Política de Formação do Professor da Educação Infantil

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Política de Formação do Professor da Educação Infantil Março/2012


Formação inicial


LDB (LEI 9.394/96) Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal.


DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA O CURSO DE PEDAGOGIA

Art. 2º As Diretrizes Curriculares para o curso de Pedagogia aplicam-se à formação inicial para o exercício da docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, e em cursos de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar, bem como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. (Resolução CNE/CP Nº 1/2006)


Licenciaturas presenciais em Pedagogia: o que diz a pesquisa Análise das ementas das disciplinas de 71 cursos distribuídos em todo o país

>>lista de 3.513 disciplinas (3.107 obrigatórias e 406 optativas) (GATTI, B. Formação de Professores no Brasil: características e problemas. Educação

e Sociedade, Campinas, v. 31, n. 113, p. 1355-1379, out.-dez, 2010)


Licenciatura em Pedagogia - currículo fragmentado: conjunto disciplinar bastante disperso; - pequena proporção (30%) de horas dedicadas às disciplinas de formação profissional específica


Licenciatura em Pedagogia Mesmo nas disciplinas de formação específica: - abordagens descritivas, sem relacionar adequadamente as teorias com as práticas; - preocupação com as justificativas sobre o porquê ensinar; só de forma muito incipiente registram o quê e como ensinar;


Licenciatura em Pedagogia -

poucos cursos propõem disciplinas que permitam algum aprofundamento em relação à educação infantil.

(GATTI, B. Formação de Professores no Brasil: características e problemas. Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 113, p. 1355-1379, out.-dez. 2010)


Formação continuada


LDB (LEI 9.394/96) Art. 67. os sistemas de ensino devem assegurar, no magistério público: “... aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento remunerado para esse fim; ... progressão funcional baseada na titulação ou habilitação e na avaliação do desempenho; período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho...”.


Formação continuada Relatório do Tribunal de Contas da União Ação “Apoio à Formação continuada de professores do ensino fundamental”, anos de 2004 e 2005.


Relatório do TCU Deficiências no planejamento quanto a -

Identificação das necessidades de formação: ausência de diagnóstico tanto nas secretarias quanto nas escolas sobre problemas que pudessem ser sanados por ações de formação.

-

Avaliação das ações de formação pelo impacto que provocam na realidade.


Relatório do TCU Aspectos avaliados como não satisfatórios pelos professores participantes dos cursos benefícios para a escola (transformação dos ganhos individuais nos conhecimentos e habilidades, em benefícios coletivos, da instituição escolar). Porque: programas têm aplicabilidade limitada à realidade das escolas, não são previstas estratégias na escola para viabilizar compartilhamento dos conhecimentos.


Formação de professores da Educação Básica: alguns marcos 

  

 

2004: criação da Rede Nacional de Formação de Professores 2006: Criação da UAB 2007: lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação – formação como prioridade; instituição dos Planos de Ações Articuladas (PAR); Capes na formulação da política de formação de professores da EB.


Formação de professores da Educação Básica: algumas iniciativas Habilitação de professores em exercício:  Proformação  Prolicenciatura  Proinfantil Formação continuada  Proletramento


ProInfantil

Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil  

  

curso a distância com tutoria e avaliação presencial, para professores em exercício em creches e préescolas, que não possuem habilitação mínima (Magistério – Normal); parceria MEC – Estado – Município. Início em 2005 2008: parceria com Universidades Federais na formação de formadores Habilitados: até 2011 em torno de 20.000 professores.


Política Nacional de Formação dos Profissionais do Magistério da Educação Básica (Decreto 6755/2009).

Organizar e fomentar a formação inicial e continuada dos profissionais do magistério das redes públicas da EB, em regime de colaboração entre a União, os Estados, Distrito Federal e Municípios. Concretizar a Política Nacional por meio de planos estratégicos formulados em Fóruns Permanentes de Apoio à Formação Docente, instituídos em cada Estado e no Distrito Federal.


Formação de professores de educação infantil Base fundamental -> DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 5, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2009


CURSO DE ESPECIALIZAÇAO EM DOCÊNCIA NA EDUCAÇAO INFANTIL PARCERIA

MEC

UNIVERSIDADES FEDERAIS

SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇAO


Especialização em Docência na EI Público-alvo: Professores, coordenadores, diretores de creches e pré-escolas e equipes de educação infantil dos sistemas públicos de ensino. Requisitos Mínimos  tenha concluído curso de pedagogia;  esteja atuando há pelo menos dois anos na área de Educação Infantil;  permaneça em exercício durante o processo formativo do curso;  comprometa-se a permanecer atuando na educação infantil, no mínimo, pelo mesmo período de realização do Curso após a formação.  tenha disponibilidade de pelo menos 10h semanais para estudos complementares durante o Curso. Carga-horária: 360 horas (18 meses)


Especialização em Docência na EI Objetivos Propiciar aos profissionais da educação infantil oportunidades de 1. ampliar e aprofundar a análise: 

das especificidades das crianças de 0 a 3 e de 4 a 6 anos, relacionando-as às práticas pedagógicas para a educação em creches e pré-escolas e à identidade do profissional da educação infantil;

das políticas nacional e locais de educação infantil e seus impactos;

das contribuições à educação infantil advindas das ciências sociais e humanas;

das relações entre cultura, subjetividade e currículo na educação infantil;

de estudos e pesquisas na área da educação infantil.


Especialização em Docência na EI Objetivos 2. analisar e desenvolver propostas de organização do trabalho pedagógico para creches e pré-escolas. 3. realizar estudos diagnósticos e propor estratégias para a melhoria da educação infantil em seu contexto de trabalho.


Especialização em Docência na EI

EIXOS TEMÁTICOS I - Fundamentos da Educação Infantil II – Identidades, prática docente e pesquisa III - Cotidiano e ação pedagógica


EIXOS TEMÁTICOS

DISCIPLINAS

CARGA HORÁRIA

I - Fundamentos 1. Infâncias e crianças na 45h da Educação cultura contemporânea e nas Infantil políticas de Educação Infantil: diretrizes nacionais e contextos municipais


EIXOS TEMÁTICOS II – Identidades, prática docente e pesquisa

DISCIPLINAS

1. Metodologias de Pesquisa e educação infantil

CARGA HORÁRIA 30h

2. Seminários de Pesquisa 15h e Oficinas 3. Análise Crítica da 60h Prática Pedagógica - ACPP


EIXOS TEMÁTICOS

DISCIPLINAS

CARGA HORÁRIA

III: Cotidiano e ação pedagógica

1. Currículo, proposta pedagógica, 60h planejamento, organização e gestão do espaço, do tempo e das rotinas em creches e pré-escolas 2. Brinquedos e brincadeiras no cotidiano da Educação Infantil

30h

3. Linguagem, oralidade e cultura escrita

30h

4. Expressão e arte na infância

45h

5. Natureza e cultura: conhecimentos e 45h saberes


Especialização em Docência na EI Oferta 2010: Inscrições na Plataforma Freire: - 11.498 professores (total) - 8.639 nos municípios das 13 UF Vagas abertas: 2.955 Municípios-polos: 69


CEEI – Oferta 2010

UF Amazonas

IES UFAM

Pará

UFPA

Roraima Ceará R.Grande Norte

UFRR UFC UFRN

Piauí

UFPI

Bahia

UFBA

Turmas Municípios-polos 5 Manaus, Parintins, Itacoatiara, Coari, Humaitá 6 Belém, Bragança, Santarém, Macapá, Altamira 3 Boa Vista, Rorainópolis 3 Fortaleza, Sobral, Crato 6 Natal, Macau, Mossoró, Currais Novos, Pau dos Ferros 6 Teresina, Parnaíba, Picos, Floriano, Bom Jesus 8 Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Feira de Santana, Itaberaba, Senhor do Bonfim, Serrinha


CEEI – Oferta 2010

UF Mato Grosso Mato Grosso do Sul

IES UFMT UFMS

Goiás Distrito Federal São Paulo Santa Catarina

UFG UnB UFSCAR UFSC

Turmas Municípios-polos 6 Cuiabá, Sinop, Barra do Garças 13 Campo Grande, Aquidauana, Chapadão do Sul, Corumbá, Coxim, Três Lagoas, Nova Andradina, Ponta Porã, Navaraí, S. Gabriel do Oeste, Dourados 4 Goiânia, Morrinhos, Anápolis 2 Brasília 1 São Carlos 6 Florianópolis, Joinvile, Chapecó


CEEI – Oferta 2011 UF Paraná Rio G. Sul Sergipe Minas Gerais

IES UFPR UFSM UFS UFMG

Turmas 1 1 1 1

Municípios-polos Curitiba Santa Maria Aracaju Belo Horizonte



SABER DA AÇÃO PEDAGÓGICA 

Paradoxo: o menos desenvolvido e o mais necessário à profissionalização.

“Não poderá haver profissionalização do ensino enquanto esse tipo de saber não for explicitado …um dos fundamentos da identidade profissional do professor”. Gauthier, 1998, p.29. 


PROFISSÃO SAVARD, apud TARDIF; LESSARD; GAUTHIER, 2000

O ato profissional é específico, complexo e não rotineiro; implica em uma atividade intelectual. A formação dos profissionais está embasada em conhecimentos especializados. É longa e de nível universitário. O exercício responsável.

da

profissão

é

autônomo

e

Os membros de uma profissão formam um grupo mantendo-se em uma forte coesão. São regidos por uma ética e uma identidade comuns ao conjunto dos profissionais.


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