TCC - Clínica de Quimioterapia para Pacientes Oncológicos Adultos em Ribeirão Preto

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Roberta Haikal Abduch

CLÍNICA DE QUIMIOTERAPIA PARA PACIENTES ONCOLÓGICOS ADULTOS EM RIBEIRÃO PRETO





CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA ARQUITETURA E URBANISMO

CLÍNICA DE QUIMIOTERAPIA PARA PACIENTES ONCOLÓGICOS EM RIBEIRÃO PRETO

ROBERTA HAIKAL ABDUCH

Projeto apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências parciais para obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob orientação da Prof.ª Alexandra Marinelli .

RIBEIRÃO PRETO 2015



ROBERTA HAIKAL ABDUCH CLÍNICA DE QUIMIOTERAPIA PARA PACIENTES ONCOLÓGICOS ADULTOS EM RIBEIRÃO PRETO

Orientador: Alexandra Martinelli _____________________________________________

Examinador 1: Onésimo De Carvalho Lima _____________________________________________

Examinador 2: _________________________ ____________________________________________

RIBEIRÃO PRETO 2015



AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus pais, Fátima e Willam , ao Rafael, meu irmão pelo apoio e incentivo constante, e a minha prima e arquiteta Bruna pelas orientações principalmente nos momentos difíceis desta jornada. Aos meus familiares que de alguma forma estiveram prontos a me ajudar. As minhas amigas que caminharam junto a mim. E principalmente a minha orientadora Alexandra pelos conselhos e enorme ajuda, que foram essencial para conclusão deste projeto.



RESUMO

O presente trabalho tem como tema a proposta de uma clínica de quimioterapia para pacientes oncológicos, de caráter público, na cidade de Ribeirão Preto. O objetivo principal é atender as necessidades dos oncológicos, oferecendo-lhes espaços agradáveis proporcionando uma melhor qualidade de vida, com atividades e espaços arquitetônicos adequados. A clinica oferece um parque ao seu redor para que a comunidade possa usufrui-lo, contando com a presença da natureza, de água e muito verde. PALAVRAS-CHAVES: HUMANIZAÇÃO – CURA – ESPAÇOS ARQUITETÔNICOS – PARQUE PÚBLICO.



SUMÁRIO

CAPÍTULO 05

APRESENTAÇÃO

5.2 CLÍNICAS

17

6.1 LEITURA PROJETUAL 6.2 ESTUDO DE CASO

19 31

CAPÍTULO 07

04

07

CAPÍTULO 02 2.1 HISTÓRIA DO EDIFÍCIO HOSPITALAR

09

2.2 TIPOLOGIA DOS EDIFÍCIOS HOSPITALARES

09

CAPÍTULO 03 3.1 SUS

12

3.1.1 SUS EM RIBEIRÃO PRETO

12

3.2 HUMANIZA SUS

13

CAPÍTULO 04 4.1 HUMANIZAÇÃO NA ARQUITETURA

17

CAPÍTULO 06

CAPÍTULO 01 1.1 O CARCIROMA

5.1 ONCOLOGIA NO BRASIL

15

7.1 O PROJETO

36

BIBLIOGRAFIA

73



“O arquiteto pode contribuir para criar um ambiente que ofereça muito mais oportunidades para que as pessoas deixem suas marcas e identificações pessoais, que possam ser apropriados e anexados por todos como um lugar que realmente lhes “pertença” - Herman

Herzberger.



“O diagnóstico de uma doença fatal é um divisor de águas que altera radicalmente o significado do que nos cerca: relações afetivas, desejos, objetos, fantasias, e mesmo a paisagem” – Drauzio Varella


APRESENTAÇÃO


04 O presente trabalho é o resultado de uma abordagem crítica aos modos

dificultando a mobilidade dos pacientes, que ficam deprimidos e

do a pacientes oncológicos, que dependem exclusivamente da rede

de um estabelecimento de saúde pública, com um enfoque para as Clínicas

desmotivados em manter o tratamento. Quando se trabalha com tratamentos

pública (SUS) e enfrentam longas filas de espera, falta de pessoal

Oncológicas de Tratamento Quimioterápico. Um tema que atualmente tem

agressivos, um ambiente bem planejado pode fazer toda a diferença e

e de equipamentos. Dessa forma, além de atender a toda essa

chamado a atenção na área da medicina, pois o câncer hoje em dia é uma

proporcionar uma maior sensação de bem-estar. Uma característica importante

demanda vamos desenvolver um projeto de um estabelecimento

doença de contínuo crescimento no país, prevendo–se cerca de 580 mil novos

das clínicas é a utilização da cor, que alegra o ambiente, proporcionando maior

público mais adequado às tecnologias e aos serviços prestados.

casos nos anos de 2014 e 2015, conforme projeção do Instituto Nacional do

conforto, segurança e diminuindo o estresse. Sobre a importância da cor,

Câncer (INCA).

Cunha (2004, p.57) afirma que:

por médicos oncologistas, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas,

O câncer é uma doença que necessita ser tratada com cuidados rigorosos,

Para tanto a pesquisa buscou responder questões sob o quanto

e nesse projeto vamos mostrar como estabelecimento de saúde pode auxiliar no

a interpretação psicológica da arquitetura e a percepção emocional

tratamento.

do espaço físico, podem contribuir no processo de cura da doença.

em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do (INCA,

2014.Não

paginado).

Essas

células

agressivas

e

incontroláveis se dividem rapidamente, e assim formando o que chamamos de tumores (acúmulo de células cancerosas). O câncer é uma doença que necessita ser tratada com cuidados minuciosos, e as principais formas de tratamentos, são: cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

Quimioterapia é um tratamento que utiliza medicamentos para destruir as células doentes que formam um tumor. Dentro do corpo humano, cada medicamento age de uma maneira diferente. Por este motivo são utilizados vários tipos a cada vez que o paciente recebe o tratamento. Estes medicamentos se misturam com o sangue e são levados a todas as partes do corpo, destruindo as células doentes que estão formando o tumor e impedindo, também, que elas se espalhem pelo corpo. O paciente pode receber a quimioterapia como tratamento único ou aliada a outros, como radioterapia e/ou cirurgia. (INCA; 2014, p.01).

Podem ocorrer alguns indesejáveis efeitos colaterais, tais como: fraqueza, diarreia, perda de peso, aumento de peso, feridas na boca, queda de cabelos e outros pelos do corpo, enjoo, vômitos e tonteiras. A arquitetura está vinculada a este assunto devido a atenção que se deve dar ao espaço, a cada cômodo, a cor, cada atividade, cada delimitação de espaço, todo conforto e necessidades para que os usuários se sintam mais acolhidos durante o tratamento. Segundo Costeira (2008, p.23) “A arquitetura de Estabelecimento de Assistência à Saúde atual precisa estabelecer a adequação da funcionalidade de seus espaços e fluxos

agregando dados de cor, textura e conforto ambiental”. A quimioterapia é um tratamento que desgasta o paciente, muitas vezes causando a queda de cabelo, emagrecimento e uma fraqueza extrema,

necessárias é essencial ter uma equipe multidisciplinar formada

O objetivo daqueles que trabalham em tais espaços é o aumento da qualidade de vida do homem, já que os hospitais abrigam pessoas que lidam com fortes emoções: nascimento, doença, risco de morte e morte. Por essa razão, a cor passa a ter significado diferente para pacientes, acompanhantes e funcionários, devendo, portanto, ser valorizada pelos profissionais que estão envolvidos com o planejamento hospitalar.

“Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm

corpo”.

Para a clínica se desenvolver e possibilitar todas as atividades

Propondo um projeto que vem aplicar questões de humanização no ambiente, que acarretam resultados significativos no tratamento.

com um espaço adequado para melhor atender os pacientes. A unidade necessita que cada ambiente, cada sala, sejam diferenciados, de forma que não se sintam em um ambiente hospitalar.

A clínica proposta por este trabalho de graduação tem como

Como o

principal objetivo a criação de um local que vá além da

conforto e a salubridade, utilizando-se de ventilação e iluminação natural.

recuperação do doente, que seja um espaço cuja a arquitetura

Além disso seguindo as normas técnicas específicas para equipamentos

tenha uma relação terapêutica com seus pacientes, estes serão

assistenciais de saúde (RDC50)

tratados de forma ampla, tanto na cura da doença, quanto no

O projeto vem apresentar a arquitetura auxiliando no processo de cura,

aspecto emocional. A clínica por sua vez será uma entidade

de maneira que a relação entre paciente e edificação resulte definitivamente na

pública que contará com um espaço amplo, que atenda às

recuperação, da auto estima e bem estar, obtendo maior sucesso nos

exigências e necessidades dos pacientes.

tratamentos.

Sendo assim a importância do projeto em atender as

Os pacientes oncológicos precisam de um espaço que chame a atenção,

necessidades dos pacientes oncológicos se dará através de espaços

que deixe de ser um lugar que os obriga a ficar e passe a ser um lugar que os

bem estruturados, ambientes adequados, atividades devidamente

convide a ficar, com cores alegres, que transmita paz. O tratamento e a doença

planejadas, e procurando romper os modelos de clínicas fechadas

possuem

por muros e isoladas do entorno e da paisagem externa, pois além

um

grande

peso

emocional,

e

se

não

estiverem

bem

psicologicamente, o tratamento também será prejudicado. O propósito deste projeto é atender a população de Ribeirão Preto e região

em uma instalação mais adequada e agregar serviços que possibilitem um amplo atendimento aos paciente. Há uma grande necessidade na área de saúde quanto a humanização, incluindo atendimento, estrutura física e organizacional. O objetivo é defender a importância de um serviço de tratamento adequa-

de recuperar e integrar o paciente em um ambiente social, a

clínica busca todas as formas do paciente seguir sua vida da melhor maneira possível, ao longo de todo o tratamento. Um elemento fundamental para a clínica proposta é a ligação externo e interno, que é um dos aspectos mais relevantes na humanização do ambiente hospitalar, onde os pacientes se sintam livres, sem a ideia de prisão, deixando de ser um lugar que


05 os obriga a ficar e passe a ser um lugar convidativo, reagindo melhor aos

motivados a permanecer;

tratamentos. Outra questão da relação interno e externo é trazer a natureza

Desenvolver cada ambiente, contendo espaços adequados para as necessidades

para dentro do ambiente, transmitindo tranquilidade e até mesmo distraindo

e atividades que irão acontecer para um bom tratamento, salas de consulta

os pacientes de suas realidades.

médica, sala de quimioterapia, quarto de tratamento individual, enfermaria,

A presença da natureza no ambiente hospitalar traz muitos benefícios,

sala de estabilização;

as evidências científicas mostram que projetos arquitetônicos sem nenhum

Identificar como a cor pode trazer tranquilidade e conforto ao ambiente da

atributo ambiental estimulante para o corpo humano, agem contra o bem-

clínica;

estar dos pacientes e têm efeitos negativos nos indicativos fisiológicos. Por

Refletir o quanto uma boa clínica pode ser uma forma de estimular a auto-

isso na Clínica proposta será enfatizado a presença de vegetação,

estima nos pacientes, sendo assim um fator de auxílio no tratamento. O equipamento deverá atender 300 pacientes adultos por semana,

Vasconcelos (2004, p. 13) diz:

divididos em 2 turnos por dia. Além do tratamento convencional eles terão

A integração do ambiente interior com o exterior é relevante ao processo de humanização, pois enfatiza o uso da iluminação e ventilação naturais e a presença de áreas verdes dentro do ambiente hospitalar. Essa relação interior/exterior traz benefícios aos pacientes por provocar estímulos em seus sistemas sensoriais, a partir dos elementos ambientais que possui, causando diferentes percepções do ambiente. A forma como o usuário percebe o ambiente irá definir a conduta de interação usuário/espaço, que poderá ser positiva ou negativa para sua recuperação num ambiente de saúde.

Este tema foi escolhido pela ausência de Clínicas Oncológicas públicas na

cidade de Ribeirão Preto e por uma deficiência

no atendimento aos

pacientes oncológicos. O tema chamou a atenção pelo fato de possuir um parente próximo

acompanhamento psicológico e fisioterapeuta, aprenderão a enfrentar seus medos, dores a partir de seu próprio esforço. A

metodologia

utilizada

para

o

presente

trabalho

abrangerá

o

desenvolvimento de pesquisa bibliográfica, para coletar e acrescentar informações e opiniões de diferentes autores, especializados no assunto de

oncologia com seus diferentes pontos de vista, e autores que tratem da qualidade do espaço arquitetônico. Entrevista para coletar dado, será executada com o objetivo de analisar as exigências e necessidades dos pacientes, que hoje não são atendidas, assim procurando atender no projeto proposto.

cursando Medicina e pretende especializar-se em Oncologia. Observando

Desenvolver uma Pesquisa descritiva através de visitas técnicas, estudo de

sua dedicação no assunto, descobrimos como esses pacientes sofrem e como

campo e observações sistemáticas em clínicas existentes, com o propósito de

é importante o ambiente no aprimoramento do tratamento.

observar o comportamento dos pacientes oncológicas, como reagem ao

“Se, em geral, é nesses edifícios que nos conscientizamos de nossa fragilidade, impotência e solidão diante da doença, é nele também que poderemos vir a encontrar a coragem, a solidariedade e a esperança, tão necessárias ao processo de cura” (TOLEDO; 2005, p.11).

O objetivo geral da presente pesquisa é elaborar um projeto arquitetônico de uma clínica oncológica com ênfase na quimioterapia, que abranja as necessidades e comodidades do paciente, proporcionando bemestar e tranquilidade. Para atingir esse objetivo iremos

Analisar todos os detalhes e necessidades dos pacientes; Propor uma clínica com uma boa estrutura para que os usuários se sintam

tratamento para conseguir a definição de quais mudanças um espaço como esse necessita. Leituras projetuais, com a finalidade de entender como os arquitetos tornam os espaços das clínicas um ambiente flexível, possibilitando futuras mudanças e/ou ampliações no projeto.


O CARCINOMA

01


07 1.1 O Carcinoma

paciente oncológico deve receber o auxílio para poder reafirmar vida e a

o processo, ainda que inicialmente, como uma sentença de morte.

morte como processos naturais; integrar os aspectos psicológicos, sociais e

De acordo com a psicóloga clínica e psicoterapeuta Trina Portal,

começam a crescer fora de controle. Em vez de morrer, as células cancerosas

espirituais ao aspecto clínico de cuidado do paciente; não apressar ou adiar a

pessoas otimistas ou com maior capacidade de enfrentamento das

continuam crescendo e formando novas células anômalas. As células

morte; oferecer um sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a doença

adversidades têm muito mais chances de seguir em frente, de

cancerosas também podem invadir outros tecidos, algo que as células

do

ambiente;

aumentar a sobrevida e até conseguir a cura. Algumas pessoas

normais não fazem. O crescimento fora de controle e invadindo outros

Oferecer um sistema de suporte para ajudar os pacientes a viverem o mais

encaram a doença com certa dificuldade e desânimo, outras

tecidos é o que torna uma célula em cancerosa. O acúmulo dessas células

ativamente possível até sua morte; usar uma abordagem interdisciplinar para

recebem a notícia e conseguem seguir suas vidas tentando seguir

forma os tumores malignos adquirem a capacidade de se desprender do

acessar necessidades clínicas e psicossociais dos pacientes e suas famílias,

corretamente o tratamento em busca da cura..

tumor e de migrar

incluindo aconselhamento e suporte ao luto.

O câncer se inicia quando as células de algum órgão ou tecido do corpo

As células se tornam cancerosas devido a um dano no DNA. O DNA é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas de todas as células. Nós normalmente nos parecemos com nossos pais, porque eles são a fonte do nosso DNA. No entanto, o DNA nos afeta muito mais do que isso (INSTITUTO ONCOGUIA;2015)

paciente,

em

seu

próprio

Muitas pessoas olham o paciente com câncer com um certo distanciamento, como se a doença não pudesse acontecer com elas, e como se aquele doente se

A clínica também pode oferecer ao paciente, a conquista de sua auto estima, através de profissionais capacitados, e ambientes que forneçam atividades diversas.

resumisse a um tumor ou a um diagnóstico. Porém o paciente com câncer é um

Fator importante para a clínica é a possibilidade de tratamento

ser humano como outro qualquer, e necessita ser tratado com seus devidos

em grupo ou individual . A maioria dos pacientes se sentem mais

As células cancerosas costumam se espalhar para outras partes do

cuidados, principalmente na questão emocional. A convivência com o câncer

acolhidos com um tratamento coletivo, em grupos, pois ali

corpo, começam a crescer e formar novos tumores. Isso acontece quando

não afeta apenas quem tem a doença, são muitos os impactos sociais para os

compartilham de seus problemas, anseios e não se sentem

essas células entram na corrente sanguínea ou nos vasos linfáticos do corpo.

familiares, que são os principais cuidadores desse paciente, como a depressão,

sozinhos com a doença. Porém uma pequena parcela do público

Segundo Instituto Oncoguia (2015) :

perda de perspectiva de vida, problemas financeiros, desgaste nos

preferem ou necessitam receber a quimioterapia individual, um

relacionamentos afetivos, entre outros.

espaço mais silencioso, tranquilo.

A ciência que estuda o câncer se denomina Oncologia e é o oncologista o profissional que trata a doença. Os cânceres que não são tratados podem causar doenças graves e morte.”

Os cuidados paliativos também fazem parte do tratamento, consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que tem como objetivo a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, através da prevenção e alívio do sofrimento, tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais.

Os pacientes ao vivenciarem a confirmação do diagnóstico de câncer, sente o

Dá-se assim a necessidade das clínicas oferecerem aos pacientes

desejo de ser cuidado amado, compreendido e, principalmente, de poder

a possibilidade de receberem o tratamento em grupo ou

compartilhar suas preocupações e seus medos. Nesses momentos, a família

individualmente, diversas sociabilização.

passa a enfrentar um grande desafio emocional tendo que apoiar o ente querido, e ao mesmo tempo, aceitar a doença. O lugar natural da doença é o lugar natural da vida – a família: doçura dos cuidados espontâneos, testemunho do afeto, desejo comum da cura, tudo entra em cumplicidade para ajudar a natureza que luta contra o mal e deixar o próprio mal se desdobrar em sua verdade (FOUCAULT; p.18. 1977)

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) as fases iniciais do

Devido a esses fatores, os pacientes e familiares precisam de um

câncer o tratamento geralmente é agressivo, com objetivo de cura ou

acompanhamento psicológico, e principalmente se sentirem em um ambiente

remissão, e essa fase deve ser compartilhada com o doente e sua família de

agradável que traga conforto, e acolhimento em uma fase difícil.

maneira otimista.

O que no passado ocorria, quando pacientes com diagnóstico de câncer eram

O término de uma terapia curativa para o câncer ainda precisa do apoio,

estudados apenas em termos de quantos sobreviviam, e por quanto tempo, hoje

não significa o final de um tratamento ativo, mas mudanças em focos de

se pensa na qualidade de vida da pessoa com câncer, e da instabilidade

tratamento. Agora será iniciado tratamentos como terapia ocupacional,

emocional que esta doença abarca na vida do indivíduo.

fisioterapia, fornecendo alívio para dor, outros sintomas estressantes como astenia, anorexia, dispnéia e sintomas no corpo causados pela doença. O

De acordo com especialistas, a autoestima pode ajudar bastante na cura do paciente com câncer. Ao receber o diagnóstico, a tendência de muitos é encarar


EDIFÍCIOS HOSPITALARES

02


09 2.1 História do Edifício Hospitalar Em 1780 deu –se o surgimento do hospital na França, a imagem dos

se torna uma máquina de curar com a função de prevenir doenças, restaurar a

No Oriente já havia desde o século III ac. hospedagem para

saúde e de acolhimento.

peregrinos, estendendo –se gradativamente esses abrigos para os

hospitais não eram vistas como hoje preocupados com a cura dos pacientes,

Vê- se agora uma nova visão da arquitetura de assistência à saúde, não se

e sim associados a morte, não se tinha preocupação com o conforto e o bem-

trata apenas o paciente, mas todo o conjunto estruturado para esse fim. A

Durante os séculos VII e VIII o cristianismo desenvolveu-se

estar dos pacientes. O objetivo era o confinamento das pessoas doentes,

arquitetura inicia-se pensando na aplicação dos materiais, condicionantes

firmemente na Europa em decorrência do cenário psicológico

preparando –as eventualmente para a morte, e o ambiente era sombrio,

climáticos, demanda, programas de necessidades, entre outro, conceitos e

econômico. Assim a postura caridosa em relação aos mais

assemelhando –se a prisões. Paredes eram grossas, janelas pequenas para o

critérios aplicados a essa nova visão.

necessitados e carente fez a criação e manutenção dos Hospitais

ar contaminado não passar. Segundo Miquelin (1992, p. 27): O objetivo dos edifícios eram mais a proteção dos que estavam fora do que o atendimento para os pacientes sob custódia. E uma vez dentro, sob custódia, havia pouca esperança de recuperação.

2.2 Tipologia dos Edifícios Hospitalares Com o uso das técnicas de construção mais avançadas a tipologia dos edifícios sofreram mudanças desde a antiguidade até nos dias de hoje.

Com o passar dos tempos os hospitais foram alvos de críticas pelas suas

Na antiguidade não se tinha nenhum local específico para o tratamento das

péssimas condições, referente à salubridade das edificações e ao conforto

doenças, um dos único locais relacionados à saúde na civilização egípcia é o

ambiental, impedindo um melhor funcionamento. Ficando assim claro a

templo de DEIR – EL -BAHARI construção caracterizada por Pórtico.

necessitados e doentes.

de Caridade (ação social da igreja). E Xenodochium local reservado de cada vila para o abrigo dos viajantes, enfermos ou pobres, recomendada pela igreja. Essas construções de hospitais respeitavam uma forma quadrada básica da Valetudinaria, distribuindo em torno de um atrium central três unidades para hospedagem ligadas a um corredor. Por volta do século VIII desenvolveu- se a tecnologia sanitária

necessidade de uma revisão dos conceitos de arquitetura hospitalar. Foi

Já na Grécia haviam três tipos de edifícios ligados a saúde. Edifício

para o abastecimento de água para as cidades fortificadas, esse

então que esses edifícios passaram a ser vistos como estabelecimentos que

Público geridos pelo estado, construções destinadas ao tratamento de saúde e

esforço no âmbito sanitário traduz-se em construções de

visam a saúde do paciente, uma melhor estrutura dentro como fora,

cuidados com idosos. Já no Edifício Privado, casas estabelecidas pelos próprios

numerosos hospitais diversificados segundo os pacientes e

divididos as áreas por especializações. Preocupação da humanização dos

médicos abrigavam seus pacientes (IATREIA). E por último, no Edifício

patologias. Assim O Império Bizantino estabelece vários tipos de

ambientes, o bem estar dos pacientes, e um aproveitamento da iluminação e

Religioso, o tratamento era feito à base de abluções (purificação pela água) e

edifícios para abrigo dos pacientes e para o tratamento de doenças,

ventilação natural, através de grandes vãos de janelas arejando os

jejum. Assim os pacientes passavam a noite em volta do templo, para um

que podiam ser locais diferentes, que no início eram

ambientes. “Os hospitais passaram gradativamente a ser vistos como locais

período de “incubação”. De manhã revelavam seus sonhos ao sacerdote-

Xenodochium destinada primeiramente ao abrigo de estrangeiros,

onde a vida pode não somente ser salva, mas ter sua qualidade melhorada”

médico (ASCLEPIADE) que os avaliavam e determinavam seus tratamentos ou

e posteriormente adotam a forma de Valetudinaria romana.

(MIQUELIN; 1992, p.27).

prognósticos. “O local sagrado só podia ter a finalidade de dar ao doente acesso

Atualmente os estabelecimentos de saúde não se preocupam mais com

à decisão terapêutica ou prognóstico divino”. (MIQUELIN; 1992, p.29)

No século

VII o

modelo hospitalar

Islâmico é

o

BIMARISTAN, que tem a separação das áreas para homens e

apenas a doença, também estão preocupados no bem estar e no sentir-se

Na Roma utilizavam construções templárias semelhantes umas das outras.

mulheres, o edifício segrega os pacientes por grupos de patologias

bem, o ambiente hospitalar além de proporcionar cura pelo tratamento,

Havia duas formas de arquitetura sanitária, além da interpretação do modelo do

(Leprosários, Doenças Mentais). Onde vemos preocupação com

possibilita aos pacientes espaços de descontração, tranquilidade, auxiliando

templo grego. O Valetudinarias que dava assistência aos legionários e escravos

higiene, salubridade, distribuição de águas e ventilação dos

assim no seu tratamento. “Saúde é o estado de mais completo bem-estar

das grandes propriedades agrícolas, plano básico das Valetudinarias era

compartimentos.

físico, mental e social, e não apenas a ausência de enfermidade”

constituído por 4 elementos em torno de um pátio central quadrado ou

Na Europa Ocidental em comparação com os cenários vistos

(Organização Mundial de Saúde – Conferência de Alma Ata, 1978).

retangular, e essas enfermaria romana era o principal local onde o paciente

anteriormente a situação era de fragilidade econômica e social

Na década de 80 surge uma nova forma de projetar estabelecimentos de

passava a noite. E a outra forma as Termas: banhos termais com salas de

podem ser alguns dos motivos para a quase inexistência de

saúde, buscando a humanização do ambiente hospitalar. O que para o

repouso, piscina descoberta, salas de banho e sauna. Ligadas a estas termas

Instituições Hospitalares. As poucas que tinham restringem –se às

hospital antigo era dispensável como a iluminação e a ventilação natural,

haviam centros de relaxamento destinadas aos cidadãos mais importantes das

enfermarias anexas as abadias cristãs. Locais de assistência e

nesse novo projeto são essenciais. Tornando os ambientes arejados e

grandes cidades, que eram estabelecimentos mais simples direcionados para a

tratamento eram adaptados nas casas. Com o crescente número de

iluminados naturalmente. Com todas essas evoluções o ambiente hospitalar

cura e terapia com o auxílio de fontes termais naturais.

peregrinos no século VIII, foram instaladas Instituições


10 cirurgia e diagnóstico, consultório para atendimento ambulatorial e de casualidades, administração e serviço de apoio em edifícios/ construções específicas e mais apropriadas a cada uso” (MIQUELIN; 1992, p.47)

denominadas Hospitalia, instaladas junto a cursos d’ água por razão sanitária. Em 816 tornou-se obrigatório a construção de um hospital junto a cada catedral (Domi Dei). Diz Miquelin (1992; p.37) sobre a Idade Média:

Durante praticamente todo o século XIX a valorização da ventilação e iluminação naturais domina o planejamento de edifícios na saúde, Dando-se

A morfologia básica do hospital medieval é, sem dúvida, a nave, forma polivalente que reflete o avanço das tecnologias estruturais. Os vãos tornam-se cada vez maiores e as condições de iluminação e ventilação dos edifícios melhoram muito.

maior atenção aos sistemas de ventilação, à distância entre os edifícios e à localização dos sanitários. Com o custo crescente dos terrenos urbanos, o domínio tecnológico da

No final do século X fatores novos foram incorporados ao

estrutura metálica de construções verticais, e a grande extensão dos hospitais

planejamento hospitalar, graças as experiências dos Leprosários, a separação

pavilhonares (sendo quase impossível concentrar elevadores e escadas num

dos pacientes por patologias e sexo, e a separação entre funções de

só ponto), essas e outras críticas no edifício pavilhonar foi que se construiu o

alojamento.

cenário apropriado para o aparecimento dos hospitais verticais, inicialmente

As bases formais dos edifícios hospitalares durante quase toda a Idade Média é a nave e suas combinações.

na América do Norte.

Após o século XX, vem o surgimento dos edifícios monoblocos verticais,

Já no Renascimento Miquelin (1992; p.40) diz: “As construções

onde nada mais era do que um empilhamento de enfermarias Nightingale,

Renascentistas são mais complexas utilizando duas formas básicas: o

com um elevador ligando todos os andares. A anatomia típica de um

elemento cruciforme e o pátio interno ou claustro rodeado por galerias e

monobloco vertical da década de 20 organizava as funções hospitalares em

corredores”. Uma tipologia com pátios distribuidores, galerias e corredores,

quatro setores básicos: subsolo localizavam –se os serviços de apoio; térreo

alojamentos lineares organizados num plano cruciforme e simetria do

consultórios médicos, raios X; no primeiro andar laboratórios e serviços

conjunto com o eixo principal de entrada. O século XVI, tem variações sobre

administrativos; nos pavimentos intermediários ficavam áreas de internações,

os mesmos conceitos formais básicos: o plano cruciforme propriamente dito,

e no último andar encontrava-se o bloco operatório. Já sótão era ocupado

o plano em “T”, “L” ou “U”, e o plano quadrado.

pelos residentes médicos e enfermagem.

No final do século XVIII (Era Industrial) o nível de mortalidade e

Na mesma época a enfermaria modelo Nightingale é subdividida

insalubridade dos Hospitais e Asilos eram desumanos, dando origem a uma

através do uso de divisórias e os leitos são dispostos paralelamente às janelas,

nova tipologia hospitalar. Com isso a tipologia em Nave evoluiu para a

as áreas de serviço são também introduzidas a cada 13 pacientes.

tipologia pavilhonar, estando presente até o começo do século XX.

No Brasil, o hospital moderno nasceu na passagem do modelo religioso

Normalmente os hospitais eram compostos por pavilhões paralelos separados

para o pavilhonar, em meados do século XIX, procurava acompanhar a

uns dos outros por áreas ajardinadas e ligadas por um corredor galeria. Com o

trajetória dessas construções na Europa, regidas primeiramente sob o

conceito pavilhonar melhorou as chances de iluminação e ventilação

princípio da construção em claustro, mas sofreram profundas transformações

naturais, baseada na enfermaria aberta ou mais tarde conhecida como

depois do higienismo. Durante as primeiras décadas do século XX, os

“Nightingale”. (Salão longo e estreito, pé direito generoso, janelas altas,

projetos hospitalares também eram atentos ao modelo que se consolidava nos

garantia de ventilação cruzada e iluminação natural).

EUA (construção em bloco) que é a tônica do modelo hospitalar até hoje.

“A enfermaria Nightingale constitui-se elemento mais importante e característico da anatomia do hospital do fim do século XIX. Essa anatomia dividia as funções de internação,

Com bases nos exemplos de tipologias a figura a seguir mostra a forma de cada uma dela

1 - Antiguidade: Pórtico e Templo

4- Era Industrial: Pavilhões

2- Idade Médica : Nave

5-Pré-Contemporânea: Blocos

3- Renascença: Cruz e Claustro


SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE

03

SUS


12 3.1 SUS

integral aos pacientes, é uma instituição que auxilia o paciente no seu

O sistema de saúde brasileiro é composto por um grande sistema público, gerido pelo governo, chamado S.U.S. (Sistema Único de Saúde),

locais. Entretanto, a oferta de consultas especializadas não supre tratamento, tem atuação em áreas estratégicas, como prevenção e detecção

toda a necessidade do município, sendo necessário encaminhar

precoce, formação de profissionais especializados, desenvolvimento da

parte desta demanda para os serviços contratados, conveniados e

pesquisa e geração de informação epidemiológica. Para ser atendido no INCA,

também para os serviços Estaduais. Mesmo assim, há demanda

ou pelos hospitais que integram a rede do SUS, os pacientes devem passar

reprimida para algumas especialidades: dermatologia, ortopedia,

anteriormente por uma unidade básica de saúde (posto de saúde, ambulatório)

reumatologia, endocrinologia, oncologia, dentre outras.

que serve a maioria da população. E pelo setor privado, gerido por fundos de seguros de saúde privados e empresários. Em 1988, foi criado pela Constituição brasileira o sistema público de saúde, SUS, que tem três princípios básicos. A Universalidade que afirma que todos os cidadãos devem ter acesso aos serviços de cuidados de saúde, sem

qualquer

forma

de

discriminação,

com

relação

à cor da pele, renda, classe social, sexo ou qualquer outra variável. A Abrangência (integralidade) que afirma que a saúde do cidadão é o resultado de tudo aquilo que ele faz, sendo muito importante, e o cidadão

e/ou por uma unidade de média complexidade (clínica especializada, hospital)

No município de Ribeirão Preto há 15 unidades hospitalares.

onde tenha recebido o diagnóstico, assim eles encaminham param o hospital

Dentre os leitos disponíveis nessas unidades 71 % estão

ou clínica que irá fornecer o tratamento oncológico.

disponibilizados para o SUS e 29% para o privado.

3.1.1 SUS Em Ribeirão Preto

têm direito ao pleno e completo cuidado com a saúde, incluindo

Há 25 anos foi implantado o Sistema Único de Saúde – SUS. Podemos

prevenção, tratamento e reabilitação. E por último a Equidade que afirma

dizer que esta política constitui-se como um importante pilar para a inclusão

que as políticas da saúde devem estar orientados para a diminuição das

social no Brasil. Ribeirão Preto ao longo deste período vem buscando

desigualdades entre os indivíduos e grupos populacionais, sendo atendido

aperfeiçoar esta política visando melhorar as condições de saúde dos

primeiro aquele que mais necessita. A constituição confere a todo cidadão o

munícipes. Vários desafios já foram vencidos e muitos outros ainda estão por

direito à saúde pública gratuita.

serem confrontados.

O SUS abrange desde o simples atendimento ambulatorial até o

No município, o setor de saúde destaca-se positivamente, alguns deles:

transplante de órgão, garantindo acesso integral, universal e gratuito para

redução do coeficiente de mortalidade infantil, aumento da cobertura vacinal,

toda a população do país, sendo um dos maiores sistemas públicos de saúde

aumento na produção de cura dos casos novos de hanseníase e tuberculose,

do mundo.

dentre outros. Esses benefícios levaram o município à terceira colocação em

Todos os estados e municípios devem ter conselhos de saúde

relação ao País e à primeira colocação em relação ao Estado, segundo o Índice

compostos por representantes dos usuários do SUS. Os conselhos são fiscais

de Desempenho de Saúde – IDSUS/MS. Os desafios conquistados destacam a

da aplicação dos recursos públicos em saúde. Historicamente, metade dos

integração regional, o financiamento, a judicialização do sistema e

gastos fica por conta dos estados e municípios e a outra metade é feita pelo

a gestão do trabalho e da educação.

A União formula políticas nacionais, mas a

A Rede de Atenção à Saúde – SUS do município de Ribeirão Preto conta

implementação é feita por seus parceiros (estados, municípios, ONGs e

com 48 estabelecimentos de atenção básica, distribuídos em 5 Distritos de

iniciativa privada)

Saúde( Norte, Sul, Leste, Oeste e Central). Cada Distrito é composto por uma

governo federal.

O sistema público vem melhorando consideravelmente nos últimos anos,

mas é ainda manifestamente insuficiente e carente de qualidade. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) é o órgão que auxilia o

especializadas por meio das UBDS, atendendo as particularidades

unidade funcionando 24 horas para pronto atendimento e unidades básicas. Além disso, mais 6 Núcleos de Saúde da Família e 18 Unidades Básicas de Saúde distribuídas na cidade.

Ministério da Saúde no desenvolvimento e coordenação das ações

O município buscou ao longo do tempo disponibilizar em cada Distrito de

integradas para a prevenção e o controle do câncer no Brasil. Os hospitais

Saúde as especialidades com maior demanda, visando facilitar o acesso aos

do INCA integram o Sistema Único de Saúde (SUS) e oferecem tratamento

usuários. Todas as Unidades Distritais contam com uma oferta de consultas

Entretanto, apesar dessa minoria de leitos da rede privada, muitos de seus usuários também utilizam o SUS, com destaque para os serviços de imunização, assistência farmacêutica, assistência domiciliar, internações de alta complexidade como oncologia, terapia renal substitutiva, além dos processos judiciais para aquisição de órteses, próteses, meios de locomoção,

medicamentos (não padronizados pela RENAME) e fraldas. Conforme o Plano Municipal de Saúde (2013; p.42) O município se caracteriza como pólo regional de saúde, sendo referência para os demais municípios do DRS XIII, para outras DRS e também outros Estados em determinados procedimentos, principalmente aqueles de alta complexidade, tanto na rede pública (principalmente o HC FMRP – Campus) como na rede privada. Este fato, de certa forma, dificulta o planejamento de leitos de retaguarda na assistência, em função da dificuldade de determinar a exata população de abrangência a esses leitos.

Municípios integrantes do Departamento Regional da Saúde XIII: Altinópolis; Barrinha; Batatais; Brodowski; Cajuru; Cássia dos Coqueiros; Cravinhos; Dumont; Guariba; Guatapará; Jaboticabal;

Jardinópolis;

Luís

Antônio;

Monte

Alto;

Pitangueiras; Pontal; Pradópolis; Ribeirão Preto; Santa Cruz Da Esperança; Santa Rita Do Passa Quatro; Santa Rosa De Viterbo; Santo Antônio Da Alegria; São Simão; Serra Azul; Serrana e Sertãozinho. Dessa forma, a demanda de pacientes que se tratam na cidade de Ribeirão Preto é alta, sendo um pólo regional de saúde.


13 3.2 Humaniza SUS

Com isso a Secretaria Municipal da Saúde visa atualizar, qualificar, refletir

Muitos tendem a achar que na saúde pública, não há projetos de

sobre o processo de trabalho da Educação Permanente e Humanização em

humanização, porém, isso tornou-se relevante atualmente. As ações de

Saúde. Ela propõe espaços coletivos de diálogo entre gestores, trabalhadores e

Humanização pretendem, essencialmente, iluminar os valores humanos que

usuários, como o incentivo aos colegiados de gestão nas unidades de saúde, ao

não deixaram de existir, mas que muitas vezes ficam escondidos por detrás

colegiado gerentes, ao comitê gestor, aos conselhos locais de saúde e à

dos protocolos, papéis e equipamentos, em meio à correria inerente ao

participação ativa nos diversos conselhos municipais e regionais.

cumprimento

da

tantas tarefas. A problemática

adjetivada

como

Algumas atividades são essenciais para a humanização do Sistema Único

desumanização é um conceito síntese que revela a percepção da população e

de Saúde: fortalecer o trabalho em equipe multiprofissional, estimulando a

de trabalhadores da saúde frente a problemas tais como: filas,

transdiciplinaridade e a grupalidade; utilização da informação, comunicação,

insensibilidade dos trabalhadores frente ao sofrimento das pessoas,

educação permanente e dos espaços de gestão na construção de autonomia e

tratamentos desrespeitosos, isolamento das pessoas de suas redes sócio-

protagonismo de sujeitos e coletivos; estímulo a processos comprometidos

familiares nos procedimentos, consultas e internações, práticas de gestão

com a produção de saúde e com a produção de sujeitos; valorização da

autoritária, deficiências nas condições concretas de trabalho, incluindo a

dimensão subjetiva e social em todas as práticas de atenção e gestão

degradação nos ambientes e das relações de trabalho. Ou seja, esses

fortalecendo/estimulando processos integrados e promotores de compromissos/

problemas são a expressão fenomênica da desumanização da saúde pública

sujeitos; reconhecer e respeitar a diversidade do povo brasileiro e a todos

no Brasil.

oferecer o mesmo tratamento, sem distinção.

O Ministério da Saúde entende que tem a responsabilidade de ampliar o debate sobre a humanização, e tornar esta um política pública de saúde. Todas as práticas ligadas à Humanização têm o objetivo de fazer as pessoas

se

sentirem

mais

percebidas

e

acolhidas.

Com

tantos

intermediadores na relação entre as pessoas, é importante resgatar conceitos como ética, respeito, preocupação e espontaneidade. Além disso, discutir e analisar problemas que dificultam o funcionamento do serviço é fundamental, de modo a promover maior qualidade na prestação dos serviços e no ambiente de trabalho . O Plano Municipal de Saúde (2013; p.42) diz: A Secretaria Municipal da Saúde adota a Política Nacional de Humanização – PNH (HumanizaSUS, 2004) empenhando-se na valorização das práticas de atenção e gestão no SUS, fortalecendo o compromisso com os direitos do cidadão, do trabalho em equipe multiprofissional, do apoio à construção de redes cooperativas, solidárias e comprometidas com a produção de saúde e com a produção de sujeitos, na construção de autonomia e protagonismo dos sujeitos e coletivos implicados na rede do SUS, na co-responsabilidade desses sujeitos nos processos de gestão e atenção, no fortalecimento do controle social com caráter participativo em todas as instâncias 2 gestoras do SUS, no compromisso com a democratização das relações de trabalho e valorização dos profissionais de saúde, estimulando processos de educação permanente.

Não basta que o funcionário possua apenas habilidade técnica, que o isenta de desenvolver habilidades humanas. É necessário que adquira um sentimento, que desenvolva sua capacidade de estabelecer relacionamentos interpessoais, o qual contribuirá na assistência à saúde de forma mais humana.


HUMANIZAÇÃO NA ARQUITETURA

04


15 4.1 Humanização na Arquitetura

internação.

quanto em como agilizar os processos realizados ali, sem deixar

A Humanização vem crescendo nos últimos anos, apontada como uma

A humanização consiste na criação de ambientes agradáveis, convidativos,

forma de atendimento, possibilitando uma compreensão renovada e

saudáveis e produtivos para seus usuários, conforme JAMIESON (2002) diz

integrada dos conceitos de atendimento e de gestão, e capaz de promover

quando se refere a como deveriam ser os hospitais humanizados: “... eu vejo os

avanços significativos na área da saúde.

hospitais como um recife de corais: cheios de vida, de energia e de

A

Humanização

dos

Ambientes

Hospitalares,

é

considerada

atividade...”.

fundamental para o bem estar físico e psicológico do paciente, ela aproxima o ambiente físico dos valores humanos, trata o homem como foco principal

da humanização que favorecem na melhoria dos pacientes, cada vez que estes

do projeto, consiste assim numa qualificação do espaço construído através

têm contato com o ambiente externo dentro dos estabelecimentos de saúde,

de atributos projetuais que provocam estímulos sensoriais positivo aos seres

acarretam avanços em seus tratamentos. As cores e formas diversas são

humanos.

Uma forma para que isso ocorra é a integração interior/exterior

estímulos que distraem os pacientes, fazem com que o ambiente hospitalar

por trazer uma imensa variedade de estímulos provenientes do ambiente

adquira um valor mais humano, aproximando-se da vida do paciente e

externo, como a natureza, que provoca reações no corpo humano.

afastando-se do caráter unicamente institucional.

A distração positiva é proporcionada por ambientes formado por elementos

transmitir vários sentimentos e envolver muitas pessoas, de forma que os funcionários trabalhem mais felizes e passem a atender

recuperação mais rápida. Acreditamos portanto que a humanização do edifício hospitalar seja resultante de um processo projetual que não se limita á beleza do traço, ao respeito á funcionalidade ou ao domínio dos aspetos construtivos, mas que alie a esses aspectos a criação de espaços que além de favorecer a recuperação da saúde e garantir o bem-estar físico e psicológico aos usuários do edifício hospitalar, sejam eles pacientes, acompanhantes ou funcionários, possam estimular a incorporação de novos procedimentos ás práticas médicas. (TOLEDO; 2005, p.09)

Elementos do ambiente externo tais como a cor, luz, som, textura, aroma e forma estimulam os sistemas sensoriais do seres humanos. Em ambientes hospitalares os pacientes podem apresentar limitações nos sistemas sensoriais devido ao seu estado de saúde, por isso os estímulos do ambiente devem possibilitar sua percepção através dos mais variados canais sensoriais. (VASCONCELOS; 2004,p. 16)

O primeiro passo para a implantação de um novo conceito de edifício hospitalar é a conscientização de que o ambiente físico pode ser peça fundamental na recuperação da saúde dos pacientes.

Conforme Herman (1999, p.174): “Tudo o que projetamos deve ser adequado a cada situação que surja; em outras palavras,

que provocam sentimentos positivos no paciente, segurando sua atenção e

Estudos científicos mostram que projetos arquitetônicos sem nenhum

despertando seu interesse para outras coisas além da sua dor, sem estresse

elemento ambiental, estimulante para o corpo humano, agem contra o bem-

individual, o que reduz e bloqueia os pensamentos ruins.

estar dos pacientes, tendo efeitos negativos., causando os mesmos efeitos nos

Enquanto é de senso comum que as distrações podem fazer as pessoas esquecerem seus problemas, pesquisas confirmam que uma grande variedade de distrações leva à redução do estresse por diferentes caminhos. Por isso que a inclusão de quedas d’água, visuais para jardins, trabalhos de arte interativos e aquários, é cada vez mais, parte integrante dos projetos para ambientes de saúde. Estes elementos não são apenas suavizações estéticas, são partes do ambiente que promove a cura. (MALKIN; 1991 apud VASCONCELOS;2004,p.43)

estivessem em suas próprias casas. Através do espaço é possível

melhor, garantindo assim, a confiança dos pacientes e uma

A ventilação e intensidade luminosa diferenciada, também são recursos

A presença de áreas verdes e jardins dentro do ambiente hospitalar, ou o contato com o espaço externo – direto ou indireto (contato visual) – traz ao paciente uma distração positiva, pois os elementos presentes nesta relação causam sentimentos bons, prendem a atenção e despertam o interesse dos pacientes, bloqueando ou reduzindo os pensamentos ruins. (VASCONCELOS; 2004, p.15)

de lado o conforto, de modo que cada um possa se sentir como se

pacientes que a ansiedade, e o delírio causam, tendo que aumentar a admissão de drogas para controlar a dor. O hospital humanizado é aquele que contempla, em sua estrutura física, tecnológica, humana e administrativa, a valorização e o respeito à dignidade da pessoa humana, tanto os pacientes, familiares ou até mesmo o profissional que nele trabalha, garantindo condições para um bom atendimento. A humanização de uma clínica envolve os pacientes, os familiares e

O projeto arquitetônico deve priorizar os efeitos que os elementos do

também os profissionais que estão ali todos os dias compartilhando do

ambiente irão causar nos pacientes, fazendo com que estímulos positivos

sentimento de cada um. Para que ocorra uma boa integração entre eles, é

atuam sobre os indivíduos criando respostas também positivas do corpo

preciso que os profissionais que prestam serviços de atendimento a clínica

humano. Ao minimizar o estresse e a monotonia a que fica submetido o

estejam satisfeitos, em um ambiente agradável. O local de trabalho contribui

paciente, a humanização das instalações ajuda a reduzir o tempo de

tanto para um bom tratamento, quando projetado pensando na sua função,

não deve ser apenas confortável mas também estimulante”. Os pacientes que frequentam as clinicas por um determinado tempo, durante seu tratamento, acabam se identificando, tornando-se membro daquele lugar. Segundo Herman (1999, p.47): “O arquiteto pode contribuir para criar um ambiente que ofereça muito mais oportunidades para que as pessoas deixem suas marcas e identificações pessoais, que possam ser apropriados e anexados por todos como um lugar que realmente lhes “pertença” ”.


ONCOLOGIA E CLÍNICA

05


17 5.1 Oncologia no Brasil O câncer é a segunda maior causa de mortalidade por doença no Brasil e sua incidência tem crescido progressivamente. Trata-se de uma enfermidade

a rede de assistência oncológica esteja estruturada e que seja capaz de possibilitar a ampliação do atendimento, de forma a assegurar os tratamentos aos pacientes de que dela necessitam.

que demanda atenção, tratamentos prolongados e acompanhamento

Assim o relatório de levantamento de natureza operacional realizado na

adequado. Esse contexto exige uma rede de assistência bem planejada e uma

Área da Saúde, elaborado para subsidiar a seleção de fiscalizações, apontou um

regulação efetiva, de forma a assegurar a universalidade, a equidade e a

conjunto de deficiências na implementação da Política Nacional de Atenção

integralidade do atendimento.

Oncológica. “Destacam-se as seguintes: insuficiência da estrutura da rede de

Hoje os investimentos governamentais e os mecanismos existentes para

atenção em oncologia, insuficiência ou inoperância dos equipamentos,

a estruturação da rede de atenção oncológica para atender a demanda por

inadequação da estrutura para o acolhimento e tratamento dos pacientes e

tratamento não estão sendo suficientes. Com essa situação o acesso aos

insuficiência de recursos humanos.” Brasil (2011, p. 14).

tratamentos para a população brasileira que dele necessita acabam faltando. Em razão do exposto estão sendo propostas recomendações aos gestores

Sobre os número dos estabelecimentos de saúde pública que prestam serviços de oncologia, Brasil (2011, p. 26) diz: Em junho de 2011, a rede de atenção oncológica compunha-se de 280 estabelecimentos habilitados, sendo, 42 Cacons, 213 Unacons, 9 hospitais gerais habilitados para realizar cirurgias oncológicas e, ainda, 1 serviço isolado de quimioterapia e 15 serviços isolados de radioterapia (Vide Apêndice H – Quantidade de estabelecimentos habilitados em oncologia por unidade da Federação)

visando à resolução dos problemas identificados Dentre as medidas propostas, destaca-se a necessidade de recomendar ao Ministério da Saúde que desenvolva um plano para sanar de forma efetiva a insuficiência da estrutura da rede de atenção oncológica, que preveja a ampliação da oferta de serviços, seja por meio de investimentos próprios ou pela contratação de serviços suplementares, até a completa solução das carências existentes ( BRASIL; 2011, p. 06)

Aguarda-se que a adoção dessas medidas possa contribuir para a garantia do acesso universal da população à assistência oncológica, viabilizando uma melhor condição de tratamento e dos índices de cura dos pacientes, constituindo-se em um elemento importante para o adequado enfrentamento dos desafios que a progressão da incidência de câncer representa para a saúde pública brasileira. A incidência desta doença tem crescido no Brasil, assim como em todo

mundo. Esse crescimento tem se refletido no aumento do número de tratamentos ambulatoriais, das taxas de internações hospitalares e dos recursos públicos demandados para custear os tratamentos. Têm crescido ano a ano, os gastos federais com tratamentos ambulatoriais e hospitalares de câncer em decorrência disso. Brasil (2011, p. 14) Diz: “O somatório dos tratamentos ambulatoriais e hospitalares atingiu o montante de R$ 1,48 bilhão em 2008, passou a R$ 1,69 bilhões em 2009 e superou R$ 1,92 bilhões em 2010”. Com esse aumento progressivo da demanda por diagnósticos e tratamentos torna especialmente importante que

Clínicas são estabelecimentos hospitalares onde doentes são tratados

destinado

a

proporcionar

assistência

ao tratamento médico. Pode ser composta por um ou mais consultórios médicos e/ou espaços para procedimentos clínicos e cirúrgicos (Unidade Ambulatorial Tipo I segundo Resolução SS002 do Ministério da Saúde). A clínica pode ser composta por médicos, onde se tem o conceito de clínica médica, ou por diversos outros profissionais que tem como objetivo geral a saúde, esta última denominase clínica interdisciplinar. A clínica é o espaço onde é praticado o atendimento clínico, que segue os passos de semiótica, ciência e arte da medicina, no processo de investigação orientada para o diagnóstico de uma condição

patológica

(doença,

síndrome,

etc.). Assim,

o

diagnóstico de uma doença é obtido por meio da integração e interpretação dos sintomas e outros dados fornecidos durante a entrevista clínica com o paciente, com exame físico e ajuda

Em todo o país, 280 hospitais, centro e institutos realizam procedimentos

de exames complementares (laboratório e imagem). Com o

oncológicos pela rede pública. Há unidades em todos os estados, mas cinco

diagnóstico estabelecido é possível propor o tratamento

deles têm apenas um local de tratamento, sendo quatro no Norte e um no

adequado.

Nordeste.

A referência histórica sobre os movimentos de criação de

As principais carências das redes oncológicas diz respeito à estrutura. “A

institutos clínicos data dos séculos XVII e XVIII na Europa,

rede de atenção oncológica não está suficientemente estruturada para assegurar

quando a doença era diagnosticada apenas com os sinais e

atenção oncológica adequada para toda a população que dela necessita”. Brasil

sintomas apresentados. Esta situação manteve-se quase inalterada

(2011, p. 62)

até depois da Segunda Guerra Mundial. As alterações estão

Um tratamento realizado tardiamente pode trazer prejuízos à qualidade de

relacionadas com o rápido desenvolvimento tecnológico da

vida dos pacientes durante os tratamentos, os elevados tempos de espera para a

segunda metade do século passado.

realização dos diagnósticos e dos tratamentos podem produzir consequências

tecnológico favoreceu uma maior sensibilidade e especificidade

graves para os pacientes, como a diminuição das suas chances de cura e do

no diagnóstico, um grande número de novas doenças,

tempo de sobrevida.

identificável apenas por equipamentos e exames laboratoriais

“O câncer não pode esperar, mas o tempo não é o principal fator determinante,

mais sofisticados e de tecnologia de ponta.

e sim a qualidade do tratamento, se ele é correto, coerente” (YAMAGUCHI ; 2013)

5.2 Clínicas

Esse desenvolvimento

A clínica é soberana, isso quer dizer que nenhum médico, em sã consciência, pode fazer o diagnóstico de um paciente sem vê-lo, baseado apenas em um resultado de exame de laboratório.“ (FELDMAN;2007. Não paginado)


LEITURAL PROJETUAL E ESTUDO DE CASO

06


19 6.1 Leitura Projetual Como referência nacional, deu-se a escolha de uma obra dos arquitetos Jarbas Karman, mestre da arquitetura hospitalar com o Hospital do Câncer de Barretos, e João Figueiras Lima (mais conhecido como Lelé), que tem como uma

dos entre os blocos do hospital. Essas concepções do projeto serão adotadas na clínica proposta.

Rede Sarah Kubitschek Rio de Janeiro

Outro fator importante na arquitetura do Lelé é a utilização de cores, tirando a sensação de um ambiente hospitalar pesado, criando um espaço descontraído e alegre para os que frequentam

de suas obras mais famosas a Rede Sarah de Neurorreabilitação e Neurociências (Rio de Janeiro). A escolha se deu pelo fato de serem duas obras inicialmente localizadas em áreas rurais, afastadas da cidade, com muita área verde, podendo assim ser ampliadas. Jarbas já pensava nas futuras ampliações desse hospital, as quais puderam ser feitas com sucesso. Eles optaram pela implantação horizontal, facilitando para os pacientes, que muitas vezes debilitados,

necessitam de cadeiras de rodas, Lelé assim como Karman carregam na sua arquitetura o conceito de flexibilidade e a possibilidade de expansão. Conseguiram, assim, unir a implantação do projeto em áreas inicialmente afastada, a horizontalidade, e a acessibilidade a uma bela arquitetura. Lelé adotou em seu projeto iluminação e ventilação natural, utilizando-se de sheds, que possuem a função de aproveitamento e distribuição da luz e ventilação natural no

Corredores largos, facilitando o acesso dos pacientes debilitados, e dos funcionários. Esse também é um ponto de humanização, visando o conforto de todos que frequentam o hospital

http://espiritosantosustentavel.blogspot.com.br/2014/03/vamos-construir-um-hospital-da-rede.html

Arquiteto: João Figueiras Lima –Lelé Data do Projeto: 2001/2008 Centro Internacional Sarah de Neurorreabilitação e Neurociências

A estrutura da cobertura favorece a iluminação natural e a ventilação, técnica que favorece o bem estar humano. Recurso arquitetônico que ameniza a percepção da dor e estimula os pacientes a se restabelecerem

Fonte: www.google.com.br/2015

Fonte: www.google.com.br/2015

interior dos ambientes, ajudando assim no processo de cura dos pacientes. Todas essas características citadas em relação ao Hospital do Câncer de Barretos e à Rede Sarah, estão incluídas no projeto proposto. A referências internacional foi o Hospital em Villeneuve d’ Ascq de maternidade, quimioterapia e radioterapia. Onde sua estrutura é concebida como um volume simples baseado em um plano retangular, conceito de horizontalidade. Esta geometria simples proporciona flexibilidade organizacional considerável. Outra ideia interessante do projeto é o grande espaço verde na frente rompendo assim com a imagem tradicional dos hospitais. O sistema organizacional garante que o prédio do hospital seja capaz de adaptar-se a quaisquer modificações programáticas futuras

A outra referência internacional deu-se a escolha do Hospital Beatriz Angelo, entre as suas valências médicas e cirúrgicas, contam-se uma área de diagnóstico e terapêutica, um hospital dia para a área de oncologia, unidade de dor e diálise, um serviço de urgência geral, de pediatria e de ginecologia-obstetrícia e uma maternidade. Projetado inteiramente pensando na humanização dos espaços, na relação do interior/exterior, a iluminação e ventilação natural nos ambientes internos, através dos pátios- jardins inseri-

Arquitetura do Lelé domina a área com volumes brancos contínuos dispostos horizontalmente, o arquiteto preocupa-se com horizontalidade em seu projeto, com estruturas modulares pré –fabricadas, quase como uma combinação perfeita entre os elementos. Fator relevante para a humanização, pensando na facilidade de locomoção dos pacientes debilitados. Lelé carrega em sua arquitetura o conceito de flexibilidade e a possibilidade de expansão, com o descampado do entorno, possibilita ao hospital futuras ampliações. Outra característica marcante nos projetos do Lelé é a racionalização de mecanismos artificiais de iluminação e ventilação natural, vê-se a preocupação quanto ao conforto ambiental, através do uso de pé direito alto, e a utilização de sheds.

Fonte: www.google.com.br/2015

Jardins internos, são características fundamentais no processo de cura, trazer para o interior partes do ambientes externo como a natureza, acarreta pontos positivos na recuperação dos pacientes. A Abertura Zenital também é peça relevante para uma humanização nos estabelecimentos de saúde.

Esquema de ventilação e circulação de ar

Humanização e eficiência resumem bem os traços do Lelé, acredita que a luz natural é a melhor para uma boa recuperação, auxiliando no processo de cura dos pacientes, e trazendo economia de energia. Realizando tudo isso através de sheds que possuem a função de aproveitamento e distribuição da luz e ventilação natural no interior dos ambientes. Fonte: www.google.com.br/2015

Fonte: www.google.com.br/2015


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Fonte: www.google.com.br/2015

Fonte: www.google.com.br/2015

Fonte: www.google.com.br/2015

Lelé utilizou-se da humanização para a elaboração de seus projetos, tornando ambientes agradáveis para seus usuários. O arquiteto deixou espaço entre uma edificação e outra, com isso ganhou um grande espaço no centro com muita área verde, lazer, um espaço de respiro de ambiente hospitalar. Assim pacientes e funcionários se distraem, e até mesmo esquecem que estão em um hospital..

Integração entre meio interno e externo através de esquadrias de vidro protegidas por beirais. levando imagens externas para dentro do hospital, auxiliando no processo de tratamento dos pacientes, que se distraem com paisagens diferente em meio a um estabelecimento de saúde.

O auditório e o solarium na frente do hospital são elementos esculturais do projeto, Lelé utiliza-se de peças que chamam a atenção, o Hospital se apresenta como uma metáfora da “máquina de curar”, pois o edifício se assemelha a um produto industrial, bem como a uma própria fábrica com linguagem arquitetônica de grandes galpões. O solarium aparece como um elemento onde a estrutura metálica é evidenciada através de cores fortes. O auditório, onde consistem em uma meia esfera fixada no solo, coroando o volume principal, formada por gomos de alumínio que ao se fechar ou abrir permite controlar a entrada

Solarium Fonte: www.google.com.br/2015

As características da arquitetura do Lelé em seus projetos são a humanização, o ambientes hospitalar pensado para auxiliar na cura da doença, a presença de jardins, rampas de traços sinuosos, curvas, e cobertura ondulada.

Auditório

Fonte: www.google.com.br/2015

Fonte: www.google.com.br/2015 Fonte: www.google.com.br/2015

Lelé não pensa somente no interior do hospital, ele cria grandes ambientes externos, de passagens de um bloco ao outro, criando uma visão do exterior.

O grande espelho D’ água ladeia o bloco de internações. Resguardando o hospital de possíveis inundações do lago jacarepaguá em frente ao hospital. Uma bela vista com a presença de elementos da natureza, e cores pontos fundamentais para a humanização

As passarelas do solário, integradas aos dois andares do setor de internação através de lajes de estrutura metálica


21 piscina

Fonte: www.google.com.br/2015

Fonte: www.google.com.br/2015 Fonte: www.google.com.br/2015

Implantação : 1 estacionamento / 2 Auditório / 3 Hospital A organização do programa separa a área administrativa com o edifício hospitalar. Assim a área operacional aparece com um anexo do projeto, e define o sistema de circulação, sem interferi no andamento do hospital.

Serviços / Apoio Atendimento

No interior do auditório a posição da cúpula permite a iluminação natural no palco.

Circulação Horizontal Os quartos são voltados para a frente do hospital, dando acesso ao solarium. Humanizando o espaço, proporcionando aos pacientes um ambiente confortável, usufruindo de uma vista com área verde, e a presença da natureza.

Circulação Vertical

O espaço entre um bloco e outro é marcado por um grande espaço verde, onde encontra-se piscina e espaço para laser.

Solário

Auditório

Fonte: www.google.com.br/2015 Fonte: www.google.com.br/2015

Hospital

Piscina, área verde

Parte Administrativa


22

Hospital do Câncer de Barretos – com foco na quimioterapia

Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: Arquivo Pessoal

http://www.colorado.pr.gov.br/noticia/hospital-de-cancer-de-barretos-faz-parceria-com-colorado

Sua tipologia é caracterizada pela horizontalidade, embora não seja totalmente térreo e sua distribuição é do tipo pavilhonar. A ideia de Karman era projetar um hospital afastado da zona urbana, para que ele possa sofrer futuras ampliações, o que ocorreu com sucesso. O arquiteto baseou-se na humanização dos espaços, coma a presença da natureza em praticamente toda sua implantação o que torna os ambientes bastantes agradáveis.

O Hospital do Câncer de Barretos é nacionalmente conhecido pela sua qualidade no atendimento e tratamento contra o câncer. Arquiteto – Jarbas Karman As obras foram iniciadas em 1967, inaugurado em 1991. A instituição não é uma instituição pública. É uma instituição privada porém atende praticamente só usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), é sustentada através de doações. O Hospital está instalado em um bairro relativamente afastado do centro da cidade, porém próximo a importantes rodovias da região. E como a maioria dos pacientes, são de outras cidades e estados, tal situação revela-se a ideal, pois tem fácil acesso tanto para pacientes locais (transporte público, emergência, etc.) quanto para os usuários de outras localidades. Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal


23

ACESSOS

Corredor prolongado

Eixo principal de circulação (circulação técnica) Circulação Externa (varandas – usuários)

Fonte :Arquivo Pessoal

Karman acredita que a humanização dos espaços, acarreta pontos positivos no processo de cura, assim ele traz em seu projeto o ambiente externo para o interno, corredores que dão acesso de um bloco ao outro recebe fechamento de vidro, possibilitando a entrada de luz natural, e até mesmo a visão do ambiente externo com a presença da natureza, tornando os ambientes do hospital mais agradáveis, para os funcionários, pacientes e seus acompanhantes.

Fonte :Arquivo Pessoal

Fonte: www.google.com.br/2015

O acesso é um fator fundamental no projeto, pensando em humanizar o espaço ele cria varandas em torno do hospital, de acesso aos pacientes internados.

Fonte :Arquivo Pessoal

O fato de haver uma boa relação entre interior e exterior, a presença de área verde , a utilização adequada de cores, traz os valores básicos que tornam o ambiente bastante confortável. O paciente internado circula pelos corredores abertos, tendo a sensação de circular por varandas, esquecendo o fato de estar internado em um hospital. Neles sempre se tem luz natural em abundância, e conforto térmico.

Fonte :Arquivo Pessoal

O hospital possui corredores amplos e largos, o que facilita a circulação de macas, pacientes , funcionários etc. Um eixo de circulação interna que liga o hospital inteiro, a partir dele que surge as salas.


24

Implantação

Internação Refeitório

Entrada pedestre

Tomografia, Raio X Consultórios

Quimioterapia

Hematologia, Medula Óssea

Centro Cirúrgico

Enfermagem

Entrada veículos

Fonte: Arquivo do Hospital

Oncologia Clínica - Quimioterapia

Fonte: www.google.com.br/2015

Biblioteca

Centro de Pesquisa, ADM, Biblioteca Fisioterapia, Odontologia

Conforto dos funcionários Acelerador 1- Laboratório de Análise clínica e o núcleo hematoterapia 2- Radiologia e Radioterapia, pequenas cirurgias e instalações da endoscopia 3- Ambulatório 4- Medicina Nclear, Fisioterapia, odontologia e fonoaudiologia. 5 – Oncologia Clínica , Hematologia. 6- Centro cirúrgico e Anfiteatro. 7 – UTI, e as Secretaria das Comissões. 8- Internação Cirúrgica e fotografia médica. 9- Central de apoio e serviços. 10- Pirâmide ,ainda em construção, brigará as instalações administrativas. 11-Patologia, Farmácia, Biblioteca, RH, Departamento pessoal. 12- Secretaria, compras e qualidade. 13-destinado às internações, tanto adulta quanto pediátrica. O arquiteto pensa não somente em humanizar as áreas dos pacientes, mais também pensa em tornar ambientes agradáveis para os que trabalham ali, espaços com bibliotecas, e ambientes de convívio.

Área dos Médico em frente a Biblioteca

Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal


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O hospital de Câncer de Barretos não parece um ambiente hospitalar convencional, pois Karmam pensa em todas as formas de humanizar os espaços, trata cada detalhe com o devido valor e isso parece trazer qualidade aos ambientes, exalando confiança e felicidade, itens fundamentais para a recuperação dos pacientes. Pode-se concluir que o Hospital do Câncer de Barretos tem alto grau de humanização, e naquilo que a arquitetura contribui para isso, sua participação pode ser dita eficiente. A sala de quimioterapia foi dividida por sexo e duração. O arquiteto pensa em humanizar esse espaço de forma que torne o ambiente mais agradável possível, sem que o paciente se sinta incomodado pois a quimioterapia pode ser longa para uns e curta para outros.

Fonte: www.google.com.br/2015

Fonte: www.google.com.br/2015

Clínica Oncológica- salas Quimioterápicas Observação Feminina Quimioterapia BHO

Quimioterapia Curta Duração Masculino SUS Quimioterapia Curta Duração Feminino SUS BHO

Quimioterapia Curta Duração Feminino SUS Quimioterapia Longa Duração Masculino SUS

BHO

Quimioterapia Longa Duração Feminino SUS

Quimioterapia

Recepção, espera

As poltronas são dispostas de modo que tenha integração entre os pacientes, ele não individualiza o quimioterápico. Porém se algum pacientes quer uma individualização pode ser fechado através de cortinas

Circulação Interna Quimioterapia

Recepção Espera

Circulação Veículos

A entrada com a presença da natureza, acalma e tranquiliza os pacientes.

Fonte :Arquivo Pessoal

Refeitório dos Funcionários, ambiente arejado com bastante iluminação natural através dos vidros no fundo, espaço de convívio entre eles.

http://www.asperbras.com/category/projetos-pt-br/hospital-de-cancer-de-barretos-pt-br/

Entrada do Pavilhão de oncologia clínica (quimioterapia)


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Hospital Internacional em Villeneuve d’Ascq

Fonte: www.google.com.br/2015

http://www.archdaily.com.br/br/01-85385/hospital-em-villeneuve-dascq-jean-philippe-pargade

Arquitetos: Jean Philippe Pargade Localização: Villeneuve-d'Ascq, Nord-Pas-de-Calais, France Ano: 2007

Vista frontal

Vista lateral

O arquiteto utiliza-se de vidros em sua fachada, para que a iluminação natural adentre nos espaços internos do hospital , uma forma de humanizar os ambientes.

Entrada de pacientes ambulatoriais, separados da entrada principal.

O Hospital é privado, oferece atendimento para pacientes ambulatoriais e os que necessitem de internação hospitalar completa, em seu programa possui uma maternidade com 42 camas, 10 salas de cirurgia, além de serviços de quimioterapia, radioterapia e medicina nuclear. O projeto do hospital é concebido pela sua forma simples baseado em um plano retangular, que o torna horizontal. A fachada é descontraída com o uso de cores nas janelas, e o gramado verde na frente acaba com a imagem de hospital tradicional, o torna convidativo, um objeto escultural contemporâneo, O projeto se destaca em um local de residências e comércios, porém ele abrange um espaço generoso para futuras ampliações, o sistema organizacional garante que o prédio do hospital seja capaz de adaptar-se a quaisquer modificações programáticas futuras.

http://www.archdaily.com.br/br/01-85385/hospital-em-villeneuve-dascq-jean-philippe-pargade

Área de logística do lado de trás do edifício é um ponto positivo no projeto. Já que o entorno do hospital tem apenas residências ele traz o comércio para uma facilidade dos usuários deste.

http://www.archdaily.com.br/br/01-85385/hospital-em-villeneuve-dascq-jean-philippe-pargade

Philippe traz para as grandes janelas da fachada uma tela impressa com motivos florais. Uma forma de distração para os pacientes.

http://www.archdaily.com.br/br/01-85385/hospital-em-villeneuve-dascq-jean-philippe-pargade

O arquiteto utiliza-se da iluminação natural através dos corredores que ligam um bloco ao outro. E também a visualização dos ambientes externo no espaço interno.


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http://www.archdaily.com.br/br/01-85385/hospital-em-villeneuve-dascq-jean-philippe-pargade

Os corredores são largos , bem iluminados, e utilizam –se de cores suaves transmitindo tranquilidade e serenidade aos arredores. Com o objetivo de melhorar a qualidade dos cuidados de saúde, pois as cores contribuem para a humanização do ambiente.

http://www.archdaily.com.br/br/01-85385/hospital-em-villeneuve-dascq-jean-philippe-pargade

Quartos individuais, que possibilitam a privacidade aos pacientes. Um ambiente bem iluminado com janelas grandes e coloridas, assim o paciente internado se distrai com as telas florias. http://www.archdaily.com.br/br/01-85385/hospital-em-villeneuve-dascq-jean-philippe-pargade

Philippe traz a possibilidade aos usuários que percorrem os corredores internos, usufruírem da paisagem externa com o gramado verde na frente, através das janelas de vidro. Contribui também com a penetração da iluminação natural, clareando o ambiente, fator importante no processo de cura.

http://www.archdaily.com.br/br/01-85385/hospital-em-villeneuve-dascq-jean-philippe-pargade

A recepção do hospital tem seu pé direito alto, cria-se assim uma sensação de grandeza, espaços generosos. Contam também com a iluminação natural causada pelas fachadas de vidro. O arquiteto baseia-se na humanização dos espaços do ambiente hospitalar, para que os usuários se sintam confortáveis, em momentos muitas vezes difíceis.

http://www.archdaily.com.br/br/01-85385/hospital-em-villeneuve-dascq-jean-philippe-pargade http://www.archdaily.com.br/br/01-85385/hospital-em-villeneuve-dascq-jean-philippe-pargade

Cria-se espaços de convívio entre os pacientes e acompanhantes, uma integração, ocasionada pelos mobiliários dispostos na recepção.


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Acesso lojas Radioterapia

Lojas

Quimioterapia

Restaurante

Acessos

Entrada

http://www.archdaily.com.br/br/01-85385/hospital-em-villeneuve-dascq-jean-philippe-pargade

Imagens

Acesso público

Entrada

consultórios

Acesso público

http://www.archdaily.com.br/br/01-85385/hospital-em-villeneuve-dascq-jean-philippe-pargade

As salas de quimioterapia são interrompidas por pátios com a presença de vegetação. Fator importante na humanização dos ambientes é a relação do paciente com a natureza durante o tratamento, isso acarreta resultados positivos no processo de cura. Estes vazios ocasionais trazem a presença da luz natural no espaço interno, dando um tratamento melhor no ambiente.

Vegetação externa

Pátios jardim interno

http://www.archdaily.com.br/br/01-85385/hospital-em-villeneuve-dascq-jean-philippe-pargade

Pátios jardim interno

Estacionamento ao lado do hospital, para que não interrompa o fluxo de pedestre.

Pátios jardim interno

Afastado do alinhamento da rua, o projeto incorpora um jardim dando para a entrada. Uma característica importante do projeto é o uso constante de vegetação. Na parte externa do edifício e também no interior do hospital, perfurado por aberturas em forma de pequenos pátios jardim que abrem o edifício ao ambiente circundante.

Vegetação externa


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Hospital Internacional Beatriz Angelo

Fonte: www.google.com.br/2015

Fonte: www.google.com.br/2015

Projeto do escritório português Saraiva+Associados, inaugurada no ano 2012, em Loures. O projeto é centrado no conceito da “arquitetura da cura”, implantados conceitos de humanização nos ambientes. O conjunto cria um equilíbrio perfeito entre os volumes, a paisagem e a infraestrutura. Fato interessante do projeto é que ele foi pensado de forma que os ventos sejam favoráveis ao hospital, uma integração bioclimática favorável para a humanização dos ambientes internos com a passagem da ventilação natural. A ideia é buscar uma renovação e modernização do tema. A escolha por esse projeto deu-se pelo fato de também ser um projeto horizontal, em uma área que não possui construções em seu entorno próximo, podendo assim ser flexível e sofrer futuras ampliações. Seu entorno se torna interessante pelas área verdes, e espaços livres, parecendo um campo.

http://www.archdaily.com.br/br/01-42647/hospital-beatriz-angelo-saraiva-e-associados-mais-pinearq

Os volumes são organizados de forma horizontal, retangulares que se ligam, e as massas se veem interrompida por pátios jardins e aberturas nas fachadas, foram desenhadas para captar a luz natural constante no interior do hospital, e para desfrutarem das vistas que o entorno oferece. Uma forma que o arquiteto usou de humanizar o hospital, trazendo a paisagem calma e tranquila do lado de fora pra o interior da construção. Acarretando resultados positivos nos pacientes ali tratados.

Pátios jardins, um respiro entre um bloco do outro

http://www.archdaily.com.br/br/01-42647/hospital-beatriz-angelo-saraiva-e-associados-mais-pinearq

http://www.archdaily.com.br/br/01-42647/hospital-beatriz-angelo-saraiva-e-associados-mais-pinearq

Pátios jardins

http://www.archdaily.com.br/br/01-42647/hospital-beatriz-angelo-saraiva-e-associados-mais-pinearq


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Fonte: www.google.com.br/2015

http://www.archdaily.com.br/br/01-42647/hospital-beatriz-angelo-saraiva-e-associados-mais-pinearq

Entrada apenas para as ambulâncias com portões largos.

http://www.archdaily.com.br/br/01-42647/hospital-beatriz-angelo-saraiva-e-associados-mais-pinearq

A entrada Principal tem seus corredores largos, amplos e abertos, e sua cobertura de vidro traz iluminação. Retirando assim a impressão de estar entrando em um ambiente hospitalar, tornando o lugar mais agravável, com presença da natureza e do ar.

No térreo e no primeiro andar encontra-se o serviços de Pronto Atendimento. Na parte superior destes então as unidades de internação, salas e consultórios, que são formadas por uma massa menos densa. Três alas horizontais de mesma altura são projetadas perpendicularmente a partir de um elemento central, permitindo a interconexão das atividades entre todo o edifício. Os arquitetos pensa em humanizar o hospital, de forma que sua estrutura horizontal favoreça o funcionamento do hospital, permitindo uma maior facilidade de locomoção , entre a conexão das alas. Administração – Direção clínica

Urgência

Serviço Social

Psiquiatria

Pátio Pátio Pátio

Recepção

Pátio

http://www.archdaily.com.br/br/01-42647/hospital-beatriz-angelo-saraiva-e-associados-mais-pinearq

http://www.archdaily.com.br/br/01-42647/hospital-beatriz-angelo-saraiva-e-associados-mais-pinearq

Os espaços internos possuem corredores bem largos, para qualquer tipo de eventualidade que acontece, não ocasionando maiores transtornos.

Análise Clínica

Planta Térrea http://www.hbeatrizangelo.pt/pt/o-hospital/conheca-o-hospital/

Oncologia Clínica

A horizontalidade é eficaz para um melhor fluxo do hospital. Janelas que dão para os pátios jardins

http://www.archdaily.com.br/br/01-42647/hospital-beatriz-angelo-saraiva-e-associados-maispinearq

Os tons claros são características dos ambientes internos do hospital, suavizando o espaço.

Os espaços são amplos devido a omissão de elementos verticais, pela sua estrutura horizontal. Com o pé direito alto, criando a sensação de grandiosidade. A iluminação natural é provida pelos tetos, e janelas laterais, clareando o ambiente, fator importante para a humanização do espaço. O átrio no centro dá-se a possibilidade de observar a recepção no andar de baixo, promovendo também uma melhor circulação do ar As escadas rolantes abertas permite ao usuário na medida que sobe visualize o andar superior. O edifício tem cinco andares acima do solo, com diferentes setores da medicina. O projeto é eficiente para a humanização, tem integração interior /exterior, com a presença de natureza, iluminação e ventilação natural, ambientes claros, bem iluminados, amplos e bem estruturado.


31

Ant. câmera

Recepção

Entrega de Medicamentos

Banheiros

observação do uso dessas ações adaptadas em equipamentos mal projetados,

Pediatria

Bancada das enfermeiras

pois as atividades propostas são realizadas em ambientes que não seguem

Sala individual

Poltronas para quimioterapia

6.2 Estudo de Caso O estudo de caso discutido neste trabalho proporcionou uma reflexão e

questões mínimas de conforto e salubridade, como: ventilação e iluminação

Acesso Público Acesso apenas Médicos

Vidro como fechamento, passagem de luz, porém sem nenhuma ventilação natural

natural. Além disso nem sempre são respeitadas as normas técnicas

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal

Cadeiras dispostas sem nenhuma integração entre pacientes.

Foto: Arquivo Pessoal

específicas para equipamentos assistenciais de saúde.

Hospital Das Clínicas Da Faculdade De Medicina De Ribeirão Preto - HCFMRP A Central de Quimioterapia do HCFMRP ocupa atualmente um espaço de 390 m², com capacidade para atendimento de 14 adultos e 5 crianças, simultaneamente. cada seção de quimioterapia pode levar de 20 minutos a 8 horas, dependendo do tipo de tratamento necessário. Ao todo, são atendidos mensalmente cerca de 600 adultos e 38 crianças,

Pastru onde passa a quimioterapia

Salas de Administração

Salas de Assistência Social.

Foto: Arquivo Pessoal

Espera, onde os pacientes aguardam serem chamados para a quimioterapia

Ambulatório

Espera para pacientes

Sala de Urgência

Copa funcionários

Balcão da Enfermagem Corredor para análise dos Médicos

DML Assistência social

Administração

Farmácia- estoque , ADM.

Manipulação da quimioterapia

Recebe e prepara os medicamentos

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal

Recepção Porta de acesso a sala de quimioterapia

Os corredores são largos para qualquer tipo de emergência, porém não estão no tamanho adequado pela quantidade de fluxo na espera

Espaço pequeno, não permite que o paciente muitas vezes debilitado possa sentar, e não socializa o paciente com o funcionário

Átrio com cobertura de vidro, a intenção era boa pois queriam trazer iluminação natural ao espaço, porém as janelas ao lado ficam fechadas, não circula o ar. A estrutura não acarreta pontos positivos, acaba esquentando o ambiente


32 Foto: Arquivo Pessoal

Balcão onde pacientes retiram seus medicamentos. Foto: Arquivo Pessoal

Corredor que da acesso a outra área de espera DML

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal

Sala de Administração que fica na frente da espera

Remédios que precisam ser guardados em temperatura baixa

Foto: Arquivo Pessoal

DML, sua organização não é eficaz

Foto: Arquivo Pessoal

Outra sala de espera, e em frente as salas ambulatoriais.

Foto: Arquivo Pessoal

Copa dos funcionários em frente a espera. Local inadequado, pela falta de privacidade desses. Foto: Arquivo Pessoal

Sala de espera, também não permite a socialização entre os pacientes


33 Foto: Arquivo Pessoal

Área onde separa os lanches dos pacientes. Um espaço limitado.

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal

Quimioterapia pediátrica, separada da sala de adultos, fator importante.

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal

Capela que recebe os medicamentos da farmácia.

Sala da quimioterapia adulta, no centro a mesa dos enfermeiros.

Quimioterapia pediátrica, com animações nas paredes

Recepção

Poltronas dispostas uma ao lado da outra. A televisão como uma distração.

Foto: Arquivo Pessoal

Sala de preparo dos medicamentos, recebidos pela capela. Foto: Arquivo Pessoal

Sala de procedimentos mais longos. Ambiente individualizado para os pacientes.

A estrutura do setor de quimioterapia tenta trazer uma humanização através das animações nas paredes, poltronas em perfeito estado e aconchegantes, e a utilização da televisão como uma forma de descontração. Porém, ainda não conseguem atingir uma ótima humanização, pelo tamanho dos espaços determinados a cada atividade, falta de conforto aos acompanhantes, entre outras. Os pacientes que recebem a quimioterapia não tem nenhum contato com o ambientes externo, perdem a orientação no tempo e falta a presença da natureza no ambiente.


34

Clínica Oncológica de Ribeirão Preto Caon- Centro Avançado de Oncologia A clínica é, associada ao Hospital São Francisco. Mesmo sendo uma entidade particular, essa clínica foi escolhida pela organização de sua estrutura física. Com ambientes devidamente planejados, e espaços bem estruturados. Hall de entrada - informações Recepção - espera Consultório Médico Sala de quimioterapia Enfermagem Quimioterapia individual Emergência Café

http://www.saofrancisco.com.br/site/saudeplena/noticias_show.php?noticia=138

Sala de Hematologia

Administração DML Copa dos funcionários

Utilidades Banheiros Abrigo resido Comum Abrigo resido Serviço S.

Foto: Arquivo Pessoal Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal

A recepção da clínica observamos a humanização do espaço, coma presença de quadro colorido, uma boa iluminação, espaço amplo, e os móveis novos e claros, transmitindo tranquilidade. Sala de quimioterapia coletiva, onde os pacientes ficam em conjunto, dividindo suas emoções

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal

Na primeira foto é o quarto de estabilização, quando o paciente está passando mal ou algum tipo de emergência, na foto ao lado o quarto individual, para aqueles que querem ou necessitam receber a quimioterapia separada dos outros pacientes.


CAPÍTULO 07

07

O PROJETO

O LUGAR


Fonte: www.google.com.br/2015

Ribeirão Preto é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo, Região Sudeste do país. Localizando-se a noroeste da capital do estado, distando desta cerca de 315 km. Ocupa uma área de 650,955 km². Em 2014 sua

CENTRO

população foi estimada pelo IBGE em 658 059 habitantes, o município foi o que mais cresceu entre as maiores cidades do estado de São Paulo. É referência para as cidades próximas como Sertãozinho, Jardinópolis, Uberlândia, Brodowski, Franca, Serrana, Cravinhos, São Carlos, Dumount , de acordo com dados do Wikipedia. O vento predominante de Ribeirão Preto vem da região sudeste para o noroeste, e suas Coordenadas Geográficas Latitude 21° 10° , longitude 47° 48°. Ribeirão Preto é um município de referência no atendimento à saúde, sendo um polo atrativo para toda a região, estado e até mesmo para o país. Conta com serviços de alta qualidade em diversas áreas e possui 4 faculdades de Medicina. Entretanto, no setor de Oncologia esse quadro não se repete, pois há grande carência de serviços

https://www.google.com.br/maps/search/mapa+de+ventos+da+prefeitura+de+ribeirao+preto/@-21.2040517,-47.8007606,7661m/data=!3m1!1e3

especializados, de leitos com suporte material e médico adequados, além de estrutura planejada para este tipo de

LEGENDA:

atendimento. Segundo o Ministério da Saúde, em Ribeirão Preto o número de procedimentos ambulatoriais de

tratamentos oncológicos no SUS foram 83.437 procedimentos em 2008, 101.444 em 2009, 113.824 em 2010, 110.149 em 2011 e 129.766 em 2012. Observamos, assim, um aumento progressivo no número de procedimentos e, com isso, dá-se a necessidade de uma maior estrutura oncológica para esse atendimento. A escolha do terreno deu-se pelo fato de ser uma área localizada próxima ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, onde hoje existe um setor para tratamento quimioterápico. Com base no estudo de caso feito no HCRP foi observado a precariedade

Ribeirão Preto Centro da cidade até o terreno 14 minutos de carro Área Escolhida HCRP Via Expressa - Rodovia Antônio D. Nogueira

da estrutura física, e não sendo suficiente para a demanda de pacientes, ocasionando uma maior demora nos atendimentos. Por esse motivo a clínica de quimioterapia Norte Vento

proposta vai atender a grande demanda

Via Expressa - Avenida Bandeirantes

Via Expressa -Rodovia Mario Donegá

Avenida Jerônimo Gonçalves

Avenida Francisco Junqueira

Rua Silveira Martins

Avenida Mal. Costa e Silva

Via Expressa - Rodovia Alexandre Balbo

Rodovia Miguel Jubran

Rodovia Anhanguera

Avenida Maurílio Biagi

Córrego Laureano

do Hospital das

Clínicas, sendo transferido o tratamento de quimioterapia do HCRP para a clínica proposta. Outro fato relevante é estar localizado próximo a uma Rodovia que dá acesso a outras cidades vizinhas de Ribeirão

Terreno Córrego Laureano

Preto, podendo assim pacientes das proximidades virem com maior facilidade realizarem seus tratamentos na clínica. Ou seja, localiza-se em uma rodovia que possibilita acesso fácil para diferentes regiões do estado.

http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1490723

Terreno localizado na marginal da Av. Bandeirantes

APRESENTAÇÃO DA ÁREA

36

7.1 Apresentação da área


37 Norte

Acessos de veículos

Vento

Área do Terreno

Beneficência Portuguesa

Fonte: www.google.com.br/2015

Fonte: www.google.com.br/2015

Aeroporto Leite Lopes Fonte: www.google.com.br/2015

HCFMRP

Jabuticabal Bebedouro

Hospital Santa Casa

Fonte: www.google.com.br/2015

Fonte: www.google.com.br/2015

Fonte: www.hcrp.fmrp.usp.br/

C.T.O

SOBECCan Na busca por dados sobre os estabelecimentos de saúde encontramos na cidade 8 hospitais (com atendimentos públicos e privados). Dentre os hospitais que prestam serviços de quimioterapia está o HC FMRP- Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (cacon- centro de assistência de alta complexidade em oncologia), Hospital da Santa Casa (Unacon- unidades de assistência de alta complexidade em oncologia), parte de seu atendimento é SUS (Sistema Único de Saúde). Beneficência Portuguesa – Hospital Imaculada Conceição (cacon) onde 80% dos pacientes são do SUS. O SOBECCan- Hospital de Câncer de Ribeirão Preto que atualmente não possui convênio com o SUS, porém toda sua verba para os tratamentos dos pacientes vem do apoio da comunidade, subvenções governamentais e de eventos beneficentes. O C.T.O – Centro de Tratamento Oncológico que presta parte dos serviços ao SUS. Clínica Oncológica pública na cidade de Ribeirão Preto não encontramos nenhuma, apenas 2 clínicas oncológicas particulares. Todos esses estabelecimentos de saúde falham na infraestrutura, não sendo devidamente planejados para atender os pacientes oncológicos. O mesmo quadro no Brasil, é estendido em Ribeirão Preto, onde os hospitais que prestam serviços ao SUS, e que oferecem atendimento oncológicas sofrem com a carência de equipamentos, lugares adequados e bem planejados.


38 Norte Vento

Jardim Recreio

Jardim Itaú mirim

Fonte: https://www.google.com.br/maps

Fonte: https://www.google.com.br/maps

Campus USP

Jardim Itaú

Jardim Recreio

Alto do Ipiranga

Jardim Piratininga

Jardim Itaú mirim

VL. Monte Alegre

Jd. Branca Sales

Jardim Itaú

Cidade Universitária

Jardim Paiva

Terreno da Clínica proposta Fundação Casa

Fonte: https://www.google.com.br/maps

Fonte: https://www.google.com.br/maps Fonte: https://www.google.com.br/maps

Portaria Campus USP

Fonte: https://www.google.com.br/maps

Terreno da Clínica proposta, com uma grande área verde no entorno, tendo uma paisagem com a natureza

Fonte: https://www.google.com.br/maps Fonte: https://www.google.com.br/maps

Terreno

Sentido Portaria Campus USP

Vista de cima do Terreno

A Av. Bandeirantes, tem acesso dos dois lados da pista, uma no sentido Sertãozinho, a outra no sentido Ribeirão Preto

Fonte: https://www.google.com.br/maps

Terreno escolhido


39

Mapa Equipamentos Urbanos

Área Institucional

Área do Terreno

Mapa Pontos de Ônibus Pontos de Ônibus nas proximidades do terreno No Mapa de Equipamentos Urbanos observamos a falta de estabelecimentos de saúde, contendo apenas um hospital do Estado (HCRP), uma UBDS e uma UBS Municipal, porém um grande número de escolas Municipais e Particulares O Mapa de Pontos de Ônibus mostra a quantidades de pontos que circulam pelo entorno do terreno, pois a

clínica proposta atenderá a demanda de pacientes que residem em locais distantes do terreno. Campus USP

Avenida Bandeirantes

Fonte: https://www.google.com.br/maps

Rodovia Mário Donegá


Estudos

croqui

croqui

O primeiro croqui foi pensado em um sistema que parecesse um mapa mental, com a recepção no centro, e ramificações saindo dela.

croqui

40

Estudos em Autocad, para uma melhor representação das dimensões

Presença de área verde no espaço interno, dividindo os setores privados do público

Com as dimensões definidas foram dividido os espaços por setores, com a presença de jardim interno no centro. Perto da área de lazer foi colocado os espaços de descanso para acompanhantes, loja e o anfiteatro.

croqui

Setores bem separados

A sala de quimioterapia requer um espaço de circulação maior. Por esse fato, que foi separado o jardim interno, para que essa circulação seja mais eficaz. Um espaço de deck foi

croqui

croqui

colocado na frente da sala de quimioterapia, para que os pacientes possam receber a quimioterapia de uma forma diferente, contemplando a natureza. quimioter Legislação O programa de necessidades foi proposto com

O descanso dos acompanhantes estava muito longe da recepção. Foi então colocado mais próximo e criado uma

Entrada com uma grande passagem de pedestre.

nova área de lazer direcionada para

Salas de Consultório Médico, remodeladas para

eles.

não ficarem estreitas.

base nas normas :

Norma Brasileira :ABNT NBR 9050

Resolução - RDC nº. 50, de 21 de fevereiro de 2002

Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos de espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade. Resolução –RDC/ANVISA nº 220, de 21 de setembro de 2004 Regulamento técnico de funcionamento para os serviços de terapia Antineoplásica

croqui croqui

croqui

Pensando em uma forma da quimioterapia estar no centro, e ter a presença de jardins internos próximos a ela. Os demais ambientes concentrados nas laterais.

croqui

Normas para projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde – Ministério da Saúde Normatiza a elaboração de projetos físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde - EAS. Resolução - RDC No- 15, DE 15 DE MARÇO DE 2012 Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências

croqui

croqui

Volumetrias, com curvas na cobertura, e a entrada de luz e ventilação natural

Que visa cuidar das instalações e funcionamento de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde que atenda aos princípios de regionalização, hierarquização, acessibilidade e qualidade da assistência prestada à população.

Área escolhida se enquadra no Zoneamento Industrial de Área de uso Misto III – Macrozoneamento na zona de Urbanização Preferencial ZUP. Conforme verificação na Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto essa área não tem uma legislação específica, então será adotado o: Código de Obras de Ribeirão Preto – 2158 (seção II ARTIGO 447) Lei Complementar 2157/07 Dispõe sobre o parcelamento, uso e ocupação do solo no município de ribeirão preto

O PROGRAMA

Definição do programa


41 Estudos - Implantação dividida por setores

Programa O programa da Clínica proposta irá atender 320 pacientes por semana, sendo 80 pacientes por dia,

Setor do Acompanhante

divididos em dois turnos manhã e tarde.

Setor do paciente

Área de acesso ao Público

Recepção – 496,02m² • Sala de espera –228,04m² • Informação entrada – 194,35 m² • Café – 28,82m² • 1 WC Feminino – 16m² • 1 WC Masculino – 13,12m² Consultório Médico 11 – cada 12,60m² Banheiro 1 masc 1 fem – cada 4,50m² Consultório de enfermagem 2 – cada 12,60m² Sala de Quimioterapia 3 – 363,28m² • 2 WC - 6m² • 2 Posto de enfermagem 33,74m² • Serviço de enfermagem 16m² • Sala com leitos individuais – 25,00m² • Sala de utilidades – 12,73m² • Farmácia – 52,80m² • Recuperação dos pacientes – 32,26m² Sala de Emergência – 20,97m² Sala de Serviço social – 14m² Sala de Fisioterapia – 133,92m² Sala de Psicologia 2 – cada 12,60m² Sala de Nutricionista 2 – cada 12,60m² Sala de Terapia Ocupacional 2 –cada 29,52m² Sala de discussão de caso 2 – 32,07 Sala de oficina para pacientes – 52,44m² Loja dos produtos feitos por pacientes – 58,20m² Sala de estar para os acompanhantes – 68,34m² Apoio social - 40,71m² Área de lazer – 1349m² Refeitório

Setor Acompanhante e paciente

Portaria – 15,19 m² Setor Funcionários

Área Restrita ao Público

Acesso carro, ônibus

Administração – 63,35m²

Acesso Pedestre

• Sala da diretoria – 16m² Acessos

• Sala de reuniões – 18,13m²

Os estudos sofreram alterações, para um melhor aproveitamento da área. Os consultórios foram colocados na horizontal, uma maneira mais fácil de acesso aos pacientes até a sala de quimioterapia na frente

• Secretaria – 14,82 m² • Arquivo (same) – 2m² • 2 WC - 6m² Conforto Médico – 35,61m² Sala de descanso dos funcionários – 45,m² Sanitário e vestiário dos func. 1 masc e 1

O terreno tem uma declividade do nível da rua até a área de lazer no fundo. Para melhor aproveitamento optamos por deixar o desnível, porém aterrar a parte da construção. Assim a pessoas vai descende até chegar no nível mais baixo que encontra o parque, com um refeitório, espaços verde e a presença da natureza.

fem – cada 19,54m² Refeitório para os funcionários – 75,68m² DML 4 – cada 15m² Abrigo de lixo comum - 6m² Abrigo de lixo saúde -6m² Abrigo de lixo reciclável - 6m²

Terreno com curvas modificadas

Abrigo de lixo químico - 6m² Abrigo de lixo temporário- 3m² • Lixo comum • Lixo reciclável

Terreno com curvas naturais

Norte

BLOCO 03

• Lixo saúde Roupa suja – 7.52 m² 561 562

Roupa Limpa –12m² Almoxarifado 11,50m² Depósito de macas e cadeiras de roda -9m² Sala de manutenção – 5,73 m²

570

569

568

567

565 566

564

563

560

BLOCO 01

Banheiros Jogos

O terreno cai para esse lado também .

BLOCO 02

Anfiteatro – 93,25m²

Estacionamento - 3115,25m²

Área Total de Terreno -18.345,6m² Área Total Construída – sendo que 25% é área de circulação (1.303,575m²) Sendo : BLOCO 01 : 4. 640,40 m² BLOCO 02 : 274,720 m² BLOCO 03 : 299,70 m²


Memorial Justificativo A proposta do projeto será de uma Clínica de Quimioterapia para pacientes Oncológicos Adultos. A área escolhida se encontra em Ribeirão Preto na Avenida Bandeirantes sentido Sertãozinho. O terreno escolhido possui uma dimensão de 182,00m X 100,80m. O projeto se baseia na humanização dos ambientes, nas normas prescritas por estabelecimentos de saúde e acessibilidade. O programa proposto tem os espaços setorizados, sendo dividido a parte pública da privada. A recepção conta com um grande espaço com pé direito alto, e fachada de vidro, para se ter a sensação de grandiosidade, onde as pessoas se sintam em um local agradável que fuja da percepção de clínicas tradicionais. A presença do jardim interno na frente é uma característica de humanização do ambiente, trazendo a natureza, e a luz natural para dentro do estabelecimento. A quimioterapia foi projetada no centro da clínica para um melhor acesso, ela é a única construção que possuem 3 pavimentos, o subsolo contando com a farmácia para o preparo do remédio, que através de um elevador de monta carga os medicamentos sobem até o térreo e o primeiro pavimento, todos os andares se repetem com o salão de quimioterapia, salas individuais, recuperação e posto de enfermagem. Cada sala de quimioterapia contem 11 poltronas, os pacientes do subsolo estão no mesmo nível do parque no fundo, já os do térreo recebem um pátio coberto ao lado, e os que se encontram no primeiro andar contam também com um Deck de madeira na frente, tendo a possibilidade de receberem o tratamento em um espaço mais arborizado aberto, tendo a vista para a área de lazer, contando com a natureza e águas, para causar barulhos tranquilos, uma sessões que diminua o estresse. A sala de recuperação foi direcionada para os pacientes que não estão se sentindo bem após a quimioterapia, e a sala individual é para os pacientes que recebem a quimioterapia em uma longa duração, ou que preferem ficar isolado, tendo toda a privacidade. A clínica conta com um parque público ao seu redor, sendo possível a permanecia de pessoas da comunidade, ou seja não apenas quem for fazer o tratamento na clínica poderá utilizar esse espaço, mas sim aberta ao público geral. Um apoio Assistencial foi colocado na parte externa da clínica, que funcionará por meio de trabalhos voluntários que atuam junto à comunidade, arrecadando fundos, a exemplos de promoções de eventos, doações, bazar beneficente, brechó, entre outros. Obtendo assim um melhor atendimento ao paciente com câncer. Os acompanhantes poderão usufruir de uma sala de descanso que se encontra próxima á recepção, e terão uma área de lazer atrás. O Anfiteatro localiza-se próximo a área de lazer dos acompanhantes, para

que possam utiliza-la com cinemas palestras e etc. As Oficinas onde os pacientes terão cursos como maquiagem, culinária e artesanato, contam ao lado com uma loja que será vendida os produtos fabricados pelos próprios pacientes. As salas de Consultórios Médico, Psicologia, Nutricionista, Fisioterapia, Terapia Ocupacional estão divididas próximas a sala de quimioterapia e da recepção para um acesso fácil. A sala de Emergência foi posta logo na frente perto do estacionamento, e próximo a sala de quimioterapia para qualquer tipo de eventualidade, que fique rápido e privado. O Serviço Social logo na frente da recepção, para atendimento aos que estão na espera. O Setor dos funcionários e Administrativo foi colocado em uma parte separada do público, para uma privacidade. O estacionamento conta com vagas para ambulâncias, carros, ônibus e motos. Materialidade Para a materialidade será proposta uma construção com estrutura de concreto. Por se tratar de um projeto público, foi pensado no tempo de montagem e na economia, portanto se resolve em concreto pré fabricado, contando com estruturas de lajes e pilares pré moldado em concreto, assim a carga é distribuída pelas estruturas dos pilares, e transmitem leveza a edificação. Porém todas as paredes da clínica são placas cimentícias, com revestimento, simulando concreto aparente. Assim tendo um ganho de área útil, em função da menor espessura das paredes, elevada durabilidade, resistência a impactos e a água da chuva, reduzindo a infiltração, baixo peso próprio, reduzindo significativamente a carga nas estruturas, e de fácil manuseio, prevendo futuras ampliações ou reformas na clínica. Nas coberturas foram utilizadas como lajes impermeabilizadas, um delas com o terraço jardim, possibilitando a laje pré moldada e acima o jardim. Os fechamentos serão de vidro, obtendo visualmente uma construção leve e com vistas para o entorno quando possível. A presença da luz natural estará presente dentro da clínica através das aberturas, rasgo na laje e do jardim interno com abertura zenital, resolvidos com fechamento de acrílicos translúcidos e temperado de alta performance, que tem um maior controle solar em relação à transmissão e à reflexão de luz e calor. Redução em até 80% da passagem de calor por radiação solar para o interior do ambiente, garantindo excelente isolamento térmico A ventilação natural também é uma fator importante dentro da clínica, através dos brises, que permite e facilita a entrada de brisas e circulação do ar entre os espaços internos da construção. Esses brises Se tratam de elementos da construção ou elementos arquitetônicos dispostos

horizontalmente na parte alta da janela, ficando a maior parte para fora para fazer sombra. Esta prateleira ou bandeja, tem a função de refletir a luz que bate em sua parte superior para o teto da edificação que por sua vez reflete para o ambiente, proporcionando iluminação natural e indireta, sem que o sol entre diretamente pela janela, podendo ser controladas através de controle manual

Estruturas de concreto pré-fabricado Fonte: https://www.google.com.br/2015

Fonte: https://www.google.com.br/2015

MEMORIAL JUSTIFICATIVO E MATERIALIDADE

42


43 Vidros Temperados de alta Performance

Estruturas de pilares e vigas pré moldados

Cobertura de Vidro de alta performance

Fonte: https://www.google.com.br/2015

Brises de controle manual

Fonte: https://www.google.com.br/2015

Fonte: https://www.google.com.br/2015

Parede de concreto Placa Cimentícia revestida simulando concreto

Fonte: https://www.google.com.br/2015

Brises de controle manual

Fonte: https://www.google.com.br/2015 Fonte: https://www.google.com.br/2015

Placa Cimentícia Fonte: https://www.google.com.br/2015

Placa Cimentícia revestida simulando concreto

Fonte: https://www.google.com.br/2015




Capela

Monta Carga

1,00 1,00

Capela

8,87 4,00

Pastru

3,0

Sala de Quimioterapia

- 4,30

Preparo da Quimioterapia

3,9

2,00

Posto de enf.

2,83

Sala individual

3,00

Sala individual

Sala individual

Pastru

2,00

3,00

Legenda Deck de madeira 2,80

3,00

2,86 1,7

4,29

2,5

1,5

3,55

Monta Carga

Parede de Concreto

DML

2,5

4,02

4,37

Posto de enf.

Escada

Sala de Quimioterapia

1,9

+ 4,30

8,87

5,25

3,55

2,5

4,73

1,5

7,70

DML

Sala individual

Sala de estar

Elevadores 2,86

1,98

3,00

3,39

Sala individual

5,67

6,0

2,83

Sala individual

Posto de enf. Utilidades

3,64

2,5

1,5

1,7

NORTE

1,9

8,87

5,25

Sala de estar 8,87

2,5

Escada

7,70

2,5

5,67

1,5

2,86

Elevadores Posto de enf.

Utilidades 3,64

Porta de correr

9,37

NORTE 16,97

5,29

2,29

5,29

2,29


WC Masculino

4,00

4,00

WC Feminino

3,36

3,46 4,35 31,70

4,78

7,00

3,54

WC Feminino

3,46

Sala de jogos

14,26

WC Masculino

Sala de estar

4,35

22,00

6,90

6,13

NORTE

Sala de Quimioterapia

4,02

Posto de enf.

3,1

Monta Carga

3,30

5,9

Cozinha

Apoio assistencial

Cancela

6,90 4,7

NORTE

NORTE

PLANTA BAIXA PORTARIA - ESCALA 1:200


PORTARIA


PORTARIA


PORTARIA


PORTARIA




1,10

1,00

DETALHE DO BRISE - ESCALA 1:50

2,8

11,90

0,7

7,80

3,00

2,00

2,8

3,00

2,55

32,9

0,5

2,00

2,8

RUA

3,5

2,8

5,00

6,00

2,80

9,00

48

10,71

7,00


2,00

6,00

2,00

7,5

7,5

2,50

6,15

7,36

2,80

0,5 7,00

2,8

2,85

2,8

2,8

3,5

5,00

0,84

21,60

9,26

CORTE BB ESCALA 1:200

7,00


MAQUETE ELETRÔNICA – VISTAS EXTERNAS

56


57


58


59


60


61


62


63


64

VISTA DO FUNDO

VISTA DECK AO LADO DA CLÍNICA


65

VISTA DA FRENTE


66

VISTA DO FUNDO


67

DECK AO LADO DA CLÍNICA


68

FUNDO VISTO PELA LATERAL


MAQUETE ELETRÔNICA – VISTAS INTERNAS

69

RECEPÇÃO


70

JARDIM INTERNO


71

ESPERA - CAFÉ


72

SALA DE QUIMIOTERAPIA - TÉRREO


73

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