Jornal Mural Revista Realidade

Page 1

A REDAÇÃO

Livro dá aula sobre bom jornalismo

P

Realidade re-vista revela os bastidores e o contexto das matérias que marcaram o país em 10 anos

Edição reproduz 24 reportagens de escrever. As reportagens eram baseadas em diferentes aspectos da sociedade, como a vida rural no interior do Brasil, a luta feminista por direitos, as crenças da população, a economia associada aos costumes, os preconceitos e o comportamento dos jovens. Os dois primeiros textos de introdução foram escritos pelo editor José Tahan e por Roberto

Civita – primeiro diretor da Realidade e atual editor do Grupo Abril. As páginas seguintes são marcadas pelos relatos de José Hamilton e José Marão, que explicam como era a rotina dos jornalistas e fotógrafos da revista ao longo dos dez anos em que esteve em circulação. Em uma das passagens, Marão detalha como os brainstorms das reuniões de pauta (na sala com forte cheiro de whisky), geravam ideias geniais que renderiam perfis e reportagens lembradas até hoje. As edições da Realidade incorporavam o maior número possível de assuntos. Sobre cada tema era feita uma reportagem, que almejava ao máximo a qualidade, a criatividade e a originalidade. A revista foi uma quebra de paradigmas e representa um marco na história do jornalismo brasileiro. As reportagens abrangiam uma grande variedade de temas, utilizavam linguagem coloquial e eram, na maioria das vezes, escritas em primeira pessoa. A história da Realidade é segmentada em três fases. A número um teve início em abril de 1966, com o lançamento da primeira edição, e

Quando o Golpe Militar estourou no país em 1964, parte da mídia brasileira apoiava os militares. O regime contava com o apoio de jornais como O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Correio da Manhã e O Globo. Mas, quando informações contrárias foram publicadas, surgiram as primeiras denúncias aos jornais – em especial contra o Correio da Manhã. Aos poucos, a censura e a restrição à liberdade de imprensa foram aumentando. Para o ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, Luis Fernando Assunção e autor do livro Assassinados pela ditadura: Santa Catarina, alguns jornais ainda tentaram abrir espaço para crítica com os militares, mas não tiveram sucesso. O AI-5, instaurado em 1968, enrijeceu o regime militar. O ato decretava censura à imprensa e aos artistas e restrição aos movimentos sociais e manifestações de opinião, comprometendo a democracia e reprimindo formas de expressão. Praticamente todas as liberdades individuais foram suspensas. As insinuações contra o governo que fossem divulgadas, seriam punidas com o cancelamento da tiragem ou prisão de quem tivesse assinatura dos jornais. Luis Fernando explica que nesta época deixou de existir o

1

Reprodução

Ditadura Militar cerca liberdade de expressão e afeta a Realidade

Apreendida em janeiro de 1967 direito do contraditório, atingindo a mídia. Surgem também os censores de redação, encarregados de revisar o jornal antes da impressão, podendo vetar qualquer conteúdo. A censura regulou a mídia impressa, mas afetou também a TV e o rádio. Para driblar a fiscalização, apareceram veículos alternativos, que contestavam o regime através do humor, sátiras e críticas nas entrelinhas, como foi o caso dos jornais O Pasquim e O Extra. “Curiosamente, quem cunhou o termo imprensa nanica foi o jornalista João Antonio, que colaborou em O Pasquim e como repórter na Realidade e no Jornal do Brasil”. A imprensa nanica era uma

imprensa alternativa, que englobava veículos de comunicação estudantis e de representantes da sociedade contrários ao regime. Realidade perdeu força durante a ditadura e não resistiu. Não combatendo de frente o governo, conseguiu driblar a censura durante os primeiros três anos, se esquivando de punições enquanto a vigilância ainda não era frequente. Quando o controle das atividades intelectuais ficou mais rígido, perdeu a liberdade de publicar o jornalismo de profundidade, característica principal da revista. Em 1967, a edição especial sobre as mulheres foi lançada, mas retirada de circulação, pois tratava de assuntos como aborto e separação, não muito abordados na época. José Marão, um dos autores do livro, conta que “não cutucavam onça com vara curta”, ou seja, tinham cautela e autocensura. Explica que esta apreensão não foi por razões políticas, e sim provocada por conservadores que não aceitavam as mudanças na sociedade. Desta data em diante, a redação foi perdendo profissionais e enfraquecendo. Mesmo com as eleições de 1974, que deram perspectivas para o retorno da democracia e minimizaram a censura, a revista fechou em 1976, completando dez anos de circulação.

terminou em 1968, com a saída de muitos jornalistas da redação e com o afastamento do redator-chefe Paulo Patarra. Das reportagens reproduzidas no livro, 20 foram publicadas durante este período. O recorde de exemplares foi atingido na edição de fevereiro de 1967, com 505.300 revistas vendidas. Após o Ato Institucional 5 (AI-5), a redação, já em 1969 na segunda fase, buscou se recompor com o retorno de alguns dos autores, mas não deu certo e começou a enfraquecer. A terceira fase durou até o fechamento da revista, em março de 1976, quando estava com o tamanho reduzido e com a forma editorial mudada. Os textos no livro são diagramados em duas colunas largas de texto e raramente aparecem fotografias ponto fraco do livro. Quando aparecem, são das páginas da revista ou da capa da edição em que aquela determinada reportagem foi publicada. No início de cada texto há a sessão “em off” que conta brevemente como foi para encontrar as fontes consultadas, quanto tempo levou para produzir a reportagem, algu-

mas das dificuldades e curiosidades durante o processo de apuração. Em alguns casos, como na matéria sobre o primeiro transplante de rim realizado no Brasil e na América Latina, o autor atualiza a situação. No texto “A vida por um rim”, Zé Hamilton conta que a reportagem foi vencedora do Prêmio Esso, que hoje há excelentes repórteres de ciência e que o transplante de rim é realizado com bastante frequência, atingindo quase 95% de bons resultados. Das histórias recontadas no livro, nove são de Zé Hamilton, dez de José Marão, três são de colegas que compuseram a redação e já faleceram, e a última foi feita por Zé Hamilton e Chico Buarque de Holanda. O livro pode ser classificados com cinco estrelas, pois conta, em detalhes, como estava organizada a estrutura da revista, a rotina dos que a produziam, as dificuldades, o clima da redação e o trabalho final. Para qualquer pessoa será uma leitura prazeroza que valerá a pena. Para os estudantes de comunicação, é a oportunidade de conhecer melhor a Realidade e se inspirar.

O ícone da profissão e os 57 anos de carreira

Famoso pela cobertura da Guerra do Vietnã para Realidade em 1968, José Hamilton Ribeiro, que completa 77 anos em agosto, já acumulou sete prêmios Esso – o maior da categoria – em 57 anos de profissão. A reportagem “Guerra é assim”, que relata como foram os dias em que vivenciou a guerra, não foi premiada porque até então não podiam concorrer matérias que não houvessem sido produzidas no Brasil. As matérias enviadas do Vietnã foram interrompidas quando foi atingido por uma mina no campo de batalha (na Estrada sem Alegria) e perdeu a parte inferior da perna esquerda. Zé Hamilton tem a capacidade de aprofundar pautas e enriquecer os textos transformando assuntos sérios em reportagens agradáveis. Nascido em Santa Rosa de Viterbo (SP), a 310 quilômetros da capital, foi professor da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e da Faculdade Cásper Líbero, onde se formou em jornalismo. Em 1964, graduou-se em Direito e dois anos depois entrou para a redação de Realidade. Quando a censura se impôs, durante o regime militar, mudou-se para o interior paulista e informatizou a redação de pequenos jornais. Trabalhou na Folha de S. Paulo, Quatro Rodas, Veja,TV Tupi, Fantástico, Globo Repórter e, nos últimos anos, no Globo Rural. Começou como repórter da TV e depois se tornou editor-chefe da revista. Na apresentação do livro O repórter do século – que reúne as reportagens ganhadoras do Prêmio Esso, escrito por ele mesmo, o jornalista Ricardo Kotscho diz que Zé Hamilton é “o melhor argumento para provar que a reportagem é um gênero literário, sim. Frases curtas, diretas, sem enfeites, cortando caminho sem atalhos para contar uma boa história sobre qualquer assunto para ser lida em qualquer época”. Já ganhou inúmeros prêmios e homenagens e é hoje considerado um dos maiores jornalistas do país. Inácio Moraes

aulo Henrique Amorim, Mylton Severiano, Luiz Fernando Mercadante e Paulo Patarra são alguns dos profissionais que fizeram parte da equipe de redação da Realidade. José Hamilton Ribeiro e José Carlos Marão se juntaram a esse time logo na primeira fase da revista mensal criada pela Editora Abril, em 1966. Em 2010, 34 anos após o fechamento da revista, os dois Josés se juntaram a um terceiro, José Luiz Tahan, dono da editora Realengo, em Santos (SP), e lançaram o livro Realidade Re-vista - A história e as melhores matérias da revista que marcou o jornalismo e influenciou as mudanças no país. As 432 páginas e 24 textos reproduzidos fazem o leitor voltar ao passado e se apaixonar pelas reportagens muito bem escritas, criativas e inovadoras. Dividido em temas, os 11 capítulos do livro explicam como os assuntos eram retratados pelos jornalistas da revista, que tinham suas características singulares na hora

“Tinha preocupação de descrever como roteiro de cinema. Hoje é absolutamente desnecessário, para isso temos a TV” José Carlos Marão

Década reconfigurou o país e rompeu conservadorismo

Acompanhando a tendência, Realidade ajudou a construir uma nova idendidade para o Brasil, escrevendo de maneira ousada sobre temas pouco explorados. Em 1966, quando a primeira edição foi às bancas, o marechal Costa e Silva assumia como presidente e vivia o momento de ruputura do pensamento conservador que estava instaurado socialmente. As reportagens da revista tinham como principal cenário o país, que estava em transição. Ao longo dos anos 1960 e 1970, as lutas estudantis se espalharam e reviraram muitas cidades. As manifestações contrárias ao regime eram a maneira de expressar revolta. O acesso ao ensino era limitado, havia repressão sexual – o homossexualismo não era comumente exposto como hoje –, baixa possibilidade de ascender profissionalmente e havia exigência para se seguir padrões de comportamentos e roupas. É na década de 60 que ganha força o movimento hippie nos Estados Unidos, com repercussão mundial. Dos movimentos musicais, a tendência era a jovem-guarda, influenciada pelo rock. A música ganhou força no Brasil e as composições metafóricas, que remetiam à repressão, eram também formas de expressão. Das mais co-

nhecidas, se destacam “Cálice”, lançada em 1973 por Chico Buarque de Holanda em parceria com Gilberto Gil e “Para não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré. Foi o período de desconstrução de tabus no Brasil. Comparada ao homem, a mulher estava sempre um nível abaixo. As esposas dependiam dos maridos e as solteiras eram tratadas como se fossem objetos. O divórcio não era pauta de discussão e as ex-mulheres, as “desquitadas”, eram rejeitadas e condenadas socialmente quando se casavam novamente. As mulheres estavam lutando por direitos, respeito e liberdade, além de reconhecimento no mercado de trabalho. Para viajar, as estradas eram precárias ou inexistentes, telefone era só para uma pequena parcela privilegiada da população. Em relação à saúde, discutia-se eutanásia, drogas, aborto e o uso de anticoncepcionais. Neste âmbito, Realidade foi a publicação pioneira a abordar o avanço da ciência no mundo e a fazer divulgação científica. Com a tentativa de cerceamento da liberdade de expressão, jornais, revistas, programas de televisão e rádios, mesmo sob autocensura, ajudaram a reverter o pensamento tradicional dos brasileiros.

A tendência literária que influenciou os escritores

As hard news refletem o jornalismo realista que se desenvolveu nos Estados Unidos e que influenciou o Brasil. Durante a década de 1960, os autores de Realidade buscaram diversificar as notícias com pouca profundidade que eram publicadas diariamente pelos jornais. Através de grandes reportagens, começaram a retratar de forma literária os acontecimentos, diferente do que faziam as revistas O Cruzeiro e Manchete, que piorizavam ilustrações e temas mais recorrentes. Enquanto a revista coordenada por Paulo Patarra e Roberto Civita dava, a cada edição, algo a mais aos leitores, outros jornalistas faziam o mesmo em outro país. Não foram todos, mas alguns bons enxergaram a tendência que estava por vir. Tom Wolfe, Gay Talese, Ernest Hemingway, Norman Mailer, Thompson e Truman Capote são associados à corrente do Novo Jornalismo norte-americano. Essa maneira de se fazer jornalismo é classificado como romance de não-ficção, pois agrega recursos da literatura à produção de informação, com algumas liberdades de escrita. Wolfe e Talese escreveram para a revista Esquire nos anos 1960, que se destacou pelas publicações que se aproximavam de contos. Thompson é considerado o pioneiro do chamado Jornalismo Gonzo, uma espécie de filho bastardo do Novo Jornalismo, que segue a ideia de contracultura. Caracteriza-se por inserir relatos de vivência e percepções pessoais dos autores nos textos, não se restringindo a lógica da objetividade. A partir dessa década, esta ponte entre jornalismo e literatura rompe com a forma de se fazer jornalismo ao combinar descrição de ambientes, profundidade no tema e emoção. As reportagens ganham dimensão estética e tendem ao melodrama, explorando diferentes pontos de vista sobre os fatos. Muitos dos repórteres desta época migraram para a literatura. Para a jornalista e autora da dissertação “Realidade (re)vista” Vaniucha de Moraes, o estilo de Realidade é contemporâneo ao Novo Jornalismo e pode ser considerado uma manifestação dos relatos literários no Brasil.

Experiência e opinião de quem integrou a revista desde o início

C

José Marão fala sobre produção do livro e o mercado hoje

riado na cidade de Ourinhos no interior paulista, José Carlos Marão trabalhou na Folha de S. Paulo, na revista O Cruzeiro, na sessão de esportes do jornal O Estado de S. Paulo e em seguida compôs o time de Realidade. Com o fechamento da revista em 1976, tornou-se redator de publicidade e depois foi para o comando do grupo da revista Quatro Rodas. Hoje, aos 71 anos, faz parte do Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor), que gerencia projetos como o Observatório da Imprensa. Com 52 anos de carreira, é um dos 2700 habitantes de Águas de São Pedro, em São Paulo.

crever no estilo do Novo Jornalismo. Era uma tendência da época? JM - Foi uma tendência simultânea. Não dava tempo de procurar e ler Talese e Capote antes de escrever. Era algo inconsciente, ninguém sentava e pensava “ah, vou fazer Novo Jornalismo”. Sentávamos pensando em escrever uma matéria que agarrasse o leitor, que fosse boa, engraçada, divertida e informativa. A sociedade buscada um outro tipo de texto, que ela mesma não identifica o que era. O leitor não sabe o que ele quer até o momento em que ele vê e recebe aquilo. AR - Algumas matérias eram escritas em primeira pessoa pelos próprios personagens. Qual o sentido de fazer matérias assim? JM - Não era muito comum, mas quase todos os recursos A Redação - Quando e como literários era usados. Quando decidiram publicar o livro? você escreve alguma coisa, esJosé Marão - O Zé Hamilton pera que as pessoas leiam. O propôs a publicação do livro objetivo era fazer algo bonito e para o dono da editora, o José Antes de escrever, Marão faz uma lista agradável que vendesse leitura. Luiz Tahan, mas ele disse só AR - Quais seriam as dificulsairia se viessem falar comidades de se ter uma revista no go. Então, eles vieram aqui no estilo da Realidade hoje? interior de São Paulo, me proJM - Hoje temos outro mercado curaram e eu topei fazer junto e é outra situação. A tecnologia com o Zé, que estava sem conda informação mudou muito. dições de fazer o livro sozinho. Nas minhas matérias de ReaAR - Como vocês decidiram lidade eu tinha a preocupação quais reportagens seriam rede descrever o cenário onde as produzidas? coisas ocorriam, como se fosse JM - Foi mais ou menos um um roteiro de cinema. Hoje isso ano e meio de discussão. O Zé é absolutamente desnecessário, Hamilton e o dono da editora para isso temos a televisão. Já vinham aqui, eu ia planejando há algum tempo, quando a telee mostrando as coisas. A mivisão começou a fazer sucesso, nha coleção das revistas não é esse estilo se tornou desnecescompleta, mas foi baseada nela, sário. O mundo mudou. Hoje que pega só a primeira fase da com internet e comunicação revista, que é o que está publiinstantânea, poderíamos ter cado no livro. Por fim, acabei revistas de reflexão e meditafazendo a divisão do livro por ção, mas talvez não de reporassuntos. Das matérias dentro Hamilton e Marão, colegas de redação tagens, como foi a Realidade. de cada tema, escolhemos as AR - Qual a sua rotina na que eram mais significativas e, em AR - Por que a revista fez tanto hora de escrever? alguns casos, as que a gente gostava sucesso? JM - Eu sempre escrevi em casa. mais. Nas matérias daqueles autores JM - Havia apenas revistas sema- Antes de começar, faço uma lista que já morreram, escolhemos aque- nais ilustradas, O Cruzeiro e a Man- com todos os assuntos que eu tenho las matérias que foram as mais sig- chete, que eram muito superficiais. que por dentro da matéria. Depois nificativas, na nossa opinião, para O público queria alguma coisa dife- eu ponho número em todos esses tócada um deles. rente, mas não sabia o que era. Essas picos e em seguida vou escrevendo AR - Durante o regime militar, duas revistas não tinham muita cre- pela ordem. Todo mundo começa como surgiu a ideia de criar uma dibilidade, então Realidade chegou pelo começo, mas eu não começarevista no estilo da Realidade? no momento certo. E como era uma va a escrever sem antes bolar um JM - Havia um projeto da Editora revista inovadora, ousada e irreve- jeito de fechar a matéria. Só então Abril em lançar uma revista sema- rente, conquistou o leitor. eu pensava no início e seguia a lista nal, que não iria para as bancas, mas AR - Você diz que era intuitivo es- numerada. seria encartada nos principais jornais. A Abril contratou uma equipe, que estava eu, mas o Zé Hamilton não estava ainda. Um dos jornais que já tinha feito certo tipo de acordo não quis mais, desistiu e a Abril ficou com a equipe na mão. Havia oportunidade de mercado porque havia carência de revistas de assuntos gerais no mercado editorial brasileiro, então a Abril optou por fazer uma revista mensal, que foi a Realidade.

Arquivo pessoal

Curso de Jornalismo da UFSC - Atividade da disciplina de Edição - Professor: Ricardo Barreto - Edição, textos, planejamento e editoração eletrônica: Mariana Moreira - Serviços Editoriais: O repórter do século - José Hamilton Ribeiro - Impressão: Recicla Print - 14/junho/2012

“A sociedade buscava outro tipo de texto, mas não sabia o que era”

Arquivo pessoal

A REDAÇÃO

Curso de Jornalismo da UFSC Atividade da disciplina de Edição Professor: Ricardo Barreto Edição, textos, planejamento e editoração eletrônica: Mariana Moreira Serviços Editoriais: O repórter do século - José Hamilton Ribeiro Impressão: Recicla Print 14/junho/2012

“Realidade gostava de, por meio de um só personagem, mostrar a situação de uma categoria ou conjunto de pessoas” José Carlos Marão

2


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.