estas actividades
podem ser agrupadas por categorias, tendo em conta a sua natureza e os equipamentos usados. As realizadas em casa, actividades de elevado conteúdo social, actividades de interesses culturais, educacionais e artísticos, actividades de desportos como espectador ou praticante, actividades de recreio informal ao ar livre e finalmente o turismo de lazer com uma estada. O Polaroid 33 retrata todas as categorias, apresentando para tal imagens com as várias situações. Todos este polaróides foram criados por mim , através de imagens pesquisadas on-line através do google
images.
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Ensaio Crítico Existe, dentro de cada um de nós, uma força que nos leva a satisfazer as nossas necessidades, sejam elas biológicas (primárias) ou sociais e psicológicas (secundárias). Estas últimas são desenvolvidas ao longo dos processos sociais e de aprendizagem. Estes dois sistemas de necessidades são dependentes e complementam-se. Segundo Maslow as necessidades humanas encontram-se ordenadas em níveis de prioridades.
A hierarquia das necessidades de Maslow é apresentada no Polaroid 1. Segundo Maslow uma pessoa apenas será motivada para cumprir uma necessidade de nível alto se a necessidade mais baixa já tiver sido satisfeita. Esta teoria de Maslow não se
aplica totalmente ao turista, visto este ser capaz de experimentar, expressar, e procurar satisfazer necessidades de vários níveis da hierarquia em simultâneo. Quanto ao timing as motivações podem ser divididas por motivação de curto e longo prazo. Geralmente, no turismo, as motivações são principalmente de longo prazo. O Polaroid 2 apresenta a primeira turista no Iraque depois de 2003. Qual a motivação por detrás
da escolha deste destino tão perigoso e problemático? Segundo Bridget Jones, de 77 anos, arqueóloga reformada de Londres não existiam problemas com segurança. «Quando se envelhece, é muito melhor morrer com uma bala no Iraque do que morrer
numa ala geriátrica. Já não tenho muito tempo para viver, então porque não aproveitar?» (Jones,2009). Todos têm os seus motivos, sejam eles o descanso, o prazer pelo perigo ou a simples vontade de conhecer locais emblemáticos. Quanto à origem as decisões durante uma viagem são influenciadas através de motivações intrínsecas (sem nenhuma recompensa) e extrínsecas (recompensas externas tais como dinheiro). As motivações podem assumir carácter de obrigação e noutros casos simplesmente um carácter de satisfação pessoal.
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Ensaio Crítico As motivações constrangedoras encontram-se ligadas a negócios, reuniões, saúde e estudos enquanto as motivações libertadoras encontram-se ligadas as férias, desportos, repouso e cultura. As motivações são mistas quando alguém se desloca para participar em reuniões ou por razoes de saúde e aproveita os seus tempos livres para ver monumentos ou fazer férias. O Polaroid 3 retrata as várias motivações.
Quanto ao tipo de motivação existem as físicas (relacionadas com o descanso físico, actividades desportivas, banhos, entretimentos relaxantes e motivações directamente ligadas à saúde), culturais (identificadas com o desejo de conhecer e saber mais
acerca de outras áreas culturais), interpessoais (incluem o desejo de conhecer novas pessoas, visitar amigos e parentes, escapar à rotina, escapar à família e aos vizinhos e estabelecer novos relacionamentos) e motivações de prestígio e status (dizem respeito ás necessidades do ego e de desenvolvimento pessoal). O Polaroid 4 retrata os quatro tipos de motivação apresentando actividades desportivas, o desejo de
conhecer novas culturas (folclore), o escapar á rotina e o prestígio e status. A OMT classifica as motivações em duas categorias, motivações do tipo racional e do tipo afectivo, que têm origem nas imagens que o turista faz de um destino. As motivações
para viajar dependem de vários factores entre os quais o sexo (masculino prefere férias mais activas e o sexo feminino prefere destinos de sol e praia onde consiga descansar), a idade (nos mais jovens há uma maior tolerância para diversos tipos de experiências e existe, também, um maior interesse em conhecer novos lugares, em contrapartida, com o avanço da idade as pessoas preferem o conforto e as viagens de grupo) e o nível educacional (as pessoas com elevado nível educacional ganham geralmente mais dinheiro, estando assim mais predispostas em contactar com o
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Ensaio Crítico longínquo, o não-familiar e o estranho, enquanto que as pessoas de baixo nível educacional, por falta de rendimentos escolhem locais mais baratos e acessíveis por carro). Estas três variáveis estão retratadas nas polaróides 5 (sexo), 6 (idade) e 7 (nível educacional). A personalidade é considerada um reflexo do ego interno, na maioria de situações sociais, muita da verdadeira personalidade de uma pessoa está escondida
por comportamentos e gestos socialmente aceitáveis. Apenas as relações íntimas permitem que a pessoa “desmascarada” apareça. No turismo a personalidade dos viajantes é importante na escolha de destinos, no modo de viajar, na duração de
permanência e nas actividades. Por outro lado, factores como a despesa, a popularidade dos destinos, e as pressões familiares podem influenciar escolhas, que a personalidade de uma pessoa tenha escolhido. Os valores modelam os estilos de vida e são centrais na personalidade de uma pessoa, sendo social e culturalmente definidos e guiando os comportamentos. A hierarquia de valores de um indivíduo
representa o seu sistema de valores, e estes valores não só afectam as decisões do consumidor geral como também as decisões relativamente ao turismo e à viagem. Existem valores instrumentais ou associados ao fazer (representam a convicção de
uma pessoa de que um modo especifico de conduta é pessoal) e terminais ou valores associados ao ser (representam a convicção de uma pessoa de que um modo especifico de viver é pessoal). O Polaroid 8 retrata a complexidade e dualidade da personalidade, assim como apresenta os valores. São estes dois factores que “criam” um ser humano. O acto de viajar é um comportamento socialmente aprendido tal como o modo de vestir, de falar, de jantar, e de interagir com os outros. Grandes partes das actividades de lazer em que as pessoas se empenham ao longo das suas vidas são aprendidas durante a infância. 81
Ensaio Crítico À medida que as pessoas amadurecem modificam as suas buscas de lazer e procuram actividades modernas e estimulantes, enquanto continuam com as velhas favoritas que indiciam continuidade. O Polaroid 9 retrata esta educação do turismo, apresentando um grupo de jovens escuteiros, que mais tarde terão grandes possibilidades de serem turistas, visto aprenderem a viajar nos acampamentos, em
contrapartida um grupo de jovens, que passe as tardes enfiadas em casa viradas para uma televisão terão poucas probabilidades de se tornarem viajantes, visto não serem educadas como tal. Os métodos de aprendizagem são divididos por condicionamento
(presença de recompensas positivas que incentivam uma resposta comportamental), modelagem (aprendizagem decorre por observação de outros) e aprendizagem oculta (a exploração, a viagem e a mera actividade do dia a dia expõem-nos às realidade do ambiente físico e social). Nos papéis ligados a actividades turísticas, os comportamentos dos indivíduos estabelecem-se a nível pessoal (baseada nas
necessidades da pessoa relativas às motivações para o exercício de actividades de tempo livre relacionadas com viagens ou actividade turísticas; ex: agente de viagens, recepcionistas, guias turísticos, etc.), nível interpessoal (relacionado com a sua
família, amigos e com a demais pessoas relacionadas com a informação, venda e prestação de serviços turísticos; ex: turista com guia, turista com camareiro, recepcionista, etc.) e nível transpessoal (o comportamento do turista aparece enquadrado na forma de comportar-se no colectivo, na inter-relação transpessoal de comportamentos entre a procura e oferta e ao nível das organizações e das sociedades em termos de comportamento interno e externo; ex: empresas, organizações, instituições publicas e privadas relacionadas com o turismo).
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Ensaio Crítico O Polaroid 10 retrata os vários níveis de comportamento nas actividades turísticas. No fenómeno turístico é obvio existirem interacções sociais e transculturais, o contacto com outras pessoas e culturas é uma motivação e meta. Estas interacções podem ser meramente comerciais, sociais ou uma combinação, podendo existir em transacções empresariais em lojas, saudações amigáveis na calçada, incursões em cafés ou centros
comerciais. O turista aprende, durante as suas primeiras viagens, certos modos de agir em sociedade. Este efeito de socialização repercute-se directamente no turismo, sendo que um viajante regular é frequentemente um cidadão educado, qualificado e
empregado, sendo as suas competências e aptidões usadas na maioria das experiências turísticas. Para existir harmonia entre o turista e o local visitado é necessário o conhecimento de normas, estas guiam o comportamento dentro dos grupos das diversas culturas e funcionam como regras que descrevem como é esperado que uma pessoa aja em diferentes situações. Estas normas sociais são
ensinadas e transmitidas entre gerações por via da socialização. É usual reconhecer os estranhos ou estrangeiros porque quebram normas sociais comportando-se de modo inadequado.
Estas
quebras
nas
normas
ocorrem
usualmente
por
total
desconhecimento, o que alimenta o estereótipo do turista como sendo alguém que não se preocupa em conhecer e saber mais acerca dos locais e das comunidades que visita. O Polaroid 11 retrata esta interacção entre turista e visitado, assim como apresenta os mandamentos do turista, que podem ser considerados normas, sem as quais não seria possível fazer um turismo de qualidade. O Polaroid 12 apresenta a nova sinalização turística do Algarve, facilitando assim ao turista informações úteis e socializando-os a seguir e cumprir normas de comportamento.
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Ensaio Crítico O agrupamento social das pessoas que desempenham papeis relacionados com o turismo (turistas, camareiro, vendedor de produtos turísticos, guia, etc.) é constituído por grupos que são um conjunto de pessoas que regularmente mantêm contacto, partilham interacções estruturadas e trabalham para um jogo comum de metas e objectivos, são normalmente informais e impõe poucas regras e exigências aos seus
membros. À medida que crescem em tamanho podem tornar-se mais formais. Os grupos muitos grandes podem tornar se muitos formais e controlados. No estudo do turismo existem três grupos particularmente pertinentes. O Polaroid 13 retrata os
Grupos de referência (fornece padrões que guiam o comportamento), grupos primários (definido por motivações afectivas mais do que por finalidades unitárias, de dimensão limitada onde todas as pessoas se conhecem e têm entre si relações directas) e grupos secundários (grupo mais numeroso, mais organizado e menos espontâneo que os primários e constitui-se para finalidades utilitárias comuns aos
membros, para necessidades estranhas á simpatia recíproca que possa resultar de tais contactos). As organizações são conjuntos colectivos com limites fixos e identificáveis, com uma ordenação normativo, com um sistema hierárquico, com um sistema de
comunicação e com um sistema de membros coordenado. O Polaroid 14 retrata empresas de transportes turísticas que não são mais do que as organizações. Tem como características uma estrutura organizativa, níveis de comando, objectivos económicos e sócio laborais, tem relações humanas e de comunicação entre os membros que compõem a organização e tem relações comerciais, de comunicação, de prestação de serviços turísticos e relações públicas com o exterior. O Polaroid 15 apresenta um exemplo de uma estrutura complexa, mas organizativa com os seus vários departamentos. 84
Ensaio Crítico As sociedades são um conjunto de pessoas que estabelecem relações transpessoais tais como um povo ou país turístico ou a soma de grupos que forma uma sociedade de tipo empresarial, política, económica e social. É um fenómeno que engloba grupos e massas, sendo impossível o inverso, conta com uma localização territorial delimitada espacialmente, goza de uma relativa auto-suficiência cultural contrastante de culturas
de outras sociedades, os membros integrantes da sociedade vêem-se impelidos a cooperar entre si e está organizada segundo estruturas complexas e tendencialmente estáveis. As massas são agrupamentos não organizados onde intervêm grandes
quantidades de pessoas. O Polaroid 16 retrata este fenómeno colectivo, unitário, desorganizado e transitório. Em princípio é anónima, heterogénea e muitas vezes incontável. O facto de ser um fenómeno onde os seus membros podem entrar e sair, adoptando outras formas torna-o complexo e com necessidade de normas. A escolha de um destino turístico, como já foi referido, depende de imenso factores. O ciclo da
vida familiar é uma deles. Um casal com filhos, em princípio, não escolherá os mesmos destinos que casal sem filhos, assim como um aposentado não escolherá o destino de um jovem solteiro. As fases mais comuns do ciclo da vida familiar são adultos jovens
solteiros, divorciados ou separados, casados sem crianças, com crianças pequenas (ninho cheio I), crianças com mais de 5 anos (ninho cheio II), crianças mais velhas (ninho cheio III), casados sem filhos, sobrevivente exclusivo, pares seniores e sobrevivente sénior. O Polaroid 17 retrata as fases do ciclo familiar. Na fase do ninho cheio I as tendências são para mini férias e fins-de-semana alargados, enquanto na fase de ninho cheio III, existindo crianças na escola, será mais complicado ausentarem-se por largos períodos de tempo.
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Ensaio Crítico A influência da esposa ou do marido na escolha do destino varia ao longo do matrimónio, sendo que nas últimas fases do ciclo o poder da mulher vai aumentando. À medida que a família se aproxima da reforma os custos e os tipos de acomodação assumem uma prioridade mais alta.
O destino turístico está e estará sempre
dependente de inúmeros factores. Dentro de uma sociedade existirão sempre os
turistas, e os que querem fazer turismo. Esta estratificação social que separa quem pode, ou não, optar pelo turismo encontra-se associada ao poder social. Este poder tanto pode ser influenciado pela riqueza, bens, rendimento ganho, prestigio associado
ao nascimento ou adquirido por feitos ou acções e a capacidade de mobilização de outros de modo a alcançar metas. O Polaroid 18 retrata a riqueza necessária para fazer parte de um alto estrato social, e assim poder viajar sem preocupações económicas. Dentro de uma sociedade, a posição social ocupada obriga a um conjunto de comportamentos adequados, aprendidos ao longo da vida pela socialização e
através desta, todos nós temos uma certa ideia de como certos papéis serão representados. Os status são ensinados e têm significados partilhados por todos os membros de uma sociedade em particular. O turista não existe sem que se esperem
certos comportamentos do seu papel tais como a procura de lembranças baratas, o hábito de fotografar tudo sem respeito pela privacidade ou sem preocupação pela cultura do local visitado. É necessário, quando inserido numa sociedade, uma certa consciência de como e quando agir. Entendo, como classe social um agrupamento de indivíduos que os distingue de outros agrupamentos do mesmo género e uma categoria social designa, em geral, um conjunto de indivíduos que podem estar dispersos, mas que têm características comuns, reconhecidas pela sociedade em que vivem. 86
Ensaio Crítico As classes sociais dividem-se em três níveis, subdividindo-se cada um deles em dois (alta e baixa). A classe alta é formada por pessoas com alto status socioeconómico, grande liberdade de acção no momento de planear as suas actividades turísticas quanto ao tempo, poder de compra e destinos. Esta classe identifica-se com o turismo de elite, de minorias e de luxo, imperando sempre a mais alta qualidade. A classe
média é formada por pessoas com status socioeconómico de dependência laboral, política e social. Classe dinamizadora do turismo de massas, altamente condicionada pelo período de férias que as normativas laborais fixam e também condicionada pelo
seu poder de compra e pelas propostas de oferta turística. A classe baixa é formada por pessoas com uma situação cultural, económica e social limite. É a classe que tem mais dificuldades em levar a cabo os seus planos turísticos devido ao seu fraco poder de compra, escolhendo assim destinos baratos. O Polaroid 19 retrata as três classes sociais, apresentando uma clara divisão entre classes na foto da cidade (alta e média)
e mostrando o limite da pobreza da classe baixa. De um ponto de vista turístico o status socioeconómico, as categorias sociais e as classes sociais estão relacionados com o conjunto de pessoas que participam da procura e oferta turística. O turismo de
elite é feito em qualquer época do ano (visto não estar sujeito a nenhum calendário laboral), são escolhidos estabelecimentos e restaurantes de luxo (5 estrelas), as viagens são feitas em primeira classe e existe a possibilidade de praticar actividades turísticas pouco massificadas devido ao custo elevado da sua prática (golfe, desportos náuticos, etc. …). O Polaroid 20 retrata os luxos disponíveis no turismo de elite. O turismo de massas é o segmento da procura turística que se desloca de forma individual, familiar ou em grupo coincidindo em destinos de grande afluência turística e sempre numa época do ano determinada e dependente dos seus contratos laborais
tais como o verão e fins-de-semana.
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Ensaio Crítico Pode ser organizado em serviços oferecidos por agências de viagens em pacotes turísticos. O Polaroid 21 retrata o aglomerado de gente e respectiva desorganização do turismo de massas. O turismo social é um tipo de turismo praticado por pessoas de baixos rendimentos e somente possível e facilitado por serviços isolados. É caracterizado por meios limitados, muitas vezes é subsidiado pelos Estados, pelas
autoridades locais, por muitas associações de cariz social ou por uniões de comércio. O destino deste tipo de turismo é normalmente no próprio país, ou em alguns casos em países vizinhos. Os factores que influenciam o turismo social são a idade, situação
familiar, poder económico e de compra, nível cultural, estado de saúde, disponibilidade de tempo e as motivações possibilidades de organização do tempo livre. O segmento social implicado neste tipo de turismo é dividido em turismo familiar e das classes trabalhadoras (motivado pelo descanso familiar, pelo contacto entre os membros da família, a educação dos filhos no tempo livre, o reequilíbrio
físico e psíquico, a ampliação cultural e a diversão), turismo estudantil e juvenil (motivado pelo descanso dos estudos e por actividades culturais, desportivas e recreativas que ajudem ao equilíbrio físico e psíquico da juventude) e o turismo da
terceira idade ou dos reformados seniores (motivado pelo descanso, a diversão, a cultura, o equilíbrio físico e psíquico e aproveitar para realizar actividades turísticas que não puderam realizar durante os anos de trabalho ou actividade laboral). O Polaroid 22 retrata o turismo estudantil ou juvenil e o turismo sénior. O turismo como actividade humana está carregado de valores humanos e espirituais. Imperando nesta sociedade o stress e a falta de tempo, é vulgar encontrar quem nem tenha tempo para se encontrar nem consigo mesmo, nem com amigos, e para os crentes nem com Deus. O turismo, afastando as pessoas do stress do dia-a-dia, resolve este problema de falta
de tempo e junta amigos com amigos, assim como junta o homem a Deus.
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Ensaio Crítico O turismo nivela a paz interior, e é também um factor de paz entre os povos ao oferecer o conhecimento mútuo das pessoas, a redução das distâncias entres as classes sociais e as raças humanas, uma maior compreensão e solidariedade, o respeito pelos direitos humanos, a criação de uma ordem sobrenatural e de cooperação para a paz internacional. Os valores espirituais do turismo são
reconhecidos por diversas autoridades religiosas como sendo de extrema importância, tais valores levaram ao aparecimento, em 1960, do movimento pastoral do turismo. Ao nível do Vaticano existe uma Comissão Pontifícia para a Pastoral da Emigração e do
Turismo, criada em 1970, pelo papa Paulo VI. Em todas as sociedades observa-se a prática de actividades religiosas em períodos de férias, levando um turista crente a celebrar a Semana Santa ou o Natal onde quer que se encontre de férias. As crenças religiosas levam o turista a deslocar-se como peregrino para lugares estreitamente vinculados à sua fé ou que a própria obrigatoriedade das práticas religiosas assim o
exigem. A peregrinação é uma viagem para um lugar sagrado marcado por aparições (Lourdes ou Fátima), por serem lugares que produziram milagres (Lourdes), por serem o centro e origem de uma determinada religião (Jerusalém, Roma, Meca), por possuir
uma tumba de um santo (Santiago de Compostela) ou por possuir alguma tradição mariana (Monserrat, Covadonga, Guadalupe). O Polaroid 23 retrata as peregrinações, destacando assim a sua importância no turismo, apresentando para tal um mapa Europeu, com rotas em direcção a Santiago de Compostela e apresentando também Fátima, o ex-líbris da religião portuguesa. As seis principais religiões do mundo configuram duas grandes tendências em termos turísticos nas quais, o elemento peregrinação detém um papal importante. De um lado encontram-se as religiões para as quais a peregrinação e o retiro espiritual fazem parte integrante da religião 89
Ensaio Crítico (catolicismo ou budismo), por outro lado encontram-se as religiões para as quais este conceito não existe, mas cujo adeptos praticam uma forma de turismo ligado à religião ou à história dessa religião (judeus e protestantes). Segundo vários sociólogos existem três enfoques do turismo religioso, sendo que o enfoque espiritual é visto como forma de um indivíduo se aproximar de Deus, o enfoque sociológico é um meio
de o crente conhecer melhor a sua história do grupo religioso ao qual pertence e de ter acesso à sua cultura e finalmente o enforque cultural implica que, uma visita aos lugares de culto e santuários é uma forma de o indivíduo, tanto o crente quanto o não
crente e compreender as religiões que existem na sociedade e cultivar-se humanamente. O catolicismo está inserido na civilização do ócio, sendo que o peregrino, antes de mais, é sempre um turista. Está imerso no mercado turístico, é estruturado pelas autoridades eclesiásticas através da Pastoral do Turismo que procura conciliar o turismo e a religião através da reflexão teológica. No catolicismo
encontram-se três tipos de turistas tais como, o peregrino que se situa totalmente fora do turismo para viver uma experiencia puramente religiosa, o crente visitante que conjuga a sua visita a um lugar sagrado com a sua experiencia de fé e finalmente, o
turista cultural interessado nos outros aspectos que rodeiam o lugar sagrado que não apenas a fé. Vários são os lugares de peregrinação no catolicismo onde destaco lugares bíblicos ou relacionados com a história ou organização da igreja (Terra Santa ou Roma), lugares de aparições ou milagres (Fátima, Lourdes ou Medjugorie), lugares marianos (Covadonga, Montserrat ou Guadalupe) e rotas de peregrinação (caminho de Santiago de Compostela). Os responsáveis pelos destinos de turismo religioso têm vindo a observar alterações nos fluxos e procuram adaptar-se à evolução do mercado turístico provocadas pelo crescimento da procura, pelas peregrinações organizadas e
pelo próprio aumento da frequência de turistas por motivos culturas.
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Ensaio Crítico O Polaroid 24 retrata o catolicismo, usando para tal a imagem de sua santidade o papa. O protestantismo não dispõe de lugares sagrados na sua religião, fazendo antes referência a lugares de comemoração de algum acontecimento histórico relacionado com essa religião, lugares esses que se inscrevem na memória colectiva como lugares de encontro, mas não como lugares de culto. O Polaroid 25 retrata o protestantismo
usando para tal uma montagem de imagens onde destaco Lutero, o pai desta vertente religiosa. No judaísmo o conceito de peregrinação não existe, mas existe um turismo judio que não se encontra ligado à prática da religião mas é por ela animado por vias
das motivações como a busca da história do povo judeu e o regresso à terra prometida. O Polaroid 26 retrata esta religião apresentando imagens profundamente judias. No islamismo o conceito de peregrinação é elevado ao estatuto de preceito corânico, chegando ao ponto de ser quase obrigatório, para um fiel, ir pelo menos uma vez a Meca durante a sua vida. Os muçulmanos têm numerosos centros de
peregrinação, entre os quais destaco Meca, Medina e Jerusalém. O Polaroid 27 retrata o islamismo apresentando o seu símbolo, assim como os seus fiéis e trajes tradicionais. A religião budista apoia-se no reconhecimento do sofrimento e na forma
de se libertar deste mesmo sofrimento. Permite ao homem libertar-se da sua insatisfação e conhecer a sua felicidade, a lucidez e a sua liberdade interior. O culto das relíquias e as peregrinações aos lugares santos são as duas características mais importantes desta religião. O hinduísmo baseia as suas práticas religiosas com as crenças na reencarnação e a cremação dos mortos suscitando a peregrinação aos lugares sagrados. Um desses lugares é Benarés e o seu rio sagrado, o Ganges, na Índia. O Polaroid 28 retrata estas duas vertentes religiosas apresentando para tal os seus símbolos e respectivos Deuses. 91
Ensaio Crítico Tal como o conhecemos, o turismo resulta fundamentalmente do ócio ou lazer, embora muitas das pessoas que viagem e que se integram no conceito do turismo, o façam no âmbito de uma actividade profissional ou de uma ocupação meramente intelectual não implicando, portanto, necessariamente o lazer. No turismo origina um conjunto variado de actividades que se identificam com as de recreio mas que
assumem dimensão e natureza diferentes das actividades geradas por este. A relação dos pontos comuns entre o turismo e o recreio e em resultado das mudanças de estilos de vida, os conceitos de lazer, recreio e turismo provocam alguma confusão,
sendo necessário estabelecer a devida distinção entre eles. O ócio é o conjunto de actividades, incluindo as turísticas, às quais o indivíduo se pode entregar livremente, seja para descansar, divertir, aumentar seus conhecimentos, para participar na vida social de forma voluntária, uma vez liberto de todas as suas obrigações profissionais, familiares ou de carácter social. Deste modo, o lazer é o tempo que cada pessoa
dispõe após o seu trabalho e estudo, assim como após a necessidade de dormir, alimentação, compras, cuidados com membros da família, a higiene. Todas as actividades que impliquem uma obrigação ou resultem de uma razão de carácter
compulsivo, qualquer que seja a sua natureza, não fazem parte do lazer. O ócio ou tempo livre pode ser considerado como um direito individual, uma opção de convivência, uma versão actividade da educação, um factor construtivo da ordem social não laboral, um factor de liberdade, uma expressão do nível de vida, uma solução para o aborrecimento, uma possibilidade de vida contemplativa e uma ocasião para a aprendizagem. Existem cinco concepções diferentes de lazer em que a primeira, baseia-se na dicotomia entre trabalho \ não trabalho, associando uma relação directa com o relógio e constitui um instrumento poderoso para a medição do
lazer, todavia não distingue adequadamente entre emprego e trabalho.
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Ensaio Crítico A segunda concepção trata o tempo livre como sendo um estado natural do ser humano, em que a actividade de lazer é levada a cabo para o próprio bem e como um fim em si mesmo. A terceira concepção trata o lazer como sendo um instrumento social que serve para satisfazer as necessidades dos pobres, doentes e deficientes. Embora terapêutico, o lazer é neste contexto deficientemente definido e ignora os
seus potenciais benefícios para o resto da população. A quarta concepção trata o lazer como sendo um estado de espírito, representando um bem em si mesmo, rejeitando o trabalho como a única fonte de valor, não sendo necessário que um produto seja
concebido como resultado de uma acção ou dispêndio de energia para que esta adquira valor. O facto do investimento no lazer se constituir como uma expressão do ser e da sua busca pelo divertimento, harmonia e prazer. A quinta concepção define o lazer como uma construção multidimensional que barca um largo leque de determinadas actividade e experiencias. Este conceito não é apenas baseado nas
actividades, incluindo o tempo e as atitudes em relação a actividades relevantes de trabalho e não trabalho, assim sendo, o lazer incorpora escolhas que reflectem as aspirações individuais e sociais, assim como os estilos de vida. Os Polaróides 29 e 30
retratam, com a ajuda de imagens, o lazer no seu sentido mais amplo. As funções básicas desempenhadas pelo ócio decorrem em três dimensões. As funções psicossociais
são
subdivididas
em funções
de
descanso, diversão
e
de
desenvolvimento. As funções de descanso são as mais importantes visto que, o descanso significa repouso e libertação, reparando a acumulação de stress, tensão e cansaço laborais. Tendo em conta que se não existisse uma recuperação da fadiga nervosa e física não poderia haver ócio nem tempo livre, é lógico a grande importância desta função. 93
Ensaio Crítico A função de diversão complementa a anterior, conferindo-lhe um lado mais dinâmico e quebrando as práticas rotineiras impostas pelas obrigações diárias. Supõe um ambiente de paz e uma busca do prazer. Nesta dimensão encontram-se todas as actividades de recreio, diversão, prazer, cultura e viagem ao mesmo tempo que são favorecidas as relações sociais. A função de desenvolvimento é a menos frequente nas
actividade do ócio e a mais ambiciosa, visto ser difícil que depois de liberto das suas actividades, o indivíduo, tenha energia suficiente para se lançar no seu desenvolvimento intelectual, artístico e físico. Desenvolvimento este que passa pela
realização de actividades intelectuais, físicas, artísticas e pelas actividades turísticas e de viagem. Esta função enriquece a formação intelectual de um indivíduo, logo, reflecte-se sobre o trabalho, mais do que todas as funções anteriores. As funções sociais são exclusivamente sociais na medida que transcendem os comportamentos pessoais e passam a situar-se nos comportamentos interpessoais e transpessoais.
Estas funções são subdivididas em função de socialização (o ócio permite recuperar os níveis de comunicação social, fundamentalmente ao ser humano, que o modo de vida moderno e urbano forçam a uma relação), função simbólica (o ócio nele desenroladas
funcionam como um símbolo quer de pertença social quer de afirmação pessoal) e finalmente a função terapêutica (une-se às funções de diversão e descanso que decorrem a nível pessoal, sendo que os efeitos decorrentes dessas duas funções se repercutem a nível colectivo na medida em que, o ócio contribui para que os membros da sociedade mantenham um equilíbrio físico e psíquico). As funções socioeconómicas do ócio relacionam-se com o poder de compra da população e o nível de consumo, que pode converter-se em mero gasto pelo gasto, sem que as actividades de ócio desempenham suas funções. 94
Ensaio Crítico O Polaroid 31 retrata as funções do ócio na medida que apresenta o rosto de J. Dumazedier, sociólogo em quem me baseei para a elaboração deste assunto, assim como representa a função de descanso, assim como a função de divertimento e respectiva socialização. O recreio pode entender-se como sendo o conjunto de acções e actividades que as pessoas desenvolvem livremente, de uma forma positiva e
agradável durante o ócio ou o lazer. Neste conjunto de actividades estão incluídas todas as participações activas e passivas em desporto, cultura, educação informal, entretenimento, diversão e visitas. Assim o sendo o recreio cobre todas as ocupações
durante o lazer que não envolva compromisso. As actividades de ócio classificam-se em actividade físicas (relacionadas com o desporto, descanso, termalismo, etc.), actividades manuais (relacionadas com o artesanato, bricolage, trabalhos manuais, etc.), actividades culturais (relacionadas com a leitura, espectáculos, exposições, actividades de animação sociocultural, etc.), actividades sociais (relacionadas com o
contacto entre pessoas para ampliar e consolidar a comunicação entre elas) e as actividades turísticas e de viagem (relacionadas com o tempo livre da civilização de ócio e todas as variadas formas de turismo). O Polaroid 32 retrata as actividades de
ócio na medida em que apresenta vários exemplos de todas as suas actividades tais como prática desportiva, artesanato, consolidação da comunicação e com o descanso. O recreio origina as acções recreativas que se podem agrupar em seis categorias tendo em conta a sua natureza e os equipamentos usados. As realizadas em casa (ver TV, ler, ouvir musica, jardinagem), de elevado conteúdo social (entretenimento, comer fora, frequência de bares, festas, visitas a amigos e parentes), os interesses culturais, educacionais e artísticos (visitas a teatros, concertos, exposições, museus, assistir a aulas e conferências), os desportos como espectador ou praticantes (todos 95
Ensaio Crítico os desportos), o recreio informal ao ar livre (condução por prazer, excursões diárias, passear a pé) e o turismo de lazer com uma estada (viagens de longa distancia, finsde-semana, férias e feriados). O turismo é o resultado da forma como é ocupado o nosso tempo livre e distingue-se do recreio no sentido em que implica obrigatoriamente uma deslocação, enquanto o recreio pode ou não originar uma
viagem. Além disso, as deslocações para fora da residência obrigam, muitas vezes, uma permanência nos locais visitados por períodos de tempos variáveis, muitas vezes superiores às dezenas de dias, que originam tempos livres ocupados por actividades
de recreio. O Polaroid 33 retrata os diferentes tipos de actividades consoante o local ou instrumento utilizado, usando para tal uma montagem de fotos que apresentam actividades realizadas em casa, idas a concertos, actividade desportivas e caminhas a pé.
Não perca a próxima edição
Impactes do turismo
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Editorial Dividida por 3 edições mensais e tendo como filosofia “ imagens que valem mais que mil palavras” serão apresentadas imagens que depois de comentadas e analisadas ilustrarão a evolução, importância e multidisciplinaridade do Turismo. Tendo em conta a disciplina de Sociologia do Turismo e uma pesquisa profunda apresento estas edições únicas onde o Turismo será posto a nu.
O turismo sendo um fenómeno humano encontra-se sempre em transformação. As mudanças culturais e respectiva reestruturação do turismo são inevitáveis. Existem turistas cujo destino predilecto encontra-se nos tradicionais locais de sol,
de praias sobrecarregadas de pessoas e enfiados em resorts. De outro lado encontramos turistas que buscam o contacto com a natureza, com outras culturas preferindo um ecoturismo em detrimento do típico turismo de massas. Consoante o tipo de turista existente, e acreditem que são muitos, existe o seu destino. Os turistas encontram-se por todo o lado, e é com eles que o turismo, enquanto factor económico, trabalha e produz. Como tudo na vida existem aspectos positivos e outros negativos. Os impactes no turismo, assim como os diferentes tipos de turista e respectivas mudanças na escolha turística serão analisados e
explicados neste terceiro e último volume de “ Escapadelas - O turismo de A a Z”. A trilogia encontra o seu término explicando o que devemos mudar no turismo de hoje para que as gerações futuras possam usufruir de tanto prazer no acto de
viajar.
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Apresentação Chamo-me Roberto Carvalho, 34 anos, casado e resido na Régua. Trabalho no agrupamento vertical das escolas da Sé – Lamego executando as funções de técnico operacional e sou estudante do 1º ano de Informação Turística na ESTGL de Lamego. A elaboração deste portfolio seduziu-me visto nunca ter feito algo do género e estar extremamente curioso para ver o resultado final. Devido a clara importância do turismo e da sua constante relação com as áreas mais diversas da sociedade espero apresentar imagens que contem histórias.
Ficha técnica
Coordenador: Sandra Antunes
Proprietária/ Editora: IPV – ESTGL
Redacção: Roberto Carvalho
Assinaturas: Roberto Carvalho
Grafismo: Roberto Carvalho
Distribuição: Manualmente
Colunistas: Roberto Carvalho
Tiragem: Número único para a disciplina de Sociologia do Turismo
Redacção, Administração e Serviços Comerciais: Roberto Carvalho Marketing: Roberto Carvalho
Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios, e para quaisquer fins, inclusive comerciais.
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III – O turismo e a sociedade III.1 – Mudanças culturais e reestruturação do turismo Pergaminho 1 – Ecoturismo/turismo verde
Pergaminho 2 – Práticas culturais contemporâneas
Fonte: Elaboração própria
Fonte: Elaboração própria 100
Pergaminho 3 – Turismo rural, cultural e natural
Fonte: Elaboração própria Pergaminho 4 – Conservação de espaços
Síntese dos documentos Todos
os
documentos
apresentados
foram pesquisados on-line e montados por mim
de modo a transmitirem os
conhecimentos retirados do módulo III. O pergaminho 1 retrata a nova preferência turística pelos turismo verde e real. Este aumento de procura é reflexo de uma nova filosofia de vida alicerçada na
preservação da natureza a numa grande vontade de conhecer novas culturas. O sentimento de preservação , assim como
de preocupação com o ambiente é Fonte: Elaboração própria
notório. 101
Síntese dos documentos O pergaminho 2 retrata tanto a preferência pela cultura em detrimento dos resorts , como as novas práticas culturais contemporâneas e respectiva filosofia, associada à preservação e naturalismo. Como claro exemplo destas novas práticas são apresentadas neste pergaminho a comida saudável,
medicina alternativa e os partos naturais. Toda esta preferência pelo real a natural desloca a atenção dos viajantes para o campo e o rural. O pergaminho 3 retrata o turismo rural, experiências culturais e actividades desportivas com a natureza. Esta preferência pela turismo verde funciona como um tema de interesse, sempre associado a um movimento cultural, pois quem preserva é culto. A conservação de espaços, vital para este tipo de turismo, encontra-se retratado no pergaminho 4, apresentando para tal imagens de uma campanha de limpeza de praia, levada a cabo por um grupo
de turistas numa praia brasileira.
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III.2 – Tipologias da procura turística: o turista nos seus diversos tipos Pergaminho 5 – Tipos de Turistas segundo Cohen
Fonte : Elaboração própria 103
Pergaminho 6 – Turistas segundo Yannakis e Gibson I
Fonte : Elaboração própria
Pergaminho 7 - Turistas segundo Yannakis e Gibson II
Fonte : Elaboração própria
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Pergaminho 8 – Tipologia de Plog: Psicocêntricos
Fonte: Elaboração própria Pergaminho 9 – Tipologia de Plog: Alocêntricos
Fonte: Elaboração própria
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Pergaminho 10 – Tipologia de Plog: Quase-Psicocêntricos
Fonte: Elaboração própria Pergaminho 11 – Tipologia de Plog: Cêntricos
Pergaminho 12 – Tipologia de Plog: Quase Alocêntricos
Fonte: Elaboração própria
Fonte: Elaboração própria
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Pergaminho 13 – Alocêntricos com elevada energia
Fonte: Elaboração própria
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Pergaminho 14 – Alocêntricos com baixa energia
Fonte: Elaboração própria
Pergaminho 15 – Psicocêntricos com elevada e baixa energia
Fonte: Elaboração própria 108
Tipos de Turismo Pergaminho 16 – Turismo de recreio
Pergaminho 17 – Turismo de Repouso
Fonte: Elaboração própria
Fonte: Elaboração própria
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Pergaminho 18 – Turismo Cultural
Pergaminho 19 – Turismo Étnico ou Cultural?
Fonte: Elaboração própria
Fonte: Elaboração própria
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Pergaminho 20 – Turismo de Natureza
Fonte: Elaboração própria
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Pergaminho 21 – Turismo de Negócios
Fonte: Elaboração própria
Pergaminho 22 – Turismo Desportivo
Fonte : Elaboração própria
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Síntese dos documentos Todos os documentos apresentados foram pesquisados através do google images e montados por mim, de modo a retratarem todos os turistas nos seus diversos tipos. A tipologia de Cohen distingue os turistas segundo a sua disposição para lidar com a novidade. Existindo uma quantidade contínua de
possíveis combinações de novidade e familiaridade o turista pode ser tanto um turista de massas organizado, como um turista individual, explorador ou nómada (drifter). O pergaminho 5 retrata exactamente cada um destes tipos de turistas. Segundo a tipologia de Yannakis e Gibson que se baseia nas motivações que o turista tem, na hora de panificar o tempo livre, que poderá dedicar a actividades turísticas, o turista pode ser separado por: o amante do sol, o que procura acções excitantes, o arqueólogo, o turista organizado, o aventureiro, o explorador, o elitista, o espiritualista, o turista de classe alta, o
antropólogo, o turista de mochila, o que escapa a rotina e finalmente, o desportista. Os pergaminhos 6 e 7 retratam exactamente cada uma destas vertentes de um turista, dependente sempre de uma série de factores.
Segundo Plog, os viajantes podem ser categorizados ao longo de uma escala, desenvolvida em função de traços de personalidade e das preferências de estilo de vida, até dois extremos: psicocêntricos e alocêntricos. Os primeiros, psicocêntricos, agrupam turistas que concentram o seu comportamento nas suas pequenas preocupações pessoais e têm limitado interesse pelo mundo exterior, os segundos, alocêntricos, são turistas que se interessam por grandes números de actividades e extremamente aventureiros e curiosos. Os pergaminhos 8 e 9 retratam, cada um, o seu respectivo grupo, apresentando
imagens que caracterizam cada tipo de turistas. 113
Síntese dos documentos A maioria da população turística encontra-se entre estas duas categorias, que por sua vez se reparte em três categorias intermédias: os quasepsicocêntricos, os cêntricos e os quase-alocêntricos. Os pergaminhos 10, 11 e 12 retratam cada uma destas categorias, com imagens de características
próprias. Plog descobriu que a distribuição por estas categorias se encontrava conectada ao poder económico de cada pessoa. Os alocêntricos eram geralmente pessoas mais ricas e os psicocêntricos os mais dependentes. Para compreender todo este mercado de viagem foi concebida a dimensão energia-letargia para descrever os níveis de variáveis nos indivíduos. Com a conjugação destas duas dimensões quatro tipos de viajantes emergem: Alocêntricos com elevada energia, alocêntricos com baixa energia e psicocêntricos com elevada energia e psicocêntricos com baixa energia. Os
pergaminhos 13, 14 e 15 retratam cada um destes tipos de viajantes. Existe uma relação directa entre os motivos de uma viagem e as características dos destinos podendo, estes, dar resposta a motivações muito diversificadas.
Cada destino pode, pelas suas características e pela diversidade de atractivos, corresponder a motivações culturais, profissionais entre outras. Assim sendo existe o turismo de recreio, o turismo de repouso, o turismo cultural, o turismo étnico, o turismo de natureza, o turismo de negócios e o turismo desportivo. Os pergaminhos 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22 retratam cada uma deste tipos de turismo.
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III.3 – Impactes do Turismo III.3.1 – Impactes Ambientais Pergaminho 23 – Conservação de locais arqueológicos e históricos
Pergaminho 24 – Melhorias de condições com o turismo
Fonte : Elaboração própria
Fonte: Elaboração própria 115
Pergaminho 25 – Impactes negativos
Fonte: Elaboração própria
Pergaminho 26 – Impactes negativos II
Fonte: Elaboração própria 116
Pergaminho 27 – Medidas de controle do impacte ambiental
Fonte: Elaboração própria
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Pergaminho 28 – Medidas de controle do impacte ambiental II
Fonte: Elaboração própria Pergaminho 29 – Medidas de controle do impacte ambiental III
Fonte: Elaboração própria
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III.3.2 – Impactes económicos
III.3.3 – Impactes Sociais e Culturais
Pergaminho 30 – Empregos directos e indirectos
Pergaminho 31 – Relacionamento entre turistas e comunidade anfitriã
Fonte: Elaboração própria
Fonte: Elaboração própria
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Pergaminho 32 – Impactes sociais e culturais positivos
Pergaminho 33 – Impactes sociais e culturais negativos
Fonte: Elaboração própria
Fonte: Elaboração própria
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Pergaminho 34 – Modelo irridex
Fonte: Elaboração própria
Pergaminho 35 – Modelo ajuste
Fonte: Elaboração própria
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Pergaminho 36 – Classificação dos turistas na óptica do impacte na sociedade residente
Fonte: Elaboração própria
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Síntese dos documentos Todos os documentos apresentados foram pesquisados através do Google images e montados por de modo a retratar quais os impactes do turismo. Todos sabemos que o turismo é actualmente o sector económico com mais alta taxa de crescimento, sendo para muitos países a única fonte de
rendimento. Tal como o seu raio de acção, o turismo também possuí uma enorme multiplicidade de impactes, quer positivos quer negativos, na vida das pessoas e no meio ambiente onde ocorrem. Por um lado o turismo é um monstro de receitas, assim como também é um monstro na quantidade de combustível gasto, e respectiva poluição. Os impactes ambientais podem ser positivos e negativos. O pergaminho 23 apresenta um bilhete da Citadel of Qaicbay, em Alexandria Egipto, assim como vários locais, mundialmente conhecidos e mantidos à custa do turismo e dos milhares de pessoas que
pagam para os ver. Sendo assim um dos aspectos positivos é a preservação de áreas histórica ou arqueológicas. O pergaminho 24 retrata as melhorias de condições de vida com a presença do turismo. Para tal apresento fotos da
divisão entre zona turística e não turística, na mesma localidade onde o contraste é avassalador. De um lado, um forte investimento no conforto dos turistas, com a s condições básicas de higiene, assim como sistema de esgotos, criação de estradas e água potável. De outro lado, a falta de condições, a pobreza e o contraste entre a zona norte de Havana (rica) e a zona Sul (extremamente pobre). Os pergaminhos 25 e 26 retratam os impactes negativos do turismo, com a poluição da água, do ar, sonora e visual, assim como a própria desflorestação. 123
Síntese dos documentos De modo a preservar recursos, assim minimizar os impactes negativos foram criadas medidas de controlo de impacte ambiental, que passam pela instalação do fornecimento de água, fornecimento de energia, a reciclagem, tratamento de resíduos líquidos, construção de sistemas de drenagem,
desenvolvimento de redes e estradas e transportes, a criação de sistemas pedonais, utilização da sinalética adequada e manutenção de veículos turísticos. Os pergaminhos 27, 28 e 29 retratam as medidas criadas para o controle de impacte ambiental, onde destaco a tomada de consciência das grandes metrópoles, no financiamento de frotas de transportes públicos híbridos. O impacte económico é enorme. O pergaminho 30 retrata os vários tipos de empregos criados pelo fenómeno turístico, apresentando para tal empregos directos, como um funcionário de hotel, ou indirecto como
motoristas e até o vendedor de souvenir. A interacção entre o turista e o membro da comunidade anfitriã originam impactes sociais e culturais. O pergaminho 31 apresenta momentos onde duas culturas se tocam, e podem
ocasionalmente se influenciar. Existem impactes sociais e culturais positivos tais como novas ideias, valores e modos de vida, o fomento do conhecimento da cultura local por parte dos visitantes, em aspectos como a gastronomia, arte e música. O pergaminho 32 retrata alguns destes impactes positivos. Em contrapartida, o pergaminho 33 retrata os impactes negativos apresentando para tal imagens de crime e prostituição, assim como uma imagem de um assaltante de turistas preso e outra imagem de dois turistas, na esquadra a denunciarem mais um assalto . 124
Síntese dos documentos A extrema pobreza da maioria dos países receptores, nos destinos de praias, é um factor importante para o aumento da criminalidade de rua aos turistas. Apresento também uma imagem de conflitos numa localidade mexicana devido ao abuso de desapropriação para a construção de novos resorts. Com
o intuito de explicar os impactes sociais do turismo foram criados vários modelos como o modelo irridex, o modelo atitudinal e o modelo de ajuste. O pergaminho 34 retrata as várias fases do modelo irridex e o pergaminho 35 retrata o modelo de ajuste. Na óptica do impacte na sociedade residente, os turistas podem ser classificados por exploradores, turistas de elite, turistas descontraídos, turistas de massa incipientes e turistas de massa. O pergaminho 36 retrata todas estas classificações de um turista.
125
Ensaio crítico
As mudanças vividas pelas sociedades ocidentais nos últimos 20 ou 30 anos originaram várias mudanças culturais. A este processo de mudança deu-se o nome de pós-modernismo e envolveu uma desestruturação dos laços, não apenas, entre as culturas baixas e alta, mas também entre diferentes formas
culturais, tais como o turismo, arte, educação, fotografia, música, desporto, mercados e arquitectura. A vontade de tornar o turismo cada vez menos específico é um dos efeitos imediatos dessas mudanças, sendo que, as pessoas, são na maioria do tempo, turistas quer queira quer não. Os grandes resorts balneares tornaram-se lugares comuns, provocando um declínio na sua popularidade. O monopólio, por parte destes grandes empreendimentos, no turismo de praia deixou de ser uma realidade, a areia, o mar, assim como o alojamento tornaram-se disponíveis em muitas vilas e cidades um pouco
por todo o lado, assim como as actividades de lazer. A actual preferência pela cultura em detrimento de certas construções particulares da natureza, assim como o desejo de contacto com o natural é uma dos factores que explica o
declínio do interesse pelos resorts naturais, vistos como não civilizados, sem gosto e animalescos. As práticas culturais contemporâneas encontram-se associadas ao respeito pela natureza e sua respectiva preservação. O turismo verde cresceu, assim como movimentou dentro de cada um de nós a preocupação constante em visitar sem estragar. Esta deslocação da preferência turística para o campo e o real ou natural não contradiz a preferência pelo cultural, na medida que tal aproximação a este tipo de turismo torna o turista uma pessoa mais consciente, preocupada, interessada
por este tema de grande interesse: o ecoturismo. 126
Ensaio crítico
Esta preferência pelo verde e natural encontra-se retratada no pergaminho 1, onde apresento várias imagens que retratam esta vertente turística. Esta nova filosofia de viajar encontra-se associada às novas práticas culturais contemporâneas onde posse destacar o interesse na comida saudável, pão
caseiro, vegetarianismo, nouvelle cuisine, ciência e medicina não ocidentais e alternativas, partos naturais, contracepção natural, preferência pela lã, algodão e linho ao invés de outras fibras artificiais, antiguidades em substituição de reproduções feitas pelo homem, restauração de habitações e práticas desportivas tradicionais ao invés de formas controladas de lazer. O pergaminho 2 retrata esta nova filosofia de vida aliada ao natural, apresentando para tal imagens sobre acupunctura, comida saudável, partos naturais e o interesse pela cultura. Esta nova preferência pelo real e natural
desloca a atenção dos viajantes para o campo e o rural, o que se torna patente na adesão em massa a organizações preocupadas com a protecção do campo, na proliferação de revistas e jornais de protecção ambiental, no
crescimento imobiliário ligado a casas de campo, na construção de urbanizações de tipo aldeão ou nos recentes movimentos de criação e defesa de espaços verdes das nossas cidades. O pergaminho 3 retrata a nova preferência por partes destes novos viajantes preocupados com a preservação de locais, costumes e tradições. O pergaminho 4 retrata a preocupação dos viajantes em preservar os locais visitados, apresentando para tal imagens de um grupo de turistas, que juntamente com a comunidade local, uniu esforços para limpar uma praia. 127
Ensaio crítico
Esta conservação de espaços e da correspondente vida selvagem para as gerações futuras é uma função vital deste tipo de turismo que repudia certos aspectos da vida moderna como as formas de transporte, a produção industrial, agrícola e energética. As razões que levam as pessoas a viajar
variam de acordo, com um vasto leque de factores que determina o local ou atractivo procurado. Todos os motivos que levam as pessoas a viajarem, mesmo em condições adversas ou menos propícias, são chamadas de motivações energéticas, isto é, que exercem uma influencia determinante na decisão de viajar e às quais se dirigem os apelos publicitários. Os turistas podem ser caracterizados dentro de diversas tipologias ou papéis que exercem motivação como uma força energética associada às suas necessidades pessoais. Usando esta aproximação de uma força energética às
necessidades pessoais, os papéis podem ser estudados e relacionados com diferentes formas de comportamento ou escolha de actividades e de destinos de férias. Assim sendo, a compreensão dos papéis dos turistas poderá
providenciar uma ampla compreensão dos seus processos de escolha e de diferentes segmentos de consumo. A definição ou interpretação do papel dos turistas, tal como a sua motivação, foi estudada e explicada por vários sociólogos. Goffman sugeriu que os indivíduos se comportam diferentemente em situações adversas, tal e qual como actores, na medida que alteram o seu comportamento de acordo com a natureza e o contexto da actividade. Segundo Cohen, os turistas distinguem-se segundo a sua disposição para lidar com a novidade/familiaridade. 128
Ensaio crítico
Segundo este sociólogo, a experiencia do turismo combina um grau de novidade com um grau de familiaridade, a segurança de hábitos velhos juntos com a excitação da mudança. Dependendo dos gostos individuais e das preferências dos turistas, como também, da configuração institucional da
sua viagem, assim, varia a extensão exacta em que a familiaridade e novidades são experimentadas. Assim sendo, existe uma quantidade de possíveis combinações de novidade e familiaridade. O turista de massas organizado é menos aventureiro, permanece limitado à sua bolha ambienta ao longo da viagem, não abdica do conforto e possuí um itinerário de viagem pré-estabelecido, controlado por um guia estando a familiaridade no máximo, e a novidade no mínimo. O turista individual difere do anterior pelo simples facto que a sua excursão não é completamente planeada, tendo o
turista uma certa forma de controlo sobre seu tempo e itinerário e não se encontra ligado a um grupo. Também ele realiza as suas experiencias a partir da bolha ambiental do seu país natal e só ocasionalmente se aventura para
fora dela (e mesmo nessas ocasiões só o faz para um território conhecido). A familiaridade é dominante, mas um pouco menos do que no tipo anterior, a experiência da novidade é um pouco maior, embora seja frequentemente do tipo rotineiro. O explorador organiza as suas viagens sozinho, tenta sair do caminho comum o mais possível, sem nunca perder a comodidade e meios fidedignos de transporte. Tenta uma aproximação ao povo que visita falando o seu idioma. O explorador deixa a sua bolha ambiental muitas mais do que os dois casos anteriores, mas ainda toma cuidado para poder regressar à sua
bolha caso a ida se torne muito áspera. 129
Ensaio crítico
A novidade domina, mas o turista não se submerge completamente na sociedade anfitriã, mas retém algumas rotinas básicas e confortos do seu modo de vida nativo. O nómada ou drifter foge bastante do rasto típico e dos modos de vida tradicionais do seu país natal. Evita qualquer contacto com
estabelecimentos turísticos, e considera falsa a experiencia turística ordinária. Faz tudo sozinho, ceita trabalhos para se manter em viagem e vive com membros da comunidade receptora. Partilha com eles o abrigo, comidas e hábitos, mantendo só o mais básico e essencial dos seus costumes. Não tem itinerário fixo, nem horários e nenhuma meta bem definida da viagem. Afunda-se na cultura anfitriã levando a novidade ao seu ponto mais alto, e a familiaridade desaparece quase completamente. O pergaminho 5 retrata cada um destes papéis turísticos, apresentando imagens de um grupo de
massas, de uma exploradora, de um turista individual e de um drifter. Os turistas de massas organizadas e os turistas individuais são chamados de papéis turísticos institucionalizados (negociados de modo rotineiro pelo
estabelecimento turístico), em contrapartida os exploradores e os nómadas são chamados de papéis turísticos não institucionalizados, ao serem papéis abertos, muito frouxamente ligados aos estabelecimentos turísticos. A tipologia estudada pelos professores Andrew Yannakis e Heather Gibson baseia-se nas motivações que o turista tem na hora de planificar o tempo livre que poderá dedicar a actividades turísticas. Estes dois professores utilizaram como método científico a experiência e o estudo de campo e apresentaram os seguintes tipos de turistas: 130
Ensaio crítico
o amante do sol (interessado no descanso e nos banhos de sol em locais de temperaturas elevadas, com grandes “doses” de sol, areia e mar), o que procura acções excitantes (turista interessado em actividades e reuniões sócio-turisticas, frequentando bares, discotecas e mantendo relações com
membros do sexo oposto, com vontade de as transformar em relações românticas), o arqueólogo (interessado nos lugares arqueológicos e no estudo da historia das civilizações antigas), o turista organizado (turista interessado nas actividades e viagens previamente organizadas, nos pacotes turísticos, em tirar fotos e comprar grandes quantidades de recordações), o aventureiro (interessado fundamentalmente em novas sensações, aventuras e riscos, através da prática desportiva e actividades de aventura), o explorador (prefere viagens de aventura, descobrir novos destinos que nunca
tenham sido descobertos e explorados turisticamente), o elitista (turista interessado em férias e actividades de elite, escolhendo destinos considerados elitistas), o espiritualista (busca um conhecimento pessoal e
espiritual enquanto se encontra de férias, planeando-as como forma de terapia e como uma procura do significado da sua vida), o turista individual (planeia as suas férias de forma individual, escolhendo destinos massificados), o turista de classe alta (procura serviços de alta qualidade tais como transporte em 1ª classe, hotéis de 5 estrelas, restaurante de 5 garfos e viaja individualmente), o antropólogo (interessado no contacto e comunicação com a população local dos locais que visita, partilhando costumes, hábitos, gastronomia, idioma e outros factores), o turista de
mochila (viaja geralmente de lugar em lugar com a sua mochila às costas, 131
Ensaio crítico
podendo ou não, planear a sua viagem e alojamento), o que escapa da rotina (foge à rotina, à monotonia da sua actividade diária e procura locais calmos e tranquilos, essencialmente centros de descanso) e finalmente o desportista (amante da prática desportiva, procura nas suas férias praticar seus
desportos preferidos). Os pergaminhos 6 e 7 retratam todos estes tipos de turistas, apresentando para tal imagens variadas sobre cada objectivo de um turista. Plog representa também uma tentativa de classificar as pessoas segundo tipos psicológicos relacionando esses padrões de comportamento ao turismo, elaborando assim uma série de personalidades. Para tal, Plog, elaborou uma escala em função de traços de personalidade e das preferências de estilo de vida. Segundo este sociólogo, os viajantes podem ser categorizados ao longo da escala até dois extremos: psicocêntricos e
alocêntricos. Os psicocêntricos agrupam os turistas que concentram o seu comportamento nas suas pequenas preocupações pessoais e têm um limitado interesse pelo mundo exterior. Preferem locais conhecidos, mais
frequentados e não se preocupam em desenvolver actividades que os desviem da normalidade, sendo assim mais passivos do que activos. Escolhem viagens organizadas, estruturadas e bem preparadas, em destinos acessíveis de automóvel. O pergaminho 8 retrata estes turistas, apresentando fotos com locais cómodos, viagens de carro sem grandes alterações aos seus modos de vida. Os alocêntricos são os turistas que se interessam por um grande número de actividades, desejando descobrir o mundo e manifestando uma curiosidade geral por tudo quanto os cerca.
Distinguem-se pelo desejo de aventura e pela curiosidade. 132
Ensaio crítico
Escolhem geralmente, regiões não desenvolvidas, destinos diferentes, viagens de organização flexível, procura do exótico, satisfação e sensação de poder e liberdade. O pergaminho 9 retrata este interesse pelo exótico, assim como a sensação de liberdade e a escolha de locais novos e pouco
conhecidos. A maioria da população turística encontra-se entre estas duas categorias, que por sua vez se repartem por três categorias intermédias: Os quase-psicocêntricos (buscam a satisfação do ego e procura do status, procuram conforto social e visitam locais muito frequentados e mencionados pelos meios de comunicação social). O pergaminho 10 retrata o status, assim como os locais muito frequentados e o conforto através de imagens escolhidas e montadas por mim. Os cêntricos (buscam a descontracção e prazer, o clima, o sol e as termas, a gratificação sensual como a gastronomia,
descanso, conforto e bebida e buscam a oportunidade de fugir aos problemas diários). O pergaminho 11 retrata o descanso, as termas, a gastronomia e a fuga dos problemas diários, através de imagens escolhidas e
montadas por mim. Os quase-alocêntricos (participam em certames ou actividades desportivas, viagens do tipo desafiante, viagens de negócios, congressos, reuniões e convenções, visitas a teatros e espectáculos especiais e oportunidades de experimentar um estilo de vida diferente). O pergaminho 12 retrata as viagens de negócios, o teatro, as convenções e as práticas desportivas. Plog descobriu que no mais baixo limite de distribuição dos rendimentos predominavam os psicocêntricos e que no limite superior dos rendimentos predominavam os alocêntricos. 133
Ensaio crítico
No extremo dos rendimentos mais baixos, as famílias não viajam por não disporem de meios financeiros, e como tal, são obrigados a comportarem-se como psicocêntricos. Os estudantes são um caso típico, visto poderem ser alocêntricos por natureza, mas, muitas vezes por falta de rendimentos,
viajam para locais próximos e mais acessíveis às suas possibilidades. Para além dos traços alocêntricos e psicocêntricos, outra medida pode ser adicionada para ajudar a compreender os mercados de viagem. A dimensão de energia-letargia foi concebida para descrever os níveis variáveis de energia-letargia dos indivíduos. Quando estas duas dimensões se conjugam, quatro tipos de viajantes emergem: Alocêntricos com elevada energia (viajantes que usam linhas aéreas, gastam mais dinheiro, visitam as mais recentes atracções e destinos no mundo, e procuram ter tanas experiencias
de viagem quanto possível), alocêntricos com baixa energia (viajam por ar, mas são menos frequentes quando comparados com os anteriores, viajando mais em fantasia através da leitura e da partilha de experiências com amigos,
mais do que em pessoa), psicocêntricos com elevado energia (viajantes activos em veículo pessoal, utilizando geralmente um veículo recreativo de grandes dimensões) e os psicocêntricos com baixa energia (preferem ficar em casa e apreciar os seus ambientes familiares). O pergaminho 13 retrata o acto de viajar de avião, o excesso de dinheiro gasto e os locais mais atractivos do mundo turístico, o pergaminho 14 retrata o acto de viajar ela leitura e a troca de experiências entre amigos, o pergaminho 15 retrata os veículos recreativos de grandes dimensões e a preferência, por parte dos
psicocêntricos com baixa energia, em ficar em casa. 134
Ensaio crítico
A relação entre tipos de turistas e destinos depende do turista e suas necessidades e da promoção e desenvolvimento dos destinos, assim como o seu marketing. É necessário saber o que procura o turista, o que o motiva descobrindo para tal, o perfil psicológico e demográfico do cliente. Os tipos
de turismo enquadram-se para cada tipo de turista, e são identificados pelos motivos das viagens e pelas características dos destinos, não podendo os primeiros desligar-se destes. O turismo de recreio tem na sua origem as deslocações das pessoas por motivos de curiosidade, de desfrutar das paisagens, das distracções das grandes cidades, de escapar às condições climatéricas adversas ou simplesmente tomar banhos de sol. Os destinos que correspondem a estes motivos são geralmente aqueles que oferecem praias, belezas naturais ou os grandes centros urbanos ou de grande atracção. O
pergaminho 16 retrata este tipo de turismo apresentando para tal imagens de Las Vegas, Paris e Londres, grandes centros urbanos, e os típicos locais de sol. O turismo de repouso tem na sua origem as deslocações das pessoas por
motivos de relaxamento físico e mental, obtenção de um benefício para a saúde, de recuperação dos desgaste provocados pelo stress, ou pelos desequilíbrios psicológicos provocados pela agitação da vida moderna ou pela intensidade do trabalho, procurando locais calmos, contacto com a natureza, o campo, as estancias termais ou os locais que oferecem a possibilidade de acesso à prestação de cuidados físicos como os modernos health resorts, podendo incluir os cruzeiros marítimos e as estadas na montanha por razões diferentes das de praticar desportos de neve. 135
Ensaio crítico
O pergaminho 17 retrata esta filosofia de repouso apresentando locais calmos, cruzeiros e estadas em montanhas. O turismo cultural engloba os movimentos de pessoas que obedecem a motivações essencialmente culturais, sendo incluídas, nesta definição, modalidades tão diversas como
viagens de estudo, digressões artísticas, viagens culturais, deslocações efectuadas para assistir a festivais ou outras manifestações culturais, visitas a sítios ou monumentos históricos, viagens que têm por objecto a descoberta da natureza, o estudo do folclore ou da arte e as peregrinações. O turismo cultural abrange viagens provocadas pelo desejo de ver coisas novas, de aumentar conhecimentos, conhecer as particularidades e hábitos de outros povos e culturas diferentes do passado e do presente, e ainda a satisfação de necessidades espirituais. Assim sendo, os centros culturais, os grandes
museus, os grandes monumentos religiosos e os locais onde se desenvolveram no passado as grandes civilizações do mundo são locais abrangidos por este tipo de turismo. O pergaminho 18 retrata locais alvos
deste tipo de turismo. O turismo étnico, para alguns autores, engloba todas as viagens que têm como objectivos a observação de modos de vida dos povos exóticos, incluindo as visitas às casas dos nativos, observação de danças e cerimonias bem como a possibilidade de assistir a rituais religiosos. Mas tendo em conta que as motivações que estão na origem destas viagens são fundamentalmente de base cultural, incluímo-las no turismo cultural e reservamos o turismo étnico para viagens realizadas para visitar amigos. O pergaminho 19 retrata actividades de outros povos, chamadas de actividades
étnicas, mas para alguns autores, o turismo étnico não é nada disso. 136
Ensaio crítico
Pessoalmente eu discordo. Associo o termo étnico ao conhecimento de algo não usual no meu modo de vida, assim sendo o turismo étnico, para mim, seria exactamente retratado pela minha montagem de imagens e não por viagens para visitar familiares. O turismo de natureza manifesta-se de duas
maneiras diferentes: turismo ambiental e turismo ecológico. O ambiental relaciona-se com os vários aspectos da terra, mar e do céu e com o seu estado de pureza, por sua vez, o turismo ecológico ou ecoturismo inclui as viagens para as áreas naturais com o fim de observar e compreender a natureza e a história natural do ambiente, tendo sempre o cuidado de manter inalterável a integridade do ecossistema. A motivação dominante neste tipo de turismo reside no desejo de regresso à natureza, na contemplação do meio natural e na evasão ao stress do meio urbano. Os
visitantes podem atravessar montanhas e florestas e observar as relações entre as pessoas e a terra, incluindo visitas ou actividades relacionadas com a agricultura, tais como a produção de chá e criação de animais exóticos. O
pergaminho 20 retrata este desejo, por parte dos viajantes em conhecer a sentir a natureza. Para tal apresento imagens de campos de plantação de chá, locais totalmente selvagens e a criação de animais exóticos. O turismo de negócios abrange um grande número de pessoas dando origem a importantes movimentos turísticos de grande significado económico. Por razoes profissionais as pessoas deslocam-se para participar em reuniões, congressos, missões, exposições e feiras para estabelecer contactos com empresas e assim, realizar negócios. Incluem-se neste grupo as deslocações
organizadas pelas empresas para os seus colaboradores, quer como prémios, 137
Ensaio crítico
quer para participarem em reuniões de contacto com outros que trabalham em locais ou países diferentes bem como as viagens para efectuar relações públicas e que, no conjunto, se designam por viagens de incentivo. Os destinos privilegiados são os que dispõem de centros de congressos e de
exposições e os grandes centros urbanos. O pergaminho 21 retrata este tipo de turismo, apresentado para tal imagens de feiras e colóquios, assim como a imagem de um típico homem de negócios. O turismo desportivo respeita as camadas mais vastas das populações de todas as idades e de todos os estratos sociais, quer para assistir a manifestações desportivas (jogos olímpicos, campeonatos de futebol, corridas de automóveis) ou para praticar as mais variadas actividades desportivas. Ao assistir, o viajante assume uma atitude passiva, ao praticar, o viajante assume uma atitude activa. As
tendências actuais da procura obrigam a que o desenvolvimento de qualquer centro turístico deva ser equipado com meios apropriados para a prática dos desportos. O pergaminho 22 retrata o desporto como sendo a razão e
motivação para se fazer turismo. A quantidade abismal de clientes torna o turismo como uma das maiores indústrias do mundo e igualmente o sector económico com a mais alta taxa de crescimento. O turismo possuiu uma multiplicidade de impactes, uns positivos e outros negativos, na vida das pessoas assim como no ambiente onde estas se movem. Por um lado, o turismo emprega milhares de pessoas sendo responsável, em alguns países, por uma percentagem significativa do produto interno bruto. Por outro lado, consome biliões de litros de combustíveis, assim como produz quantidades
abismais de emissões de carbono. 138
Ensaio crítico
Actualmente analisa-se de forma detalhada os impactes do turismo, procurando potenciar os seus aspectos positivos e limitar ou minimizar os negativos. Não existindo qualquer tipo de procedimentos universais para a investigação dos impactes do turismo, opta-se normalmente pelo seu
agrupamento em três grandes categorias: impactes físicos/ambientais, impactes económicos e impactes socioculturais. Porém, esta separação é um pouco superficial visto que, na realidade, a fronteira entre estes grupos é pouco clara e os seus conteúdos interligam-se frequentemente. A qualidade do ambiente é um factor estratégico de competitividade para qualquer destino turístico, sobretudo para aqueles, em que constitui um dos elementos fundamentais da sua atractividade. O turismo estabelece relações com a existência sustentada de um ambiente equilibrado. Os impactes
ambientais deveriam abarcar factores tão importantes como os sociocultural e os económicos, por ser difícil analisá-los de forma separada, porém para uma melhor análise, do ponto de vista dos impactes, o aspecto meramente
físico é o alvo de estudo. Nesta perspectiva, o ambiente pode ser dividido em natural e construído. Actualmente, as questões ambientais detêm um enorme relevo, pelo que, o desenvolvimento de projectos turísticos, deve incluir uma análise de impactes ambientais, a fim de manter certas características essências nos destinos. O turismo gera impactes positivos e negativos, dependendo de como o seu planeamento é feito e monitorizado. O turismo bem planeado ajuda a manter e melhorar o ambiente, na medida que pode conservar áreas naturais importantes e locais arqueológicos e
históricos de carácter cultural e arquitectónico. 139
Ensaio crítico
O interesse, em certas zonas, de carácter cultural ou histórico depende da presença dos turistas, pois os bilhetes por eles comprados, e o próprio comércio montado em volta destes locais depende da entrada de verbas. O dinheiro investido nos bilhetes reverte para a manutenção e melhoramento
das zonas turísticas. Numa viagem que fiz no Egipto, reparei que o património histórico do país depende apenas do turismo, é para o turista que ele existe e que é mantido. O pergaminho 23 retrata este impacto positivo, de conservação de locais, fruto do turismo, na medida que apresenta locais que vivem à custa do turista e apresenta um bilhete para a citadela de Qaicbay em Alexandria, Egipto. Para além da conservação de locais, o turismo melhora a qualidade ambiental através de medidas de controlo da água, do ar, da poluição sonora, do lixo e de outros problemas ambientais, ajudando
ainda no melhoramento da estética ambiental, através de programas paisagísticos, do desenho apropriado dos edifícios e qualidade da sua manutenção. Melhora também as infra-estruturas locais, como a qualidade e
distribuição da água, dos esgotos, dos sistemas de tratamento de resíduos sólidos e também na melhoria das telecomunicações. Nos locais onde as autoridades e os próprios residentes não evidenciam preocupações com a qualidade e preservação do ambiente, o turismo por si só sensibiliza todos os intervenientes neste sentido, na medida em que esta preocupação beneficiará
qualquer zona
turística. O
pergaminho
24 retrata
o
melhoramento advindo do turismo, apresentando imagens de contraste entre zonas turísticas e não turísticas na mesma localidade. 140
Ensaio crítico
Nas zonas visitadas pelos turistas a segurança, higiene e as condições mínimas de vida são notórias. Não só de coisas boas vive o turismo. Se este não for cuidadosamente planeado, desenvolvido e gerido muitos aspectos negativos sobressaem. Estes tipos de impactes raramente se verificam todos
no mesmo local por dependerem, por um lado, do modelo de desenvolvimento turístico seguido e, por outro, das características específicas da área turística. Alem disso, alguns impactes não resultam apenas da actividade turística, sendo comuns a outras. A poluição da superfície da água dos rios, lagos e águas marítimas pode resultar de transportes turísticos e de recreio, como barcos a motor, especialmente em locais onde a circulação da água é lenta. Toda e qualquer área receptora deve possuir um eficaz sistema de saneamento básico, a fim de evitar a poluição das águas subterrâneas, os
rios, lagos ou zona costeira. Os inúmeros meios de transporte ao serviço do turismo provocam emissões de carbono prejudiciais à qualidade do ar. O barulho resultante da concentração de turistas, estradas de acesso às áreas
turísticas, aviões, barcos de recreio e alguns tipos de atracções, tais como pequenos parques de diversão, pistas de carros e motociclos, podem atingir níveis de ruído muito elevados, tornado irritante e desconfortável o ambiente, tanto para os residentes como para os turistas. Na minha viagem ao Egipto, quando saí do Cairo em direcção a Alexandria, deparei com uma recta enorme, de 200 kms de distância, completamente preenchida por um uso excessivo de placards publicitários. Este tipo de impacte de poluição visual, foi notório em muitos países norte africanos que visitei. 141
Ensaio crítico
A poluição visual não se fica pelo uso excessivo de placards, como também é notório no desenho arquitectónico com fins turísticos de pouca qualidade, à utilização de matérias de construção ou superfícies externas dos edifícios, que não se ligam ao meio envolvente e a obstrução das paisagens devido ao
excesso de construção. O aumento, lógico, dos equipamentos turísticos devido à forte afluência de turistas provocou, em muitas zonas, uma perturbação ecológica, na medida em que a desflorestação prejudica, não só a vegetação, como também a fauna, interferindo nos padrões normais de migração dos animais. O ambiente costeiro marinho é vulnerável ao excesso de uso e crescimento inadequado. A recolha excessiva, por partes dos turistas e comunidade local, de espécies em perigo de extinção tais como conchas ou corais, com o intuito de produzir lembranças, pode ajudar à
extinção das mesmas. Os pergaminhos 25 e 26 retratam todos estes impactes negativos no ambiente, apresentando imagens dos vários tipos de poluição possíveis. A fim de minimizar os aspectos negativos é importante estabelecer
a capacidade de carga de cada local. Esta capacidade consiste no estabelecimento de um nível de actividade turística, suportado a longo prazo sem criar mudanças sérias ou irreversíveis no destino. Assim sendo, se a capacidade de carga for ultrapassada o destino sofrerá um aumento rápido dos impactes negativos enquanto os positivos diminuirão. A capacidade de carga não se limita ser encarada no campo físico mas também nos campos socioculturais e económicos, visto que o turismo afecta todos estes aspectos da vida da comunidade anfitriã, pelo que se devem encontrar limites, de
modo a que os impactes não se tornem intoleráveis para a comunidade 142
Ensaio crítico
receptora. Existem quatro tipos de capacidade carga: física (relaciona-se com o volume de terreno disponível para as facilidade e inclui igualmente a capacidade finita destas facilidades, como por exemplo, o espaço de estacionamento ou o número de camas livres), psicológica (esta capacidade é
ultrapassada quando a experiencia do visitante é significativamente prejudicada, sendo que depende sempre dos turistas, visto muitos suportarem multidões, enquanto outros se afastam das áreas lotadas), biológica (a capacidade é ultrapassada quando os danos ambientais são inaceitáveis, podendo estar relacionada com a flora e a fauna) e a capacidade social (deriva de ideias de planeamento do turismo em relação à comunidade, tentando definir níveis de desenvolvimento aceitáveis para os residentes e para as actividades da comunidade receptora, existindo três
componentes principais envolvidos neste conceito: •Restrições ecológicas / Físicas: Nº visitantes – área natural •Restrições socioculturais: Nº visitantes – residentes locais •Restrições psicológicas / perspectivas: Nº visitantes / sensações de aglomeração A causa ecológica tem de partir de cada um de nós, mas medidas sérias têm de ser tomadas para minimizar os aspectos nefastos do turismo. Durante o processo de planeamento para prevenir problemas ambientais são aplicadas medidas especificas de controlo dos impactes. Estas medidas são tomadas para prevenir ou corrigir problemas existentes. 143
Ensaio crítico
A instalação do fornecimento da água e sistemas de esgotos para hotéis e outros equipamentos turísticos que vão de encontro aos padrões locais, o desenvolvimento de sistemas de fornecimento de energia eléctrica que possam providenciar sistemas de energia adequados e de confiança e que
utilizem técnicas de conservação, utilização de técnicas de reciclagem, tratamento de resíduos líquidos e respectiva proibição legal de descargas que não tenham passado por aquele processo, construção de sistemas de drenagem adequados para prevenir inundações durante o período das chuvas, e sistemas de tratamento de águas paradas que podem provocar problemas de saúde, desenvolvimento de rede, estradas e transportes que evitem a congestão do tráfego, criação de sistemas pedonais, gestão cuidados dos fluxos dos turistas, aplicação de desenhos arquitectónicos,
provisão de espaços abertos, prevenção do desenvolvimento comercial linear, utilização da sinalética adequada não publicitária com tamanhos autorizados, manutenção de veículos turísticos, estabelecimento de
controlos de limpeza dos barcos de recreio, controlo ou proibição de barcos de recreio em áreas ambientais sensíveis, organização de programas próprios para áreas publicas, controlo na restrição de espécies raras de plantas, animais, conchas e corais, controlo na pesca, derrube de arvores para uso de fogueiras, acampamentos e construções e controlo na alimentação de animais selvagens. Os pergaminhos 27, 28 e 29 retratam algumas das medidas mais importantes para um eficaz controlo do impacte ambiental, apresentado imagens da água, electricidade, reciclagem, esgotos, estradas,
sinalética, veículos de transportes públicos híbridos e controlo na restrição de 144
Ensaio crítico
espécies raras de plantas, corais ou animais. Muitas mais são as medidas que podem beneficiar as localidades turísticas ao minimizar seus impactes negativos. Apesar de todas estas medidas no planeamento, é normal surgirem sempre alguns problemas ambientais. A contínua avaliação dos
impactes ambientais é essencial para tomar as medidas necessárias de correcção, até porque é extremamente difícil a previsão de todos os tipos de impactes que podem decorrer e a sua extensão. Os principais impactes económicos do turismo relacionam-se com os ganhos em moeda estrangeira, respectivas contribuições para as receitas do estado, assim como a criação de milhares de postos de trabalho e respectivo desenvolvimento regional e local. A actividade turística doméstica pode gerar todos estes impactes, com a excepção dos ganhos com moeda estrangeira, visto resultarem das receitas
obtidas através da venda de bens e serviços a turistas residentes no estrangeiro. Os benefícios dos gastos com a prática do turismo espalham-se através de inúmeros sectores e podem ser acompanhados através do efeito
multiplicador do turismo. Este modelo mede os gastos directos dos visitantes e calcula como estes se amplificam à medida que a população residente gasta parte do dinheiro gasto, como lucro ou rendimento, estimulando assim a actividade económica. Os multiplicadores turísticos são utilizados para determinar as mudanças na produção, renda, emprego, receitas de empresas e do governo e na balança de pagamentos, devido a uma mudança no nível da despesa turística. Se as despesas aumentam 15% devido a um evento especial no destino, uma parte desta receita agregada será utilizada na
aquisição de outros bens na economia local, pagar salários, impostos, etc. 145
Ensaio crítico
Os fornecedores do evento poderão gastar o dinheiro recebido noutros bens e serviços, gerando assim mais uma rodada de despesas, funcionando com um ciclo. O turismo implica a compra de bens importados para a total satisfação dos turistas, que serão tanto mais numerosos quanto a economia
do país for pouco desenvolvida. Assim sendo, partes dos ganhos revertem a favor de economias estrangeiras. As despesas em que o dinheiro é perdido a favor de outras áreas, são conhecidas como fugas do sistema. O pagamento por importações pode assumir várias formas, como a repatriação de lucros de empresas estrangeiras, salários de administradores, pagamento de mercadorias importadas, promoção feita por companhias sedeadas fora do destino. Pelo contrário, as mercadorias e serviços turísticos comprados dentro do destino reduzem essas perdas através do estabelecimento de
relações económicas entre fornecedores locais, dividindo assim o bolo pelos locais, cabendo cada fatia a cada colaborador. O efeito líquido das sucessivas rodadas de despesa e perdas de dinheiro extra no turismo é o efeito
multiplicador. Esses multiplicadores turísticos pretendem avaliar a relação entre a despesa turística directa na economia e o seu efeito secundário. Existem alguns factores que afectam o multiplicador, entre os quais o tamanho da economia local, a propensão dos turistas e moradores a comprar bens e serviços e a propensão de economizar, por parte dos moradores (em vez de o gastá-lo, tirando o dinheiro de circulação em vez de reinvesti-lo). Em termos matemáticos, o multiplicador pode ser demonstrado da seguinte forma:
•Multiplicador=1/ (1-C+M) 146
Ensaio crítico Onde C: Propensão marginal ao consumo (proporção de qualquer aumento de lucro gasto no consumo de bens e serviços) Onde M: Propensão marginal à importação (proporção de qualquer aumento de lucro gasto em bens e serviços importados) Alguns multiplicadores muito utilizados são o multiplicador de rendimento (avalia o rendimento domestico extra gerado por uma unidade extra de despesa turística), o multiplicador de emprego (mede o aumento no numero de empregos primários e secundários gerado por uma unidade extra de despesa turística) e o multiplicador do governo (mede a receita publica gerada por uma unidade extra da despesa turística). Os multiplicadores
podem ser calculados para um país, região ou comunidade, porém as informações fornecidas por estes multiplicadores de turismo devem ser avaliados com muito cuidado, pois factores como o tamanho do destino
podem afectar em muito o multiplicador. Uma economia menor terá um multiplicador menor do que uma economia de grande porte, visto que podem ser importadas mercadorias e serviços com o intuito de satisfazer as necessidades dos turistas, resultando assim numa perda mais elevada de receitas no destino. Um exemplo claro, vivido por mim, passou-se em Djerba, uma ilha da Tunísia, onde em conversa com o local descobri que o hotel gastava imenso dinheiro para ter edições de jornais da Alemanha, Inglaterra e França do dia anterior. Estes gastos do turismo contribuem para os
rendimentos do estado do país visitado. Estes rendimentos do estado podem classificar-se em directos (provenientes de taxas e impostos sobre as empresas e os trabalhadores do sector turístico) e indirectos (resultam das
taxas e impostos sobre bens e serviços oferecidos aos turistas).
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Ensaio crítico
Um dos factores mais importantes do turismo, numa visão do país receptor, é a criação de emprego. O emprego gerado pelo turismo é classificado de directo (definido como aquele que é criado especificamente pela necessidade de satisfazer o sector turístico. Ex: Criação de um emprego no
hotel) e indirecto (resulta da necessidade de satisfazer outras necessidades, que embora não directamente ligadas ao turismo, também são sentidas por aqueles. Ex: transportes de turistas). Mathieson e Wall abordam a questão da criação de empregos nos turísticos dividindo-a em 3 categorias: empregos directos (já referidos), emprego indirecto ( já referidos) e empregos induzidos (originados pelos gastos dos trabalhadores directos na área turística). É extremamente difícil contabilizar o emprego no sector do turismo, na medida em que se torna complexo delimitar o sector. Em alguns
países em vias de desenvolvimento é, mesmo, necessário aplicar questionários específicos para estimar o emprego turístico. A capacidade de gerar empregos, pelo turismo, comparado com outras indústrias, tem sido
criticada por várias razoes entre as quais que a maioria do emprego é sazonal, a população local é reduzida e não preenche toda a procura, em muitas áreas existem poucos trabalhadores com conhecimentos técnicos específicos, assim como capacidade de gestão e as pessoas vindas de fora são atraídas por salários mais compensadores, assim como pela possibilidade de viver num local agradável. O Pergaminho 30 retrata os vários tipos de emprego gerados pelo turismo, apresentando para tal imagens de um funcionário de hotel, de um vendedor de uma loja de souvenir dentro do
resort, de um taxista, de um vendedor de praia e de rua 148
Ensaio crítico
. O impacto regional do desenvolvimento turístico é sempre apreciável, tanto mais que muitas dessas regiões possuem poucas alternativas de desenvolvimento. Nestes casos o turismo gera rendimentos, emprego e actividade económica, ajudando assim a suportar a comunidade e a
aumentar o nível de vida e os sues rendimentos, incrementa as estruturas económicas e encoraja a actividade empresarial. Não se deve esquecer que o crescimento de um sector turístico impõe uma serie de custos para a população local, em equipamentos e infra-estruturas várias, de forma a impor-se, como destino turístico competitivo. Outros custos são o perigo de forte dependência do sector, o aumento da inflação e do preço das terras, o aumento da propensão a importar, a sazonalidade do produto, as distorções económicas e de emprego e a confusão e perda de qualidade de vida dos
residentes. A modo de existir um certo controlo dos impactes económicos foram desenvolvidas algumas medidas entre as quais o desenvolvimento turístico gradual, o envolvimento dos residentes no processo de
desenvolvimento económico, o incentivo do investimento local restringindo o investimento externo, o desenvolvimento de programas de formação de residentes para reduzir a necessidade de recursos humanos não locais, desenvolvimento de outras actividades económicas, desenvolvimento de medidas de combates à sazonalidade, estabelecer relações entre diferentes sectores, partilhar facilidade entre turistas e residentes, gestão local das facilidades e serviços, criação de serviços locais de turismo, incentivo às compras de recordações e produtos locais e a expansão das actividades
turísticas (diversão). 149
Ensaio crítico
O contacto entre as pessoas, típico do turismo, gera mudanças. O estudo de tais mudanças é o estudo dos impactes sociais. Os impactes podem ser simples ou complexos, de curto prazo ou duradouros. Os impactes sociais podem ser pensados como mudanças nas vidas das pessoas que vivem em
comunidade de destino associadas a actividades de turismo. Embora a maioria dos estudos se centre nos residentes, os turistas também são afectados pelos impactes sociais da viagem e do turismo. O turista conhece novas pessoas e encontra comportamentos sociais sem igual. O residente experimenta um vasto leque de comportamentos à medida que turistas se aventuram na sua comunidade. Os impactes sociais do turismo concentramse nos resultados das interacções entre o turista e o anfitrião ou o provedor de serviços. Os impactes culturais podem ser pensados como as mudanças
nas artes, artefactos, costumes, rituais, e arquitectura de um povo que resultam da actividade de turismo ou do seu desenvolvimento. Embora seja verdade que as mudanças numa comunidade podem acontecer à medida
que o turismo se desenvolve, não está claro se tais mudanças teriam acontecido de qualquer forma, até mesmo na ausência do turismo. A cultura também é dinâmica, mudando com o passar do tempo por si mesma e por forças externas. O turismo é apenas uma das forças externas que exercem pressão. Um impacte cultural acontece na medida em que as habilidades e artes se perdem ou se mantêm por influência do turismo. De acordo com a UNESCO o relacionamento entre turistas e comunidade anfitriã, é caracterizado por quatro traços principais. A natureza transitória (A maioria
das trocas sociais entre turistas e provedores é extremamente breve, levando 150
Ensaio crítico
as pessoas, que trabalham em industrias de serviços, a protegerem-se através do uso de saudações superficiais e comentários), o constrangimento de espaço e tempo ( os turistas estão separados dos locais onde habita a população local, reduzindo desta forma o contacto, e o factor tempo, sendo
extremamente reduzido pressiona o turista tornando-o impaciente com demoras e problemas que seriam normais no sue local de residência), a falta de espontaneidade ( a interacções sócias entre turistas e residentes locais são frequentemente constrangidas e muito pouco espontâneas, acontecendo quase sempre dentro dos limites da transacção empresarial ou nas atracões locais usadas pelos residentes) e as experiencias desiguais (relacionado coma natureza desequilibrada das pessoas ou partes envolvidas, no sentido que as diferenças sociais e económicas, quando muito grandes, tornam as
interacções sociais desajeitadas). A fim de alcançar determinados objectivos é necessário realizar mudanças socioculturais, sem que estas sejam necessariamente prejudiciais à identidade da comunidade. Do ponto de vista
social há que salientar os seguintes aspectos positivos: o aumento dos contactos sociais, novos modos de vida, novos valores e novas ideias, o fomento do conhecimento da cultura local por parte dos visitantes, em aspectos como a gastronomia, arte e musica, ampliação da reputação e visibilidade da comunidade anfitriã. Do ponto de vista cultural o turismo propicia a protecção e interpretação e gestão do património, o aumento das oportunidades e experiências sócias, o intercâmbio cultural, a paz e o entendimento, o aumento da consciência da história cultural dos costumes,
desenvolvimento de espectáculos, arte e artesanato tradicionais e as novas 151
Ensaio crítico
actividades económicas e sócias, que não existiriam se não fossem essenciais ao incremento da procura turística. O pergaminho 32 retrata alguns destes impactes positivos. Socialmente falando os impactes negativos são variados onde podemos destacar a destruição da cultura local, conflitos culturais,
tensões entre visitantes com elevado poder económico e comunidades mais débeis e ainda uma grande pressão para a mudança de valores sociais, modo de vestir, costumes, hábitos, comportamentos e normas. A nível cultural poderá existir uma perda de equilíbrio e do orgulho na cultura original provocando uma alteração nociva dos recursos culturais, à comercialização e aculturação da sociedade e poderão verificar-se alterações nos padrões de consumo, no artesanato, na gastronomia e na própria língua. A nível sexual existem
alterações das
normas
de
comportamento, originando o
aparecimento da prostituição em locais que não eram destinos sexuais. A linha que divide o crime e o truísmo é difícil de traçar, visto que não se entende se o crime aumenta porque aumenta a população ou se por outro
lado é trazido pelos turistas. O pergaminho 33 retrata este aspectos negativos, apresentando para tal imagens de prostituição, imagens de uma assaltante de turistas preso pela polícia, imagem com 2 turistas numa esquadra que acabaram ser assaltados. Os investigadores propuseram vários modelos para explicar os impactes sociais do turismo. Estes incluem o modelo irridex, atitudinal e o de ajuste. O modelo irridex é usado para explicar a evolução das atitudes dos residentes de uma comunidade de destino face ao turismo. Apresenta quatro fases: fase da euforia (os
residentes ficam entusiasmados com o desenvolvimento turístico porque 152
Ensaio crítico
lhes proporciona oportunidades económicas e ate uma mobilidade social ascendente), fase da apatia (à medida que a industria se expande, o turismo transforma-se em metas para obter lucro e os contactos passam a ser cada vez mais formais e menos ambiciosos), fase do aborrecimento (a irritação
começa a surgir quando o numero de turistas aumenta) e a fase de antagonismo (a cortesia dá lugar ao antagonismo e o turismo passa a ser indesejado). A sucessão ao longo destas fases não é inevitável, sendo perfeitamente norma evitar a fase de antagonismo, pois podem verificar-se processos de ajustamento por parte dos hospedeiros de forma a manter a irritação a nível tolerável e sem agravamento. O pergaminho 34 retrata as quatros fases do modelo irridex. O modelo altitudinal sugere que os membros da comunidade podem ter uma atitude positiva ou negativa para
com os turistas que pode ser expressa de uma maneira activa ou passiva. Este modelo é mais realista que os outros visto que a maioria dos residentes tem sentimentos diferentes sobre o papel do turismo dentro de uma
comunidade, existindo as pessoas afáveis e hostis em relação aos turistas. As atitudes podem mudar. Alguns residentes podem desenvolver atitudes negativas de turistas e expressar estes sentimentos abertamente. Se a maioria da comunidade fica negativa, então a comunidade pode começar a enfrentar conflitos abertos e debater isso pode danificar a atmosfera de hospitalidade. O modelo de ajuste é o mais complexo e sugere que os residentes exibem vários tipos de respostas ao turista, inclusive resistência (esta resposta refere-se a residentes que entram em acções activas,
agressivas em relação ao turismo e às vezes ate mesmo contra o turista), 153
Ensaio crítico
a retracção ou recuo (os membros de uma comunidade podem evitar o contacto ou a interacção com o turismo e o turista, esta retirada acontece frequentemente quando uma comunidade é turismo-dependente, mas ainda não aceita a indústria), a manutenção de limites (através de normas e de
actividade sociais, os membros da comunidade mantêm uma distancia entre eles e os turistas. As diferenças nos idiomas, nos comportamentos e no vestuário são usadas para manter um limite entre eles, a sua cultura, e os turistas), a revitalização (os eventos culturais locais que envolvem costumes, festivais, rituais ou cerimonias religiosas tornaram-se atracções turísticas que puxam as pessoas para a comunidade, sendo que o interesse turístico e o dinheiro também podem ajudar as comunidades locais nos esforços de restauração) e finalmente a adopção (os membros da comunidade abraçam o
estilo de vida e a orientação dos visitantes, sendo que tais cidades turísticas existem em virtude do turista e desenvolvem um padrão sazonal moldado pela estação do turismo). As comunidades encontram-se divididas
relativamente ao papel do turismo nos costumes locais, economia e redes sociais. Em cada modela a progressão a fase de uma comunidade é difícil de predizer. Os modelos apresentam uma noção das mudanças que uma comunidade poderia esperar à medida que o turismo afecta o negócio local e os respectivos cidadãos. O pergaminho 35 retrata o modelo de ajuste na medida que apresenta imagens a retratar a resistência, o recuo, a manutenção dos limites, a revitalização e finalmente a adopção. Segundo Smith, os turistas podem ser classificados, segunda a óptica dos impactes na
sociedade residente em exploradores (chegam em pequeno numero e quase 154
Ensaio crítico
sempre independentes uns dos outros, apreciam a cultura local e podem inserir-se nela durante um certo tempo), turistas de elite (preferem experiencias verdadeiras mas apenas durante um curto período de tempo, chegando sempre em pequeno numero e desejando tudo arranjado
antecipadamente e não espontâneo), turistas descontraídos (não desejam visitar atracções normais, são flexíveis e adaptam-se bem à cultura dos residentes), turistas de massas incipientes (permanecem nos locais mais populares e preferem ambientes que lhes sejam familiares, como hotéis e restaurantes standard internacionais, constituem uma corrente constante e viajam individualmente ou em pequenos números) e finalmente, o turista de massa (chegam em fluxos contínuos de pacotes turísticos, em determinadas épocas, e têm preferência definitiva por pacote incluindo quarto, refeições e
excursões). O pergaminho 36 retrata cada um destes tipos de turistas através de imagens montadas por mim.
155
Reflexão final
Quando me foi proposto este trabalho fiquei logo de pé atrás. Nunca tinha feito qualquer tipo de portfólio. Senti-me perdido, sem rumo algum, mas hoje, depois de todo este trabalho, e acreditem que foi imenso, sinto-me contente por ter idealizado e realizado este portfólio. Acredito que se não o
tivesse feito, nunca teria entendido a matéria tão bem. Apoiando-me sempre na frase: ideias que valem mais que mil palavras, pesquisei e elaborei uma “história”, animada sobre os três módulos da disciplina de Sociologia do turismo. Acredito que este tipo de trabalhos, podem e devem ser utilizados para a avaliação, não por serem mais fácil do que um mero teste, mas sim porque tal trabalho nos transportar para além das fotocópias ou diapositivos, obrigando-nos a pesquisar e associar imagens à matéria. Devido à imensidão de documentos possíveis para este tipo de trabalho, acredito que muitos
ficaram por apresentar, mas antevejo, de minha parte, a continuação deste trabalho a fim de no final do curso o apresentar novamente como forma de projecto. Agradeço desde já a ideia fantástica da elaboração das revistas
sugerida pela minha esposa e agradeço a apoio, sempre necessário e disponível da minha professora, Dta. Sandra Antunes, na elaboração deste trabalho. Foi de longe, e até à data, o melhor trabalho que me foi proposto para fazer, devido a sua imensidão e o seu enorme raio de acção.
156
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